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Política de Investimento a 2019

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Política de Investimento

2015 a 2019

FACEB - Fundação de Previdência dos Empregados da CEB

Plano de Benefícios CD

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Índice

1 Introdução ... 3

2 Sobre a FACEB ... 4

3 Identificação do Plano de Benefícios ... 5

4 Características do Plano de Benefícios ... 5

5 Alocação de recursos e os limites por segmento de aplicação ... 6

6 Restrições e limites por modalidade de investimento ... 11

7 Derivativos ... 11

8 Índices de Referência (benchmarks) por segmento e metas de rentabilidade ... 12

9 Apreçamento de ativos financeiros ... 12

10 Política de gestão de risco ... 13

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Página 3

1 Introdução

Visando atender as expectativas dos participantes e patrocinadora do Plano de Benefícios CD, foi elaborada esta política de investimento (PI), que estabelece os princípios e diretrizes a serem seguidos na gestão dos recursos correspondentes às reservas técnicas, fundos e provisões, sob a administração desta Entidade.

Esta política de investimento está em conformidade com a legislação vigente, e tem como base principal a Resolução CMN 3.792, de 24 de setembro de 2009, do Conselho Monetário Nacional, que "dispõe sobre as diretrizes de aplicação dos recursos garantidores dos planos administrados pelas EFPC", bem como suas alterações subsequentes (mais recentemente, a Resolução nº 4.275, de 31 de outubro de 2013).É importante pontuar que o GUIA PREVIC – Melhores Práticas em Investimentos

também sugere diretrizes a serem observadas quando da elaboração de uma política de investimento.

As diretrizes aqui estabelecidas são complementares, isto é, coexistem com aquelas estabelecidas pela legislação aplicável, sendo os administradores e gestores incumbidos da responsabilidade de observá-las concomitantemente, ainda que não estejam transcritas neste documento.

Havendo mudanças na legislação que de alguma forma tornem estas diretrizes inadequadas, durante a vigência deste instrumento, a Entidade deverá readequar esta política de investimento e os seus procedimentos gradualmente, de forma a evitar perdas de rentabilidade ou exposição desnecessária a riscos. Caso seja necessário, deve ser realizado um plano de adequação, com critérios e prazos para a sua execução, sempre com o objetivo de preservar os interesses do Plano.

Se nesse plano de adequação o prazo de enquadramento estabelecido pelas disposições transitórias da nova legislação for excedido, a Entidade deverá realizar consulta formal ao órgão regulador e fiscalizador de acordo com a Instrução Normativa da PREVIC nº 4, de 6 de julho de 2010 que disciplina o encaminhamento de consultas à Superintendência Nacional de Previdência Complementar - PREVIC, e dá outras providências.

Caso restrições ou limites impostos pela legislação atual sejam revogados, a Entidade poderá, a seu critério, deixar de monitorá-los.

A elaboração desta política de investimento foi conduzida pela Diretoria Executiva e aprovada pelo Conselho Deliberativo. Esta política de investimentos entrará em vigor em 1 de janeiro de 2015. O seu escopo compreende todos os itens previstos no Capítulo V da Resolução CMN 3.792, "Da Política de Investimento". O horizonte de planejamento utilizado na sua elaboração compreende o período de 60 meses que se estende de janeiro de 2015 a dezembro de 2019, conforme especifica a Resolução CGPC 7, de 4 de dezembro de 2003.

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2 Sobre a FACEB

Vários momentos marcaram os mais de trinta anos de existência da FACEB. O primeiro certamente foi a criação da Entidade, instituída pela CEB em 15 de setembro de 1976, como pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos e com autonomia administrativa e financeira. A ideia de oferecer um fundo de pensão para os empregados da Companhia saiu da mente de um homem visionário: o saudoso ex-presidente Aloysio Faria de Carvalho. Com a Entidade criada, os primeiros empregados eram cedidos pela patrocinadora principal. Atualmente, a FACEB tem seu próprio quadro de colaboradores.

A principal função da FACEB é suplementar os benefícios da Previdência Social, por meio das contribuições dos participantes e das patrocinadoras, garantindo mais qualidade de vida ao trabalhador que se aposenta. Essas contribuições são suportadas por cálculos atuariais que visam garantir a segurança dos benefícios atuais e futuros (aposentadorias e pensões). Para haver uma melhor rentabilidade do montante depositado mensalmente, a FACEB investe em diversos segmentos (renda fixa, renda variável, imóveis, dentre outros permitidos pela legislação), tendo conseguido ótimos resultados e superando as metas estabelecidas em sua política de investimentos. Podem participar da FACEB os empregados do quadro de colaboradores da Entidade, além dos empregados ativos das patrocinadoras (empresas do Grupo CEB), bem como os assistidos (aposentados e pensionistas) e quem entrou nos Programas de Demissão Voluntária (PDV) das patrocinadoras. Em números, são mais de 2 mil pessoas, além de dependentes de participantes. A FACEB administra, ainda, o plano de saúde da CEB - que dispõe de ampla rede credenciada e dos mais diversos benefícios e coberturas - e o CEB Saúde. Também oferece empréstimo aos participantes.

