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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Rio Ave Futebol Clube (Vila do Conde)

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folitécnico

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Polytechnic oC Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Desporto

Anselmo Fernando Maia Ramos julho

1

2018

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Relatório elaborado no âmbito do 3º ano da Licenciatura em Desporto - Menor de Treino Desportivo, da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do Instituto Politécnico da Guarda, com vista à obtenção do grau de Licenciado em Desporto.

Anselmo Fernando Maia Ramos

Julho 2018

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Ficha de Identificação

Entidade formadora:

Escola: Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD) Curso: Licenciatura em Desporto

Diretor da ESECD: Prof. Doutor Pedro José Arrifano Tadeu Diretor do Curso: Prof. Doutor Pedro Tiago Matos Esteves

Coordenadora de Estágio: Profª Doutora Teresa de Jesus Trindade M. Costa e Fonseca

Entidade acolhedora:

Nome da entidade: Rio Ave Futebol Clube

Diretor Técnico: Pedro Filipe Fernandes da Silva Cunha Tutor do Estágio: Dr. Tiago José Mota Ferreira

Nº do Título Profissional de Treinador de Desporto:102280 Grau: III

Morada: Rua Dom Sancho I 4480-876 Vila do Conde Contactos públicos: 252633028

Estagiário: Anselmo Fernando Maia Ramos Nº de estudante: 5008046

Duração do estágio: 6/9/2017 até 30/6/2018 Total de Horas de Estágio: 861 Horas

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Agradecimentos

Ao longo deste ano letivo tive a oportunidade de compartilhar vários momentos, todos eles relevantes para o meu crescimento, quer a nível profissional na área do treino desportivo quer nas relações interpessoais.

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer à minha Coordenadora de Estágio, Profª Teresa Fonseca, por toda a disponibilidade e cuidado ao longo deste ano letivo, pela motivação dada ao longo do tempo, bem como todo o apoio cientifico.

De seguida, à entidade que me acolheu, mais especificamente ao treinador Vítor Barbosa, ao meu Tutor Tiago Mota e ao mister João Paulo, por todo o conhecimento que me transmitiram ao longo do tempo e por toda a confiança que depositaram em mim desde o primeiro dia. Um muito obrigado ao Coordenador Pedro Cunha por todo o conhecimento que me transmitiu, e a todos os elementos que constituem o departamento de formação do Rio Ave Futebol Clube.

Um agradecimento especial a todos os professores do Instituto Politécnico da Guarda que tiveram influência na minha evolução como profissional de desporto.

À minha família, por ser um exemplo para mim ao longo da minha vida e por todo o apoio que me dá para que eu possa alcançar todos os meus objetivos. Em particular aos meus pais e ao meu irmão.

Agradecer a todos os meus colegas/amigos que estiveram presentes nos momentos mais importantes do meu percurso académico, tornando-se pessoas importantes na minha vida e que jamais vou esquecer.

Um agradecimento sincero à Catarina Estêvão por toda a amizade, estabilidade, equilíbrio emocional e carinho que me proporciona todos os dias, e por me apoiar nesta paixão que tenho por esta simples modalidade desportiva que desperta multidões.

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Resumo

O meu estágio teve inicio no dia 4 de Setembro com uma reunião onde estava presente a equipa técnica do escalão que iria integrar, juntamente com o tutor da instituição acolhedora e o coordenador da formação, momento em que foram delineados os objetivos para a época desportiva 2017/2018, os dias em que seriam os treinos, as horas dos mesmos e as funções que iria desempenhar dentro da equipa técnica.

Foi acordado desde o inicio que assumiria uma posição de treinador adjunto do mister Vítor Barbosa ajudando-o em todo o processo de planeamento do treino, bem como o planeamento autónomo de toda a preparação física dos atletas que teríamos à disposição. A maior parte dos atletas que estiveram à nossa disposição ao longo desta época era do escalão de Sub12, e competiram na segunda divisão do escalão de Sub13, com o objetivo de se familiarizarem com o futebol 11, uma vez que a maior parte deles jogava futebol 7.

No decorrer da época, fui pondo em prática todo o conhecimento adquirido ao longo dos 3 anos de licenciatura, quer numa vertente mais tática, quer numa vertente técnica, física e psicológica, contribuindo não só para o desenvolvimento do atleta, mas também do jovem.

Ao longo do estágio, acompanhei a equipa nos 4 torneios em que foram convidados a participar, destacando a Ibercup como o torneio mais marcante para os atletas, por estarem em contacto com atletas dos vários continentes.

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Abstract

My internship began on September 4th with a meeting attended by the technical team of the age group in which I would be integrated, the tutor of the institution and the formation coordinator. During this meeting, the 2017/2018 sport season goals were outlined, as well as the days and hours of training and the role and functions that I would perform within the technical team.

It was settled since the beggining that I would assume the role of assistant coach, helping coach Vítor Barbosa throughout the process of training planning, as well as autonomous planning of all athletes physical preparation.

The majority of our athletes were from Sub12, and began this season competing at Sub13 second division, with the aim of getting used to football 11, since most of them used to play football 7.

Throughout this season, I was able to apply the knowledge acquired during my three year gradution, not only in a practical aspect but also in a tecnical, physical and psychological perspective, contributing not only to the development of the athlete but also to the development of the young player.

During my internship, I accompanied the team in all four tournaments that they were invited to participate, highlighting the Ibercup as the most important tournament, for allowing the athletes to be in touch with other players from various continents.

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Índice

Ficha de Identificação ... I Agradecimentos ... II Resumo ... III Abstract ... IV Lista de Siglas ...X Introdução ... 1

PARTE I - Contextualização do Local de Estágio ... 3

1. Cidade de Vila do Conde ... 4

2. Caracterização da Entidade Acolhedora ... 5

2.1. Órgãos Diretivos ... 6

2.2. Departamento de Formação ... 7

PARTE II - Objetivos e Planeamento do Estágio ... 13

1. Fases de Intervenção ... 14

2. Objetivos ... 15

2.1. Objetivos Gerais ... 15

2.2. Objetivos Específicos ... 15

3. Calendarização ... 16

3.1. Calendário Anual das Atividades Desempenhadas ... 16

3.2. Calendário Semanal das Atividades Desempenhadas ... 18

PARTE III - Atividades Desenvolvidas ... 19

1. Áreas de Intervenção ... 20

2. Planeamento ... 21

2.1. Planeamento Prévio Sobre a Competição ... 22

2.2. Planeamento do Treino Equipa Sub13B (2017/2018) ... 36

3. Modelo de Jogo ... 47

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5. Atividades realizadas ... 61 5.1. Ações de Formação ... 61 5.2. Atividade de Promoção ... 65 Reflexão Final ... 66 Bibliografia ... 68 Anexos ... 69

Anexo I - Convenção de Estágio...70

Anexo II - Carta da Atividade de Promoção...73

Anexo III - Regulamento da Atividade de Promoção ...74

Anexo IV - Ficha de Observações de Jogo...75

Anexo V - Certificados de Participação em Ações de Formação...76

Anexo VI - Ficha de Identificação do Tutor de Estágio...78

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Índice de Ilustrações

Figura 1 - Brasão representativo da cidade de Vila do Conde ... 4

Figura 2 - Organograma da direção do RAFC ... 6

Figura 3 - Organograma do departamento de formação ... 7

Figura 4 - Espaço destinado às equipas de formação ... 11

Figura 5 - Plano anual de atividades ...17

Figura 6 - Plano semanal de atividades ... 18

Figura 7 - Estatística época 2016/2017 Avintes. ... 24

Figura 8 - Trajeto para o campo do Avintes ... 24

Figura 9 - Estatística época 2016/2017 Custoias ... 25

Figura 10 - Trajeto para o campo do Custoias. ... 25

Figura 11 - Estatística época 2016/2017 Dragões Sandinenses ... 26

Figura 12 - Trajeto para o campo dos Dragões Sandinenses. ... 26

Figura 13 - Estatística época 2016/2017 F.C Pedras Rubras ... 27

Figura 14 - Trageto para o campo do F.C Pedras Rubras ... 27

Figura 15 - Trajeto para o campo do Grupo Desportivo Aldeia Nova ... 28

Figura 16 - Estatística época 2016/2017 Geração Benfica Matosinhos ... 29

Figura 17 - Trajeto para o campo do Geração Benfica de Matosinhos ... 29

Figura 18 - Estatística 1ª Fase época 2016/2017 do Lavrense ... 30

Figura 19 - Estatística 2ª Fase época 2016/2017 Lavrense ... 31

Figura 20 - Trajeto para o campo do Lavrense ... 31

Figura 21 - Estatística época 2016/2017 Leça ... 32

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Figura 26 - Trajeto para o campo Senhora da Hora ... 34

