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ANÁLISE DAS METODOLOGIAS ÁGEIS XP E SCRUM NO DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE DE GERENCIAMENTO DE ABASTECIMENTO

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ANÁLISE DAS METODOLOGIAS ÁGEIS

XP E SCRUM NO DESENVOLVIMENTO

DE UM SOFTWARE DE

GERENCIAMENTO DE

ABASTECIMENTO

Joe Jackson Sangalli Vidor (FUNCESI )

joesangalli@gmail.com

Carlos Rondinely Rodrigues Oliveira (FUNCESI )

deiaflower@gmail.com

Rafael Diego Barbosa (FUNCESI )

dba.rafael@gmail.com

Andrea Soares Dias de Moura (FUNCESI )

deiaflower@gmail.com

O presente artigo buscou analisar como as metodologias ágeis XP e SCRUM podem contribuir para o desenvolvimento de um software que gerencie o abastecimento. Teve como objetivos específicos descrever a visão dos funcionários da empresa pesquuisada sobre a adoção de um novo método para o desenvolvimento de software, analisar a utilização das metodologias ágeis no desenvolvimento de software e identificar as contribuições das metodologias ágeis para o desenvolvimento de um software que gerencie abastecimento. Adotou-se uma abordagem qualitativa dos dados, com o tipo de pesquisa descritiva, utilizando o método de pesquisa de campo. Como instrumento de coleta de dados trabalhou-se com a entrevista semiestruturada. A amostra foi selecionada por critério não probabilístico por conveniência e para melhor entendimento foi realizada uma análise do conteúdo na qual buscou-se analisar a resposta dos entrevistados tendo como base teórica o referencial apresentado. Os resultados mostram que os entrevistados tiveram uma boa adaptação com o método implantado levando a alcançar os objetivos propostos. Os resultados também apontaram que as metodologias ágeis contribuíram para aumento do desempenho, produtividade e redução de custo além de aumentar a confiabilidade do cliente e o empenho dos profissionais envolvidos no desenvolvimento.

Palavras-chaves: Desenvolvimento de software, Métodos ágeis, SCRUM, XP

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ANÁLISE DAS METODOLOGIAS ÁGEIS XP E SCRUM NO DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE DE GERENCIAMENTO DE ABASTECIMENTO

1. Introdução

Na computação, como em empresas, comércio e até mesmo dentro de casa, é mais comum do que se imagina o uso de software. Ele está presente para que seja possível executar várias tarefas do dia a dia. Para fazer uma ligação através do celular ou aquecer o almoço no microondas, por exemplo, precisa-se dele. Hoje é praticamente impossível viver sem que se utilizem softwares. Seu uso está se tornando rotineiro e a necessidade de novos softwares obriga que eles sejam desenvolvidos rapidamente para que as empresas tenham cada vez mais produtividade com custo menor.

Para se ter alta produtividade é necessário entender que softwares não podem ser desenvolvidos faltando módulos ou funcionalidades. Para entender os processos para desenvolver um software é necessário o uso de determinada metodologia. Metodologias são passos a serem seguidos para se chegar a um objetivo, metodologias ágeis são passos mais curtos e rápidos para alcançar este objetivo. Para tanto, foram estudadas as diferenças nos processos de desenvolvimento com as metodologias ágeis XP (Extreme Programming) e SCRUM.

O presente trabalho teve como objetivo analisar as características das metodologias ágeis XP e SCRUM usadas para o desenvolvimento de um software de gerenciamento de abastecimento descrevendo a visão dos funcionários da empresa sobre a adoção de um novo método para o desenvolvimento de software; analisando a utilização das metodologias ágeis no desenvolvimento de software e identificando as contribuições das metodologias ágeis para o desenvolvimento de um software que gerencie abastecimento e dessa forma seja aumentada a produtividade da empresa pesquisada.

2. Teorias de suporte

2.1 Metodologias para desenvolvimento de softwares

Com o aumento e popularização do uso dos computadores, veio à necessidade de desenvolver softwares. Segundo Sommerville (2007) software contém a junção de vários itens básicos, entre eles estão, instruções, que quando execultadas fornecem a função e desempenho desejados, estrutura de dados, que permitem aos softwares manipular as informações e

documentos que descrevem seu uso.

