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INVESTIMENTO DE 2 MILHÕES DE EUROS EM CICLOVIA EM VIEIRA DE LEIRIA

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Diretor: António José Ferreira www.jornaldamarinha.pt SEMANÁRIO QUI21JAN2021 ANO: LIX - Nº 2939 Preço: 1,20 € (IVA inc.)

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INVESTIMENTO DE 2 MILHÕES DE EUROS

EM CICLOVIA EM VIEIRA DE LEIRIA

A Câmara Municipal aprovou na reunião de segunda feira, 18 de janeiro, o projeto de execução para

a “Ciclovia do Lis Leiria - Marinha Grande”, que termina na Praia da Vieira

» última

Porte Pago A u t o r i z a d o p e l o s C T T a c i r c u l a r e m invólucro fechado de plástico. Autorização n º D E 0 2 6 9 2 0 0 7 M P C

COVID-19: SURTO ATINGE UCC 2

DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA

A nova Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa da Misericórdia da

Marinha Grande tem um surto ativo de COVID-19, com 34 utentes infetados e 5

funcionárias que também testaram positivo

Porte Pago A u t o r i z a d o p e l o s CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE02692007MPC

PANDEMIA: FUNDO DE EMERGÊNCIA

APOIA FAMÍLIAS VULNERÁVEIS

» pág. 5

ATLÉTICO CLUBE MARINHENSE

GOLEIA NA CASA DO GRAP

» pág. 12

PANDEMIA NÃO “CALA” 18 DE JANEIRO

» pág. 4

Apesar do confinamento, o

aniversário da revolta operária

de 1934 foi assinalado na

última segunda feira » pág. 7

Pub

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | www.jornaldamarinha.pt

2

local

BOAVISTA

100 MIL EUROS PARA

REQUALIFICAR

RUA DA ESCOLA

SECUNDÁRIA

Já arrancaram os trabalhos de reabilita-ção da Rua da Escola Secundária, situada no lugar da Boavista. A Câmara Munici-pal da Marinha Grande vai investir nesta obra cerca de 100 mil euros, inserindo-se a empreitada num projeto de requalifica-ção que contempla diversos arruamentos em todo o concelho.

A obra tem um prazo de execução estimado de 60 dias e o objetivo é dar resposta a “um anseio da população e dos utilizadores dos estabelecimentos de ensino desta zona, servindo milhares de cidadãos todos os dias”.

Recorde-se que há muito que moradores e condutores exigiam a melhoria do piso, dado o seu elevado grau de degradação.

A empreitada, que contempla também a melhoria do acesso ao estacionamento do Parque Municipal de Exposições uti-lizado por veículos pesados, visa assim “melhorar as condições de circulação viá-ria e pedonal da respetiva via, incluindo drenagem pluvial”. ß

PANDEMIA

MERCADOS ABERTOS APENAS

PARA VENDER BENS ALIMENTARES

A presidente da Câmara da

Marinha Grande assinou

um despacho em que

autoriza o funcionamento

das feiras e mercados no

concelho enquanto durar

o estado de emergência,

mas apenas para efeitos

de venda de produtos

alimentares

No despacho, Cidália Ferreira refe-re que “as feiras e mercados do Con-celho da Marinha Grande, desde a sua reabertura, têm funcionado no estrito cumprimento das normas e orientações da Direção-Geral da Saúde, sem que tenha ocorrido, até à data de hoje, qualquer circunstância impeditiva do seu funcionamento, no quadro atual de pandemia”.

A autarca realça também a “inques-tionável função económica e social des-te setor retalhista para as localidades e para os cidadãos”, considerando que este “representa um importante apoio ao desenvolvimento da economia lo-cal”.

ÒFUNERAIS VOLTAM A TER LIMITE DE PESSOAS

Também os funerais foram afetados com a entrada em vigor do novo esta-do de emergência. Cabe às autarquias que tenham a seu cargo a gestão dos cemitérios fixar um limite máximo de presenças. Na Marinha Grande, a

Câ-mara determinou “que a realização de funerais seja condicionada à adoção de medidas organizacionais que ga-rantam a inexistência de aglomerados de pessoas e o controlo das distâncias de segurança, devendo observar-se o limite máximo de 15 pessoas”, sendo que deste limite “não pode resultar a impossibilidade da presença no fune-ral de cônjuge ou unido de facto, as-cendentes, desas-cendentes, parentes ou afins”.

ÒBIBLIOTECA FUNCIONA NA RESINAGEM POR MARCAÇÃO

Face ao estado de emergência em vigor, que obrigou ao encerramento

de espaços culturais, a autarquia fez saber que a Biblioteca Municipal vai permanecer em funcionamento, no Edi-fício da Resinagem, até ao próximo dia 31 de janeiro, assegurando somente o serviço de empréstimo e devolução de livros, mediante marcação prévia. O agendamento pode ser feito pelo 244 573 322 ou pelo email bibliote-ca.mgrande@gmail.com, de segunda a sexta feira, entre as 10h30 e as 16h30.

Recorde-se que a Biblioteca está a funcionar provisoriamente no lado nascente do Edifício da Resinagem, enquanto decorrem as obras de requa-lificação das suas instalações junto ao Jardim Stephens. ß

COVID-19

CÂMARA TESTA MAIS DE UMA CENTENA DE FUNCIONÁRIOS

Na reunião de câmara de segunda feira, dia 18 de janeiro, a presidente Cidália Ferreira informou que tinham começado a ser testados nessa tarde à COVID-19 os trabalhadores que não se encontram em regime de teletrabalho e que continuam, por isso, a prestar serviço de forma presencial.

Segundo o JMG apurou, está prevista a realização de entre 130 a 150 testes a funcionários de diferentes serviços. A testagem decorre no Gabinete Médico

da autarquia, cumprindo com todas as normas de segurança, e em colaboração com a equipa do Centro de Saúde da Marinha Grande.

ÒSERVIÇOS COM MARCAÇÃO PRÉVIA

Devido ao novo estado de emergência em vigor, ao confinamento e teletrabalho obrigatório, a autarquia mantém em fun-cionamento, com atendimento ao público por marcação prévia, e para assuntos inadiáveis e que não possam ser

satisfei-tos por outras vias, o Balcão de Atendi-mento ao Munícipe, o Serviço de Obras Particulares e a secção de Tesouraria. Se-gundo o Município, o atendimento será feito no período da manhã, entre as 9h e as 13h.

Em alternativa, podem ser usados os contactos 915 626 610 (Balcão de Atendimento ao Munícipe), 911 002 012 (Obras Particulares), 244 573 300 (Águas e Saneamento) e 911 001 529 (Serviços Urbanos). ß

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | 21 de janeiro de 2021

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local

AUTORIDADES INTENSIFICAM VIGILÂNCIA

16 VIATURAS FURTADAS

NA MARINHA GRANDE EM 3 MESES

No último trimestre de 2020 foram furtadas na Marinha Grande

um total de 16 viaturas. No mesmo período foram participados às

autoridades 15 crimes de furto em viatura

Face ao elevado número de denúncias ocorridas nas últimas semanas nas redes so-ciais, dando conta da existência de viaturas furtadas, tentativas de furto e danos em veícu-los estacionados na via pública, na Marinha Grande, o nosso jornal solicitou dados con-cretos ao Comando Distrital da PSP de Leiria quando às ocorrências efetivamente regista-das. A resposta, que chegou já após o fecho da última edição, dá conta que no último tri-mestre de 2020, isto é, nos meses de outubro, novembro e dezembro, foram registados 16 crimes de furto de viatura na Marinha Grande e 15 crimes de furto em viatura.

No que respeita aos crimes de dano, as autoridades adiantaram que foram registadas nos últimos três meses de 2020, um total de 4 ocorrências.

Segundo o JMG apurou, em face destes

acontecimentos “têm sido intensificadas as ações de patrulhamento em alguns locais” identificados pelas autoridades policiais, “através da análise sistemática das ocorrên-cias”.

