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2T2012. Relatório de Gerenciamento de Riscos

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2T2012

Relatório de

Gerenciamento de Riscos

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 4

1 GESTÃO DE RISCOS ... 7

1.1PRINCIPAIS RISCOS CORPORATIVOS ... 8

2 RISCO DE CRÉDITO ... 9

2.1GESTÃO DO RISCO DE CRÉDITO ... 9

2.1.1 Identificação e Mensuração ... 10

2.1.2 Monitoramento ... 12

2.1.3 Controle e Mitigação ... 13

2.2EXPOSIÇÕES AO RISCO DE CRÉDITO ... 15

2.2.1 Montante das Exposições ao Risco de Crédito ... 15

2.2.2 Percentual das Exposições dos Dez Maiores Clientes ... 16

2.2.3 Montante das Operações em Atraso ... 16

2.2.4 Operações Baixadas a Prejuízo ... 17

2.2.5 Montante de Provisões ... 17

2.2.6 Exposição por Fator de Ponderação de Riscos, por Regiões Geográficas e por Setor de Atividade ... 18

2.2.7 Parcela de Risco de crédito, Segmentada por Fator de Ponderação de Riscos ... 20

2.3RISCO DE CRÉDITO DA CONTRAPARTE ... 21

2.3.1 Valor Nocional dos Contratos Sujeitos ao Risco de Crédito da Contraparte ... 21

2.3.2 Valor Positivo Bruto dos Contratos Sujeitos ao Risco de Crédito da Contraparte ... 22

2.3.3 Exposição Global Líquida a Risco de Crédito da Contraparte ... 23

2.3.4 Valores Positivos relativos a acordos de Compensação ... 24

2.4CESSÕES DE CRÉDITO E TVM ORIUNDOS DE PROCESSO DE SECURITIZAÇÃO ... 24

3 RISCO DE MERCADO E LIQUIDEZ ... 26

3.1RISCO DE MERCADO ... 26

3.1.1 Gerenciamento do Risco de Mercado ... 26

3.1.2 Modelos de mensuração do Risco de Mercado ... 28

3.1.3 Controle e Acompanhamento ... 30

3.1.4 Análise Qualitativa do Risco de Mercado ... 30

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3.2RISCO DE LIQUIDEZ ... 38

3.2.1 Processo de Gerenciamento de Risco e Liquidez ... 38

3.2.2 Modelos de Gestão ... 38

3.2.3 Instrumentos Financeiros ... 40

3.2.4 Comunicação Interna ... 40

4 RISCO OPERACIONAL ... 41

4.1POLÍTICA INSTITUCIONAL DE GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL ... 41

4.2MODELO DE ALOCAÇÃO DE CAPITAL ... 41

4.3PROCESSO DE GERENCIAMENTO ... 42

4.4GESTÃO DE CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS ... 43

4.5COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO ... 43

5 GESTÃO DE CAPITAL ... 44

5.1NOVO ACORDO DE CAPITAL –BASILEIA II ... 44

5.2BASILEIA III ... 47

5.3PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA ... 48

5.4PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA EXIGIDO (PRE) E ADEQUAÇÃO DO PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA (PR) ... 50

5.4.1 Evolução do PR e PRE ... 53

5.5ÍNDICE DE BASILEIA ... 54

GRÁFICOS Gráfico 1 - Composição da Provisão para Operações de Crédito - Mar/2012 ... 18

Gráfico 2 - Backtesting ... 35

Gráfico 3 - VaR da Carteira Banking - R$ Milhões ... 37

Gráfico 4 - Evolução do PR e PRE - Conglomerado Financeiro ... 53

Gráfico 5 - Evolução do PR e PRE - Consolidado Econômico-Financeiro ... 53

Gráfico 6 - Índice de Basileia - Conglomerado Financeiro ... 54

Gráfico 7 - Índice de Basileia - Consolidado Econômico-Financeiro ... 55

FIGURAS Figura 1 - PRE - Intervalo do número de falhas - Backtesting ... 36

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TABELAS

Tabela 1 - Níveis de Risco ... 11

Tabela 2 - Valor total das exposições e valor por exposição ... 16

Tabela 3 - Percentual dos dez maiores clientes ... 16

Tabela 4 - Montante de operações em atraso ... 17

Tabela 5 - Fluxo das operações baixadas a prejuízo ... 17

Tabela 6 - Exposição por fator de ponderação de riscos ... 19

Tabela 7 - Exposição por Regiões Geográficas ... 19

Tabela 8 - Exposição por Setor de Atividade ... 20

Tabela 9 - Parcela de risco de crédito segmentada por fator de ponderação de riscos ... 20

Tabela 10 - Parcela de risco de crédito segmentada por fator de ponderação de riscos ... 21

Tabela 11 - Valor Nocional dos Contratos Sujeitos a Risco de Crédito de Contraparte ... 22

Tabela 12 - Valor Nocional dos Contratos Sujeitos a Risco de Crédito de Contraparte ... 22

Tabela 13 - Valor positivo bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte ... 22

Tabela 14 - Valor positivo bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte ... 23

Tabela 15 - Exposição global líquida a risco de crédito da contraparte ... 23

Tabela 16 - Exposição global líquida a risco de crédito da contraparte ... 24

Tabela 17 - Valores positivos relativos a acordos para compensação e liquidação de obrigações ... 24

Tabela 18 - Exposições decorrentes da aquisição de títulos ou valores mobiliários oriundos do processo de securitização ... 25

Tabela 19 – Valores resultantes do Teste de Sensibilidade ... 33

Tabela 20 – VaR das Exposições a Risco de Mercado – Carteira Trading ... 36

Tabela 21 – VaR das Exposições a Risco de Mercado – Carteira Baking ... 36

Tabela 22 – Carteira Trading e Baking ... 37

Tabela 23 - Cronograma de implementação - Basileia III... 48

Tabela 24 - Detalhamento do Patrimônio de Referência ... 49

Tabela 25 - Detalhamento do Patrimônio de Referência ... 49

Tabela 26 – Instrumentos de Dívida Subordinada... 50

Tabela 27 - Detalhamento do Patrimônio de Referência Exigido ... 51

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INTRODUÇÃO

O Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. é uma sociedade anônima de capital aberto, que atua sob a forma de banco múltiplo, e opera nas carteiras comercial, crédito, financiamento e investimento, crédito imobiliário, desenvolvimento, arrendamento mercantil e de investimentos, inclusive nas de operações de câmbio, corretagem de títulos e valores mobiliários e administração de cartões de crédito e consórcios.

As operações são conduzidas por um conjunto de Instituições que agem de forma integrada no mercado financeiro. O Banrisul atua, também, como instrumento de execução da política econômico-financeira do Estado do Rio Grande do Sul, em consonância com os planos e programas do Governo Estadual.

Estabelecido em 1928, o Banrisul é um banco múltiplo controlado pelo Estado do Rio Grande do Sul. Em 1934, o Banco iniciou um processo de expansão, através da abertura de agências em diversos municípios do Estado, movimento que prosseguiu com a incorporação de instituições financeiras públicas, como o Banco Real de Pernambuco (1969), o Banco Sul do Brasil (1970), o Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul, BADESUL (1992) e a DIVERGS - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários do Estado do Rio Grande do Sul (1992).

Em 1998, em razão da adesão ao PROES - Programa de Incentivo a Redução do Setor Público Estadual na Atividade Bancária, o Banrisul passou por um processo de reestruturação, que resultou num aporte de capital em valor equivalente a R$1,4 bilhão, dos quais (i) R$700,0 milhões aportados em títulos emitidos pelo Governo Federal e Banco Central e (ii) os R$700,0 milhões restantes, referentes ao passivo atuarial com a Fundação Banrisul e a valores devidos ao BNDES. Os R$700,0 milhões capitalizados em títulos foram utilizados para a constituição de provisões para (i) perdas em operações, especialmente as de crédito, e provisão para riscos trabalhistas, (ii) baixa parcial de créditos tributários e ativos diferidos e (iii) em investimentos.