Figura 27 - Estatística época 2016/2017 Varzim. ... 35

Figura 28 - Trajeto para o campo do Varzim ... 35

Figura 29 - Modelo Canadiano LTAD ... 37

Figura 30 - Fases sensíveis da aprendizagem motora ... 38

Figura 31 - Modelo de Tschiene ... 46

Figura 32 - Princípios específicos de jogo ... 48

Figura 33 - Disposição tática da equipa Sub13B ... 49

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Índice de Tabelas

Tabela 1 - Áreas e funções da coordenação geral e diretiva ... 9

Tabela 2 - Plantel Sub13B Época 2017/2018 ... 10

Tabela 3 - Lista de material disponível para o treino da equipa Sub13B ... 12

Tabela 4 - Macrociclo da equipa Sub13B Época 2017/2018. ... 39

Tabela 5 - Mesociclo nª1, pré-época ... 40

Tabela 6 - Mesociclo nº2, período competitivo ... 41

Tabela 7- Mesociclo nº2, período competitivo ... 41

Tabela 8 - Microciclo 14 com informação da hora do treino, bem como o campo em que decorrerá o mesmo ... 43

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Lista de Siglas

CIDESD - Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano DC - Defesa Central

DD - Defesa Direito DE - Defesa Esquerdo

FMH - Faculdade de Motricidade Humana

GAFT- Gabinete de Apoio à Formação de Treinadores GFUC – Guia de Funcionamento da Unidade Curricular GR - Guarda Redes

ISMAI - Instituto Universitário da Maia MAD – Médio Ala Direito

MAE – Médio Ala Esquerdo MD – Médio Defensivo MID – Médio Interior Direito MIE – Médio Interior Esquerdo PL – Ponta de Lança

RAFC – Rio Ave Futebol Clube ST – Sessão de Treino

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Introdução

Neste documento está representado o relatório de estágio referente ao menor de Treino Desportivo, que está inserido no curso de Desporto do Instituto Politécnico da Guarda, enquadrado pelo Plano de Estágio presente no GFUC e apresentado em anexo (Anexo I). Este relatório serve para contextualizar todo o processo de estágio referente ao ano letivo de 2017/2018, bem como descrever todos os detalhes inerentes ao mesmo, nomeadamente as atividades realizadas, os conhecimentos que ao longo o tempo fui adquirindo e as experiencias que fui vivenciando.

O estágio, na generalidade dos casos, é realizado no terceiro ano, em simultâneo com aulas. Contudo, a minha decisão em realizá-lo no ano a seguir fez mais sentido para mim, uma vez que com todo o aporte de conhecimento que possuía e com a disponibilidade de o poder colocar em prática em contexto real todos os dias, a minha preparação para o mercado de trabalho nesta vertente seria muito superior, pois lidaria todos os dias com os atletas e vivenciaria tudo aquilo que viria a decorrer ao longo da época.

Sendo o estágio uma forma de transitar do contexto escolar para o contexto profissional, torna-se mais fácil para nós colocarmos em prática todo o conhecimento adquirido, tendo sempre o apoio quer da instituição acolhedora quer da instituição de ensino, para podermos errar e continuar a evoluir.

Com toda esta procura incessante de evolução no contexto desportivo, escolhi para a realização do meu estágio o Rio Ave Futebol Clube, na secção de futebol de formação. A escolha desta modalidade deve-se não só ao fenómeno social que a ela está associado, mas também à prática deste mesmo desporto quando era criança e ao gosto por tudo aquilo que está associado a esta modalidade. Assim, ao longo deste ano letivo, pude fazer parte da equipa técnica de infantis (Sub13b), assumindo a função de treinador adjunto.

Este relatório está dividido em três grandes capítulos. O primeiro refere-se à contextualização do local de estágio, onde dou a saber todos os recursos materiais, logísticos e pessoais que a instituição possui para proporcionar as comodidades necessárias aos atletas.

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O terceiro capítulo refere-se às atividades desenvolvidas ao longo da época desportiva. Neste capitulo são expostos o macrociclo, os diferentes mesocíclos, as unidades de treino e todos os princípios gerais e específicos que a instituição implementa em todos os escalões de formação.

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1. Cidade de Vila do Conde

!

Vila do Conde, de acordo informação disponibilizada no site oficial da Câmara Municipal Vila do Conde, (s\d) é uma cidade portuguesa do distrito do Porto, sede de um concelho com 149,03 Km2 de área e 79533 habitantes (censos 2011), subdividido em 21 freguesias. Situada na margem norte da foz do rio ave, esta cidade é importante centro industrial, devido ao seu porto de pesca, à sua zona balnear e turística.

A população de Vila do Conde é muito antiga (Figura 1), datando a primeira referência desta cidade no ano de 953, e surge no livro da condessa Mumadona Dias, onde é referida como Villa de Comite. D. Sancho I apaixonou-se por D. Maria Pais, levando a que esta ficasse na sua posse, onde mais tarde a sua tetraneta D. Teresa Martins e seu esposo Afonso Sanches fundam o Real Mosteiro de Santa Clara em 1318.

D. Manuel I concedeu foral à cidade em 1516 e a população participou ativamente nos descobrimentos portugueses, entre eles Paulo e Francisco Faria, que acompanharam Vasco da Gama até à India.

Entre muito património presente nesta cidade, destacam-se o Convento de Santa Clara, o Aqueduto de Vila do Conde, a Igreja Matriz, o Forte de Nossa Senhora da Assunção e a Casa Museu José Régio. Como património natural destaca-se a “Paisagem Protegida Regional do Litoral de Vila do Conde e Reserva Ornitológica de Mindelo” (site oficial da Câmara Municipal Vila do Conde, s\d).

Figura 1 - Brasão de Vila do Conde (Fonte: Wikimedia Commons).

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2. Caracterização da Entidade Acolhedora

Segundo a informação disponibilizada no site oficial do Rio Ave Futebol Clube -RAFC - (s/d), este foi fundado no ano de 1939 por um grupo de 5 vilacondenses, nomeadamente: João Pereira dos Santos, Albino Moreira, João Dias, Ernesto Braga e José Amaro.

O clube estreou-se em competição no dia 6 de maio de 1939, em Beiriz, freguesia que pertence ao concelho da Póvoa de Varzim. No entanto, era necessário o clube possuir um estádio. Assim, após alguns meses de se estrearem em competição, a 29 de janeiro de 1940, surgiu o primeiro estádio do clube com o nome de Estádio de Avenida.

Após chegada da equipa ao principal escalão das provas nacionais, o Estádio de Avenida não tinha as infraestruturas necessárias para a realização dos jogos, tendo sido forçada a inauguração de um novo estádio em 1984, que hoje em dia tem a designação de Estádio dos Arcos.

Nesse mesmo ano, o clube esteve presente em duas finais, na Taça da Liga e na Taça de Portugal, contudo não conseguiu alcançar qualquer um dos dois troféus que estava a disputar.

Mais recentemente, na época de 2014/2015, o clube alcançou um marco importante, com a presença na Liga Europa, sob o comando do técnico Pedro Martins.

Hoje em dia (24/10/2017), este clube encontra-se em sexto lugar na Liga Nos, com 9 jogos realizados e 14 pontos conquistados, sob o comando do técnico Miguel Cardoso, apresentando um futebol atrativo para os espetadores e nunca mudando a sua identidade de jogo mesmo jogando contra os 3 grandes clubes nacionais (Porto, Benfica e Sporting). Os sucessos deste clube não só advêm da equipa sénior, mas também das equipas de formação, que nestes últimos anos se têm vindo a evidenciar no contexto nacional, com as presenças nas 2ª fases de apuramento ao campeão e a nível distrital com a obtenção de títulos de campeão em vários escalões. A nível internacional, têm participado em alguns torneios importantes, e recentemente deu-se a conquista do “40ème Mondial de La Saint

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oferecer contratos de formação desportiva aos seus atletas, com o intuito de continuarem a desenvolver o jogador português e o clube formador.

