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22/02/2016 Com Resolução do Mérito >Improcedência

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Academic year: 2021

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Certifico que o movimento "Com Resolução do Mérito­>Improcedência", de 22/02/2016, foi disponibilizado no DJE nº 9721, de 23/02/2016 e publicado no dia 24/02/2016, onde constam como patronos habilitados para receberem intimações: ADRIANO BULHÕES DOS SANTOS, representando o polo ativo; e FLÁVIO AMÉRICO VIEIRA, LEDOCIR ANHOLETO, representando o polo passivo. 22/02/2016 Certidão de Envio de Matéria para Imprensa Certifico que remeti para publicação no DIÁRIO DA JUSTIÇA, DJE nº 9721, com previsão de disponibilização em 23/02/2016, o movimento "Com Resolução do Mérito­>Improcedência" de 22/02/2016, onde constam como patronos habilitados para receberem intimações: ADRIANO BULHÕES DOS SANTOS representando o polo ativo; e FLÁVIO AMÉRICO VIEIRA, LEDOCIR ANHOLETO representando o polo passivo. 22/02/2016 Com Resolução do Mérito­>Improcedência ROGER GONÇALVES SILVA ingressou com a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS em face de JORNAL CAPITAL, alegando que o requerido, no dia 06 de julho de 2009, teria noticiado informação caluniosa, dando conta de que o requerente havia sido apreendido pela policia, sob a acusação de roubo e de formação de quadrilha. Acrescentou que a matéria veiculada pelo requerido causou danos a sua reputação e não respeitou o princípio da presunção de inocência, uma vez que o requerente tem conduta ilibada e não é assaltante. Pugnou pela condenação da parte requerida ao pagamento da importância de R$10.000,00 (dez mil reais), a título de danos morais. Com a inicial, vieram os documentos de fls.12/19. Devidamente citado (fls. 21), o requerido ofereceu contestação às fls.23/40, aduzindo ausência de qualquer ofensa, já que a matéria veiculada no jornal foi mera reprodução do que lhe foi informado pela autoridade policial, responsável pelo procedimento investigatório. Acrescentou que as informações prestadas pelo jornal são de interesse público, o que inibe a responsabilidade civil do requerido. Afirmou, ainda, que foi franqueada ao requerente a oportunidade de manifestar­se sobre os fatos e este recusou. Pugnou pela improcedência da demanda. Juntou os documentos de fls. 41/51. Às fls.56, as partes foram intimadas a especificarem as provas que pretendiam produzir, sendo que ambas deixaram de se manifestar, conforme certificado às fls.59. É o relatório. DECIDO: O deslinde da presente controvérsia não exige dilação probatória, uma vez que, embora verse sobre matéria de direito e de fato, as partes não se manifestaram acerca da produção de outras provas (fls. 59), sendo certo que a prova documental é suficiente para o julgamento da causa. Trata­se de pedido de indenização por danos morais em decorrência de suposto conteúdo ofensivo publicado pelo requerido em matéria jornalística (site eletrônico).  A República Federativa Brasileira, como Estado Democrático de Direito (art. 1º da CF), assegura a liberdade de expressão, tanto pelo aspecto positivo, ou seja, da proteção da exteriorização da opinião, como sob o aspecto negativo, referente à proibição de censura, consoante se extrai dos artigos 5º, inciso IV e 220 da Constituição Federal: “Art. 5º... IV. é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;”. “Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. 

