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1 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
rodrigoalvarengarosa@gmail.com
(27) 9941-3300
Departamento de Eng. Produção
Estradas de Ferro
Via Permanente - Superestrutura
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• A superestrutura é a parte da VP que recebe os impactos diretos da composição ferroviária
• Os principais elementos constitutivos da superestrutura são:
– Trilho – Dormente
– Lastro e Sublastro – Acessórios de fixação – Aparelho de mudança de via
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Superestrutura
• Os trilhos são apoiados e fixados em dormentes, que são regularmente espaçados e são assentados, na maioria dos casos, sobre um colchão amortecedor de material granular, o lastro
• O lastro absorve os esforços vindos dos dormentes e transmite ao solo as pressões correspondentes às cargas suportadas pelos trilhos, distribuindo-as, com taxa
Superestrutura
3
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Superestrutura
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• O trilho é o elemento da superestrutura que constitui a superfície de rolamento e guias para as rodas dos veículos
• Perfil do tipo Vignole
Superestrutura - Trilhos
• Classificação quanto ao comprimento do trilho
• Trilho padrão – 12 ou 18 metros • Trilho longo
– trilhos padrão soldados, de 250 a 350 metros
5
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Trilho
Perfil
Vignole
Superestrutura
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Trilho
Superestrutura - Trilhos
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• Geralmente o material empregado é o aço-carbono
• Composição – Ferro
• 98% da composição do trilho – Carbono
• proporciona maior dureza ao aço
• Uma maior quantidade torna o aço quebradiço, principalmente se não reduzir o percentual de fósforo
Superestrutura - Trilhos
• Composição – Manganês
• proporciona maior dureza ao aço
• Pode produzir fragilidade junto ao carbono – Silício
• aumenta a resistência a ruptura sem sacrificar a dutilidade ou tenacidade do aço
– Fósforo
7
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• Composição química do aço-carbono – Tabela usada nos Estados Unidos
Superestrutura - Trilhos
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• Fabricação dos trilhos
– O aço é levado a lingoteiras
– Os fenômenos físico-químicos que ocorrem nas lingoteiras durante o processo de solidificação do aço pode dar origem a diversas imperfeições do aço
– Cada corrida geralmente gera três lingotes A, B e C e cada um dará origem a um trilho
– Os trilhos são laminados a quente a partir dos lingotes
• é passado em diversos cilindros que vão dando a forma de um perfil Vignole
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• Especificações para recebimento dos trilhos – Normas para recebimento dos trilhos
• UIC (União Internacional das Estradas de Ferro), Europa • ASTM (American Society for Testing Material) , americana • AREA (American Railway Engineering), americana – Características dimensões e peso
• Trilhos de 12 ou 18 m, tolerância no comprimento é +- 3mm • Tolerância nas dimensões da seção transversal é +- 5mm • Tolerância na pesagem é 2% de cada lote de 50 trilhos
desde que o total não ultrapasse 1%
Superestrutura - Trilhos
• Especificações para recebimento dos trilhos – Prova de choque
• Realizada por uma máquina que permite que um peso de 2.000 lb (907,2 kg) caia livremente de uma altura
especificada conforme tabela
• Deve ter um vão de 0,91 a 1,42 m ajustável • Martelo sobre o boleto
• Em temperatura de 38º C
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• Especificações para recebimento dos trilhos – Ensaio de tração
• Do boleto do trilho da prova de choque retiram-se corpos de prova a frio para a máquina de ensaio de tração
– Carga de ruptura: 70 a 85 kg/mm2
– Limite de elasticidade: 35 a 40 kg/mm2
– Alongamento em 200mm: 10 a 12%
- Se 10% do material não satisfizer às especificações, a corrida será rejeitada
Superestrutura - Trilhos
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• Especificações para recebimento dos trilhos – Ensaio de Resiliência
• Aplicado em 2% dos trilhos e serve como índice de fragilidade do aço
• Corpos de prova de 55 x 10 x 10 mm onde se faz um entalhe com ferro redondo de 2mm
• Submete a choques sucessivos até a fratura
• Se o trabalho de choque foi de τkg m então a resiliência é dada por:
• Onde S é a seção da fratura • ρ>= 3 kg m / cm2
• Não leva a resultados conclusivos, mas é importante a título de registro
Superestrutura - Trilhos
S
τ
ρ
=
19 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Especificações para recebimento dos trilhos – Ensaio de Dureza Brinell
• Utiliza-se uma esfera de 10 mm de diâmetro e um esforço de 3.000kg, durante alguns segundos
onde • DB >= 210kg/mm2
Superestrutura - Trilhos
S
S
P
DB
=
=
3000
(
)
2
2 2 2d
D
D
D
S
=
π
−
−
D d• Especificações para recebimento dos trilhos – Ensaio de Dureza Brinell
• Da Dureza Brinell pode se deduzir o valor aproximado da resistência a ruptura em kg/mm2
• A dureza do trilho é uma das mais importantes propriedades do trilho
• Vai determinar o desgaste provocado pelo atrito das rodas dos veículos, principalmente curvas