Mesmo antes desta atribuição, o clube tinha em foco o desenvolvimento das qualidades das infraestruturas e a escolha criteriosa dos técnicos devidamente qualificados, para que todos os jovens pudessem evoluir como atletas e principalmente como cidadãos inseridos num contexto competitivo.

2.1. Órgãos Diretivos!

A atual direção do RAFC está representada no organograma adiante apresentado (Figura 2), no qual se destacam todos os departamentos e staff diretivo, que se dedicam todos os dias a fortalecer cada vez mais o clube.

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2.2. Departamento de Formação!

O departamento de formação do Rio Ave futebol Clube é constituído por um presidente, um vice-presidente, 14 vogais e dois coordenadores (Figura 3).

Relativamente aos coordenadores, um deles é especializado em administrar as equipas que dão suporte à formação (roupeiro, corpo clinico, motoristas, diretores, entre outros) e o segundo é um coordenador técnico especializado na área do treino, que coordena todas as equipas de competição e a escola de lazer. Este coordenador tem como principal tarefa ser o elo de ligação entre os treinadores e os pais do atleta.

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2.2.1. Visão e Missão do Clube enquanto Entidade Formadora

Sendo atribuído a este clube o estatuto de entidade formadora, certificado este que foi atribuído pela Federação Portuguesa de Futebol, pretende-se promover o crescimento e desenvolvimento desportivo e social da comunidade, em especial dos jovens, com uma organização profissional para uma prestação de serviços de qualidade.

A formação do jovem futebolista, hoje em dia, não requer somente conhecimento transmitido em relação à metodologia do treino e conhecimento sobre as novas tendências que têm vindo a ser divulgadas com o passar dos anos. É também solicitada muita paciência e gosto na transmissão dos conhecimentos, de forma a que os atletas estejam constantemente motivados para a prática da modalidade.

Não se trata apenas de treinar, é muito mais que isso: é educar, é acompanhar todo o crescimento fisiológico e cognitivo, é estar presente em todas as fases da sua vida com o intuito de os ajudar em todas essas fases, sempre com uma palavra amiga.

Sabendo que a formação do jogador tem como último objetivo que ele possa ascender ao alto rendimento e, paralelamente, poder integrar a equipa sénior, não nos parece possível que isso aconteça se não existir uma racionalização e uma concetualização de todo o processo, bem como se esse processo não tiver uma referência à equipa sénior. Portanto, todo o processo passará pela formação de um jogador específico para uma forma de jogar específica.

A formação deverá ser perspetivada e orientada para a construção de um jogador inteligente, que seja capaz de interpretar as particularidades do modelo de jogo adotado pelo clube e que possua capacidade de transformar em ação o seu pensamento.

No processo de formação de futuros atletas deve perseguir-se o desenvolvimento do jogador, no que respeita ao nível de conhecimentos a adquirir e ao grau de eficácia das ações tático-técnicas individuais e coletivas, através dos exercícios que constituem os conteúdos dos treinos de ensino.

O treino de futebol deve constituir-se num verdadeiro processo de ensino-treino, em que, permanentemente, deverá existir uma interação entre treinador e jogadores. Aqui, importa correlacionar a lógica didática com a lógica interior do jogo, sendo, para isso, necessário que os meios a utilizar confrontem o jogador e a equipa com os aspetos fundamentais que caracterizam a lógica interna do jogo, e onde a necessidade de recorrer a exercícios com bola, sempre o mais próximo possível do jogo, seja uma preocupação

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formas motivadoras, colocando o praticante em situações problema que devem conter os aspetos fundamentais do jogo, ou seja, a bola, a cooperação, o adversário, a seleção “melhor escolha” e a finalização, dependendo, de uma forma sustentada, num Modelo de Jogo, que pretende formar um jogador com um determinado perfil.

2.2.2. Coordenação Geral Diretiva!

Na Tabela 1, estão identificadas as áreas e as funções específicas que cada órgão diretivo executa em prol da dinâmica funcional diária do Departamento de Formação do Rio Ave Futebol Clube.

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2.2.3. Infantis Sub13B - Caraterização da Equipa e Jogadores! !

O plantel transita este ano para os Sub13B, que está inserido no campeonato da 2ª divisão de Juniores D da Associação de Futebol do Porto. A maioria desta equipa na época transata competia em futebol 7, no campeonato de Juniores E.

Para além de contar com os atletas que subiram de escalão, esta equipa conta com alguns atletas que não subiram à equipa de sub13A, falando especificamente de sete atletas. Ao longo desta época, a maior parte dos atletas disputará o campeonato com equipas onde existirão atletas um ano mais velhos.

O plantel (Tabela 2) é constituído por 21 atletas, com uma média de idades de 11 anos e média de anos de prática desportiva de 3 anos e meio. A equipa técnica é constituída por 3 técnicos: o treinador principal e 2 adjuntos. A equipa médica que acompanha esta equipa nos jogos é constituída por um dos muitos fisioterapeutas do clube.

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2.2.4. Caracterização das Instalações e Materiais

O Rio Ave Futebol Clube, sendo um clube de primeira liga e com um certificado de entidade formadora, possui boas instalações para a prática da modalidade. Possui o conhecido Estádio dos Arcos, que é a casa da equipa sénior, e, no lado nascente deste estádio, possui mais um relvado natural e 2 relvados sintéticos de futebol 11 (Figura 4), espaço onde treinam as camadas jovens do clube, e, no dia 27 do mês de outubro de 2017, foi inaugurado um terceiro relvado de futebol 7 para o treino específico (Guarda-Redes, Finalização, etc.), bem como para as equipas de futebol 7 existentes no clube.

Figura 4 - Espaço destinado às equipas de formação (Fonte: Site Rio Ave).

Para as camadas jovens, o clube possui uma secretária responsável pelo futebol jovem, um gabinete médico, uma sala de treinadores, um balneário de treinadores e 6 balneários para as equipas da formação que estão situados debaixo da banca nascente do Estádio dos Arcos.

No que toca aos recursos materiais disponíveis, o clube tem uma arrecadação com material para todas as equipas. Contudo, quanto às bolas, sinalizadores, bases e coletes, são os treinadores que ficam responsáveis por este material, tendo cacifos específicos para o colocar. Na Tabela 3, encontra-se discriminado o material disponível e as suas condições de manutenção.

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Tabela 3 - Lista de material disponível para o treino da equipa Sub13B. 30 20 20 Recursos materiais disponiveis Escadas de Agilidade Cones Altos Arcos Sinalizadores Coletes Cones Baixos

Total Boas Condições

3 10 30 10 30 30 20 20 Mini Balizas 12 8 4 0 0 20 20 Bolas Bases

Material Disponivel para os atletas Sub13B

Balizas de Futebol 7 6 6 0 16 10 6 Fracas Condições 0 0 0 0 0 3

2.2.5. Caracterização dos Recursos Humanos

No setor da formação, o clube tem à disposição 36 treinadores divididos pelos vários escalões competitivos e pela Escola de Futebol do Rio Ave Futebol Clube. Para além dos treinadores, existem vários fisioterapeutas e diretores desportivos que acompanham as equipas para os jogos do campeonato distrital e nacional.

O coordenador de formação é também treinador da equipa B do Rio Ave Futebol Clube e existem mais dois elementos que com ele colaboram e diligenciam os assuntos que o coordenador eventualmente não tenha disponibilidade no momento para tratar.

Na secretaria, existem mais duas pessoas que tratam de vários assuntos relacionados com as competições em que as equipas estão inseridas, e prestam toda a ajuda necessária aos treinadores que necessitem de algo relacionado com os seus atletas ou com a competição que estão a disputar.

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1. Fases de Intervenção

Como estagiário e no âmbito do estágio, as áreas de intervenção estão divididas em 3 grandes fases: fase de integração e planeamento, fase de intervenção e fase de conclusão e avaliação, para que possa tirar o máximo proveito do tempo despendido com muito agrado na instituição que me acolheu e me deu um voto de confiança.

