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CENTRAIS ELÉTRICAS DE RONDÔNIA S/A CERON

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Academic year: 2021

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Processo: CONCORRÊNCIA N.º 006/2006

Assunto: JULGAMENTO RECURSO ADMINISTRATIVO - HABILITAÇÃO

Recorrente: ATLAS CONSTRUÇÕES ELÉTRICOS LTDA - EPP.

A Comissão Permanente de Licitação - CPL da Centrais Elétricas de Rondônia S/A – CERON, formalmente designada por meio da RES-097/2006, julga e responde o Recurso Administrativo interposto pelo Licitante ATLAS CONSTRUÇÕES

ELÉTRICAS LTDA-EPP, com fulcro na Lei 8.666/93, Art. 109, § 4º, e demais

dispositivos aplicáveis, nos termos a seguir aduzidos:

Do Recurso e das Alegações

Trata-se de recurso administrativo interposto, onde a autora, após identificar-se e, alega que:

1. A perda de validade da certidão do CREA, está condicionada a dois fatores. O primeiro seria a divergência entre a situação cadastral da empresa e as informações prestadas ao CREA/MT, e o segundo seria que esta divergência fosse correta e atual.

2. da análise e leitura contida na certidão fica evidente que para que seja considerada inválida tal certidão é necessário que exista uma alteração

cadastral da empresa certificada e que esta alteração seja a correta e atual.

3. os dados cadastrais da recorrente continuam sendo os contidos na alteração contratual registrada na data de 29 de agosto de 2005 na junta comercial de Mato Grosso;

4. a alteração contratual registrada em 23 de novembro de 2006 na junta comercial do Mato Grosso, só passará a ter vigência e validade, após o seu respectivo registro na junta comercial de Rondônia;

5. pela simples leitura deste documento, porém, com mais ênfase em sua cláusula terceira onde iremos constatar que esta alteração prever a criação da filial da recorrente neste Estado e na cidade de Jaru/RO. Em razão desta condição, a alteração contratual obrigatoriamente necessita ser registrada na Junta Comercial de Rondônia também, e somente após este registro poderá ser considerada atual, registro este que não ocorreu até o momento.

6. os dados cadastrais da recorrente continuam a ser os mesmos constantes da alteração anterior e já mencionada, eis que, como já dito e demonstrado, a nova alteração pretendida pela ré ainda se encontra em fase de análise pelos

órgãos da burocracia brasileira, não podendo ser considerado válido até o presente momento.

7. atento ao contido na argumentação retro e demostrado pelos documentos anexados, ficamos obrigados a reconhecer que a certidão emitida pelo CREA-MT, de n.º 1558/2006, cuja cópia encontra em anexo ao presente recurso e cuja validade foi objeto de questionamento e base da r. decisão atacada, é a certidão válida e atualizada da recorrente até agora.

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8. tal raciocínio decorre de dois fatos, o primeiro é o de que os dados cadastrais da recorrente são os mesmos contidos na r. certidão do CREA-MT, de n.º 1558/2006 , eis que tal alteração contratual vigente e atualizada da recorrente é a registrada na data de 29 de agosto de 2005 e nela o capital social da recorrente é de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), conforme predispõe sua cláusula quinta página 2.

9. assim, verifica-se que inexiste qualquer divergência entre a certidão emitida pelo CREA-MT de n.º 1558/2006, e os dados cadastrais da recorrente, o que torna a certidão emitida válida e atual.

10. fato e não menos importante a ser analisado é o de que mesmo que houvesse qualquer alteração contratual nos dados cadastrais da recorrente, o que não

ocorreu, é público e notório que o CREA em todos os Estados que atua tem

como praxe só fornecer suas certidões após o decurso de um prazo mínimo

que varia de 15 a 30 dias úteis.

11. Portanto, dentro deste período que o órgão exige para emissão do documento é lógico e obrigatório entendermos que as certidões existentes continuam a ser consideradas válidas, eis que não existe outro documento hábil que possa substituí-las.

12. Considerando tal raciocínio lógico e jurídico verificamos que não existe outra certidão do CREA que pudesse ser apresentada pela recorrente e não existe por parte do órgão outra certidão a ser emitida além da que foi apresentada pela recorrente, uma vez que os dados cadastrais da requerente continuam a ser os mesmos constantes da certidão já fornecida.

Conclui sua peça recursal, requerendo o reconsideração da decisão que julgou a recorrente inabilitada e ainda, a expedição de ofício pela Comissão ao CREA/MT solicitando que confirme a validade ou não da presente certidão objeto da inabilitação.

Das Contra-razões

Não houve, por parte das interessadas, qualquer manifestação impugnatória às alegações da Recorrente.

