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Um novo olhar sobre os vazios: bairro compacto em Tubarão - SC

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Academic year: 2021

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Universidade do Sul de Santa Catarina

Curso de Arquitetura e Urbanismo

Trabalho de Conclusão de Curso - Fundamentação e projeto

Acadêmica: Dezirê Mateus

Orientadora: Prof. Arq. Michelle Souza Benedet, Msc.

DESENHAR O URBANO

UM NOVO OLHAR SOBRE OS VAZIOS

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Universidade do Sul de Santa Catarina Curso de Arquitetura e Urbanismo

DESENHAR O URBANO - UM NOVO OLHAR SOBRE OS VAZIOS

Tra b a l h o d e C o n c l u s ã o d e C u rs o I , apresentado ao curso de graduação de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Sul de Santa Catarina, campus Tubarão, como requisito parcial para a obtenção do tulo de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Trabalho de Conclusão de Curso - Fundamentação e Projeto

Acadêmica: Dezirê Mateus Orientadora:

Prof. Arq. Michelle Souza Benedet, Msc. Tubarão, novembro de 2017

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DADOS CADASTRAIS ACADÊMICA Dezirê Mateus

ENDEREÇO

Rua Manoel Antônio Mateus, S/N – São Mar nho Tubarão – SC CEP 88708-740 CONTATO (48) 9 9677-1752 (48) 3632-4335 deziremateus@yahoo.com.br Código de Matrícula: 527613 Período: 9º Semestre ORIENTADORA

Prof. Arq. Michelle Souza Benedet, Msc. (48) 9 9616-3106

mi_arq@hotmail.com

TÍTULO DO TRABALHO

Desenhar o urbano - um novo olhar sobre os vazios Bairro compacto em Tubarão - SC

FOLHA DE ASSINATURAS

Trabalho de Conclusão de Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Sul de Santa Catarina, elaborado pela acadêmica Dezirê Mateus e apresentado em dezembro de 2017 à banca avaliadora que segue:

__________________________________________________________ Prof. Arq. Michelle Souza Benedet, Msc.

Orientadora

__________________________________________________________ Professor Avaliador I

__________________________________________________________ Professor Avaliador II

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AGRADECIMENTOS

Os meus agradecimentos são a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação acadêmica até o presente momento, sempre me apoiando e acreditando no meu potencial.

De modo especial agradeço meus pais, que mesmo tendo estudado somente até a 4º série, não mediram esforços para que eu con nuasse estudando. Sempre acreditaram em mim e me apoiaram nos momentos di ceis, com encorajamento e todo o seu amor.

Ao meu namorado, pessoa fundamental na minha vida que sempre esteve ao meu lado, me apoiando e me ajudando.

Aos meus ex-chefes Patrícia, Antônio e Paula que contribuíram na minha formação fora da sala de aula, agradeço por todo o conhecimento que me foi repassado.

Aos amigos que fiz na faculdade, Alane, Bruna, Carla, Jheinny, Jonathan e Maynara, por toda a parceria nos projetos e na vida, onde compar lhamos alegrias e diversos momentos especiais, a eles desejo muito sucesso na vida profissional.

Especialmente a minha orientadora, Michelle Souza Benedet, à qual desde o início queria que fosse minha orientadora, desde o primeiro contado mostrou todo o seu amor a profissão, sendo sempre uma inspiração para mim. Agradeço por toda atenção e auxílio na formação desse trabalho.

Agradeço também aos demais professores, que com seus ensinamentos contribuíram para minha formação acadêmica.

Por fim, a todas as pessoas que de alguma forma par ciparam e contribuíram com essa caminhada, os meus sinceros agradecimentos, muito obrigada a todos!

DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho aos meus pais e meu namorado, que sempre me apoiaram e não mediram esforços para que eu concluísse o curso.

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‘‘Planejamento urbano não garante a felicidade. Mas mau

planejamento urbano defini vamente impede a felicidade.’’

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gente... gente Diferente...

gente o tempo todo!

‘‘Se o primeiro passo para se constatar se um lugar é ou não bem sucedido quanto

à vida pública é verificar se ele tem gente, gente variada e gente o tempo todo.’’

Gabriela de Souza Tenorio

É com essa frase que busco desenvolver este trabalho, buscando projetar um bairro bom para se viver capaz de ter gente, gente diferente e gente o tempo todo!

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gente... gente Diferente...

gente o tempo todo!

RESUMO

Este trabalho tem a finalidade de coletar informações suficientes para projetar um bairro compacto e sustentável para o município de Tubarão. A escolha do tema surgiu juntamente com a escolha do terreno, que localiza-se nos arredores do bairro São Mar nho e Vila Esperança, tendo como principal impulso a Rodovia Ivane Fre a Moreira, atualmente em construção, que ligará a BR-101 a SC-370 pelo bairro São Mar nho.