Como tal, a primeira fase, intitulada de fase de integração e planeamento, tem como principais objetivos: fazer a integração na organização, envolvendo reuniões preparatórias; diagnosticar e caracterizar a entidade (estrutura organizacional, recursos humanos, espaciais, materiais, logísticos e canais de comunicação); avaliar os domínios potenciais de intervenção; definir os objetivos do estágio; efetuar o planeamento anual das atividades a desenvolver; elaborar o planeamento e periodização do treino (meios, métodos e conteúdos); elaborar e apresentar o plano individual de estágio.

A segunda fase, intitulada de fase de intervenção, é a etapa em que se dá o desenvolvimento e implementação das atividades definidas no plano individual de estágio, e tem como principais objetivos: efetuar a observação de sessões de treino (mínimo de 8) nos dois primeiros meses de estágio, com elaboração do plano e relatório; concretizar a observação de uma sessão de treino por mês (no mínimo), após o período atrás referido, com elaboração de relatório; realizar a observação e análise da sessão do desempenho em competição (no mínimo 1 jogo por mês), após o período atrás referido, com elaboração de relatórios; realizar a avaliação dos atletas em termos antropométricos e motor/técnico (mínimo de 2 momentos temporais durante a época desportiva) e elaboração de relatório; efetuar o planeamento e intervenção pedagógica (preferencialmente ou em coadjuvação) em sessões de treino (mínimo de 4 exercícios) por mês, após o período atrás referido, com elaboração de plano de treino e relatório; concretizar a realização de um projeto (no mínimo) de formação ou promoção desportiva envolvendo a entidade acolhedora, se possível em interação com a comunidade; participar em ações de formação, congressos, seminários e afins, produzindo relatórios; produzir atas de reuniões com o coordenador e com o tutor de estágio.

A terceira e última fase, intitulada de fase de conclusão e avaliação, tem como principais objetivos: avaliar a congruência entre os objetivos definidos e os atingidos; avaliar e refletir sobre a pertinência e impacto das metodologias e recursos utilizados; elaborar o relatório final de estágio e finalizar o dossier.

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2. Objetivos

Foram definidos os seguintes objetivos gerais e específicos :

2.1. Objetivos Gerais:

a) Aperfeiçoar competências que respondam às exigências colocadas pela realidade de intervenção na dimensão moral, ética, legal e deontológica;

b) Aprofundar competências que habilitem uma intervenção profissional qualificada;

c) Atualizar o nível de conhecimento nos domínios da investigação, do conhecimento científico, técnico, pedagógico e no domínio da utilização das novas tecnologias;

d) Intervir de forma qualificada em contexto profissionalizante;

e) Refletir criticamente sobre a intervenção profissional e reajustar procedimentos sempre que necessário;

f) Ser assíduo e pontual;

g) Colocar em prática todos os conhecimentos adquiridos ao longo dos 3 anos de licenciatura nas tarefas que me forem pedidas na instituição de estágio;

h) Consolidar conceitos teóricos sobre a modalidade de futebol;

i) “Absorver” as filosofias do clube e princípios gerais e específicos das equipas do Rio Ave Futebol Clube.

2.2. Objetivos Específicos:

a) Saber diagnosticar e caracterizar o clube/organização em termos da sua cultura, estrutura, recursos, tecnologias, funcionamento e canais de comunicação internos/externos;

b) Avaliar espaços e domínios potenciais de intervenção no treino e/ou competição; c) Definir objetivos específicos do estagiário;

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f) Avaliar a intervenção no treino e/ou competição e reajustar procedimentos, se necessário, objetivando uma maior qualificação da mesma;

g) Avaliar o desempenho da equipa/organização;

h) Organizar ou colaborar na organização de atividades promotoras da prática das modalidades desportivas e da captação de novos praticantes;

i) Manter o dossier de estágio atualizado (formato digital), compilando toda a documentação gerada no âmbito do meu estágio, bem como documentação de outra natureza que suporte a minha intervenção;

j) Realizar uma base de dados da equipa em que estou inserido para podermos, de uma maneira mais fácil, ver a evolução dos atletas na época decorrente, e ter um ficheiro de extrema importância para os treinadores que irão treinar os atletas no futuro;

k) Dirigir o processo de preparação física dos atletas, em todos os momentos que o treinador necessitar;

l) Respeitar, ajudar e desenvolver a criança não só como atleta, mas também como ser humano, que nestas idades sofre alterações hormonais e físicas;

m) Educar e formar atletas através da prática desportiva na vertente do futebol.

3. Calendarização

3.1. Calendário Anual das Atividades Desempenhadas

Como estagiário e aluno do curso de desporto, é extremamente importante ter um calendário das atividades desempenhadas ao longo do ano letivo, para que possa haver uma melhor organização de todo o trabalho que é realizado.

O plano anual apresentado (Figura 5) representa todos os treinos, jogos e torneios que presenciei com a equipa Sub13B.

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3.2. Calendário Semanal das Atividades Desempenhadas

!

Após o plano anual, é necessário estabelecer horários para que possamos observar treinos de outros escalões, de modo a aumentar o nosso conhecimento do jogo, fazer observação e análise dos jogos da nossa equipa, planear o treino e estar presente no mesmo.

Como tal, as atividades desempenhadas ao longo da semana estão assinaladas na Figura 6, com cores distintas para uma mais fácil interpretação.

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1. Áreas de Intervenção

Ao longo desta época, e simultaneamente o ano letivo de estágio, tive a oportunidade de aprender e colocar em prática todo o conhecimento adquirido ao longo dos 3 anos de licenciatura, interagir com jovens dos dez aos doze anos de idade, e intervir de forma direta e indireta na modalidade futebol.

Ao longo desta época desportiva 2017/2018, as atividades e as áreas de intervenção foram numerosas. As áreas de intervenção estão interligadas com as fases de intervenção, uma vez que as fases servem como fio condutor onde em cada fase se encontram as áreas e e as atividades que realizei ao longo do estágio.

No decorrer do estágio, pode intervir em áreas do planeamento do treino e observação e análise do treino. Colocando em prática todo o conhecimento que tinha vindo a adquirir no segundo e no terceiro ano de licenciatura.

O planeamento do treino foi uma área explorada durante todo o estágio, por muito que no inicio da época se estipule as componentes que queremos trabalhar e a elaboração dos treinos para os diferentes mesociclos, estas estão sempre sujeitas a alterações uma vez que o conhecimento adquirido pelos atletas não é sempre linear e maior parte das vezes é necessário voltar a planear para transmitir o conhecimento que eles precisam de saber.

Nem sempre é uma tarefa fácil, visto que estamos a lidar com crianças de 11/12 anos e apesar de estarem na fase sensível da aprendizagem, muitas das vezes precisamos de decompor os exercícios em partes para que o seu processo de aprendizagem seja facilitado.

A área de observação e análise do treino foi de extrema importância no decorrer da época. Para que possamos planear o treino com critério, é necessário que possamos avaliar como correu a sessão de treino anterior para sabermos se podemos progredir com as aprendizagens ou se precisamos de focarmo-nos no mesmo aspeto.

Como tal ao longo da época observamos inúmeras vezes os treinos, e filmávamos os jogos sempre que era possível. Após ser filmado, o jogo era copiado para o meu computador, era editado, e posteriormente enviado para o a equipa técnica através da DropBox.

Nó dia seguinte (Domingo) era visto e revisto por toda a equipa técnica com o objetivo de procurar informação relevante que aconteceu durante os 60 minutos de jogo.

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A informação recolhida do jogo não se centrava só nas coisas menos boas que aconteciam dentro das 4 linhas. O foco sempre foi destacar as coisas boas que a equipa fez durante o jogo, mas nunca descorando os aspetos menos positivos que servem de base para que possam continuar a evoluir.

2. Planeamento

Planear é a definição de todo o processo que estará em volta de toda a época desportiva (estratégia, conteúdos, recursos humanos e materiais, infraestruturas e todas as formas que de certa maneira operacionalizam o treino), com o principal foco de criar um modelo de jogo (Oliveira, 2005).

