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Alvino Pedrosa Ferreira

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Academic year: 2021

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Centro de Ciências Exatas e da Natureza

Departamento de Sistemática e Ecologia

Curso de Ciências Biológicas

Riqueza de Falconiformes em Fragmentos de Mata Atlântica

da Planície Litorânea da Paraíba, Brasil.

Alvino Pedrosa Ferreira

João Pessoa

2010

(2)

ALVINO PEDROSA FERREIRA

Riqueza de Falconiformes em Fragmentos de Mata Atlântica

da Planície Litorânea da Paraíba, Brasil.

Trabalho de Conclusão de Curso em

cumprimento às exigências para

obtenção do grau de Bacharelado do

Curso de Ciências Biológicas da

Universidade Federal da Paraíba.

Orientador: Prof. Dr. Alan Loures Ribeiro

João Pessoa

2010

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ALVINO PEDROSA FERREIRA

Riqueza de Falconiformes em Fragmentos de Mata Atlântica da

Planície Litorânea da Paraíba, Brasil.

Trabalho de Conclusão de Curso em

cumprimento às exigências para obtenção do

grau de Bacharelado do Curso de Ciências

Biológicas da Universidade Federal da

Paraíba.

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Alan Loures Ribeiro – CCEN/DSE/Campus I/UFPB

Prof. Dr. Helder Farias Pereira Araújo – CCA/DCB/Campus II/UFPB

MSc. Andrei Langeloh Roos – CEMAVE/ICMBio

Prof. Dr. Alexandre Ramlo Torre Palma – CCEN/DSE/Campus

I/UFPB

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Dedico este texto aos meus pais, Alvino

Ferrreira (in memoriam) e Hetilety

Pedrosa Ferreira, por todo o amor,

valores e educação.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Alvino Ferreira (in memoriam) e Hetilety Pedrosa Ferreira, por todo o amor, valores e educação, os quais levarei por toda a vida com muita honra, e repassarei aos meus filhos e netos com a confiança de estar criando pessoas de bem.

À minha amada Daniela de Carvalho Melo por estar ao meu lado durante todo o curso como namorada e companheira de trabalhos, fazendo todo este momento ser o mais prazeroso possível.

Aos meus irmãos, tios, tias, primos, primas e todos os outros familiares pelo apoio durante o curso.

Ao Professor Doutor Alan Loures Ribeiro pela excelente orientação nos trabalhos acadêmicos.

Ao Professor Doutor Helder Farias Pereira de Araújo por aceitar o convite para fazer parte esta banca examinadora, pelo treinamento de campo inicial e pela introdução ao mundo da Ornitologia.

Ao MSc. Andrei Langeloh Roos e Prof. Dr. Alexandre Ramlo Torre Palma por aceitarem o convite para fazerem parte desta banca examinadora.

Aos amigos do curso e de outras áreas da vida pelos momentos de lazer durante o curso, sem os quais tudo seria mais estressante.

À UFPB/PRPG e CNPq pelo apoio financeiro através da bolsa PIBIC.

Ao IBAMA e ICMBio pelo licenciamento para o trabalho de campo.

À Reserva Biológica Guaribas, Destilarias Miriri e Japungú pelo apoio logístico e autorização de trabalho em suas áreas de mata, assim como aos seus funcionários que estiveram em campo conosco em diversos momentos.

À todos os funcionários do curso e da UFPB, desde secretarias e coordenações até cargos como a limpeza.

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“O meu sonho é a realização dos sonhos

dos meus filhos.”

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RESUMO

O trabalho objetivou estimar a riqueza e a abundância relativa de Falconiformes florestais, além de verificar a relação entre o tamanho dos remanescentes florestais e o número de espécies detectadas. Entre junho de 2009 e julho de 2010 foram realizadas amostragens de Falconiformes em oito fragmentos de floresta Atlântica da planície litorânea da Paraiba, Brasil. As amostragens foram realizadas entre 5:00h e 10:00 h da manhã. Nas duas primeiras horas, trilhas foram percorridas a fim de detectar principalmente as espécies de sub-bosque. Nas três horas seguintes observou-se o dossel da floresta a partir da borda dos fragmentos, clareiras e pontos de observação vantajosa. Binóculos 8x42mm e 10x50mm, assim como um gravador digital com o auxílio de um microfone direcional foram empregados para o registro das espécies. Ao todo, 271 indivíduos de 15 espécies de aves de rapina diurnas foram registradas durante 40 dias de amostragem. Embora a curva de rarefação das espécies não tenha alcançado uma assíntota, a riqueza estimada (Jackknife 2) foi de 20 espécies (p<0.05). Não houve uma relação entre a riqueza de espécies de Falconiformes e o tamanho dos fragmentos florestais. A dificuldade de registro de aves de rapina diurna se deve principalmente em função de algumas das suas características básicas, como sua conspicuidade, intolerância à presença humana, baixa densidade e hábitos territoriais. São necessárias mais visitas aos fragmentos, assim como a adição de novos fragmentos ao trabalho, a fim de determinar o atual estado de conservação destas espécies na planície litorânea da Paraíba. Embora as espécies observadas não estejam incluídas em listas de espécies ameaçadas, o futuro destas espécies é incerto na região. Novos estudos e estratégias de conservação devem ser implementados a fim de obter informações mais precisas à seu respeito.         

Palavras-chave: Aves, Falconiformes, Aves de Rapina, Mata Atlântica, Fragmentação, Paraíba.         

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ABSTRACT

This work aimed to estimate the richness and relative abundance of forest Falconiforms and verify the relation between the size of the forest remnants and the number of species detected. I sampled Falconiforms on eight fragments of Altantic Forest of the coastal plain of Paraíba, Brasil, between june of 2009 and july of 2010. The samples were made between 5:00h and 10:00h in the morning. On the first two hours, I walked trails to detect mainly the species of the understory. The next three hours were spent researching the canopy of the forest from the edge of the fragments, clearings and vantage points. I used 8x42 binoculars and a digital recorder with a directional microphone to register the species. I registered 271 individuals of 15 species of diurnal birds of prey on the 40 days of sampling. Although the rarefaction curve has not reached an asymptote, the richness estimated (Jackknife 2) was of 20 species (p<0.05). There wasn’t a relation between Falconiforms species richness and the size of forest fragments. The difficulty of registering diurnal birds of prey is mainly a function of some of its basic characteristics, as their conspicuity, intolerance to human presence, low density and territorial habits. It is necessary to visit the fragments more times, as well as add new fragments to the work in order to determine the current conservation state of these species in the coastal plain of Paraiba. Although the observed species are not included in lists of threatened species, their future is uncertain in the region. New studies and conservation strategies must be implemented in order to obtain more precise information.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Figura 1. Exemplos de diferentes classificações para os Falconiformes...16

Figura 2. Área de estudo situada na região de planície litorânea da Paraíba, nordeste do Brasil ...20

Figura 3. Localização dos fragmentos florestais na região litorânea da Paraíba...21

Figura 4. Curva de Rarefação (Coleman) de espécies de Falconiformes obtidas a partir de 40 visitas aos fragmentos estudados no Estado da Paraíba entre junho de 2009 e julho de 2010...27

Figura 5. Riqueza (Jackknife 2) estimada de espécies (linha sólida) e seu desvio-padrão (linhas tracejadas) de Falconiformes de fragmentos de floresta Atlântica da planície litorânea da Paraíba, Brasil...29

Figura 6. Relação entre a riqueza de espécies e o tamanho dos fragmentos investigados...33

Figura 7. Similaridade dos fragmentos em função da presença e ausência das espécies de Falconiformes...35

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Espécies, quantidade e abundância relativa dos Falconiformes observados em oito fragmentos de Mata Atlântica da planície litorânea da Paraíba, Brasil entre junho de 2009 e julho de 2010...26

Tabela 2. Dados de presença das espécies de Falconiformes em fragmentos de Mata Atlântica da planície litorânea da Paraíba, Brasil, entre junho de 2009 e julho de 2010...34

Tabela 3. Presença de Falconiformes nos diferentes ambientes e tamanhos de fragmentos de Mata Atlântica no Brasil e suas necessidades de vida...38

APÊNDICE

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SUMÁRIO

1 Introdução ... 11 2 Objetivos ... 13 2.1 Objetivo Principal ... 13 2.2 Objetivos Específicos ... 13 3 Revisão de Literatura ... 14 4 Metodologia ... 19 4.1 Área de Estudo ... 19 4.2 Amostragem ... 21

4.3 Análise dos Dados ... 23

5 Resultados e Discussão ... 24

6 Considerações Finais ... 44

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1 INTRODUÇÃO

A Mata Atlântica brasileira é representada atualmente por 11,41% da sua área original, apresentando um total de 147.018 km² de vegetação nativa (FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA e INPE, 2009). Originalmente, ocupava quase toda a costa brasileira, sendo 92% de toda a sua extensão neste território (FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA e INPE, 1998). Como conseqüência direta da expansão urbana (VIANA et al., 1997), a maioria das áreas restantes encontra-se sob a forma de pequenos fragmentos, o que provocou a perda de habitat para diversas espécies dependentes do hábito florestal (RIBON et al., 2003). Apesar disso, a Mata Atlântica é uma importante área de conservação, abrigando, por exemplo, a segunda maior diversidade de aves do Brasil, com 1020 espécies, sendo 188 táxons endêmicos e 112 ameaçadas de extinção (MACHADO e FONSECA, 2000; MARINI e GARCIA, 2005).

