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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO

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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO

PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL RELATÓRIO Nº : 174812

UCI 170961 : CG DE AUDITORIA DA ÁREA FAZENDÁRIA EXERCÍCIO : 2005

PROCESSO Nº : 17944.001420/2006-50 UNIDADE AUDITADA : FUNDO PIS-PASEP CÓDIGO : 179045

CIDADE : BRASILIA UF : DF

RELATÓRIO DE AUDITORIA

Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 174812, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre os atos e conseqüentes fatos de gestão, ocorridos na Unidade supra-referida, no período de 01/07/2005 a 30/06/2006.

I - ESCOPO DO TRABALHO

2. Os trabalhos foram realizados, no período de 29/08/2006 a 22/09/2006, incluindo exames aplicados no âmbito do Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP e nas sedes do Banco do Brasil S.A. - BB, da Caixa Econômica Federal - CEF e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, agentes operadores do Fundo, e obedeceram às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. O Relatório Preliminar de Auditoria foi encaminhado ao Secretário-Executivo do Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP, por meio do Ofício nº 31.633/DEFAZ/DE/SFC/CGU-PR, em 02/10/2006, conforme determina a Norma de Execução nº 1, de 05/01/2006. A Unidade informou concordar com o contido no relatório encaminhado, por intermédio do Ofício nº 98 STN/PIS-PASEP, de 10/10/2006. Nenhuma restrição foi imposta aos nossos exames, que contemplaram as seguintes áreas:

- GESTÃO OPERACIONAL - GESTÃO ORÇAMENTÁRIA - GESTÃO FINANCEIRA

- GESTÃO DO SUPRIMENTO DE BENS/SERVIÇOS - CONTROLES DA GESTÃO

II - RESULTADO DOS EXAMES 3 GESTÃO OPERACIONAL

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3.1.1 ASSUNTO - STATUS DA MISSÃO INSTITUCIONAL 3.1.1.1 INFORMAÇÃO: (001)

A Lei Complementar nº 26/1975, com vigência a partir de 1º/07/1976 regulamentada pelo Decreto nº 78.276/1976, e regida pelo Decreto nº 4.751/2003, unificou os fundos constituídos com os recursos do Programa de Integração Social - PIS e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP, instituídos pelas Leis Complementares nºs 7 e 8, de 07/09/1970 e 03/12/1970, respectivamente, dando origem ao Fundo PIS-PASEP.

Os objetivos iniciais do Fundo consistiam em integrar o empregado na vida e no desenvolvimento das empresas e em assegurar- lhe, bem como ao servidor público, a fruição de patrimônio individual progressivo, estimulando a poupança, corrigindo distorções na distribuição de renda e possibilitando a paralela utilização dos recursos acumulados em favor do desenvolvimento econômico-social.

Entretanto, esses objetivos foram modificados, por força do art. 239 da Constituição Federal de 1988, que vinculou a arrecadação do Fundo PIS-PASEP ao custeio do seguro-desemprego e do abono aos empregados que ganham, em média, até dois salários mínimos de remuneração mensal.

As fontes de recursos do Fundo são constituídas atualmente de: I -juros, atualização monetária e multas devidas pelos contribuintes dos Programas, em decorrência da inobservância das obrigações a que estão sujeitos;

II -o retorno, por via de amortização, dos recursos aplicados em operações de empréstimos e financiamentos, incluído o total das receitas obtidas em tais operações;

III -o resultado de toda e qualquer operação financeira realizada, compreendendo, quando for o caso, multa contratual e honorários; e IV os resultados das aplicações do Fundo de Participação Social

-FPS.

Ao final de cada exercício financeiro, as contas individuais dos participantes do Fundo são creditadas das quantias correspondentes a:

I -aplicação da atualização monetária sobre os respectivos saldos credores, verificados ao término do exercício financeiro anterior, obedecidos, neste exercício, os índices da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP (art.12 da Lei nº 9.365, de 16/12/1996);

II -incidência dos juros de 3% sobre os respectivos saldos credores atualizados; e

III -resultado líquido adicional das operações financeiras realizadas, se houver.

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deficiência, concedidos pelo INSS e idade igual ou superior a setenta anos. No caso de morte, o saldo da conta será pago aos dependentes ou na falta destes, aos sucessores do titular. Realiza o Fundo, dessa forma, o seu objetivo de formação de patrimônio em favor dos cadastrados.

Para proporcionar a distribuição desses benefícios, os recursos do Fundo devem ser corretamente aplicados, objetivando retorno que garanta a manutenção e valorização do patrimônio. De acordo com a legislação vigente, as operações realizadas contemplam os setores produtivos mais prioritários para a economia do País, sendo assim, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, consoante disposto nos Decretos nº 74.333, de 30/07/1974, e nº 76.342, de 26/09/1975, realiza investimentos em programas e subprogramas especiais voltados para a produção de insumos e equipamentos básicos, expansão do mercado interno para equipamentos nacionais, infra- estrutura, sistemas de distribuição e comercialização de mercadorias de consumo básico, fortalecimento da empresa privada nacional e operações no mercado de capitais.

3.2 SUBÁREA - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

3.2.1 ASSUNTO - ECONOMICIDADE DOS RESULTADOS OPERACIONAIS 3.2.1.1 INFORMAÇÃO: (018)

O Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP editou a Resolução n° 03, de 09/07/2003, determinando que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil S.A. passariam a ser remunerados por intermédio de tarifas pelos serviços prestados, deixando de receber a comissão na forma de percentual fixo sobre o patrimônio líquido do Fundo.

A nova metodologia gerou uma economia no pagamento da taxa de administração ao Banco do Brasil S.A. de R$ 210.366.554,37, em valores acumulados nos últimos três exercícios, conforme demonstrado a seguir:

Banco do Brasil S.A.