O Comando Distrital fez ainda saber que “existem alguns processos-crime cuja investiga-ção se encontra a decorrer e que acreditamos que irão permitir responsabilizar os autores de alguns destes atos”, embora não tenha referi-do quantos processos estão em causa.

ÒAUTARQUIA QUER “REFORÇAR

COOPERAÇÃO” COM AUTORIDADES POLICIAIS

Perante os atos de vandalismo e criminali-dade, a presidente da autarquia solicitou ao comandante da Esquadra da PSP da Marinha Grande alguns elementos mas ainda não ob-teve resposta.

“Face às inúmeras denúncias de atos de vandalismo e tentativas de furto, algumas de-las consumadas, com danos no património público e privado”, Cidália Ferreira quer sa-ber as estatísticas da criminalidade registada na Marinha Grande nos últimos meses, para aferir se há efetivamente um aumento expo-nencial daquele tipo de atos, a caracterização das infrações mais relevantes e dos infratores, bem como as medidas implementadas pelas autoridades para reforço da ação de fiscaliza-ção e prevenfiscaliza-ção.

A autarca marinhense solicitou ainda ao comandante da Esquadra local que informe sobre “eventuais pedidos ao Ministério da Ad-ministração Interna para reforço do mapa de pessoal afeto a esta Esquadra, que possamos reforçar junto da Tutela”, mostrando-se “dispo-nível” para agendar uma reunião para abor-dar matérias “do interesse dos munícipes”, com vista a “articular e reforçar a coopera-ção interinstitucional”. ß

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | www.jornaldamarinha.pt

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local

»CARTA AO DIRETOR

Mensagem

à Presidente da Câmara

Deixo uma mensagem como cidadão, a qual ainda irá a tempo. Perante a situação do país em que nos encontramos, solicita-va... já que a preocupação dos nossos go-vernantes com o dia de voto é grande, que tenham um pouco de bom senso e fechem as mesas de voto mais cedo, sugeria talvez até às 15h. Lembrem-se que estamos em pandemia total! São horas suficientes para quem quiser ir votar...

JE

OCORRÊNCIAS

ACIDENTE FERE

TRABALHADOR

Um ferido leve foi o resultado de um aci-dente de trabalho ocorrido no passado dia 12 de janeiro, pelas 15h47, na Zona Indus-trial de Casal da Lebre. Prestaram socorro os Bombeiros Voluntários da Marinha Grande, com dois efetivos, apoiados por uma viatu-ra, tendo o trabalhador sido transportado para o Hospital de Santo André, em Leiria.

No mesmo dia, às 20h09, foi dado o alerta para um incêndio urbano nas Figuei-ras, que foi combatido por cinco elementos da corporação marinhense, apoiados por um veículo.

Na quinta feira, dia 14, às 21h24, re-gistou-se o despiste de um veículo ligeiro de passageiros, com um ferido sem gravidade, em Pataias, para onde seguiram dois bom-beiros marinhenses com uma viatura, para prestar auxílio à corporação daquela lo-calidade. ß

COVID-19

MARINHA GRANDE

COM MAIS 2 MORTOS E 13 INFETADOS

A pandemia parece não

dar tréguas no concelho da

Marinha Grande. Na última

terça feira, dia de fecho desta

edição, havia registo de mais

duas vítimas mortais e mais

13 pessoas infetadas com

COVID-19, respeitantes às 24

horas anteriores

Olhando para o relatório emitido pela Comissão Distrital de Proteção Civil de Leiria na madrugada de terça feira, dia 19 de janeiro, é possível verificar que se registaram nas últimas horas 13 novos casos de infeção no concelho, o que fez subir para 976 o total de casos desde o início da pandemia; havia 736 doentes recuperados, mais 15 que no dia ante-rior; e haviam sido notificadas mais 2 mortes devido ao vírus, totalizando 26 vítimas mortais no concelho da Marinha Grande devido à COVID-19. Já o núme-ro de casos ativos baixou de 218 para 214.

Comparando os números relativos ao dia 18 de janeiro na Marinha Grande com o mesmo dia do mês anterior, é possível verificar que se registaram num mês 452 novos casos, mais 12 vítimas mortais, houve 323 recuperações e o nú-mero de casos ativos mais que duplicou, de 97 para 214.

ÒDISTRITO REGISTA 17 MORTOS NUM SÓ DIA

No distrito de Leiria o panorama não é melhor. Nas últimas horas houve

regis-to de 277 novos casos de infeção, regis- totali-zando 14019 doentes desde o início da pandemia; registaram-se mais 17 vítimas mortais, pelo que são 332 os óbitos no distrito atribuídos à COVID-19; houve 154 recuperações (9572 no total); e existem 4115 casos ativos da doença, mais 106 que no dia anterior.

Mais uma vez, o gráfico respeitante aos concelhos de Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vi-nhos e Pedrogão Grande, pertencentes ao Agrupamento de Centros de Saúde Pinhal Interior Norte volta a não estar atualizado.

Nas últimas horas, o maior número de novos casos de infeção ocorreu no concelho de Leiria (94), seguido de Pom-bal (39), Alcobaça (30), Nazaré (26), Peniche e Óbidos (17 cada), Caldas da Rainha e Marinha Grande (13 cada), Batalha (12), Porto de Mós (9) e

Bom-barral (7).

Já as recuperações ocorreram em Leiria (62), Caldas da Rainha (31), Por-to de Mós (28), Marinha Grande (15), Pombal (9), Batalha (6), Bombarral, Na-zaré e Óbidos (1 cada).

No que se refere aos óbitos, Leiria tem 83, 8 dos quais registados nas últimas 24 horas, seguido de Caldas da Rainha (57), Pombal (41), Alcobaça (28), Mari-nha Grande (26), Peniche (25), Porto de Mós (15), Óbidos (14), Bombarral (8), Batalha (7) e Nazaré (6).

Quanto aos casos ativos, o concelho de Leiria tem 877, seguido de Alcobaça (821), Pombal (480), Caldas da Rainha (373), Peniche (331), Marinha Gran-de (214), Nazaré (153), Porto Gran-de Mós (142) e Óbidos (113). Com menos de uma centena de casos ativos estão ape-nas os concelhos de Bombarral (74) e Batalha (72). ß

COVID-19

SURTO NA UCC 2 DA SANTA CASA

A nova Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa da

Misericórdia da Marinha Grande, situada nas Vergieiras, tem

um surto ativo de COVID-19, com 34 utentes infetados e 5

funcionárias que também testaram positivo

Ao JMG, o provedor da Santa Casa, Joaquim João Pereira, adianta que todos os utentes estão em isolamento e que “estão a ser feitos todos os esforços para que a doença não alastre a mais ninguém”.

Segundo o responsável, alguns utentes manifestaram “sintomas ligeiros” do novo coronavírus, e uma idosa teve de ser assistida no Hospital de Santo André, em Lei-ria, mas entretanto já regressou à Unidade. ß

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local

JORNAL DA MARINHA GRANDE | 21 de janeiro de 2021

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CÂMARA DESTINA 100 MIL EUROS À MEDIDA

FUNDO DE EMERGÊNCIA

APOIA FAMÍLIAS VULNERÁVEIS

Já está em vigor o

Fundo de Emergência

Municipal de Apoio Social

– Impacto COVID-19,

após a aprovação do

respetivo regulamento

pela Assembleia Municipal

da Marinha Grande, na

sua reunião de 28 de

dezembro

A medida, criada pela autarquia e aprovada em reunião extraor-dinária do executivo camarário de 21 de dezembro, vai permitir apoiar as famílias do concelho de forma a minimizar o impacto da crise económica provocada pela pandemia de COVID-19, comple-mentando os apoios económicos existentes.

De acordo com o regulamento, o fundo de emergência agora criado permite apoiar uma percentagem da perda do rendimento mensal líquido das famílias, “enquanto medida de apoio que permita a continuidade do pagamento de encargos gerais familiares, nomea-damente as faturas de água e luz, assim como da renda habitacional,

durante o período de vigência das medidas excecionais a nível nacio-nal e municipal”.

