Aminoácidos, peptídeos e
proteínas
Introdução
• Todas as células
• Variedade, espécies, tamanho
• Diversidade de funções biológicas
(genética)
• Polímeros de α-aminoácidos: ligações
peptídicas
2. AMINOÁCIDOS
2. AMINOÁCIDOS
2.1. ESTRUTURA COMUM
Alanina
- GRUPOS R – VARIAM EM ESTRUTURA, TAMANHO E
CARGA ELÉTRICA
- OS 20 AA DAS PROTEÍNAS - AA PADRÃO
- DIF.: AA MOD. NA PROT. OU DOS NÃO-PROTÉICOS
GLICINA
Gly(G) ALANINA
Ala(A)
VALINA
Val(V) CISTEÍNA
Cys(C)
LEUCINA
Leu(L) METIONINA
Met(M)
ISOLEUCINA
Ile(I) ASPARAGINA
Asn(N)
PROLINA
Pro(P) GLUTAMINA
Gln(Q)
FENILALANIMA Phe(F) ASPARTATO
Asp(D)
TIROSINA
Tyr(Y) GLUTAMATO
Glu(E)
TRIPTOFANO
Trp(W) LISINA
Lys(K)
SERINA
Ser(S) ARGININA
Arg(R)
- A MAIORIA DAS PROTEÍNAS POSSUI L-AMINOÁCIDOS
- D-AMINOÁCIDOS
ALGUNS PEPTÍDEOS DA PAREDE
CELULAR BACTERIANA
ALGUNS PEPTÍDEOS COM
FUNÇÃO ANTIBIÓTICA
2.2. CLASSIFICAÇÃO PELOS GRUPOS R
- OS AA PODEM SER AGRUPADOS EM CLASSES
- PROPRIEDADES DOS SEUS GRUPOS R
- POLARIDADE DOS Gr R – TENDENCIA DE INTERAÇÃO
COM A ÁGUA EM pH BIOLÓGICO
- A POLARIDADE DOS GRUPOS R VARIA AMPLAMENTE
- APOLAR E HIDROFÓBICO TOTALMENTE POLAR E
HIDROFÍLICO
GRUPOS R NÃO-POLARES E ALIFÁTICOS
- GLICINA, ALANINA, VALINA, LEUCINA, ISOLEUCINA,
PROLINA
- GRUPOS R – HIDROCARBONETOS
- OS AMINOÁCIDOS SÃO APOLARES E HIDROFÓBICOS
- GLICINA – ESTRUT+SIMPLES –MAIOR FLEXIBILIDADE
- ALANINA, VALINA, LEUCINA, ISOLEUCINA – HIDROF.
GLICINA ALANINA
LEUCINA ISOLEU
PROLINA
CINA
GRUPOS R AROMÁTICOS
- FENILALANINA, TIROSINA, TRIPTOFANO
- GRUPOS R – AROMÁTICOS, HIDROFÓBICOS
GRUPOS R POLARES MAS NÃO CARREGADOS
- SERINA, TREONINA, CISTEÍNA, METIONINA,
ASPARAGINA, GLUTAMINA
- GRUPOS R – HIDROFÍLICOS – PONTES DE H COM A H
2O
- SERINA E TREONINA – POLARIDADE GRUPOS OH
- CISTEÍNA– POLARIDADE GRUPOS S
TREONINA
CISTEÍNA
ASPARAGINA
SERINA
GLUTA
GRUPOS R CARREGADOS POSITIVAMENTE
-LISINA, ARGININA, HISTIDINA
- GRUPOS R – CARGA POSITIVA (+) EM pH 7
GRUPOS R CARREGADOS NEGATIVAMENTE
- ASPARTATO, GLUTAMATO
- GRUPOS R – CARGA + EM pH 7
2.4. OS AA PODEM AGIR COMO ÁCIDOS E BASES
O ZWITTERION PODE AGIR COMO ÁCIDO OU BASE
DUPLA NATUREZA - ANFÓLITOS
Ácido: doador de próton
2.5. OS AMINOÁCIDOS POSSUEM CURVAS DE
TITULAÇÃO CARACTEÍSTICAS
OS AA SÃO DIPRÓTICOS OU MONOPRÓTICOS
PRIMEIRO PRÓTON – GRUPO CARBOXILA (-COOH)
SEGUNDO PRÓTON – GRUPO AMINO (-NH
3+)
glicina A figura ao lado mostra a curva de titulação da glicina. As espécies iônicas predominantes nos pontos chaves da titulação estão apresentadas acima do gráfico. As caixas sombreadas indicam as regiões de maior força tamponante.
Peptídeos e proteínas
• Ligação peptídica
• Poucos aminoácidos unidos: oligopeptídios
• Muitos: polipeptídios
Reação de
condensação
Extremidade (ou ponta)
amino-terminal
Extremidade
carboxila-terminal
Ser – Gly – Tyr – Ala – Leu
Peptídeos e proteinas
• Generalizações não podem ser feitas
– Peso molecular de um peptídio (ativo) e
proteínas em relação as suas funções
• Peptídios: 2 até milhares de resíduos de
aminoácidos
• Peptídios pequenos: efeitos em
concentrações muito baixas
– Ocitocina (9 resíduos): contração uterina
– Bradicina (9): inibe inflamação
• Um pouco maiores:
– insulina (cadeia de 30 e outra de 21)
– Glucagon (29)
• Algumas proteínas: cadeia polipeptidica única
• Outras subunidades múltiplas
• 2 idênticas: oligomérica (protômero)
Classificação das proteínas quanto
à composição
• Simples
• Conjugadas: apresentam grupo prostético
que as divide em:
– nucleoproteínas, lipoproteínas,
• Primária
• Secundária
• Terciária
Proteínas – polímeros de aminoácidos
Arranjo espacial da proteína - CONFORMAÇÃO
Interconverte-se sem a quebra de ligações covalentes
Muitas ligações simples – muitas conformações possíveis
Conformação predominante – a > estabilidade termodinâmica
Proteína em sua conformação funcional - NATIVA
Proteína – dividida em quatro níveis estruturais
Estabilidade da conformação nativa:
Estrutura Primária:
Estrutura secundária
• arranjo espacial dos aminoácidos que estão
próximos uns dos outros
• Dobramentos regulares
Estrutura Secundária
Arranjos regulares e recorrentes no espaço de AA adjacentes
Principais formas – α-helice e β-conformação
a
-hélice
Esqueleto
polipeptídico
enrolado ao longo do eixo
(longo) da molécula
Grupos R projetam-se
para fora da cadeia
Cada passo da α-hélice
Estabilidade: pontes de H
Todas as ligações pept.