Superestrutura - Trilhos
DB
R
=
0
,
35
11
21 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Especificações para recebimento dos trilhos – Ensaio micrográfico
• Atacar a superfície interna do trilho com iodo em solução alcoólica ou com ácido pícrico em álcool
• Permite caracterizar
– as inclusões (matérias estranhas)
– zonas de diferentes concentrações de carbono – Fissuras superficiais
– Ensaio macrográfico
• Atacar a superfície externa do trilho com reativo
• É feito exame de corrosão com uma simples observação visual
• Usa-se reativo de Heyn (cloreto duplo de cobre e amônio em água destilada) ou reativo de Bauman (brometo de prata)
Superestrutura - Trilhos
22 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Especificações para recebimento dos trilhos – Ensaio de entalhe e fratura
• Um corpo de prova representativo do topo do trilho que passou pela Prova de Choque é entalhado e fraturado • Se a fratura apresentar trincas, esfoliações, cavidades,
matéria estranha interposta, estrutura brilhante ou granulação fina, o trilho do Corpo de Prova é classificado como “X”
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• Classificação dos trilhos
– A ASTM (American Society for Testing Materials) estabelece o seguinte critério
• Trilho no1 - trilho isento de qualquer defeito
• Trilho X - trilho que ensaio de entalhe e fratura apresentou algum problema
• Trilho no2 - trilho que contém poucos imperfeições e o
inspetor por sua análise o aceita
Superestrutura - Trilhos
• Marcas de classificação
– Servem para identificar os trilhos quanto à sua qualidade e comparação das possíveis avarias
• Na alma dos trilhos
– Um lado: Marca da usina, país, indicação de que o resfriamento foi controlado (RC), o tipo do forno de aço referente à fabricação (T-Thomas, B-Bessemer, M-Martin, E-Elétrico, SM-Siemens-Martin), o tipo do trilho (quanto ao peso) e o ano e mês de fabricação
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• Trilhos especiais
– As ferrovias estão demandando cada vez mais demandando locomotivas maiores e mais pesadas e o mesmo para vagões – Principalmente nas ferrovias de minério (EFVM, EFC e MRS) – Desgaste principalmente em curvas se torna muito acentuado
nestes casos
– Existem dois métodos para aumentar a vida útil dos trilhos • Fazer um tratamento térmico
• Aços especiais (aço-liga)
Superestrutura - Trilhos
26 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Trilhos especiais com tratamento térmico
– A têmpera do aço é conseguida pelo tempo de resfriamento do aço
• Tempos de resfriamento muito rápidos levam a aços mais duros e mais frágeis
– Percebeu-se que caso fosse o “recozimento” após a têmpera obtêm-se um aço de grande dureza e tenacidade
• Conhecido como recozimento após têmpera
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• Trilhos especiais - Aços especiais (aço-liga)
– Os aços-carbono comuns não são apenas ligas de ferro e
carbono, eles contém outros elementos que melhoram e pioram a qualidade do aço
– Os aços liga contém maior quantidade dos elementos que efetivamente melhoram a qualidade do aço
• Cromo • Manganês • Silício
Superestrutura - Trilhos
• Defeitos nos trilhos
– Defeitos de fabricação
• Vazios (bolsa de contração) • Segregações
• Inclusões
• Fissuras transversais • Defeitos de laminação
15
29 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Defeitos nos trilhos
– Defeitos originados de serviço • Deformação das pontas • Deformação das pontas • Autotêmpera superficial
• Escoamento do metal na superfície do boleto
• Ataque da alma e do patim por corrosão atmosférica • Desgaste por atrito, principalmente nos trechos em
curva
• Desgaste ondulatório
• Fissuras transversais e trincas de fadiga que têm início
no boleto e progridem até o trilho sofrer ruptura
Superestrutura - Trilhos
30 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Escoamento do Boleto
Desgaste por atrito (patinação)
Superestrutura
-Trilhos
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Desgaste Lateral Por atrito
Superestrutura - Trilhos
• São classificados pelo seu peso por metro (kg/metro)
– Os tipos mais comuns são: TR25, TR32, TR37, TR40, TR45,
TR50, TR57, TR68.
• O número que identifica o tipo significa quanto pesa um metro do trilho
– TR68 - 68 quilos por cada metro linear
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Superestrutura - Trilhos
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TR 57
Superestrutura - Trilhos
35 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Pré-dimensionamento de trilhos
– Determinação da Carga de Cálculo
– Sendo
• P - carga por eixo
• Cd- coeficiente dinâmico ou de impacto
• V - velocidade do trem (km/h) • n = Kg / m de aço do trilho
Superestrutura - Trilhos
cálculo d d cálculoP
n
h
km
V
V
C
C
P
P
2
)
/
100
(
30000
1
2=
<
+
=
=
• Supondo um tráfego que suportará um trem com uma locomotiva de peso máximo por eixo de 20 toneladas, com velocidade de 80 km/h, pergunta-se: Qual o perfil de trilho que deverá ser usado?
19
37 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Supondo um tráfego que suportará um trem com uma locomotiva de peso máximo por eixo de 20 toneladas, com velocidade de 80 km/h, pergunta-se: Qual o perfil de trilho que deverá ser usado?
