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PORTUGUÊS - 3 o ANO MÓDULO 45 PRODUÇÃO LITERÁRIA: LITERATURA DE INFORMAÇÃO E BARROCO

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Texto

(1)

PORTUGUÊS - 3

o

ANO

MÓDULO 45

PRODUÇÃO LITERÁRIA:

LITERATURA

DE INFORMAÇÃO

E BARROCO

(2)
(3)
(4)
(5)
(6)

Como pode cair no enem (ENEM)

Texto I

Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e daí a pouco começaram a vir mais. E parece--me que viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Al-guns deles traziam arcos e flechas, que todos trocaram por carapuças ou por qualquer coisa que lhes davam. (…) Andavam todos tão bem-dispostos, tão bem feitos e galantes com suas tinturas que muito agradavam.

(CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 1996 [fragmento].) Texto II

Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero Vaz de Caminha e a obra de Portinari retratam a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, constata-se que: a) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das primeiras manifestações artísticas dos portugueses em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a estética literária.

b) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados, cuja grande significação é a afirmação da arte acadêmica brasileira e a con-testação de uma linguagem moderna.

c) a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do colonizador sobre a gente da terra, e a pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos nativos.

d) as duas produções, embora usem linguagens diferentes — verbal e não verbal —, cumprem a mesma função social e artística.

e) a pintura e a carta de Caminha são manifes-tações de grupos étnicos diferentes, produzidas em um mesmo momento histórico, retratando a colonização

(PORTINARI, C. O

descobrimento do Brasil. 1956.

Óleo sobre tela, 199X169cm. Disponível em: www.portinari.

org.br. Acesso em: 12 jun. 2013.)

(7)

Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero Vaz de Caminha e a obra de Portinari retratam a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, constata-se que: a) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das primeiras manifestações artísticas dos portugueses em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a estética literária.

b) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados, cuja grande significação é a afirmação da arte acadêmica brasileira e a con-testação de uma linguagem moderna.

c) a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do colonizador sobre a gente da terra, e a pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos nativos.

d) as duas produções, embora usem linguagens diferentes — verbal e não verbal —, cumprem a mesma função social e artística.

e) a pintura e a carta de Caminha são manifes-tações de grupos étnicos diferentes, produzidas em um mesmo momento histórico, retratando a colonização

Fixação

1) (UFF) A capacidade artística de Aleijadinho é algo extraordinário. Faz-se presente um res-peito absoluto por parte de leigos e profissionais da arte em todo mundo.

A imagem dos Profetas de Aleijadinho exemplifica a arte barroca. Segundo Oswald de An-drade, em seu poema Ocaso, “São degraus da arte do meu país/ Onde ninguém mais subiu.” Todas as opções abaixo caracterizam a arte barroca, exceto:

a) tentativa de conciliação entre valores medievais e valores renascentistas, do que resultou o jogo paradoxal;

b) Carpe diem, diante da possibilidade da morte;

c) ausência de equilíbrio, traduzida numa arte que deixa transparecer o grotesco; d) visão repleta de dicotomias, paradoxos, conflitos;

(8)

Fixação

2) (UFF)

Que és terra, homem, e em terra hás de tornar-te, te lembra hoje Deus por sua igreja;

De pó te fez espelho, em que se veja A vil matéria, de que quis formar-te.

Conforme sugere o excerto acima, o poeta barroco não raro expressa:

a) o medo de ser infeliz; uma angústia em face da vida, a que não consegue dar sentido; a desilusão diante da falência de valores terrenos e divinos.

b) a consciência de que o mundo terreno é efêmero e vão; o sentimento de nulidade diante do poder divino.

c) a percepção de que não há saídas para o homem; a certeza de que o aguardam o inferno e a desgraça espiritual.

d) a necessidade de ser piedoso e caritativo, paralela à vontade de fruir até as últimas conse-quências, o lado material da vida.

(9)

Fixação

2) (UFF)

Que és terra, homem, e em terra hás de tornar-te, te lembra hoje Deus por sua igreja;

De pó te fez espelho, em que se veja A vil matéria, de que quis formar-te.