Segundo o Município, trata-se de “uma resposta de exceção, num momento também ele excecional, para minimização de situações de precariedade económica provoca-das pela interrupção económica e de prevenção do endividamento pessoal para fazer face a respon-sabilidades elementares, tais como o pagamento da renda da casa ou a manutenção do contrato de abas-tecimento de água, gás e eletrici-dade”.

O Fundo de Emergência tem uma dotação orçamental inicial de 100 mil euros, valor que pode ser

reforçado “sempre que se julgue necessário, por deliberação da Câ-mara Municipal, sob proposta da presidente”.

Para usufruir deste apoio, os interessados devem residir no con-celho há pelo menos 6 meses, ser maiores de 18 anos e encontrar-se em situação de autonomia econó-mica, e que, entre outros critérios, “de forma comprovada tenham sofrido uma redução do seu rendi-mento líquido igual ou superior a 25% após a declaração da pande-mia”.

O regulamento bem como o for-mulário de candidatura estão dis-poníveis no site da autarquia, em www.cm-mgrande.pt. ß

»LEITURAS

“No mundo há livros

fantásticos que

ninguém lê”,

Umber

to Eco

O Anibaleitor, de Rui Zink,

Teorema, 2010

«Esta história ocorreu há mais de trinta anos. Juro que é verdade. Os meus pais tinham acabado de se divor-ciar, uma coisa que nem me importava muito. De certo modo até era só vantagens: entretidos que estavam lá na sua guerrinha pessoal, tinham agora menos tempo para me chatear que de costume. Os meus pais não eram más pessoas. Eram – como dizer? – simplesmente pais. Vendo agora o que se passou em perspectiva, até devia ter tido mais pena deles, bem sei. Mas eu era miúdo, não pen-sava nestas coisas. Para ser mesmo sincero, eu andava assim como que a dar para o nem perdido nem achado. Faltava às aulas, pintava a

manta, fazia trinta por uma linha. Ainda hoje não sei o que pintar a manta ou fazer trinta por uma linha querem dizer, mas não faz mal.»

Escrito com muito humor e inteligência esta pequena obra de Rui Zink destina-se a pessoas, jovens e adultos, que gostem de se dedicar à leitura durante as férias, por exemplo.

Um jovem resolve fugir da família e inicia uma via-gem fantástica num

estra-nho navio que busca um fabuloso animal, o Anibaleitor. Dentro desta história o leitor vai encontrar outras histórias contadas por metáforas. É um desafio de Rui Zink para o leitor dar conta de assuntos muito sérios…

«(...) E foi assim que passei a ler durante o dia os livros que o Anibaleitor me indicava e que, à tardinha, comentá-vamos juntos. Descobri que o sultão a quem ele se referia era o das Mil e uma noites, ao qual uma tal de Xerazade tinha de contar uma história por dia e, no fim de cada uma, manter o sultão pendurado na expectativa do que iria acontecer a seguir, porque quando ela não tivesse mais histórias o sultão cortar-lhe-ia a cabeça – o que, entre outros inconvenientes, a deixaria sem sítio onde pendurar os brincos.»

Rui Zink nasceu em Lisboa em 1961; é docente no de-partamento de Estudos Portugueses da Faculdade de Ciên-cias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e é colaborador de jornais e revistas ligadas à cultura. Recebeu o Prémio do P.E.N. Clube Português pelo roman-ce Dávida Divina em 2005. ß

Carlos Reys

Designer

DEVIDO À PANDEMIA

TEATRO STEPHENS VOLTA A FECHAR PORTAS

Tal como sucedeu em março do ano passado, a Casa da Cultura Tea-tro Stephens voltou a fechar as suas portas ao público face à publicação do decreto 3-A/2021 de 14 de janei-ro que regulamenta o novo estado de emergência decretado pelo Presidente da República.

O estado de emergência que en-trou em vigor no país na última sexta feira, dia 15 de janeiro, e que vigora até ao próximo dia 30, estabelece o encerramento de teatros e outros equipamentos culturais, pelo que a programação prevista para o mês de janeiro no Teatro Stephens teve de ser ajustada.

Assim, o Concerto para Bebés que teria lugar na tarde do passado

sábado foi adiado para nova data a anunciar assim que possível, e o mes-mo sucede com o espetáculo “Eva” da fadista Cristina Branco, que estava marcado para o próximo sábado, dia 23, e foi agendado para 29 de maio.

No entanto, quem já tinha adquiri-do os bilhetes pode guardá-los para a nova data ou solicitar a devolução do dinheiro (teatro.stephens@cm-mgran-de.pt).

Ò18 DE JANEIRO EVOCADO

EM CONCERTO TRANSMITIDO ONLINE

Já o espetáculo “As Palavras da Liberdade”, agendado para a tarde do passado domingo, para assinalar o 87.º aniversário do 18 de Janeiro de 1934, decorreu à porta fechada,

tendo sido transmitido online e em di-reto na página de Facebook da Câ-mara Municipal da Marinha Grande e pela Marinha TV, sendo também possível neste caso que o público so-licite a devolução do dinheiro pago. Em palco estiveram os artistas Helder Morrison, Carlos Vicente e Tiago Ferreira, que através da mú-sica e da poesia levaram “As Pa-lavras da Liberdade” até casa dos marinhenses, e não só, ajudando desta forma a homenagear os ope-rários que participaram na revolta de 18 de Janeiro de 1934 por me-lhores condições de vida da classe trabalhadora e face à ofensiva do Estado Novo contra os sindicatos livres. ß

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | www.jornaldamarinha.pt

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local

PRESIDENCIAIS 2021

JOÃO FERREIRA VEM À MARINHA

GRANDE APELAR AO “VOTO ÚTIL”

«Esperança» e «Constituição»

foram as palavras mais

ouvidas no discurso de

João Ferreira, candidato

às Eleições Presidenciais,

que em dia de homenagem

aos participantes no 18

de Janeiro de 1934 veio à

Marinha Grande

«Esperança» de que o voto em João Ferreira no ato eleitoral do próximo domingo, dia 24 de janeiro, será um voto “verdadeiramente útil” para “todas as batalhas, as de agora e do futuro”. «Constituição» que o candidato apoia-do pelo PCP garante, caso seja eleito, “defender, cumprir e fazer cumprir”, em defesa do trabalho com direitos.

No Auditório José Vareda, no Sport Operário Marinhense, com a lotação a um terço devido às medidas de pre-venção do contágio da COVID-19, João Ferreira deu conta dos contactos estabe-lecidos nos últimos dias com trabalhado-res de diversos setotrabalhado-res de atividade, da saúde à escola pública, entre outros, ga-rantindo que “de todos tenho recebido li-ções: coragem, para enfrentar os tempos difíceis e complexos em que vivemos, e para não desistir de levar a afirmação do projeto e valores desta candidatura para esclarecer e mobilizar ao voto”.

João Ferreira, que evocou a luta dos revoltosos do 18 de Janeiro de 1934,

frisando que a candidatura que enca-beça “é orgulhosamente herdeira desta luta que nunca parou e não vai parar”, contou com um apoio de peso, com a vinda até à cidade vidreira do secretário geral do PCP.

Jerónimo de Sousa também deixou palavras de elogio aos homens e mu-lheres que fizeram o 18 de Janeiro e “deixaram as sementes que haviam de germinar para a conquista da liberda-de do nosso povo”, 40 anos mais tar-de, enaltecendo “a tradição lutadora do povo da Marinha Grande”. Referindo-se depois ao ato eleitoral do próximo do-mingo, o dirigente comunista considerou que a candidatura de João Ferreira “é única” na defesa da luta dos trabalha-dores, e empenhada “no aprofundamen-to da democracia”, e frisou que “aprofundamen-todos

os votos contam”. “Podem contar com a candidatura de João Ferreira para todas as batalhas, as do presente e do futu-ro”, classificando-a como “um horizonte de esperança para o país”. “O voto em João Ferreira nunca será um voto perdi-do”, rematou.