O obje vo desse trabalho é propor a criação de um bairro entre a rodovia e os bairros São Mar nho e Vila Esperança, de forma a evitar que os proprietários dessas terras parcelam o solo de forma indevida, sem planejamento e qualquer controle urbanís co.

Deste modo, o trabalho divide-se em capítulos, onde será analisado referencias teóricas e projetuais, juntamente com a análise da área a ser inserido o bairro, a fim de, adquirir conhecimento necessário e a assim desenvolver a proposta que deve ser finalizada no semestre 2018-1.

ABSTRACT

This work has the purpose of collec ng enough informa on to design a compact and sustainable neighborhood for the municipality of Tubarão. The choice of theme came together with a choice of terrain, which is located on the outskirts of the São Mar nho and Vila Esperança neighborhood, with the main impulse being the Ivane Fre a Moreira Highway, currently under construc on, linking BR-101 to SC-370 by the São Mar nho district.

The objec ve of this work is to propose a crea on of a neighborhood between a highway and the neighborhoods São Mar nho and Vila Esperança, in order to avoid that the landowners can have a parceling of soil of improper form, without planning and any urban control.

In this way, the work is divided into chapters, where theore cal references and projects are analyzed, together with an analysis of the area to be inserted the neighborhood, an end of, acquisi on necessary knowledge and accepts a proposal for development without semester 2018 -1.

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gente... gente Diferente...

gente o tempo todo!

SUMÁRIO 1.0 Introdução ...07 1.1 Problemá ca ...07 1.2 Jus fica va ...07 1.3 Obje vos ...08 1.3.1 Obje vo geral ...08

1.3.2 Obje vos específicos ...08

1.4 Metodologia ...09 2.0 Contextualização teórica ...10 2.1 Cidades sustentáveis ...10 2.1.1 Cidades compactas ...11 2.1.2 Urbanismo bioclimá co ...12 2.2 Morfologia urbana ...13 2.2.1 O lote ...13 2.2.2 O quarteirão ...14 2.2.3 O traçado, a rua ...15

2.3 Boa cidade para pessoas ...15

3.0 Referenciais projetuais ...17

3.1 Bairro Santa Bárbara ...17

3.1.1 Norma vas ...18

3.1.2 Realidade socioeconômica ...18

3.1.3 Tipologias empregadas, análise formal e po de organização ...19

3.1.4 Elementos de estruturação e composição urbana ...19

3.1.5 Elementos estruturadores da paisagem urbana ...20

3.1.6 Análise morfológica ...21

3.1.7 Equipamentos urbanos ...22

3.1.8 Sustentabilidade ...23

3.1.9 Argumentação e considerações finais ...23

3.2 Distrito em cena ...24

3.2.1 Norma vas ...25

3.2.2 Realidade socioeconômica ...25

3.2.3 Tipologias empregadas, análise formal e po de organização...26

3.2.4 Elementos de estruturação e composição urbana ...27

3.2.5 Elementos estruturadores da paisagem urbana ...27

3.2.6 Análise morfológica ...28

3.2.7 Sustentabilidade ...28

3.2.8 Equipamentos urbanos ...29

3.2.9 Argumentação e considerações finais ...30

3.3 Estudo de caso: Bairro Zona 04 – Maringá ...31

3.3.1 Norma vas ...32

3.3.2 Realidade socioeconômica ...34

3.3.3 Tipologias empregadas, análise formal e po de organização...34

3.3.4 Elementos de estruturação e composição urbana ...35

3.3.5 Elementos estruturadores da paisagem urbana ...35

3.3.6 Análise morfológica ...36 3.3.7 Equipamentos urbanos ...36 3.3.8 Sustentabilidade ...37 3.3.9 Walkthrough ...37 3.3.9.1 Os lotes ...38 3.3.9.2 As vias ...39 3.3.9.3 O Bosque II ...39 3.3.9.4 Praças ...40

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5.4 Implantação conceitual ...60 5.5 Usos do solo ...61 5.6 Gabaritos ...61 5.7 Zoneamento ...62 5.8 Estatuto da cidade ...63 5.9 Sistema viário ...64 5.10 Mobilidade urbana ...64 5.11 Equipamentos urbanos ...65 5.12 Espaços públicos ...65 5.13 Estratégias de sustentabilidade ...65 5.14 Morfologia urbana ...66 6.0 Considerações finais ...67 7.0 Referências ...69 8.0 Apêndices 4.0 Diagnós co da área ...43