Metodologia 2003/2004 2004/2005 2005/2006

Antiga 97.163.836,52 103.309.679,26 114.000.864,58

Nova 36.055.313,93 34.487.404,94 33.565.107,12

Economia 61.108.522,59 68.822.274,32 80.435.757,46

A economia acumulada pela remuneração paga à Caixa Econômica Federal foi de R$ 114.428.685,35, conforme quadro abaixo:

Caixa Econômica Federal

Metodologia 2003/2004 2004/2005 2005/2006

Antiga 97.163.836,52 103.309.679,26 114.000.864,58

Nova 71.046.179,98 65.880.942,72 63.118.572,31

Economia 26.117.656,54 37.428.736,54 50.882.292,27

Nesse sentido, releva destacar o empenho do Conselho Diretor do Fundo na renegociação periódica das tarifas de prestação dos serviços pelos agentes operadores, proporcionando a redução contínua dos valores desembolsados em cada exercício.

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3.2.2 ASSUNTO - RESULTADOS DA MISSÃO INSTITUCIONAL 3.2.2.1 INFORMAÇÃO: (002)

Indicadores ou parâmetros de gestão

Os indicadores de gestão transpõem as funções essenciais de qualquer organização, contemplando as fases do planejamento, da organização e execução e do controle, que expressam a capacidade de desempenho de organização, através da avaliação. A avaliação tem por objetivo expressar por meio de indicadores ou parâmetros o grau de cumprimento desses objetivos. Foram eleitos pelo Conselho Diretor para avaliação do desempenho da gestão do Fundo, os seguintes indicadores: 1) Nome do indicador

ƒ Indicador de Pagamento de Rendimentos (IPR); ƒ Indicador de Pagamento de Principal (IPP);

ƒ Indicador de Desvio nos Custos Administrativos (IDCA).

2) Descrição e tipo de indicador

- Indicador de Pagamento de Rendimentos (indicador de eficácia) – Mede a quantidade e valor de pagamento de rendimentos sacados pelos participantes (juros mais resultado líquido adicional, se houver) em relação ao orçado.

- Indicador de Pagamento de Principal (indicador de efetividade) – Mede a quantidade de pagamento de principal (cotas), por aposentadoria e outras modalidades.

- Indicador de Desvio nos Custos Administrativos (indicador de eficiência e de economicidade) – Mede a realização do custo administrativo em relação ao valor orçado (despesas de comissão com o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES).

3) Fórmula de cálculo e método de medição

A medição desses indicadores é efetuada a partir dos dados relativos às movimentações orçamentárias e financeiras, com posição no exercício financeiro encerrado, considerando os saldos do dia 30 de junho, a partir das seguintes fórmulas:

a) Indicador de Pagamento de Rendimentos (IPR) Total de rendimentos pagos

IPR = ________________________________ X 100 Total de rendimentos orçados

Quantidade

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18.999.873

Valor – R$ mil

IPR = 724.550 x 100 = 101,23% 715.744

b) Indicador de pagamento de principal (IPP) Total de saques realizados

IPP = _________________________________ x 100

Total de saques orçados

IPP = 686.938 x 100 = 91,00% 754.883

c)Indicador de desvio nos custos administrativos (IDCA) Custo realizado IDCA = __________________________ x 100 Custo orçado IDCA = 113.871 x 100 = 96,59% 117.890

O desempenho dos programas nesse exercício, analisado por meio de indicadores "per capita", está demonstrado a seguir, onde se sobressaem os resultados do PASEP:

Indicadores Unitários (Por Participantes dos Programas e do Fundo)

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Metas físicas e financeiras realizadas (valor alcançado)

As metas foram definidas no orçamento anual e na sua reformulação orçamentária e estão demonstradas no quadro a seguir, com as respectivas realizações:

Demonstrativo das Metas Físicas Projeto/Atividade Meta Prevista Meta Realizada % de Realização Pagamento de rendimentos 18.999.873 18.684.528 98,34% Pagamentos de principal 754.883 686.938 90,99% Total 19.754.756 19.371.466 98,06%

Demonstrativo das Metas Financeiras

R$ mil Projeto/Atividade Meta Prevista Meta Realizada % de Realização Pagamento de rendimentos 715.744 724.550 101,23% Pagamentos de principal 684.639 641.094 93,64% Total 1.400.383 1.365.644 97,52%

Cabe destacar que, no geral, o Fundo PIS-PASEP proporcionou expressiva receita por participante, com valor próximo a R$ 120,11, sobretudo se considerada a inexistência de arrecadação de contribuições. O valor médio unitário do patrimônio, em 30/06/2006, é de R$ 823,08 aproximadamente.

Os indicadores utilizados apresentam-se adequados à avaliação do desempenho do Fundo PIS-PASEP no exercício sob exame, tendo demonstrado que os resultados alcançados situam-se próximos às metas fixadas como padrão de desempenho.

3.2.2.2 INFORMAÇÃO: (003)

Os valores creditados, anualmente, aos participantes são provenientes das rendas auferidas com as operações realizadas com recursos do Fundo PIS-PASEP. Consiste na valorização das contas individuais que apresentam saldo credor na data do encerramento de cada exercício, ou seja, 30 de junho.

Para o exercício 2005/2006, o Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP definiu, por meio do Voto PIS-PASEP nº 11/2006, os parâmetros para valorização das quotas dos participantes, que alcançou o índice total de 9,16%, discriminado a seguir:

- atualização monetária de 2,982%, correspondente à TJLP reduzida de 6% a.a, verificada no período de julho/2005 a junho/2006; - juros de 3% a.a, calculados sobre o saldo credor já atualizado

monetariamente;

- resultado líquido adicional, correspondente a 3% do saldo atualizado.