• P - carga por eixo
• Cd- coeficiente dinâmico ou de impacto
• V - velocidade do trem (km/h) • n = Kg / m de aço do trilho
• Análise do efeito da velocidade no perfil do trilho: Quanto maior a velocidade, maior será o perfil do trilho
Superestrutura - Trilhos
50
4
,
48
2
,
24
2
2
,
24
21
,
1
20
21
,
1
30000
80
1
2TR
x
n
P
C
cálculo d→
=
=
=
=
=
+
=
38 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa• Seção Transversal dos Trilhos
– O trilho é colocado inclinado de 1:20 ou 1:40 sobre a vertical • Reduz desgaste do trilho e do aro
39 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Seção Transversal dos Trilhos
– O ângulo ββββdo friso da roda é geralmente de 60º
• Se ββββ> 60º há mais facilidade das rodas subirem nas juntas
• Se ββββ< 60º e houver discordância no alinhamento das pontas do trilho há mais facilidade das rodas subirem nas juntas
• Ambas situações provocam o
descarrilamento
Superestrutura - Trilhos
• O boleto do trilho está sujeito a desgaste lateral e vertical
– A largura c e altura e são estabelecidas para atender aos
esforços horizontal e vertical que o trilho está submetido
– O desgaste da altura e pode atingir até 12 mm em vias
principais e 15 mm em vias secundárias
– A largura do boleto c deve guardar com a altura e uma
relação tal que o desgaste lateral não obrigue a substituição do trilho •
Superestrutura - Trilhos
8
,
1
6
,
1
a
c
≈
21
41 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• O desgaste do boleto deve ocorrer no mesmo tempo que o desgaste por oxidação da alma e do patim
• É importante a relação entre a altura do trilho h e a largura do patim l
– Esta relação é importante para responder
ao esforço vertical P e a força lateral Ft
– O momento de reviramento que é
combatido pelo fixação do trilho mais o momento – A relação ideal é
Superestrutura - Trilhos
1 , 1 0 , 1 a l h ≈ h x Ft 2 l x P 42 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa• Coeficiente de utilidade
– onde
• c - coeficiente de utilidade
• w - módulo resistente à flexão onde
S é a área da seção transversal do trilho e h a altura
• p - peso do trilho em kg/m
• Serve para comparar dois perfis diferentes de trilho
– O que tiver maior valor é o mais econômico
– Pois terá menor peso para o mesmo valor do módulo
resistente à flexão w
Superestrutura - Trilhos
p
w
c
=
h S a w=0,25 0,2743 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• A durabilidade dos trilhos define os limites de uso do trilho
– Até quando um trilho pode ser usado sem comprometer a
segurança da circulação
– É de extrema importância, pois afeta diretamente os
custos de manutenção da via permanente
• Várias indicações podem ser usadas para estabelecer este limite (mas deve ser analisado em cada ferrovia!)
Superestrutura - Trilhos
• Limite de 12 mm de desgaste vertical do boleto para as linhas principais
• Limite de 15 a 20 mm de desgaste vertical do boleto para as linhas secundárias
• A perda de peso admitida é de 10% para trilhos até TR45 e 15 a 20% para trilhos maiores
• Limite de 25% da perda de área do boleto
Superestrutura - Trilhos
23
45 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Desgaste lateral do boleto
– Ângulo de desgaste ΘΘΘΘpode atingir no máximo 32º a 34º
– É medido a partir da extremidade superior do boleto
Superestrutura - Trilhos
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• Pode-se relacionar estatisticamente a perda de peso dos trilhos em função do número de toneladas que circulam sobre os mesmos
– Pode-se então prever qual será a vida útil do trilho
• Perda de peso em kg/m (Essa perda refere-se à passagem de 9.072.000 toneladas métricas de carga
– Em função do raio , sendo R o raio da curva
em metros
– Em função da área do boleto , sendo P o peso
do trilho em kg/m e S a área do perfil do trilho em cm2e ∆∆∆∆S a perda de área do boleto
Superestrutura - Trilhos
R p=433 ∆ S S P p= ∆ ∆47 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Admitindo como limite máximo o desgaste de 25% da área do boleto
– Onde Sb é a área do boleto
Superestrutura - Trilhos
p p T R p S S P p b ∆ ∆ = = ∆ = ∆ max max 000 . 072 . 9 433 25 , 0• Indicação da AREMA (American Railroad Association)
– onde Ts toneladas brutas que o trilho suporta em short-ton para transformar em tonelada métrica ; W peso do trilho em lb/jd e D a
densidade anual de tráfego em milhões de toneladas brutas
• Então a vida útil do trilho será
Superestrutura - Trilhos
505 , 0 545 , 0 W D Ts = 1 , 1 s T T= T =25
49 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• A expressão é válida para tangentes ou curvas com raios superiores a 1.800m.
• Para raios inferiores a este limite deve-se aplicar uma redução na vida útil com base nas estatísticas americanas
Superestrutura - Trilhos
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• Para melhorar a vida útil pode-se fazer:
– Lubrificação dos trilhos pela parte lateral interna do boleto – Lubrificação constante dos pratos peão dos vagões e
locomotivas para atacarem menos o trilho
Superestrutura - Trilhos
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• A vida útil de um trilho é de aproximadamente 550 milhões de toneladas de tráfego. Aproximadamente, 9 mil toneladas de tráfego por hora, durante 7 anos. Em linhas secundárias, os trilhos podem durar até 60 anos.
Superestrutura - Trilhos
• Acessórios de trilho
– A tala de junção é o material metálico que apertado contra
as laterais das extremidades do trilho por parafusos com porcas e arruelas de pressão, garante sua continuidade
– Pode ser substituída pela solda dos dois trilhos
27
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• Gancho de via
– Quando existe dilatação dos trilhos em demasia gerando o
deslocamento dos mesmos e da própria grade da via
Superestrutura - Trilhos
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Tala de Junção
55 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Tala de Junção
Superestrutura – Acessório de Trilhos (tala de junção)
• Acessórios de trilho
– A tala de junção pode ser substituída por solda – Aluminotérmica
– Elétrica
29
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Superestrutura – Trilhos (solda)
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59 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Superestrutura – Trilhos (solda)
1 2
3 4
Superestrutura – Trilhos (solda)
Solda ElétricaC:\DadosRodrigo\MinhasFoto s\SoldaEletrica.avi
31
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• Acessórios de fixação
– Os acessórios de fixação são os elementos que têm por função fixar os trilhos nos dormentes.