4.1 Tubarão: base econômica, polí ca e ins tucional da área ...43

4.2 Desenvolvimento da cidade: ciclos econômicos ...44

4.3 Análise do quadro polí co da região ...47

4.4 Levantamento de dados: bairros em análise ...48

4.4.1 Bairro São Mar nho ...48

4.4.2 Bairro São Bernardo ...48

4.4.3 Bairro Humaitá de Cima ...48

4.4.4 Bairro Vila Esperança ...48

4.4.5 Bairro Revoredo ...48

4.5 Análise do processo de produção e uso do espaço urbano ...49

4.6 Análise do processo de estruturação do espaço urbano ...50

4.6.1 Área urbanizada e suas tendências de expansão ...50

4.6.2 Centralidades ...51

4.6.3 Análise do uso do solo ...52

4.6.4 Análise de equipamentos públicos ...52

4.6.5 Análise da hierarquia e conflitos viários ...53

4.6.6 Mobilidade urbana ...53

4.6.7 Análise da morfologia urbana ...53

4.6.8 Análise público x privado ...53

4.6.9 Análise de predominância de classe social ...53

4.6.10 Análise dos conflitos entre ocupação urbana e a qualidade ambiental ...54

4.6.11 Análise plano diretor ...55

4.7 Levantamento fotográfico ...56 4.8 Síntese do diagnós co ...57 4.9 Dados do terreno ...58 5.0 Par do da proposta ...59 5.1 Conceito ...59 5.2 Diretrizes projetuais ...59

5.3 Princípios norteadores do projeto ...60

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1.0 INTRODUÇÃO

Com o crescimento desordenado dos bairros e cidades, a demanda por planejamento urbano de cidades vem crescendo, buscando diminuir os impactos ambientais e sociais. Par ndo disso, o trabalho tem como obje vo propor um bairro compacto e sustentável para a Cidade de Tubarão.

A proposta de um bairro planejado visa proporcionar uma infraestrutura melhor aos moradores, unindo os fatores de eficiência, qualidade de vida e sustentabilidade.

O Munícipio de Tubarão possui grande potencial para expansão, devido a sua vasta extensão territorial e constante crescimento, em função de grandes empresas estarem inseridas no município, além de sua boa localização e proximidade com equipamentos de transporte importantes, como o Aeroporto de Jaguaruna, a BR 101 e o Porto de Imbituba. Apesar do seu grande território a mancha urbana é pequena e concentra-se no centro, mas possui alguns bairros dis ntos que cresceram como ramificações, criando vazios e áreas segregadas do centro da cidade.

A criação de um bairro compacto e sustentável em Tubarão busca a ngir os obje vos citados por Richard Rogers (2001) no Livro Cidades para um Pequeno Planeta, uma cidade densa e socialmente diversificada onde as a vidades econômicas e sociais se sobreponham e onde as comunidades sejam concentradas em torno das unidades de vizinhança.

Através desses fatores busca-se com esse trabalho desenvolver um anteprojeto de um bairro que concentre moradia, lazer, saúde, educação, trabalho e comércio, para assim evitar deslocamentos excessivos de automóveis para as outras áreas do município e proporcionar melhor qualidade de vida aos futuros moradores.

1.1 PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA

Ul mamente as cidades tem se deparado com um grande problema, o crescimento desordenado de bairros, que crescem sem qualquer estrutura e planejamento, invadindo territórios inadequados, carentes de infraestrutura e consequentemente criando áreas de riscos.

O Município de Tubarão possui alguns bairros em que está ocorrendo esse crescimento desordenado, podemos citar os bairros que estão na zona rural, como exemplo os Bairros Sertão dos Corrêa, Guarda, Rio do Pouso, Caruru e Sombrio, mas que estão se desenvolvendo e deixando de serem rurais, porém não há qualquer planejamento para expansão e essas áreas estão crescendo desordenadamente e afastadas do centro da cidade, resultando na formação de ramificações no tecido urbano.

A falta de planejamento em Tubarão resultou na apropriação de morros e encostas por pessoas carentes nos bairros São Bernardo, Sombrio (Morro da Guampa) e São Mar nho (Morro Taió) e também outros problemas em todo o município como os vazios urbanos, espaços públicos insuficientes, falta de iden dade nos bairros, vias que priorizam somente os veículos, sem ciclovia e calçadas adequadas, além da insegurança provocada pelo mau planejamento de uso e ocupação do solo, onde não há diversidade de usos.

As pessoas tem o direito a uma vida digna com qualidade, ter um lugar agradável para morar, com espaços públicos de qualidade, saneamento básico e infraestrutura, para que possam ser felizes e refle rem isso na sociedade. É com esse intuito que se jus fica o tema, pois é preciso um planejamento adequado, que priorize o bem estar de quem vai se apropriar desse novo espaço. É com esse obje vo que o trabalho a ser desenvolvido busca propor diretrizes de planejamento

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urbano em uma escala macro e desenvolver um novo conceito de bairro planejado voltado às pessoas.

A criação de bairros planejados busca criar uma nova centralidade diminuindo a necessidade de deslocamento até o centro para atender necessidades usuais, reunindo, em um só lugar, áreas residenciais, comerciais e empresariais, além de espaços de convivência.