Para melhor gerenciar o desenvolvimento de software foi nescessário a utilização de metodologias na qual o objetivo era gerenciar todos os processos, surgindo então as

metodologias tradicionais. Para Soares (2004) estas metodologias são conhecidas como pesadas, orientadas a documentação ou clássicas. Em resposta a estas metodologias surgiram as metodologias agéis.

Este trabalho visa citar as metodologias ágeis. Serão definidos conceitos e

características, além de focar nos dois modelos que são objeto deste estudo: as metodologias XP e SCRUM.

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2.2 Metodologias Ágeis

Em resposta as metodologias clássicas onde uma mudança pode ser difícil, surgiram as metodologias ágeis. Para Soares (2004) as metodologias ágeis surgiram com a intenção de focar mais nas pessoas e não nos processos a serem desenvolvidos. Outro ponto destacado por ele é que existe a intenção de gastar mais tempo com a resolução de problemas que com a documentação.

Segundo Beck (2001) uma característica marcante nas metodologias ágeis é a facilidade de adaptação nas mudanças e resolução de problemas que acontecem durante o projeto. Isso ocorre pelo fato da metodologia não focar somente em documentação e

conseguir receber, avaliar e responder as mudanças. Um dos principais resultados com isto é o aumento considerável na produtividade.

A seguir serão apontadas as metodologias ágeis XP e SCRUM, que forma o objeto de estudo deste trabalho, aplicado a uma realidade que será apresentada posteriormente.

2.2.1 Metodologia Scrum

A metodologia ágil SCRUM é utilizada para gestão e planejamento de projetos de software. O SCRUM tem como principal objetivo oferecer processos que melhor se adaptam ao projeto e desenvolvimento de software orientado a objeto (FERNANDES, 2011).

Segundo Teles (2009), no SCRUM todos os projetos são divididos em ciclos chamados de Sprints. Antes de iniciar o Sprint é feita uma reunião onde são priorizados todos os itens que serão desenvolvidos e a equipe planeja a melhor forma e data para o cumprimento do ciclo. A cada dia é feita uma rápida reunião para que seja discutido o que está correndo bem e o que tem que melhorar.

De acordo com Oliveira (2009) o Sprint segue as mesmas fases do ciclo Plain Do Check Action (PDCA), ou seja, começa por uma reunião que planeja o Sprint, depois executa o que foi planejado, checa o andamento das etapas e, por fim, determina as melhorias no processo a cada resultado obtido.

O SCRUM pode ser visto como um método incremental para o gerenciamento de projetos de softwares. O SCRUM é provido de duas subfases: planejamento que implica na definição do sistema contendo todos os requisitos conhecidos baseados na lista de blacklog; e fase de desenho, na qual é desenvolvido e aperfeiçoado o desenho do sistema com base na lista de blacklog (FERNANDES, 2011).

De acordo com Fernandes (2011) os requisitos são cumpridos um a um no Sprint backlog onde esses são separados de acordo com suas prioridades e seguem para o daily SCRUM Meeting que são as semanas de desenvolvimento no SCRUM.

As definições e o entendimento desta metodologia tornam possível a adoção e utilização da mesma em situações e processos reais, como o abordado por esta pesquisa. A partir destas definições, são apresentadas também, na próxima sessão, as características da metodologia ágil XP.

2.2.2 Metodologia XP

Segundo Beck (2001) umas das principais características da metodologia XP, criada em 1997, são as curtas interações com pequenas entregas e rápidas realimentações, interação maior com o cliente, constante comunicação e coordenação, refatoração contínua, integração e testes contínuos, posse coletiva do código e programação aos pares.

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4 Segundo Beck (2001) o método XP pressupõe que os problemas encontrados no desenvolvimento de softwares ocorrem devido à falta de comunicação entre as pessoas envolvidas. O objetivo da comunicação é manter um relacionamento satisfatório. Ainda segundo Beck (2001) as práticas também proporcionam o melhor ambiente para a interação e desenvolvimento do software, como pode ser observado na Figura 1 a seguir:

Figura 1 – Práticas e definições do XP Práticas do XP Definições

Planejamento A equipe prioriza o necessário para ser feito no projeto, baseando-se em requisitos atuais e não futuros para o desenvolvimento do software.

Projeto simples Para cada novo requisito há uma atualização, permitindo a análise e validação sempre que ocorra uma nova especificação do cliente.

Código padrão Padronização deve ser definida antes de iniciar o desenvolvimento devendo ser seguida por toda equipe.