Superestrutura – Acessório de Fixação
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Placa de apoio
Superestrutura – Acessório de Fixação
63 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Placa de apoio em perfil Parte de dentro da bitola 1:20 Placa de apoio
Superestrutura – Acessório de Fixação
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Fixação Denick
Superestrutura – Acessório de Fixação
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Fixação Denick
Superestrutura – Acessório de Fixação
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Superestrutura – Acessório de Fixação
1 2 3
4 5
Fixação Pandrol
Superestrutura – Acessório de Fixação
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69 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Fixação Pandrol
Superestrutura – Acessório de Fixação
Tirefond
Mola aperto
Placa de apoio
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Fixação Pandrol
71 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Fixação Pandrol
Prego de Linha
Superestrutura – Acessório de Fixação
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Retensor
Superestrutura – Acessório de Fixação
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Retensor
Superestrutura – Acessório de Fixação
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Retensor
Superestrutura – Acessório de Fixação
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Tirefond
Placa de apoio
Superestrutura – Acessório de Fixação
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79 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• O dormente é o elemento que fixa os trilhos e mantém a bitola da via
• Transmite ao lastro os esforços recebidos dos trilhos
• Características necessárias aos dormentes
– A espessura de a necessária rigidez, porém com alguma
elasticidade
– Que tenha resistência aos esforços que esteja submetido – Que permita com relativa facilidade o nivelamento do
lastro, socaria, na sua base
– Que resista aos deslocamentos longitudinais e
transversais da via
– Que tenha durabilidade
Superestrutura – Dormente
Superestrutura – Dormente
• Taxa de dormentação - Número médio de dormentes por quilômetro de via permanente
Bitola larga (1,60m)
Linhas quantidade por km espaçamento (cm)
Tronco Valores 1820 55
Limites 1667 60
Subsidiárias Valores 1540 65
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• Os dormentes podem ser confeccionados nos seguintes materiais: – Madeira – Aço – Concreto – Material sintético
Superestrutura – Dormente
82 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa• Dormentes de Madeira
• A madeira reúne quase todas as qualidades exigidas para o dormente.
• Até o presente, o principal tipo de dormente.
• A introdução dormente de concreto e o de aço visam substituí-lo devido a fatores como a escassez, reflorestamento deficiente e o uso de madeiras de boa qualidade para fins mais nobre e preços mais elevados.
• Os de madeira de lei, difícil de achar hoje em dia, de sucupira chegam a durar 30 anos.
• Relativamente leves: 70kg
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Dormente de Madeira
Superestrutura – Dormente
• Durabilidade dos dormentes de madeira
– Clima;
– Drenagem da Via;
– Peso e velocidade dos trens;
– Época do ano em que a madeira foi cortada ;
– Grau de secagem;
43
85 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• A vida útil do dormente da madeira é em função de – da resistência ao apodrecimento
– desgaste mecânico.
• O ponto mais vulnerável do dormente é o local de fixação do trilho. • A escolha do dormente de madeira está, portanto, condicionada a
estes fatores:
– Pela sua resistência à destruição mecânica – pela dureza e coesão da madeira;
– Pela sua resistência ao apodrecimento (ação de fungos); – Pela maior ou menor facilidade de obtenção;
– Por razões de ordem econômica.
• Atualmente, só para manutenção tem escolhido o dormente de madeira. Questões ambientais forçam as novas ferrovias a optar pelo de concreto ou o de aço!!!!
Superestrutura – Dormente
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• Vantagens dos dormentes de madeira – leves e de fácil manuseio;
– serragem, furação e entalhamento fácil; – fixação fácil dos trilhos e placas de apoio;
– são pouco afetados pelas severas condições de manuseio e de transporte;
– não são atacados por resíduos industriais poluidores da atmosfera;
– possuem valor residual.
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• Desvantagens dos dormentes de madeira – menor vida útil;
– são suscetíveis a ação de fungos, insetos e fogo;
– permitem gradual abertura da bitola e queda das condições da linha pela afrouxamento das fixações com o conseqüente desgaste da via;
– os dormentes especiais para os AMV’s são de preço elevado e de difícil aquisição;
– exigem maior área de armazenagem e secagem quando tratados.
Superestrutura – Dormente
• Fatores que condicionam a escolha do dormente de madeira
– resistência a destruição mecânica (dureza e coesão da
madeira);
– resistência ao apodrecimento;
– maior ou menor facilidade de obtenção (razões
econômicas e ambientais).
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89 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Superestrutura – Dormente
Propriedade Relação com a densidade D
Madeira verde (30% Seca ao ar (12% de umidade) umidade) FLEXÃO ESTÁTICA
Tensão no limite de proporcionalidade (kg/cm2) 717D1,25 1170D1,25
Tensão de ruptura (kg/cm2) 1240D1,25 1800D1,25
FLEXÃO DINÂMICA
COMPRESSÃO PARALELA ÀS FIBRAS
Tensão no limite de proporcionalidade (kg/cm2) 370D 615D
Tensão de ruptura (kg/cm2) 470D 850D
COMPRESSÃO PERPENDICULAR ÀS FIBRAS
Tensão no limite de proporcionalidade (kg/cm2) 210D2,25 326D2,25
DUREZA
No topo (kg) 1360D2,25 2180D2,25
Lateral (kg) 1550D2,25 1710D2,25
90 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Zona de fixação nos dormentes de madeira
– Nos dormentes utilizados em ferrovias de bitola larga é a
região que se estende em 50 cm a partir de 60cm do
meio do dormente;
– •nos dormentes utilizados em ferrovias de bitola métrica,
a região que se estende em 40 cm a partir de 35 cm do
meio do dormente.
91 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Superestrutura – Dormente
• Propriedades da madeira utilizada
• a madeira a ser empregada na fabricação deve vir de
árvores sadias, abatidas vivas, sendo o corte realizado nos
meses secos. A madeira deve ser de boa qualidade, de
fibras duras e sem excesso de alburno (parte que envolve o
cerne);
47
93 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Condições de fabricação dos dormentes de
madeira
• as faces dos dormentes poderão ser lavradas ou serradas,
admitindo-se reentrâncias de até 15mm de profundidade;
• as faces verticais deverão cortar uma das faces horizontais
(a face inferior) segundo um ângulo reto;
• a face inferior deverá apresentar largura constante e arestas
vivas;
• poderão ser tolerados desquinados (arestas mortas) na face
superior desde que fiquem asseguradas as medidas d e r
mínimas.