Conforme sugere o excerto acima, o poeta barroco não raro expressa:

a) o medo de ser infeliz; uma angústia em face da vida, a que não consegue dar sentido; a desilusão diante da falência de valores terrenos e divinos.

b) a consciência de que o mundo terreno é efêmero e vão; o sentimento de nulidade diante do poder divino.

c) a percepção de que não há saídas para o homem; a certeza de que o aguardam o inferno e a desgraça espiritual.

d) a necessidade de ser piedoso e caritativo, paralela à vontade de fruir até as últimas conse-quências, o lado material da vida.

e) A revolta contra os aspectos fatais que os deuses imprimem a seu destino e à vida na terra.

Fixação

3) (ENEM) Murilo Mendes, em um de seus poemas, dialoga com a Carta, de Pero Vaz de Caminha:

A terra é mui graciosa Tão fértil nunca vi. A gente espeta um caniço,

No dia seguinte nasce Bengala de castão de oiro.

Tem goiabas, melancias, Banana que nem chuchu. Quanto aos bichos, tem-nos muito.

De plumagens mui vistosas. Tem macaco até demais Diamantes tem à vontade Esmeralda é para os trouxas.

Reforçai, Senhor, a arca, Cruzados não faltarão, Vossa perna encanareis Salvo o devido respeito. Ficarei muito saudoso

Se for embora daqui.

(MENDES, Murilo – Poesia completa e prosa. RJ: Nova Aguilar, 1994)

Arcaísmos e termos coloquiais misturam-se nesse poema, criando um efeito de contraste, como ocorre em:

a) a terra é mui graciosa / tem macacos até demais;

b) salvo o devido respeito / ficarei muito sau-doso;

c) a gente vai passear / ficarei muito saudoso; d) de plumagens mui vistosas / bengala de castão de oiro;

e) no chão espeta um caniço / diamantes tem à vontade.

(10)

Fixação

Descreve o que era realmente naquele tempo a cidade da Bahia.

A cada canto um grande conselheiro Que nos quer governar a cabana e vinha, Não sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro. Em cada porta um frequentado olheiro, Que a vida do vizinho, e da vizinha Pesquisa, escuta, espreita, e esquad-rinha,

Para a levar à Praça, e ao Terreiro. Muitos Mulatos desavergonhados, Trazidos pelos pés os homens nobres, Posta nas palmas toda a picardia. Estupendas usuras nos mercados, Todos, os que não furtam, muito pobres, E eis aqui a cidade da Bahia.

(MATOS, Gregório de. In: BARBOSA, F. [org.] Clássicos da

Poesia Brasileira. RJ: Klick Editora, 1998, p.24/25.)

4) (UFRRJ) A crítica à incapacidade dos portu-gueses de governar o Brasil e a consequente pobreza do povo são temas presentes nesse poema barroco de Gregório de Matos e rep-resentam uma característica retomada, mais tarde, pelo Romantismo.

Essa característica é: a) o sentimento nativista. b) a preferência pelo soneto. c) a denúncia da escravidão. d) a tendência regionalista. e) a volta ao passado histórico.

Fixação

5) (UFPE)

Discreta e formosíssima Maria

Enquanto estamos vendo a qualquer hora Em tuas faces a rosada Aurora,

Em teus olhos e boca, o sol e o dia: Goza, goza da flor da mocidade Que o tempo trata a toda ligeireza E imprime em toda flor sua pisada.

(Gregório de Matos)

Boa-noite, Maria! Eu vou-me embora, A lua nas janelas bate em cheio. Boa-noite, Maria! É tarde...é tarde... Não me apertes assim contra teu seio. Mas não me digas descobrindo o peito Mar de amor onde vagam meus desejos

(Castro Alves) Nos versos acima, o lirismo barroco, em Gregório de Matos, e o romântico, em Castro Alves, apresentam pontos de divergência e convergência, apesar de pertencerem a movimentos literários diferentes, distanciados por séculos. As convergências se devem a que:

a) a visão do amor, fundamentada na religiosidade contrarreformista, elimina a expressão do amor físico, sublimando o sentimento.

b) as relações amorosas são apresentadas de uma maneira sensual e ardente.

c) o tema do Carpe diemfaz referência ao aproveitamento da vida e da beleza, na sua brevidade; d) utilizando o discurso direto, os poetas descrevem suas amadas, recorrendo a metáforas

(11)

4) (UFRRJ) A crítica à incapacidade dos portu-gueses de governar o Brasil e a consequente pobreza do povo são temas presentes nesse poema barroco de Gregório de Matos e rep-resentam uma característica retomada, mais tarde, pelo Romantismo.

