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PARTE III Atividades Desenvolvidas

5. Atividades realizadas

5.1. Ações de Formação

Formar Jogadores de Futebol | Métodos e Estratégias

A primeira ação de formação que realizei ao longo do ano letivo 2017/2018 foi no Estádio dos Arcos e foi realizada no dia 05 de outubro de 2017, tendo tido 3 horas de sessão téorica e outras 3 horas de sessão prática.

O preletor da ação de formação foi o Válter Pinheiro tendo no seu currículo: Doutorado em Ciências do Desporto, Formador Curso Treinador Futebol | AF Lisboa, Investigador | Ciências do Desporto e Metodologia do Treino, Docente Universitário – Futebol | ISCE, Selecionador Distrital Seniores | AF Lisboa, Treinador Futebol | Campeonato Portugal e Treinador adjunto Futebol Feminino “AA” | SL Benfica.

O objetivo da ação de formação visava a compreensão da distinção da formação de jogadores de futebol das outras modalidades, a apresentação de conteúdos de uma forma progressiva aos atletas para que a sua aprendizagem seja consolidada e a importância que eles têm para a melhor compreensão do jogo de futebol. Igualmente perceber a importância das fases de formação, aquelas que são propícias a especificidades próprias da idade cronológica, mas igualmente biológica, compreender o estimulo a aplicar quando este é essencial para a formação do atleta, para o bem estar físico e psicológico levando-o a um desempenho superior e cada vez mais aprimorado.

V Congresso de Futebol (UTAD)

A segunda ação de formação foi um Congresso no qual estive presente nas últimas 3 edições. Este Congresso tem vindo a evidenciar-se como uma das ações de formação que me dá um gosto enorme estar presente, não só pela dinâmica imprimida pela

Esta ação de formação teve como palestrantes Nuno Romano, Diogo Coutinho, Sergio Querido, Hugo Neto, Filipe Anunciação, Paulo Alves, Ana Bispo Ramires, Rui Marcelino, Rui Quinta, Vitor Severino, Vitor Pontes, Bruno Marinho, Luís Figueiredo. Nuno Romano, fisiologista na equipa profissional do Sporting Clube de Braga, especialista em treino de força e condição física e mestre em Educação Física pela Utad abordou o tema, como planear uma época desportiva.

O Diogo Coutinho, aluno de Doutoramento em Ciências de Desporto pela UTAD, é membro e colaborador dos centros de investigação do CreativeLab / CIDESD e abordou o tema “o papel dos Constrangimentos nos Jogos Reduzidos”.

Sérgio Querido é preparador e recuperador físico no Clube de Futebol Os Belenenses, doutorado pela FMH, treinador, responsável pelo departamento de fisiologia e rendimento do clube de futebol Os Belenenses e abordou o tema “a importância do treino de força no futebol”.

Hugo Neto, Filipe Anunciação, Paulo Alves abordaram o tema ” a importância das equipas B”. Dialogaram sobre a importância da equipa B na potencialização de jogadores para as equipas principais, a forma como vêm as várias equipas B que estão presentes na 2º Liga e todo o processo que desenvolvem ou desenvolveram nas equipas de forma a que haja uma coesão de , mesmo vindo atletas da equipa A jogar pela equipa B.

Ana Bispo Ramires, especialista em psicologia do desporto e da performance abordou o tema da “psicologia associada ao futebol”, falando da sua profissão e dos atletas e treinadores que já passaram pelas suas mãos. Abordou assuntos como a influência que um treinador tem para tirar o melhor de cada atleta e a diferença de estilos de liderança que influenciam reações dos atletas.

Rui Marcelino, atualmente professor universitário no ISMAI, dedicou 15 anos ao estudo de diferentes fenómenos relacionados com a análise da performance desportiva, tendo efetuado o seu pós-doutoramento no CIDESD-UTAD. Abordou o tema “O Scouting no Futebol: Ameaças, Contributos e Desafios”. Fez referência àobservação tradicional e a atual, fez também referência aos atuais analistas de dados e o seu contributo para a melhor performance da equipa.

Rui Quinta, outrora treinador adjunto de Vítor Pereira no Futebo Clube do.Porto na época 2011/2012, atualmente é treinador do Sporting Clube de Espinho. Abordou o tema “conceção da ideia de jogo”. Partilhou as suas ideias de jogo, a realidade que vivenciou no atual clube falando do espaço que tinham para treinar, da adaptação dos exercícios em

Vítor Severino, licenciado em ciências do desporto e educação física, mestre em treino desportivo para crianças e jovens, curso de treinador UEFA Pro (nível 4), abordou o tema do que seria “o perfil de um treinador de formação”. A sua apresentação passou por questionarmos do que seria um bom treinador de formação sem dar qualquer tipo de resposta concreta levando-nos a questionar em todos os momentos do que seria o perfil ideal. Contudo deixou algo frisado, quem está na formação deve gostar de crianças, ter e transmitir valores educacionais e por último e não menos importante, possuir conhecimentos sobre a modalidade.