Em 2007, o Banrisul realizou uma oferta pública primária e secundária de ações, totalizando aproximadamente R$2,1 bilhões e aderiu ao Nível 1 de Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa da BM&FBovespa. O período coincidiu também com a consolidação de um programa de reestruturação interna, iniciado em 2005, que tomou forma com a implementação de um modelo de gestão referenciado na obtenção de resultados, mediante a revisão de processos internos, desenvolvimento de um novo modelo de crédito, reestruturação

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5 da modelagem de metas comerciais e de remuneração variável aos empregados, além da modernização do parque tecnológico.

Em Junho de 2012 a rede de atendimento Banrisul atingiu 1.300 pontos focando seus negócios no atendimento às necessidades de clientes de varejo, pequenas e médias empresas e entidades do setor público.

São 455 agências, 414 no Rio Grande do Sul, 26 em Santa Catarina, 13 em outros estados brasileiros e 2 no exterior (1 em Miami e 1 em Grand Cayman). A rede possui 104 postos avançados de atendimento (PAAs), 155 postos de atendimento bancário (PABs) e 2 postos de arrecadação de pagamentos (PAPs), totalizando 716 pontos de venda. O Banco ainda possui 584 pontos de atendimento eletrônico.

O foco geográfico de atuação do Banco é a região sul do Brasil, especialmente o Rio Grande do Sul onde está presente em 414 municípios, que abrange 98,44% do PIB e 97,95% da população do Estado.

O Banrisul possui estratégia de expansão focada no crescimento da rede de atendimento no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Também faz parte da estratégia a busca de novos mercados, para apoiar o crescimento futuro, e a ampliação de market share no Estado.

Pela primeira vez na história dos 84 anos da Instituição, o Banco foi classificado como Investment Grade em janeiro de 2012. A Moody’s Investors Service concedeu ao Banrisul rating de força financeira (BFSR) D+. Ao mesmo tempo, atribuiu ao Banco ratings de depósito em escala global de curto e longo prazos, em moedas local e estrangeira, de Baa3 e Prime 3, respectivamente, e ratings de depósito Aaa.br e BR-1 na escala nacional brasileira. Todos os ratings têm perspectiva estável.

Para o Banrisul a gestão de riscos é imprescindível para fortalecer o perfil corporativo da instituição e dar continuidade ao seu propósito de ser o maior agente financeiro do Estado do Rio grande do Sul. Neste contexto é importante uma relação transparente com clientes, investidores e demais partes interessadas, que permita o conhecimento sobre a gestão dos riscos.

A divulgação do presente relatório objetiva fornecer informações ao mercado, e às partes relacionadas, sobre o gerenciamento de riscos no Banrisul, bem como atender as determinações do Banco Central do Brasil (Circular 3.477/09) e as diretrizes do Comitê de Supervisão Bancária da Basileia.

O Conglomerado Financeiro é formado pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. e a Banrisul S.A. Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio. O Consolidado

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Econômico-6 Financeiro do Banrisul é formado pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A., a Banrisul S.A. Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio, a Banrisul S.A. Administradora de Consórcios, a Banrisul Armazéns Gerais S.A. e a Banrisul Serviços Ltda.

As informações divulgadas neste relatório são relativas aos três últimos trimestres de 2011 e aos dois primeiros trimestres de 2012. Para as informações em que os valores são iguais para o Conglomerado Financeiro e Consolidado Econômico-Financeiro, demonstramos apenas os dados relativos ao Conglomerado Financeiro.

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1 GESTÃO DE RISCOS

A gestão de riscos é ferramenta estratégica e fundamental para uma instituição financeira. Os riscos intrínsecos ao negócio abrangem desde aqueles facilmente identificáveis na área financeira, como os riscos de mercado, de liquidez e de crédito, assim como, os não diretamente identificados como tal, mas também de extrema importância, como risco operacional e de imagem, dentre outros.

No Banrisul, a gestão dos riscos corporativos procura alinhar as atividades do Banco aos padrões recomendados pelo Novo Acordo de Capitais. Publicado em Junho de 2004, pelo Comitê de Supervisão Bancária da Basileia (Basel Committee On Banking Supervision), o documento Convergência Internacional de Mensuração de Capital e Padrões de Capital: Estrutura Revisada (International Convergence of Capital Measurement and Capital Standards: a Revised Framework) é, hoje, mais comumente conhecido como Acordo de Basileia II.

Os Acordos da Basileia visam desenvolver a estrutura para fortalecer a solidez e a estabilidade do sistema bancário internacional, e o Novo Acordo (Basileia II) recomenda a adoção de práticas de administração de riscos mais sólidas pelo setor bancário, não sendo sustentadas simplesmente na determinação de capital.

A adoção das melhores práticas de mercado e a maximização da rentabilidade dos investidores é realizada a partir da melhor combinação possível de aplicações em ativos e uso de capital regulatório. O aprimoramento sistemático de políticas de risco, sistemas de controles internos e normas de segurança, integrados aos objetivos estratégicos e mercadológicos da Instituição são processos contínuos nesse escopo.

A gestão dos riscos corporativos do Banrisul é realizada de forma integrada, o que permite agilidade nos processos e na tomada de decisão, e, está alinhada às disposições das melhores práticas e aos padrões definidos pelo Banco Central do Brasil, em conformidade com o Acordo de Capitais, Basileia II, cujo cronograma de implementação foi iniciado com o Comunicado 12.746 de 09 de Dezembro de 2004.

Em 2011, com a finalidade de realizar a gestão estratégica do risco de crédito, de mercado, de liquidez e operacional, o Banrisul criou o Comitê de Riscos Corporativos.

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1.1 Principais Riscos Corporativos

Dentre os principais riscos aos quais o Banrisul está exposto em sua atividade, destacam-se:

O Risco de Crédito é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao descumprimento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras, nos termos pactuados; à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador; à redução de ganhos ou remunerações; às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.

O Risco de Mercado é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições ativas e passivas detidas pelas instituições financeiras. Inclui os riscos das operações sujeitas à variação cambial, taxa de juros, preços das ações e dos preços de mercadorias (commodities).

O Risco de Liquidez é definido como a possibilidade de ocorrência de incapacidade de atender às necessidades de caixa devido ao descasamento nos fluxos financeiros em decorrência da dificuldade de se desfazer de um ativo, ou, da perda de valor dos ativos, impedindo a liquidação de posições ou gerando responsabilidades em aberto.

O Risco Operacional é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos; incluindo o risco legal associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição, bem como a sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela instituição.

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2 RISCO DE CRÉDITO

O Risco de Crédito é definido como medida das possíveis perdas em uma instituição financeira caso o tomador ou a contraparte de um contrato, ou o emissor de dívida, sofra alteração em sua capacidade de cumprir obrigações, seja por default ou por degradação de qualidade creditícia.

A Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito do Banrisul tem como objetivo identificar, mensurar, monitorar, controlar e mitigar a exposição ao Risco de Crédito no âmbito de portfólio; atuar de forma a consolidar a cultura das melhores práticas de Gerenciamento do Risco de Crédito; aperfeiçoar continuamente a gestão do Risco de Crédito em todas as modalidades de ativos; controlar a adequação dos níveis de exposição ao risco a fim de evitar perdas não previstas; garantir a segregação de função no processo de gerenciamento do Risco de Crédito; participar da avaliação e estimar potenciais perdas, na ótica de risco de crédito, quando da criação de novos produtos ou revisão dos produtos atuais da carteira de crédito; atender as demandas dos Órgãos Reguladores com relação ao cálculo e ao envio de informações pertinentes às exposições assumidas pela Instituição, conforme normativos específicos, do Risco de Crédito.

A descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito está disponível no site

<http://www.banrisul.com.br/ri>, no caminho: “Governança Corporativa/Gerenciamento de

Riscos/Estrutura de Gerenciamento de Risco de Crédito”, revisada com periodicidade mínima anual.