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Resultados Creditados aos Participantes

R$ mil

DISCRIMINAÇÃO PIS PASEP PIS-PASEP COMPOSIÇÃO %

Atualização Monetária 581.988 163.020 745.008 32,56 Juros de 3% a.a. 602.961 168.895 771.856 33,72 Resultado Líquido Adicional 602.961 168.895 771.856 33,72 Total 1.787.910 500.810 2.288.72 0 100,00 Participação % 78,12 21,88 -o- 100,00

De acordo com cronograma aprovado pelo Conselho Diretor, é facultado aos participantes o saque dos rendimentos creditados nas contas, compostos pelos juros e RLA, relativos ao exercício imediatamente anterior. Na mesma época, também é colocado à disposição o valor do abono anual previsto no art. 239 da Constituição Federal – um salário mínimo – aos participantes cadastrados há pelo menos 5 anos e que tenham recebido remuneração média mensal igual ou inferior a duas vezes a média mensal do salário mínimo vigente no ano base, computados em seu valor os rendimentos e uma complementação a cargo do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT.

Já o saque de principal, que é chamado de quotas, corresponde à conta individual dos trabalhadores cadastrados no Fundo PIS-PASEP até 04/10/1988, decorrentes dos valores creditados por ocasião das distribuições realizadas pelo Fundo durante os exercícios financeiros de 1971/1972 a 1988/1989. Esses recursos eram distribuídos aos participantes, no término de cada exercício financeiro, proporcionalmente ao tempo de serviço e ao salário anual do trabalhador.

Atualmente, de acordo com a legislação vigente, o saldo de quotas dos participantes do PIS-PASEP pode ser sacado nas ocorrências de aposentadoria, invalidez permanente, reforma ou transferência para a reserva remunerada (militares), morte, neoplasia maligna do titular ou dependentes, AIDS – titular ou dependentes, benefício assistencial a deficientes e idosos e idade do participante igual ou superior a 70 anos.

No período, foram pagos saques no montante de R$ 1.365.644 mil, sendo 53,06% relativos a rendimentos e 46,94% a saque de principal, conforme demonstrado a seguir:

Composição dos Saques

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TOTAL 19.626.632 1.042.565 19.371.466 1.365.644 Comparando-se com o exercício anterior, observamos que: a quantidade de participantes que efetuou saques diminuiu em 1,30%; o universo de pessoas beneficiadas com pagamento de rendimentos decresceu 0,97%; e o número de pessoas beneficiadas com saque de quotas diminuiu 9,67%.

Em termos de programa, o PIS pagou 73,19% dos saques e o PASEP 26,81%, como explicita o quadro abaixo, respondendo os rendimentos por 53,18% das retiradas ocorridas no PIS e por 52,72% no PASEP.

Saques Pagos – (Exercício Financeiro 2005/2006)

R$ mil

ESPÉCIE PIS PASEP PIS-PASEP

Valor %

Rendimentos 531.535 193.015 724.550 53,06

Quotas 467.973 173.121 641.094 46,94

T O T A L 999.508 366.136 1.365.644 100,00

PERCENTUAIS 73,19 26,81 -o- 100,00

Verificamos que os agentes financeiros têm adotado medidas para aumentar a quantidade de saques pelos participantes, como as descritas a seguir:

• Banco do Brasil – informou que tem adotado medidas no sentido de pagar a maior quantidade possível de rendimentos e abonos do PASEP por intermédio da folha de pagamentos (FOPAG) do empregador e crédito em conta corrente/poupança do participante do Programa e, também, a cada exercício do PASEP, o Banco comunica, por mala direta, aos participantes do Programa que têm direito e ainda não sacaram o abono salarial, para que o façam antes do fechamento do calendário de pagamentos.

• Caixa Econômica Federal – deu continuidade, nesse exercício, a várias ações que possibilitaram uma ampla divulgação do calendário de pagamentos, tais como: pagamento de rendimentos por meio de crédito em conta; pagamento de rendimentos por meio de empresas; campanha de divulgação do calendário de pagamentos na mídia e afixação de cartazes em locais com grande fluxo de pessoas; prestação de informações aos trabalhadores com direito ao benefício PIS, pelo Disque CAIXA e pela Internet; encaminhamento de malas diretas, custeadas pelo CODEFAT, direcionadas a 74.038 empresas e 691.421 trabalhadores com direito ao Abono Salarial, o que promoveu também o saque dos rendimentos contidos nesse benefício; pagamento de rendimentos no auto-atendimento; e pagamentos por meio da rede de casas lotéricas e correspondentes bancários.

4 GESTÃO ORÇAMENTÁRIA

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O Banco do Brasil S.A - BB, a Caixa Econômica Federal - CEF e o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, elaboram, trimestralmente, a execução orçamentária do PASEP, do PIS e do Fundo PIS-PASEP, respectivamente, sendo que cada agente responde apenas pelos dados por ele fornecidos.

O Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP apreciou e aprovou a execução orçamentária do 1º, 2º, 3º e 4º trimestres do exercício 2005/2006, conforme dispõe o inciso IV, artigo 8º do Decreto 4.751, de 17/06/2003. Em sua Ata de Reunião nº 113, de 19/04/2006, o Conselho Diretor, por meio do Voto PIS-PASEP nº 06/2006, aprovou a reformulação orçamentária para o exercício sob exame.

Orçamento Financeiro – Entrada de Recursos

O ingresso de recursos, registrado até o 4º trimestre do exercício 2005/2006, atingiu o montante de R$ 10.218.055 mil, equivalente a 94,31% do total previsto no orçamento financeiro.

No quadro a seguir mostramos, de forma sintética, a execução do orçamento financeiro: Valores em R$ mil Discriminação Proposta Orçamentária Reformulada Observado Percentual 1. Disponibilidade Inicial 2.488.367 2.488.367 100,00 2. Retornos de Financiamentos 6.626.069 5.992.789 90,44 3. Retorno do FPS 1.234.876 1.260.017 102,04 4. Rendas 483.127 470.472 97,38 5. Outros Recursos 2.290 6.410 279,91 6. Total 10.834.729 10.218.055 94,31

Fonte: Prestação de Contas - Fundo PIS-PASEP 2005/2006 – Adaptado

Não foram observadas grandes variações na execução do orçamento previsto, com exceção do item “Outros Recursos”, tendo o Conselho Diretor, em Notas Explicativas, feito os seguintes comentários:

- Retornos de Financiamentos: representa os retornos de financiamentos, juros, atualização monetária e recuperação de créditos efetivamente recebidos no período.