Já Etelvina Rosa, membro do comité central do PCP e mandatária concelhia de João Ferreira, frisou que este é o “úni-co candidato que se propõe cumprir a Constituição” e o único com “respostas concretas” para os problemas do país. “João, avança, com toda a confiança!”, concluiu a mandatária local, apelando ao voto.

Na sessão pública foram ainda in-tervenientes a mandatária distrital de Leiria, Anabela Baptista, e a secretária geral da CGTP, Isabel Camarinha. ß

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS

753 ELEITORES JÁ VOTARAM NA MARINHA GRANDE

O Edifício da Resinagem foi o local escolhido para acolher

no passado domingo, dia 17, duas urnas no âmbito do

voto antecipado com vista às Eleições Presidenciais de 24

de janeiro. Segundo o JMG apurou, dos 822 inscritos no

concelho, votaram 753 eleitores de diversos municípios do

território nacional, continental e insular

O procedimento foi da responsabilida-de das autarquias e, contactada pelo nos-so jornal, a Câmara da Marinha Grande fez uma avaliação “globalmente positiva” em relação a este modelo de participa-ção.

Segundo fonte do Município, este mo-delo permitiu que eleitores deslocados da

sua secção de residência pudessem exer-cer o seu direito de voto, “o que reforça a participação democrática num momento tão importante e vital para a Democracia”, acrescentando que “no contexto pandémi-co que vivemos permitiu aliviar as secções de voto que funcionarão no dia 24 de ja-neiro, normalmente”.

A autarquia considerou que “apesar de se ter registado um tempo de espera anor-mal para uma eleição, devido sobretudo à demora do ato individual de voto no contexto da pandemia, cremos que foram atingidos os objetivos”.

Este modelo de funcionamento permitiu ainda à Câmara da Marinha Grande per-ceber que caso este se mantenha no futu-ro, deverá ser revisto o número máximo de eleitores a votar em cada mesa “para permitir uma maior fluidez do ato eleito-ral”. Note-se que nesta eleição o máximo permitido era de 500 eleitores por mesa de voto, sendo que cada uma delas tinha 411 eleitores registados. ß

»OPINIÃO

Redução de impostos

à vista?

No passado dia 2 de dezembro de 2020, a Câmara Municipal da Marinha Grande delibe-rou propor à aprovação da Assembleia Munici-pal alterações em matéria de impostos.

Nos termos da Lei n.º 75/2013, de 12 de se-tembro na redação dada pelo Artigo 25.º, com-pete à Assembleia Municipal, sob proposta da Câmara Municipal fixar anualmente o valor da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

De acordo com o artigo 112.º do Código do IMI, as taxas de IMI situam-se entre 0,3% e 0,45% para os prédios urbanos e 0,8% para os prédios rústicos.

A proposta apresentada pelo executivo visa fixar a taxa de IMI para os prédios urbanos em 0,3% relativamente ao ano de 2020 a liquidar no ano de 2021.

Uma das principais fontes de receitas do mu-nicípio é o produto da cobrança do IMI que a Câmara Municipal pretende destinar aos inves-timentos em curso e projetos futuros em infra--estruturas de redes municipais como a rede de águas, saneamento, rede viária e requalificação urbana.

Na verdade, em relação ao IMI não se tra-ta de uma redução da tra-taxa uma vez que desde o ano de 2012 que esta se mantém inalterada quer para os prédios urbanos em 0,3%, quer para os prédios rústicos em 0,8%.

Outra importante fonte de receita do municí-pio respeita ao produto da cobrança do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de imóveis (IMT).

De forma genérica, o IMT visa tributar as transmissões onerosas do direito de proprieda-de sobre bens imóveis e inciproprieda-de sobre o valor do contrato ou sobre o Valor Patrimonial Tributário (VPT) do imóvel.

Nesta matéria, a Câmara Municipal da Ma-rinha Grande propõe a dedução da taxa de im-posto para prédios ou parte de prédios urbanos destinados a habitação própria e permanente do sujeito passivo de imposto ou do seu agregado familiar.

Na prática, o IMT respeitante ao ano de 2020 a liquidar no ano de 2021 sofre uma dedução de 20,00 euros no caso de um dependente do agregado familiar, 40,00 euros caso se tratem de dois dependentes e cerca de 70,00 euros na situação de três ou mais dependentes do agre-gado familiar. ß

Iris Gomes

Advogada e Especialista em Orçamento e Finanças Públicas

(7)

JORNAL DA MARINHA GRANDE |21 de janeiro de 2021

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local

COMBATE

À PANDEMIA

REATIVADO

PROGRAMA

DE APOIO SOCIAL

MG SOLIDÁRIA

Com o desígnio de

combater o isolamento e

para garantir que quem

mais precisa continua a

ter apoio, a Câmara da

Marinha Grande reativou

na última sexta feira, dia

15 de janeiro, o programa

de apoio social assente na

linha MG Solidária

Trata-se de um serviço prestado pelo Município que abrange as pessoas que estejam em situação de isolamento, que não possam deslocar-se à rua, que vivam em situação económica desfavorecida e que não tenham apoio familiar direto.

Para a autarca marinhense Cidália Ferreira, “o apoio social a quem está nesta situação de isola-mento e gravidade é fundamental e a Câmara Municipal não podia deixar de dar este apoio”.

Em causa está a satisfação de necessidades básicas, nomeada-mente a entrega bens essenciais, e a entrega de refeições escolares para os alunos beneficiados da ação social escolar que estejam em isolamento.

Para mais informações, basta contactar a linha de apoio do Ser-viço Social da Câmara, pelo 244 235 637 ou 931 123 251. ß

GESTÃO DE PESSOAS

CEFAMOL DEBATE

DESAFIOS PARA

2021

“Gerir Pessoas: Os desafios para 2021” é como se intitula o webinar que a Associação Na-cional da Indústria de Moldes se prepara para dinamizar esta quin-ta feira, dia 21 de janeiro, pelas 17h. A iniciativa, que decorre no âmbito do Programa Talentum, que a CEFAMOL promove em parceria com a IBC - International Business Consulting, tem inscrições abertas online, em www.cefamol.pt. ß

HOMENAGEADOS REVOLTOSOS DO 18 DE JANEIRO

“A LUTA NÃO PODE FICAR

CONFINADA”

Apesar do dever de

confinamento, as comemorações

do 18 de Janeiro de 1934,

organizadas pelo Sindicato

dos Trabalhadores da Indústria

Vidreira (STIV), decorreram na

manhã da última segunda feira

na Marinha Grande

Cerca de meia centena de pessoas marca-ram presença na manifestação “Aumentar os salários! Garantir os direitos!” que arrancou cerca das 11h30 das imediações do Cemitério Municipal, onde o STIV esteve a depor cravos vermelhos nas campas dos revoltosos, rumo à Praça do Vidreiro.

Em duas filas, mantendo o distanciamento social, e de máscara no rosto, os manifestantes foram proferindo frases como “A luta continua nas empresas e na rua” e “18 de Janeiro, dia de luta do vidreiro”, para mostrar que “a luta não pode ficar confinada quando os trabalha-dores têm de sair para trabalhar”.

Este ano sem a presença do grupo de per-cussão Tocándar, decorreram junto ao monu-mento ao vidreiro as tradicionais intervenções sindicais. Para Etelvina Rosa, dirigente do STIV, a luta dos revoltosos do 18 de Janeiro “não foi em vão”, salientando o “exemplo de coragem que nos deram e como a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores tem de continuar”.

Na sua opinião, a pandemia “veio tornar visí-veis as fragilidades laborais”, lamentando que “em 2020 tivessem sido os trabalhadores das empresas de trabalho temporário os primeiros a ser despedidos”. Segundo Etelvina Rosa, a pandemia fez com que “muitos atropelos” aos direitos dos trabalhadores ocorressem nos últi-mos meses, garantindo que a luta “é o caminho para melhores condições de trabalho”.