2.1 Gestão do Risco de Crédito

A estrutura de avaliação de riscos do Banrisul está alicerçada no princípio de decisão técnica colegiada, sendo definidas alçadas de concessão de crédito correspondentes aos níveis decisórios que abrangem desde a extensa rede de agências, em suas diversas categorias de porte, até as esferas diretivas e seus Comitês de Crédito e de Risco da Direção-Geral, Diretoria Executiva e Conselho de Administração. Esse processo visa agilizar a concessão com base em limites de crédito tecnicamente pré-definidos, de acordo com a exposição que a Instituição esteja disposta a operar com cada cliente, seja Pessoa Física (PF) ou Pessoa Jurídica (PJ), atendendo o binômio risco x retorno.

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10 A contínua e crescente implementação de metodologias estatísticas para avaliação do risco de clientes, a parametrização de políticas de crédito e regras de negócios, aliada à otimização dos controles sob as informações cadastrais por meio de um modelo de certificação, intensificam e fortalecem as avaliações. A adoção de sistemas de Credit Score e Behaviour Score oportuniza o estabelecimento de créditos pré-aprovados de acordo com as classificações de risco previstas nos modelos estatísticos, que são mais atrativos para manejo com crédito massificado.

A gestão eficaz da exposição ao Risco de Crédito do Banrisul permite: a continuidade da expansão da carteira de crédito, de modo sustentável, com agilidade e, segurança, dada a potencialidade dos instrumentos utilizados para mensuração dos riscos inerentes a cada cliente.

2.1.1 Identificação e Mensuração

No processo de identificação e avaliação do Risco de Crédito o Banrisul adota os modelos de escoragem de crédito (Credit Score e Behaviour Score), avaliando a probabilidade de o cliente inadimplir, de acordo com as classificações de risco previstas nos modelos estatísticos.

Na concessão de crédito por políticas de alçada, os Comitês de Crédito das Agências podem deferir/indeferir operações de crédito até os limites de sua alçada, estabelecidas de acordo com a categoria de cada agência e/ou produto. Os Comitês de Crédito e de Risco da Direção-Geral deferem operações e limites de risco para clientes em alçadas superiores a dos Comitês de Crédito das Agências. A Diretoria Executiva aprova operações específicas e limites de risco de operações em montantes que não ultrapassem 3% do Patrimônio Líquido. Operações superiores a esse limite são submetidas à apreciação do Conselho de Administração.

Para o segmento Corporate, o Banrisul adota estudos técnicos efetuados por área interna de análise de riscos, que avalia as empresas sob o prisma financeiro, de gestão, mercadológico e produtivo, com revisões periódicas, observando ainda os cenários econômicos, com a inserção das empresas nestes ambientes. A gestão da exposição ao Risco de Crédito tem como diretriz a postura seletiva e conservadora da instituição, seguindo estratégias definidas pela corporação.

As operações de crédito, contempladas ou não nos modelos de escoragem, são classificadas em ordem crescente de risco, contemplando aspectos em relação ao devedor e

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11 seus garantidores, e em relação à operação, conforme determina a Resolução n.º 2.682, de 21 de dezembro de 1999.

Em relação ao devedor e seus garantidores são avaliados: situação econômico-financeira, grau de endividamento, capacidade de geração de resultados, fluxo de caixa, administração e qualidade de controles, pontualidade e atrasos nos pagamentos, contingências, setor de atividade econômica e limite de crédito.

Em relação às operações de crédito, são considerados o valor, a natureza e finalidade da transação, além das características das garantias, particularmente quanto à suficiência e liquidez. As operações de crédito são acompanhadas pela Unidade de Política de Crédito e Análise de Risco para identificação do rating mínimo em função do maior atraso. Todas as operações dos clientes possuem ratings calculados, que adicionados ao mínimo, resultam na maior classificação de risco para o cliente. Os níveis adotados estão descritos na sequência.

Tabela 1 - Níveis de Risco

Classificação do Banco Descrição do Grau 1 – AA Risco Baixíssimo 2 – A Risco Baixo 3 – B Risco Reduzido 4 – C Risco Moderado 5 – D Risco Normal 6 – E Risco Médio 7 – F Risco Elevado 8 – G Risco Elevadíssimo 9 – H Risco Severo

Para os Títulos Públicos e outros títulos de dívida são elaborados relatórios contendo pareceres de análise para a concessão de Limites Operacionais de risco de crédito, destinados às instituições financeiras e às aquisições de títulos e valores mobiliários (emissões públicas ou em caráter privado) emitidos por empresas que operam no Mercado de Capitais.

O Limite Operacional constitui o valor máximo ao qual o banco aceita estar exposto quando da aquisição de títulos privados, emitidos por instituições financeiras ou não financeiras, e da participação em Operações Compromissadas. Esse Limite é destinado tanto a operações envolvendo a Tesouraria do Banrisul, por intermédio da Unidade Financeira, quanto a operações no âmbito da alocação de recursos de terceiros, por meio da participação dos

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12 fundos de investimento do Banrisul, administrados pela Unidade de Administração de Recursos de Terceiros.

Para operações com Instrumentos Derivativos é facultado às contrapartes não exigir garantia para a operação até determinado valor, criando-se assim, uma exposição ao Risco de Crédito. Nesse caso, surge a necessidade de estabelecer um Limite Operacional até o qual a exposição ficará descoberta, ou seja, para a qual não haverá constituição de margem de garantia. Até o Limite Operacional não é necessário constituir margem de garantia, entretanto, uma vez ultrapassado, ocorrerá chamada de margem por parte da ponta ganhadora1, devendo a contraparte perdedora2 constituir a garantia.

A extensão da análise técnica compreende o aspecto econômico-financeiro da instituição; o ambiente econômico; o perfil da empresa e de seus controladores; o estudo sobre o conglomerado; e o rating externo da instituição. As demonstrações financeiras podem ser reclassificadas de acordo com critérios que possibilitem apurar de maneira sistemática as posições de ativos, passivos e de resultados, para aferir indicadores necessários à ponderação posterior dos limites.

2.1.2 Monitoramento

Na etapa de monitoramento são realizadas análises de aderência dos modelos de Credit Score e Behaviour Score, por meio de técnicas estatísticas de validação. As análises são apreciadas semestralmente pelos Comitês de Gestão e Diretoria.

Para todos os segmentos de clientes também são realizadas análises dos indicadores de atraso, pendência e volume de concessão, em diversas granularidades e agrupamentos, possibilitando o gerenciamento e o monitoramento dessas exposições por produto, classificação de risco, concentração de crédito, agência, entre outros.

Essas análises, realizadas periodicamente, visam o monitoramento do Risco de Crédito e o acompanhamento do desempenho comercial do Banco em relação às suas operações de crédito, compatibilizando com as tendências de mercado, de forma a assegurar o cumprimento das diretrizes, minimizando o risco de desconexão entre a decisão e a execução.

As análises consolidadas com proposição de ajustes nas políticas vigentes, se necessário, de acordo com as responsabilidades dos órgãos componentes, são apreciados

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Compradores com preço abaixo e vendedores com preço acima do preço de ajuste.

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13 mensalmente pelos Comitês decisórios e Diretoria. Além disso, periodicamente são reportados relatórios gerenciais da carteira de crédito do Banco para monitoramento dos volumes alocados e índices de pendências, assim como impactos de legislações ou políticas adotadas no período.

As exposições ao risco de crédito de contraparte de instrumentos derivativos são acompanhadas periodicamente, com avaliação das chamadas de margens das contrapartes, e dos Limites Operacionais em vigor, com report trimestral aos Comitês de Gestão.

Para fazer frente aos créditos de liquidação duvidosa, constitui-se mensalmente a provisão, de acordo com a Resolução nº 2.682/99 do Conselho Monetário Nacional. Desde dez/2008 o Banrisul provisiona valor adicional com vistas à cobertura de possíveis eventos não capturados pelo modelo de rating de clientes.