Os planos de benefícios previdenciais da FACEB têm como patrocinadoras as seguintes empresas:

CEB - Companhia Energética de Brasília

Criada em 1968, a CEB é originária da Companhia de Eletricidade de Brasília, oriunda do Departamento de Força e Luz da NOVACAP - DF. Em 1992 passou à denominação de Companhia Energética de Brasília. A CEB, agora denominada CEB "holding", é a patrocinadora principal do Plano Complementar de Benefícios Previdenciais da FACEB, estruturado na modalidade de Benefício Definido – BD, e do Plano de Benefícios CEBPREV, estruturado na modalidade de Contribuição Definida – CD.

FACEB - Fundação de Previdência dos Empregados da CEB

Instituída pela CEB em 1976 com o nome de Fundação de "Assistência" dos Empregados da CEB. Em 2001 mudou a denominação para Fundação de "Previdência" dos Empregados da CEB, mais adequada à sua principal finalidade, que é "instituir e administrar planos privados de concessão de benefícios de natureza previdenciária", conforme definido no Art. 7º de seu Estatuto. É patrocinadora do Plano Complementar de Benefícios Previdenciais da FACEB, estruturado na modalidade de Benefício Definido – BD, e do Plano de Benefícios CEBPREV, estruturado na modalidade de Contribuição Definida – CD.

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CEB Distribuição S/A

A CEB Distribuição S/A é resultado do processo de reestruturação societária da CEB. É patrocinadora do Plano Complementar de Benefícios Previdenciais da FACEB, estruturado na modalidade de Benefício Definido – BD, e do Plano de Benefícios CEBPREV, estruturado na modalidade de Contribuição Definida – CD.

CEB Geração S/A e CEB Participações S/A

A CEB Geração S/A e a CEB Participações S/A são originárias do processo de reestruturação societária da CEB. São patrocinadoras do Plano de Benefícios CEBPREV, estruturado na modalidade de Contribuição Definida – CD.

CEB Lajeado S/A

A CEB Lajeado S/A é patrocinadora do Plano de Benefícios CEBPREV, estruturado na modalidade de Contribuição Definida – CD.

3 Identificação do Plano de Benefícios

Esta política de investimento apresenta as diretrizes para a aplicação dos recursos garantidores do

Plano de Benefícios CD, administrado pela FACEB cujas principais características são:

Tipo Contribuição Definida (CD)

Meta de Retorno INPC + 4,13% ao ano

CNPB* 2006006811

AETQ** CLÁUDIO SANTOS NASCIMENTO, certificado

pelo ICSS no. EA00506

ARPB*** JILDÉSIO SOUZA BEDA

* Cadastro Nacional de Planos de Benefícios; ** Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado; *** Administrador Responsável pelo Plano de Benefícios.

4 Características do Plano de Benefícios

O Plano de Benefícios tem como principal objetivo complementar a renda futura de seus participantes.

No Plano de Contribuição Definida (CD), as contribuições do participante e da patrocinadora são acumuladas em contas individuais dos participantes do Plano. Os saldos dessas contas são valorizados de acordo com os resultados efetivamente observados pelos investimentos.

Dessa forma, cada participante terá seu “saldo individual de poupança” acrescido das contribuições realizadas e dos resultados dos investimentos desses recursos. Os benefícios que os participantes desse tipo de plano irão usufruir dependem do volume de recursos efetivamente acumulados durante a sua atividade na empresa e após a sua aposentadoria.

Um ponto importante na gestão dos Planos do tipo CD é que os riscos dos resultados dos investimentos são arcados completamente por seus participantes. O fato de não existir a definição de déficit no Plano CD, entretanto, não significa que “qualquer risco” é aceitável ou adequado a seus

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Página 6 participantes. Há, no mínimo, uma expectativa de benefícios e, consequentemente, de desempenho dos investimentos que faz com que o Plano seja “justo”. Deve-se, portanto, buscar atingir essa expectativa, estabelecendo uma meta adequada de retorno para os investimentos dos recursos dos participantes do Plano, considerando padrões de segurança, solvência e liquidez.

Na busca por essa meta, os riscos assumidos devem estar em linha com a realidade do mercado. Desta forma, esta política de investimento é calcada na busca de uma meta de retorno compatível com as expectativas dos participantes do Plano, procurando-se assumir de forma eficiente os riscos necessários para tal.

5 Alocação de recursos e os limites por segmento de aplicação

5.1 Alocação Estratégica

A tabela a seguir apresenta a alocação-objetivo e os limites de aplicação em cada um dos segmentos definidos pela Resolução CMN 3.792, e eventuais subsegmentos em que a Entidade pode manter aplicações. SEGMENTO LIMITE LEGAL ALOCAÇÃO OBJETIVO LIMITES INFERIOR SUPERIOR Renda Fixa 100% 85% 62% 100% Renda Variável 70% 5% 0% 25% Investimentos Estruturados 20% 5% 0% 20% Investimentos no Exterior 10% 1% 0% 10% Imóveis 8% 0% 0% 8%

Operações com Participantes 15% 4% 0% 15%

Os limites inferior e superior das alocações foram obtidos a partir de carteiras eficientes que apresentam expectativas de retorno em torno da alocação objetivo. Os limites acima refletem, portanto, a alocação estratégica dos recursos, e permitem movimentos táticos para que sejam feitos ajustes conforme as condições de mercado. Mudanças no cenário macroeconômico inevitavelmente alteram as expectativas de retorno dos ativos, bem como suas volatilidades, o que pode obrigar os administradores do plano a buscar um novo ponto de equilíbrio dentro dos limites de alocação de cada segmento.