Participam das pontes
Os passos são mantidos
unidos por várias pontes
a
-hélice
a
-hélice
Folha β
Esqueleto polipeptídico estendido e em zigue-zague
Folha β-pregueada – cadeias polipep. arranjadas lado-a-lado
Pontes de H – inter e intra-cadeias
Gr. R dos AA adjacentes projetados em direções opostas
Padrão alternado quando visto lateralmente
Conformação
Pontes de hidrogênio
Outras Estruturas Secundárias:
dobra β – mudança bruta na direção da cadeia polipep.
Curva fechada – 180
oConstituída por 4 AA – pontes de H entre o 1
oe o 4
oAA
Estrutura terciária
• Arranjo espacial dos aminoácidos que estão
distantes uns dos outros.
• Enovelamento não periódico
Estrutura Terciária
As principais estruturas terciárias caracterizam as proteínas
em fibrosas e globulares.
As proteínas fibrosas, normalmente, apresentam função
estrutural ou de proteção. São insolúveis em água e em solução salina. Um tipo de estrutura secundária. Ex.: queratina.
As proteínas globulares são constituintes das membranas
celulares, enzimas ou transportadoras. São solúveis em água e solução salina. Vários tipos de estrutura secundária. Ex.: hemoglobina.
Tipos de interações entre os radicais (R) dos aminoácidos e que são responsáveis pela estabilização da estrutura terciária:
pontes de hidrogênio;
pontes de dissulfeto;
interações eletrostáticas e,
interações hidrofóbicas.
estrutura terciária das cadeias de insulina.
Quant. aprox. de a-hélice e conf. em algumas prot. de cadeia única
Proteína Resíduos (%)
(Total de resíduos) a-hélice Conformação
Mioglobina (153) 78 0 Citocromo c (104) 39 0 Lisozima (129) 40 12 Ribonuclease (124) 26 35 Quimotripsina (247) 14 45 Carboxipeptidase (307) 38 17 Fonte: Lehninger (1995).
Estrutura quaternária
• Arranjo espacial das cadeias peptídicas
da proteína.
2.3. Estrutura Quaternária
- Proteínas com multissubunidades ou oligoméricas
- Duas ou + cadeias polipeptídicas ou subunidades separadas
- Estrutura quaternária: arranjo das proteínas e das subunidades protéicas em complexos tridimensionais
- Estas interações entre as subunidades são dirigidas e estabilizadas por várias interações não-covalentes.
Desnaturação de Proteínas
- Estrutura tridimensional é específica de cada proteína
- É de extrema importância para o exercício da sua função biológica - Desnaturação - perda da estrutura tridimensional de uma proteína
- Desnaturação - ↑ da temp., valores extremos de pH, alguns solventes (etanol, acetona, etc), algumas substâncias em solução (uréia)
- Desnaturação - não é necessário a quebra de ligação covalente
- Rompem-se apenas as interações fracas como as pontes de hidrogênio, interações iônicas, hidrofóbicas, de van de Waals.
Funções protéicas
ENZIMAS – é o grupo de proteínas mais variado e
altamente especializado.
PROTEINAS TRANSPORTADORAS – existem no plasma
sanguíneo onde ligam-se a íons ou a moléculas específicas, os quais são transportados de um órgão para o outro. Ex: hemoglobina, lipoproteínas.
PROTEINAS NUTRIENTES E DE ARMAZENAMENTO – a
ovoalbumina (clara do ovo), a caseína (leite), a ferritina (armazena átomos de ferro).
Funções protéicas
PROTEINAS ESTRUTURAIS – são aquelas que servem como
filamentos de suporte, cabos ou lâminas para fornecer proteção ou resistência a estruturas biológicas. Ex: colágeno (cartilagens), elastina (ligamentos), queratina (cabelos e unhas).
PROTEINAS DE DEFESA – as imunoglobulinas ou anticorpos,
sintetizadas pelos linfócitos dos vertebrados, podem reconhecer e participar, ou neutralizar invasores como bactérias, vírus ou proteínas estranhas oriundas de outras espécies.
Funções protéicas
PROTEINAS CONTRÁTEIS E DE MOTILIDADE – são aquelas
que proporcionam às células e organismos a capacidade de contraírem-se, de mudarem de forma, ou de se deslocarem no meio ambiente. São exemplos: actina e miosina (músculo esquelético) e tubulina (microtúbulos).
PROTEINAS REGULADORAS – ajudam a regular a atividade
celular ou fisiológica. Entre elas estão os hormônios (insulina). A resposta a muitos hormônios também é regulada por uma classe de proteínas que se liga ao GTP, sendo denominadas de proteínas G.