A avifauna pode ser usada, algumas vezes, como bioindicadora de qualidade dos ambientes (SICK, 1997; RODRIGUEZ-ESTRELLA, et al., 1998). Algumas espécies de aves de rapina podem ser consideradas sensíveis a distúrbios, principalmente aqueles ocasionados pelo homem (FLETCHER et al., 1999). A sensibilidade relativa de algumas destas espécies pode ser explicada principalmente por fatores, tais como o seu grau de especialização (como requerimentos específicos de habitat e/ou alimentação) e comportamento (como intolerância à presença humana). Além disto, como geralmente estão localizadas nos topos das teias alimentares, podem ser afetadas por alterações sofridas em outros níveis tróficos (ALBUQUERQUE, 1995; SICK, 1997; LOURES-RIBEIRO e ANJOS, 2006).

Embora a biologia de muitas espécies de Falconiformes ainda seja pouco conhecida, a importância das aves de rapina diurnas nos ecossistemas é incontestável, levando-se em consideração, dentre outros, seu papel no controle de populações de presas (THIOLLAY, 1989a; 1989b; 2007; BIERREGAARD, 1998; RODRIGUEZ-ESTRELLA et al., 1998; ZORZIN et al., 2006). Por serem animais de diferentes portes e sensibilidade, incluindo espécies que chegam a pesar 10kg, necessitam de grandes áreas de vida, áreas preservadas e alimentação especializada (THIOLLAY, 1989a; 1989b; 2007), apresentando assim ocorrência restrita em pequenos fragmentos de Mata Atlântica (ALBUQUERQUE, 1995; SICK, 1997; RODA e PEREIRA, 2006). A perda de habitat pode ser um fator agravante para as aves de

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rapina, especialmente em florestas tropicais, onde pelo menos 45% destas aves são encontradas (BILDSTEIN, et al. 1998).

Os estudos sobre este grupo na Mata Atlântica são escassos (ALBUQUERQUE, 1995; LOURES-RIBEIRO e ANJOS, 2006), incluindo a área de ocorrência do bioma na Paraíba (RODA e PEREIRA, 2006), onde a fragmentação levou à redução das áreas florestadas à cerca de 0,4% da área do estado (BARBOSA, 1996).

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO PRINCIPAL

Este trabalho teve como objetivo investigar a distribuição e o atual estado de conservação das espécies de Falconiformes em fragmentos de Mata Atlântica dispersos ao longo da planície litorânea do Estado da Paraíba.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos foram: (I) realizar um levantamento das espécies de aves de rapina diurnas existentes ao longo dos fragmentos de Mata Atlântica; (II) verificar as relações existentes entre a riqueza das espécies de Falconiformes e o tamanho dos fragmentos florestais; (III) com base em informações de literatura, discutir alguns aspectos da conservação destas espécies em fragmentos florestais da Mata Atlântica.

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3 REVISÃO DE LITERATURA

Os Falconiformes Bonaparte, 1831 formam uma ordem da classe Aves onde encontram-se as aves de rapina diurnas, com cerca de 300 espécies em todo o mundo. São aves carnívoras de hábitos diurnos munidas de garras e bicos afiados, o que, ao lado da definição do nome latino, roubar com violência, caracteriza o termo rapinante. Outras características que auxiliam o hábito predador destas espécies são a sua excelente visão e capacidade de vôo (FERGUSON-LEES e CHRISTIE, 2006; HOYO et. al., 1994).

Compõem um dos grupos mais ameaçados de aves do mundo, uma vez que são aves de topo de cadeia e a perda dos habitats tem diminuído a diversidade de recursos nos fragmentos remanescentes de mata (ALBUQUERQUE, 1995; SICK, 1997; LOURES-RIBEIRO e ANJOS, 2006). Além disso, as aves de rapina diurnas possuem baixas taxas reprodutivas, com a postura de poucos ovos, provavelmente relacionado a hábitos de territorialidade (SOARES et. al., 2008). A maturidade reprodutiva é tardia, além de também serem específicos na escolha dos ambientes para a nidificação, tornando o futuro do grupo incerto em algumas localidades (SOARES et. al., 2008). Como resultado, a conservação das diferentes populações de aves de rapina diurnas têm se tornado preocupante, considerando que as interferências humanas podem explicar a quantidade de espécies ameaçadas.

A ordem Falconiformes apresenta espécies com distribuição por todo o Brasil, com poucas espécies de hábitos migratórios (SOARES et. al., 2008; FERGUSON-LEES e CHRISTIE, 2006; SICK, 1997; HOYO et. al., 1994). Não existe dimorfismo sexual em boa parte das espécies, contudo diversas espécies apresentam variações de plumagens e os jovens apresentam plumagens juvenis, o que muitas vezes dificulta a identificação em campo. A diferença entre macho e fêmea se dá muitas vezes pelo tamanho dos indivíduos. A fêmea é geralmente maior que o macho, o que representa dimorfismo sexual invertido (SICK, 1997). Dependendo da espécie, são aves de alto nível de sensibilidade, com preferências por alguns tipos particulares de habitats (HOYO et. al., 1994). Algumas espécies podem ser observadas planando no céu em procura ativa por sua presa; outras empoleiradas em árvores exuberantes esperando por sua presa; outras passam despercebidas por sua característica críptica, se escondendo na copa de árvores; enquanto algumas podem ser observadas facilmente na paisagem devido ao seu habito generalista e oportunista (SICK, 1997).

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A maioria das espécies é exclusivamente carnívora, entretanto, espécies como o gavião-tesoura Elanoides forficatus (Linnaeus, 1758), podem alimentar-se ocasionalmente de frutos (SOARES et. al., 2008). O tipo de presa utilizada pelas aves de rapina diurnas varia em relação a tamanho e a grupos taxonômicos. Artrópodes são consumidos por uma grande quantidade de espécies, assim como anfíbios, lagartos e serpentes. Algumas espécies, entretanto, possuem adaptações para a captura de animais relacionados a recursos hídricos (FERGUSON-LEES e CHRISTIE, 2006; SICK, 1997; HOYO et. al., 1994).

No Brasil, de acordo com o CBRO (2009), o grupo é formado por três famílias: Pandionidae Bonaparte, 1854 com apenas um representante; Accipitridae Vigors, 1824 com 47 espécies; e Falconidae Leach, 1820 com 21 representantes; totalizando 69 espécies. A família Pandionidae é representada pela águia-pescadora, enquanto que a família Accipitridae é representada por águias e gaviões e a família Falconidae é representada pelos falcões e carcarás. A família Cathartidae, representada pelos urubus, já esteve incluída na ordem Falconiformes em diferentes classificações, porém, estes já possuem a sua própria ordem: Cathartiformes (GRIFFITHS, 1994).

As relações filogenéticas entre as aves de rapina diurnas ainda são bastante duvidosas, e são discutidas em diversos trabalhos. Diferentes autores classificaram o grupo de formas variadas, levando em consideração diferentes características. A classificação utilizada pelo CBRO (2009), assim como a classificação de Sibley e Ahlquist (1990), uma das referências utilizadas pelo Comitê, relaciona os três grupos encontrados para o Brasil por famílias em uma ordem, assim como deixa a família Cathartidae separada (Figura 1). Novas classificações sugerem a ordem Falconiformes Bonaparte, 1831 sendo constituída apenas da família Falconidae, assim como a ordem Accipitriformes Bonaparte, 1831, envolvendo as famílias Accipitridae, Pandionidae, Cathartidae e Sagittariidae (HARSHMAN, 2008). O CBRO (2010) separa ainda a família Cathartidae em uma nova ordem, Cathartiformes Seebohm, 1890, e devido a ausência da família Sagittariidae no Brasil, não apresenta uma posição sobre a ordem em sua lista de aves.

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Figura 1. Exemplos de diferentes classificações para os Falconiformes. Fonte: GRIFFITHS, 1994.

Os Falconiformes apresentam grande diversidade morfológica e de massa corpórea, variando desde o pequeno gaviãozinho, Gampsonyx swainsonii Vigors, 1825, de pouco mais de vinte centímetros e 113g, até o gavião-real, Harpia harpyja (Linnaeus, 1758), com cerca de 105cm de comprimento e 2m de envergadura, e chegando a pesar 9kg (SICK, 1997). A variação no formato das asas está geralmente relacionada ao habitat e ao tipo de vôo predominante. Segundo Sick (1997), os acipitrídeos caçam basicamente de duas formas: 1) ficam à espreita em um galho de onde atiram-se sobre a presa para uma caça rápida e silenciosa ou se mantêm imóveis no ar ao posicionar suas asas em certa posição contra o vento, e realizam um tipo de caça semelhante atirando-se sobre a presa (conhecido como peneirar); 2) perseguem sua presa em pleno vôo, abatendo-a e levando-a para um poleiro para a alimentação.

Os falconídeos se utilizam da aerodinâmica para perseguir suas presas em alta velocidade, em alguns casos subindo a alturas elevadas para um ataque em queda-livre que alcança velocidades impressionantes.