Além dos objetivos e limites de alocação acima definidos, a Resolução 3.792 estabelece outras restrições por modalidade de investimento e a concentração de alocação em títulos de um mesmo emissor. Os quadros a seguir mostram os limites que serão adotados pelo plano.

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Concentração de recursos em um mesmo emissor

Emissor Mínimo Máximo Limite Legal

Tesouro Nacional 0,00% 100,00% 100,00%

Instituição Financeira 0,00% 20,00% 20,00%

Tesouro Estadual ou Municipal 0,00% 10,00% (fundos abertos) 0% (veículos exclusivos e ativos em carteira própria) 10,00%

Companhia Aberta com Registro na CVM 0,00% 10,00% 10,00%

Organismo Multilateral 0,00% 2,00% 10,00%

Companhia Securitizadora 0,00% 5,00% 10,00%

Patrocinador do Plano de Benefício 0,00% 5,00% 10,00%

FIDC / FIC FIDC 0,00% 5,00% 10,00%

Fundos de Índice Referenciado em Cesta de Ações de cia Aberta 0,00% 10,00% 10,00%

Sociedade de Propósito Específico (SPE) 0,00% 5,00% 10,00%

FI/FICFI Classificados no Segmento de Investimentos Estruturados 0,00% 10,00% 10,00%

O quadro a seguir apresenta os limites para alocação em um mesmo emissor:

Concentração de recursos em um mesmo emissor

Emissor Mínimo Máximo Limite Legal

% do Capital Votante de uma mesma Cia Aberta 0,00% 25,00% 25,00%

% do Capital Total de uma mesma Cia Aberta ou de uma SPE 0,00% 25,00% 25,00%*

% do PL de uma mesma Instituição Financeira 0,00% 25,00% 25,00%

% do PL de Fundo de Índice Referenciado em Cesta de Ações de Cia Aberta 0,00% 25,00% 25,00%

% do PL de Fundo de Investimento Classificado no Segmento de Investimentos Estruturados

0,00% 25,00% 25,00%

% do PL de Fundo de Investimentos Classificados no Segmento de Investimentos no Exterior

0,00% 25,00% 25,00%

% do PL de Fundos de Índice no Exterior Negociados em Bolsa de Valores no Brasil

0,00% 25,00% 25,00%

% do Patrimônio Separado de Certificados de Recebíveis com Regime Fiduciário 0,00% 25,00% 25,00% * De acordo com a Resolução nº 4.275, de 31 de outubro de 2013, o limite de 25% de participação no capital de uma SPE pode ser elevado para 30% caso a SPE seja constituída exclusivamente para atuar como concessionária, permissionária, arrendatária ou autori zatária.

O quadro a seguir mostra os limites de concentração por modalidade de investimento:

Concentração por modalidade de investimento

Modalidade de investimento Mínimo Máximo Limite Legal

% de uma Série de Títulos ou Valores Mobiliários 0,00% 25,00% 25,00%

% de uma mesma Classe ou Série de cotas de FIDC 0,00% 25,00% 25,00%

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Página 8 A estratégia de alocação dos recursos garantidores do Plano foi definida a partir da análise das modalidades de investimentos listadas a seguir:

Modalidade Horizonte de Investimento Principais riscos considerados

Retorno real esperado (Horizonte de 5 anos) DI / SELIC

(Títulos públicos e títulos de instituições financeiras com rating igual ou superior a Nota “A-” ou similar pela agência de classificação de risco de crédito)

A partir de 3 meses

Reinvestimento: a tendência é que esse retorno não se sustente no longo prazo. De crédito: o risco de default dos títulos emitidos pelas instituições financeiras

Entre 2,5% e 4,5% ao ano

Títulos atrelados à inflação (Títulos soberanos atrelados ao

IPCA) A partir de 2 anos

Reinvestimento: a tendência é que esse retorno não se sustente no longo prazo. De mercado: possibilidade de elevação das taxas pelas quais os títulos são negociados

Entre 3,0% e 5,5% ao ano

Títulos pré-fixados

(Títulos soberanos pré-fixados e futuros)

A partir de 12 meses

De mercado: possibilidade de elevação das taxas pelas quais

os títulos são negociados Entre 3,0% e 5,5% ao ano

Crédito Privado (High Yield) (Risco de instituições financeiras com rating inferior a Nota “A-” ou similar pela agência de classificação de risco de crédito,

e de empresas não financeiras) Conforme investimento

De mercado: possibilidade de elevação das taxas pelas quais os títulos são negociados. De crédito: o risco de default é o mais expressivo nessa

modalidade.

De liquidez: o mercado secundário pouco desenvolvido desfavorece a negociação desses títulos, caso haja necessidade.

Entre 3,5% e 6,5% ao ano

Direitos Creditórios (FIDCs) (Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios e FICs de FIDCs)

Conforme investimento

De crédito: o risco de não pagamento dos recebíveis por parte dos devedores. De liquidez: o mercado secundário pouco desenvolvido desfavorece a negociação desses títulos, caso haja necessidade.