Padrão de codificação Elaboração de procedimentos nos quais cada profissional envolvido fará a descrição de como o software funcionará, gerando uma linguagem comum entre os

envolvidos.

Semanas de 40 horas Não sobrecarregar as pessoas, e não tornar o trabalho cansativo.

Integração contínua Permite interagir e construir o sistema de software várias vezes ao dia, mantendo os programadores em sintonia, além de possibilitar processos rápidos.

Cliente no local Visa sanar todas as dúvidas dos elementos do projeto, evitando atrasos ou até entregas erradas.

Metáfora Requisitos futuros só deverão ser implementados se realmente existirem. Propriedade coletiva Caso alguém se desintegre do grupo, o restante do grupo conseguirá prosseguir o

trabalho com poucas dificuldades, uma vez que todos conhecem as partes do software.

Testes Primeiramente os programadores realizam testes para depois desenvolver o software.

Codificação por testes Em todo o processo de desenvolvimento são realizados testes de forma validar o processo.

Reestruturação Objetiva apurar o projeto do software estando presente em todas as fases do desenvolvimento. Devendo ser feita sempre que possível

Fonte: Elaborado pelos autores, com base em Beck (2001), Fernandes (2011) e Soares (2004) Com base nas práticas do XP, é possível entender o processo de desenvolvimento de softwares que utiliza desta metodologia. Nesta sessão buscou-se apresentar uma base teórica das metodologias SCRUM e XP e suas principais funcionalidades no desenvolvimento de softwares, para que seja possível o entendimento de sua aplicação no cenário abordado por esta pesquisa, buscando assim gerar maior produtividade para a empresa pesquisada.

3. Metodologia

Esta pesquisa assumiu as características de pesquisa qualitativa. Strauss e Corbin (2008) e Richardson (1999) definem que uma pesquisa qualitativa é uma pesquisa que atinge resultados que não podem ser medidos através de números ou qualquer outro meio de

quantificação e sim analisa o problema, compreende e não utiliza técnicas da estatística. A escolha do tipo de pesquisa mais adequado foi a descritiva através da pesquisa de campo,

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5 tendo como universo uma empresa de sistemas integrados que desenvolve soluções em

softwares livres para gestão pública; localizada em Porto Alegre/RS. O motivo da utilização deste universo se dá, pois a empresa já utilizou metodologias diferentes, para o

desenvolvimento do mesmo software e assim fica fácil a identificação de possíveis falhas e sucessos no decorrer do desenvolvimento. A amostra são os desenvolvedores e

programadores de software, sendo composta por três entrevistados sendo dois gestores e um programador.

Para a coleta de dados foi utilizada a entrevista semiestruturada. Para o tratamento dos dados utilizou-se a técnica de análise de conteúdo. Esta técnica permite uma melhor

compreensão e uma análise mais profunda e rigorosa sobre o tema em questão. Para Bardin (2008) esta técnica permite extrair informações por meio da análise do texto, sendo que é uma das que permitem maior precisão nos resultados.

4. Análise de dados

Para alcançar melhores resultados para esse estudo, foi realizada uma entrevista semiestruturada com dois gestores (chamados aqui de E1 e E2) e um funcionário (tratado como E3). Os gestores possuem formação acadêmica principal em Tecnologia da Informação. O entrevistado E1 além de Sistemas de informação também possui formação em SCRUM Master e experiência de quatro anos na metodologia. O entrevistado E2 possui experiências em administração de empresas e consultoria e é formado em Ciência da Computação. O entrevistado E3 possui escolaridade até segundo grau, mas já atua a cerca de 8 anos com desenvolvimento de sistemas.

Nos tópicos a seguir são descritas quais os questionamentos feitos aos entrevistados, bem como os principais trechos e aspectos percebidos em suas respostas. Esta análise faz-se necessária para o entendimento da situação abordada e avaliação da eficiência das

metodologias estudadas para a produtividade.

4.1 Percepção da adoção dos métodos ágeis dentro de uma organização

Neste tópico, apresentam-se as análises dos resultados obtidos através da entrevista, para a qual o objetivo específico foi descrever a visão dos funcionários da empresa sobre a adoção de um novo método para o desenvolvimento de software. Buscou-se trabalhar com as categorias de análise: visão teórica sobre o método; adoção do novo método; período de implantação e falhas.