Como tal, é necessário ter conhecimento da competição em que estamos inseridos, desde logo o regulamento que está inerente à mesma e todas as equipas que estão inseridas na nossa série, tendo conhecimento das equipas que desceram de divisão, das que permanecem e daquelas que participam pela primeira vez.

Deste modo, é importante termos conhecimento do histórico de jogos realizados e a que distância se situa o seu campo, para posteriormente planearmos o horário a que os atletas precisam de estar no nosso clube para poderem fazer a viagem até ao campo adversário, com calma, sem que haja algum stress envolvido, e termos tempo suficiente para se realizar uma boa e adequada ativação funcional antes do jogo.

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2.1. Planeamento Prévio Sobre a Competição

2.1.1. Regulamento da Competição

CAMPEONATO DISTRITAL DE JUNIORES “D” – II DIVISÃO 2017/2018 ” Regulamento Especial “

ORGANIZAÇÃO TÉCNICA (Generalidades)

O Campeonato Distrital de Juniores “D” da II Divisão foi disputado em três fases, pelas setenta e cinco equipas, que se inscreveram voluntariamente.

A distribuição dos clubes pelas respetivas séries foi feita pela Associação de Futebol do Porto, levando sempre em linha de conta a maior proximidade geográfica.

I Fase

As equipas inscritas foram divididas em seis séries, sendo quatro de treze equipas e duas de doze equipas, que jogaram entre si, a duas voltas, por pontos, a fim de apurar os dois primeiros classificados de cada uma das seis, num total de doze, que transitaram para a II Fase.

II Fase

Foi disputada pelos doze clubes apurados da I Fase, divididos em três subséries de quatro equipas cada uma, que jogaram a duas voltas, por pontos, com vista a apurar o primeiro classificado de cada subsérie e ainda o melhor segundo classificado, num total de quatro equipas, que transitaram para a III Fase.

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III Fase

A III Fase foi disputada em duas eliminatórias (1/2 Final e Final), opondo os quatro clubes apurados da II Fase.

Na I Eliminatória (1/2 Final), os clubes jogaram o acesso à final, através de um jogo disputado em campo neutro definido pela AF Porto.

A II Eliminatória (Final) foi disputada pelos vencedores da 1⁄2 final, que jogaram, novamente, em campo neutro, a disputa do Campeão Distrital de Juniores “D” – II Divisão.

Os jogos deste Campeonato foram efetuados aos sábados de tarde. Os jogos também puderam ser disputados em dias e horas diferentes dos estabelecidos, desde que os clubes intervenientes o solicitassem por escrito com a antecedência mínima de 16 dias. Nos jogos das últimas duas jornadas não foi permitida qualquer alteração de data ou hora.

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2.1.2. Caracterização das Equipas Presentes na Competição!

!! Avintes

Equipa que, na última época (2016/2017), esteve presente na primeira divisão de juniores D na série 1 no escalão de Sub13 da Associação de Futebol do Porto. O desempenho da equipa ao longo da época competitiva acabou por ficar abaixo das expectativas, uma vez que ficaram em 13º lugar, lugar este que não permitiu a manutenção para a próxima época, descendo assim para a série onde o Rio Ave Sub13B está presente.

Esta equipa, ao longo da época transata, teve 5 vitórias, 2 empates e 21 derrotas, do total dos 28 jogos realizados (Figura 7). Durante a época desportiva, esteve 13 jogos seguidos sem vencer, 9 jogos seguidos a perder e 2 jogos seguidos sem perder. No que diz respeito aos golos, esta equipa em 54% dos jogos marcou golo e em 89% dos jogos acabou por sofrer pelo menos um golo. A

média de golos marcados foi de 0,86 golos por jogo e a média de golos sofridos situou-se nos 2,71 golos por jogo, contabilizando, assim, 24 golos marcados e 76 golos sofridos.

Na Figura 8, é possível visualizarmos no

mapa o percurso do trajeto para o campo do Avintes.

Figura 8 - Trajeto para o campo do Avintes.

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!! Custoias

Equipa que, na última época (2016/2017), esteve presente na segunda divisão de juniores D na série 2 no escalão de Sub13 da Associação de Futebol do Porto. O desempenho da equipa ao longo da época competitiva acabou por ser satisfatório, uma vez que ficaram em 6º lugar, mantendo-se a meio da tabela da sua série, tendo uma média de golos marcados superior à média de golos sofridos.

Esta equipa, ao longo da época transata, teve 7 vitórias, 5 empates e 8 derrotas, do total dos 20 jogos realizados (Figura 9). Durante a época desportiva, esteve 2 jogos seguidos a vencer, 5 jogos seguidos sem vencer, 2 jogos seguidos a perder e 3 jogos seguidos sem perder. No que diz respeito aos golos, esta equipa em 85% dos jogos marcou golo e em 80% dos jogos acabou por sofrer pelo menos 1 golo. A média de golos marcados foi de 2 golos por jogo e a média de golos sofridos esteve nos 1,55 golos por jogo, contabilizando, assim, 40 golos marcados e 31 golos sofridos.

Na Figura 10, conseguimos visualizar o percurso efetuado para o campo do Custoias, assim como a previsão temporal para a sua conclusão.

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!! Dragões Sandinenses

Equipa que, na última época (2016/2017), esteve presente na segunda divisão de juniores D na série 1 no escalão de Sub13 da Associação de Futebol do Porto. O desempenho da equipa ao longo da época competitiva acabou por ser satisfatório, uma vez que ficaram em 5º lugar, mantendo-se a meio da tabela da sua série, tendo uma média de golos marcados inferior à média de golos sofridos.

Esta equipa, ao longo da época transata, teve 8 vitórias, 5 empates e 7 derrotas, do total dos 20 jogos realizados (Figura 11). Durante a época desportiva, esteve 4 jogos seguidos sem vencer, 3 jogos seguidos a vencer e 5 jogos seguidos sem perder. No que diz respeito aos golos, esta equipa em 65% dos jogos marcou golo e em 75% dos jogos acabou por sofrer pelo menos 1 golo. A média de golos marcados foi de 1,3 golos por jogo e a média de golos sofridos esteve nos 1,45 golos por jogo, contabilizando, assim, 26 golos marcados e 29 golos

sofridos.

A exemplo das situações anteriores, também na Figura 12 podemos visualizar o trajeto realizado e o tempo previsto de deslocação

para o campo do Dragões Sandinenses.

Figura 12 - Trajeto para o campo dos Dragões Sandinenses.

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!! Futebol Clube de Pedras Rubras

Equipa que, na última época (2016/2017), esteve presente na segunda divisão de juniores D na série 3 no escalão de Sub13 da Associação de Futebol do Porto. O desempenho da equipa ao longo da época competitiva acabou por ser satisfatório, uma vez que ficaram em 6º lugar, mantendo-se a meio da tabela da sua série, tendo uma média de golos marcados inferior à média de golos sofridos.

Esta equipa, ao longo da época transata, teve 8 vitórias, 6 empates e 8 derrotas, do total dos 22 jogos realizados (Figura 13). Durante a época desportiva, esteve 2 jogos seguidos a vencer, 5 jogos seguidos sem vencer, 2 jogos seguidos a perder e 6 jogos seguidos sem perder. No que diz respeito aos golos, esta equipa em 86% dos jogos marcou golo e em 82% dos jogos acabou por sofrer pelo menos 1 golo. A média de golos marcados foi de 1,82 golos por jogo e a média de golos sofridos esteve nos 2,41 golos por jogo, contabilizando, assim, 41

golos marcados e 53 golos sofridos. Na Figura 14, podemos visualizar o percurso efetuado para o campo do Futebol Clube Pedras Rubras, assim como o tempo

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!! Grupo Desportivo Aldeia Nova

Esta equipa, pelos dados obtidos através de uma pesquisa aprofundada, não possui histórico competitivo neste escalão. Os únicos dados referentes a este clube dizem respeito à equipa sénior que disputa o campeonato da Associação de Futebol do Porto 2ª Divisão.

Este clube foi fundado a 22 de setembro de 1972 e o seu campo situa-se na Rua José Vilaça, em Perafita.

Podemos visualizar o trajeto e o tempo estimado de deslocação para o campo do Grupo Desportivo Aldeia Nova, na Figura 15.