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§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV. § 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.”  Entretanto, eventuais abusos cometidos no exercício indevido da manifestação do pensamento são passíveis de apreciação pelo Poder Judiciário, com a consequente responsabilização civil e penal de seus autores. É que, se de um lado existe a proteção constitucional à livre manifestação do pensamento, de igual forma, a Constituição Federal tutela a honra, a imagem e a vida privada dos cidadãos, consoante dispõe o art. 5º, inciso X, da CF: “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”, sendo certo que o inciso V do referido artigo preceitua que: “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;”. Destarte, considerando que nenhum direito é absoluto, quando há conflito entre esses direitos, há que se ponderar sobre as limitações à liberdade de expressão, de modo a se aferir se houve abuso desse direito. Nesse sentido, colhe­ se a seguinte orientação emanada do Colendo Superior Tribunal de Justiça: “... Por sua vez, a liberdade de expressão, compreendendo a informação, opinião e crítica jornalística, por não ser absoluta, encontra algumas limitações ao seu exercício, compatíveis com o regime democrático, quais sejam: (I) o compromisso ético com a informação verossímil; (II) a preservação dos chamados direitos da personalidade, entre os quais incluem­se os direitos à honra, à imagem, à privacidade e à intimidade; e (III) a vedação de veiculação de crítica jornalística com intuito de difamar, injuriar ou caluniar a pessoa (animus injuriandi vel diffamandi)... REsp 801.109”  Assim é certo que, caso haja abuso ou ofensa gratuita por parte do veículo de comunicação, caberá a reparação do dano decorrente de tal conduta, consoante dispõe o art. 927 do Código Civil, desde que coexistam os elementos da responsabilidade civil, ou seja, o dano, a conduta culposa ou ilícita e o nexo de causalidade, por se tratar de responsabilidade subjetiva. Com tais considerações, é possível afirmar que, para os veículos de comunicação/imprensa serem responsabilizados civilmente, é necessário que a divulgação extrapole o regular exercício do direito de informar, que se configure o teor sensacionalista da matéria ou que seja visível a intenção de difamar, injuriar ou caluniar.  Na hipótese dos autos, verifico que a matéria jornalística agiu com propósito meramente informativo, limitando­se a noticiar fatos de relevante interesse público, sendo citado o nome do requerente de maneira informativa, sem qualquer menção caluniosa ou vexatória aos fatos ocorridos. Outrossim, a reportagem não atribuiu fato que não fosse verdadeiro, posto que foi baseada em informações prestadas e declaradas pelos policiais responsáveis pela investigação, conforme se verifica da entrevista (vídeo) juntada às fls. 49.  Destarte, a notícia veiculada pelo requerido não formulou juízo de reprovação acerca da conduta do requerente, não o qualificou com adjetivos depreciativos ou de qualquer outra natureza que lhe acarretassem lesão ou dano à sua imagem. Com isso, verifica­se que o requerido apenas exerceu regularmente um direito que lhe é dado pela Constituição Federal, o que afasta a tese do requerente de que houve violação ao seu valor imaterial. Assim, o conjunto probatório constante nos autos afasta a configuração de ofensa à honra e imagem do requerente, já

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que a matéria, quando da sua veiculação, foi meramente narrativa sobre a apreensão do requerente, não se podendo retirar dela qualquer ilação de que se destinava a ofender a esfera individual do requerente. Nessa linha de pensamento, é o ensinamento de Alexandre de Morais, in verbis: “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão a informação e a livre divulgação dos fatos, consagrados constitucionalmente no inciso XIV do art. 5º da Constituição Federal devem ser interpretados em conjunto com a inviolabilidade à honra e à vida privada (CF, art.5º, X), bem como a proteção à imagem (CF, art. 5º, XVII, a), sob pena de responsabilização do agente divulgador por danos materiais e morais (CF, art. 5º, V e X). O direito de receber informações verdadeiras é um direito de liberdade e caracteriza­se essencialmente por estar dirigido a todos os cidadãos, independentemente de raça, credo ou convicção político­filosófica, com a finalidade de fornecimento de subsídios para a formação de convicções