Após conhecer a definição de métodos ágeis para cada entrevistado buscou-se conhecer suas opiniões sobre a adoção do novo método de desenvolvimento dentro da organização. A seguir é apresentado um dos principais trechos percebidos nesta questão.

“Em relação à equipe de trabalho, houve uma maior interação dos analistas de negócio e de sistema com a equipe de programação. Nas reuniões para as

Sprints, percebe que conseguíamos ser mais objetivos nos processos com os

programadores.” (E3)

O que o entrevistado E3 se refere também é ressaltado por Campos e Fonseca (2008) quando descreve que nas metodologias ágeis a integração entre equipes é mais fácil que nas

metodologias tradicionais. Isso por causa das reuniões diárias para priorizar as tarefas chamadas Sprints. Os entrevistados E1 e E2 apoiam o método mas, ressaltam que devem ter

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6 apoio da gerência, e a organização focar no cliente, caso contrário o método se torna

inutilizável (BECK, 2001).

Após a visão dos entrevistados sobre a adoção de um novo método de

desenvolvimento de software no caso Scrum e XP, buscou-se entender como surgiu à idéia para a implantação do método e como foi o processo de implantação. A resposta do

entrevistado E2 é ressaltada:

“A idéia surgiu com programadores de dentro da empresa mesmo. O tribunal de contas começou a exigir várias mudanças para controlar melhor o setor público, então profissionais de dentro da empresa nos ajudaram a buscar uma alternativa que facilitasse e agiliza-se a mudança dos processos.” (E2).

Os entrevistados E2 e E3 relatam uma situação onde a necessidade de implantação dos

métodos Scrum e XP se deu pelos próprios profissionais da empresa buscando uma alternativa para agilizar a resolução de um problema e buscar melhorias em processos informação essa validade na fala de Abrantes e Travassos apud Aoyama (1998) quando definem métodos ágeis como a capacidade de mudanças rápidas de requisitos e ambientes em que o software está envolvido.

Quanto aos possíveis erros no processo o entrevistado E2 expõe claramente que erros sempre ocorrem em momentos de adaptação. Apesar da facilidade de adaptar ao modelo, falhas ocorreram, mas os resultados obtidos compensam tais falhas (BECK, 2001). Dessa forma percebeu-se claramente que os erros aparecem em todo trabalho prático/teórico no período de adaptação, porém espera-se que o resultado final recompense tais transtornos.

Ao longo dessa análise buscou-se mostrar a visão dos entrevistados sobre a adoção do novo método de desenvolvimento e como foi o processo de implantação quanto a falhas e aceitação do novo método. Percebeu-se que os entrevistados tiveram uma boa adaptação com o método implantado e que todos os objetivos propostos pela empresa com a sua adoção foram cumpridos.

4.2 Utilização das metodologias ágeis no desenvolvimento de software.

Como é ressaltado por Abrantes e Travassos apud Aoyama (1998) agilidade é a capacidade de rápidas mudanças no software. Optou-se nesse tópico analisar a utilização das metodologias ágeis no desenvolvimento de software. A seguir, é iniciada a análise apontando qual método ágil a empresa utiliza, e quais benefícios.

“Posso dizer que eu trabalho com métodos ágeis a cerca de 2 anos aqui dentro da empresa o SCRUM e XP, apesar de trabalharmos mais com

SCRUM por sermos uma equipe grande, funcionários espalhados por todo país.” (E1)

“Usamos o framework SCRUM junto com o quadro do Kanban e poker plain quando necessário.” (E2)

Percebeu-se pelas falas dos entrevistados que o fato de utilizarem o SCRUM com maior frequência é explicado por ser uma equipe grande, não sendo descartada a utilização do XP e de outras ferramentas; a XP auxilia em todo o desenvolvimento.

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7 Após identificar os métodos utilizados pela empresa pôde-se questioná-los quanto aos pontos fortes e fracos na utilização do método ágil como principal método de

desenvolvimento.

“Ao meu ver o ponto mais forte é o cliente satisfeito em um período de tempo menor, porém muitas empresar utilizam os métodos de maneira errada.(...)” (E1)

Foi possível perceber e que a visão dos profissionais em relação aos benefícios dos métodos está voltada para os clientes onde ele é o foco. Em relação aos pontos fracos do método só foi ressaltada a utilização errada do método, forçando assim o entendimento de que realmente o método é eficiente desde que usado corretamente.