Dos Fatos e do Direito

No dia 13 de dezembro, a Recorrida, após análise da documentação de habilitação apresentada inabilitou a Recorrente, conforme o registro em ATA:

“Atlas Construções Elétricas Ltda - EPP, por ter apresentado certidão de registro

e quitação pessoa jurídica CREA/MT, sem validade conforme texto constante do corpo da certidão “...bem como perderá a sua validade de caso ocorra qualquer modificação posterior dos elementos cadastrais nelas contidos, e desde que não representam a situação correta ou atualizada do registro”. A informação divergente trata-se do capital social, que difere das informações constantes da alteração contratual apresentada pela licitante;”

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O edital, publicado em 25 de outubro de 2006, trazia dentre outras, as seguintes exigências:

“10.6 Todas as licitantes, inclusive as optantes pelo SICAF ou CERON, deverão apresentar:

“10.6.1 registro ou inscrição em vigor no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA, da sede da licitante, comprovando possuir como

responsável(is) técnico(s) engenheiro(s) eletricista, sendo que o(s) mesmo(s)

deverá(ão) ser detentor(es) de acervo técnico expedido pelo CREA, demonstrando já ter executado demonstrando já ter executado obras de construção, reforma ou ampliação de rede de distribuição urbana ou rural.” Registra-se que no decorrer da publicação do certame, não houve qualquer manifestação contrária ao procedimento licitatório, sendo, portanto, aceito pela Recorrente as condições estipuladas no Edital, que conforme ensina a doutrina e jurisprudência é a Lei interna entre as partes, que a Recorrente sancionou ao formalizar sua proposta.

Quanto ao mérito da situação narrada pela Recorrente, acerca das razões que a considerou inabilitada, temos:

A exigência, constante do item 10.6.1 do edital, contempla duas informações a serem comprovadas, uma é a inscrição da licitante em vigor no CREA, outra é a comprovação de possuir responsável técnico detentor de acervo compatível com o objeto licitado.

A forma de comprovar tais exigências é através da apresentação da certidão de registro e quitação, expedido pelo CREA.

Portanto, cabe ao CREA, atestar sobre a validade da certidão, apresentada pela Recorrente quando de sua habilitação.

O próprio CREA/MT, no texto de sua certidão faz constar a seguinte observação: “... ,bem como perderá a validade caso ocorra qualquer modificação posterior dos elementos cadastrais nelas contidos e desde que não representem a situação correta ou atualizada do registro”. (grifamos e negritamos)

A Observação constantes das certidões atendem ao disposto no Art. 2º da Resolução n.º 266/97 do CONFEA.

“Art. 2º - Das certidões de registro expedidas pelos Conselhos Regionais deverão constar:

I...

II - razão social, endereço, objetivo e capital social da pessoa jurídica, bem como o número e a data do seu registro no Conselho Regional;

(...)

IV - validade relativa ao exercício e jurisdição.

§ 1º - Das certidões a que se refere este artigo deverão figurar as declarações de que: a)...

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b)...

c) as certidões emitidas pelos Conselhos Regionais perderão a validade, caso ocorra qualquer modificação posterior dos elementos cadastrais nelas contidos e desde que não representem a situação correta ou atualizada do registro.” Está comprovado, pela documentação de habilitação apresentada pela Recorrente, que existe divergências entre as informações constantes do contrato social e a Certidão emitida pelo CREA/MT. A informação divergente trata-se do capital social, que difere nos dois documentos.

A alteração e consolidação de contrato social, devidamente registrada na Junta Comercial do Estado de Mato Grosso em 23/11/06, e apresentada pela Recorrente (páginas 1.142 a 1.145 dos autos da concorrência n.º 006/2006), demonstra claramente que o capital social da Recorrente é de R$ 190.000,00 (cento e noventa mil reais). Registra-se que no documento não existe qualquer condição para toná-lo válido, e que na forma apresentada essa validade independe de qualquer registro no Junta Comercial do Estado de Rondônia

O documento mostra que não se trata de alteração pretendida, com quer fazer provar a Recorrente, e sim, de alteração datada de 14 de março de 2006, devidamente registrada na Junta Comercial de Mato Grosso, conforme registro n.º 20060820918 constante da última página do documento.

Lembramos que o registro na Junta Comercial garante a fé pública do documento. Importante ainda, que se esclareça: Se a alteração e consolidação contratual apresentada pela Recorrente, “só passará a ter vigência e validade, após o seu registro na junta comercial de Rondônia” qual foi o objetivo da apresentação da mesma, já que ainda não está em vigor e, mais, sem validade?

Portanto, o fato da Recorrente não ter implementado a alteração constante da Cláusula Terceira do documento de alteração e consolidação do contrato social, não torna o documento sem vigência ou sem validade. Não foi apresentado nenhum outro documento demonstrando situação contrária.