De estrutura: risco de ineficácia das regras de marcação das diferentes cotas do fundo, da execução de garantias e das clausulas de fechamento do fundo, por exemplo

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Página 9 Fundos Multimercados

(Fundos que buscam retorno absoluto a partir do

investimento em diversas classes de ativos, como juros, moedas e ações)

A partir de 12 meses

De mercado: as oscilações de preços nos mercados podem acarretar perdas. O nível de risco a que cada fundo está exposto depende da estratégia de investimento.

De gestão: expertise e

manutenção da equipe que está à frente do fundo.

Entre 3,5% e 6,5% ao ano

Fundos Imobiliários (Fundos que aplicam em empreendimentos imobiliários e em recebíveis oriundos do aluguel de imóveis, entre

outros) A partir de 2 anos

De vacância: risco de o imóvel ficar desocupado,

interrompendo o fluxo de recebíveis de aluguel.

De desenvolvimento: nos casos em que o fundo atua

diretamente na construção de um empreendimento imobiliário.

De crédito: risco de

inadimplemento por parte do(s) inquilino(s).

Entre 6,0% e 9,0% ao ano

Fundos de Participação (Private Equity)

(Fundos que investem e participam da gestão de empresas de capital fechado com o propósito de alavancar seu desempenho)

Conforme investimento

De estratégia: risco de insucesso do projeto de melhoria da(s) empresa(s) investida(s). De gestão: expertise e

manutenção da equipe que está à frente do fundo.

De saída: possível dificuldade de negociação, ou de abertura de capital, da empresa para realização do resultado

Entre 8,0% e 12,0% ao ano

Fundos de ações indexados passivos

(ETFs e fundos com baixo tracking error)

A partir de 2 anos

De mercado: as oscilações de preços nos mercados podem

acarretar perdas. Entre 7,5% e 10,0% ao ano

Fundos de ações indexados ativos

(ETFs e fundos com alto tracking error)

A partir de 2 anos

De mercado: as oscilações de preços nos mercados podem acarretar perdas.

De gestão: expertise e

manutenção da equipe que está à frente do fundo.

Entre 8,5% e 12,0% ao ano

Fundos de ações segmentados (Fundos small caps, dividendos e geração de valor, além dos fundos setoriais, como os de energia, consumo e indústria)

A partir de 2 anos

De mercado: as oscilações de preços nos mercados podem acarretar perdas.

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Página 10 Fundos de ações ativistas

(Fundos em que o gestor compra ações listadas e faz um trabalho de longo prazo com vistas a melhorar a empresa)

A partir de 3 anos

De mercado: as oscilações de preços nos mercados podem acarretar perdas.

De estratégia: risco de insucesso do projeto de melhoria da(s) empresa(s) investida(s). De gestão: expertise e

manutenção da equipe que está à frente do fundo.

De saída: possível dificuldade de negociação, ou de abertura de capital, da empresa para realização do resultado.

Entre 8,0% e 12,0% ao ano

5.2 Avaliação dos Investimentos

Os investimentos realizados diretamente pela FACEB devem ser objeto de análise por sua área técnica, e somente deverão ser realizados aqueles investimentos que estejam de acordo com as diretrizes aqui estabelecidas.

A análise de cada investimento deverá ser feita de acordo com as características específicas do mandato (modalidade de investimento) ao qual tal investimento está associado. Para tanto, as análises deverão considerar, no mínimo, os pontos aqui elencados:

 Conformidade com a política de investimentos e com a legislação vigente;

 Alocação sugerida, com base na alocação estratégica;

 Diversificação que o investimento pode trazer à carteira atual;

 Análise de desempenho pregresso do fundo ou do gestor, quando cabível;

 Análise da estrutura do gestor, quando cabível;

 Análise dos principais riscos associados ao mandato;

 Análise do horizonte de investimento e sua adequação com os objetivos do Plano.

5.3 Novos Investimentos

Conforme preconiza o GUIA PREVIC – Melhores Práticas em Investimentos, sempre que houver a necessidade de investimento em classes de ativos ou mesmo em segmentos que ainda não tenham sido explorados pela FACEB (e desde que permitidas nesta política de investimento), serão observados alguns pontos adicionais:

 Na avaliação do investimento em questão, deve-se ponderar o motivo pelo qual a classe está sendo avaliada;

 Os riscos relacionados ao investimento devem ser especialmente explorados, para que todos os envolvidos tenham ciência das características específicas desse investimento;

 A alocação inicial será reduzida, de forma a causar pouco impacto no Plano, e poderá ser aumentada à medida que o grau de conhecimento do investimento aumente.

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5.4 Monitoramento dos Investimentos

Os investimentos já realizados devem ser objeto de constante monitoramento, com o objetivo de avaliar sua performance em relação à performance esperada quando da realização do investimento. Para tanto, os seguintes itens devem ser avaliados:

 Performance em relação aos índices de referência pré-estabelecidos;

 Existência de desenquadramentos na carteira;

 Grau de utilização dos limites de risco pré-estabelecidos;

 Alterações na estrutura de gestão.