Essa característica é: a) o sentimento nativista. b) a preferência pelo soneto. c) a denúncia da escravidão. d) a tendência regionalista. e) a volta ao passado histórico.

Fixação

5) (UFPE)

Discreta e formosíssima Maria

Enquanto estamos vendo a qualquer hora Em tuas faces a rosada Aurora,

Em teus olhos e boca, o sol e o dia: Goza, goza da flor da mocidade Que o tempo trata a toda ligeireza E imprime em toda flor sua pisada.

(Gregório de Matos)

Boa-noite, Maria! Eu vou-me embora, A lua nas janelas bate em cheio. Boa-noite, Maria! É tarde...é tarde... Não me apertes assim contra teu seio. Mas não me digas descobrindo o peito Mar de amor onde vagam meus desejos

(Castro Alves) Nos versos acima, o lirismo barroco, em Gregório de Matos, e o romântico, em Castro Alves, apresentam pontos de divergência e convergência, apesar de pertencerem a movimentos literários diferentes, distanciados por séculos. As convergências se devem a que:

a) a visão do amor, fundamentada na religiosidade contrarreformista, elimina a expressão do amor físico, sublimando o sentimento.

b) as relações amorosas são apresentadas de uma maneira sensual e ardente.

c) o tema do Carpe diemfaz referência ao aproveitamento da vida e da beleza, na sua brevidade; d) utilizando o discurso direto, os poetas descrevem suas amadas, recorrendo a metáforas

(12)

Fixação

Texto para as questões 6 e 7.

Segue neste soneto a máxima de bem viver que é envolver-se na confusão dos néscios para passar melhor a vida.

Soneto

Carregado de mim ando no mundo, E o grande peso embarga-me as passadas, Que como ando por vias desusadas, Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo. O remédio será seguir o imundo

Caminho, onde dos mais vejo as pisadas, Que as bestas andam juntas mais ousadas, Do que anda só o engenho mais profundo. Não é fácil viver entre os insanos,

Erra quem presumir que sabe tudo, Se o atalho não soube dos seus danos. O prudente varão há de ser mudo,

Que é melhor neste mundo, mar de enganos, Ser louco c’os demais, que só, sisudo.

(MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos. São Paulo: Cultrix, 1989. p. 253)

6) (UFRJ) O soneto de Gregório de Matos apresenta, em sua construção, um conflito entre o eu lírico e o mundo. a) Em que consiste esse conflito?

b) Qual foi a solução proposta?

Fixação

7) (UFRJ) O Barroco faz um uso particular de metáforas para concretizar abstrações. No texto, encontram-se vocábulos cujos imagens vinculadas à travessia do eu lírico no mundo.

Retire do texto quatro vocábulos desse campo semântico, sendo dois verbos e dois sub-stantivos.

(13)

Fixação

Texto para as questões 6 e 7.

Segue neste soneto a máxima de bem viver que é envolver-se na confusão dos néscios para passar melhor a vida.

Soneto

Carregado de mim ando no mundo, E o grande peso embarga-me as passadas, Que como ando por vias desusadas, Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo. O remédio será seguir o imundo

Caminho, onde dos mais vejo as pisadas, Que as bestas andam juntas mais ousadas, Do que anda só o engenho mais profundo. Não é fácil viver entre os insanos,

Erra quem presumir que sabe tudo, Se o atalho não soube dos seus danos. O prudente varão há de ser mudo,

Que é melhor neste mundo, mar de enganos, Ser louco c’os demais, que só, sisudo.

(MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos. São Paulo: Cultrix, 1989. p. 253)

6) (UFRJ) O soneto de Gregório de Matos apresenta, em sua construção, um conflito entre o eu lírico e o mundo. a) Em que consiste esse conflito?

b) Qual foi a solução proposta?

