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A PSICOTERAPIA ANALÍTICO FUNCIONAL (FAP)

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Academic year: 2021

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A PSICOTERAPIA ANALÍTICO

FUNCIONAL (FAP)

Casos – Maringá 2011

Instituto de Psicoterapia e Análise do Comportamento

(2)

• Erros

podem ajudar.

• Ex. T atendia sempre ao telefone da cliente para dar opiniões sobre suas ações em relação aos possíveis namorados e outros. O efeito que se queria era diminuir a impulsividade das suas reações, o que era parte do seu problema. Tendo atingido o objetivo, T observa que a cliente continua a proceder com ela da mesma maneira.

• A análise lhe mostrou poderia ter instalado um nova resposta da classe funcional: “sempre que eu quero (não se eu preciso) as pessoas devem me dar atenção.”

• Isso também parecia se relacionar com a impulsividade e insistência, inclusive frente aos paqueras que não eram , claramente, recíprocos no interesse. T pára de atender ao telefone (por isso e por raiva!). A cliente chega ao consultório cobrando T de sua melhora e não fala sobre T não ter atendido ao telefone. (vários CCR1?)

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C – já estou vindo aqui a X tempo e não melhoro! Até quando isso vai continuar? Não consigo ter um namorado legal! Porque só eu? Quando vou conseguir fazer o cerro ,etc... (raiva) . (CCR1)

T expressa que se sente cobrada e criticada e que a percebe com raiva... (Sd para assertividade – CCR2)

A interação mostra que a cliente estava com raiva de T não te-la atendido,( CCR2) não porque realmente precisou dela, mas porque ela tem dificuldade de aceitar que uma pessoa não possa ou queira falar com ela exatamente quando ela deseja, sempre. Que isso também ocorre com seus pais e com amigas e com namorados. (CCR3).( Percepção/ Borderline).

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• A cliente se propõe a avaliar melhor suas demandas para a T e os demais. Muda a insistência com T etc...

• Eventualmente ela chega ainda para a sessão com o mesmo comportamento. T lhe mostra que é uma R da mesma classe funcional e lhe pede para falar fracamente ( tatos e mandos mais puros ) -( uso de humor favorece ).

• Mudanças de conduta que implicam em extinção , como esta, são mais arriscadas ainda! Geralmente provocam raiva.

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Diz que não se afeta e se afeta...

Ex. Eu não sei o que está acontecendo comigo, mas faço coisas que antes eu acharia errado e não sinto nada. Mesmo quando magôo meus pais, eu não ligo. E isso não era assim . Agora eu estou preocupado.. Ah , e até se v liga ou não eu não ligo! (cliente de 16 anos, menino, que , após decepção amorosa e humilhação publica pela ex namorada, perda de amigos que a ela se aliaram , etc. decidiu ser “do mal “, já que ser o bem não foi bom . Tentou não sentir nada por ninguém e sempre prever sempre o que poderiam fazer a ele e prevenir) . (CBR2)

Estava fazendo coisas cada vez mais perigosas.

T recorda-lhe a sua historia e diz que se sente feliz com sua preocupação com esse seu comportamento (CBR2).

Depois enfoca “não ligo nem para o que v diz” e pessoas que o traíram e em quem podem confiar. ( estimulando, discriminação, CRB2).

C – meus pais não ... Você . Não sei... Não , não é igual, v não falaria meus segredos. (Ele já havia provado disso).

T – eu acho que v pode relaxar comigo, não precisa se defender ,não é ?

Seguem , para outras pessoas... E decorrências de não querer ficar responsivo às conseqüências de seus atos.