É importante ressaltar que essa avaliação pode variar de mandato para mandato, em função dos diferentes horizontes de investimento que cada um dos mandatos possui.

5.5 Política de Rebalanceamento

Caso a alocação em renda variável ou qualquer outra classe de ativos supere o limite máximo estabelecido nesta política de investimento, em decorrência de valorização de ativos, ficam proibidos novos investimentos neste segmento. De qualquer forma, quando a alocação dos ativos no segmento de renda variável ou qualquer outra classe de ativos romper aquele limite máximo, a Diretoria deve reajustá-la obrigatoriamente ao limite disposto, no prazo máximo estabelecido pelos normativos aplicáveis.

6 Restrições e limites por modalidade de investimento

Na aplicação dos recursos, o Plano observa os limites e ativos estabelecidos pela Resolução CMN 3.792 para as modalidades de investimento elegíveis. Portanto, não há uma restrição explicita estabelecida pela política de investimento da Entidade.

7 Derivativos

Dentro dos Segmentos elegíveis nesta política de investimento, a FACEB poderá investir em Fundos Abertos ou Exclusivos que utilizem operações com derivativos, desde que observadas, cumulativamente, as seguintes condições:

 Avaliação prévia dos riscos envolvidos;

 Existência de sistemas de controles internos adequados às suas operações;

 Registro da operação ou negociação em bolsa de valores ou de mercadorias e futuros;

 Atuação de câmaras e prestadores de serviços de compensação e de liquidação como contraparte central garantidora da operação;

 Depósito de margem limitado a 15% da posição em títulos da dívida pública mobiliária federal, títulos e valores mobiliários de emissão de instituição financeira autorizada a funcionar pelo Bacen e ações pertencentes ao Índice Bovespa da carteira de cada plano ou fundo de investimento;

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 Valor total dos prêmios de opções pagos limitado a 5% da posição em títulos da dívida pública mobiliária federal, títulos e valores mobiliários de emissão de instituição financeira autorizada a funcionar pelo Bacen e ações pertencentes ao Índice Bovespa da carteira de cada plano ou fundo de investimento.

Ficam excluídos desses limites os Fundos Multimercados classificados como Investimentos Estruturados.

Como a FACEB não possui atualmente operações de derivativos diretamente em sua Carteira Própria, caberá ao gestor externo o controle e monitoramento das regras aqui mencionadas, como o intuito de não apenas atender a legislação dos fundos de pensão, bem como a política de investimento da Entidade.

8 Índices de Referência (benchmarks) por segmento e metas de rentabilidade

A Resolução CMN 3.792 exige que as entidades fechadas de previdência complementar definam índices de referência (benchmarks) e metas de rentabilidade para cada segmento de aplicação. Entende-se como índice de referência, ou benchmark, para determinado segmento de aplicação o índice que melhor reflete a rentabilidade esperada para o curto prazo, isto é, para horizontes mensais ou anuais, conforme as características do investimento. Esse índice está, evidentemente, sujeito às variações momentâneas do mercado.

Por outro lado, a meta de rentabilidade reflete a expectativa de rentabilidade de longo prazo dos investimentos realizados em cada um dos segmentos listados a seguir – rentabilidade esta que, normalmente, apresenta menor volatilidade e maior aderência aos objetivos do Plano.

SEGMENTO BENCHMARK META DE RENTABILIDADE

Consolidado INPC + 4,13% a.a. INPC + 4,13% a.a.

Renda Fixa INPC + 4,13% a.a. INPC + 4,13% a.a.

Renda Variável IBOVESPA INPC + 10% a.a.

Investimentos Estruturados INPC + 6% a.a. INPC + 8% a.a. Investimentos no Exterior INPC + 6% a.a. INPC + 8% a.a.

Imóveis INPC + 4,13% a.a. INPC + 4,13% a.a.

Operações com Participantes INPC + 6% a.a. INPC + 6% a.a.

9 Apreçamento de ativos financeiros

Os títulos e valores mobiliários integrantes das carteiras e fundos de investimentos, exclusivos ou não, nos quais o Plano aplica recursos devem ser marcados preferencialmente a valor de mercado, de acordo com os critérios recomendados pela CVM e pela ANBIMA. Isso não exclui a possibilidade, porém, de o Plano contabilizar os títulos que pretende carregar até o vencimento pela taxa do papel, método chamado de marcação na curva.

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Página 13 A metodologia para apreçamento deve observar as possíveis classificações dos ativos adotados pela legislação (para negociação ou mantidos até o vencimento), observado adicionalmente o disposto na Resolução CGPC n º.04, de 30 de janeiro de 2002.

O método e as fontes de referência adotados para apreçamento dos ativos pela Entidade são os mesmos estabelecidos por seus custodiantes e estão disponíveis no manual de apreçamento do custodiante.

É recomendável que todas as negociações sejam realizadas através de plataformas eletrônicas e em bolsas de valores e mercadorias e futuros, visando maior transparência e maior proximidade do valor real de mercado.

De acordo com o manual de boas práticas da PREVIC, “A verificação do equilíbrio econômico e financeiro dos planos de benefícios depende da precificação dos ativos, ou seja, é preciso que a entidade busque, diretamente ou por meio de seus prestadores de serviços, modelos adequados de apreçamento. A forma de avaliação deve seguir as melhores práticas do mercado financeiro na busca do preço justo, considerando-se ainda a modalidade do plano de benefícios”.