relativas a assuntos públicos. A proteção constitucional às informações verdadeiras também engloba aquelas eventualmente errôneas ou não comprovadas em juízo, desde que não tenha havido comprovada negligência ou má­fé por parte do informador”. Ademais, não se pode exigir dos meios de comunicação que veiculem somente matérias que se tenha plena e absoluta certeza de sua veracidade, o que os impossibilitaria de cumprirem sua função de informação célere e eficaz. A propósito, conveniente destacar parte do voto do Ministro Luis Felipe Salomão no julgamento do REsp 680/794: “... Para logo, é de se ressaltar que a liberdade de informação, sobretudo quando potencializada pelo viés da liberdade de imprensa, assume um caráter dúplice. Vale dizer, é direito de informação tanto o direito de informar quanto o de ser informado, e, por força desse traço biunívoco, a informação veiculada pelos meios de comunicação deve ser verdadeira, já que a imprensa possui a profícua missão ­ como bem assinalado por Darcy Arruda Miranda ­ de "difundir conhecimento, disseminar cultura, iluminar as consciências, canalizar as aspirações e os anseios populares, enfim, orientar a opinião pública no sentido do bem e da verdade" (Comentários à lei de imprensa. 3 ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1995, p. 69). 3.2. Nada obstante, se, por um lado, não se permite a leviandade por parte da imprensa e a publicação de informações absolutamente inverídicas que possam atingir a honra da pessoa, não é menos certo, por outro lado, que da atividade jornalística não são exigidas verdades absolutas, provadas previamente em sede de investigações no âmbito administrativo, policial ou judicial. Tal exigência colide com a celeridade do tráfego da informação, pautado que é, sobremaneira, pelo calor dos acontecimentos, o que, em verdade, é salutar para os próprios destinatários da notícia, palavra cujo significado a ser seguido pelos meios de comunicação não é outro senão aquele de origem anglo­saxã – news ­, mormente quando o interesse público reclama solução expedita. Vale o dito popular: “informação velha não vira notícia”. Exige­se, em realidade, com a rapidez e velocidade possíveis, uma diligência séria que vai além de meros rumores, mas que não atinge, todavia, o rigor judicial ou pericial, mesmo porque não possui a imprensa meios técnicos ou coercitivos para tal desiderato. A respeito do tema, quanto ao tempo “urgentíssimo” do jornalista para apurar a notícia, escrevi “Breves reflexões sobre responsabilidade civil no âmbito da comunicação” (in “Estudos de direito constitucional”, em homenagem a César Asfor Rocha, Editora Renovar, 2009). Nessa mesma linha, a eminente Ministra Nacy Andrighi, na relatoria do REp. n.º 984.803/ES, lançou voto elucidativo acerca dos limites e deveres investigatórios da imprensa: Embora se deva exigir da mídia um mínimo de diligência investigativa, isso não significa que sua cognição deva ser plena e exauriente à semelhança daquilo que ocorre em juízo. A elaboração de reportagens pode durar horas ou meses, dependendo de sua complexidade, mas não se pode exigir que a mídia só divulgue fatos após ter certeza plena de sua veracidade. Isso se dá, em primeiro lugar, porque a recorrente, como qualquer outro particular, não detém poderes estatais para empreender tal cognição. Ademais, impor tal exigência à imprensa significaria engessá­la e condená­la a morte. O processo de divulgação de informações satisfaz verdadeiro interesse público, devendo ser célere e eficaz, razão pela qual não se coaduna com rigorismos próprios de um procedimento judicial (REsp 984803/ES, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 26/05/2009). Deveras, o dever de veracidade ao qual estão vinculados os órgãos de imprensa não deve consubstanciar­se dogma absoluto, ou condição peremptoriamente necessária à liberdade de imprensa, mas um compromisso ético com a informação verossímil, o que pode, eventualmente, abarcar informações não totalmente precisas.”. Grifei. Dessa forma, tendo o requerido agido com o propósito meramente informativo, baseado na declaração da autoridade policial, não restando evidenciada ofensa à honra do requerente, não há que se falar em dever de indenizar. A propósito, conveniente destacar o entendimento do Colendo Superior Tribunal de Justiça:  “RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS. VEICULAÇÃO DE MATÉRIA JORNALÍSTICA. CONTEÚDO OFENSIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. LIBERDADE DE IMPRENSA EXERCIDA DE MODO REGULAR, SEM ABUSOS OU EXCESSOS. 1. Discussão acerca da potencialidade ofensiva de matéria