- Retorno do FPS: representa os ingressos de recursos do Fundo de Participação Social que totalizaram R$ 1.260.017 mil, com realização de 102,04%. Desse total, 72,96% refere-se a venda de ações, 7,82% a dividendos, 7,50% a juros sobre debêntures e 11,72% a outros ingressos, conforme nota explicativa constante do relatório do BNDES.

- Rendas: registra a execução de R$ 470.472 mil, equivalente a 97,38% do previsto e está representada em quase sua totalidade pelas rendas sobre as disponibilidades.

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Orçamento Econômico – Receitas

As receitas auferidas até o 4º trimestre, no valor de R$ 4.436.126 mil, representam a realização de 101,99% do orçamento econômico previsto, cuja execução está demonstrada, de forma sintética, no quadro a seguir:

Valores em R$ mil Discriminação Proposta Orçamentária Reformulada Observado Percentual 1. Juros de Financiamentos 2.263.426 2.273.994 100,47 2. Atualização Monetária 114.109 143.972 126,17 3. Rendas 530.163 503.342 94,94 4. Resultado Operacional FPS(+) 1.441.299 1.513.697 105,02 5. Reversão Prov. Risco Crédito 695 1.121 161,29

6. Total 4.349.692 4.436.126 101,99

Fonte: Prestação de Contas - Fundo PIS-PASEP 2005/2006 - Adaptado

Conforme demonstrado no quadro anterior, podemos observar que não ocorreram variações significativas na execução do orçamento previsto, com exceção da rubrica “Atualização Monetária” que alcançou o valor de R$ 143.972 mil, com realização de 126,17% do orçado e da rubrica “Reversão da Provisão para Risco de Crédito” que registra o valor de R$ 1.121 mil, com realização de 161,29% do previsto, o que é um fator positivo.

De acordo com as análises efetuadas e considerando não haver distorções relevantes entre a proposta orçamentária reformulada e a efetivamente executada, consideramos satisfatórios os resultados gerais da execução orçamentária das receitas no exercício sob exame.

4.1.2 ASSUNTO - EXECUÇÃO DAS DESPESAS CORRENTES 4.1.2.1 INFORMAÇÃO: (005)

Orçamento Financeiro – Saída de Recursos

O quadro a seguir apresenta, de forma sintética, a execução do Orçamento Financeiro: Valores em R$ mil Discriminação Proposta Orçamentária Reformulada Observado Percentual 1. Aplicações em Financiamentos 7.030.173 6.503.132 92,50 2. Aplicações do FPS 0 953 3. Desembolso de Comissões 117.117 113.767 97,14 4. Saques 1.400.383 1.361.260 97,21 5. Outros Desembolsos 144 98 68,06 6. Disponibilidade Final 2.286.912 2.238.845 97,90 7. Total 10.834.729 10.218.055 94,31

Fonte: Prestação de Contas - Fundo PIS-PASEP 2005/2006 - Adaptado

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- Aplicações em FPS: foram feitas aplicações no montante de R$ 953 mil referentes ao exercício de direito sobre ações, não previsto pelo BNDES na elaboração do orçamento reformulado. - Desembolso de Comissões: representa a remuneração paga aos agentes operadores/aplicadores, a qual totalizou R$ 113.767 mil equivalente a 97,14% do previsto para o exercício.

- Outros Desembolsos: os valores apropriados nesta rubrica totalizaram até o 4º trimestre R$ 98 mil, correspondente a 68,06% do valor orçado, gerando, portanto, uma economia de R$ 46 mil. Os valores apropriados referem-se a despesas com auditoria, cujo montante alcançou R$ 84 mil, e o restante refere-se a despesas com recuperação de crédito.

Orçamento Econômico - Despesas

As despesas, incluindo o resultado do exercício, totalizaram R$ 4.436.126 mil, equivalentes a 101,99% da previsão inicial.

No quadro a seguir está demonstrada a execução do orçamento econômico: Valores em R$ mil Discriminação Proposta Orçamentári a Reformulada Observado Percentual

1. Comissões com Agentes 117.890 113.872 96,59

2. Atualização Monetária das Quotas 694.823 745.008 107,22 3. Juros sobre Quotas Atualizadas 753.213 771.856 102,48

4. Resultado Operacional do FPS (-) 0 0 0

5. Desp.Provisão p/Risco de Crédito 0 0 0

6. Baixa de Crédito de Liq.Duvidosa 0 112.643

7. Outras Despesas 144 99 68,75

8. Subtotal 1.566.070 1.743.478 111,33

9. Resultado do Exercício 2.783.622 2.692.648 96,73

10. Total 4.349.692 4.436.125 101,99

Fonte: Prestação de Contas – Fundo PIS-PASEP 2005/2006 – Adaptado

Conforme as análises efetuadas consideramos satisfatórios os resultados gerais da execução orçamentária das despesas, no exercício 2005/2006, destacando apenas alguns comentários feitos pelo Conselho Diretor do Fundo:

- Baixa de Créditos de Liquidação Duvidosa: a rubrica apresenta o saldo de R$ 112.643 mil, basicamente, em função da baixa de créditos de liquidação duvidosa de contratos oriundos do Fundo da Marinha Mercante – FMM, cujo risco operacional é do Fundo PIS-PASEP, não previsto pelo BNDES na reformulação orçamentária.

- Outras Despesas: a rubrica apresenta saldo de R$ 99 mil, com realização de 68,75% do previsto, referindo-se, basicamente, a despesas com auditoria independente.