A Certidão de Registro de Pessoa Jurídica, expedida pelo CREA/MT, registra o capital social da Recorrente de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Portanto, não representa a situação correta ou atualizada do registro.

A observação constante da Certidão é clara, ou seja, A CERTIDÃO PERDERÁ A

VALIDADE.

Desta feita, fica de concreto que a licitante não comprovou as exigências constantes do item 10.6.1 do Edital, pois a certidão apresentada, conforme o próprio CREA/MT, fundamentado na legislação vigente, faz observar, não tem validade.

Esclareça-se que a referida certidão não tem caráter meramente informativo, pelo contrário, faz provar que a licitante é registrada no CREA e que tem como responsável técnico, engenheiro eletricista, detentor de acervo compatível com o objeto licitado. Se assim não fosse, a exigência não seria contemplada pela Legislação Licitaria.

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Não pode ser transferido para a Recorrida o fato do CREA precisar de prazos para emissão de suas certidões. Lembramos que fase de publicação do certame demandou cerca de 40 (quarenta) dias.

A Recorrida, ao analisar a situação narrada pela Recorrente e após a análise do mérito, atém-se ao cerne da questão em julgamento onde a Comissão sustenta que a Recorrente apresentou Certidão de Registro de Pessoa Jurídica sem validade, já que difere do alteração contratual apresentada pela Recorrente, na fase habilitatória do certame, deixando de atender ao disposto no item 10.6.1 do edital. Em diligências efetuadas junto ao CREA/RO, a Recorrida enviou mensagem via FAX/CERON/CEPL/005/07, onde dentre outras informações fizemos os seguintes questionamentos:

“1. Ocorrendo alteração contratual, mudando dentre outros o capital social da empresa, enseja a perda de validade da Certidão de Registro e Quitação de Pessoa Jurídica, emitida anterior a essa alteração, conforme consta da própria certidão do CREA/RO?”

“2. Está correto o entendimento da Comissão de Licitação que, ao detectar informações divergentes na Certidão de Registro e Quitação de Pessoa Jurídica, ensejadas por uma alteração contratual ocorrida posteriormente a data de emissão da referida Certidão, inabilita o licitante, considerando a certidão sem validade?” Através do Ofício n.º 021/2006/PRE/CREA-RO, recebemos a INFORMAÇÃO N.º 001/2007 – ASTEC/CREA/RO:

“Informamos que por conta do disposto na Resolução n.º 266/79 do CONFEA, os procedimentos da Comissão Permanente de Licitações da CERON, citados no protocolo acima, estão de acordo com a norma, uma vez que o capital social é uma das informações cadastrais (“elementos cadastrais”), e portanto, sua alteração posterior a emissão da certidão implica na perda da validade da mesma, conforme previsto no item c) do Parágrafo 1º do inciso IV do artigo 1º da Resolução n.º 266/97 do CONFEA.”

No mesmo sentido, obtivemos resposta do CREA/MT, que em resposta ao nosso FAX/CERON/CPL/006/07, informou:

“Em resposta ao requerimento da mensagem fac-símile n.º CPL/006/2007, manifestamos que a Certidão de Registro de Pessoa Jurídica emitida pela CREA-MT expressa as informações contidas no Processo de Registro da empresa, até a data da emissão da referida certidão.”

“Assim, em atendimento aos questionamentos 1 e 2 feitos por vosso senhoria, retiramos que as certidões emitidas pelo CREA-MT perderão a validade caso ocorra qualquer modificação posterior dos elementos cadastrais nelas contidas e desde que não representem a situação correta ou atualizada do registro.”

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A Recorrida não desconhece os ditames da Lei de Licitações, pelo contrário, prima por não ferir os princípios basilares ali incertos, e jamais fugiu ou desviou-se dos princípios consagrados na Constituição Federal.

Portanto, de todo o exposto acima, fica claramente comprovado que a inabilitação da Recorrente, não se trata de um decisão infundada, concluído-se que não há reparos a serem feitos.

DECISÃO

Considerando o exposto, a legislação aplicável, e, por apresentar o documento as condições mínimas para ser admitido, a Comissão decide:

• Conhecer o Recurso interposto pela Licitante ATLAS CONSTRUÇÕES

ELÉTRICAS LTDA, para no mérito negar provimento total, mantendo a decisão

exarada na ata de julgamento da HABILITAÇÃO – fls. 2.624 A 2.626 dos autos, que considerou a Recorrente inabilitada para o Certame;

• Encaminhar os autos, com as informações pertinentes à autoridade superior na pessoa do Senhor Diretor Presidente, para que sofra o duplo grau de julgamento, com o seu “De Acordo”, ou querendo, formular opinião própria;

• Dê-se ciência da decisão à Recorrente e demais interessadas.

Porto Velho – RO, 19 de janeiro de 2007.

Moisés Nonato de Souza

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