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publicada em jornal de grande circulação, que aponta possível envolvimento ilícito de magistrado com ex­deputado ligado ao desabamento do edifício Palace II, no Rio de Janeiro. 2. É extemporâneo o recurso especial interposto antes do julgamento dos embargos de declaração, salvo se houver reiteração posterior, porquanto o prazo para recorrer só começa a fluir após a publicação do acórdão integrativo. 3. Inexiste ofensa ao art. 535 do CPC, quando o Tribunal de origem pronuncia­se de forma clara e precisa sobre a questão posta nos autos. 4. A liberdade de informação deve estar atenta ao dever de veracidade, pois a falsidade dos dados divulgados manipula em vez de formar a opinião pública, bem como ao interesse público, pois nem toda informação verdadeira é relevante para o convívio em sociedade. 5. A honra e imagem dos cidadãos não são violados quando se divulgam informações verdadeiras e fidedignas a seu respeito e que, além disso, são do interesse público. 6. O veículo de comunicação exime­se de culpa quando busca fontes fidedignas, quando exerce atividade investigativa, ouve as diversas partes interessadas e afasta quaisquer dúvidas sérias quanto à veracidade do que divulgará. 7. Ainda que posteriormente o magistrado tenha sido absolvido das acusações, o fato é que, conforme apontado na sentença de primeiro grau, quando a reportagem foi veiculada, as investigações mencionadas estavam em andamento. 8. A diligência que se deve exigir da imprensa, de verificar a informação antes de divulgá­la, não pode chegar ao ponto de que notícias não possam ser veiculadas até que haja certeza plena e absoluta da sua veracidade. O processo de divulgação de informações satisfaz verdadeiro interesse público, devendo ser célere e eficaz, razão pela qual não se coaduna com rigorismos próprios de um procedimento judicial, no qual se exige cognição plena e exauriente acerca dos fatos analisados. 9. Não houve, por conseguinte, ilicitude na conduta da recorrente, tendo o acórdão recorrido violado os arts. 186 e 927 do CC/02 quando a condenou ao pagamento de compensação por danos morais ao magistrado. 10. Recurso especial de YARA DIAS DA CRUZ MACEDO E OUTRAS não conhecido. 11. Recurso especial da INFOGLOBO COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S/A provido. 12. Recurso especial de ALEXANDER DOS SANTOS MACEDO julgado prejudicado.” (STJ, REsp 1.297.567 ­ RJ (2011/0262188­2), Relatora: Min. Nancy Andrighi, data do julgamento: 23/04/2013, DJe: 02/05/2013) Grifei. “Direito civil. Imprensa televisiva. Responsabilidade civil. Necessidade de demonstrar a falsidade da notícia ou inexistência de interesse público. Ausência de culpa. Liberdade de imprensa exercida de modo regular, sem abusos ou excessos. ­ A lide deve ser analisada, tão­somente, à luz da legislação civil e constitucional pertinente, tornando­se irrelevantes as citações aos arts. 29, 32, § 1º, 51 e 52 da Lei 5.250/67, pois o Pleno do STF declarou, no julgamento da ADPF nº 130/DF, a não recepção da Lei de Imprensa pela CF/88. ­ A liberdade de informação deve estar atenta ao dever de veracidade, pois a falsidade dos dados divulgados manipula em vez de formar a opinião pública, bem como ao interesse público, pois nem toda informação verdadeira é relevante para o convívio em sociedade. ­ A honra e imagem dos cidadãos não são violados quando se divulgam informações verdadeiras e fidedignas a seu respeito e que, além disso, são do interesse público. ­ O veículo de comunicação exime­se de culpa quando busca fontes fidedignas, quando exerce atividade investigativa, ouve as diversas partes interessadas e afasta quaisquer dúvidas sérias quanto à veracidade do que divulgará. ­ O jornalista tem um dever de investigar os fatos que deseja publicar. Isso não significa que sua cognição deva ser plena e exauriente à semelhança daquilo que ocorre em juízo. A elaboração de reportagens pode durar horas ou meses, dependendo de sua complexidade, mas não se pode exigir que a mídia só divulgue fatos após ter certeza plena de sua veracidade. Isso se dá, em primeiro lugar, porque os meios de comunicação, como qualquer outro particular, não detém poderes estatais para empreender tal cognição. Ademais, impor tal exigência à imprensa significaria engessá­la e condená­la a morte. O processo de divulgação de informações satisfaz verdadeiro