Ainda nesta etapa são realizados Testes de Estresse da Carteira de Crédito, a fim de estimar o capital exigido e o impacto das provisões adicionais no Índice de Basileia da Instituição em situações de cenários adversos, onde possa haver deterioração da carteira da Instituição, os mesmos são apreciados nos Comitês de Gestão e Diretoria.

2.1.3 Controle e Mitigação

O monitoramento, por meio de ferramentas de gestão da carteira de crédito, está diretamente relacionado ao controle e a mitigação do Risco de Crédito, pois a partir destas se verificam comportamentos passíveis de intervenção.

A exposição ao Risco de Crédito é mitigada por meio da estruturação de garantias e da precificação, adequados ao nível de risco a ser incorrido devido às características do tomador e da operação, no momento da concessão. Na precificação do segmento de varejo é considerada a inadimplência do produto para depurar a taxa e averiguar o resíduo. No segmento corporativo a precificação na Mesa de Negócios considera o rating do cliente.

O Banco administra, limita e controla concentrações de risco de crédito, dentre os procedimentos adotados, pode-se destacar:

 A Administração estrutura os níveis de risco que assume, estabelecendo limites sobre a extensão de risco aceitável com relação a um devedor específico, a grupos de devedores e a segmentos da indústria. Esses riscos são monitorados rotativamente e sujeitos a revisões anuais, ou mais frequentes, quando necessário.

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14 Os limites sobre o nível de risco de crédito por produto e setor da indústria são aprovados pela Diretoria e pelo Conselho da Administração, se for o caso.

 A exposição a qualquer tomador de empréstimo, inclusive os agentes financeiros, no caso de contraparte, é adicionalmente restrita por sublimites que cobrem exposições registradas e não registradas no balanço patrimonial. As exposições reais, de acordo com os limites estabelecidos, são controladas mensalmente. Nessas operações, as posições mantidas em aberto pelas contrapartes sofrem variações, implicando em um fluxo de perdas ou ganhos, gerando, nesse último caso, exposição ao risco de crédito. Para mitigar esta exposição, as contrapartes são chamadas para constituição das margens de garantia.

 A exposição ao Risco de Crédito é também administrada por meio de análise regular dos tomadores de empréstimos, efetivos e potenciais, quanto aos pagamentos do principal e dos juros e da alteração da situação cadastral e de seus limites, quando apropriado.

O Banco implementa orientações e políticas já consolidadas sobre a aceitação de classes específicas de garantias ou mitigação de risco, firmadas nos contratos de empréstimos ou financiamentos, como, por exemplo, o direito de vender ou reapresentar a garantia na ausência de cumprimento por parte do devedor de suas obrigações, sendo as mesmas avaliadas e analisadas no momento da concessão do crédito. Para as garantias de recebíveis observa-se a seletividade, a concentração e a validação dos sacados e demais parâmetros da política de crédito para o produto e a respectiva garantia.

A exposição máxima de risco de crédito corresponde ao montante total do compromisso firmado entre as partes. Ainda, cabe salientar que o Banrisul efetua o controle de todas as garantias contratadas, com destaque nas operações que possuem o mitigador de garantias de títulos de crédito, efetuando a gestão durante todo o andamento da operação, recompondo a garantia quando assim se fizer necessário durante a vigência da operação/contrato, e baixando o excedente quando de seu encerramento.

O Banrisul emprega a tomada de garantias sobre a liberação de recursos como uma das medidas de mitigação de risco de crédito, prática tradicional e costumeira no mercado financeiro. Usualmente, para tal controle, o Banco tem admitido o recebimento de garantias de

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15 natureza real e fidejussória, obedecendo às peculiaridades inerentes ao tipo de contrato e linha de crédito.

Para os casos de execução das garantias atreladas a um contrato insolvente, o Banco realiza a devida retomada dos bens garantidos pela contraparte, realizando, posteriormente, a venda dos mesmos por meio de leilões, obedecendo aos prazos determinados pelo Banco Central. Ainda, são contabilizados em Regime Especial, conforme definições encontradas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - Cosif.

Excepcionalmente, a garantia pode ser considerada de difícil conversão em valores monetários. Essa contextualização leva em conta a ocorrência de contingências que impossibilitem a realização dessa garantia, como, por exemplo, a ocorrência de fenômenos naturais, a obsolescência e/ou deterioração desses bens, tornando inviável a sua liquidez no mercado.

Em relação a operações que envolvam Instrumentos Financeiros Derivativos (IFD), o Banrisul participa na modalidade swap, registrados em contas patrimoniais e de compensação, que se destinam a atender necessidades próprias para administrar sua exposição global.

A utilização dos IFD tem por objetivo, predominantemente, a mitigação de riscos decorrentes das oscilações cambiais da operação de captação externa efetuada pelo Banrisul, que resultam na conversão destas taxas para a variação da taxa CDI.

2.2 Exposições ao Risco de Crédito

Nesta sessão apresentam-se dados quantitativos relativos às exposições ao Risco de Crédito, demonstrando-se o montante das exposições relativo aos últimos cinco trimestres.

2.2.1 Montante das Exposições ao Risco de Crédito

Na Tabela 2 consta o valor total das exposições e valor da exposição média no trimestre:

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Tabela 2 - Valor total das exposições e valor por exposição

Conglomerado Financeiro

R$ Milhares jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11

Total das Exposições* 24.303.586,6 23.517.086,7 22.553.514,0 21.898.649,6 21.008.480,0

Média do Trimestre 23.873.547,4 23.065.539,9 22.087.903,8 21.747.552,1 20.705.568,8

* Contempla as operações de crédito, arrendamento mercantil, adiantamentos, compromissos após aplicação do fator de conversão e garantias prestadas.

Observa-se crescimento das exposições a Risco de Crédito do Conglomerado Financeiro, que passaram de R$ 21 bilhões em junho de 2011 para R$ 24,3 bilhões em junho de 2012, incremento de 15,7% no período. No mesmo período, a média trimestral que era de R$ 20,7 bilhões apresentou crescimento de 15,3%, passando para R$ 23,9 bilhões.

2.2.2 Percentual das Exposições dos Dez Maiores Clientes

A evolução trimestral do percentual das exposições dos dez maiores Clientes em relação ao total das operações com características de concessão de crédito segue na Tabela 6:

Tabela 3 - Percentual dos dez maiores clientes

Conglomerado Financeiro

Percentual das exposições dos dez maiores Clientes jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11

10,24% 12,00% 12,65% 14,73% 16,10%

A exposição dos dez maiores clientes representou 10,2% das operações com características de concessão de crédito no 2º trimestre de 2012, apresentando diminuição em relação ao mesmo período de 2011, quando era de 16,1%, demonstrando a menor concentração dos últimos cinco trimestres analisados.

2.2.3 Montante das Operações em Atraso

O montante das operações em atraso, bruto de provisões e excluídas as operações já baixadas para prejuízo, segregado por faixas de atraso, pode ser verificado na Tabela 3:

(19)

17

Tabela 4 - Montante de operações em atraso

Conglomerado Financeiro - R$ Milhões

Faixas de dias de atraso jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11

Atraso até 60 dias 208,4 230,4 160,7 175,5 147,8

Atraso entre 61 e 90 dias 84,6 85,8 66,9 68,5 62,6

Atraso entre 91 e 180 dias 205,4 185,7 152,1 175,1 145,9

Atraso acima de 180 dias 706,6 657,4 524,7 527,6 448

Total 1.205,1 1.159,4 904,4 946,6 804,3

Observa-se incremento no montante de operações em atraso em relação ao trimestre anterior, no valor de R$ 45,7 milhões.