Sobre a importância de bairros planejados e a forma como refletem na cidade Rogers afirma:

A cidade compacta – com empreendimentos agrupados em torno de transporte público, áreas para caminhar e andar de bicicleta – é a única forma de cidade ambientalmente sustentável. [...] Todos devem ter direito a espaços abertos, facilmente acessíveis, tanto quanto têm direito à água tratada. Todos devem ter a possibilidade de ver uma árvore de sua janela, ou de sentar-se em um banco de praça, perto de sua casa, com um espaço para crianças, ou de caminhar até um parque em dez minutos. Bairros bem planejados inspiram os moradores, ao passo que comunidades mal planejadas brutalizam seus cidadãos. [...] (Rogers, 2012, p. 11). Inserir um bairro compacto e sustentável em Tubarão trará bene cios para o município, servindo como polo gerador de empregos e, consequentemente, beneficiando os bairros vizinhos.

1.2 OBJETIVOS

Para auxiliar no desenvolvimento da proposta a ser desenvolvida no TCCII, foram elaborados obje vos, geral e específicos:

1.2.1 Obje vo geral

O obje vo geral da proposta é desenvolverdiretrizes de planejamento urbano e um anteprojeto de um bairro compacto e sustentável no Município de Tubarão.

1.2.2 Obje vos específicos

Ÿ Implantar estratégias baseadas no Estatuto da Cidade;

Ÿ Planejar ruas, calçadas e espaços públicos seguindo os princípios do desenho universal;

Ÿ Levar infraestrutura para a localidade;

Ÿ Construir espaços públicos de forma sustentável e integrar áreas verdes em toda a extensão do bairro;

Ÿ Priorizar o pedestre e o ciclista;

Ÿ Es mular o convívio de vizinhança e criar conexões com bairros vizinhos;

Ÿ Oferecer espaços de lazer adequados promovendo uma vida saudável aos futuros moradores;

Ÿ Diversificar os usos a fim de tornar o bairro atra vo e seguro; Ÿ Criar rotas de transporte e circulação que visam proporcionar

facilidade de acesso ao espaço urbano, através dos veículos de transportes cole vos e não motorizados;

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4. Desenvolvimento do par do: após todas as análises e estudos feitos, será iniciado o lançamento da proposta, a serem desenvolvidos por meio de textos, croquis, mapas e esquemas.

5. Desenvolvimento do anteprojeto: após finalizadas as etapas anteriores e adquirido todo o conhecimento necessário, através do embasamento teórico e análises feitas e com diretrizes e ideias já apresentadas, será dada con nuidade no desenvolvimento do trabalho no semestre 2018-1, onde será desenvolvido um anteprojeto urbanís co, visando um melhor compreendimento do projeto proposto.

1.3 METODOLOGIA

Para realização e melhor compreensão do trabalho a ser desenvolvido, o mesmo será dividido em cinco etapas, com base em pesquisas bibliográficas e projetuais, análise da área e coleta de dados.

1. Pesquisa Bibliográfica: elaboração de um referencial teórico, com base em informações relevantes ao tema a ser abordado através de livros, ar gos, teses e sites, onde será desenvolvido um material de estudo sobre cidades sustentáveis, abordando os temas cidades compactas e urbanismo bioclimá co, além de morfologia urbana e boa cidade para pessoas.

2. Análise de referências projetuais: para melhor percepção do funcionamento e componentes necessários para elaboração do tema, serão realizadas análises em projetos, que auxiliarão na concepção da proposta. A análise parte desde as norma vas para elaboração do projeto, bem como a realidade em que está inserido, suas pologias e elementos de estruturação e composição urbana, sua morfologia e soluções sustentáveis para os problemas urbanos. Além disso, será realizado um estudo de caso em uma cidade planejada, para compreender pessoalmente o que é necessário para um bairro, u lizando a técnica walkthrough que cons tui em analisar o local através do olhar do observador, juntamente com informações de usuários do local, através de entrevistas.

3. Diagnós co da área: tem como obje vo coletar dados da área onde será inserido o projeto e analisar problemas e potenciais da área e entorno. Desse modo será analisada a base econômica, polí ca, processos de produção, apropriação, uso do espaço urbano e processos de estruturação urbana. Para tal, serão realizadas visitas in loco com coleta de informações com moradores da área e entorno, para entender melhor a realidade da área proposta.

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Estudo realizado com base em livros e teses re l a c i o n a d o s a o te m a d a p ro p o sta , o fe re c e n d o embasamento teórico com informações necessárias para elaboração da proposta com o obje vo de projetar um bairro compacto voltado às pessoas.