Para finalizar o congresso realizou-se uma mesa redonda com Vítor Pontes, Bruno Marinho e Luís Figueiredo que abordaram o tema “uma experiência no estrangeiro”. Falaram sobre a influência da cultura no processo de treino, o clima, o contexto sociocultural e todo o conhecimento que tiveram que adquirir para se poderem adaptar e ter sucesso.

XIV Congresso Internacional de Futebol (ISMAI)

Esta foi a terceira e última ação de formação na qual participei durante o ano letivo de 2017/2018. Nunca tinha estado presente nos congressos realizados por esta Instituição (Anexo 5), mas de uma forma geral gostei de todas as preleções e foi uma mais valia para mim.

O Programa foi o seguinte:

O congresso começou com 2 sessões práticas intituladas de “Treino Pós-Jogo” e “O Treino de Quarta”, com a presença de Ricardo Maia e João Ribeiro na primeira intervenção e Ricardo Chéu na segunda, ambos treinadores profissionais de futebol.

Ao longo do mesmo dia decorreram palestras sobre arbitragem, onde foi discutida a utilização do Video Assistant Referee.

Durante a tarde, houve uma explicação teórica das sessões práticas da manhã, assim como uma conferência sobre a monitorização e gestão da carga em calendários

No segundo dia, ocorreu mais uma sessão prática de manhã, com o treinador João Henriques, abordando a temática “O Treino de Quinta-Feira”.

Ao longo do dia, foram abordadas as temáticas “Otimização dos Perfis Individuais de Rendimento no Futebol”, “Força como Capacidade Física Fundamental” e “Uma ideia de jogo: Uma Finalidade ou uma Consequência?”, onde houve um debate constante de ideias que nos fizeramm refletir acerca da importância de todos os temas que iam sendo apresentados.

5.2. Atividade de Promoção

Foi apresentada ao RAFC uma proposta para a realização de uma atividade de promoção. A atividade de promoção tinha como principal objetivo aproximar todos os atletas que fazem parte da formação, ao realizarem um torneio de futevolei.

O segundo objetivo desta atividade era os atletas com idades mais novas aumentarem o seu reportório motor, e os atletas mais velhos consolidarem gestos técnicos que são importantes no decorrer dos jogos de futebol (receção, passe, cabeceamento, orientação corporal, equilíbrio, impulsão, entre outros).

A atividade foi proposta ao coordenador pessoalmente e mais tarde formalmente, através de uma carta que pode ser observada no Anexo 2.

As regras do torneio foram definidas por mim (Anexo 3), nomeadamente as regras de formação das equipas, regras do jogo, medidas do terreno de jogo e disposição dos campos de futevolei dentro do recinto (campo 2).

A atividade não pôde ser realizada, uma vez que a equipa Sub13B esteve em competição até inicio de junho e, após a conquista do título, esteve presente em 3 torneios nos fins de semana que se seguiram. Uma vez que a maior parte das equipas que constituem a formação do RAFC encerraram a época a 16 de junho, não houve oportunidade de realizar a atividade.

Apesar de a atividade não ter sido realizada, o gabinete de formação do RAFC fez- me saber que a atividade é importante para o desenvolvimento dos jovens atletas e estará agendada para as próximas épocas.

Reflexão Final

Após a realização deste estágio curricular no departamento de formação do Rio Ave Futebol Clube, posso afirmar que não podia estar mais feliz em terminar o meu percurso académico nesta instituição. Todo o conhecimento transmitido por parte de todos os professores que compõem o curso de Desporto no Instituto Politécnico da Guarda foi de extrema relevância para que eu pudesse estar apto a desempenhar as funções que um profissional em treino desportivo tem que ter. De salientar as disciplinas de teoria e metodologia de treino, planificação do treino, didática dos desportos, observação e análise, psicologia do desposto e do exercício físico, sociologia e pedagogia do desporto, que foram muito importantes ao longo de todo este processo, que culmina na obtenção do título de licenciado em Treino desportivo.

Ao longo da época, fui presenciando situações que me enriqueceram como treinador, mas também como pessoa. Trabalhar com crianças leva a que a nossa maneira de explicar, demonstrar o exercício e o sentimento que temos no momento sejam diferentes de tudo o resto. Ver a humildade, a simplicidade e o espírito de grupo em todas as ações que desempenhavam em campo encheram-me o coração.

Dez meses foi o tempo que estive em contexto prático, uma vez que o mister Vítor Barbosa, desde o primeiro treino, me incentivou a colocar em prática todo o conhecimento que tinha adquirido nos meus três anos de licenciatura, começando pelos alongamentos dinâmicos e estáticos, passando por dar a parte inicial do treino, realizando todos os treinos de preparação física geral e específica e, posteriormente, planeando e pondo em prática esses planos na parte fundamental do treino.