Sabendo dos pontos fortes e fracos é possível identificar se houve melhorias nos processos de desenvolvimento com a utilização do novo método. Os entrevistados E1 e E3, apontam opiniões em comum sobre a melhoria do desenvolvimento de software, opiniões essas que são também apontadas pelo autor Beck (2001) onde afirma que os métodos ágeis têm curtas iterações com entregas semanais e maior interação com o cliente.

Como percebido a partir da análise das questões anteriormente relatadas, além de aumentar o desempenho da equipe de trabalho e a produtividade, houve redução nos custos e aumento da confiabilidade do cliente devido a qualidade do produto entregue.

4.3 Contribuições das metodologias ágeis para o desenvolvimento de um software que gerencie abastecimento.

Nesta sessão, apresenta-se a análise dos resultados obtidos para o objetivo específico, que foi identificar as contribuições das metodologias ágeis para o desenvolvimento de um software que gerencie abastecimento. Buscou-se trabalhar com as categorias; tempo gasto para o desenvolvimento do software e melhorias adquiridas com adoção de métodos ágeis em cada etapa do desenvolvimento de software.

O software analisado é de gerenciamento de gestão pública e para um melhor resultado foi analisado dentro da funcionalidade do software ‘Gerenciamento de Transporte’ apenas o módulo de ‘gerência de abastecimento’, que possui diversas funcionalidades. Assim, para responder o objetivo proposto, foram analisadas as seguintes informações: Dados de veículos; Cadastro de combustíveis; e Relatórios.

Segundo os entrevistados E1 e o E3, o tempo de entrega de cada funcionalidade era em torno de um mês, os erros eram constantes e sua resolução era complicada. Para Pfleeger (2007) a dificuldade de tratar mudanças e erros no software é uma das desvantagens no modelo cascata.

Após a adoção do novo método de desenvolvimento SCRUM, foi possível perceber que a coleta de dados e a comunicação entre os funcionário melhorou. Isso porque, segundo Oliveira (2009), os Sprints seguem o plano PDCA da administração. No primeiro estágio que é o Plan identifica-se o problema e elabora soluções, assim como observado nesta pesquisa.

Sobre as melhorias ocorridas após a implantação dos métodos ágeis, um trecho da resposta do entrevistado E2 pode ser observado abaixo:

“Após a adoção dos métodos SCRUM e XP as mudanças e erros ficaram mais fáceis de serem resolvidas. Os novos métodos nós fez ver um novo modo de desenvolver os softwares. Com eles passamos a desenvolver as funções necessárias para o funcionamento do software primeiro e as funções

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complementares espelhadas nas funções que já estão funcionando no cliente.” (E2)

O entrevistado E2 relata que as mudanças e incrementos no software ficaram mais fáceis após a adoção dos novos métodos de desenvolvimento o que também é relatado por Beck (2001) onde descreve que uma característica das metodologias ágeis é a facilidade de adaptação nas mudanças e resolução de problemas que acontecem durante o projeto. Ainda segundo Beck (2001) isso ocorre porque o foco das metodologias ágeis são os processos e os clientes e não os documentos.

Pôde-se observar que a adoção do método ágil melhorou no desenvolvimento das funcionalidades. Antes levavam em torno de um mês para entregar cada fase e o índice de erro era alto, levando ao retrabalho podendo levar desconforto ao cliente, ao tempo de entrega e também altos gastos. Com a adoção do método ágil o processo se tornou rápido e tranquilo facilitando a verificação de qualquer anomalia que houvesse no sistema.

Dessa forma finalizou-se a análise de dados que buscou analisar e responder cada um dos objetivos propostos com o intuito de atender ao objetivo geral desse estudo. Na próxima sessão são apontadas as considerações finais desse trabalho respondendo ao problema de pesquisa proposto.

5. Considerações finais

Este trabalho buscou analisar como as metodologias ágeis XP e SCRUM podem contribuir para o desenvolvimento de um software que gerencie abastecimento no setor público e consequentemente gere maior produtividade. O motivo de focar no software de gerenciamento de abastecimento é porque o software pesquisado é de gestão pública e para não ter uma abordagem ampla buscou-se focar somente em um módulo.