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!! Geração Benfica Matosinhos

Equipa que, na última época (2016/2017), esteve presente na segunda divisão de juniores D na série 2 no escalão de Sub13 da Associação de Futebol do Porto. O desempenho da equipa ao longo da época competitiva acabou por ser satisfatório, uma vez que ficaram em 5º lugar, mantendo-se a meio da tabela da sua série, tendo uma média de golos marcados superior à média de golos sofridos.

Esta equipa, ao longo da época transata, obteve 9 vitórias, 1 empate e 10 derrotas, do total dos 20 jogos realizados (Figura 16). Durante a época desportiva, esteve 5 jogos seguidos a vencer, 5 jogos seguidos sem vencer, 5 jogos seguidos a perder e 5 jogos seguidos sem perder. Relativamente aos golos, esta equipa em 75% dos jogos marcou golo e em 80% dos jogos acabou por sofrer pelo menos 1 golo. A média de golos marcados foi de 1,85 golos por jogo e a méda de golos sofridos foi de 1,55 golos por jogo, contabilizando, assim, 37 golos

marcados e 31 golos sofridos. Podemos visualizar o percurso e o tempo previsto de deslocação para o campo do Geração Benfica Matosinhos, na Figura 17.

Figura 16 - Estatística época 2016/2017 Geração Benfica Matosinhos.

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!! Lavrense

Equipa que não competiu na última época (2016/2017), contudo as informações obtidas são relativas à época de 2015/2016, em que esteve presente na segunda divisão de juniores D na série 2 no escalão de Sub13 da Associação de Futebol do Porto. O desempenho da equipa ao longo dessa época competitiva acabou por ser excelente, uma vez que alcançaram o 2º lugar, sendo apurados para a 2º fase da competição.

Esta equipa, na época 2015/2016, obteve 16 vitórias, 2 empates e 2 derrotas, do total dos 20 jogos realizados (Figura 18). Durante a época desportiva, esteve 8 jogos seguidos a vencer, 1 jogo seguido sem vencer, 1 jogo seguido a perder e 8 jogos seguidos sem perder.

No que diz respeito aos golos, esta equipa em 85% dos jogos marcou golo e em 25% dos jogos acabou por sofrer pelo menos 1 golo. A média de golos marcados foi de 2,7 golos por jogo e a média de golos sofridos foi de 0,4 golos por jogo, contabilizando, assim, 54 golos marcados e 8 golos sofridos.

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O desempenho desta equipa na segunda fase da competição foi bom, uma vez que ficou em terceiro lugar da competição, com a realização de 6 jogos (Figura 19), tendo somado 2 vitorias, 2 empates e 2 derrotas.

Em 67% dos jogos, a equipa marcou pelo menos 1 golo e, em 67% dos jogos, a equipa sofreu 1 golo. A equipa teve 1 jogo a vencer, 2 jogos sem vencer, 1 jogo a perder e 3 jogos sem perder. Contabilizou 6 golos marcados (1 golo por jogo) e 5 golos sofridos (0,83 golos por jogo).

Na Figura 20, podemos visualizar o trajeto e o cálculo da duração da deslocação para o campo do Lavrense.

Figura 19 - Estatística 2ª Fase época 2016/2017 Lavrense.

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!! Leça

Equipa que, na última época (2016/2017), esteve presente na segunda divisão de juniores D na série 2 no escalão de Sub13 da Associação de Futebol do Porto. O desempenho da equipa ao longo da época competitiva acabou por ficar um pouco abaixo das expectativas, uma vez que ficaram em 8º lugar, acabando assim na metade inferior da tabela da sua série, tendo uma média de golos marcados inferior à média de golos sofridos.

Esta equipa, ao longo da época transata, teve 6 vitórias, 4 empates e 10 derrotas, do total dos 20 jogos realizados (Figura 21). Durante a época desportiva, esteve 3 jogos seguidos a vencer, 8 jogos seguidos sem vencer, 3 jogos seguidos a perder e 4 jogos seguidos sem perder. No que diz respeito

aos golos, esta equipa em 60% dos jogos marcou golo e em 80% dos jogos acabou por sofrer pelo menos 1 golo. A média de golos marcados foi de 1,1 golos por jogo e a média de golos sofridos situou-se nos 1,55 golos por jogo, contabilizando, assim, 22 golos marcados e 31 golos sofridos.

Podemos visualizar o trajeto para o campo do Leça e o tempo previsto de deslocação para o mesmo, na Figura 22.

Figura 22 - Trajeto para o campo do Leça.

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!! Oliveira do Douro B

Equipa que, na última época (2016/2017), esteve presente na segunda divisão de juniores D na série 1 no escalão de Sub13 da Associação de Futebol do Porto. O desempenho da equipa ao longo da época competitiva acabou por ficar um pouco abaixo das expectativas, uma vez que ficaram em 8º lugar, ficando na metade inferior da tabela da sua série, tendo uma média de golos marcados superior à média de golos sofridos.

Esta equipa, ao longo da época transata, teve 7 vitórias, 4 empates e 9 derrotas, do total dos 20 jogos realizados (Figura 23). Durante a época desportiva, esteve 2 jogos seguidos a vencer, 6 jogos seguidos sem vencer e 4 jogos seguidos sem perder. Quanto aos golos, esta equipa marcou golo em

75% dos jogos e acabou por sofrer pelo menos 1 golo em 80% dos jogos. A média de golos marcados foi de 1,55 golos por jogo e a média de golos sofridos situou-se nos 1,35 golos por jogo, contabilizando, assim, 31 golos marcados e 27 golos sofridos.

Na Figura 24, podemos visualizar o trajeto para o campo do Oliveira do Douro B e o tempo aproximado de deslocação para o mesmo.

Figura 23 - Estatística época 2016/2017 Oliveira do Douro B.

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!! Senhora da Hora

Equipa que, na última época (2016/2017), esteve presente na segunda divisão de juniores D na série 2 no escalão de Sub13 da Associação de Futebol do Porto. O insucesso do desempenho da equipa ao longo da época competitiva acabou por ser evidente, uma vez que ficaram em 12º lugar. Tal classificação implicaria a descida de divisão, contudo, como o Leixões B não compareceu a nenhum dos jogos dessa série, foi a equipa que acabou por descer.

Esta equipa, ao longo da época transata, teve 0 vitórias, 0 empates e 20 derrotas, do total dos 20 jogos realizados (Figura 25). Relativamente aos golos, esta equipa em 20% dos jogos marcou golo e acabou

por sofrer pelo menos 1 golo em 100% dos jogos. A média de golos marcados foi de 0,2 golos por jogo e a média de golos sofridos situou-se nos 4,35 golos por jogo, contabilizando, assim, 4 golos marcados e 87 golos sofridos.

Na Figura 26, é possível a visualização do percurso e tempo estimado de deslocação para o campo do Senhora da Hora.

Figura 26 - Trajeto para o campo Senhora da Hora.

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!! Varzim B

Equipa que, na última época (2016/2017), esteve presente na segunda divisão de juniores D na série 3 no escalão de Sub13 da Associação de Futebol do Porto. O desempenho da equipa ao longo da época competitiva acabou por ficar um pouco abaixo das expectativas, uma vez que ficaram em 7º lugar, ficando na metade inferior da tabela da sua série, tendo uma média de golos marcados inferior à média de golos sofridos.

Esta equipa, ao longo da época transata, teve 7 vitórias, 7 empates e 8 derrotas, do total dos 22 jogos realizados (Figura 27). Durante a época desportiva, esteve 2 jogos seguidos a vencer, 4 jogos seguidos sem vencer, 2 jogos seguidos a perder e 5 jogos seguidos sem perder. Relativamente aos golos, esta equipa em 50% dos jogos marcou golo e em 55% dos jogos acabou

por sofrer pelo menos 1 golo. A média de golos marcados foi de 0,77 golos por jogo e a média de golos sofridos foi de 1,509 golos por jogo, contabilizando, assim, 17 golos marcados e 24 golos sofridos.

É possível visualizarmos o trajeto e o tempo de deslocação previsto para o campo do Varzim B, na Figura 28.