O controle da marcação dos papeis é feito por meio de relatórios gerados mensalmente por consultores contratados.

10 Política de gestão de risco

Em linha com o que estabelece o Capítulo III, “Dos Controles Internos e de Avaliação de Risco”, da Resolução CMN 3.792, este tópico estabelece quais serão os critérios, parâmetros e limites de gestão de risco dos investimentos.

Reforçado pelo Guia de Melhores Práticas da PREVIC a verificação e controle dos riscos inerentes a gestão do plano de benefícios deve ser realizado de forma proativa pela Entidade, estabelecendo os alicerces para a implementação do modelo de supervisão baseada em risco.

Os procedimentos descritos a seguir buscam estabelecer regras que permitam identificar, avaliar, controlar e monitorar os diversos riscos aos quais os recursos do plano estão expostos, entre eles os riscos de crédito, de mercado, de liquidez, operacional e legal.

Esse tópico disciplina, ainda, o controle de riscos referente ao monitoramento dos limites de alocação estabelecidos pela Resolução CMN 3.792 e por esta política de investimento.

10.1 Identificação dos riscos

No processo de gestão do Plano, foram identificados os seguintes riscos:  Risco de mercado;

 Risco de crédito;  Risco de liquidez;

 Risco da exposição em derivativos;  Risco de Investimentos Estruturados;

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Página 14  Risco operacional;

 Risco legal; e  Risco sistêmico.

Estes riscos serão avaliados, controlados e monitorados conforme os critérios estabelecidos nos tópicos a seguir. Outros riscos que eventualmente venham a ser identificados serão tratados no próprio processo de controles internos da Entidade.

10.2 Controle de riscos

Como a estrutura de investimentos do Plano atribui a discricionariedade da administração dos recursos a terceiros contratados, o controle de parte dos riscos identificados será feito pelos próprios gestores externos, por meio de modelos que devem contemplar, no mínimo, os itens e parâmetros estabelecidos neste documento. Da mesma forma, caberá à Entidade o controle de alguns riscos conforme define a tabela a seguir:

RISCO EXECUÇÃO DA ATIVIDADE DE CONTROLE

Risco de mercado Gestor

Risco de crédito Gestor/Entidade

Risco de liquidez Gestor

Risco da exposição em derivativos Gestor

Risco de Investimentos Estruturados Gestor/Entidade

Risco operacional Gestor/Entidade

Risco legal Gestor/Entidade

Risco sistêmico Gestor/Entidade

O gestor que eventualmente extrapolar algum dos limites de risco estabelecidos nesta política de investimentos deve comunicar à Entidade sobre o ocorrido e tomar a medida mais adequada diante do cenário e das condições de mercado da ocasião.

Os limites de risco estabelecidos nesta política de investimento serão monitorados pela própria Entidade, com o auxílio de consultoria externa, que zelará pelo cumprimento dos mesmos e tomará as medidas adequadas caso sejam verificadas extrapolações aos limites estabelecidos.

10.3 Avaliação dos riscos

Para a definição dos níveis de riscos a serem tomados, a Entidade deve avaliar a sua situação patrimonial frente suas obrigações.

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10.3.1 Risco de mercado

O acordo com o Art. 13 da Resolução CMN 3792, as EFPC devem acompanhar e gerenciar o risco e o retorno esperado dos investimentos diretos e indiretos com o uso de modelo que limite a probabilidade de perdas máximas toleradas para os investimentos.

Nesse contexto, para monitorar e avaliar a probabilidade de perda, serão utilizadas principalmente duas ferramentas estatísticas: (i) B-VaR (Benchmark Value-at-Risk) e (ii) Stress Test.

No nível de mandatos, o monitoramento do risco se dá com base no risco de descolamento do benchmark. Esse risco é medido pelo B-VaR, ou Benchmark-VaR, que estabelece o descolamento máximo entre o retorno do mandato e de seu benchmark, para um dado horizonte de tempo, com um nível de confiança pré-estabelecido.

O Stress Test avalia, considerando um cenário em que há forte depreciação dos ativos e valores mobiliários (sendo respeitadas as correlações entre os ativos), qual seria a extensão das perdas na hipótese de ocorrência desse cenário.

A tabela a seguir apresenta os limites de risco estabelecidos para cada um dos mandatos e os parâmetros que devem ser observados no cálculo do risco:

Modalidade Benchmark Nível de confiança (%) Horizonte de tempo (du) Limite B-VaR Renda Fixa pós-fixada,

baixa volatilidade CDI 95 21 0,50%

Renda Fixa Inflação IMA-B 95 21 3,00%

Renda Fixa Crédito NA 95 21 2,50%

Renda Variável Passiva Ibovespa 95 21 3,00% Renda Variável Ativa Ibovespa + 6%

aa 95 21 10,00%

Multimercados

Institucionais 110% CDI 95 21 3,00%

Multimercados

Estruturados CDI + 3% aa 95 21 8,00%

Apesar de essa modelagem ter sido estabelecida com o rigor técnico necessário, é preciso considerar que modelos estatísticos carregam consigo as possíveis imprecisões e limitações teóricas, motivo pelo qual os resultados devem ser analisados com diligência, por especialistas.