Durante este tempo, pude constatar que o treino é muito mais do que planear, colocar em prática o planeado e observar os pontos que foram menos positivos na sessão de treino. É chegar ao balneário e cumprimentar um a um dos presentes e perguntar como lhes correu o dia. É importarmo-nos com o que eles passaram durante o dia e com o sentimento que eles demonstram quando chegam ao balneário. É tentar olhar nos olhos dos mais tímidos e tentar perceber o porquê de não serem o que eles são na generalidade dos dias. É chegar ao pé deles e abraçá-los com toda a força e dizer que, para além de sermos o “mister deles”, também podemos ser os seus melhores amigos, em quem eles podem confiar. É falar-lhes diariamente com verdade e com o “coração”, é não fingirmos o que não somos, é permitir que eles cresçam de forma íntegra, com carácter e com total

De salientar que nem sempre foram abraços, houve momentos em que a reprimenda e a punição estiveram presentes, por existirem atitudes que dentro de uma equipa não são toleradas. Percebendo o quanto é importante educar e incutir princípios dos quais hoje em dia a sociedade carece, dando-lhes ferramentas importantes para terem sucesso a nível escolar e a nível desportivo.

As condições e o material que a entidade acolhedora oferece são muito boas. No entanto, a grande quantidade de equipas que possui faz com que muitas vezes tenhamos de treinar com metade ou um terço do terreno, tendo muitas vezes que ajustar os treinos em função do espaço, onde apelamos à nossa imaginação para a criação de certos exercícios e a procura de variáveis para termos sucesso ao longo das sessões de treino.

A possibilidade de assistir aos treinos e fazer algumas observações para a equipa B fez com que pudesse absorver mais informação para um contexto superior, onde os pormenores começam a fazer a diferença, e é nesses pormenores que se ganham e perdem jogos.

Em suma, este estágio foi uma experiência fantástica, onde pude estar em contacto com a realidade da formação do clube da minha cidade e, principalmente, pela experiência de treinar num contexto a que não estava habituado e que é de extremo enriquecimento, quer a nível profissional, quer a nível pessoal.

Por fim, referenciar todas as emoções experimentadas, nomeadamente poder estar com os atletas no treino e durante o jogo, vivendo de forma diferente de quando em criança, sentir o apoio dos pais em torno de toda a equipa, a disponibilidade para acompanharem os filhos e fazerem parte de uma família que é a equipa Sub13B.

Terminou assim esta caminhada de 10 meses de muito empenho, lutando para que no presente fosse cada vez melhor do que no passado, observando e vivendo de uma forma que muitas das vezes não se consegue transmitir por palavras.

Bibliografia

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Anexo 5 – Certificados de Participação em Ações de Formação. !"#$%&"#'&"'(%#$)"'&*'(+&%&)"',-'./.01203'4"5"'6"#5%,&" ,%'7"#5%8)"'7"#5%#'9":%&"#*;'&*'7<$*=">'?'@A$"&";'*'B;$#%$A:+%;C #*%>+D%&%',"'&+%'E'&*'F<$<=#"'&*'G2.0C',"'B;$H&+"'&";'I#4";'?'J+"'IK*'7(L B;$%'6"#5%8)"'$*5'"'(M&+:"'&*'I48)"',-'./GN.G.GNC'*5'J*:+5*'O#*;*,4+%>C'&*'3P'&*'&<#%8)"'*'4"5'.CG'Q,+&%&*'&*'(#A&+$"'RQ(SL' I'T%!+*,$%'T!"#$;'4",6+#5%'%'!#*;*,8%'&*

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Anexo 6 – Ficha de Identificação do Tutor de Estágio.

1. Nome Completo Tiago José Mota Ferreira 2. Formação Académica Ano

(1) Grau (2) Área(3) Instituição(4)

2017 Treinador de Futebol UEFA Advanced + Elite Youth Futebol

Federação Portuguesa de Futebol 2010 Treinador de Futebol UEFA Basic Futebol Federação Portuguesa de Futebol

2009 Treinador de Futebol UEFA C Futebol Associação de Futebol Braga

3. Grau de treinador e número da cédula (para o menor de treino desportivo) Treinador de Desporto Grau III Cédula n.º 102280 4. Experiência profissional relevante na área (últimos 5 anos) • Treinador Principal SUB14 Rio Ave Futebol Clube / Subcoordenador Sub12-Sub14 • Treinador Adjunto SUB15 Rio Ave Futebol Clube • Treinador Adjunto SUB16 Rio Ave Futebol Clube • Treinador Principal SUB19 C.D. Lousado / Coordenador da Formação • Treinador Principal SUB17 C.D. Lousado / Coordenador da Formação 5. Outros méritos relevantes Formador em empresas de formação na área do Futebol

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