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Podem ser agrupadas em nove grupos de acordo com suas características básicas: As águias são espécies planadoras de grande porte com asas longas e caudas de tamanho médio que caçam atirando-se por cima de suas presas; as águias-florestais são aves de porte médio, todas com penacho, que apresentam vôo ágil e boa capacidade de manobra devido a sua aerodinâmica; os açores são as espécies pertencentes ao gênero Accipiter, com características semelhantes às águias-florestais para manobras ágeis; os gaviões são os acipitrídeos planadores de pequeno a médio porte das subfamílias Buteonine e Sub-buteonine, que possuem asas longas; os gaviões-milanos são as espécies mais sociáveis, pertencentes às subfamílias Milvine, Perenine e Elanine, algumas costumando nidificar em colônias; os tartaranhões são representados pelas espécies do gênero Circus, de asas e caudas longas e pernas finas; os caracarás são as espécies da subfamília Caracanine, de hábitos generalistas e oportunistas, por serem aves mais lentas; os falcões são as espécies do gênero Falco de aerodinâmica para vôos em alta velocidade e boas manobras; os falcões-florestais abrangem os falconídeos do gênero Micrastur, os quais possuem aerodinâmica semelhante aos açores para a caça em ambientes florestais. (FERGUSON-LEES e CHRISTIE, 2006; HOYO et. al., 1994).

Além de variar em função de adaptações da morfologia, comportamento e ecologia, as aves de rapina diurnas diferem em diversidade para os diferentes ambientes de acordo com o gradiente sucessional de florestas primárias e ambientes secundários, assim como em função da composição nos diferentes níveis altitudinais.

As aves de rapina diurnas são bastante estudadas em vários países devido ao seu estado de conservação bastante ameaçado. Diversos materiais e informações já foram geradas sobre o grupo (BROWN e AMADON, 1989; FERGUSON-LEES e CHRISTIE, 2001, 2006; HOYO et. al., 1994), o que tem facilitado seu estudo. O primeiro aspecto importante no estudo destas aves é a forma de amostrá-las, uma vez que suas características básicas exigem métodos apropriados para que não ocorra super ou subestimação. Diversas metodologias foram desenvolvidas e são adaptadas para as diferentes localidades (THIOLLAY, 1989a; FULLER e MOSHER, 1987; RIC, 2001; BAILLIE, 1991; BIBBY et. al. 1998; GREGORY et.

al. 2004).

A diversidade e ecologia comparativa das espécies foram bastante estudadas em vários países (THIOLLAY, 1985a, 1985b, 1991 e 2007). Sua conservação nessas diferentes condições também vem sido estudada nos remanescentes florestais de vários países. Várias espécies necessitam de áreas bem conservadas para que possam se manter, apesar de algumas espécies apresentarem níveis consideráveis de tolerância. Áreas de diferentes tamanhos e grau

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de perturbação têm sido estudadas para que essas informações sobre conservação sejam melhor discutidas (THIOLLAY, 1989b e 1989; BIERREGAARD, 1998; BILDSTEIN, 1998; LOURES-RIBEIRO, 2006; MAÑOSA e PEDROCCHI, 1997; MAÑOSA et. al. 2002).

No Brasil, grande parte dos trabalhos desenvolvidos sobre o grupo provém do sul do país. Boa parte desses são desenvolvidos nas regiões do bioma Mata Atlântica onde, após o grande histórico de perturbação, está concentrado o maior número de aves ameaçadas. São 83 dos 160 táxons de aves ameaçados apenas para a Mata Atlântica, dos quais 35 são endêmicos do bioma. Em seguida vêm o Cerrado e os campos do sul do país, ainda com números preocupantes. A Caatinga e Amazônia, por outro lado, apresentam poucos dos táxons ameaçados (OLMOS, 2005).

O gavião-real, Harpia harpyja (Linnaeus, 1758); a águia-cinzenta, Harpyhaliaetus

coronatus (Vieillot, 1817); o gavião-de-pescoço-branco, Leptodon forbesi (Swann, 1922); o

gavião-pombo-grande, Leucopternis polionotus (Kaup, 1847); o gavião-pombo-pequeno,

Leucopternis lacernulatus (Temminck, 1827); e o uiraçu-falso, Morphnus guianensis (Daudin,

1800); são espécies da avifauna brasileira que se encontram em diferentes categorias de ameaça na lista vermelha (IUCN – Red List, 2010), necessitando de grande atenção. Em várias localidades, dentro de sua distribuição original, já podem ser consideradas extintas.

Portanto, as aves de rapina diurnas representam um grupo com grandes necessidades, tanto por serem pouco conhecidas devido à falta de estudos específicos, fator de grande preocupação, uma vez que estes animais podem estar desaparecendo da natureza sem ao menos terem sido testadas alternativas para a sua conservação; quanto devido a suas características básicas que demonstram alto nível de sensibilidade aos diferentes níveis de perturbação encontrados após o grande processo de fragmentação em seus ambientes; assim como pela sua importância na conservação destes ambientes florestais, dada a sua grande importância como grupo bioindicador.

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4 METODOLOGIA

4.1 ÁREA DE ESTUDO

A Paraíba (7º14’S/36º46’O) está situada a leste da região Nordeste e tem como limites os estados do Rio Grande do Norte ao norte, Pernambuco ao sul, Ceará a oeste, e Oceano Atlântico a leste, ocupando uma área de 56.439 km². O Estado apresenta, de forma geral, três conjuntos de relevos ligados ao clima: planície litorânea, onde se encontram os fragmentos estudados neste projeto; planalto da região central e uma depressão sertaneja a oeste (SECRETARIA DA EDUCAÇÃO; GOVERNO DA PARAÍBA; UFPB, 1985).

A região de planície litorânea é caracterizada por apresentar clima predominantemente quente e úmido. As temperaturas médias anuais oscilam entre 24 e 27°C, com índices pluviométricos em torno de 900 a 1.800 mm ao ano e umidade relativa em torno dos 80%. A rede de drenagem é representada por pequenas bacias restritas ao tabuleiro que se desenvolvem no sentido oeste-leste (bacias do rio Guajú, Soé, da Estiva, entre outras) intercaladas por outras de maior porte, provenientes da Borborema, como por exemplo, as bacias dos rios Paraíba e Mamanguape. A planície litorânea compreende a área de menor expressão espacial, com níveis altimétricos que variam entre 0 a 10 metros. As condições de umidade dominante neste setor permitem uma diversificação da cobertura vegetal, onde podem ser identificados campos de várzea, formações florestais (matas e mangues), cerrados, praias, dentre outros. A faixa de Mata Atlântica da planície costeira da Paraíba apresenta formação densa, sempre verde, com árvores altas (mais de 30m) e troncos com diâmetros consideráveis, apresentando muitas lianas e várias espécies de epífitas nos setores mais úmidos (SECRETARIA DA EDUCAÇÃO; GOVERNO DA PARAÍBA; UFPB, 1985).

Oito fragmentos de Mata Atlântica na região da planície litorânea do Estado da Paraíba foram escolhidos para a amostragem (Figuras 2 e 3). São eles: Mata do Buraquinho (7° 8' 33.30" S e 34° 51' 36.48" O), situada no Município de João Pessoa, com 471 ha; RPPN Gargaú – Mata do Rio Vermelho, situada no Município de Santa Rita, dividida em dois fragmentos tratados neste trabalho como RPPN Gargaú – MRV - 1 (6° 59' 28.86" S e 34° 57' 22.44" O) e RPPN Gargaú – MRV - 2 (7° 1' 47.10" S e 34° 58' 2.16" O), com 558 e 500 ha, respectivamente; RPPN Fazenda Pacatuba, situada no Município de Sapé (7° 2' 33.06" S e 35° 9' 23.58" O), com 266 ha; Reserva Legal Pau-Brasil (6° 59' 8.70" S e 35° 8' 23.52" O),

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com 287 ha; Reserva Biológica Guaribas, Sema 2, situada em Mamanguape, dividida em dois fragmentos citados neste trabalho como ReBio Guaribas 1 (6° 44' 7.56" S e 35° 8' 36.90" O) e 2 (6° 42' 57.18" S e 35° 10' 47.88" O), com 1000 e 2017 ha, respectivamente; e Reserva Biológica Guaribas, Sema 3 (6° 48' 17.82" S e 35° 4' 59.94" O), citada neste trabalho como ReBio Guaribas 3 e situada em Rio Tinto, com 338 ha.

 

Figura 2. Área de estudo situada na região de planície litorânea da Paraíba, nordeste do Brasil. Pontos indicam os fragmentos escolhidos.

1: Mata do Buraquinho; 2: RPPN Gargaú – MRV - 1; 3: RPPN Gargaú – MRV - 2; 4: RPPN Fazenda Pacatuba; 5: RL Pau-Brasil; 6: ReBio Guaribas 1; 7: ReBio Guaribas 2; 8: ReBio Guaribas 3.

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Figura 3. Localização dos fragmentos florestais na região litorânea da Paraíba. Em verde, os fragmentos, e em branco, localidades de referência. (Fonte: Google Earth, 2010).

4.2 AMOSTRAGEM

A amostragem foi realizada entre junho de 2009 e julho de 2010 nos oito fragmentos de floresta Atlântica da planície litorânea da Paraíba citados anteriormente. Foram realizadas cinco visitas em cada fragmento, totalizando 40 dias de amostragem.

O método utilizado para a amostragem foi o de contagem por pontos (FULLER e MOSHER, 1987), adaptado para a maioria das aves de rapina diurnas em regiões tropicais, onde trilhas foram percorridas, e aproximadamente a cada 400 metros foram feitas paradas de dez minutos para o registro sonoro e visual das aves de rapina diurnas. Esta quantidade de tempo foi definida de acordo com uma relação custo-benefício, por provavelmente abranger a maior quantidade de espécies de um ponto, e não desperdiçar tempo ao seguir para o próximo esperando registros que poderiam não ocorrer.