Já Isabel Camarinha, secretária geral da CGTP, apelou ao voto dos trabalhadores nas Eleições Presidenciais do próximo domingo, nomeadamente “para quem priorize a valo-rização do trabalho e dos trabalhadores”, lembrando que é dever do Presidente da Re-pública “defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”. A dirigente frisou a necessidade de continuar a lutar “pela revogação das normas gravosas da legislação laboral” e colocou o foco no

aumento do salário mínimo nacional.

Marcaram presença nas comemorações, entre outros, Bruno Dias, deputado do PCP na Assembleia da República, a presidente da Junta de Freguesia da Marinha Grande, Isabel Freitas, o presidente da Assembleia Municipal, Luís Guerra Marques, as vereado-ras da autarquia Alexandra Dengucho e Lara Lino, e ainda Aires Rodrigues, deputado na Assembleia de Freguesia da Marinha Gran-de.

Face ao estado de emergência, o Sindi-cato Vidreiro viu-se obrigado a cancelar o passeio que estava agendado para a manhã do passado domingo, que culminaria com a inauguração da exposição “Quando ama-nhecerá camaradas – O 18 de Janeiro em documentos”, no Foyer do Museu do Vidro. Foi também cancelado o almoço convívio agendado para dia 18. ß

EB FRANCISCO VERÍSSIMO

O 18 DE JANEIRO ‘FOI’ À ESCOLA

Impressionados foi como ficaram os alunos de 3 turmas da Escola Básica do 1.º Ciclo Fran-cisco Veríssimo ao ouvirem de viva voz o relato do Mestre Vidreiro Alfredo Poeiras a respeito da dureza da vida à boca de um forno.

Os alunos contactaram com o Mestre Vidrei-ro através das novas tecnologias e o mote para esta conversa digital, que teve lugar na última segunda feira, foi o 18 de Janeiro de 1934.

Alfredo Poeiras contou um pouco da história da sua vida, nomeadamente a vinda para a Marinha Grande ainda criança, o trabalho no vidro que iniciou com apenas 10 anos de ida-de, e algumas das dificuldades que faziam com que muitos jovens andassem descalços. Factos que impressionaram o auditório, crianças com idades entre os 6 e os 9 anos, e que puderam escutar um pouco do que foi a luta operária dos homens que fizeram a revolta na Marinha Grande, alguns dos quais Alfredo Poeiras teve

a “honra” de trabalhar. O Mestre evidenciou a importância das lutas por melhores condições de vida e de trabalho e lamentou que não haja jovens para dar continuidade à profissão.

No final ficou a promessa de uma visita ao Estúdio Poeiras Glass, quando a pandemia der tréguas, e talvez para o ano o Mestre possa ir

pessoalmente à escola interagir com mais alu-nos.

Segundo a docente Marta Pratas, todos os anos a revolta operária é trabalhada em con-texto de sala de aula, inclusive em anos anterio-res com visitas de estudo à Casa Museu 18 de Janeiro, situada em Casal Galego. ß

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opinião

»PEÇO A PALAVRA

Mortes antes de tempo

O

nosso concelho está confron-tado com um número eleva-do de residentes infectaeleva-dos com o Covid-19 e com um número elevado de mortes. São quase sempre mortes antes de tempo, o que lhes dá um carácter mais trágico. Não sei as razões particulares da incidência local, mas posso presumir que a internacionaliza-ção da economia marinhense possa ter algu-ma coisa a ver com isso.

Nacionalmente, depois de na primavera as coisas terem corrido razoavelmente bem, temos agora uma das piores situações mun-diais e, neste caso, não tenho grandes dú-vidas de que a desorganização do Estado em geral e do Sistema Nacional de Saúde (SNS) em particular, em conjunto com a fixa-ção ideológica do Governo, estão a matar muitos portugueses. Não apenas devido à pandemia, mas por ausência de cuidados

médicos por outras causas. A inexistência de acordos permanentes entre o SNS e as insti-tuições privadas é uma obsessão ideológica criminosa, apesar do esforço frequentemente heroico dos profissionais da Saúde. Nesta crise faz falta o anterior ministro.

Todos sabemos que muitos profissionais da saúde trabalham de manhã no serviço público e à tarde no privado, os baixos orde-nados são a causa, mas os partidos políticos da esquerda vivem na ilusão, igualmente cri-minosa, de uma inexistente União Soviética onde os mortos eram parte da manutenção do sistema. Entretanto, por alguma razão cresce o número de hospitais privados, só em Lisboa acaba de ser inaugurado o hospi-tal da CUF e está em construção o hospihospi-tal da Fundação Champalimaud.

Na Saúde, como em tudo o resto, o Go-verno vive numa redoma de perigosas ilu-sões. ß

Henrique Neto

Empresário henriquejosesousaneto@gmail.com

# EDITORIAL

O 18 de Janeiro de 1934

87 anos depois, o 18 de Janeiro de 1934 voltou a ser assinalado na Marinha Grande, apesar da pandemia que condiciona a mobilidade. Apesar da ordem gover-namental ser para confinar, alguns resistentes estiveram presentes nas comemorações promovidas pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira, que este ano se cingiram praticamente à romagem aos cemitérios onde estão sepultados alguns revol-tosos, bem como a concentração na Praça do Vidreiro com as habituais intervenções sindicais, antecedida com uma manifestação que reclamou mais direitos para os tra-balhadores. Note-se que estas iniciativas decorreram com todas as medidas de segu-rança, apesar do burburinho que se gerou devido ao confinamento geral em vigor.

Este ano, a Câmara Municipal da Marinha Grande não marcou presença nas ceri-mónias do Sindicato Vidreiro e optou por proceder à colocação de uma coroa de flo-res no monumento ao vidreiro, através da pflo-residente Cidália Ferreira e da vereadora Célia Guerra.

Ora mais uma vez, a “paternidade” do 18 de Janeiro esteve em debate quando na realidade o movimento insurrecional não é pertença do PCP, do STIV, do PS, da CGTP ou de outra entidade qualquer, faz parte do património dos marinhenses, independen-temente desta guerrilha institucional. Aliás, ainda estarão na memória de alguns as cenas de pancadaria que se verificaram junto ao cemitério municipal aquando de uma homenagem por parte de uma central sindical. Outros tempos!

Este ano, além do mais, discutiu-se a manifestação que o Sindicato Vidreiro promo-veu na manhã de segunda feira, em tempos de pandemia. Não vamos aqui discutir este momento, deixando para os leitores a interpretação que entenderem fazer, pois não sendo especialistas em saúde pública, temos a maior dificuldade em censurar ou apoiar algo que se enquadra na lei.

Incidentes à parte, importa esclarecer que a efeméride pertence a todos e é pena que, precisamente numa altura destas, não saibamos honrar aqueles que há 87 anos lutaram pelo sindicalismo livre, por mais direitos. E foi precisamente a união entre os operários que levou a que a insurreição armada tivesse atingido aqui na Marinha Grande uma enorme projeção nacional, apesar das ações de luta terem ocorrido em outras localidades do país.

Aqui ganhou notoriedade devido à tomada do posto da Guarda e dos Correios, ações conhecidas no meio político e sindical como o «soviete da Marinha Grande», ainda que este controlo sobre a então vila tenha ocorrido por um período curto de tempo.

O sonho dos operários acabou por cair por terra ao início da manhã de 18 de janeiro de 1934 quando as tropas oriundas de Leiria tomaram conta da situação e perseguiram os revoltosos, alguns dos quais se esconderam na mata. Foram feitas dezenas de detenções e alguns marinhenses passaram anos na prisão, devido a esta insurreição que acabou por fracassar, por diversas ordens de razão, que hoje pouco importa aqui debater.

O que fica para a história não é a queda do regime, que até se fortaleceu, manten-do-se no poder por mais 40 anos, mas sim a coragem dos operários que, numa ma-drugada de nevoeiro, saíram à rua em luta pelos seus ideais, fossem eles comunistas, anarcosindicalistas ou socialistas.

O pior de tudo isto é que, precisamente esse espírito de união que os operários do 18 de Janeiro de 1934 nos deixaram como legado, todos os anos acaba por não ser respeitado por todos aqueles que utilizam este dia histórico como arma de arremesso para lutas político-partidárias.