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2.2. Planeamento do Treino Equipa Sub13B (2017/2018)

2.2.1. Etapas de Formação a Longo Prazo de um Jovem Atleta

Para Antunes (2005), o processo de formação desportiva de crianças e adolescentes não deve visar o rendimento, mas sim um processo de ensino e aprendizagem que conjuga múltiplos fatores.

Ao longo da época desportiva, tivemos em conta diversos fatores que são de extrema relevância para a evolução da criança, não só como atleta, mas também como pessoa. Passo a nomear, desde logo, todo o processo referente ao treino e às exigências competitivas com base no Long Term Athlete Development (LTAD), as fases sensíveis referentes à idade dos atletas que constituem a equipa, e, por fim, o mais importante no entender de toda a equipa técnica, todo o desempenho escolar ao longo dos 3 períodos que constituem o ano letivo.

Na presente época, o RAFC tinha aproximadamente 600 jovens a praticar futebol, parte deles em competição e a outra parte em lazer. No entanto, a maior parte destes 600 jovens nunca chegará a ser profissional.

O clube oferece a todos os atletas os mesmos privilégios (conhecimento tático, técnico, físico e psicológico) para que possam evoluir como atletas e como pessoas. Contudo, com o passar do tempo, vários atletas não evoluem de forma significativa para responder às exigências das competições nacionais (Sub15, Sub17 e Sub19).

Como tal, nós, como equipa técnica, damos valor ao desempenho desportivo e desempenho escolar. Não saberemos o futuro deles nos próximos 10 anos, mas pelo menos sabemos que incutimos princípios que levarão para o resto das suas vidas.

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2.2.2. As Etapas do Modelo LTAD (Long-Team Athlete Development)

O LTAD (Figura 29) é um modelo que surgiu no Canadá pela mão de Balyi et al. (2005), cujo principal objetivo é servir de base para o planeamento a longo prazo para crianças e jovens. Esta pirâmide está dividida em 6 patamares e, em cada um desses patamares, estão referenciadas as componentes a serem trabalhadas e a idade ideal para o trabalho das mesmas.

Os atletas que representam a equipa de Sub13B do RAFC têm idades compreendidas entre os 11 e os 12 anos, encontrando-se no segundo e terceiro patamar da pirâmide, intitulados de “aprender a treinar” e “treinar para treinar”.

“Aprender a treinar” tem como principais componentes a serem trabalhadas todas as habilidades desportivas fundamentais, enquanto “treinar para treinar” centra-se em desenvolver a condição física e a consolidação das habilidades desportivas específicas.

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2.2.3. Fases Sensíveis

A equipa Sub13B é maioritariamente constituída por atletas com 11 anos, nascidos no ano de 2006, e uma minoria por atletas de 12 anos, nascidos no ano de 2005. Neste pressuposto, a equipa técnica teve em atenção as fases sensíveis propostas por Vasconcelos (2006), trabalhando todas as capacidades físicas e motoras importantes para estas idades, como sejam a resistência, a velocidade de base e a coordenação.

Como podemos visualizar na Figura 30, também foram potenciados aspetos psicológicos, fazendo referência à capacidade afetivo-cognitiva, que assume uma especial relevância, uma vez que as emoções têm um papel importante no processo de aprendizagem do ser humano, estando presentes em todas as áreas da vida e influenciando profundamente o crescimento cognitivo.

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2.2.4. Macrociclo Sub13B

Este macrociclo resume, de uma forma geral, o planeamento de uma época (Tabela 4), onde estão apresentados a cores diferentes os três mesociclos, todos os jogos que fomos disputando no campeonato, bem como todos os torneios em que a equipa esteve presente.

De salientar que o macrociclo foi sofrendo reajustes, uma vez que realizamos a 1ª fase da competição, passando em 1º lugar para a segunda fase e, por último, disputamos as meias finais e finais da competição, tendo um período de competição superior às demais equipas.

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2.2.5. Mesociclo

!! Mesociclo nº1

Este primeiro período da época desportiva foi muito importante (Tabela 5). É conhecido por pré-época e é neste período que os atletas se conhecem e conhecem a equipa técnica que os irá orientar até ao final da época.

Neste período, cabe ao treinador orientar os treinos de forma pedagógica, de modo a detetar as potencialidades e fraquezas que cada elemento possui, delineando estratégias para colmatar as fraquezas presentes no grupo e potencializar tudo o que de bom os atletas possuem.

É também neste período que centramos a nossa atenção na melhoria dos índices físicos dos atletas, desde a força, a capacidade aeróbia, a coordenação e o equilíbrio.

A nível tático, começamos por transmitir de uma forma simples os princípios gerais e os comportamentos que queremos que cada elemento desempenhe dentro do campo, quer no momento defensivo, quer no momento ofensivo. De salientar que é também neste período que trabalhamos alguns fatores psicológicos, como seja a coesão de grupo, e transmitimos os valores que o atleta deve ter enquanto atleta do RAFC.

Durante este período, o clube retirou o relvado

desgastado do campo nº1 e acabou por ser um período em que havia muitas equipas a treinar ao mesmo tempo e em espaços reduzidos. A solução que encontramos foi realizar jogos amigáveis com clubes vizinhos, de modo a que os atletas pudessem desempenhar as suas funções em conformidade com a nossa ideia de jogo.

1 2 3 4 Inicio de Época 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Jogo de Treino Balazar 15 16 17 18 19 20 21 22 23 Jogo de Treino Sousense 24 25 26 Jogo de treino Amorim 27 Jogo de Treino Laundos 28 29 30 Jogo de Treino M.A.R.C.A Dia/Mês Setembro Macrociclo Sub13b (2017/2018) Tabela 5 - Mesociclo nª1, pré-época.

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!! Mesociclo nº2

Foi ao longo deste período que a equipa de Sub13B competiu no escalão de Juniores D 2ª divisão (Tabela 6), contra equipas com um plantel com uma média de idades superior à nossa.

Neste período, demos continuidade a todo o trabalho realizado. À medida que a competição ia avançando, íamos consolidando os princípios gerais da equipa e os comportamentos desempenhados por cada elemento. Com o auxílio das gravações dos jogos que tínhamos possibilidade de realizar, analisávamos os aspetos táticos nos quais estivemos menos bem e trabalhávamos durante a semana, nunca descorando o trabalho de finalização com zonas bem definidas e que faziam e fizeram sempre parte da nossa ideia de jogo. 1 2 U.D. LAVRENSE © 3 F.C.PEDRAS RUBRAS © U.D. LAVRENSE (F) 4 F.C.PEDRAS RUBRAS (F) 5 6 S.C.D. SANDINENSES © 7 S.C.D. SANDINENSES (F) 8 9 SPORT C. SRa. HORA (F) 10 LEC!A FUT. CLUBE (F) SPORT C. SRa. HORA © 11 LEC!A FUT. CLUBE © 12 13 CUSTO"IAS F.C. (F) 14 CUSTO"IAS F.C. © 15 16 C.C.G.BENFICA MATOSINHOS © 17 F.C. AVINTES © C.C.G.BENFICA MATOSINHOS (F) 18 F.C. AVINTES (F) 19 20 G.D. ALDEIA NOVA © 21 G.D. ALDEIA NOVA (F) 22 23 24 VARZIM S. C. (F)

Dezembro Janeiro Fevereiro Março

Dia/Mês Outubro Novembro

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!! Mesociclo nº3

Foi neste período da época que ocorreu a segunda fase do campeonato (Tabela 7), na qual estávamos inseridos uma vez que a equipa conseguiu chegar ao objetivo que alterámos a meio do Mesociclo 2.

A equipa acabou a segunda fase com 6 jogos disputados, contando com 5 vitórias e 1 empate, numa competição onde as equipas eram tendencialmente mais fortes que na primeira fase, alcançando, assim, o primeiro lugar na segunda fase, que lhe permitiu o apuramento para a última fase. Neste momento, a equipa encontra-se com 1 semana de pausa para que sejam sorteadas as 4 equipas que farão parte da fase de apuramento ao campeão.

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2.2.6. Microciclo!

Segundo Castelo et al. (1998), existem cinco tipos de microciclos: microciclos graduais, de choque, de aproximação, de recuperação e de competição. Ao longo da época que foi decorrendo, optámos por realizar 3 tipos de microciclos, tendo sempre em conta a altura da época e aquilo que achávamos que os atletas necessitavam.