Fixação

7) (UFRJ) O Barroco faz um uso particular de metáforas para concretizar abstrações. No texto, encontram-se vocábulos cujos imagens vinculadas à travessia do eu lírico no mundo.

Retire do texto quatro vocábulos desse campo semântico, sendo dois verbos e dois sub-stantivos.

(14)

Fixação

8) (UFRJ)

Desde sempre

Na minha frente, no cinema escuro e silencioso

Eu vejo as imagens musicalmente rítmicas Narrando a beleza suave de um drama de amor.

Atrás de mim, no cinema escuro e si-lencioso

Ouço vozes surdas, viciadas

Vivendo a miséria de uma comédia de carne.

Cada beijo longo e casto do drama Corresponde a cada beijo ruidoso e sensual da comédia

Minha alma recolhe a carícia de um E a minha carne a brutalidade do outro. Eu me angustio.

Desespera-me não me perder da co-média ridícula e falsa

Para me integrar definitivamente no drama. Sinto a minha carne curiosa prendendo-me às palavras implorantes

Que ambos se trocam na agitação do sexo Tento fugir para a imagem pura e me-lodiosa

Mas ouço terrivelmente tudo Sem poder tapar os ouvidos.

Num impulso fujo, vou para longe do casal impudico

Para somente poder ver a imagem. Mas é tarde. Olho o drama sem mais penetrar-lhe a beleza

Minha imaginação cria o fim da co-média que é sempre o mesmo fim

E me penetra a alma uma tristeza infinita Como se para mim tudo tivesse morrido.

(Vinicius de Moraes)

Autores e obras de um determinado período podem apresentar — nos níveis da forma ou do conteúdo — padrões estéticos e ideológi-cos caracterizadores de um outro momento histórico. Partindo de tal afirmação, pode-se dizer que o texto acima, embora escrito por um poeta do século XX, apresenta um conflito tipicamente barroco. Descreva esse conflito com base em elementos extraídos do texto.

(15)

Proposto

1) (UFF) Fragmento de texto: Sermão do Mandato de Antônio Vieira.

Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. São as feições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas, que partem do centro para a circunferência, que quanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino; porque não há amor tão robusto que chegue a ser velho. De todos os instrumentos com que o armou a natureza o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco, com que já não atira; embota-lhe as setas, com que já não fere; abre-lhe os olhos com que vê o que não via; e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razão natural de toda esta diferença é porque o tempo tira novidade às coisas, descobre--lhe os defeitos, enfastiadescobre--lhe o gosto, e bastam que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais o amor?! O mesmo amar é causa de não amar e o ter amado muito, de amar menos.

Abaixo, você encontra dois fragmentos que também se referem ao tempo. Selecione apenas aquele que tenha relação com o Sermão do Mandato de Antônio Vieira. Justifique sua escolha.

Fragmento 1:

Gozai, gozai da flor da formosura, Antes que o frio da madura idade Tronco deixe despido, o que é verdura. Que passado o Zenith da mocidade, Sem a noite encontrar da sepultura, é cada dia ocaso da beldade.

Fragmento 2:

Leva-me o tempo para a frente, certo de sua direção.

Pausado passo indiferente. Que ambos se trocam na agitação do sexo

Tento fugir para a imagem pura e me-lodiosa

Mas ouço terrivelmente tudo Sem poder tapar os ouvidos.

Num impulso fujo, vou para longe do casal impudico

Para somente poder ver a imagem. Mas é tarde. Olho o drama sem mais penetrar-lhe a beleza

Minha imaginação cria o fim da co-média que é sempre o mesmo fim

E me penetra a alma uma tristeza infinita Como se para mim tudo tivesse morrido.

(Vinicius de Moraes)

Autores e obras de um determinado período podem apresentar — nos níveis da forma ou do conteúdo — padrões estéticos e ideológi-cos caracterizadores de um outro momento histórico. Partindo de tal afirmação, pode-se dizer que o texto acima, embora escrito por um poeta do século XX, apresenta um conflito tipicamente barroco. Descreva esse conflito com base em elementos extraídos do texto.