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5.1 SUBÁREA - RECURSOS DISPONÍVEIS

5.1.1 ASSUNTO - RESULTADOS DA GESTÃO DE DISPONIBILIDADES 5.1.1.1 INFORMAÇÃO: (006)

De acordo com o disposto na Resolução do Conselho Monetário Nacional nº 2.655, de 05/10/1999, as disponibilidades diárias do Fundo PIS-PASEP, o saldo diário dos recursos entregues ao Banco do Brasil S.A. e à Caixa Econômica Federal para pagamento de saques e os demais valores não aplicados em atividades específicas, devem ser remunerados pela taxa de rentabilidade das aplicações realizadas no Banco Central do Brasil -Taxa DEDIP, também conhecida como "extramercado".

Para efeito da remuneração dos recursos, consideramos como disponibilidades do Fundo PIS-PASEP, além das contas constantes do subgrupo "Repasses para Pagamento de Saques", já contabilmente classificadas nas disponibilidades, os valores incluídos nos grupamentos "Recursos a aplicar" e "Devedores Diversos".

O subgrupo "Repasse para Pagamento de Saques" representa os recursos retidos para o pagamento de quotas e de rendimentos aos participantes e de tarifas e comissões aos agentes operadores e aplicadores, de acordo com cronograma aprovado pelo Conselho Diretor do Fundo.

Fazem parte do grupamento "Recursos a Aplicar" os valores oriundos de parte da arrecadação não utilizada para pagamento de rendimentos e saques de quotas, bem como o retorno das aplicações destinado a aplicações em financiamentos de capital de giro (BB e CEF) e investimentos (BNDES).

No subgrupo "Devedores Diversos" são registrados, transitoriamente, os valores devidos pelos agentes, a serem recolhidos ao Fundo no início do mês subseqüente.

As disponibilidades do Fundo PIS-PASEP, da ordem de R$ R$ 2.254.454 mil, apresentavam, em 30/06/2006, a seguinte distribuição:

Discriminação R$ mil

Total das Disponibilidades 2.254.454

> Repasses para pagamento de saques 1.790.623

- Banco do Brasil S.A. 271.444

- Caixa Econômica Federal - Rec. Retidos 1.519.179

> Recursos a Aplicar 436.802

- Banco do Brasil S.A. 286.526

- Caixa Econômica Federal 18.008

– BNDES 132.268

> Devedores Diversos 27.030

- BB – Remuneração Valores Disponíveis 6.914 - CEF – Remuneração Valores Disponíveis 18.356 - BNDES - Outros valores a receber 1.760

(13)

mobiliários, também fazem parte da base de cálculo da remuneração devida ao Fundo.

Examinamos a documentação relativa ao cálculo dessas remunerações e efetuamos a conciliação com os respectivos enquadramentos contábeis, constatando sua aderência aos normativos vigentes.

5.2 SUBÁREA - RECURSOS REALIZÁVEIS 5.2.1 ASSUNTO - CONTAS A RECEBER 5.2.1.1 INFORMAÇÃO: (007)

Os recursos do Fundo PIS-PASEP são canalizados para a concessão de créditos diretos ou indiretos às atividades dos setores produtivos prioritários para a economia nacional, mediante operações de financiamento, refinanciamento ou investimento, em consonância com as diretrizes governamentais.

Até 30/06/1974 as aplicações dos recursos do PASEP eram feitas exclusivamente pelo Banco do Brasil S.A. e as do PIS pela Caixa Econômica Federal, diretamente ou mediante repasse a outras instituições financeiras. A partir dessa data, na forma estabelecida pela Lei Complementar n.º 19, de 25/06/1974, os recursos do PASEP e do PIS passaram a ser aplicados unificadamente pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, diretamente ou por intermédio de seus agentes financeiros, destinando-se preferencialmente a programas especiais de investimentos, elaborados e revistos periodicamente, segundo as diretrizes e prazos de vigência dos Planos Nacionais de Desenvolvimento - PND.

Por ocasião da transferência do encargo das aplicações para o BNDES, coube ao Banco do Brasil S.A. e à Caixa Econômica Federal continuar aplicando apenas a parte dos recursos já alocados em financiamentos de capital de giro. Essas aplicações são remuneradas pela Taxa Referencial - TR mais juros de 10% a.a., das quais é descontada a remuneração devida aos agentes a título de comissão de administração (1,5%) e comissão de risco operacional (2,5%).

Por outro lado, as aplicações efetuadas pelo BNDES, a partir de 01/12/1994, têm rentabilidade líquida equivalente a Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP, conforme dispõe o art. 4º da lei nº 9.365, de 16/12/1996.

Também faz parte das aplicações do Fundo, como subconta desse, o Fundo de Participação Social - FPS, criado pelo Decreto 79.459, de 30/03/1977, para operar no mercado de capitais, objetivando a participação dos trabalhadores nas empresas nacionais.

Consignamos que os créditos referentes às aplicações do Fundo PIS-PASEP, constantes do Balanço Patrimonial, elaborado em 30/06/2006, eram da ordem de R$ 30.215.988 mil e apresentavam a seguinte distribuição:

R$ mil

Valores de Curto Prazo 9.170.248

DEVEDORES POR REPASSES 9.143.219

(14)

Recursos a Aplicar 286.526 Encargos Financeiros a Apropriar 6.226 Repasses ao BNDES 4.448.635 Financiamentos 4.284.180 Operações Contratadas até 31.12.82 94.413 Operações Contratadas após 31.12.82 4.189.767 Titulos do Tesouro Nacional 2.131 Recursos a Aplicar 18.008 Encargos Financeiros a Apropriar 144.316 Repasses à Caixa Econômica Federal 553.314 Financiamento de Capital de Giro 421.046 Operações Contratadas após 31.12.82 421.046 Recursos a Aplicar 132.268 Provisão para Risco de Crédito (475) PASEP (85) PIS (390) Fundo de Participação Social 2.885.763 PASEP 874.274 PIS 2.011.489

OUTROS CRÉDITOS 27.030

Devedores Diversos 27.030

Banco do Brasil S.A. 6.914

Caixa Econômica Federal 18.356

BNDES 1.760

Valores de Longo Prazo 21.045.740

DEVEDORES POR REPASSES 21.045.740

Repasses ao BNDES 21.045.740

Financiamentos 20.931.465

Operações Contratadas até 31.12.82 457.361 Operações Contratadas após 31.12.82 20.474.104 Imposto de Renda a Recuperar 7.901 Títulos do Tesouro Nacional 108.661 Provisão para Risco de Crédito (2.287) PASEP (410) PIS (1.877)

Fonte: Balanço Patrimonial PIS-PASEP 30/06/2006

Os "Repasses ao Banco do Brasil" correspondem aos valores transferidos à Instituição, destinados ao desenvolvimento de programas especiais, via concessão de créditos às atividades de diversos setores da economia nacional.