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2.1 CIDADES SUSTENTÁVEIS

A população mundial está crescendo cada dia mais e as cidades estão ficando sobrecarregadas, devido à constante transição de pessoas da área rural para a área urbana. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado em junho de 2013, a população mundial de 7,2 bilhões de pessoas chegará a 9,6 bilhões em 2050. Segundo Rogers (2001, p. 27) ''essa imensa urbanização irá causar um crescimento exponencial no volume dos recursos consumidos e da poluição gerada. ''

As consequências devido ao crescimento populacional acelerado já são vistas atualmente, a superlotação de veículos nas ruas, a poluição do ar, das águas e a falta de recursos naturais são as mais visíveis. A constante re rada de matéria prima da natureza e a poluição do solo por meio de fungicidas e produtos tóxicos acarretam em uma série de problemas, como o empobrecimento e erosão do solo, contaminação dos lençóis freá cos e a ex nção de espécies vegetais e animais. A baixa rentabilidade no campo e a busca por uma vida melhor são alguns dos fatores para o crescente êxodo rural comum nos úl mos anos em países em desenvolvimento.

[ . . . ] P e l o m e n o s m e t a d e d e s t a p o p u l a ç ã o urbana em crescimento estará morando em favelas sem água corrente, sem eletricidade, sem esgoto e quase sem esperança [...] (ROGERS, 2001, p.27).

Muitas cidades não estão preparadas para esse aumento populacional, por essa razão, como já dito por Rogers (2001) o planejamento das cidades e o gerenciamento dos recursos naturais são muito importantes.

 Para se conseguir cidades sustentáveis segundo Girardet (1992

apud ROGERS, 2011, p. 30) ''[...] a solução está na busca de um

'metabolismo' circular nas cidades, onde o consumo é reduzido pela implementação de eficiências e onde a reu lização de recursos é maximizada. [...]'' ou seja, devemos reduzir o lixo, reciclar materiais e reduzir o consumo dos recursos não renováveis procurando sempre que possível u lizar produtos recicláveis.

[...] Para a ngir esse ponto, devemos planejar cada cidade para administrar o uso dos recursos e para isso precisamos desenvolver uma nova forma de planejamento holís co e abrangente. (ROGERS, 2001, p.30).

Para Rogers (2001, p. 32) ''[...] não haverá cidade sustentável, do ponto de vista ambiental, até que a ecologia urbana, a economia e a sociologia sejam fatores presentes no planejamento urbano. [...]'' isto é, não basta um planejamento urbano apenas com foco ambiental, é preciso reorganizar a cidade de modo geral, contando com a ajuda dos cidadãos através de debates e reuniões par cipa vas.

De acordo com Gehl (2013, p. 105) um dos principais obje vos para tornar uma cidade sustentável é a redução de consumo em transportes movidos a combus veis fósseis e poluentes, pois são os grandes responsáveis na emissão de carbono e poluição pesada. Por conta disso a valorização do pedestre e ciclista se faz necessária.

O tráfego de bicicletas e pedestre u liza menos recursos e afeta o meio ambiente menos do que qualquer outra forma de transporte. Os usuários fornecem a energia e esta forma de transporte é barata, quase silenciosa e não poluente. (GEHL, 2013, p.105).

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Portanto vimos que Tubarão pode-se tornar uma cidade sustentável, começando na pequena escala com a criação de um bairro planejado. Por essa razão a elaboração desse trabalho fundamenta-se no conceito de cidades sustentáveis, obtendo espaços com qualidade de vida que contribuam na redução de custos de seus moradores. 2.1.1 Cidades compactas

A cidade compacta cresce em volta de centros de a vidades comerciais e sociais juntamente aos pontos nodais de transporte público. Segundo Rogers (2001) a cidade compacta é uma rede de vizinhanças, cada qual com seus espaços públicos, parques, usos mistos e diversos equipamentos para desenvolver a vidades públicas.

Algo imprescindível na formação de cidades compactas é a o mização de recursos consumidos. Rogers (2001) afirma que os núcleos compactos e de uso misto reduzem as necessidades de deslocamentos e criam bairros sustentáveis e cheios de vitalidade (Fig. 02). Os bairros compactos garantem que o trabalho, lazer e outros serviços estejam ao alcance da comunidade, reduzindo deslocamentos de automóveis para atender às necessidades co dianas.

como meio de transporte, contribuem para um melhor desenho urbano, pois esses transportes necessitam de pouco espaço, apenas uma calçada e ciclovia, ocupando bem menos espaço que as largas vias de trânsito (fig. 01). Para Gehl (2013, p. 107) a eficácia desse transporte só é possível com uma boa paisagem urbana, que possa garan r conforto e sensação de segurança por quem transita.

Tornar uma cidade sustentável é um problema mundial e que a solução cabe à cole vidade de países. Porém cada cidade precisa fazer a sua parte, através de um desenvolvimento sustentável que contribua na redução do impacto do aumento da produção e do consumo sobre o meio ambiente, juntamente com a criação de bairros compactos, que concentrem a vidades em centralidades reduzindo grandes deslocamentos, e uma rede de mobilidade eficiente que permita um deslocamento fácil entre centralidades.

Fig. 01 | Diferentes formas de ocupação das vias

Fig. 02 | Formação de cidade compacta

Fonte: Site Viatrolebus adaptado pela autora.