(16)

Proposto

2) (UFRS) Quanto ao período Barroco e seus representantes na literatura colonial brasileira, é correto afirmar que:

a) os sermões de Antônio Vieira apresentam uma retórica complexa pela exuberância de ima-gens e pelos postulados morais e religiosos.

b) a obra de Gregório de Matos se distingue pela sua unidade temática, expressa por um tom satírico.

c) a poesia irreverente de Gregório de Matos satiriza diferentes tipos sociais, exceção feita aos representantes da Igreja.

d) o predomínio dos valores transcendentais, motivados pela Reforma, marca o estilo barroco da obra de Vieira.

e) Gregório de Matos se ateve ao uso da língua culta da Metrópole, ao contrário de Vieira, que utilizou termos indígenas, africanos e populares.

(17)

Proposto

2) (UFRS) Quanto ao período Barroco e seus representantes na literatura colonial brasileira, é correto afirmar que:

a) os sermões de Antônio Vieira apresentam uma retórica complexa pela exuberância de ima-gens e pelos postulados morais e religiosos.

b) a obra de Gregório de Matos se distingue pela sua unidade temática, expressa por um tom satírico.

c) a poesia irreverente de Gregório de Matos satiriza diferentes tipos sociais, exceção feita aos representantes da Igreja.

d) o predomínio dos valores transcendentais, motivados pela Reforma, marca o estilo barroco da obra de Vieira.

e) Gregório de Matos se ateve ao uso da língua culta da Metrópole, ao contrário de Vieira, que utilizou termos indígenas, africanos e populares.

Proposto

Texto para as questões 3 a 5.

A colonização do Brasil foi objeto temático de várias épocas literárias. Leia o poema abaixo:

Foi mudando, mudando

Tempos e tempos passaram por sobre teu ser.

Da era cristã de 1500

Até estes tempos severos de hoje, Quem foi que formou de novo teu ventre, teus olhos, tua alma?

Te vendo, medito; foi negro, foi índio ou foi cristão?

Os modos de rir, o jeito de andar, pele,

gozo, coração...

Negro, índio ou cristão?

Quem foi que te deu esta sabedoria, mais dengo e alvura,

cabelo escorrido, tristeza do mundo... desgosto da vida, orgulho de branco, algemas,

resgates, alforrias?

Foi negro, foi índio ou foi cristão? Quem foi que mudou teu leite, teu sangue, teus pés,

teu modo de arrumar teus santos, teus ódios, teu fogo,

teu suor, tua espuma

tua saliva, teus braços, teus suspiros, tuas

comidas, tua língua?

Te vendo, medito: foi negro, foi índio ou foi cristão?

(Jorge de Lima)

3) O uso artístico da palavra proporciona ao leitor uma

fonte de prazer, pois as palavras recuperam, na literatura, sua plenitude semântica, des-gastadas pela prática linguística cotidiana.

Comente a expressividade do jogo poético, exemplificando a sua resposta como um verso do poema de Jorge de Lima.

(18)

Proposto

4) A linguagem poética se reveste de elementos próprios que a tornam mais musical e, conse-quentemente, mais bela. Assinale a opção incorreta na análise do texto:

a) o verso “tua saliva, teus braços, teus suspiros, tuas comidas” é constituído de palavras que apresentam entre si, relações de similaridade fônica: isorrítmicos (acento tônico na penúltima sílaba), o que contribui para a musicalidade do verso;

b) há um exemplo de aliteração na série “saliva, abraços e suspiros”;

c) pode-se perceber a personificação do Brasil não só pelo aspecto semântico, mas também pelo uso da 2a pessoa gramatical;

d) a função de linguagem predominante no texto é a emotiva, embora o cuidado com a escolha das palavras nos permita reconhecer a função metalinguística;

(19)

Proposto

4) A linguagem poética se reveste de elementos próprios que a tornam mais musical e, conse-quentemente, mais bela. Assinale a opção incorreta na análise do texto:

a) o verso “tua saliva, teus braços, teus suspiros, tuas comidas” é constituído de palavras que apresentam entre si, relações de similaridade fônica: isorrítmicos (acento tônico na penúltima sílaba), o que contribui para a musicalidade do verso;

b) há um exemplo de aliteração na série “saliva, abraços e suspiros”;

c) pode-se perceber a personificação do Brasil não só pelo aspecto semântico, mas também pelo uso da 2a pessoa gramatical;

d) a função de linguagem predominante no texto é a emotiva, embora o cuidado com a escolha das palavras nos permita reconhecer a função metalinguística;

e) há, no poema, exemplo de anáfora.