No que diz respeito aos "Repasses ao BNDES", representam financiamentos de longo prazo (R$ 20.931.465 mil) que, juntamente com as operações de crédito de curto prazo (R$ 4.284.180 mil), destinam-se a apoiar as atividades produtivas de setores estratégicos do país, na forma de capital de giro e investimentos. Também fazem parte desse subgrupo, sob a denominação de "Títulos do Tesouro Nacional", as 58.773 Notas do Tesouro Nacional - Série C, no valor inicial de R$ 106.606 mil, emitidas para amortização dos débitos de empresas extintas pelo Governo Federal, indexadas pela variação do IGPM - Índice Geral de Preços - Mercado e juros de 6% a.a.

(15)

Os "Repasses à Caixa Econômica Federal" destinam-se a empréstimos de capital de giro concedidos a empresas privadas industriais, comerciais ou de prestação de serviços, de capital nacional.

Cabe lembrar que os recursos repassados aos agentes operadores para empréstimos e financiamentos, enquanto não aplicados nas suas finalidades ("Recursos a Aplicar"), são remunerados com base na taxa de rentabilidade das aplicações realizadas no Banco Central do Brasil, também conhecida como "Extramercado" ou "DEDIP".

A conta "Provisão para Risco de Crédito" está sendo abordada no próximo item deste relatório.

O "Fundo de Participação Social - FPS" representa o montante destinado a aplicação em títulos e valores mobiliários, adquiridos pelo BNDES em favor do Fundo, assim como suas variações patrimoniais.

As aplicações nesse Fundo são representadas, basicamente: por ações, valorizadas pela cotação média do último dia em que foram negociadas ou pelo menor valor entre o custo de aquisição e o valor patrimonial da ação, de acordo com o último balanço da empresa; por quotas de fundos de investimentos financeiros; e por debêntures conversíveis em ações.

Os recursos aplicados pelo BNDES no mercado acionário, por intermédio do Fundo de Participação Social - FPS, montavam, no encerramento do balanço de 30/06/2006, em R$ 2.885.763 mil, com acréscimo nominal de 9,64% em relação ao exercício anterior, já descontada a importância de R$ 1.260.000 mil, transferida do FPS para o Fundo PIS-PASEP.

Releva destacar que, de acordo com o relatório elaborado pelo BNDES, a rentabilidade nominal auferida nas aplicações dos recursos em ações (65,24%) foi superior ao desempenho do mercado acionário em geral, representado pelo índice Ibovespa de 46,22% para o período.

Conforme já assinalado no Relatório de Avaliação da Gestão 2004-2005, não obstante o resultado positivo apresentado, o Conselho Diretor aprovou, em 05/09/2005 ( 111ª reunião), a proposta de venda gradual das ações da carteira apresentada pelo BNDES, visando reduzir a exposição do Fundo em investimento de risco e considerada necessária para o enquadramento aos normativos das participações detidas pelo FPS na Petrobrás e na Metalúrgica Gerdau. O BNDES, em cumprimento à decisão, vem desmobilizando, aos poucos, a carteira de ações, transferindo recursos para a concessão de novos financiamentos sem risco para o Fundo PIS-PASEP.

Constatamos que a carteira de ações foi reduzida para 61 empresas, também em cumprimento à decisão tomada pelo Conselho Diretor de reestruturação gradual de 66 empresas para cerca de 15 empresas, com liquidez e perspectivas de rentabilidade adequadas, visando simplificar a gestão desses recursos.

O montante contabilizado em "Outros Créditos" refere-se ao registro transitório dos valores a serem recolhidos ao Fundo pelos agentes operadores.

(16)

equilíbrio entre a aplicação do retorno das operações em projetos que visem o desenvolvimento do País e, de outro lado, a destinação de recursos para manutenção das reservas técnicas indispensáveis para atender aos direitos dos quotistas.

Dessa forma, observamos que o Conselho Diretor vem gerindo a contento os recursos do Fundo PIS-PASEP, buscando compatibilizar a continuidade das aplicações em favor do desenvolvimento econômico e social com a necessidade de garantir o pagamento dos rendimentos, o resgate das cotas e as comissões dos agentes operadores.

5.2.2 ASSUNTO - PROVISÕES P/DEVEDORES DUVIDOSOS 5.2.2.1 INFORMAÇÃO: (008)

De acordo com o disposto no Decreto nº 4.751, de 17/07/2003, é do Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP a competência para constituir as reservas e provisões indispensáveis ao pleno funcionamento do Fundo.

O risco de crédito das operações contratadas a partir de 01/01/1983, consoante as disposições contidas na Resolução nº 778, de 16/12/1982, do Conselho Monetário Nacional, é de responsabilidade dos respectivos agentes aplicadores.

Assim sendo, a Provisão para Risco de Crédito foi calculada apenas sobre o valor das operações contratadas até 31/12/1982 e aquelas provenientes do Fundo da Marinha Mercante, - FMM utilizando o percentual de 0,5% para os contratos de curso normal ou com atraso de até 180 dias e de 100% para as operações com atraso superior a 180 dias, em conformidade com os critérios estabelecidos no item I da Resolução PIS-PASEP nº 1, de 13/04/2000.

A Provisão para Risco de Crédito tem por objetivo cobrir os eventuais prejuízos decorrentes das operações cujo risco é do Fundo, sendo o saldo não utilizado até o final do exercício financeiro complementado pela nova constituição ou revertido, conforme o caso.