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reduzindo a movimentação natural do ar, tornando o ambiente cada vez mais quente. Por conta disso é preciso planejar para o futuro e tentar reverter os danos já ocasionados no planeta.

O planejamento urbano de um bairro deve considerar meios de economizar energia e fazer uso adequado dos recursos naturais bem como reaproveitá-los. Segundo Higueras (2006), o urbanismo bioclimá co deve adaptar o desenho urbano às condições do clima e do território, compreendendo que cada situação geográfica deve gerar um urbanismo caracterís co e diferenciado em relação a outros locais.



O obje vo do planejamento urbano ambiental é considerar, em todo o processo de planejamento, as peculiaridades de cada ambiente, sociedade e clima, de modo que as propostas de gestão em tempo e alcance estão em equilíbrio com o meio ambiente e, assim, avança para o desenvolvimento sustentável em qualquer po de planejamento. (HIGUERAS, 2006, p.127, tradução nossa).

Higueras (2006) aponta alguns princípios que geram o urbanismo bioclimá co como o planejamento de acordo com cada local; ruas adaptadas à topografia de modo a canalizar os ventos necessários para a ven lação da área, e buscando a melhor orientação da luz solar; áreas verdes bem arborizadas atendendo às necessidades de umidade e evaporação ambiental; equilíbrio na morfologia urbana de modo a criar espaços fechados de acordo com as a vidades a serem desenvolvidas, sem afetar o microclima e pologia de construção diversificada e apropriada às condições do sol e do vento do local.  Para Serra (1989 apud ROMERO, 2001, p. 25) arquitetura bioclimá ca é aquela que o miza, no seu próprio desenho arquitetônico, suas relações energé cas com o entorno e o meio Sobre o funcionamento do transporte em cidades compactas

Rogers (2001, p.40) afirma:

[...] Os sistemas de transporte cole vo ligariam diferentes centros de vizinhança, [...] isto reduziria o volume e o impacto do tráfego, que seria calmo e controlado [...] bondes locais, sistemas leves sobre trilhos e ônibus elétricos apresentam-se mais eficientes e o caminhar e o andar de bicicleta tornam-se a vidades mais agradáveis. O conges onamento e a poluição diminuem sensivelmente, ao mesmo tempo que aumentam o sen do de segurança e o nível de convivência no espaço público.

 As cidades compactas sustentáveis se formam através de uma

sociedade baseada na comunidade, ou seja, muito diferente da realidade atual onde o que predomina são os grandes centros urbanos, totalmente adensados e sem convívio social.

Uma cidade compacta reduz o desperdício de energia, por isso devemos inves r em fontes de energia renováveis como a eólica e a solar. Tubarão vem avançando nos úl mos anos no quesito energia solar, no município está instalado uma usina solar que já foi considerada a maior do país (Diário Catarinense, 2014).

A área escolhida para a implantação do novo bairro é ideal para colocar em prá ca os conceitos de cidade compacta sustentável, visto que o local irá unir bairros desconexos do restante da cidade e formará novas centralidades.

2.1.2 Urbanismo bioclimá co

Inúmeros problemas ambientais estão cada vez mais presentes nas cidades, resultado da ação do homem com a natureza. A poluição e o desmatamento constantes estão aumentando as ilhas de calor e

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Ainda de acordo com o autor um estudo morfológico deve levar em consideração os ciclos de produção do espaço urbano e iden ficar os níveis de produção da forma urbana e suas inter-relações. Um estudo de morfologia urbana consiste na divisão do meio urbano em partes, chamado de elementos morfológicos, e o modo como se estruturam entre si formando os lugares que cons tuem o espaço urbano.

Os elementos morfológicos do espaço urbano são compostos por: lotes, quarteirões e ruas, além das praças, vegetações e o mobiliário urbano. A união desses elementos cons tuem um bairro. 2.2.1 O lote

O lote é o princípio da relação entre os edi cios com o terreno. O formato do lote é condicionante da forma do edi cio e, consequentemente, da forma da cidade.

De acordo com Santos (1988) a forma ideal de um lote é a retangular, sendo que tenha um equilíbrio em seu tamanho, não seja muito grande, nem muito pequeno, para ser possível atender os diversos tamanhos de edificações e, de acordo com a necessidade de cada obra, os lotes poderão ser desmembrados ou remembrados.

Para ajudar a pensar no tamanho ideal de um lote, pode-se começar por um módulo (fig. 03). Fica estabelecido que tal módulo, escolhido pela prá ca e pelo bom senso, é a unidade mínima (uma espécie de célula) a par r da qual se comporão os diversos pos de lotes possíveis. Ele sozinho não configura nada e não pode ser pensado de forma independente. Estará, porém, presente em cada lote que sempre será um dos seus múl plos. (SANTOS, 1988, p. 76)

ambiente. Aproveita o sol no inverno e evita-o no verão, u liza os bene cios da ven lação para combater a umidade e para extrair o ar quente, vale-se do isolamento para reduzir as trocas térmicas com o exterior.