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Jairo - FAP e Confrontação - ADULTO

• Jairo, um cliente de 20 anos de idade, já em processo por comportamento anti social:

• Argumentava que seus pais não deveriam impor-lhe controle financeiro de qualquer natureza (embora o

dinheiro fosse deles) como forma de tentarem controlar suas “farras”. Eles deveriam deixar por sua conta

administrar sua “mesada” como melhor lhe conviesse. Listava para a terapeuta todos os “defeitos” dos pais que agora o “julgavam errado”. (O pai fora um moço boêmio, etc.) Essa situação gerava conflitos com os pais, indo

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• Comportamento do cliente em casa:

• a) isolava-se, em seguida a tais confrontos, até que

encontrava uma razão aceitável para pedir dinheiro ou associava uma ação de ajuda aos pais, a partir da qual tinha acesso a dinheiro;

• b) o furtava numa quantia que não pudesse ser verificada, burlando, assim, as tentativas de controle.

Resumo: A agressão era seguida de privação de interação com os pais, e finalmente, pelo comportamento de

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• Conduta da Terapeuta:

• a) Concordar com o cliente que seus pais tinham, de fato, pouco controle sobre seus comportamentos;

• b) Ser empática com sua irritação por ainda estar sob controle financeiro dos pais;

• c) Fazê-lo observar e analisar seu comportamento e o quanto ele o afastaria da autonomia e a independência desejadas.

O Cliente: começou a desvalorizar a terapeuta e a

ridicularizar seus argumentos. Indicava que ela deveria ser perfeita para que pudesse fazer tal confronto e a

provocava para que entrasse pessoalmente no combate, desafiando-a.

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• Questão: Seria o início da mesma cadeia

comportamental – funcionalmente semelhante

-estabelecida entre ele e seus pais nos embates? UM CRB1?

• Opção: sim>FAP:

• A terapeuta interpretou que ele lhe parecia estar muito irritado pelo fato de ela parecer não concordar com ele e tentar fazer persuadí-lo a avaliar negativamente a sua conduta frente aos pais;

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• Que estava reagindo de uma forma que a fazia sentir-se agredida e desrespeitada

• Que talvez ele se sentisse numa armadilha, sem o controle da situação, o que parecia semelhante à sua falta de controle sobre o comportamento dos pais, de quem, na verdade, ele conseguia o dinheiro, mas não a independência financeira para gerir suas próprias

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• Cliente:

• a) cessa as agressões e decide terminar a sessão daquele dia, com o que T concordou.

• b) na outra sessão > não compareceu;

• c) na seguinte > a terapeuta atrasou-se: Disse que ficaria só até o final do seu horário, por ter outro compromisso.

• *Seria um comportamento de esquiva de confronto ou de punição à terapeuta? > T= impedir a

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• T- Com calma e compreensão: retomou a análise que encerrou a ultima sessão; discutiu a sua falta e sua observação de que iria embora rapidamente naquela sessão.

• Cliente: “atrasou-se” para seu outro compromisso,

permanecendo o tempo total da sessão e observando as conseqüências de seus comportamentos coercitivos nas relações com seus pais e demais pessoas.

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Casos

Dificuldade manter rotina -18 a.

Asperger – 13 a.

Criança – 7 anos

.

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• Exemplo .

• Rapaz de 18 anos, com queixa de dificuldade de manter rotina , manter-se num determinado curso de ação possível e

também de ter muito sono durante o dia e nenhum a noite. Tem diagnostico de depressão.

• Historia:

Muito punido pelos pais por não conseguir ótimas notas e não seguir um determinado curso de conduta no qual nunca fora treinado (tem dificuldades de aprendizagem , é muito rico

mas sem estimulação social e cognitiva e péssimos hábitos de estudos) ;

Aprendeu a prometer aos pais que iria fazer diferente, como fuga e esquiva para inúmeros sermões e castigos.

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Desenvolvia tentativas e não conseguia o desempenho. Desestia e tinha vômitos em situações em que poderia ser avalido.

Tentativas de explicar sentimentos e pensamentos para a mãe eram seguidos de explosões e xingamentos por parte dela;

Frustrado, dormia durante o dia como forma de “melhorar”; Foi diagnosticado portador de depressão, cessou a

punição, mas não conseguia apresentar as respostas desejadas por ele;

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Falar sobre isso, ouvir sugestões da T sobre

enfrentamentos graduais provocam raiva e sono! (CRB1?)