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Cada unidade amostral foi definida por um quadrado de área aproximada de 1 km2, disposto no remanescente florestal, onde foram feitos cerca de 12 pontos de escuta em trilhas determinadas, incluindo pontos fora dos fragmentos. Dependendo da forma e do tamanho de remanescente, mais de um quadrado de 1 km2 foi empregado para a sua amostragem. Sempre que possível, unidades amostrais muito próximas (menos de 1,5 km de distância) não estiveram situadas contiguamente, embora este fato possa ser possível para alguns fragmentos devido ao seu tamanho reduzido, bem como a sua forma. Quando este foi o caso, estas unidades de amostragem foram levantadas em diferentes dias, diminuindo assim a dependência dos dados.

As amostragens foram realizadas a partir das 05:00h da manhã, estendendo-se até as 10:00h. Nas primeiras duas horas, foram feitas caminhadas no interior da floresta objetivando detectar espécies crípticas deslocando-se ou vocalizando. As outras três horas foram utilizadas para observar a copa das árvores a partir de pontos de observação vantajosa como clareiras, bordas de mata e acidentes geográficos. Todas as amostragens foram realizadas em condições de tempo onde a visibilidade e audição não foram prejudicadas.

Os encontros foram registrados em planilhas de campo desenvolvidas para conter o máximo de informações possíveis (Apêndice A), visto que o tempo de duração do encontro com estes animais é muito curto e não é possível o registro de um número muito grande de informações, sendo as mais importantes preferenciadas. No máximo dois indivíduos de cada espécie foram considerados quando registrados por meio de vocalizações, onde é levada em consideração a característica de territorialidade das aves de rapina, e a presença assim de no máximo um casal por ponto. Contatos visuais possibilitaram o registro de um maior número de indivíduos quando observados simultaneamente, entretanto. Estes detalhes foram definidos a fim de evitar superestimativas.

Para fins de consideração do uso do fragmento por cada uma das espécies registradas, foi considerado válido somente o registro daquelas espécies que efetivamente foram observadas realizando algum tipo de atividade biológica ligada ao fragmento (p. ex., forrageamento, reprodução). Aves de rapina diurnas voando muito alto ou simplesmente cruzando a paisagem não foram incluídas.

Todas as observações foram realizadas com o auxílio de binóculos 8x21, 8x40 e 10x50 mm. Um gravador digital Phillips com o auxílio de um microfone direcional foram empregados para o registro das espécies, principalmente quando da dificuldade de identificação em campo. Guias de campo foram empregados para facilitar a identificação das espécies (ERIZE et al., 2006; FERGUSON-LEES e CHRISTIE, 2006; SIGRIST, 2007). A

(24)

nomenclatura e sistemática adotada obedeceram aos critérios do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO, 2009).

4.3 ANÁLISE DOS DADOS

Os dados coletados em campo foram formatados a partir do programa Microsoft Excel 2007 para a utilização em diferentes programas. Foi gerada assim a tabela de espécies, a tabela incidência das espécies nos fragmentos e dados de abundância das espécies.

Para avaliar a amostragem durante os dias de campo uma curva de rarefação e estimativas de riqueza (Jackknife) foram geradas através do programa Estimates através da lista de espécies. O grau de relação entre a riqueza de Falconiformes e o tamanho dos fragmentos foi investigado a partir de uma regressão linear simples (p<0,05) desenvolvida através do programa BioEstat. Uma log-transformação foi realizada para aumentar a performance da análise da regressão. (FOWLER et al., 1998). Uma análise de agrupamentos gerada através do programa Bioestat verificou o grau de similaridade entre os fragmentos a partir dos dados de incidência. O método UPGMA e a distância euclidiana foram utilizados para a construção do dendrograma (FOWLER et al., 1998).

Dados históricos relativos à ocorrência das espécies de aves de rapina diurnas em áreas de Mata Atlântica da Paraíba e Brasil foram utilizados para discutir o grau de conservação destas espécies. Foram analisados os registros de cada espécie de ave de rapina diurna listada para a Paraíba (e as espécies encontradas durante este trabalho) de hábitos florestais e ambientes associados, com exceção de áreas antrópicas, com ênfase no tamanho dos fragmentos em que foram registrados. Além disso, foram analisados os níveis de sensibilidade, habitat e ameaça de cada espécie para auxiliar a discussão (STOTZ et. al., 1995). A revisão bibliográfica foi feita a partir das bases de dados disponíveis, e nos principais periódicos relacionados ao tema, empregou as seguintes palavras-chave: Falconiformes, Mata Atlântica, Paraíba, Aves de Rapina e nordeste do Brasil (português); Atlantic Forest, Birds of prey, northeastern e Brazil (inglês). Uma consulta na coleção de peles da Universidade Federal de Pernambuco foi realizada para completar as informações de ocorrência das diferentes espécies da região litorânea do Estado da Paraíba.

(25)

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com um esforço de 200 horas de observação divididas em 40 dias de amostragem, foram registrados 271 indivíduos de 15 espécies, totalizando uma média de 1,355 indivíduos/hora (Tabela 1).

Outros autores têm obtido resultados semelhantes em seus trabalhos com aves de rapina em diferentes áreas, com esforço semelhante ou proporcional. Mañosa et. al. (2002), por exemplo, observaram sete espécies de aves de rapina diurnas em 88,17 horas de esforço em duas áreas protegidas do Parque Estadual de Intervales e Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, aproximadamente metade do esforço amostral utilizado neste trabalho, e também aproximadamente metade das espécies observadas. Em outro trabalho no Parque Estadual de Intervales cinco anos antes, Mañosa e Pedrocchi (1997) haviam registrado oito espécies de Falconiformes em 135,5 horas de esforço, uma média de espécies abaixo do que foi registrado no seu trabalho seguinte e neste trabalho. Loures-Ribeiro e Anjos (2006) registraram 13 espécies de aves de rapinas diurnas em fragmentos de Mata Atlântica e corredores ripários em visitas a 30 fragmentos diferentes no noroeste do Paraná e sudeste do Mato Grosso do Sul, em um esforço de 120 horas, aproximadamente o mesmo resultado deste trabalho.

Do total de 15 espécies observadas, o gavião-carijó, Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) foi a espécie mais abundante com 53,87% dos registros, seguida do caracará, Caracara

plancus (Miller, 1777), com 21,03% dos registros. Ambas as espécies são consideradas

generalistas e possuem um nível de sensibilidade a distúrbios ambientais considerado baixo, podendo ser encontradas em uma maior variedade de ambientes. Rupornis magnirostris pode ser encontrada inclusive em ambientes urbanos. Nesta ocasião, o gavião-carijó é ameaçado por caça direta, por se alimentar de criações de galinhas e outras aves. Em ambientes antropizados geralmente constrói ninhos em mangueiras (Mangifera sp.). Neste momento, passa a apresentar comportamento de agressividade, atacando invasores, e até mesmo pessoas, que se aproximam da árvore (SANTOS, 2009). Caracara plancus é bastante encontrado em ambientes rurais, onde se aproveita dos elementos da paisagem, principalmente quando do corte da cana-de-açúcar.

As espécies menos observadas foram o gavião-peneira, Elanus leucurus (Vieillot, 1810); o gavião-caboclo, Heterospizias meridionalis (Latham, 1790); e o cauré, Falco

(26)

foram: o gavião-de-rabo-barrado, Buteo albonotatus Kaup, 1847; e o gavião-de-rabo-branco,

Buteo albicaudatus Vieillot, 1816; o gavião-preto, Buteogallus urubitinga (Gmelin, 1788); o

gavião-de-cauda-curta, Buteo brachyurus Vieillot, 1816; o gavião-pedrês, Buteo nitidus (Latham, 1790); o de-cabeça-cinza, Leptodon cayanensis (Latham, 1790); o gavião-pernilongo, Geranospiza caerulescens (Vieillot, 1817); o acauã, Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758); o carrapateiro, Milvago chimachima (Vieillot, 1816); e o falcão-relógio,

Micrastur semitorquatus (Vieillot, 1817).

Quatro novas espécies foram confirmadas para a lista de aves da Paraíba (IBAMA/CEMAVE, 2000). São elas: Micrastur semitorquatus, Leptodon cayanensis, Buteo

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Tabela 1. Espécies, quantidade e abundância relativa dos Falconiformes observados em oito fragmentos de Mata Atlântica da planície litorânea da Paraíba, Brasil entre junho de 2009 e julho de 2010.