Superestrutura – Dormente
94 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• As dimensões dos dormentes variam conforme a bitola
Superestrutura – Dormente
95 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• As dimensões dos dormentes variam conforme a bitola
• (NBR 7511)
comprimento (m) largura (m) altura (m) bitola
min max min max min max
1,000 1,90 2,00 1,435 2,55 2,65 0,22 0,24 0,16 0,17 1,600 2,65 2,80 tolerâncias 0,05 0,01 0,015
• Arestas
Superestrutura – Dormente
Na zona de fixação Fora da zona de fixação bitola 1,60m bitola 1,00m bitola 1,60m bitola 1,00m
49
97 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Tolerâncias para os dormentes de madeira
• são tolerados fendilhamentos no topo com 25cm no máximo de comprimento, desde que corrigidos ou contidos pela aplicação de grampos ou cintas anti-rachadura;
• são admitidos nós desde que os mesmos não ultrapassem 2cm de diâmetro e 8cm de profundidade e não se localizem na zona de fixação;
• curvaturas simples e regulares, no plano horizontal, são toleradas desde que as flechas medidas ao longo do comprimento não ultrapassem 6cm. Duplas curvaturas no plano horizontal só serão admitidas se qualquer flecha não ultrapassar 4cm;
Superestrutura – Dormente
98 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Tolerâncias para os dormentes de madeira
• são admitidos dormentes com curvaturas no plano vertical, desde que qualquer flecha medida ao longo do seu comprimento não ultrapasse 1cm;
• a diferença de altura entre dois pontos quaisquer das faces horizontais não deverá ser superior a 1,5cm.
99 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Dormente de aço
• Perfil em U
• Considerado um dormente de material misto, aço e brita • Relativamente leve, 70kg
• Vantagens:
– material perfeitamente homogêneo; – longa vida útil;
– boa resistência aos esforços transversais. • Desvantagens:
– maior dificuldade para socaria e nivelamento; – falta de isolamento elétrico em linhas sinalizadas;
– necessidade de linha com alto padrão de lastro e isenta de impactos na superfície de rolamento.
Superestrutura – Dormente
• Dormente de Aço
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101 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Dormente de Aço
Superestrutura – Dormente
102 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Dormente de aço
103 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Dormente de aço
Superestrutura – Dormente
Dormente de aço
53
105 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Dormente de concreto
• Relativamente pesados de 240kg a 300kg
• Demanda máquinas para assentamento e manutenção
• O concreto e o aço utilizados obedecem as especificações correntes para esses materiais e a fabricação, cura e manuseio das peças são as mesmas dos artefatos de concreto em geral.
Superestrutura – Dormente
106 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Dormente de Concreto
• Vantagens: – longa vida útil;
– peso elevado, proporcionando mais elasticidade à via; – resistência aos agentes atmosféricos;
– características físicas e mecânicas uniformes; – redução dos custos de manutenção da via.
• Desvantagens:
– necessidade de processo de fabricação apurado;
– dificuldade de transporte e manuseio devido ao peso elevado; – dificuldade de fixação eficaz;
– necessidade de linha com alto padrão de lastro e nivelamento; – perda total em caso de acidente.
107 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Dormente de concreto
• Podem ser de três tipos
– Concreto protendido (mais usado em ferrovias de carga) – Mistos ou polibloco – Bi-bloco
Superestrutura – Dormente
Superestrutura – Dormente
Dormente de Concreto Protendido55
109 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Superestrutura – Dormente
Dormente de Concreto
110 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Superestrutura – Dormente
Dormente de Concreto
111 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Superestrutura – Dormente
Dormente de Concreto bi-bloco
• Dormente de Plástico
• podem ser confeccionados a partir de material reciclado;
• possui o mesmo formato dos dormentes de madeira e podem ser usados de modo conjunto na mesma linha;
• produção e aplicação ainda em escala inicial.
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113 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Dormente de Plástico
Superestrutura – Dormente
114 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Dormente de Plástico
115 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Dormente de Plástico
• Vantagens dos dormentes de plástico – vida útil estimada em mais de 50 anos; – mais leve do que o dormente de madeira; – não racha, nem trinca;
– eletricamente não condutivo;
– mantém suas propriedades físicas sem deterioração; – utiliza mesma fixação dos dormentes existentes;
– absorve vibrações preservando o material rodante e a geometria da via;
– impermeável a água;
– impermeável a efeitos biológicos;
– resistente a óleo Diesel, óleo mineral e graxa; – livre de produtos químicos tóxicos;
– 100% reciclável.
• Dormente de Plástico
• `Desvantagens dos dormentes de plástico
– é destruído pela ação do fogo ou contato com objetos de temperatura elevada;
– pode sofrer concorrência direta dos dormentes de madeira em países com reservas florestais abundantes;
– material feito a partir do petróleo (fonte não renovável) cujo preço
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117 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• A Grade da ferrovia é formada pelo dormente mais o trilho e os elementos de fixação
• Ela é preparada antes de se colocar o lastro
– Depois de pronta ela é levantada e coloca-se o lastro e
procede-se a socaria
Superestrutura – Grade
118 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Grade da Ferrovia Desguarnece-dora de lastro
Superestrutura – Grade
119 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• a superfície final da infraestrutura constitui a chamada plataforma, a qual é formada por solos naturais ou tratados, no caso dos cortes e aterros, ou então por estruturas quaisquer no caso de obras de arte especiais;
• na ferrovia a plataforma é o suporte da estrutura da via e que recebe, através do lastro, as pressões devidas à circulação dos trens;
• a plataforma fornece também espaço para as demais instalações necessárias a operação ferroviária como postes de rede aérea de comunicação, alimentação ou ainda para instalação superficial ou subterrânea de cabos condutores.