Quando T descreve esta situação ( avaliando sua suposição) ele concorda que

- sente-se muito mal porque ele fracassará com certeza. - não pode assumir compromisso porque isso fica

obsessivamente em sua cabeça e impede de dormir a noite lhe dá sono durante o dia. Depois, não quer vir para não contar o que não fez!

T verifica a adequação da suposição e tenta valoriza o seu relato quanto a ela: falar o que sente – diferente da

mãe – pode iniciar a quebra da equivalência funcional e da regra. (CRB2 do cliente e T2 ?)

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Combina com T que ela apenas dará idéias a ele, o achar que ele consegue, mas ele escolhe quando irá se

arriscar e depois lhe contará, quando quiser. (T2?) Ele diz que não aceita tarefas ( CRB2, novo, mais

assertivo e de enfrentamento gradual ?).

Ele pensa de novo e concorda , da exemplos de como isso se parece com o jeito como tem administrado sua vida e não tem dado certo. (crb2?)

Novas interpretações sobre causas de seus problemas, a generalização , as esquivas são então possíveis .

(CERBS 2- enfrentamento- e 3- análise). Parece que houve similaridade funcional entre ambientes. Pode ocorrer a generalização dos CRBs 2 e 3 para a vida cotidiana)

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• Um ex. de treino

Menino de 13 anos – dificuldade de interromper seu pensamento e conversar com alguém ( Asperger).

Fala um pouco sobre sua semana, como se enrolou com a tarefa e se perdeu na rotina e que a profa. particular não o ajudou. “Agora tem que recuperar.” E depois diz que está com raiva de uns meninos que estão

colocando a culpa nele de soltar gases na sala. Começa a desenhar, espontaneamente e T continua a conversa. Ele responde rispidamente a ela.

T – V está com raiva? O que foi? É raiva deles, de mim ou de outra coisa?

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C – V está me desconcentrando e estou tentado me concentrar! (CRB2 ).

T- a tá , sei, fico quieta um pouco, espero o desenho, depois te interrompo ( querendo valorizar a R anterior e criar oportunidade para discutir a interação ).

após o termino...

C- quando v estiver concentrado, pode pedir a alguém que espere. Isso é mais elegante e a pessoa sabe o que fazer. Como aconteceu comigo. Vamos tentar?

Segue se um treino e depois T diz que ele pode desenhar de novo, se quiser, e que ela vai interrompe-lo e ele deverá agir como treinado. Ele aceita e segue-se o treino

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.

. Acaba o desenho. T pede para conversarem.

T – É difícil pra v parar quando se concentra em algo, antes do fim?

C – sim, se parar eu perco o pensamento, esqueço.

T – e sempre é importante pra você, o que está pensando ou fazendo?

C- as vezes sim a vezes não.

T – as pessoas sabem disso? V diz ? C – Não.

T – V sabia que maior parte das pessoas consegue parar e não perder o pensamento? E que se perder e for importante, ele voltará? Mas isso é outra historia. As pessoas não sabem disso e se v age como fez comigo, parece que v está bravo e não quer mais estar com a pessoa. Foi o que pensei!(isso ocorre muito).

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. C – as vezes não quero.

T – e quando quer?

C – posso falar estou tendo um pensamento, espere um pouco.

T – e quando acabar , elas saberão?

C – não, é pensamento... arrr... (sarro em T)

T – Ta , que tal então v dizer: O que v queria me dizer? E prestar atenção? Agradecer por ter esperado também é legal! Ela tem que saber que v queria pensar e não ficar longe, quando é verdade, ok?

Treino.

T depois sugere que ele e a mãe façam assim em casa. Ex. caso do esquizo / fb. Escala Beck de ansiedade.

Referências

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