O risco da exposição em derivativos pode ser considerado como parte integrante do risco de mercado, e será avaliado e controlado dessa forma. Como a legislação exige que os derivativos sejam negociados somente na modalidade com garantia, o risco de crédito que esses instrumentos envolvem é mitigado. Além disso, serão respeitados os limites de margem de garantia e de prêmio de opções estabelecidos pela legislação em vigor.

(16)

Página 16 A avaliação dos investimentos em análises de stress passa necessariamente pela definição de cenários de stress, que podem considerar mudanças bruscas em variáveis importantes para o apreçamento dos ativos, como taxas de juros e preços de determinados ativos.

Embora as projeções considerem as variações históricas dos indicadores, os cenários de stress não precisam apresentar necessariamente relação com o passado, uma vez que buscam simular variações futuras adversas.

Para o monitoramento do valor de stress da carteira, serão utilizados os seguintes parâmetros:  Cenário: BM&F e/ou outros disponíveis; e

 Periodicidade: mensal.

As análises de stress são realizadas por meio do cálculo do valor a mercado da carteira, considerado o cenário atípico de mercado, e a estimativa de perda que isso pode gerar à Entidade.

Cabe registrar que essas análises não são parametrizadas por limites, uma vez que a metodologia considerada pode apresentar variações que não implicam, necessariamente, em possibilidade de perda. O acompanhamento terá como finalidade avaliar o comportamento da carteira em cenários adversos para que os administradores possam, dessa forma, balancear melhor as exposições.

10.3.2 Risco de crédito

O risco de crédito dos investimentos do Plano será avaliado com base em estudos e análises produzidos pela própria Entidade ou contratados junto a prestadores de serviço. Além disso, a Entidade utilizará para essa avaliação os ratings atribuídos por agência classificadora de risco de crédito atuante no Brasil. Os ativos serão enquadrados em duas categorias:

 Grau de investimento; e  Grau especulativo.

Para checagem do enquadramento, os títulos privados devem, a princípio, ser separados de acordo com suas características. Posteriormente, é preciso verificar se o papel possui rating por uma das agências elegíveis e se a nota é, de acordo com a escala da agência, igual ou superior à classificação mínima apresentada na tabela a seguir.

AGÊNCIA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA INSTITUIÇÃO NÃO FINANCEIRA

PRAZO Longo prazo Curto prazo Longo prazo Curto prazo

Standard & Poors brBBB- brA-3 brBBB- brA-3

Moody’s Baa3.br BR-3 Baa3.br BR-3

Fitch Ratings BBB-(bra) F3(bra) BBB-(bra) F3(bra)

SR Rating brBBB- srA brBBB- srA

Austin BBB- A-3 BBB- A-3

LF Rating BBB- N/A BBB- N/A

(17)

Página 17 Os investimentos que possuírem rating igual ou superior às notas indicadas na tabela serão enquadrados na categoria grau de investimento, desde que observadas as seguintes condições:

 No caso de emissões de instituições financeiras, para fins de enquadramento, a avaliação deve considerar o rating do emissor; nos demais casos considera-se o rating da emissão;

 No caso específico de DPGEs (Depósitos a Prazo com Garantia Especial), esses títulos serão considerados na categoria grau de investimento, desde que o investimento observe o limite da garantia do FGC e os riscos de imagem envolvidos na operação;

Os títulos que não possuem rating pelas agências elegíveis (ou que tenham classificação inferior às que constam na tabela) devem ser enquadrados na categoria grau especulativo;  Caso duas agências elegíveis classifiquem o mesmo papel, será considerado, para fins de

enquadramento, o pior rating;

O enquadramento dos títulos será feita com base no rating vigente na data da verificação da aderência das aplicações à política de investimento.

10.3.2.1 Exposição a crédito privado

O controle da exposição a crédito privado é feito através do percentual de recursos alocados em títulos privados, considerada a categoria de risco dos papéis. O controle do risco de crédito deve ser feito em relação aos recursos garantidores, de acordo com os seguintes limites:

CATEGORIA DE RISCO LIMITE

Grau de investimento + Grau especulativo 50%

Grau especulativo 15%

10.3.3 Risco de liquidez

Para controle de risco de liquidez, serão consideradas as diversas possibilidades de interferência da liquidez dos ativos nos compromissos assumidos pelo Plano, a saber:

 Prazo de resgate dos recursos investidos em fundos de investimentos;

 Liquidez em mercado dos demais ativos integrantes da carteira de investimentos do Plano;

 Recursos de liquidez imediata e fluxo de recebimentos para fazer frente às obrigações assumidas pelo Plano.

A partir dessas definições, serão adotados os seguintes controles:

(18)

Página 18 Resgate em fundos de investimentos

não exclusivos

 Observação das regras para solicitação de resgates;

 Observância, quando do investimento, da cotização e do pagamento dos resgates;

 Observação do prazo do fundo, quando do investimento em fundos ilíquidos;

Liquidez de ativos  No caso de ativos em carteira, observação do prazo de liquidação dos ativos em mercado secundário.