Taxa Nome Popular N Abundância

Relativa (%) Accipitridae

Buteo albicaudatus Vieillot, 1816 gavião-de-rabo-branco 2 0.73

Buteo albonotatus Kaup, 1847 gavião-de-rabo-barrado 2 0.73

Buteo brachyurus Vieillot, 1816 gavião-de-cauda-curta 10 3.69

Buteo nitidus (Latham, 1790) gavião-pedrês 2 0.73

Buteogallus urubitinga (Gmelin, 1788) gavião-preto 8 2.95

Elanus leucurus (Vieillot, 1818) gavião-peneira 1 0.36

Geranospiza caerulescens (Vieillot, 1817)

gavião-pernilongo 3 1.10

Heterospizias meridionalis (Latham, 1790)

gavião-caboclo 1 0.36

Leptodon cayanensis (Latham, 1790) gavião-de-cabeça-cinza 3 1.10

Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó 146 53.87

Falconidae

Caracara plancus (Miller, 1777) caracará 57 21.03

Falco rufigularis Daudin, 1800 cauré 1 0.36

Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758)

acauã 5 1.84

Micrastur semitorquatus (Vieillot, 1817) falcão-relógio 15 5.53

Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro 15 5.53

Total 271 100

A curva de rarefação (Coleman) (Figura 4) demonstrou que o esforço realizado não foi suficiente para amostrar todas as espécies de aves de rapina diurnas dos fragmentos visitados, não tendo a mesma atingido uma assíntota. Portanto, a lista de espécies desenvolvida durante as visitas aos fragmentos provavelmente seguiria aumentando com a continuidade do trabalho. Assim, seriam necessárias outras visitas aos fragmentos para que se alcançasse um número

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próximo de espécies existentes nas áreas florestais pesquisadas. Também se faz necessário o estudo de outras áreas para que a diversidade de aves de rapina diurna da Mata Atlântica da planície litorânea da Paraíba seja totalmente conhecida.

Amostras R iqu ez a ( C ol em a n ) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39

Figura 4. Curva de Rarefação (Coleman) de espécies de Falconiformes obtidas a partir de 40 visitas aos fragmentos estudados no Estado da Paraíba entre junho de 2009 e julho de 2010. Os círculos em preto representam a riqueza de espécies e as delimitações acima e abaixo seu intervalo de confiança (95%) superior e inferior durante o esforço amostral.

Estes resultados podem ser justificados pela dificuldade de registro desses animais. Os Falconiformes possuem baixa densidade por serem animais de grande porte e territorialistas, necessitando de grandes áreas de vida. Algumas espécies nem sequer voam acima da copa das árvores, ou apenas não planam; são conspícuos, evitando ou fugindo de qualquer distúrbio encontrado em seu habitat; outras espécies se mantém empoleiradas por muito tempo, sem qualquer atividade; outras são silenciosas; além de apresentarem intolerância a presença humana; fatores que diminuem a taxa de encontros (THIOLLAY, 1989a; 1989b). Além disso, como dito anteriormente, a ocorrência destas aves é bastante restrita em pequenos fragmentos de Mata Atlântica.

(29)

A influência da matriz limítrofe aos fragmentos é outro aspecto importante que pode ser levado em consideração. A matriz atua de forma diferente para cada espécie podendo alterar a dinâmica no interior dos fragmentos. De acordo com Granzinolli e Motta-Junior (2006), algumas espécies de aves de rapina diurnas podem se utilizar de presas de acordo com sua abundância, como as espécies mais tolerantes e oportunistas. Estas forrageiam então pelas áreas abertas, normalmente limítrofes aos fragmentos florestais. Nestas áreas há um maior campo de visão, grande abundância de presas, e em situações como a queimada da cana-de-açúcar, por exemplo, pequenos animais se tornam mais visíveis. Estas espécies passam então a deixar o fragmento com mais frequência, dificultando sua detecção nestas áreas.

A estimativa de Jackknife (Figura 5) estimou cerca de 20 espécies para os fragmentos visitados. De fato, de acordo com a lista de aves da Paraíba (IBAMA/CEMAVE, 2000), embora 15 espécies tenham sido observadas durante este trabalho, outras sete espécies de Falconiformes florestais não foram encontradas dentro dos fragmentos visitados. São elas: o gaviãozinho, Gampsonyx swainsonii Vigors, 1825; o gavião-tesoura, Elanoides forficatus (Linnaeus, 1758); o gavião-ripina, Harpagus bidentatus (Latham, 1790); o sovi, Ictinia

plumbea (Gmelin, 1788); o gavião-bombachinha-grande, Accipiter bicolor (Vieillot, 1817); o

gavião-pombo-pequeno, Leucopternis lacernulatus (Temminck, 1827); e o falcão-caburé,

(30)

Amostragem

Figura 5. Riqueza (Jackknife 2) estimada de espécies (linha sólida) e seu desvio-padrão (linhas tracejadas) de Falconiformes de fragmentos de floresta Atlântica da planície litorânea da Paraíba, Brasil.

Elanoides forficatus e Ictinia plumbea são espécies migratórias e, portanto, não são

esperadas como espécies residentes na Paraíba. A lista relata também a presença de espécies ligadas a recursos hídricos, não encontradas neste trabalho: o caranguejeiro, Buteogallus

aequinoctialis (Gmelin, 1788); o gavião-caramujeiro, Rostrhamus sociabilis (Vieillot, 1817);

e a águia-pescadora, Pandion haliaetus (Linnaeus, 1758); sendo a última também de hábito migratório; entretanto, estas espécies não entram para a lista de aves consideradas de hábitos florestais, assim como as espécies consideradas de paisagens abertas que também são relatadas para a lista de aves da Paraíba: o falcão-peregrino, Falco peregrinus Tunstall, 1771; o falcão-de-coleira, Falco femoralis Temminck, 1822; e o quiriquiri, Falco sparverius Linnaeus, 1758.

As espécies de hábito migratório, Elanoides forficatus, Ictinia plúmbea, Falco

peregrinus e Pandion haliaetus, podem não ter sido registradas devido ao período do ano em

Número de Es

p

(31)

que o fragmento foi amostrado. A última, considerada uma espécie de ambientes costeiros e rios, foi registrada por Araujo et. al. (2006) em complexos estuários da Paraíba. Ictinia

plumbea foi registrada por Almeida e Teixeira (1995).

Outras espécies podem não ter sido observadas devido a ausência de paisagens favoráveis aos seus hábitos alimentares nos fragmentos visitados, como Buteogallus

aequinoctialis e Rostrhamus sociabilis. A primeira, que se utiliza de ambientes como

manguezais e pântanos, foi registrada por Araujo et. al. (2006) nos estuários do rio Paraíba e Mamanguape, enquanto que Rostrhamus sociabilis, espécie considerada de ambientes lacustres e brejos, foi observada por Telino-Junior et al. (2005). Falco sparverius, apesar de ser uma espécie de área aberta, foi observada por diversas vezes fora dos fragmentos visitados, assim como Falco femoralis, observada uma vez.

Loures-Ribeiro e Anjos (2006) destacam que a distribuição das aves de rapina diurnas em diferentes ambientes está ligada a adaptações da morfologia, comportamento e ecologia, principalmente para espécies que habitam florestas. Os fragmentos visitados, entretanto, apresentaram vegetação semelhante, não garantindo uma grande variedade de ambientes. Em seu trabalho no sudoeste da Colombia, Thiollay (1991) registrou Falconiformes em função da distribuição altitudinal. O autor registrou espécies diferentes para altitudes diferentes, podendo ser observado assim mais um tipo de especificidade, o que não pode ser visualizado em regiões mais planas como a área em questão neste trabalho.

Das sete espécies da lista de aves da Paraíba que não foram observadas, cinco eram esperadas, uma vez que já haviam sido relatadas para a região por Roda e Pereira (2006). São elas: Ictinia plumbea, Accipter bicolor, Leucopternis lacernulatus e Micrastur ruficollis.

Leucopternis lacernulatus pode ter sido observada durante uma visita a RRPN Gargaú –

MRV - 2, sendo necessária sua confirmação. Gampsonyx swainsonii, outra espécie esperada, foi observada e registrada fotograficamente por Medcraft (2010) na Fazenda Verdes Pastos, em São Mamede, na Paraíba.

Espécies de grande porte, tais como Micrastur semitorquatus, Leptodon cayannensis ou Buteogallus urubitinga necessitam de árvores de grande porte em florestas em estágios avançados. A última, por exemplo, é uma espécie pouco ativa que se utiliza de árvores de tamanho elevado, permanecendo empoleirada à espreita de suas presas. Está associada a fragmentos florestais próximos a cursos d’água e áreas alagadas e, embora seja tratada como espécie generalista por alguns autores, continua ameaçada pela destruição das florestas (CARVALHO FILHO et al., 2006). Espécies de porte menor, por outro lado, habitam a floresta contínua densa, onde a observação é bastante difícil. Muitas destas fazem ninhos em

(32)

cavidades e raramente são vistas, como as espécies do gênero Micrastur sp. (HOWELL e WHITTAKER, 1995). Espécies deste gênero podem ter sido subestimadas neste e em outros trabalhos, inclusive para outras regiões do país, devido às dificuldades de detecção.

Outro fator que pode ter influenciado a quantidade de espécies observada, e talvez o mais importante, é o grau de perturbação ambiental no interior dos fragmentos estudados, o que pode influenciar a composição da comunidade. Um grande nível de perturbação ambiental pode gerar perdas consideráveis na biodiversidade regional (THIOLLAY, 1999). De acordo com Thiollay (1989b), uma área contínua de cerca de um milhão de hectares seria apropriada para manter uma boa assembléia de Falconiformes por um longo período de tempo, o que não pode mais ser encontrado na região estudada. Entretanto, ainda não se sabe até quanto pequenos fragmentos são capazes de suportar diferentes espécies de Falconiformes. Corredores biológicos diminuíram o isolamento de algumas espécies em outras áreas, como o que ocorre com espécies do gênero Micrastur sp. (LOURES-RIBEIRO e ANJOS, 2006).