interesse público, devendo ser célere e eficaz, razão pela qual não se coaduna com rigorismos próprios de um procedimento judicial. ­ A reportagem da recorrente indicou o recorrido como suspeito de integrar organização criminosa. Para sustentar tal afirmação, trouxe ao ar elementos importantes, como o depoimento de fontes fidedignas, a saber: (i) a prova testemunhal de quem foi à autoridade policial formalizar notícia crime; (ii) a opinião de um Procurador da República. O repórter fez­se passar por agente interessado nos benefícios da atividade ilícita, obtendo gravações que efetivamente demonstravam a existência de engenho fraudatório. Houve busca e apreensão em empresa do recorrido e daí infere­se que, aos olhos da autoridade judicial que determinou tal medida, havia fumaça do bom direito a justificá­la. Ademais, a reportagem procurou ouvir o recorrido, levando ao ar a palavra de seu advogado. Não se tratava, portanto, de um mexerico, fofoca ou boato que, negligentemente, se divulgava em cadeia nacional. ­ A suspeita que recaía sobre o recorrido, por mais dolorosa que lhe seja, de fato, existia e era, à época, fidedigna. Se hoje já não pesam sobre o recorrido essas suspeitas, isso não faz com que o passado se altere. Pensar de modo contrário seria impor indenização a todo veículo de imprensa que divulgue investigação ou ação penal que, ao final, se mostre improcedente. Recurso especial provido.” (STJ, REsp 984.803 ­ ES (2007/0209936­1), Relatora: Min. Nancy Andrighi, data do julgamento: 26/05/2009, DJe: 19/08/2009). Grifei. “RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL ­ AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL ­ MATÉRIA JORNALÍSTICA VEICULADA EM REDE DE TELEVISÃO LOCAL ­ REPORTAGEM QUE NOTICIA SUPOSTA IRREGULARIDADE NA GESTÃO DOS RECURSOS DOS COFRES MUNICIPAIS ­ DIREITO DE INFORMAR ­ ABUSO NÃO CONFIGURADO ­ INTENÇÃO DE OFENDER NÃO VERIFICADA ­ DANO MORAL ­ NÃO CARACTERIZADO ­ AÇÃO JULGADA IMPROCEDENTE ­ RECURSO IMPROVIDO. 1. “A responsabilidade civil decorrente de abusos perpetrados por meio da imprensa abrange a colisão de dois direitos fundamentais: a liberdade de informação e a tutela dos direitos da personalidade (honra, imagem e vida privada). A atividade jornalística deve ser livre para informar a sociedade acerca de fatos cotidianos de interesse público, em observância ao princípio constitucional do Estado Democrático de Direito; contudo, o direito de informação não é absoluto, vedando­se a divulgação de notícias falaciosas, que exponham indevidamente a intimidade ou acarretem danos à honra e à imagem dos indivíduos, em ofensa ao princípio constitucional da dignidade da pessoa humana.” (REsp 719.592/AL, Rel. Ministro Jorge Scartezzini, Quarta Turma,

(5)

julgado em 12­12­2005, DJ 1º­2­2006, p. 567). 2. Não se verificando o abuso no direito de informar em reportagem veiculada em rede de televisão local, muito menos a intenção em prejudicar/ofender determinada pessoa, não há que se falar na ocorrência de dano moral a ser indenizado.” (TJ/MT, Ap 20933/2009, DES. JOSÉ FERREIRA LEITE, SEXTA CÂMARA CÍVEL, Julgado em 25/11/2009, Publicado no DJE 17/12/2009). Grifei. Diante do exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado na inicial. Condeno o requerente ao pagamento das custas processuais e honorários e advocatícios, estes fixados em R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais), nos termos do artigo 20, § 4º, do CPC. Entretanto, a cobrança de tais verbas fica sobrestada, na forma do que estabelece o art. 12 da Lei nº 1.060/50, uma vez que é beneficiário da assistência judiciária gratuita. Com o trânsito em julgado, o que deverá ser certificado, arquivem­se os autos, procedendo­se às baixas e anotações necessárias, devendo a Sra. Gestora observar os itens 2.21.10.1, 2.3.27 e 2.3.27.2 da CNGC, no que concerne às custas processuais, se for o caso. Publique­se. Registre­se. Intimem­se. Sinop, 19 de fevereiro de 2016. GIOVANA PASQUAL DE MELLO Juíza de Direito 22/02/2016 Concluso p/Sentença 10/02/2016 Carga De: Quarta Vara Para: Gabinete da Quarta Vara 17/12/2015 Carga De: Gabinete da Quarta Vara Para: Quarta Vara 17/12/2015 Devolvido sem Decisão/Despacho Devolvo os autos sem decisão/despacho, ante a proximidade do período de recesso forense e de usufruto de férias individuais. 26/10/2015 Carga De: Quarta Vara Para: Gabinete da Quarta Vara 26/10/2015 Concluso p/Despacho/Decisão 14/10/2015 Certidão de Decurso de Prazo

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