Proposto

5) Considerando-se a produção artística ao longo da história, podemos perceber que, em certas épocas, apesar das diferenças individuais, os artistas apresentam pontos em comum, o que nos permite agrupá-los num estilo de época. O texto de Jorge de Lima pertence ao Modernismo, que apresenta como característica básica identificada no poema:

a) repetição de palavras;

b) presença de figuras de linguagem; c) versos brancos e livres;

d) visão ufanista do Brasil; e) preocupação métrica.

(20)

Proposto

Texto para as questões 6 e 7. 1500

A imaginação do senhor Flutua sobre a baía. As pitangas e os cajus Descansam o dia inteiro. O céu, de manhã à tarde, Faz pinturas de baú. O Pão de Açúcar sonhou Que um carro saiu da Urca Transportando com amor Meninas muito dengosas, Umas, nuinhas da silva, Outras, vestidas de tanga, E mais outras, de maillot. Chega um índio na piroga, Tira uma gaita do cinto, Desfia um lundu tão bom Que uma índia sai da onda, Suspende o corpo no mar. Nasce ali mesmo um garoto Do corpo moreno dela, No dia seguinte mesmo O indiozinho já está De arco e flecha na mão

Olhando pro fim do mar. De repente uma fragata Brotou do chão da baía, Sai um velho de tamancos, Fica em pé no portaló, Dá um grito: “Bofé, vilões! Descobrimos um riacho E a fruta aqui é bem boa.” No mesmo instante o garoto Lhe respondeu: “Sai, azar!” Despede uma flecha no velho Cheiinho de barbas brancas, Pensa que é Dão Sebastião, Dá um tremor no seu corpo E zarpou para Lisboa.

(MENDES, Murilo. Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar.1994. p.143-144) 6) (UFRJ) Muitos foram os escritores modernis-tas que procuraram, em suas obras, “recontar” a história de nosso país.

a) No poema de Murilo Mendes, qual o verso que introduz a “cena” do primeiro contato entre os descobridores e os habitantes originários das terras brasileiras?

b) Do modo como é apresentada, a relação colonizador versus colonizado está de acordo com o que nos contam os livros de história? Justifique.

(21)

Proposto

7) (UFRJ) Murilo Mendes procura trazer para seu poema diversas marcas de “brasilidade”. a) Qual o verso em que dois recursos linguísticos, próprios da linguagem coloquial, formam uma só unidade de sentido?

(22)

Proposto

8) (UFF) Assinale o fragmento que representa uma retomada modernista da Carta de Pero Vaz de Caminha.

a) O Novo Mundo nos músculos / sente a seiva do porvir. (Castro Alves) b) Minha terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá (Gonçalves Dias) c) A terra é mui graciosa / Tão fértil eu nunca vi. (Murilo Mendes)

d) Irás a divertir-te na floresta, / sustentada, Marília, no meu braço (Tomás Antônio Gonzaga) e) Todos cantam sua terra / Também vou cantar a minha (Casimiro de Abreu)

(23)

Proposto

8) (UFF) Assinale o fragmento que representa uma retomada modernista da Carta de Pero Vaz de Caminha.

a) O Novo Mundo nos músculos / sente a seiva do porvir. (Castro Alves) b) Minha terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá (Gonçalves Dias) c) A terra é mui graciosa / Tão fértil eu nunca vi. (Murilo Mendes)

d) Irás a divertir-te na floresta, / sustentada, Marília, no meu braço (Tomás Antônio Gonzaga) e) Todos cantam sua terra / Também vou cantar a minha (Casimiro de Abreu)

Proposto Texto I

Naquela terra querida, Que era sua e não era, Onde sonhara com a vida Mas nunca viver pudera, Ia morrer sem comida Aquele de cuja lida Tanta comida nascera.