Segundo Barbosa (1996), os remanescentes de Mata Atlântica encontrados na Paraíba são áreas de grande diversidade, apresentando não só espécies típicas de Mata Atlântica, como também elementos da flora amazônica. Além disto, desempenham importante papel na manutenção de mananciais de água e na sobrevivência de populações animais. Entretanto, todos os fragmentos visitados apresentaram diversas características de perturbação a partir do histórico de interação do homem.

Os principais tipos de distúrbios nos fragmentos foram o corte direto da madeira, tanto por maquinaria pesada quanto por lenhadores isolados (caso que ainda foi visto durante o trabalho), a atuação de caçadores nos fragmentos (o que também pôde ser visto, devido a presença de cães domésticos treinados para a caça nos fragmentos), e diversos cultivos diferentes e pastagens nas vizinhanças dos fragmentos, o que diminui a diversidade de ambientes naturais.

A vegetação dos fragmentos é secundária, com presença de clareiras, capoeira densa em certas partes e pequenas variações de porte arbóreo. As árvores mostram-se espaçadas e finas, com 10-30 cm de diâmetro, em média, com tapete herbáceo ralo, embora ainda existam alguns trechos fechados e exuberantes. Quanto a presença de recursos hídricos, com exceção dos fragmentos ReBio Guaribas 1 e 2, todos as trilhas percorridas cruzaram braços de água, que poderiam possibilitar a presença de algumas espécies com alimentação ligada a este tipo de recurso. A Mata do Buraquinho, por exemplo, é cortada pelo rio Jaguaribe, onde foi feita uma pequena represa, enquanto que as outras matas estão cortadas por cursos de água de até 3 metros de largura.

(33)

O fragmento estudado mais representativo em relação ao número de registros foi a RL Pau-Brasil (287ha), onde apesar de terem sido amostradas apenas quatro das quinze espécies em sua área, apresentou 22,87% dos registros de espécimes, a maioria deles de Rupornis

magnirostris. O fragmento RPPN Gargaú – MRV - 2 vem em seguida, com aproximadamente

21% dos registros, perfazendo um total de sete espécies. Os fragmentos da Mata do Buraquinho e a ReBio Guaribas 1 foram os dois fragmentos menos representativos, com apenas 5,9% dos registros de Falconiformes, e também um número baixo de espécies, sendo estes quatro e três, respectivamente. A ReBio Guaribas 1 foi um dos maiores fragmentos visitados (1000 ha). O fragmento que apresentou o maior número de espécies diferentes foi a RPPN Gargaú – MRV - 1, com dez das 15 espécies registradas para este trabalho. Não existe uma explicação razoável para este fato, considerando que, por exemplo, a Reserva Biológica Guaribas é uma das maiores áreas de Mata Atlântica da Paraíba. Contudo, levando-se em conta que a reserva é grande, apresentando ainda um mosaico de floresta em diferentes estágios de regeneração, entende-se que sejam precoces quaisquer conclusões à respeito. Vale lembrar que as aves de rapina florestais são difíceis de ser amostradas e o aumento da complexidade estrutural da vegetação é um fator importante que interfere na detecção destas espécies.

A análise de regressão (Figura 6) utilizada para verificar o grau de associação entre a riqueza de espécies e o tamanho dos fragmentos não revelou nenhuma relação entre os dois fatores (R = 0.0522; p = 0.8205). É possível a visualização de fragmentos pequenos com um grande número de espécies e de fragmentos grandes com menor número de espécies. Desta forma, de acordo com nossos dados, o tamanho do fragmento não pode ser utilizado como uma explicação para a riqueza de espécies da planície litorânea. De acordo com Viana et al. (1992), além do tamanho do fragmento, outros fatores são importantes para a manutenção da riqueza local de espécies, tais como a forma, o grau de conectividade e a qualidade de cada fragmento.

(34)

Figura 6. Relação entre a riqueza de espécies e o tamanho dos fragmentos investigados. 1, Mata do Buraquinho; 2, RPPN Gargaú – MRV 1; 3, RPPN Gargaú – MRV 2; 4, RPPN Fazenda Pacatuba; 5, RL Pau-Brasil; 6, ReBio Guaribas 1; 7, ReBio Guaribas 2; 8, ReBio Guaribas 3.

Quando os fragmentos foram comparados a partir de dados de presença das espécies nos fragmentos (Tabela 2), a análise de agrupamentos revelou o grau de similaridade entre eles (Figura 7). Três conjuntos de fragmentos foram segregados pela análise. O primeiro conjunto revelou uma íntima relação entre a Mata do Buraquinho, a ReBio Guaribas 1 e a RPPN Gargaú - MRV 1. O segundo conjunto foi formado a partir de semelhanças entre a ReBio Guaribas 2, RL Pau-Brasil e a RPPN Gargaú – MRV 2 e, por último, o terceiro conjunto com a ReBio Guaribas 3 e a RPPN Fazenda Pacatuba. Os fragmentos estudados mais semelhantes entre si foram a ReBio Guaribas 3 e a RPPN Fazenda Pacatuba, com cerca de 70% de semelhança de espécies. A ausência de similaridade entre os fragmentos ReBio Guariba 1 e 2, que são fragmentos associados que formam uma grande área de mata, pode ser explicada pelo grau de conservação de um de seus trechos (ReBio Guaribas 2) ser melhor do que a região onde fica a sede da reserva (ReBio Guaribas 1), onde aparentemente houve maior atividade humana, encontrando-se a vegetação em um estágio sucessional menos avançado.

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Tabela 2. Dados de presença das espécies de Falconiformes em fragmentos de Mata Atlântica da planície litorânea da Paraíba, Brasil, entre junho de 2009 e julho de 2010.

Taxa Áreas A B C D E F G H Accipitridae Buteo albicaudatus + + Buteo albonotatus + + Buteo brachyurus + + + + Buteo nitidus + Buteogallus urubitinga + + + + Elanus leucurus + Geranospiza caerulescens + + Heterospizia meridionalis + Leptodon cayanensis + + Rupornis magnirostris + + + + + + + + Falconidae Caracara plancus + + + + + + + Falco rufigularis + Herpethotheres cachinnans + + + Micrastur semitorquatus + + + + + Milvago chimachima + + + + + + +

A: Mata do Buraquinho, B: Rebio Guaribas 1, C: Rebio Guaribas 2, D: Rebio Guaribas 3, E: RPPN Fazenda Pacatuba, F: RL Pau-Brasil, G: RPPN Gargaú – MRV – 1, H: RPPN Gargaú – MRV – 2.

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Fragmentos

Figura 7. Similaridade dos fragmentos em função da presença e ausência das espécies de Falconiformes.

MB: Mata do Buraquinho, GCB: ReBio Guariba 2, GAR1: RPPN Gargaú – MRV 1, GS: ReBio Guariba 1, RLPB: RL Pau-Brasil, GAR2: RPPN Gargaú – MRV 2, GS3: ReBio Guariba 3, PAC: RPPN Fazenda Pacatuba.

A tabela a seguir (Tabela 3), desenvolvida também para corroborar toda a discussão anterior para as características das aves de rapina diurnas e dificuldade de registro, auxilia a discussão sobre o tamanho dos fragmentos. A discussão a seguir refere-se aos registros encontrados durante a revisão bibliográfica, citados na tabela.

Como pode ser observado, as espécies que foram registradas nos menores fragmentos foram: Elanoides forficatus, Rupornis magnirostris, Caracara plancus e Milvago chimachima. São espécies consideradas de fácil adaptação, se utilizando dos pequenos fragmentos como pontos de apoio, e da paisagem para forrageio. Leptodon cayanensis, Ictinia plumbea,

Geranospizas caerulescens, Buteo albicaudatus, Buteo nitidus, Buteo brachyurus, Buteo albonotatus, Herpetotheres cachinnans, Micrastur ruficollis, Micrastur semitorquatus e Falco rufigularis também não se mostraram tão exigentes em relação ao tamanho do

Nível de Similarid

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fragmento, podendo ser encontrados em fragmentos menores que 100 ha. Entretanto,

Rupornis magnirostris, Caracara plancus e Milvago chimachima são espécies de baixa

sensibilidade, não sendo surpresa o registro para fragmentos tão pequenos. Elanoides

forficatus, por outro lado, como espécie migratória de sensibilidade considerada média,

provavelmente estava apenas utilizando o pequeno fragmento como apoio durante o registro. As outras espécies, com exceção de Buteo albicaudatus, Herpetotheres cachinnans e Falco

rufigularis, apresentam um nível de sensibilidade considerado médio. Estas, com exceção de Buteo albicaudatus, são consideradas de ambientes florestais, portanto, sua presença nestes

pequenos fragmentos provavelmente encontra-se ameaçada, levando-se em consideração que foram registradas em maior quantidade em fragmentos maiores que 100 ha. Desta forma, fica visível o motivo de sua ausência em fragmentos menores e de baixa qualidade.

Leucopternis lacernulatus apresentou um registro para um fragmento de 34,8ha,

entretanto, este registro é tido como um dado discrepante, uma vez que o pequeno fragmento encontra-se circundado por outros fragmentos maiores (SIMON, 2006), o que representa a importância da proximidade de diferentes fragmentos apresentada por Viana et. al. (1992). Esta espécie possui alto nível de sensibilidade e é encontrada exclusivamente em florestas tropicais, sendo endêmica do Brasil (CBRO, 2009). Já se encontra na lista de espécies ameaçadas em estado Vulnerável, de acordo com a IUCN – Red List (2010), o que demonstra alto nível de prioridade de estudo e conservação para a espécie. A confirmação de um possível registro desta espécie para os fragmentos da Paraíba exigiria políticas de conservação ainda mais urgentes.