2.2.4 Operações Baixadas a Prejuízo

A Tabela 5 ilustra o fluxo de operações baixadas a prejuízo no trimestre:

Tabela 5 - Fluxo das operações baixadas a prejuízo

Conglomerado Financeiro - R$ Milhões

Data-Base jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11

Perdas 134,0 104,4 132,5 112,1 84,1

Recuperação 37,5 27,7 36,4 23,1 47,0

Perda Líquida 96,5 76,7 96,1 89,0 37,1

A perda líquida verificada em junho de 2012 foi superior ao verificado em março do mesmo ano, representando R$ 96,5 milhões. Ainda assim, observa-se boa recuperação no trimestre, 9,8 milhões superior ao trimestre imediatamente anterior.

2.2.5 Montante de Provisões

O montante de provisões para perdas relativas às exposições na Carteira de Crédito pode ser verificado no Gráfico 1.

(20)

18

Gráfico 1 - Composição da Provisão para Operações de Crédito - Mar/2012

As operações de crédito somaram R$ 22.858,9 milhões em junho de 2012, contra R$ 18.809,3 milhões em junho de 2011, aumento de 21,5% no período. As provisões para perdas com operações de crédito do Conglomerado Financeiro em junho de 2012 foram de R$ 1.452,2 milhões, representando 6,4% do total da carteira.

2.2.6 Exposição por Fator de Ponderação de Riscos, por Regiões Geográficas e por Setor de Atividade

Demonstram-se, na Tabela 6, as exposições ao Risco de Crédito, segmentadas por Fator de Ponderação de Risco – FPR – utilizado no cálculo da parcela de alocação de capital do Risco de Crédito: jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11 1.452,2 1.380,3 1.317,7 1.284,6 1.214,7

22.858,9

21.303,0

20.393,0

19.654,7

18.809,3

R $ Mi lhõ e s

Provisão para devedores duvidosos Operações de Crédito

6,48% 6,46%

6,54% 6,46%

(21)

19

Tabela 6 - Exposição por fator de ponderação de riscos

Conglomerado Financeiro

R$ Milhares jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11

Total das Exposições* 24.303.586,6 23.517.086,7 22.553.514,0 21.898.649,6 21.008.480,0

FPR de 20% - - - - - FPR de 35% 335.712,2 318.526,1 297.791,6 286.444,6 282.295,0 FPR de 50% 2.404.478,3 3.017.403,7 2.791.043,8 3.156.389,2 3.120.716,1 FPR de 75% 10.539.559,0 10.208.790,6 10.022.411,5 9.101.461,3 10.030.082,8 FPR de 100% 10.046.836,8 9.103.512,4 9.042.803,1 8.013.462,6 7.575.386,1 FPR de 150% 251.824,2 433.752,9 228.989,0 1.340.891,8 - FPR de 300% 725.176,0 435.101,1 170.475,1 - -

* Contempla as operações de crédito, arrendamento mercantil, adiantamentos, compromissos e prestação de garantias.

As exposições ao Risco de Crédito do Conglomerado Financeiro passaram de R$ 21 bilhões em junho de 2011 para R$ 24,3 bilhões em junho de 2012, um crescimento de 15,7%. Os maiores volumes concentram-se no ponderador 75%, referente às operações de varejo, seguido pelo ponderador 100%, referente às operações de não varejo.

Na Tabela 7 são apresentadas as exposições ao Risco de Crédito, segmentadas por regiões geográficas.

Tabela 7 - Exposição por Regiões Geográficas

Conglomerado Financeiro

R$ Milhares jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11

Centro Oeste 40.408,3 45.903,9 48.404,2 41.709,3 38.083,1 Nordeste 152.676,0 162.031,1 141.525,5 89.270,5 74.079,7 Norte - - - - - Sudeste 2.400.286,8 2.275.875,4 2.321.659,6 2.204.407,3 2.052.327,2 Sul 21.710.215,4 21.033.276,2 20.041.924,8 19.563.262,5 18.843.990,0 TOTAL 24.303.586,6 23.517.086,7 22.553.514,0 21.898.649,6 21.008.480,0

A concentração verificada na região Sul do Brasil, de 89,3%, reflete a estratégia do banco de garantir a posição de liderança no Estado do Rio Grande do Sul, conquistando novos clientes e ampliando volume de negócios. Ainda assim, observa-se crescimento de 5,5% nas exposições da região Sudeste, aderente a estratégia de crescimento adotada, que busca inserção em outros mercados.

As exposições ao Risco de Crédito, segregadas por setor de atividade, podem ser verificadas na Tabela 8.

(22)

20

Tabela 8 - Exposição por Setor de Atividade

Conglomerado Financeiro

R$ Milhares jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11

PESSOA FÍSICA 11.324.584,7 10.697.551,8 9.947.587,0 9.795.599,8 9.317.907,0

PESSOA JURÍDICA 12.979.001,9 12.819.535,0 12.605.927,0 12.103.049,8 11.690.573,0

Privado 12.828.356,9 12.669.377,6 12.452.137,2 11.914.715,9 11.486.625,5

Publico 150.645,0 150.157,4 153.789,8 188.334,0 203.947,5

TOTAL 24.303.586,6 23.517.086,7 22.553.514,0 21.898.649,6 21.008.480,0

* Contempla as operações de crédito, arrendamento mercantil, compromissos após aplicação do fator de conversão, adiantamentos e garantias prestadas.

O crescimento de 5,9% observado nas exposições de “pessoa física” de junho de 2012 em relação ao trimestre anterior decorre principalmente do crescimento da carteira de crédito, em especial do crédito pessoal consignado. No mesmo período as exposições de “pessoa jurídica” cresceram 1,2%.

2.2.7 Parcela de Risco de crédito, Segmentada por Fator de Ponderação de Riscos

Na Tabela 9 são apresentados os valores da parcela de exposições ponderadas pelo fator de risco – PEPR, segmentados pelos seus respectivos ponderadores, de acordo com os artigos 11º

a 16º da Circular nº 3.360, de 12 de setembro de 2007, do Conglomerado Financeiro.

Tabela 9 - Parcela de risco de crédito segmentada por fator de ponderação de riscos

Conglomerado Financeiro R$ Milhões

Fator de Ponderação de Risco jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11

20% 16,0 17,0 16,3 20,0 19,3 35% 12,9 12,3 11,5 11,0 10,9 50% 180,6 178,6 161,2 181,4 188,5 75% 869,5 842,2 826,8 750,9 827,4 100% 1.439,5 1.345,3 1.259,1 1.152,3 1.103,9 150% 41,6 71,6 37,8 221,2 - 300% 239,3 143,6 56,3 - - Total PEPR 2.799,5 2.610,5 2.368,9 2.336,9 2.150,0

*Informações de dezembro de 2011 ajustadas em relação à divulgação anterior.

A parcela de alocação de capital referente às exposições de Risco de Crédito do Conglomerado Financeiro ponderadas por FPR passou de R$2,2 bilhões em junho de 2011 para R$ 2,8 bilhões em junho de 2012. Embora o maior volume de exposição se concentre no

(23)

21 ponderador de 75% (10,5 bilhões – tabela 5), o volume de capital a ser alocado é superior no ponderador de 100%, representando 48,6% da parcela PEPR. Ainda, observa-se que embora em termos relativos o aumento em relação ao trimestre anterior tenha sido mais significativo no ponderador de 300%, registrando crescimento de 66,7%, em valores absolutos a variação observada foi similar à do ponderador de 100%, em torno de 95 milhões.

A Tabela 10 demonstra a parcela de Risco de Crédito segmentada por fator de ponderação de risco do Consolidado Econômico Financeiro, que segue a mesma evolução do Conglomerado Financeiro.