(Gullar Ferreira.1964. João Boa-Morte, cabra marcado pra morrer. In: AGUIAR, F. [org.] Com palmos medida: Terra, trabalho e conflito

na literatura brasileira. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999, p. 309.)

Texto II

Os moradores desta costa do Brasil todos têm terra de sesmarias dadas e repartidas pelos capitães da terra, e a primeira coisa que pretendem alcançar são escravos para lhe fazerem e granjearem suas roças e fazendas, porque sem eles não se podem sustentar na terra: e uma das coisas porque o Brasil não floresce muito mais é pelos escravos que se alevantarão e fu-girão para suas terras e fogem cada dia: e se esses índios não foram tão fugitivos e mutáveis, não tivera comparação a riqueza do Brasil.

(GANDAVO, Pero de Magalhães. 1576. Tratado das terras do Brasil. Lisboa. In: AGUIAR, F. (org.). 1999. Com palmos medida. Terra, trabalho e conflito na literatura brasileira.São Paulo, Fundação Perseu Abramo: p. 35.)

9) (UFRJ) Qual o aspecto, na relação de trabalho, que une os textos I e II, apesar de escritos em épocas tão distintas, século XX e XVI, respectivamente?

(24)

Proposto

10) (UFRJ) Destaque do texto II duas formas verbais que indicam fatos passados e estão grafadas de forma diversa à atual, apontando a ortografia agora vigente.

(25)

Proposto

10) (UFRJ) Destaque do texto II duas formas verbais que indicam fatos passados e estão grafadas de forma diversa à atual, apontando a ortografia agora vigente.

Proposto

11) (UFRJ) Quais as formas verbais que poderiam substituir, sem prejuízo do sentido, foram e tivera, na última linha do texto II?

(26)

Proposto

Texto para as questões 12 e 13.

À instabilidade das cousas do mundo

Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em continuas tristezas a alegrias, Porém, se acaba o Sol, por que nascia? Se é tão formosa a Luz, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto, da pena assim se fia? Mas no Sol e na Luz falte a firmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria, sinta-se triste.

Começa o mundo, enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza: A firmeza somente na inconstância.

(Gregório de Matos)

12) No texto predominaram as imagens:

a) olfativas; d) táteis;

b) gustativas; e) visuais.

(27)

Proposto

Texto para as questões 12 e 13.

À instabilidade das cousas do mundo

Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em continuas tristezas a alegrias, Porém, se acaba o Sol, por que nascia? Se é tão formosa a Luz, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto, da pena assim se fia? Mas no Sol e na Luz falte a firmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria, sinta-se triste.

Começa o mundo, enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza: A firmeza somente na inconstância.

(Gregório de Matos)

12) No texto predominaram as imagens:

a) olfativas; d) táteis;

b) gustativas; e) visuais.

c) auditivas;

Proposto

13) A ideia central do texto é:

a) a duração efêmera de todas as realidades do mundo; b) a grandeza de Deus e a pequenez humana;

c) os contrastes da vida; d) a falsidade das aparências;

(28)

Proposto

14) (ENEM)

No Brasil colonial, os portugueses procuravam ocupar e explorar os territórios descobertos, nos quais viviam índios, que eles queriam cristianizar e usar como força de trabalho. Os missionários aprendiam os idiomas dos nativos para catequizá-los nas suas próprias línguas. Ao longo do tempo, as línguas se influenciaram. O resultado desse processo foi a formação de uma língua geral, desdobrada em duas variedades: o abanheenga, ao sul, e o nheengatu, ao norte. Quase todos se comunicavam na língua geral, sendo poucos aqueles que falavam apenas o português. De acordo com o texto, a língua geral formou-se e consolidou-se no contexto histórico do Brasil Colônia. Portanto, a formação desse idioma e suas variedades foi condicionada: a) pelo interesse dos indígenas em aprender a religião dos portugueses.

b) pelo interesse dos portugueses em aprimorar o saber linguístico dos índios. c) pela percepção dos indígenas de que as suas línguas precisavam aperfeiçoar-se.

d) pelo interesse unilateral dos indígenas em aprender uma nova língua com os portugueses. e) pela distribuição espacial das línguas indígenas, que era anterior à chegada dos portugueses.

Referências

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