• a plataforma tem como função básica proporcionar apoio a superestrutura da via de modo que não sofra deformações que impeçam ou influam negativamente na operação, sob as condições de tráfego que determina o traçado da linha;
• para que o apoio não sofra deformações ou não influa negativamente na operação da ferrovia, é necessário que a plataforma tenha certas características de resistência;
61
121 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Em solo natural:
– pode ser usada quando o valor de resistência é atendido;
– os serviços preliminares consistem na roçada, remoção da camada de solo orgânico, regularização;
– se necessário substituição dos materiais das camadas inferiores.
• Em cortes:
– se após a escavação as características geomecânicas atenderem as exigências de resistência e capacidade de deformação, esta será incorporada a plataforma;
– se necessário realizar a substituição dos materiais;
– rocha não é considerada bom material para camadas de lastro inferiores a 30cm;
– plataformas muito rígidas podem conduzir a destruição do lastro, especialmente se o tráfego for predominantemente de vagões pesados.
Superestrutura – (Relembrando Infraestrutura)
122 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Em solo natural:
– pode ser usada quando o valor de resistência é atendido;
– os serviços preliminares consistem na roçada, remoção da camada de solo orgânico, regularização;
– se necessário substituição dos materiais das camadas inferiores.
• Em cortes:
– se após a escavação as características geomecânicas atenderem as exigências de resistência e capacidade de deformação, esta será incorporada a plataforma;
– se necessário realizar a substituição dos materiais;
– rocha não é considerada bom material para camadas de lastro inferiores a 30cm;
– plataformas muito rígidas podem conduzir a destruição do lastro, especialmente se o tráfego for predominantemente de vagões pesados.
123 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• O sublastro é o material granular regularmente distribuído entre o lastro e o terrapleno, com a finalidade de
– melhorar a capacidade de suporte da plataforma – Evitar a penetração do lastro na plataforma
– Aumentar a resistência do leito à erosão e a penetração
de água, concorrendo para uma boa drenagem da via
– Permitir relativa elasticidade ao apoio do lastro para que a
via permanente não seja rígida
• Material mais barato que o lastro, o que reduz os custos de construção da VP
Superestrutura – Sublastro
• Material para o sublastro
– IG (Índice de Grupo) = 0 (zero)
– LL (Limite de Liquidez) = máximo de 35 – IP (Índice de Plasticidade) = máximo de 6
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125 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• O sublastro deverá ser compactado de modo a obter-se peso específico aparente correspondente a 100% do ensaio de proctor.
• O sublastro usualmente tem altura de 20cm, mas deveria ser calculado para absorver as pressões vindas do lastro e chegar na plataforma com uma taxa de trabalho compatível com o solo da plataforma
Superestrutura – sublastro
126 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• material que se enquadre, de preferência, no grupo A1 de classificação de solos HRB (Highway Research Board):
• A1 Solo bem graduado constituído principalmente de pedregulho e areia, mas contendo pequena quantidade de finos.
• Os solos argilosos (A4 a A7) estão sujeitos a amplas variações na resistência durante os ciclos de secagem e umedecimento, são portanto indesejáveis.
• Os solos mal graduados, como areias finas (A3), são difíceis de serem compactados para alcançar altas densidades
127 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• É o elemento da superestrutura situado entre os dormentes e a plataforma
• Para a escolha do tipo do lastro deve-se observar
– Fluxo da carga, o tipo de carga, a velocidade do trem e o custo de aquisição
• Deve-se observar também os critérios técnicos para um bom lastro – Resistência; Durabilidade; Estabilidade; Drenabilidade;
Limpeza; Trabalhabilidade; Disponibilidade; Custo
65
129 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• O lastro tem as seguintes funções:
– Distribuir de forma uniforme sobre a plataforma os esforços resultantes das cargas dos veículos, produzindo uma taxa de trabalho menor na plataforma;
– Impedir os deslocamentos dos dormentes, vertical como horizontalmente;
– Formar um suporte, até certo limite elástico, atenuando as trepidações resultantes da passagens dos veículos rodantes;
– Sobrepondo-se a plataforma, suprimir suas irregularidades, formando uma superfície contínua e uniforme para os dormentes e trilhos; – Impedir os deslocamentos os deslocamentos dos dormentes, quer no
sentido longitudinal e no transversal – Facilitar a drenagem da superestrutura
Superestrutura – Lastro
130 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Para desempenhar tais funções, o lastro deve ter as seguintes qualidades:
– Suficiente resistência aos esforços transmitidos pelos dormentes;
– Possuir elasticidade limitada para abrandar os choques; – Ter dimensões que permitam sua interposição entre os
dormentes e abaixo dos mesmos; – Ser resistente aos agentes atmosféricos; – Não produzir pó, prejudicial ao material rodante;
– Deve ser francamente permeável para uma boa drenagem.
131 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Soca ou socaria
– É o processo de se compactar o lastro por meio manual ou por meio mecanizado.
Superestrutura – Lastro
• Soca ou socaria
67
133 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Soca ou socaria C:\DadosRodrigo\MinhasFotos\CefetCariacica\VisitaFundao20062007\ Fundao 064 C:\DadosRodrigo\MinhasFotos\CefetCariacica\VisitaFundao20062007\ Fundao 070
Superestrutura – Lastro
134 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa• O material utilizado como lastro pode ser:
– Brita (o melhor!!)
– Escória de
alto forno
/aciaria (A EFVM utilizou
bastante mas teve muito problema)
– Terra
– Cascalho
135 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Brita
Superestrutura – Lastro
Escória de
aciaria
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137 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• As especificações adotadas em nosso país seguem tanto quanto possível as especificações da AREMA (AREMA - American Railway Engineering and Maintenance-of-Way Association). • As pedras do lastro não devem ter grandes dimensões, pois nesse
caso funcionariam como “cunhas” e o nivelamento seria pouco durável.