As operações contratadas até 31/12/1982, que serviram de base para o aprovisionamento do período, apresentavam os seguintes saldos no balanço levantado em 30/06/2006:

Descrição Valor - R$

mil

Operações Contratadas até 31/12/1982 – Curto Prazo 94.413 Operações Contratadas até 31/12/1982 – longo prazo 457.361 Enc. Financeiros a Aprop. Op. Cont. até 31/12/1982 510

Total 552.284

Desse modo, aplicando-se o percentual de 0,5% sobre o total de R$ 552.284 mil, encontraremos o valor de R$ 2.761 mil, contabilizado como Provisão para Risco de Crédito, o qual concluímos estar de acordo com a forma estabelecida na Resolução PIS-PASEP n.º 1, de 13/04/2000.

5.3 SUBÁREA - RECURSOS EXIGÍVEIS

(17)

5.3.1.1 INFORMAÇÃO: (009)

O Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP, em sua 106ª reunião realizada em 23/06/2004, na forma do Parecer PGFN/CAF/nº 768/2004 e da Nota PGFN/CRJ/nº 333/2004, de 02/06/2004 e 26/05/2004, respectivamente, aprovou a destinação das eventuais sobras, a partir do exercício 2003/2004, à constituição de provisão para contingência, em razão do risco de desfecho desfavorável à União nas demandas judiciais contra o Fundo PIS-PASEP, que solicitam o pagamento dos expurgos inflacionários de diversos planos econômicos.

Entretanto, o Grupo de Apoio Financeiro - GAFIN, em reunião realizada em 08/06/2006, entendeu que os encaminhamentos e providências legais já tomadas eram suficientes para preservar o patrimônio do Fundo, não havendo necessidade de constituição de provisão adicional àquela já contabilmente registrada, recomendando ao Conselho Diretor aguardar a decisão da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais, para posterior adoção das providências cabíveis. O Conselho Diretor aprovou a proposta, por meio do Voto PIS-PASEP nº 11/2006, proferido na 114ª reunião, realizada em 16/06/2006.

Verificamos que o valor contabilizado a título de Provisão para Passivos Contingentes no Exigível a Longo Prazo do Fundo PIS-PASEP (R$ 1.600.000 mil), permanece o mesmo do exercício anterior, atendendo as determinações do Conselho.

6 GESTÃO DO SUPRIMENTO DE BENS/SERVIÇOS

6.1 SUBÁREA - CONTRATOS DE OBRAS, COMPRAS E SERVIÇOS 6.1.1 ASSUNTO - FORMALIZAÇÃO LEGAL

6.1.1.1 INFORMAÇÃO: (017)

O Contrato firmado entre o Fundo PIS-PASEP e a Caixa Econômica Federal - CEF, em 31/07/2003 e prorrogado pelo Termo Aditivo nº 001/2004, em 01/07/2004, para a prestação de serviços referentes à execução operacional do Programa de Integração Social - PIS, teve sua vigência e preços alterados pelo Termo Aditivo nº 002/2005, firmado em 01/07/2005.

Referido Aditivo estabeleceu em R$ 78.603 mil o valor estimado para a execução dos serviços no exercício financeiro de 2005/2006 ( R$ 74.302 mil no exercício de 2004/2005) e fixou o teto para cálculo da taxa de manutenção cadastral em 20 milhões de contas.

Em relação à execução operacional do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP, efetuada pelo Banco do Brasil S.A., o contrato firmado com o Fundo em 31/07/2003 e prorrogado pelo Termo Aditivo nº 001/2004, também sofreu alterações na vigência e preços, por meio do Termo Aditivo nº 002/2005, de 01/07/2005.

(18)

do Brasil S.A. baixou para R$ 35.209 mil (

R$ 35.544 mil

no exercício anterior) em razão da redução do custo fixo anual para R$ 16.020 mil (R$ 17.070 mil no exercício 2004/2005). As demais tarifas unitárias não sofreram alteração.

Consignamos que os termos aditivos aos contratos foram formalizados em conformidade com a legislação.

Cabe informar que as tarifas pagas pelo Fundo PIS-PASEP aos seus agentes operadores, bem como o impacto nas despesas do exercício sob exame, estão abordados no item 7.2.2.1 deste relatório.

7 CONTROLES DA GESTÃO

7.1 SUBÁREA - CONTROLES EXTERNOS

7.1.1 ASSUNTO - ATUAÇÃO DA AUDITORIA EXTERNA 7.1.1.1 INFORMAÇÃO: (010)

O BNDES deflagrou, durante o exercício, a Tomada de Preços AA-02/2006, com o objetivo de contratar empresa para a prestação de serviços técnicos especializados de auditoria independente nas contas do Fundo de Participação PIS-PASEP e no Fundo de Participação Social.

O certame foi vencido pela empresa Boucinhas & Campos + Soteconti Auditores Independentes S/S, pelo preço de R$ 62.064,00 ( sessenta e dois mil e sessenta e quatro reais), e pelo prazo de 12 meses, podendo ser prorrogado, por igual período, até o total de 60 (sessenta) meses.

Os Auditores examinaram o balanço patrimonial consolidado do Fundo PIS-PASEP levantado em 30/06/2006 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes ao exercício findo naquela data, tendo emitido parecer datado de 11/08/2006 no sentido de que as referidas demonstrações contábeis representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada do Fundo, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes ao exercício findo em 30/06/2006, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

7.1.2 ASSUNTO - Atuação do TCU/SECEX no EXERCÍCIO 7.1.2.1 INFORMAÇÃO: (011)

O Tribunal de Contas da União - TCU encaminhou o Acórdão n° 2.883 por meio do Ofício 995/2005, de 06/12/2005, comunicando ter apreciado o Processo de Prestação de Contas do Fundo de Participação PIS-PASEP, relativo ao exercício de 2003/2004, e julgando as referidas contas regulares, dando quitação plena aos responsáveis arrolados nos autos.