Utilizámos os microciclos graduais no início de época, com o intuito de preparar os atletas para o esforço que posteriormente iria ocorrer com o desenrolar da competição.

Foram utilizados os microciclos de aproximação no período antes de iniciarem a competição e em pausas mais prolongadas do campeonato.

Por fim, ultilizámos os microciclos de competição (Tabela 8 e 9), que têm como principal objetivo o desenvolvimento e a manutenção dos índices elevados de rendimento.

Tabela 8 - Microciclo 14 com informação da hora do treino, bem como o campo em que decorrerá o mesmo.

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2.2.7. Sessão de Treino

A sessão de treino (ST), também intitulada por unidade de treino, é uma estrutura diária de treino, focada tanto no atleta como na equipa. Segundo Castelo (2003), a estrutura da sessão de treino é dividida em quatro períodos. O primeiro é a introdução, período em que são comunicados aos atletas os objetivos da ST e a forma como os poderemos alcançar. É transmitido aos atletas todos os exercícios que serão realizados ao longo da ST e o momento em que devemos motivar os atletas para a prática. Todas estas informações devem ser dadas num curto período de tempo, uma vez que os atletas poderão acabar por perder o foco daquilo que lhes estamos a dizer.

O segundo período é o preparatório. Foca-se na realização de exercícios para que o organismo se adapte ao resto da sessão, e para prevenir lesões que possam acontecer no decorrer da ST.

O terceiro período, intitulado por principal, destina-se à realização dos exercícios que vão de encontro aos objetivos da ST. Neste caso, se queremos trabalhar a organização ofensiva, temos que criar exercícios e progressões dos mesmos, para que os atletas possam perceber o objetivo dos mesmos e, se possível, em situações de jogo, possam pôr em prática os princípios que queremos.

O final da ST é geralmente designado de retorno à calma, momento em que podemos dialogar com os atletas sobre a análise e a avaliação da ST, destacando sempre aspetos positivos que efetuaram e tentando suavizar os aspetos negativos, uma vez que, antes de serem atletas de um clube com o RAFC, são crianças.

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2.2.8. Objetivos

Os objetivos delineados para a primeira fase da competição focavam-se principalmente na possibilidade de nos apurarmos para a segunda fase, tentando ser a equipa com mais golos marcados e menos golos sofridos. Contudo, à medida que as jornadas foram passando, tendo em conta que no final da primeira volta desta primeira fase a equipa não tinha sofrido qualquer derrota, optámos por reformular os nossos objetivos.

A reformulação dos objetivos centrava-se em sermos campeões da primeira fase, sem derrotas, e, se possível, marcar mais golos e sofrer menos golos que na primeira fase. O primeiro objetivo acabou por se concretizar, uma vez que fomos campões de série, contudo uma derrota fora fez com que a equipa não acabasse a primeira fase com o pleno de vitórias.

No que diz respeito aos golos sofridos, a equipa igualou a marca da primeira volta, com apenas 6 golos sofridos em 11 jogos, contudo, no que toca aos golos marcados, a equipa não conseguiu ultrapassar os 85 golos da primeira volta, tendo marcado 80 golos na segunda volta.

Após ter passado à segunda fase, os objetivos voltaram a ser reformulados, não só porque os adversários tinham mudado, mas também pelo facto de o grau de exigência ser maior, uma vez que só os primeiros 2 de cada série eram apurados para a segunda fase. Foi delineado que o objetivo seria lutar pelo acesso à fase final, intitulada de apuramento ao campeão.

Com os 6 jogos realizados da segunda fase, a equipa conseguiu o objetivo pretendido, apurando-se, assim, para a fase de apuramento ao campeão.

Tratando-se apenas de mais dois jogos e depois de termos passado à 2ª fase, o objetivo que delineámos foi lutar para sermos campeões nesta competição.

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2.2.9. Cargas de Treino!

Quando falamos em cargas de treino, temos a obrigação de salientar os diferentes tipos de periodização existentes - falamos de periodização tradicional, contemporânea e tática.

As nossas cargas de treino assentam principalmente nos dois últimos tipos de periodização. Quando referimos a periodização contemporânea (Figura 31), falamos inevitavelmente de Tschiene (1985), que defende que o alto nível de intensidade deve ser mantido durante todo o processo de treino, fundamentalmente em exercícios específicos da competição, tendo o objetivo de aumentar a intensidade específica do treino.

Com o aumento da intensidade específica, os atletas estão mais predispostos a responderem em melhores condições às exigências que a competição lhes proporciona.

No entanto, em alturas particulares da época a que designamos de pré-época, damos preferência ao treino, separando as várias dimensões dos jogadores (física, técnica, tática, psicológica e cognitiva), focando-nos grande parte das vezes no desenvolvimento das capacidades físicas correspondentes às fases sensíveis do escalão em que se encontram, tornando-se uma periodização convencional (Clemente & Mendes, 2015).

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3. Modelo de Jogo

O Modelo de Jogo existe para que os treinadores tenham uma referência de como a instituição trabalha, implementando os princípios gerais e específicos de como todas as equipas da formação jogam. De referir que não tem o objetivo de condicionar as ideias dos treinadores, mas sim que haja uma simbiose entre ambos.

As variáveis que têm de entrar na equação de um Modelo de Jogo são: Ideias do treinador, Princípios de jogo, Treino, Jogadores, e o contexto onde todas estas variáveis estão inseridas. São todas estas condições que vão caracterizar os comportamentos coletivos e individuais da equipa nos vários momentos de jogo (Transição ofensiva, Organização ofensiva, Transição defensiva e Organização defensiva).

Os objetivos coletivos no que diz respeito à performance da equipa em competição são:

Ø Trabalhar o conceito de equipa acima de qualquer individualidade (trabalho de equipa):

Ø Treinar a concentração e intensidade máxima (postura no jogo reflete postura no treino);

Ø Garantir que em nenhum dos momentos de jogo a equipa esteja em inferioridade numérica;

Ø Evitar a igualdade numérica;

Ø Procurar estar sempre em superioridade numérica;

Ø Ter sempre presentes três referências: a bola, a baliza e o adversário direto; Ø Ter a bola o máximo de tempo possível em toda a largura e profundidade; Ø Recuperar a bola o mais rapidamente possível;

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No futebol, a relação de cooperação/oposição manifesta-se na realização de ações individuais e coletivas específicas, e de acordo com os objetivos e finalidade do Modelo de Jogo, em cada momento do mesmo, segundo os princípios de jogo bem definidos.

Os princípios específicos de jogo que sustentam o nosso modelo de jogo são os que adiante se apresentam na Figura 32.

3.1. Sistema Tático Utilizado: 1-4-3-3

O sistema tático é o enquadramento dos jogadores pelos 3 setores do campo (defensivo, intermédio e ofensivo), contando com o GR. Tem como principal objetivo a ocupação racional do terreno de jogo, de modo a que a equipa possua situações de superioridade numérica em determinadas zonas e, por consequente, a melhoria das 5 capacidades dos jogadores (Castelo, 2004).

Utilizámos este sistema tático porque potencia os atletas que temos à nossa disposição, bem como vai de encontro à ideia de jogo da equipa técnica, quer no momento defensivo quer no ofensivo (Figura 33).

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Figura 33 – Disposição tática da equipa Sub13B.

A nível ofensivo, é um sistema caracterizado por possuir múltiplas linhas, quer em largura quer em profundidade, dando-nos a possibilidade de formar vários triângulos entre o portador da bola e os apoios, que se deslocam para dar constantemente linhas de passe para que a equipa possa avançar no terreno.

A nível defensivo, as linhas criadas pelo sistema são preponderantes para que haja uma cobertura defensiva eficaz no momento em que o jogador pressiona o adversário com bola, tornando-se um bloco dinâmico em que, em qualquer momento do jogo, a equipa saiba as funções a desempenhar e a posição que deve ocupar, nos vários momentos em que a equipa se encontra em processo defensivo.

Acreditamos que este é o sistema adequado para a equipa, uma vez que nos oferece mais garantias de equilíbrio, quer no momento em que atacamos quer no momento em que defendemos.

Referências

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