Pandion haliaetus, Gampsonyx swainsonii, Elanus leucurus, Rostrhamus sociabilis, Accipter bicolor, Buteogallus urubitinga e Heterspizias meridionalis demonstraram uma

maior especificidade quanto ao tamanho da área de mata. Gampsonyx swainsonii, Elanus

leucurus, Rostrhamus sociabilis e Heterospizias meridionalis, entretanto, são consideradas de

baixo nível de sensibilidade. Além disso, destas, as duas primeiras e a última são espécies geralmente registradas para áreas abertas, ambientes antropizados ou composições arbustivas, podendo estes dados serem considerados também discrepantes. O fato destas espécies serem mais tolerantes não influencia o fato de que continuarão sendo registradas para ambientes de melhor qualidade. Nestes fragmentos, provavelmente apresentam populações mais estáveis, entretanto.

Harpagus bidentatus e Buteogallus aequinoctialis foram registrados apenas uma vez

cada espécie, e apenas para fragmentos acima de 5001 ha, demonstrando alto nível de exigência. As duas espécies são consideradas de sensibilidade média, entretanto foram as

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espécies com menos registros encontrados para trabalhos envolvendo avifauna e Mata Atlântica no país. A primeira, entretanto, pode ter sido subestimada devido ao seu habito planador por sobre a copa dasárvores, onde há dificuldade de registro.

Todas as espécies registradas durante o trabalho encontram-se no estado de segura ou pouco preocupante (Red List - IUCN, 2010). Contudo, a situação em que se encontram os fragmentos visitados não garante a manutenção da maioria das espécies de aves de rapina diurna. Vale salientar que, por serem animais de topo de cadeia, qualquer alteração em níveis inferiores pode acarretar impactos aos Falconiformes. Tal influência pode ocorrer tanto pela retirada de um nível trófico ou a introdução de uma espécie exótica, por exemplo, quanto pelo fenômeno da biomagnificação (além da bioacumulação), quando os organismos que se encontram em topo de cadeia, alimentando-se de consumidores de diversas ordens, acabam por acumular os produtos absorvidos na base da cadeia e que não são de fácil eliminação, como agrotóxicos e metais pesados. Assim, é por isso que animais como as aves de rapina encontram-se mais ameaçados quando comparadas a outros em diferentes níveis tróficos.

A presença de uma maior quantidade de áreas de preservação para o Estado poderia garantir uma maior riqueza de espécies de Falconiformes para a região, o que depende também da qualidade destas áreas. Áreas com vegetação homogênea, sem grandes variedades de ambientes, provavelmente não apresentarão uma maior diversidade de espécies. Entretanto, novas áreas de preservação precisam ser criadas para a manutenção das espécies ainda encontradas na região.

(39)

Tabela 3. Presença de Falconiformes nos diferentes ambientes e tamanhos de fragmentos de Mata Atlântica no Brasil e suas necessidades de vida.

Espécie Hábito Sensibilidade

/ Status / Ameaça Tamanho dos Fragmentos (ha) Número de Registros Média dos Fragmentos (ha) Menor fragmento (ha) Referências Total

Pandion haliaetus * Águas costeiras, rios e lagos.

M/VN/PP 0 --| 100 0 4 4974 605 DEVELEY e MARTENSEN, 2006; FARIA et.

al., 2006; ARAÚJO, 2005; PIVATO et. al.,

2008

101--| 5000 2

5001--| Infinito 2

Leptodon cayanensis Ambientes florestais.

M/R/PP 0 --| 100 2 18 6916,9 9,7 MAÑOSA e PEDROCCHI, 1997;

VIELLIARD e SILVA, 2001; RIBON et. al., 2003; DEVELEY e MARTENSEN, 2006; BORNSCHEIN e REINERT, 2000; FARIA et.

al., 2006; SIMON, 2006; SIMON, 2000;

SIMON et. al., 1999; SILVEIRA et. al., 2003; CAVARZERE et. al., 2005; STRAUBE e URBEN-FILHO, 2005; TELINO-JUNIOR et.

al., 2005

101--| 5000 11

5001--| Infinito 5

Elanoides forficatus * Ambientes florestais.

M/R/PP 0 --| 100 1 9 7542,8 0,04 AZEVEDO e DI-BERNARDO, 2005;

SIMON, 2000; SIMON et. al., 1999; SOARES, 2004; SHIBATTA et. al., 2009; PIVATO et. al., 2008; STRAUBE e URBEN-FILHO, 2005; OLIVEIRA e KöHLER, 2010; CORRÊA et. al., 2008

101--| 5000 6

5001--| Infinito 2

Gampsonyx swainsonii * Ambientes florestais, secundários,

campos e composições

arbustivas.

B/R/PP 0 --| 100 0 5 1,7 500 SHIBATTA et. al., 2009; PIVATO et. al.,

2008; CAVARZERE et. al., 2005; LAM e WILKENING, 2008; TELINO-JUNIOR et.

al., 2005

101--| 5000 5

5001--| Infinito 0

Elanus leucurus Campinas, pastagens,

terras agrícolas e composições

arbustivas.

B/R/PP 0 --| 100 0 10 4420,1 150 DEVELEY e MARTENSEN, 2006; SIMON

et. al., 1999; FARIAS, 2009a; SHIBATTA et. al., 2009; PIVATO et. al., 2008; GUSSONI e

CAMPOS, 2004; CAVARZERE et. al., 2005; STRAUBE e URBEN-FILHO, 2005; TELINO-JUNIOR et. al., 2005; CORRÊA et.

al., 2008

101--| 5000 8

(40)

Espécie Hábito Sensibilidade / Status / Ameaça Tamanho dos Fragmentos (ha) Número de Registros Média dos Fragmentos (ha) Menor fragmento (ha) Referências Total

Rosthramus sociabilis * Cursos d’água.

B/R/PP 0 --| 100 0 2 1950 1200 LOPES et. al., 2009; PIVATO et. al., 2008;

101--| 5000 1

5001--| Infinito 1

Harpagus bidentatus * Ambientes florestais.

M/R/PP 0 --| 100 0 1 6660 6660 FARIAS et. al., 2007

101--| 5000 0

5001--| Infinito 1

Ictinia plumbea * Ambientes florestais.

M/R/PP 0 --| 100 3 13 3540,2 8,5 RIBON et. al., 2003; BORNSCHEIN e

REINERT, 2000; ANJOS, 2001; ALMEIDA e TEIXEIRA, 1995; SIMON et. al., 1999; SIMON, 2006; PIVATO et. al., 2008; GUSSONI e CAMPOS, 2004; CAVARZERE

et. al., 2005; STRAUBE e URBEN-FILHO,

2005; OLIVEIRA e KöHLER, 2010; CORRÊA et. al., 2008

101--| 5000 8

5001--| Infinito 2

Accipter bicolor * Ambientes florestais.

M/R/PP 0 --| 100 0 4 4453,7 458 RIBON et. al., 2003; ALMEIDA e

TEIXEIRA, 1995; SILVEIRA et. al., 2003; STRAUBE e URBEN-FILHO, 2005;

101--| 5000 3

5001--| Infinito 1

Geranospiza caerulescens Ambientes florestais.

M/R/PP 0 --| 100 1 10 6524,0 100 VIELLIARD e SILVA, 2001; FARIA et. al.,

2006; SIMON et. al., 2007; SIMON, 2000; SIMON et. al., 1999; SILVEIRA et. al., 2003; PIVATO et. al., 2008; OLIVEIRA e KöHLER, 2010; CORRÊA et. al., 2008

101--| 5000 7

5001--| Infinito 2

Leucopternis lacernulatus * Florestal. A/R, E/VU 0 --| 100 1 13 5399,0 34,8** RIBON et. al., 2003; ALMEIDA e

TEIXEIRA, 1995; DEVELEY e MARTENSEN, 2006; SIMON et. al., 2007; MARSDEN et. al., 2003; SIMON et. al., 1999; SIMON, 2000; STRAUBE e URBEN-FILHO, 2005; LAM e WILKENING, 2008

101--| 5000 8

5001--| Infinito 4

Buteogallus aequinoctialis * Florestal e associado à manguezal.

M/R/PP 0 --| 100 0 1 5721 5721 ARAÚJO, 2005

101--| 5000 0

(41)

Espécie Hábito Sensibilidade / Status / Ameaça Tamanho dos Fragmentos (ha) Número de Registros Média dos Fragmentos (ha) Menor fragmento (ha) Referências Total

Buteogallus urubitinga Ambientes florestais. e associado à

cursos d’água.

M/R/PP 0 --| 100 0 10 8297,1 150 VIELLIARD e SILVA, 2001; CARVALHO

FILHO et. al., 2006; RIBON et. al., 2003; ARAÚJO, 2005; SIMON et. al., 1999; FARIAS, 2009a; PIVATO et. al., 2008; TELINO-JUNIOR et. al., 2005

101--| 5000 4

5001--| Infinito 6

Heterospizias meridionalis Campinas e composições

arbustivas.