Sobre os espaços públicos Romero (2001, p. 10) indica que: Um bom desenho [urbano] requer uma concepção específica de ruas, de edi cios e de espaços entre os edi cios na sua interação com o meio. Para essa unidade se materializar, faz-se necessário que esses espaços, geralmente considerados secundários, adquiram uma forma real, incorporando qualidades que permitam a permanência prazerosa numa espacialidade tranquila. Desse modo, é percep vel que os fundamentos citados não estão presentes na composição da nossa região. Após o devido entendimento do tema, é percep vel a necessidade que o município tem sobre um planejamento em suas áreas de expansão, de modo que a cidade cresça de maneira sustentável. Sendo assim conclui-se que a criação de um bairro sustentável em Tubarão resultará em melhorias na pequena e grande escala, valorizando a área e a cidade como um todo.

2.2 MORFOLOGIA URBANA

Segundo Lamas (2004, p. 91) o termo morfologia é o estudo da configuração e da estrutura exterior de um objeto. É a ciência que estuda as formas, interligando-as com os fenômenos que lhes deram a origem. '' A morfologia (urbana) é o estudo da forma do meio urbano nas suas partes sicas exteriores, ou elementos morfológicos e na sua produção e transformação no tempo. [...]''

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O sistema do quarteirão é muito an go. É um processo geométrico elementar. [...] A par r desse processo elementar, foi adquirindo estatuto na produção da c i d a d e , c o m o u n i d a d e m o r fo l ó g i c a . A g r u p a subunidades, mas pode também cons tuir a parte mínima iden ficável na estrutura urbana.

O quarteirão integra e organiza os outros elementos da estrutura urbana: o lote e o edi cios, o traçado e a rua e as relações que estabelecem com os espaços públicos, semipúblicos e privados e consequentemente com a cidade.

Para Santos (1988) o melhor formato de quarteirão é aquele que contém em seu interior uma área protegida que funciona como um respiradouro. Essa área é denominada em la m non aedificandi, ou seja, não é permi do edificar, construir. Esse espaço interno pode ser tornar um equipamento público arborizado como uma praça, resultando em um espaço de lazer e integração entre pessoas (fig. 04). Esse miolo de quadra pode ser fechado, com uso apenas dos moradores do quarteirão onde ele se insere, com o acesso apenas por dentro dos lotes, ou aberto a toda a população através de uma rua que conecte com as ruas do entorno da quadra.

Não é bom para o desenvolvimento das cidades que o tamanho dos lotes seja exagerado e que sua ocupação seja mínima. Os custos de urbanização e infraestrutura (ruas, equipamentos públicos, rede de água, energia, telefone, esgoto) são muito altos quando é preciso estender-se a uma área maior com densidades baixas, pois quanto maior a testada do lote há mais desperdício de materiais e obras e menos população será beneficiada.

2.2.2 O quarteirão

O quarteirão, também chamado de quadra, é o resultado da agrupação de lotes formando um conjunto com acessos comuns, separado dos demais e é o espaço delimitado pelo cruzamento de três ou mais vias.

A definição de quarteirão para Mascaró (2003) é que são os espaços urbanos rodeados de ruas, cons tuindo uma forma convexa, onde cada esquina sempre apresentará uma conformação e disposição dis ntas dos lotes das quadras.

Sobre a existência dos quarteirões, Lamas (2004, p. 88) diz : Fig. 03 | Formação de

lotes através de múdulos

Fonte: Santos, 1988.

Fig. 04 | Possíveis formas de ocupar miolos de quadras

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de um via como pode ser observado na figura 05, que mostra dimensões para uma via arterial com canteiro central. Com essas dimensões mínimas é possível formular vários pos de vias de acordo com as necessidades do projeto.

Dessa forma, essas referências serão fundamentais para a elaboração da proposta de TCC, de projetar um bairro completo, seguindo as teorias estudadas.

2.3 BOA CIDADE PARA AS PESSOAS

A busca por uma cidade feita para as pessoas se faz necessária, a cidade só existe por causa das pessoas, mas com o passar dos anos a cidade se tornou apenas um lugar de passagem, onde o indivíduo sai de casa para trabalhar e retorno no fim do dia para dormir, sem ter do qualquer contato com a natureza ou com alguém nas ruas, o indivíduo torna-se cada vez mais individualista. Para Gehl (2013, p. 118) a qualidade de vida se dá ao nível dos olhos, ou seja, é na menor escala que o pedestre usufrui dos espaços e convive com os outros.

[...] As cidades devem propiciar boas condições para que as pessoas caminhem, parem, sentem-se, olhem, ouçam e falem. [...] Essas e outras a vidades relacionadas 2.2.3 O traçado, a rua

De acordo com Santos (1988) as ruas, avenidas e travessas são os espaços públicos abertos, que servem para a circulação entre as edificações, ou seja, as vias interligam as quadras e um conjunto de vias e quarteirões compõem a malha urbana.