Tabela 10 - Parcela de risco de crédito segmentada por fator de ponderação de riscos

Consolidado Econômico-Financeiro R$ Milhões Fator de Ponderação de

Risco jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11

20% 16,0 17,0 16,3 20,0 19,3 35% 12,9 12,3 11,5 11,0 10,9 50% 180,7 178,6 161,2 181,4 188,4 75% 869,5 842,2 826,8 750,9 827,5 100% 1.450,9 1.356,0 1.270,5 1.162,8 1.113,8 150% 41,6 71,6 37,8 221,2 - 300% 239,3 143,6 56,3 - - Total PEPR 2.810,9 2.621,3 2.380,4 2.347,3 2.159,9

*Informações de dezembro de 2011 ajustadas em relação à divulgação anterior.

2.3 Risco de Crédito da Contraparte

A seguir serão apresentados os valores nocionais, valores brutos e exposição global líquida dos contratos sujeitos ao Risco de Crédito da Contraparte.

2.3.1 Valor Nocional dos Contratos Sujeitos ao Risco de Crédito da Contraparte

Nas Tabelas 11 e 12 divulga-se o valor nocional dos contratos sujeitos ao risco de crédito de contraparte, incluindo derivativos, operações a liquidar, empréstimos de ativos e operações compromissadas. Os valores apresentados referem-se a contratos a serem liquidados em sistemas de liquidação de câmaras de compensação e de liquidação nos quais a câmara atue como contraparte central, assim como contratos nos quais não haja atuação das câmaras de compensação como contraparte central, segregado em contratos sem garantia e contratos com garantia.

(24)

22

Tabela 11 - Valor Nocional dos Contratos Sujeitos a Risco de Crédito de Contraparte

Conglomerado Financeiro - R$ Milhões

jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11

Com Câmara como contraparte central 7.382,6 7.964,4 4.031,4 4.617,6 4.631,2

Sem Câmara como contraparte central

com garantia 638,1 552,8 538,3 497,6 520,9

Sem Câmara como contraparte central

sem garantia 25,5 22,7 30,1 22,5 16,1

* Informações ajustadas em relação à divulgação anterior, com reclassificação das operações Sem Câmara como contraparte central em "com garantia" e "sem garantia".

Tabela 12 - Valor Nocional dos Contratos Sujeitos a Risco de Crédito de Contraparte

Conglomerado Econômico - Financeiro - R$ Milhões

jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11

Com Câmara como contraparte central 7.382,6 7.964,4 4.031,4 4.617,6 4.631,2

Sem Câmara como contraparte central

com garantia 638,1 552,8 538,3 497,6 520,9

Sem Câmara como contraparte central

sem garantia 43,6 40,4 48,9 41,8 35,0

* Informações ajustadas em relação à divulgação anterior, com reclassificação das operações Sem Câmara como contraparte central em "com garantia" e "sem garantia".

A variação verificada desde março de 2012 deve-se a operações realizadas com Instrumentos Financeiros Derivativos (swaps) e ao incremento no volume de operações compromissadas no período.

2.3.2 Valor Positivo Bruto dos Contratos Sujeitos ao Risco de Crédito da Contraparte

Os valores positivos brutos dos contratos sujeitos ao Risco de Crédito da Contraparte apresentados na Tabela 13 incluem derivativos, operações a liquidar, empréstimos de ativos e operações compromissadas. Destes, desconsidera-se os valores positivos relativos a acordos de compensação, conforme definidos na Resolução nº 3.263 do CMN, de 24 de fevereiro de 2005.

Tabela 13 - Valor positivo bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte

Conglomerado Financeiro R$ Milhões Risco de Crédito da

Contraparte

jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11

6.540,0 5.375,0 4.353,0 5.141,1 4.899,2 * Informações de março de 2012 ajustadas em relação à divulgação anterior.

Observa-se que o volume bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte em junho de 2011 totalizava R$ 4,9 bilhões, passando para R$ 6,5 bilhões em junho de 2012,

(25)

23 acréscimo de 33,5% no período. Na Tabela 14, constam os valores brutos do Consolidado Econômico-Financeiro.

Tabela 14 - Valor positivo bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte

Consolidado Econômico - Financeiro R$ Milhões Risco de Crédito da

Contraparte

jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11

6.558,0 5.392,7 4.371,8 5.160,3 4.918,0 * Informações de março de 2012 ajustadas em relação à divulgação anterior.

Denota-se que o volume bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte, do Consolidado Econômico-Financeiro, que totalizava em junho de 2011 R$ 4,9 bilhões, passou para R$ 6,6 bilhões em junho de 2012, acréscimo de 33,3% no período.

2.3.3 Exposição Global Líquida a Risco de Crédito da Contraparte

A exposição global líquida, apresentada na Tabela 15, refere-se ao Risco de Crédito da Contraparte, calculada a partir dos saldos dos valores positivos brutos dos contratos sujeitos ao Risco de Crédito da Contraparte.

Tabela 15 - Exposição global líquida a risco de crédito da contraparte

Conglomerado Financeiro R$ Milhões Risco de Crédito da

Contraparte

jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11

1.661,5 2.074,4 1.551,1 1.735,7 1.206,2 * Informações de março de 2012 ajustadas em relação à divulgação anterior.

Constata-se que a exposição global líquida a Risco de Crédito da Contraparte em junho de 2011 totalizava R$ 1,2 bilhões, passando para R$ 1,7 bilhões em junho de 2012, acréscimo de 37,8%. Os valores líquidos do Consolidado Econômico-Financeiro são ilustrados na Tabela 16.

Tabela 16 - Exposição global líquida a risco de crédito da contraparte

Consolidado Econômico - Financeiro R$ Milhões

Risco de Crédito da Contraparte

jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11

1.679,6 2.092,1 1.569,9 1.754,9 1.225,0 * Informações de março de 2012 ajustadas em relação à divulgação anterior.

(26)

24 Verifica-se que a exposição global líquida a Risco de Crédito da Contraparte em junho de 2011 totalizava R$ 1,2 bilhões, passando para R$ 1,7 bilhões em junho de 2012, acréscimo de 37,1%.

2.3.4 Valores Positivos relativos a acordos de Compensação

O Banrisul apresenta valores positivos relativos a acordos para compensação e liquidação de obrigações, conforme definidos na Resolução nº 3.263 do Conselho Monetário Nacional de 2005, no valor de R$ 412,4 milhões, conforme tabela abaixo.

Tabela 17 - Valores positivos relativos a acordos para compensação e liquidação de obrigações

Conglomerado Financeiro R$ Milhões

Valores Positivos jun/12 mar/12

412,4 114,1

2.3.5 Valor das Garantias

Em relação às operações sujeitas ao risco de crédito de contraparte, o Banrisul apresenta garantias no valor de R$ 190,3 milhões na data base de Junho de 2012.

2.4 Cessões de Crédito e TVM oriundos de processo de securitização

Em relação ao fluxo das exposições cedidas com transferência substancial dos riscos, aos benefícios oriundos destas transferências, e dos saldos de exposições cedidas sem transferência e sem retenção substancial dos riscos e benefícios, a Instituição não apresentou movimentos nos trimestres analisados.

Quanto ao fluxo das exposições cedidas com retenção substancial dos riscos e benefícios, que foram baixadas para prejuízo e o saldo de exposições cedidas com retenção substancial dos riscos e benefícios, a Instituição também não apresentou movimentação.

O valor total das exposições decorrentes da aquisição de títulos ou valores mobiliários oriundos de processo de securitização segue tabela 18:

(27)

25

Tabela 18 - Exposições decorrentes da aquisição de títulos ou valores mobiliários oriundos do processo de securitização

Conglomerado Financeiro R$ Mil

jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11

Exposições em Certificados de Recebíveis Imobiliários 2.607,7 2.490,1 2.428,0 2.550,7 2.871,7 Exposições em Fundos de Investimento em Direito Creditórios 94.724,7 392.692,8 381.963,3 502.292,0 501.830,2

As operações de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) totalizaram R$ 2,6 milhões em junho de 2012, apresentando redução de 9,2% em relação a junho de 2011. As operações de Fundos de Investimento em Direito Creditórios (FIDC) totalizaram 94,7 milhões no trimestre atual.