A melhor homenagem que se pode fazer aos revoltosos é, em todos os 18 de ja-neiro, lembrar que no longínquo ano de 1934 algumas dezenas de operários saíram para a rua contra o novo regime autoritário, contra Salazar, contra o fim do sindica-lismo livre e por melhores condições de vida. Falharam o objetivo, é verdade, mas o maior erro é não estarmos todos unidos em torno de uma causa que é de todos os marinhenses, com ou sem manifestações. Pobre do povo que não sabe homenagear os seus heróis com dignidade.

A Direção do Jornal da Marinha Grande

DIGNIFICAR A MEMÓRIA

Assinalaram-se esta segunda feira os 87 anos da revolta operária de 18 de Janeiro de 1934. Na Marinha Grande, este ato foi imortalizado pelo escultor Joaquim Correia, que ela-borou o monumento existente na Rotunda do Vidreiro, junto ao qual todos os anos é assinalada pelo Sindicato Vidreiro a efeméride. Criada em 1983, a obra dá mostras de algum desgaste, e já merecia um maior destaque, quiçá com iluminação que incida nos seus relevos. ß

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | 21 de janeiro de 2021

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opinião

Pub »POEMA

O valor de um Poeta

Ao ilustre poeta Arnaldo Fonseca

Como ser humano,

Deixou algo gravado

Poesia e pintura

Se não me engano

Revelou gestos de ternura

Ambas sempre a seu lado.

Um amigo do seu amigo,

Que me tratou com amizade

Foi um poeta um abrigo

Com alguma tranquilidade.

Sobre o mar viveu momentos,

Ali desabafava letras com valor

Sua gaivota vivia nos seus

pensa-mentos

Recordando à beira mar vida de

amor.

Num fim de uma tarde de janeiro,

Para um silêncio eterno partiu

Foi descansar um homem

verdadei-ro

Que a sua digna missão cumpriu.

Faço a minha homenagem

prometi-da,

A quem um dia me apadrinhou

Semeou em mim amizade em vida

O que muito me honrou.

Até sempre, amigo!

José António Carreira Santos

Poeta Jardineiro

»PARTICIPAR PARA MELHORAR

Governação PS está esgotada

O país atravessa um dos piores mo-mentos da sua história. Só nos últimos cinco dias registaram-se mais de 50.000 casos de infeção e mais de 850 mortos. Vivemos a maior crise dos últimos 100 anos. Somos um dos países do mundo com mais infetados e mais mortos por um milhão de habitantes.

Na Marinha Grande, Paulo Órfão, que presta diariamente um serviço públi-co de excelência, divulgando a evolução da Pandemia no nosso concelho, refere que a Marinha Grande tem tido uma evo-lução de contágios preocupante. Perante esta calamidade, o Executivo Permanen-te decide não convocar a reunião ordi-nária de câmara que devia ter ocorrido no passado dia 11 de janeiro, invocan-do falta de assuntos a tratar. Este mes-mo Executivo convocou, durante o ano de 2020, além das reuniões ordinárias, duas mensais, mais 18 extraordinárias, à porta fechada, longe dos holofotes das gravações. Desde que este Executivo ini-ciou funções, já foram realizadas 56 reu-niões extraordinárias, mais de o dobro das realizadas no mandato anterior, 27. Contudo, os assuntos não se resolvem.

Perante a tragédia que nos assola, re-metem-se ao silêncio. Nestes dez meses, e apesar de tanta reunião, apenas uma

vez, na reunião de 2 de novembro de 2020, apresentaram os dados da Pan-demia relativos ao concelho. Depois, na reunião de 8 de janeiro, respondendo a uma questão colocada pela Senhora Vereadora Ana Monteiro, relativa ao surto de Covid-19 na Moita, a Senhora Presidente informou que, no concelho, existiam 117 casos ativos e 15 mortos. Relativamente ao caso da Moita, “não temos informação”. Assunto arrumado. Perante o caos, divulgaram, no dia 16 de janeiro, dois post, um às 12h09 e outro às 15h15, no Facebook, alertas. O primeiro dizia “Em poucos dias, o número de casos, no nosso concelho, aumentou mais de 100%”. O segundo, “O contágio já atingiu mais de 900 Ma-rinhenses”. O que fizeram perante esta catástrofe? Fecharam as portas.

Não se compreende que não haja as-suntos para resolver numa câmara que, perante a maior crise que há memória neste país e em todo o mundo, crise so-cial, económica e sanitária fechem as portas como nada se passasse. Repeti-damente, os problemas a resolver vão-se acumulando. Seria importante o Executi-vo Permanente esclarecer que, perante factos concretos, o que lhe apraz dizer. Por exemplo: (i) Anunciam nos placards eletrónicos que colocaram ao serviço dos marinhenses 32,2 milhões de euros. Esqueceram-se de informar que, des-tes, 62,8% são despesas correndes-tes, das quais mais de 37% são com pessoal e que perto de 1,5 milhões são para tra-balhos especializados. Quais? A quem vão ser entregues? (ii) Com os milhões

que têm no banco, que também são dos contribuintes marinhenses, quando deci-dem, como medida de prevenção, testar professores, alunos, auxiliares, utentes e funcionários das Instituições com caráter social, dos Lares, Profissionais de Saú-de, Bombeiros?; (iii) Qual a razão que leva a Valorlis a não executar o trabalho, para o qual é paga a peso de ouro, e que brevemente vai aumentar as tarifas que todos seremos obrigados a pagar? A Autarquia não é responsável?; (iv) Nos placards também é anunciado que irão gastar 1,5 milhões de euros na Cultura, Turismo e Desporto. Qual a razão por que existe uma pasta no site da Câmara que diz “Plano Municipal de Cultura”, mas está vazia? A Carta Desportiva Mu-nicipal divulgada tem data de 2000, já passaram 20 anos. Na parte Relativa ao Turismo, apenas há referências ao Turis-mo Industrial e guia turístico. Em que pla-nos se vão basear para distribuir estes milhões?(v) Onde vão gastar os 100.000 euros atribuídos ao Fundo de Emergên-cia SoEmergên-cial? A Câmara de Leiria, com um orçamento que não chega a ser o triplo do nosso, destinou 1.200.000 euros, ou seja, doze vezes mais; (vi) Qual a razão que levou este Executivo a conceder um perdão de dívida a quem almoçou nas cantinas e frequentou as CAF’s e AAAF’s desde o início do ano letivo até 31 de dezembro? Ninguém acredita que seja por não conseguirem emitir os respetivos recibos de pagamento.

Não há assuntos a tratar? O que falta é vontade política e competência para gerir um concelho no século XXI. ß

Elvira Ferreira

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desporto

FUTEBOL

MARINHENSE NÃO FACILITOU

E GOLEOU NOS POUSOS

O Marinhense matou dois borregos num jogo só. No primeiro jogo

da 2.ª volta da série E do Campeonato de Portugal, o conjunto da

Portela deslocou-se aos Pousos e estreou-se a ganhar fora de casa

e num sintético

A equipa do GRAP, que ocupa o último lugar com apenas dois pontos, estava mora-lizada, pois nos dois últimos jogos obrigou o líder, União de Leiria, a ter que suar para ga-nhar nos Pousos (1-2) e, em partida em atra-so, disputada a meio da semana passada, foi empatar a zero bolas a Alcains. Porém, a incerteza sobre a continuidade do GRAP no Campeonato de Portugal, que também se viveu na semana passada, terá tido o efeito inverso no seio de um plantel muito frágil.

Longe destes problemas do conjunto lei-riense está o Marinhense, que vai fazendo uma época tranquila, apesar das várias au-sências de atletas muito importantes, mas que Tiago Vicente tem sabido colmatar demons-trando a riqueza do plantel à sua disposição.