Pagamento de obrigações

 O risco do fluxo de obrigações atuariais será controlado a partir da condução de estudos de macroalocação de ativos (ALM), que considerem como premissa o passivo atuarial do Plano.

10.3.4 Risco da exposição em derivativos

O controle da exposição em derivativos será feito em conformidade com o que determina a legislação, por meio do monitoramento:

 Dos níveis de margem depositada como garantia de operações com derivativos; e  Das despesas com a compra de opções.

O controle de risco de exposição a derivativos deve ser realizado individualmente por veículo de investimento. Os limites devem ser medidos em relação às alocações em:

 Títulos da dívida pública federal;

 Títulos de emissão de instituições financeiras (CDB, RDB, DPGE, etc); e  Ações integrantes do Índice Bovespa.

A soma dos investimentos nesses ativos deve ser considerada como denominador na conta da exposição, que devem respeitar os seguintes limites:

 Até 15% (quinze por cento) de depósito de margem para operações com derivativos;  Até 5% (cinco por cento) de despesas com compra de opções.

10.3.5 Risco de investimentos Estruturados

O segmento de Investimentos Estruturados, conforme definido pela legislação vigente, agrega produtos com gestão mais especializada e grau de risco mais elevado. Nesse caso, as ferramentas tradicionais, usadas em outras classes de ativos, podem não ser suficientes para o completo mapeamento dos riscos envolvidos.

(19)

Página 19 A fim de monitorar os riscos associados a esse segmento, são monitorados continuamente alguns riscos relativamente comuns a este segmento, sendo eles:

10.3.5.1 Exposição Cambial: no caso de exposição cambial oriunda de estratégias empregadas por fundos multimercados, os seguintes tópicos devem ser observados:

 Se existe proteção ou não para a exposição gerada;

 No caso de não haver proteção, entendimento das moedas envolvidas;

 Ainda nesse caso, possíveis testes de stress, considerando movimentos adversos dessas exposições.

10.3.5.2 Fundos de Investimento em Participações: no caso específico desse tipo de fundo, devem ser observados os seguintes pontos:

 Experiência da equipe na originação dos negócios;

 Equipe que atuará junto às empresas investidas;

 Monitoramento das ações do gestor durante a duração do fundo, com vistas a identificar eventuais desvios em relação ao que havia sido proposto;

 Monitoramento das estratégias de desinvestimento.

10.3.5.3 Fundos de Investimento Imobiliários: no caso específico desse tipo de fundo, devem ser observados os seguintes pontos:

 Experiência da equipe na originação dos negócios;

 Equipe que atuará junto às empresas investidas;

 Tipo de projeto, com seus principais riscos e avaliação da remuneração adequada a eles;

 Monitoramento do mercado secundário, quando houver.

10.3.6 Risco legal

O risco legal está relacionado a autuações, processos ou mesmo a eventuais perdas financeiras decorrentes de questionamentos jurídicos, da não execução de contratos e do não cumprimento das normas.

O controle dos riscos dessa natureza, que incidem sobre atividades e investimentos que envolvam a elaboração de contratos específicos, será feito por meio:

(20)

Página 20  Da realização periódica de relatórios de compliance que permitam verificar a aderência dos

investimentos às diretrizes da legislação em vigor e à política de investimento;

 Da revisão periódica dos regulamentos dos veículos de investimentos, exclusivos ou não;  Da utilização de pareceres jurídicos para contratos com terceiros.

10.3.7 Risco operacional

A gestão do risco operacional será feita de forma preventiva, por meio da adoção de normas e procedimentos de controles internos, em linha com o que estabelece a legislação aplicável. Entre os procedimentos de controle podem ser destacados:

 A definição de rotinas de acompanhamento e análise dos relatórios de monitoramento dos riscos descritos nos tópicos anteriores; e

 O estabelecimento de procedimentos formais para tomada de decisão de investimentos.

10.3.8 Risco sistêmico

O risco sistêmico se caracteriza pela possibilidade de que o sistema financeiro seja contaminado por eventos pontuais, como a falência de um banco ou de uma empresa. Por concepção, é um risco que não se controla – o que não significa que deve ser relevado.

Para tentar reduzir a suscetibilidade dos investimentos a esse risco, a alocação dos recursos deve levar em consideração os aspectos referentes à diversificação de setores e emissores, bem como a diversificação de gestores externos de investimento – visando a mitigar a possibilidade de inoperância desses prestadores de serviço em um evento de crise.

11 Observação dos Princípios Socioambientais

Os princípios sócio-ambientais podem ser entendidos como um conjunto de regras que visam a favorecer o investimento em companhias que adotam, em suas atividades ou através de projetos, políticas de responsabilidade socioambiental.

A maneira mais comum de adoção desse conjunto de regras ocorre por meio da adesão a protocolos ou iniciativas lideradas por órgãos da sociedade civil e organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU).

A observância dos princípios socioambientais na gestão dos recursos depende, portanto, da adequação do processo de tomada de decisões, de forma que os administradores da entidade tenham condições de cumprir as regras de investimento responsável.

Como a entidade possui uma estrutura enxuta e focada no controle de riscos, decidiu-se que, ao longo da vigência desta política, os princípios sócio-ambientais serão observados sempre que possível, sem adesão a protocolos e regras.

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