O fluxo de recebíveis constituídos de aluguéis lastreia a emissão dos Certificados de Recebíveis Imobiliários. A classe dos títulos ou valores mobiliários, no que se refere à subordinação dessas às demais, para efeito de resgate é sem subordinação. As cotas de FIDCs são seniores e lastreadas por operações de créditos.

(28)

26

3 RISCO DE MERCADO E LIQUIDEZ

3.1 Risco de Mercado

O Risco de Mercado é definido como sendo a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a movimentos nos preço de mercado dos instrumentos financeiros, provocados por flutuações em cotações de ações, preços de mercadorias, taxas de juro e taxas de câmbio.

Entre os eventos de risco de mercado, incluem-se os riscos das operações sujeitas às variações das taxas de juros, cambial, dos índices de preços, dos preços de ações e dos preços de commodities.

O risco de mercado da Instituição é identificado, mensurado, mitigado e gerenciado cuidadosamente. A organização possui perfil de exposição a risco de mercado conservador, onde as diretrizes e limites são monitorados diariamente e de forma independente. Com todos estes cuidados a organização busca estar alinhada com as melhores práticas internacionais de mercado, regulamentações locais e do Comitê de Supervisão Bancaria de Basileia.

3.1.1 Gerenciamento do Risco de Mercado

O controle do risco de mercado do Banrisul e das demais empresas que fazem parte do Consolidado Econômico-Financeiro é centralizado em unidade específica e independente das áreas de negócios para que os processos sejam mapeados, classificados e consolidados de acordo com as características das exposições, em conformidade com as recomendações da Resolução n.º 3.464/2007 do Conselho Monetário Nacional e Circular n.º 3.354/2007 do Banco Central do Brasil.

Alinhado às melhores práticas de gestão de risco de mercado e atendendo ainda as recomendações e normas dos órgãos reguladores, o Banrisul investe de forma estruturada no aperfeiçoamento dos processos sistêmicos e das práticas de gestão, seguindo padrões de mercado e estratégias definidas pela alta administração.

O processo de Gestão de Riscos do Consolidado Econômico-Financeiro do Banrisul conta com a participação de todas as camadas hierárquicas da Instituição, abrangendo desde as unidades de negócio até a Diretoria e o Conselho de Administração.

(29)

27 3.1.1.1 Política Institucional de Risco de Mercado

A Política de Gerenciamento de Risco de Mercado do Banrisul tem como objetivo estabelecer padrões adequados de gestão que garantam aos acionistas os princípios e as ações estratégicas de negócios, abrangendo produtos, serviços, atividades, processos e sistemas, bem como limites de exposições para carteira de negociação - trading book e carteira de não negociação - banking book.

Outro objetivo desta política é cumprir as exigências de normativos do regulador quanto à alocação de capital regulatório e monitorar o consumo de capital, no intuito de assegurar as melhores práticas de gerenciamento de risco de mercado.

O Banrisul adota um Sistema de Decisão Colegiada, para facilitar a sua adequação às normas de controles estabelecidas pelo CMN, através da Resolução nº 3.464/2007. As decisões estratégicas do Banco, relativas ao Risco de Mercado, envolvem todas as unidades de negócios, sendo discutidas em reuniões internas e Comitês, e submetidas à Diretoria e ao Conselho de Administração. Sua gestão é realizada por meio de modelos e ferramentas que permitem o efetivo controle e gerenciamento das posições diárias, de acordo com determinados perfis e níveis de risco definidos na Política de Risco de Mercado.

Os limites de risco para as exposições sujeitas a risco de mercado estão segregados de acordo com a Circular nº 3.354/2007, do Banco Central do Brasil, nas categorias Trading e Banking Book e foram estabelecidos e aprovados pela Diretoria e pelo Conselho de Administração.

A Política Institucional de Gerenciamento de Risco de Mercado deve ser aplicada as Empresas do Grupo (Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A., a Banrisul S.A. Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio, a Banrisul S.A. Administradora de Consórcios, a Banrisul Armazéns Gerais S.A. e a Banrisul Serviços Ltda). O processo de Gestão de Riscos da Organização conta com a participação de todas as camadas hierárquicas da Instituição, abrangendo desde as Unidades de Negócio até o Conselho de Administração.

O Conselho de Administração da Instituição é responsável pelas informações prestadas e divulgadas neste documento conforme determina a Resolução nº 3.464/07, Art. 6º, parágrafo 1º. Esta definição esta instituída no subtítulo nº 6.1 da Política Institucional de Risco de Mercado do Banrisul aprovada em maio/2012.

(30)

28 3.1.1.2 Estrutura de Gerenciamento do Risco de Mercado

A estrutura de gerenciamento do risco de mercado prevê:

 Políticas e estratégias para o gerenciamento do risco de mercado claramente documentadas, que estabeleçam limites operacionais e procedimentos destinados a manter a exposição ao risco de mercado em níveis considerados aceitáveis pela instituição;

 Sistema para medir, monitorar e controlar a exposição ao risco de mercado, tanto para as operações incluídas na carteira de negociação quanto para as demais posições, abrangendo todas as fontes relevantes de risco de mercado e gerar relatórios tempestivos para a diretoria da Instituição;

 Realização, com periodicidade mínima anual, de testes de avaliação dos sistemas de Gerenciamento de Risco de Mercado;

 Realização de simulações de condições extremas de mercado (testes de estresse), inclusive da quebra de premissas, cujos resultados devem ser considerados ao serem estabelecidas ou revistas as políticas e limites para a adequação de capital.

3.1.2 Modelos de mensuração do Risco de Mercado

O Banrisul monitora o risco de mercado das suas operações por meio da utilização de metodologias como o Value at Risk (VaR) e pela realização de análise de sensibilidade das carteiras. As metodologias de mensuração das exposições sujeitas a risco de mercado contemplam as seguintes métricas:

 Marcação a Mercado: para realizar o cálculo do valor de mercado dos ativos e passivos do Consolidado Econômico-Financeiro, são utilizados os preços capturados diariamente na ANBIMA – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais e na BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros. A partir destes preços, é aplicada a função de interpolação cubic spline natural

(31)

29 (ano em 252 dias úteis) para a obtenção das taxas de juros nos prazos das operações, intermediários aos vértices apresentados.

 Value at Risk: O Banco utiliza a metodologia do VaR para a mensuração do risco das operações classificadas na carteira banking e nas operações da carteira trading com fator de risco em taxa prefixada conforme modelo padronizado definido pelo Bacen na Circular n.º 3.361/2007.

 Maurity ladder: Nas operações referenciadas em cupom de moeda estrangeira, índice de preços e taxa de juros este é o modelo utilizado, conforme definido pelo BACEN nas Circulares nos 3.362, 3.363 e 3.364 de 2007.

 Análise de Sensibilidade: A análise de sensibilidade é realizada trimestralmente ou em situações adversas, por meio da aplicação de cenário específico para cada fator de risco, com objetivo de quantificar os impactos sobre as carteiras.

 Testes de Estresse: Os testes de estresse para as exposições da carteira de não negociação, de acordo com as definições do Bacen, são realizados por meio da estimação do percentual de variação do valor de mercado da carteira banking em relação ao Patrimônio de Referência, com a utilização de choque compatível com o 1º e 99º percentis de uma distribuição histórica de variações nas taxas de juros, considerando holding period de 1 ano e o período de observação de 5 anos, conforme requerido na Circular nº 3.365/2007. Também é estimada a quantidade de pontos-base de choques paralelos de taxa de juros necessários para acarretar reduções do valor de mercado da carteira de não negociação correspondente a 5%, 10% e 20% do Patrimônio de Referência.

3.1.2.1 Carteira trading

A carteira trading consiste nas operações com instrumentos financeiros e mercadorias, inclusive derivativos, detidas com a intenção de negociação ou destinadas a hedge e que não estejam sujeitas à limitação de sua negociabilidade.