ÒSEIDI DEVERÁ REGRESSAR NO DOMINGO

O ponta de lança e goleador Adul Seidi, ainda não foi opção nos Pousos, mas esta semana já terá reintegrado os trabalhos, de-vendo voltar à equipa no próximo domingo. Dudu tem sido o homem mais adiantado do Marinhense e, na visita ao GRAP, brilhou ao assinar um hat-trick, destacando-se ainda a chamada ao onze titular nos últimos jogos do

jovem Joaquim Domingos, que tem demons-trado estar cada vez mais forte e solto com a camisola alvinegra vestida.

O lateral direito Habib Sylla, também ain-da está a recuperar de lesão, para o seu lu-gar Rúben Martins seria uma opção, porém o polivalente atleta, de 27 anos, está a travar uma batalha pela sua saúde, que ainda o im-pede de praticar a modalidade.

O jovem João Silva, tem jogado na di-reita da defesa do Marinhense e, tal como Joaquim Domingos, está a saber aproveitar a oportunidade. Seguro a defender e sempre com olhos postos no ataque.

Nos Pousos, João Silva, desatou o nó, a meio da primeira parte, com um livre direto superiormente executado, marcando o pri-meiro golo do Marinhense.

No plantel do Marinhense já não está o jovem Kalika, que estava emprestado pelo Penafiel e regressou ao clube de origem por opção do Marinhense.

ÒGOLAÇO DE JOÃO SILVA E HAT-TRICK DE DUDU

Sobre o jogo nos Pousos, aos 22 minutos, João Silva inaugurou o marcador. A meio

da segunda parte, Dudu, de grande penali-dade, ampliou a vantagem. Já na parte final do encontro, o avançado brasileiro viria a fazer mais dois golos. Aos 88 minutos, na conclusão de uma boa jogada de ataque rá-pido, encostando para o fundo da baliza e, na última jogada do tempo de compensação, com um lance individual pleno de técnica, ve-locidade e força, para fechar com “chave de ouro” uma exibição individual de Dudu, para mais tarde recordar, mas acima de tudo, muito positiva do coletivo do Marinhense. O

Atlético foi “mandão” e mostrou que, mesmo a jogar fora, tem potencial para lutar pelos triunfos. É verdade que o adversário era frá-gil, mas o Marinhense foi sério e competente e não facilitou.

No próximo domingo, o Marinhense re-cebe o Carapinheirense, equipa do conce-lho de Montemor-o-Veconce-lho que, na 1.ª volta, derrotou o conjunto de Tiago Vicente.

Orlando Jóia

ANDEBOL

SIR 1.º MAIO COM DUAS DERROTAS NA 1.ª DIVISÃO FEMININA

A SIR 1.º Maio/ADA CJB jogou duas partidas no passado fim de semana a con-tar para a 1.ª divisão nacional de seniores femininos, que já se previam serem de ex-trema dificuldade, acabando por averbar mais duas derrotas, até porque as ausên-cias de Francisca João, Diana Roque e Lua-na Periquito deixaram a equipa fragiliza-da.

No sábado, a SIR 1.º Maio visitou o Maiastars e saiu derrotada por 26-22. A equipa marinhense entrou bem na partida, chegando ao intervalo a ganhar por 13-12. No 2.º tempo, a equipa da casa foi mais forte e acabou por vencer por 26-22. Na SIR 1.º Maio, Neuza Valente foi a me-lhor marcadora com 5 golos, seguida por Diana Ferreira e Adriana Bastos com 4 go-los cada.

No domingo, foi a vez de se jogar na Marinha Grande, mas o adversário era o líder da prova, o Alavarium, que desde muito cedo mostrou ao que veio, assumindo a liderança do marcador, tendo-se atingido o descanso com 6-13, favorável à equipa de Aveiro. No início da segunda parte, o Alavarium manteve o ritmo e cavou uma vantagem confortável, pelo que a reação da equipa marinhense apenas serviu para atenuar a desvantagem, que terminou em 7 golos (16-23). Neste jogo, Helena Corro foi a melhor marcadora da SIR 1.º Maio, com 5 golos, seguida de Diana Ferreira, com três.

No próximo fim de semana a SIR 1.º Maio/ADA CJB terá nova jornada dupla, mas agora com jogos, à partida, mais acessíveis. Sábado, na Marinha Grande,

frente ao ABC de Braga e domingo em São Pedro do Sul.

ÒSIR 1.º MAIO ANUNCIA TRÊS REFORÇOS

O clube de Picassinos anunciou três re-forços para as equipas seniores femininas. Tratam-se dos regressos ao clube de Tânia Marques e Margarida Caiado e a aquisição de Vera Costa.

Tânia Marques, lateral, de 22 anos, é uma das atletas mais promissoras que a SIR 1.º Maio formou, no entanto ainda júnior rumou ao Colégio João de Barros para ali-nhar na 1.ª divisão e nunca conseguiu colo-car em campo enquanto sénior, as enormes expectativas que sempre recaíram sobre si. Tânia Marques, voltou depois a alinhar na equipa da 2.ª divisão da SIR 1.º Maio, mas por este ou aquele motivo, acabou por ficar

aquém das expectativas. Veremos se, com o prof. Frederico Santos e Sérgio Sigismundo, os campos de andebol voltam a ver a Tânia Marques que encantava enquanto jovem pra-ticante da modalidade.

Margarida Caiado, pivot, também de 22 anos, é formada na Juventude do Lis e en-quanto sénior já representou a Batalha e, por duas ocasiões, a SIR 1.º Maio na 2.ª divisão, estando de volta ao clube marinhense.

Vera Costa, ponta, de 18 anos, é interna-cional por Portugal por várias ocasiões nas seleções jovens, sendo uma das mais pro-missoras atletas nacionais da sua geração. Formada nas escolas do JAC de Alcanena, rumou depois ao Benfica onde alinhou até à época passada. A pequena Vera Costa será a partir de agora uma arma apontada às ba-lizas adversárias da SIR 1.º Maio. ß

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SAÚDE

JORNAL DA MARINHA GRANDE | 21 de janeiro de 2021

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SAÚDE

PANDEMIA

UNIDADE DA SANTA CASA RECEBE

DOENTES DO HOSPITAL DE LEIRIA

A Unidade de Cuidados

Continuados I, da Santa

Casa da Misericórdia, que

se encontra desativada, está

agora a receber doentes

infetados com o novo

coronavírus, ao abrigo de

um protocolo estabelecido

com o Centro Hospitalar de

Leiria (CHL)

De acordo com informações prestadas ao nosso jornal pelo provedor da Santa Casa, Joaquim João Pereira, embora o protocolo apenas tenha sido assinado a 14 de janeiro, a Unidade já está a receber doentes desde o passado dia 5.

Para já “estão ocupadas 13 camas, com doentes que testaram positivo mas que não reúnam condições para fazer o isolamento no domicílio”, podendo ser alocadas até 20 camas naquela Unidade.

Segundo o provedor, os doentes estão ao cuidado dos técnicos da Santa Casa no que se refere à alimentação e cuidados de higiene, sendo diariamente observados por uma equipa constituída por um médico e um enfermeiro oriundos do Hospital de Leiria.

Em nota de imprensa, o CHL fez saber que face ao contexto de crescimento da afluência de utentes, o Conselho de Ad-ministração decidiu contratar a Santa Casa da Misericórdia da Marinha Gran-de “para a utilização Gran-de camas Gran-de nível I, para alocar doentes COVID-19 sem alta clínica oriundos do CHL, e que são geri-das pela Unidade de Hospitalização

Do-miciliária”.

O Centro Hospitalar “assegura o trans-porte, a medicação e a vigilância clínica destes doentes, bem como a gestão do processo de alta, e a Santa Casa da Mi-sericórdia assegura os restantes cuidados aos doentes”.

“Devido ao elevado número de doentes internados, ventilados e não ventilados, e

considerando a afluência crescente à ADR--SU, com o possível aumento de doentes positivos para a COVID-19 que necessi-tem de internamento, decidimos encontrar alternativa no setor social para libertar camas para os doentes mais críticos”, esclarece Licínio de Carvalho, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Leiria. ß

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Agradecimento

Daniel Luciano Ribeiro de Aguiar

67 anos Residia no Engenho Falecido a 17/01/2021

Sua esposa, filhas, genro, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que lhes manifestaram o seu pesar.