As ruas são elementos muito importantes para a formação da cidade, elas servem para conectar diversos pontos de interesse e são suporte para o deslocamento de pessoas, veículos, mercadorias, etc.

[...] O traçado, a rua, existem como elementos morfológicos nos vários níveis ou escalas da forma urbana. Desde a rua de peões à travessa, à avenida, ou a via rápida, encontra-se uma correspondência entre a hierarquia dos traçados e a hierarquia das escalas da forma urbana. (LAMAS, 2004, p. 100)

As ruas podem ter outras funções muito diferentes das de transitar, podendo ser fechada para a circulação de automóveis e ser u lizada apenas para a vidades da comunidade, como feirinhas, espaço de exposição ao ar livre, rua gastronômica, etc.

A largura das vias é determinada de acordo com sua função, taxa de ocupação e do perfil escolhido, o mau planejamento pode acarretar em ruas estreitas podendo provocar problemas desagradáveis como conges onamentos, falta de calçadas, arborização, entre outros.

O dimensionamento recomendado para uma rua depende: do

vo ume de tráfego q e po elas circula; do sen do do l u r fluxo (unidireci na o bidirecionao l u l); das interferências que pod t zee ra r o tráfego (c ur zamen os, t estacion m n s,a e to ga age s etr n , c.); e da

velo i ac d de de ircu açc l ão.

Mascaró (2003) apresenta dimensões mínimas para a formação

4,80 | 3,5 | 3,0 | 5,0 | 3,0 | 3,5 |1,5| 4,80 | Fig. 05 | Dimensões de via

Fonte: Site streetmix feito pela autora.

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á r v o r e s d e s o m b ra , r e m o v e n d o o b s t á c u l o s desnecessários das calçadas e melhorando os cruzamentos. O obje vo é tornar a caminhada simples, descomplicada e segura, a qualquer hora do dia ou da noite. Caminhar deve ser uma a vidade prazerosa com espaços agradáveis, mobiliário urbano adequado, bons detalhes e boa iluminação. (GEHL, 2013, p. 113)

A formação de uma cidade para pessoas não ocorre de um dia para o outro, o processo é lento, mas se faz necessário um começo, seguindo com um passo de cada vez. Cada município tem a oportunidade de mudar sua realidade, começando com o planejamento de áreas em expansão, para que o novo não repita erros existentes na cidade consolidada, aos poucos toda a cidade vai se moldando. Tubarão, por exemplo, já vem adotando o conceito de ruas para pedestres, em que aos domingos duas vias da beira rio são fechadas para o trânsito de veículos e o espaço é u lizado por pessoas para prá cas de a vidades sicas, brincadeiras e interação, foi assim que Copenhague, exemplo mundial de uma cidade boa para se viver, começou a mudar suas ruas, indo aos poucos fechando uma rua de cada vez.

Uma cidade boa para as pessoas facilita a vida do cidadão e garante que as pessoas possam sen r a rua como a extensão da sua casa. É com esse obje vo que o bairro será projetado, um bairro para as pessoas, colocando em prá ca as teorias aqui apresentadas.

deverão ser capazes de se desdobrar em todas as combinações possíveis na paisagem urbana. De todas as ferramentas de planejamento urbano disponíveis, a mais importante é a escala menor.

Gehl (2013) prevê que a mobilidade urbana é fundamental na formação de uma cidade para pessoas, desse modo às avenidas precisam estreitar-se dando lugar a espaços para o pedestre, na sequência o ciclista e o transporte público e só por úl mo os veículos motorizados, com busca para os não poluentes.

A solução para uma melhor cidade não se dá só na diminuição de veículos nas ruas, mas também na redução de gabaritos estabelecendo uma relação interior e exterior, es mulando a convivência entre pessoas. Uma cidade para pessoas não tem edi cios altos, pois o contato com a vida da cidade só se pode obter até o quinto andar. Como afirma Jacobs (2001) os locais em que as ruas possuem estabelecimentos comerciais, vivacidade e usos atra vos, são suficientes para cul var uma vida com qualidade.

O aumento em doenças decorrentes do sedentarismo tem aumentado nos úl mos anos. A vida sedentária atrás de um computador ou dentro de um carro, faz com que aumente os gastos com saúde e a expecta va de vida diminua, sendo que pequenas mudanças no dia a dia, como ir caminhando ou pedalando até o trabalho, reduziriam o risco de diversas doenças. Cidades como Copenhague e Melbourne vêm estabelecendo estratégias de incen vo à prá ca de a vidades sicas.

Essas cidades priorizam as benfeitorias, melhorando os percursos de pedestres com calçadas mais largas, a s s e n t a n d o m e l h o r e s p i s o s , p l a n t a n d o

Referências

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