(32)

30 A carteira de negociação deve ser composta por operações detidas com intenção de negociação e destinadas a: (i) revenda; (ii) obtenção de benefícios dos movimentos de preços, efetivos ou esperados; ou (iii) realização de arbitragem.

3.1.2.2 Carteira banking

A carteira banking consiste nas operações financeiras ativas e passivas negociadas pelo Banrisul, por meio de sua rede de agências ou demais áreas de negócios, cuja contraparte seja um cliente.

3.1.3 Controle e Acompanhamento

3.1.3.1 Comunicação Interna

No intuito de que a informação oriunda da área responsável pelo gerenciamento de riscos de mercado alcance a amplitude devida, é disponibilizado aos membros da alta administração trimestralmente o Relatório de Risco de Mercado, e mensalmente ao Comitê de Gestão de Risco e BACEN o relatório produzido para o acompanhamento das exposições a risco da Instituição.

Também são disponibilizados aos membros da alta administração, aos comitês e ás áreas de negócios, relatórios produzidos diariamente para acompanhamento das exposições potenciais e tomada de decisão.

3.1.4 Análise Qualitativa do Risco de Mercado

No segundo trimestre de 2012, as perspectivas para a economia mundial se deterioraram basicamente por três motivos: A continuidade da crise europeia; a desaceleração na China e a incerteza sobre a sustentabilidade do crescimento nos EUA.

Nos EUA, a recuperação do mercado de trabalho local cresceu em ritmo abaixo do esperado, com a criação líquida de 80 mil postos em junho, e os recuos da produção industrial e das vendas no varejo em maio, de 0,1% e 0,2%, respectivamente.

No Japão, após crescimento de 4,7% do PIB anualizado no primeiro trimestre, prevê-se desaceleração do ritmo da atividade, sinalizado pelo PMI composto, que recuou a 49,1 pontos

(33)

31 em junho e marcou a primeira contração no ano. Na China, prossegue a tendência de desaceleração, o PMI composto de junho apresentou nova diminuição, influenciado, principalmente, pelo desempenho do setor manufatureiro.

No ambiente global, constatou-se a continuidade do processo de desinflação global, em especial nas economias avançadas, em que, sob o impacto do recuo dos preços da energia, os índices anuais de preços ao consumidor (IPCs) declinaram, pela ordem, para 1,7%, 2,4%, 2,8% e 0,2%, em maio, nos Estados Unidos, Área do Euro, Reino Unido e Japão. Em razão do quadro de deterioração do cenário macroeconômico global, os bancos centrais das principais economias optaram pela adoção de novas medidas de afrouxamento monetário. Em 20 de Junho, o Federal Reserve dos EUA prorrogou por seis meses a Operação Twist, o que significou a compra adicional de cerca de US$267 bilhões de Treasuries até o final do ano.

No Brasil, a taxa de crescimento acumulada em quatro trimestres recuou para 1,9%, ratificando a visão de que a economia tem crescido abaixo do seu potencial. Do ponto de vista da oferta agregada, o setor de serviços e a indústria cresceram 1,6% e 0,1%, respectivamente, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Sob a ótica da demanda agregada, houve expansão de 2,5% no consumo das famílias e de 3,4% no consumo do governo, e contração de 2,1% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), em relação ao segundo trimestre de 2011. Por sua vez, a contribuição do setor externo foi nula, após nove trimestres consecutivos de contribuições negativas, com expansão de 6,6% das exportações e de 6,3% das importações. Em suma, a demanda doméstica, impulsionada pela expansão moderada do crédito, bem como pelo crescimento do emprego e da renda, tem sido o principal fator de sustentação da atividade.

3.1.5 Análise Quantitativa do Risco de Mercado

3.1.5.1 Análise de Sensibilidade da Carteira Trading

Buscando aprimorar a gestão de riscos e estar em conformidade com as práticas e governança corporativa atendendo as exigências da Instrução Normativa CVM nº 475 de 17 de dezembro de 2008, o Banrisul realizou a análise de sensibilidade das suas posições classificadas na carteira de negociação (Trading Book). Foram aplicados choques para mais e para menos nos seguintes Cenários: 1% (Cenário 1), 25% (Cenário 2) e 50% (Cenário 3).

(34)

32 A Carteira Trading consiste em todas as operações, inclusive de derivativos, detidas com a intenção de negociação, ou destinadas a hedge de outros instrumentos financeiros. São operações destinadas à revenda, obtenção de benefícios dos movimentos de preços, efetivos ou esperados ou realização de arbitragens. Esta carteira tem limites rígidos definidos pelas áreas de risco e é diariamente controlada.

Para a elaboração dos cenários que compõem o quadro de análises de sensibilidade foram levadas em consideração as situações propostas pela da Instrução Normativa CVM nº 475, no qual seriam as seguintes condições:

Cenário 1: Situação provável. Foi considerada como premissa a deterioração de 1% nas

variáveis de risco de mercado, levando-se em consideração as condições existentes em 29/06/2012.

Cenário 2: Situação possível. Foi considerada como premissa a elevação de 25% nas variáveis

de risco de mercado, levando-se em consideração as condições existentes em 29/06/2012.

Cenário 3: Situação remota. Foi considerada como premissa a elevação de 50% nas variáveis

de risco de mercado, levando-se em consideração as condições existentes em 29/06/2012.

O quadro abaixo apresenta a maior perda esperada considerando os cenários 1,2 e 3 e suas variações para mais e menos.

Para o Fator de Risco “Moeda Estrangeira”, foi considerada a cotação de R$ 2,0213 de 29/06/2012 (PTAX - BACEN).

As análises de sensibilidade abaixo identificadas, não consideram a capacidade de reação das áreas de risco e de tesouraria, pois uma vez constatada perda relativa a estas posições, medidas mitigadoras do risco são rapidamente acionadas, minimizando a possibilidade de perdas significativas.

(35)

33

Tabela 19 – Valores resultantes do Teste de Sensibilidade

Conglomerado Financeiro - R$ Milhões

Fator de Risco jun/12 mar/12

Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3

Taxa de juros 111 2.738 5.422 158 3.904 7.719

Moedas 704 17.604 35.207 556 13.905 27.809

Ações 144 3.599 7.198 155 3.868 7.735

Total 959 23.941 47.827 869 21.677 43.263

Fator de Risco dez/11 set/11

Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3

Taxa de juros 178 4.386 8.652 214 5.259 10.350

Moedas 1.120 28.009 56.017 730 18.258 36.517

Ações 128 3.201 6.402 113 2.820 5.640

Total 1.426 35.596 71.071 1.057 26.337 52.507

Onde:

 Taxa de Juros – Exposições sujeitas a variações de taxas de juros pré-fixadas e cupons de taxas de juros.

 Moeda Estrangeira – Exposições sujeitas à variação cambial.  Renda Variável – Exposições sujeitas à variação do preço de ações.

Analisando os resultados, podemos identificar no Fator de Risco “Moedas Estrangeiras” a maior perda esperada, que representa aproximadamente 74% de toda a perda esperada para os três cenários. Do Cenário 1 para o Cenário 2, observamos um crescimento de 96% da maior perda esperada considerando o total de exposição de todos os fatores de risco. Do Cenário 2 para o Cenário 3, a variação é de 50%. A maior perda esperada nestes Cenários do Teste de Sensibilidade, ocorre no Cenário 3 (50%), no valor total de R$ 47.827 mil.

A análise apresentada representa as exposições que poderão impactar de forma relevante sobre os resultados da instituição. Ressalta-se que os valores apresentados revelam os impactos de cada cenário numa posição estática da carteira. O mercado é muito dinâmico e volátil, alterando posições de maneira contínua e por isso não obrigatoriamente refletem a posição demonstrada no Teste de Sensibilidade.

Também é importante entender que o Banrisul possui processo de gestão contínua e ininterrupta que procura através do dinamismo de mercado, mitigar os riscos associados, com as estratégias definidas pela Alta Administração. Em casos de alerta, ações proativas são

Referências

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