O problema apresentado foi relacionado às contribuições das metodologias ágeis XP e SCRUM no desenvolvimento de um software de gerenciamento de abastecimento. Buscou desmembrar essa questão em objetivos específicos, de modo a estudar cada um com o proposito de juntos responderem o problema proposto.

Ao longo da análise do primeiro objetivo específico, buscou-se descrever a visão dos funcionários da empresa sobre a adoção de um novo método para o desenvolvimento de software, como: visão teórica sobre o método, adoção do novo método, período de

implantação e falhas. Percebeu-se que os entrevistados tiveram uma boa adaptação com o método implantado e que todos os objetivos propostos pela empresa com sua adoção foram cumpridos.

O segundo objetivo analisou a utilização das metodologias ágeis no desenvolvimento de software. Entendendo qual o método adotado pela equipe de desenvolvimento os pontos fortes e fracos dos métodos, e algumas melhorias no processo. Foi possível identificar que as metodologias adotadas XP e SCRUM foram bem aceitas pelos profissionais e por toda a empresa, isso pelo fato da metodologia ter oferecido vários recursos para que os profissionais se adaptassem a ela e por ser uma metodologia flexível.

O terceiro objetivo analisou as contribuições das metodologias ágeis para o desenvolvimento de um software que gerencie abastecimento. Após a análise de todas as questões pode-se observar que os métodos SCRUM e XP são dois métodos ágeis que focam nos clientes e processos facilitando a vida do programador com métodos que se adaptam as mudanças, falhas e entregas frequentes.

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9 Observou-se ainda que a adoção dos métodos Scrum e XP melhorou o

desenvolvimento das funcionalidades e a produtividade. Antes levavam em torno de um mês para entregar cada fase e o índice de erro era alto, levando ao retrabalho podendo levar desconforto ao cliente, ao tempo de entrega e também altos gastos. Com a adoção do método ágil o processo se tornou rápido e tranquilo facilitando a verificação de qualquer anomalia que houvesse no sistema.

Ao longo desse estudo, notou-se que a empresa ficou satisfeita com a adoção dos novos métodos Scrum e XP e não tem o interesse de retornar aos métodos de desenvolvimento clássicos Cascata e Prototipação. Segundo os entrevistados a empresa pretende continuar a utilização do método no mínimo ate o surgimento de outros métodos que possam oferecer melhores condições de trabalhos e resultados mais satisfatórios que os que estão adquirindo ultimamente.

A partir dessa pesquisa de campo, sugere-se realizar novas pesquisas referentes aos métodos ágeis de desenvolvimento focando em novas metodologias nos vários setores do desenvolvimento de software, de forma a obter visões de diferentes gestores e profissionais detalhando a importância da aplicação de novas metodologias como ferramenta de

desenvolvimento, uma vez que, este trabalho focou somente nas duas mais utilizadas. Sugere-se também realizar novas pesquisas considerando empresas que surgiram recentemente e já abordaram os métodos ágeis como o primeiro método de desenvolvimento.

Referências

ABRANTES, J. F.; TRAVASSOS, G. H. Características de métodos ágeis de

desenvolvimentos de software. Disponível em:

http://reuse.cos.ufrj.br/wdra2007/images/artigos/30188.pdf. Acesso em 13 mar. 2012. BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2008.

BECK, Kent. Manifesto Ágil. Disponível em: <http://www.manifestoagil.com.br/>. 2001. CORBIN, J.; STRAUSS, A. Pesquisa Qualitativa: Técnicas e procedimentos para o desenvolvimento de teoria fundamentada. 2. ed. L. d. ROCHA, Trad. Porto Alegre: ARTMED, 2008.

FERNANDES, Matheus Ramos. SCRUM E XP: Um comparativo no processo de desenvolvimento de software. Disponível em:

<http://www.ricardoterra.com.br/publications/students/2011_fernandes.pdf>. Acesso em 05 maio2012.

OLIVEIRA Tiago Lucas Lopes de. Desenvolvimento ágil de software: uma abordagem com scrum e xp. São Paulo. 71 p. Disponível em:

http://www.slideshare.net/kakocaju/desenvolvimento-gil-de-software-uma-abordagem-com-scrum-e-xp. 2009.

PFLEEGER, Shari Lawrence. Engenharia de software: Teoria e Prática. São Paulo: Pearson. 2007. 537 p.

RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999. SOMMERVILLE, I. Engenharia de software. São Paulo: Person Education, 2007.

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