B/R/PP 0 --| 100 0 6 4229,7 500 SIMON et. al., 1999; PIVATO et. al., 2008;

CAVARZERE et. al., 2005; STRAUBE e URBEN-FILHO, 2005; LAM e WILKENING, 2008; CORRÊA et. al., 2008

101--| 5000 5

5001--| Infinito 1

Rupornis magnirostris Florestal e composições

arbustivas.

B/R/PP 0 --| 100 21 49 4625,6 0,04 ARAÚJO, 2005; MARINI et. al., 2007;

MAÑOSA et. al., 2002; MAÑOSA et. al., 2003; DEVELEY e MARTENSEN, 2006; BORNSCHEIN e REINERT, 2000; FARIA,

et. al., 2006; SIMON, 2007; ANJOS, 2001;

MARSDEN, et. al., 2003; SIMON, 2000; SIMON, et. al., 1999; PIRATELLI et. al., 2005; SILVEIRA, et. al., 2003a; SIMON, 2006; SOARES, 2004; SHIBATTA et. al., 2009; PIVATO et. al., 2008; GUSSONI e CAMPOS, 2004; CAVARZERE et. al., 2009; STRAUBE e URBEN-FILHO, 2005; OLIVEIRA e KöHLER, 2010; LAM e WILKENING, 2008; TELINO-JUNIOR et.

al., 2005; CORRÊA et. al., 2008

101--| 5000 20

5001--| Infinito 8

Buteo albicaudatus Campinas e composições

arbustivas.

B/R/PP 0 --| 100 2 15 7960,7 8,4 MAÑOSA et. al., 2003; GRANZINOLLI e

MOTTA-JUNIOR, 2006; FARIA et. al., 2006; SIMON, et. al., 2007; SIMON, 2000; SIMON,

et. al., 1999; SIMON, 2006; GUSSONI e

CAMPOS, 2004; CAVARZERE et. al., 2009; LAM e WILKENING, 2008; TELINO-JUNIOR et. al., 2005; CORRÊA et. al., 2008

101--| 5000 9

5001--| Infinito 4

Buteo nitidus Ambientes florestais.

M/R/PP 0 --| 100 1 11 2629,2 56 RIBON et. al., 2003; ANJOS, 2001; SIMON,

et. al., 1999; SILVEIRA, et. al., 2003a;

FARIAS, 2009a; CAVARZERE et. al., 2009; LAM e WILKENING, 2008; TELINO-JUNIOR et. al., 2005;

101--| 5000 8

(42)

Espécie Hábito Sensibilidade / Status / Ameaça Tamanho dos Fragmentos (ha) Número de Registros Média dos Fragmentos (ha) Menor fragmento (ha) Referências Total

Buteo brachyurus Ambientes florestais.

M/R/PP 0 --| 100 3 17 9163,8 8,5 MAÑOSA et. al., 2003; VIELLIARD e

SILVA, 2001; MAÑOSA e PEDROCCHI, 2007; RIBON et. al., 2003; DEVELEY e MARTENSEN, 2006; BORNSCHEIN e REINERT, 2000; SIMON, et. al., 2007; SIMON, et. al., 1999; SILVEIRA, et. al., 2003a; FARIAS, 2009a; SIMON, 2006; SHIBATTA et. al., 2009; CAVARZERE et.

al., 2009; OLIVEIRA e KöHLER, 2010;

TELINO-JUNIOR et. al., 2005

101--| 5000 8

5001--| Infinito 6

Buteo albonotatus Ambientes florestais.

M/R/PP 0 --| 100 1 6 786,8 80 SIMON, et. al., 2007; ALMEIDA e

TEIXEIRA, 1995; SILVEIRA, et. al., 2003a; FARIAS, 2009a

101--| 5000 5

5001--| Infinito 0

Caracara plancus Campinas, pastagens, terras agrícolas e composições arbustivas. B/R/PP 0 --| 100 12 43 6536,9 0,04 MAÑOSA e PEDROCCHI, 2007;

VIELLIARD e SILVA, 2001; ARAÚJO, 2005; MAÑOSA et. al., 2002; MAÑOSA et. al., 2003; CURCINO et. al., 2007; DEVELEY e MARTENSEN, 2006; BORNSCHEIN e REINERT, 2000; FARIA, et. al., 2006; SIMON, et. al., 2007; SIMON, 2000; SIMON,

et. al., 1999; PIRATELLI et. al., 2005;

SILVEIRA, et. al., 2003a; FARIAS, 2009a; SIMON, 2006; SOARES, 2004; SHIBATTA

et. al., 2009; PIVATO et. al., 2008;

GUSSONI e CAMPOS, 2009; CAVARZERE

et. al., 2009; STRAUBE e URBEN-FILHO,

2005; OLIVEIRA e KöHLER, 2010; LAM e WILKENING, 2008; TELINO-JUNIOR et.

al., 2005; CORRÊA et. al., 2008

101--| 5000 22

(43)

Espécie Hábito Sensibilidade / Status / Ameaça Tamanho dos Fragmentos (ha) Número de Registros Média dos Fragmentos (ha) Menor fragmento (ha) Referências Total

Milvago chimachima Campinas, pastagens,

terras agrícolas e composições

arbustivas.

B/R/PP 0 --| 100 7 30 3203,7 0,04 MAÑOSA e PEDROCCHI, 1997; MARINI et.

AL. 2007; DEVELEY e MARTENSEN, 2006; FARIA, et. al., 2006; SIMON, et. al., 2007; MARSDEN et. al., 2003; SIMON, 2000; SIMON, et. al., 1999; PIRATELLI et. al., 2005; SILVEIRA, et. al., 2003a; FARIAS, 2009a; SIMON, 2006; SOARES, 2004; SHIBATTA et. al., 2009; PIVATTO et. al., 2008; GUSSONI e CAMPOS, 2004; CAVARZERE et. al., 2009; STRAUBE e URBEN-FILHO, 2005; OLIVEIRA e KöHLER, 2010; LAM e WILKENING, 2008; TELINO-JUNIOR et. al., 2005; CORRÊA et.

al., 2008

101--| 5000 19

5001--| Infinito 4

Herpetotheres cachinnans Ambientes florestais.

B/R/PP 0 --| 100 12 35 2883,1 8,4 VIELLIARD e SILVA, 2001; RIBON et. al.,

2003; ALMEIDA e TEIXEIRA, 1995; VILLANUEVA e. SILVA, 1996; DEVELEY e MARTENSEN, 2006; FARIA, et. al., 2006; SIMON, et. al., 2007; ANJOS, 2001; SIMON, 2000; SIMON, 2006; SIMON, et. al., 1999; PIRATELLI et. al., 2005; SILVEIRA, et. al., 2003a; FARIAS, 2009a; PIVATTO et. al., 2008; GUSSONI e CAMPOS, 2004; CAVARZERE et. al., 2009; STRAUBE e URBEN-FILHO, 2005; LAM e WILKENING, 2008; TELINO-JUNIOR et. al., 2005;

101--| 5000 19

5001--| Infinito 4

Micrastur ruficollis * Ambientes florestais.

M/R/PP 0 --| 100 10 29 3348,9 11 VIELLIARD e SILVA, 2001; RIBON et. al.,

2003; MARINI et. AL. 2007; DEVELEY e MARTENSEN, 2006; ANJOS, 2001; SIMON, 2000; SIMON, 2006; SIMON, et. al., 1999; SILVEIRA, et. al., 2003a; GUSSONI e CAMPOS, 2004; CAVARZERE et. al., 2009; STRAUBE e URBEN-FILHO, 2005; OLIVEIRA e KöHLER, 2010; LAM e WILKENING, 2008; CORRÊA et. al., 2008

101--| 5000 15

(44)

Espécie Hábito Sensibilidade / Status / Ameaça Tamanho dos Fragmentos (ha) Número de Registros Média dos Fragmentos (ha) Menor fragmento (ha) Referências Total

Micrastur semitorquatus Ambientes florestais.

M/R/PP 0 --| 100 1 16 8017,4 70 MAÑOSA e PEDROCCHI, 1997;

VIELLIARD e SILVA, 2001; RIBON et. al., 2003; DEVELEY e MARTENSEN, 2006; FARIA, et. al., 2006; ANJOS, 2001; SIMON,

et. al., 1999; SILVEIRA, et. al., 2003a;

PIVATTO et. al., 2008; CAVARZERE et. al., 2009; STRAUBE e URBEN-FILHO, 2005; OLIVEIRA e KöHLER, 2010; LAM e WILKENING, 2008; TELINO-JUNIOR et.

al., 2005; CORRÊA et. al., 2008

101--| 5000 10

5001--| Infinito 5

Falco rufigularis Ambientes florestais e secundários.

B/R/PP 0 --| 100 1 8 9810,1 8,5 MAÑOSA et. al., 2003; FARIA, et. al., 2006;

SIMON, et. al., 2007; SIMON, 2000; SIMON, 2006; SILVEIRA, et. al., 2003a; LAM e WILKENING, 2008;

101--| 5000 5

5001--| Infinito 2

*- Espécies encontradas na lista de aves da Paraíba (IBAMA/CEMAVE, 2000), porém não neste trabalho. ** - Região circundada por fragmentos maiores.

B – Baixo nível de sensibilidade; M – Nível médio de sensibilidade; A – Alto nível de sensibilidade. R – Residente; VN – Visitante sazonal oriundo do hemisfério norte; E – espécie endêmica do Brasil PP – Pouco preocupante; VU – Vulnerável (CBRO 2009 e IUCN Red List 2010)

Referências

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