Agradecimento

Horácio de Carvalho Gonçalves

76 anos Residia no Pero Neto Falecido a 16/01/2021

Suas filhas, genro, neta e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que lhes manifestaram o seu pesar.

Agradecimento

Maria Miquelina Neto

93 anos Residia na Comeira Falecida a 15/01/2021

Seus filhos, genros, noras, netos, bisnetos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que lhes manifestaram o seu pesar.

Agradecimento

Joaquim Ferreira Alves dos Reis

87 anos Residia no Camarnal Falecido a 15/01/2021

Sua esposa, filha, genro, neta e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que lhes manifestaram o seu pesar.

Agradecimento

José Trindade Ramos (Zé Batalha)

88 anos

Natural de Golfeiros, Batalha Residia na Tojeira de Picassinos Nascido a 28/04/1932 Falecido a 11/01/2021

Sua esposa, filhos, netos e restante família, agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma, manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foram esquecidos e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que estiveram connosco.

A todos, o nosso muito obrigado!

Tratou Funerária Espírito Santo - Telf.: 916 511 369 Prestamos serviço no concelho da Marinha Grande

Agradecimento

Manuel Joaquim dos Santos

97 anos

Residia em Albergaria Falecido a 16/01/2021

Seu filho, nora, netos, bisneto e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que lhes manifestaram o seu pesar.

Agradecimento

Vitória do Carmo Mendes Lopes

77 anos

Residia na Marinha Grande Falecida a 13/01/2021

Seus filhos, noras, netos, bisneta e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que lhes manifestaram o seu pesar.

Agradecimento

Filomena da Luz do Nascimento Prazeres

72 anos

Residia em Casal Galego Falecida a 14/01/2021

Seu marido, filhos, genro, noras, netas e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que lhes manifestaram o seu pesar.

Agradecimento

Deolinda do Carmo Cardoso

91 anos

Residia na Marinha Grande Falecida a 12/01/2021

Sua filha, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que lhes manifestaram o seu pesar.

Agradecimento

José Manuel Domingues Soares

76 anos

Residia nos Outeirinhos Falecido a 17/01/2021

Seus filhos, nora, netos, irmãos, cunhada e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que lhes manifestaram o seu pesar.

Agradecimento

Mateus Pedro de Jesus

76 anos Residia no Engenho Falecido a 18/01/2021

Sua esposa e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que lhes manifestaram o seu pesar.

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CICLOVIA DO LIS

CÂMARA APROVA INVESTIMENTO

DE 2 MILHÕES DE EUROS

A Câmara Municipal aprovou na reunião de segunda feira, 18 de

janeiro, o projeto de execução para a “Ciclovia do Lis Leiria - Marinha

Grande”, no troço localizado no concelho e cuja construção vai

representar um investimento de cerca de dois milhões de euros

A presidente da Câmara reconhece “a enorme importância deste projeto para a descarbonização do território, tornando-o mais eficiente, sustentável e resiliente face às alterações climáticas, estimulando a popula-ção para um modo de vida mais saudável através da mobilidade ativa com a melhoria dos acessos pedonais e cicláveis”.

Cidália Ferreira enaltece “a parceria” en-tre os dois municípios vizinhos, “na preser-vação e valorização dos recursos naturais e na conservação e reabilitação da rede hidrográfica e zonas ribeirinhas, através de

critérios de salvaguarda, promoção e valo-rização da biodiversidade com recurso a soluções técnicas de engenharia natural e plantações de vegetação autóctone”.

A concretização do projeto representa um investimento global de 6.601.244,65 euros, dos quais 1.967.180,85 serão supor-tados pela autarquia marinhense.

De referir que a área de intervenção pro-posta atravessa a freguesia de Vieira de Lei-ria, no concelho da Marinha Grande, e fre-guesias do concelho de Leiria, num total de 24 quilómetros, e que a ciclovia terá início

próximo do limite oeste da cidade de Leiria, junto da foz do rio Lena, e término na foz na praia da Vieira.

A proposta de intervenção foca-se na criação de uma ciclovia ao longo das mar-gens do rio Lis, que vai permitir completar a ligação entre os percursos já existentes, em

particular a ligação entre o Percurso do Rio Lis, na Vieira, e o Percurso da Foz do Rio Lena, na freguesia de Marrazes e Barosa.

Será ainda criado um corredor verde ao longo da ciclovia, para assegurar o ensom-bramento necessário ao conforto dos utiliza-dores e servir de sumidouro de carbono. ß

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HOMENAGEM AOS OPERÁRIOS VIDREIROS

AUTARQUIA ANTECIPA-SE AO SINDICATO

PARA DAR “O EXEMPLO” DO QUE É O CONFINAMENTO

A presidente da Câmara Municipal, Cidália Ferreira, e a

vereadora Célia Guerra, homenagearam na manhã da última

segunda feira, os operários vidreiros que participaram na revolta

operária de 18 de janeiro de 1934, com a deposição de uma coroa

de flores junto ao Momento existente na Praça do Vidreiro

No entanto, as autarcas optaram este ano, e devido à pandemia, por participar nas comemorações “de forma isolada e an-tes das comemorações oficiais do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira”.

Criticada pela vereadora Alexan-dra Dengucho na reunião do executivo camarário que decorreu na tarde de segun-da feira, pelo “critério seletivo segun-da presiden-te no que ao confinamento diz respeito”, considerando que “se fosse um Ministro ou Secretário de Estado que viesse cá, a pre-sidente estaria presente, mas para estar ao lado do seu povo já invoca o confinamen-to”, Cidália Ferreira respondeu que ao par-ticipar cumpriu o seu dever de cidadania, mas quis “dar o exemplo do que é o confi-namento” e por isso optou por ir antes da hora aprazada pelo Sindicato para evitar maiores aglomerações de pessoas.

Perante o aniversário da revolta, a

pre-sidente referiu que “o período difícil que atravessamos, no centro de uma epidemia que todos os dias mata dezenas de conci-dadãos nossos, não nos permite comemo-rar publicamente esta data”, lembrando que “o dever de todos nós é de cumprir o confinamento”.

No entanto, garante, “esta data nunca será esquecida pois isso o devemos àque-les que souberam lutar pela defesa dos di-reitos e pela democracia. Souberam anteci-par em 40 anos o 25 de Abril de 1974”.

Cidália Ferreira recordou que um ano antes da revolta, António de Oliveira Sala-zar, presidente do Conselho de Ministros, fizera aprovar uma nova Constituição que lhe atribuía poderes absolutos sobre o país e os Cidadãos, o Estado Novo, tendo sido os operários “os primeiros a sofrer as con-sequências das novas políticas que, à fome e à miséria somaram a perseguição

políti-ca, a censura e a violência sobre quem não fosse apoiante do Regime”.

Para a autarca marinhense, “87 anos depois Portugal está novamente em risco, sob a ameaça de novos movimentos políti-cos populistas e fascistas que querem impor outra Constituição, que seja castradora das Liberdades individuais e dos Direitos Sociais, pelos quais tantas e tantos portugueses lutaram nestes mais de 80 anos”, acres-centando que os cidadãos têm ao dispor uma “arma invencível” para “defender o Estado de Direito” e apelou ao voto nas Presidenciais do próximo domingo.

“A melhor forma de honrar o 18 de

janeiro de 1934 e todos os seus obreiros é precisamente assumirmos o nosso com-promisso pessoal e coletivo pela defesa de uma Sociedade mais justa, mais solidária e mais próspera para todos”, concluiu.

De referir que todos os vereadores do executivo saudaram o 18 de Janeiro e os seus intervenientes, tendo a vereadora Lara Lino considerado ser “urgente” que se divulgue a efeméride junto da população e das escolas, em particular. “A geração mais nova precisa de saber o que se lutou para termos vários direitos, entre os quais, o voto. Honrar e lembrar para não esque-cer”, frisou a autarca. ß

Referências

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