• Por outro lado, dimensões muito pequenas acarretariam uma rápida “colmatagem” do lastro, perdendo este a sua função drenante.
• As especificações modernas determinam que as pedras do lastro tenham dimensões entre ¾” e 2½” (2 - 6cm).
Superestrutura – Lastro
138 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• AREMA (AREMA - American Railway Engineering and Maintenance-of-Way Association).
• Peso específico mínimo: 2,7
• Resistência à ruptura: 700 kg/cm2 (ensaio: cubos de 5 cm de aresta,
levados a uma máquina de compressão)
• Solubilidade: A pedra não pode ser solúvel (ensaio: 7dm3 de pedra triturada e lavada colocada em um vaso e agitada no período de 48 horas, durante 5 min, cada 12 horas de intervalo – se houver descoloração a pedra é considerada solúvel e imprópria)
• Absorção: o aumento de peso por absorção de água de uma amostra de 230 g, quando mergulhada em água durante certo tempo, não deve ultrapassar 1% (pelo método MB 8 da ABNT).
139 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• AREMA (AREMA - American Railway Engineering and Maintenance-of-Way Association).
• Substâncias nocivas: a quantidade de substâncias nocivas e torrões de argila não deve ultrapassar 1%.
• Granulometria: pedras do lastro devem ter dimensões entre 2 e 6 cm
Superestrutura – Lastro
Percentagens acumuladas nas peneiras
Graduação 63,5mm 50mm 38mm 25mm 19mm 12,7mm 50mm a 25mm 0 0-5 35-65 85-100 90-100 95-100
• Especificações do lastro:
– massa específica ≥ 2,7 g/cm3
– coeficiente de desgaste Los Angeles ≤ 35%
– amostra: 5Kg (limpa e seca); 12 esferas de aço; 30 a 33 rpm; 500 revoluções
– após, passa-se o material na peneira #12 (1,68 mm) e pesa-se a quantidade retida
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141 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Superestrutura – Lastro
142 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
143 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Superestrutura – Lastro
• Para preencher o formulário para a análise granulométrica, usa-se a porcentagens acumuladas retidas
• Altura do Lastro
– Os estudos de Talbot
• diagrama de distribuição de pressões no lastro • bulbo de distribuição de pressões
• As percentagens representam a pressão média na face inferior do dormente em contato com o lastro
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145 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Gráfico de Talbot
Superestrutura – Lastro
146 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Altura do Lastro
– P0= pressão média na face inferior do dormente (Kg/cm2)
– Ph= pressão a uma profundidade qualquer (Kg/cm2)
Superestrutura – Lastro
100 % o h P P K = Po Ph h147 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Superestrutura – Lastro
• Altura do Lastro
– Segundo Talbot
• Ph= pressão a uma profundidade h (Kg/cm2)
Superestrutura – Lastro
o h P h P =531,,8725 Po Ph h75
149 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Altura do Lastro
– Determinação de P0
• Pc= carga a ser considerada sobre o dormente
• b = largura do dormente (cm)
• c = faixa de socaria (cm) - varia de 70 a 80 cm para bitola métrica e de 80 a 90 cm, para bitola larga
Superestrutura – Lastro
c x b P P c o = Po Ph h Pc 150 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa• Altura do Lastro
Pr- peso da roda mais pesada, Cd - Coeficiente
dinâmico
d - distância entre eixos da locomotiva, a - distância entre centros dos dormentes
V - velocidade em km/h; como esta fórmula foi definida antigamente, adota-se 1,4 como valor mínimo para Cd
Superestrutura – Lastro
d C n P P r c = a d n= 000 . 30 1 2 V Cd = +151 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Altura do Lastro
• Tensão admissível no sublastro
Ps- pressão de ruptura do sublastro
cs- coeficiente de segurança que varia entre 5 e 6
Ph- pressão a uma profundidade h (Kg/cm2)
- tensão admissível no sublastro (Kg/cm2)
Superestrutura – Lastro
P
P
h≤
s s h c p p = 100 70 CBR ps = PExemplo do cálculo da altura do lastro
Dimensionar a altura do lastro sabendo-se os seguintes dados: Peso por eixo - 20 toneladas
Dimensão dos dormentes - 2,00 x 0,20 x 0,16 Coeficiente dinâmico ou coeficiente de impacto - 1,4 Faixa de socaria - 70 cm
Distância entre eixos da locomotiva - 2,20 m
77
153 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Exemplo do cálculo da altura do lastro
Solução
1) a = distância entre o centro dos dormente = 1000/1750 = 0,57
2) n = distância entre eixo / a n = 2,20 / 0,57 = 3,86
3)
Pr - peso da roda mais pesada (20 x 1000) / 2 = 10000 dica: 20 ton/eixo, cada eixo 2 rodas, cada ton = 1000kg Pc = (10000/3,86) x 1,4 = 3.627 kg
Superestrutura – Lastro
d C n P P r c = 154 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga RosaExemplo do cálculo da altura do lastro
Solução 4)
b - largura do dormente; c - faixa de socaria Po = 3627 / (20 x 70) = 2,591 kg/cm2 5) ps = 70 x 20 / 100 = 14 kg/cm2
Superestrutura – Lastro
c x b P P c o =100
70 CBR
p
s=
155 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Exemplo do cálculo da altura do lastro
Solução 6) = 14 / 5,5 = 2,55 kg/cm2 7) = (53,87 / h1,25) . P o 2,55 = (53,87 / h1,25) . 2,591 h = 24,7 = 25cm
Superestrutura – Lastro
hP
o h P h P =531,,8725 s s hc
p
p
=
hp
Exemplo do cálculo da altura do lastro
Outra Solução (pelo gráfico)
Depois do passo 4, com os valores de Ph e Po pode-se calcular K%
K% = (2,55 / 2,591) x 100 = 98,4%
Superestrutura – Lastro
100 % o h P P K =79
157 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Valor da pressão admissível no sublastro
Superestrutura – Lastro
158 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga RosaExemplo do cálculo da altura do lastro
Solução
Na prática pode-se admitir a distribuição da pressão na plataforma. supondo uma altura de 20 cm do sublastro.
