PARTE I
EDUCAÇÃO MUSICAL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES
PARTE II
EDUCAÇÃO MUSICAL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES
PRELÚDIO
Repensemos a educação e procedamos a uma reengenharia do ensino, trazendo de volta a música às escolas.
CENAS MUSICAIS 1
Tomar o campo do saber pedagógico-musical como absolutamente aberto, sem fronteiras, mas com horizontes, permitindo trânsitos inusitados e inesperados, articulações entre os diversos espaços escolares e não-escolares, talvez seja o desafio que temos que enfrentar.
CENAS MUSICAIS 2
A relação com o saber é a relação com o mundo, com o outro e consigo mesmo de um sujeito confrontado com a necessidade de aprender.
CENAS MUSICAIS 3
O desejo do homem é o desejo do Outro.
Jacques Lacan
Tanto quanto a psicanálise, a música é receptáculo daquele lugar de opacidade intransponível que é o imaginário. E se não bastasse, ela se articula mais uma vez com a psicanálise, com o desejo, o imaginário e o simbólico, além de que o investimento do sujeito em atividades musicais favorece a constituição de uma dialética da alteridade, em razão da inscrição da pulsão no campo da cultura.
CENAS MUSICAIS 4
“Quem teve aula de música na escola pública? Acho que quase ninguém”.
CENAS MUSICAIS 5
“Os professores de música não são considerados como parte da escola e sim, como um caso à parte”.
CENAS MUSICAIS 6
A pesquisa-ação obriga o pesquisador de implicar-se. Ele percebe como está implicado pela estrutura social na qual ele está inserido e pelo jogo de desejos e de interesses de outros. Ele também implica os outros por meio do seu olhar e de sua ação singular no mundo.
CENAS MUSICAIS 7
“Para dar aulas de música nas escolas não adianta ser apenas músico e saber somente música”.
Licenciando em Educação Musical
“Para ensinar música às crianças, não adianta saber apenas cantar algumas canções. É preciso muito mais do que isso!”
CENAS MUSICAIS 8
“O músico pode entender bastante de música, mas de criança eles não sabem nada. Como é que eles vão lecionar nas escolas?”.
Licencianda em Pedagogia
“O pedagogo pode entender muito sobre criança, mas de música eles não entendem nada. Imaginem ensaiando um coral! Vão cantar tudo desafinado! Ainda, é capaz de fazer com que as crianças passem a detestar música”.
POSLÚDIO
Decretada a morte do despreparado [e do velho paradigma de formação de educadores musicais],
robustece-se a pertinência de um novo olhar às potencialidades da música [e da educação musical] e particularmente a seu uso como
projeto auxiliar da educação e do desenvolvimento de novos modelos de aprendizagem [e de formação pedagógico-musical inicial de professores], assentados no
desdobramento de competências e na capacidade de criar a novidade.
Maria de Lourdes Sekeff