Tem-se a pressão na plataforma da ferrovia:
Ph= (53,93 / (20 + 25)1,25) x 2,591 = 1,2 kg/cm2
O que é um valor razoável para terrenos compactados a 100%
159 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Metodologia para dimensionamento da camada de lastro 1. Definir os parâmetros básicos da EF:
– bitola;
– espaçamento entre dormentes; – carga total máxima por veículo;
– afastamento entre duas rodas consecutivas; – velocidade operacional;
2. Determinar a carga dinâmica (Cd);
3. Determinar a pressão sob a face inferior do dormente (Po);
4. Determinar pressão admissível (Ps) para o material a ser utilizado no
sublastro;
5. Determinar a altura da camada de lastro.
6. Fazer os cálculos para a camada de sublastro para ver se a resistência de ruptura da plataforma suporta a carga
Superestrutura – Lastro
• Processo de distribuição do lastro na ferrovia
• Vídeo:
C:\DadosRodrigo\MinhasFotos\CefetCariacica\VisitaFundao2006200 7/\Fundao 11.avi
• C:\DadosRodrigo\MinhasFotos\CefetCariacica\VisitaFundao2006200
81
161 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Superestrutura – Lastro
162 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Limites para dimensionamento da seção
– o lastro não deverá cobrir os dormentes, sendo coroado a 5cm da face superior. No caso de dormente de concreto com blocos ligados por tirante metálico, o lastro deve ficar 2cm abaixo do tirante, observando o coroamento de 5cm;
– a soca deve abranger para cada lado do eixo dos trilhos sob os dormentes, no mínimo 40cm para as bitolas larga e normal e 30cm para bitola estreita;
– a faixa central não atingida pela soca terá, pelo menos, 30 a 40cm de largura.
– a capacidade de suporte da plataforma não deverá ser excedida pela pressão transmitida pelo lastro, o qual terá espessura suficiente para uniformizá-la;
163 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Limites para dimensionamento da seção
– a ombreira terá largura adequada a estabilidade da via,
recomendando-se 30cm para as vias com trilhos longos soldados (TLS), 20cm para as vias com alta densidade de tráfego sem TLS e 15cm para as demais.
– o talude do lastro não terá inclinação superior a 1:1,5 (altura:base); – a altura da camada de lastro sob os dormentes deve variar entre
40cm e 20cm nas linhas de bitola larga e normal e entre 30cm e 15cm nas linhas de bitola estreita;
– em linhas de grande solicitação, seja pela carga ou pela
velocidade, a espessura poderá ser aumentada até atingir o valor do afastamento face a face dos dormentes, usando então uma camada de brita graduada (lastro) e uma de sub lastro com material de menor granulômetria;
Superestrutura – Lastro
• Limites para dimensionamento da seção
– quando a altura da camada lastro calculada ultrapassar a altura recomendada para a classe da linha, pode ser utilizado, por medida econômica, material de categoria inferior como sublastro, desde que ofereça boa condição de drenagem e tenha capacidade de suporte para a pressão que deve ser transmitida.
83
165 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
• Aspectos construtivos
– a escolha do material para lastro deve obedecer ao critério econômico, observados os dispositivos das normas técnicas; – o lastro ou sub lastro somente deve ser lançado sobre a plataforma
devidamente regularizada, nivelada, compactada, abaulada e que apresente adequada condição de drenagem;
– a soca do lastro deve ser executada preferencialmente por processo mecânico e ser feita, em qualquer caso em camadas de aproximadamente 15cm, sendo recomendado até reduzir este valor para 10cm em linhas de grande responsabilidade.
Superestrutura – Lastro
166 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Uma estrada de ferro com extensão de 200km será construída em bitola larga para escoar a produção de minério de ferro. Determine a altura da camada de lastro necessária sob os dormentes. Faça também a
representação da seção tipo e determine o volume de material necessário para a execução da obra.
Carga total por vagão= 119000kg Velocidade operacional= 70km/h Número de eixos por veículo = 4 Distância entre eixos = 2m
CBR plataforma = 18,5% Coeficiente NS = 5,5
Soca = 40cm para cada lado do eixo dos trilhos Ombreira 30cm
Espaçamento entre dormentes = 55cm = 1820 dorm/km Dimensões do dormente 2,8 x 0,24 x 0,17m
Inclinação talude = 1:1,5
Fator majoração sobre a compactação = 10%
167 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
Uma estrada de ferro com extensão de 200km será construída em bitola larga para escoar a produção de minério de ferro. Determine a altura da camada de lastro necessária sob os dormentes. Faça também a
representação da seção tipo e determine o volume de material necessário para a execução da obra.
Carga total por vagão= 119000kg Velocidade operacional= 70km/h Número de eixos por veículo = 4 Distância entre eixos = 2m
CBR plataforma = 18,5% Coeficiente NS = 5,5
Soca = 40cm para cada lado do eixo dos trilhos Ombreira 30cm
Espaçamento entre dormentes = 55cm = 1820 dorm/km Dimensões do dormente 2,8 x 0,24 x 0,17m
Inclinação talude = 1:1,5
Fator majoração sobre a compactação = 10%
Determine a altura da camada de lastro para uma ferrovia de bitola estreita e 350km de extensão destinada ao transporte de produtos
agrícolas e carga geral. Represente a seção tipo e determine o volume de material necessário.
Carga total por vagão= 90.000kg Velocidade operacional= 70km/h Número de eixos por veículo = 4 Distância entre eixos = 1,574m CBR sublastro = 30%
Coeficiente NS = 5,5