(19)

Informamos que o Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP, a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil S.A. e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, agentes operadores do Fundo, vêm atendendo tempestivamente as recomendações emanadas da Controladoria-Geral da União.

7.2 SUBÁREA - UNIDADES GESTORAS

7.2.1 ASSUNTO - ATUAÇÃO DO COLEGIADO DELIBERATIVO 7.2.1.1 INFORMAÇÃO: (013)

O Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP é composto por onze membros, entre titulares e suplentes, com representantes do Ministério da Fazenda, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do Ministério do Trabalho e Emprego e da Secretaria do Tesouro Nacional, além dos representantes dos participantes do PIS e do PASEP.

As decisões do Conselho são tomadas por maioria dos Conselheiros presentes, cabendo ao Coordenador (representante da Secretaria do Tesouro Nacional), além do voto normal, o voto de qualidade, em caso de empate.

O Conselho Diretor reuniu-se, para análise de matérias relativas ao exercício 2005/2006, em quatro oportunidades, nas quais foram tratados assuntos de importância para o Fundo PIS-PASEP, com destaque para aqueles referentes ao resultado das aplicações do Fundo, visando proporcionar melhor rendimento aos participantes.

Procedemos à leitura das atas das reuniões do Colegiado referentes ao exercício sob exame, e verificamos o cumprimento de seus deveres legais e das atribuições definidas na legislação.

7.2.2 ASSUNTO - ATUAÇÃO DO BANCO OPERADOR 7.2.2.1 INFORMAÇÃO: (014)

Os agentes operadores do Fundo PIS-PASEP receberam Comissões, no período sob exame, a seguir discriminadas:

Banco do Brasil...R$ 33.565.107,12 BNDES ...R$ 17.187.680,81 Caixa Econômica Federal...R$ 63.118.572,31 Total...R$ 113.871.360,24

As Comissões do Banco do Brasil (R$33.565.107,12) e da CEF (R$ 63.118.572.31), foram calculadas de acordo com os contratos celebrados em 31/07/2003 e termos aditivos n° 001/2004, de 01/07/2004 e 002/2005, de 01/07/2005, entre o Fundo PIS-PASEP e os agentes operadores.

As referidas comissões estão baseadas na prestação de serviços (tarifas), referentes aos pagamentos de cotas e rendimentos do PIS- PASEP e na manutenção das contas individuais dos participantes.

(20)

devedores das aplicações contratadas pelo Banco com recursos transferidos do Fundo PIS-PASEP até 31 de dezembro de 1982 e sobre o patrimônio líquido do FPS e aquelas operações oriundas do Fundo da Marinha Mercante - FMM, cujo risco operacional é do Fundo.

De acordo com a sistemática de pagamento vigente até julho de 2003, que consistia em percentual aplicado sobre o Patrimônio Líquido do Fundo, o valor a ser desembolsado a título de comissão para cada agente (CEF e BB) seria de R$ 114.000.864,58, equivalentes a 0,375% de R$ 30.400.230.554,98(valor do PL em 30/06/2006).

Com relação ao contrato firmado com o Banco do Brasil S.A., podemos concluir que a remuneração atual, na modalidade de tarifas sobre serviços prestados, proporcionou uma economia de R$ 80.435.757,46 ao Fundo, quando comparada à metodologia anterior, especificada no parágrafo acima.

A taxa de administração devida à CEF, se calculada de acordo com a metodologia utilizada até junho/2003 (0,375% s/PL do Fundo), resultaria em R$ 114.000.864,58, cálculo já demonstrado anteriormente. Verificamos, então, que a economia gerada pela utilização da remuneração por tarifas, no caso da CEF, foi de R$ 50.882.292,27.

Assim sendo, consideramos que os valores pagos pelo Fundo PIS-PASEP aos seus agentes operadores obedeceram os termos contratados.

7.3 SUBÁREA - CONTROLES INTERNOS

7.3.1 ASSUNTO - ATUAÇÃO DA AUDITORIA INTERNA 7.3.1.1 INFORMAÇÃO: (015)

O Banco do Brasil, por meio do expediente DIGOV/GEFEP/DIFUP -14.192, de 29/08/2006, informou que não havia realizado nenhuma Auditoria no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP, durante o exercício 2005/2006.

A Auditoria Interna da Caixa Econômica Federal efetuou auditoria contábil no âmbito do PIS nesse período, com o objetivo de avaliar o processo "Fornecer Informações Contábeis do PIS" tendo concluído que os processos examinados estavam adequados, conforme RA AUDIR/BR 125/06, de 24/08/2006.

O BNDES informou, por meio de mensagem eletrônica datada de 11/09/2006, que não houve trabalho da Auditoria Interna no âmbito do Fundo no exercício sob exame.

7.3.2 ASSUNTO - AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS 7.3.2.1 INFORMAÇÃO: (016)

(21)

III – CONCLUSÃO

Os exames realizados demonstraram, dentro de seu escopo, que foi adequada a gestão do Fundo PIS-PASEP nas áreas examinadas.

(22)

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO

SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL

CERTIFICADO Nº : 174812

UNIDADE AUDITADA : FUNDO PIS-PASEP CÓDIGO : 179045

EXERCÍCIO : 2005

PROCESSO Nº : 17944.001420/2006-50 CIDADE : BRASÍLIA

CERTIFICADO DE AUDITORIA

Foram examinados, quanto à legitimidade e legalidade, os atos de gestão dos responsáveis pelas áreas auditadas, praticados no período de 01Jul2005 a 30Jun2006, tendo sido avaliados os resultados quanto aos aspectos de economicidade, eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.

2. Os exames foram efetuados por seleção de itens, conforme escopo do trabalho definido no Relatório de Auditoria constante deste processo, em atendimento à legislação federal aplicável às áreas selecionadas e atividades examinadas, e incluíram provas nos registros mantidos pelas unidades, bem como a aplicação de outros procedimentos julgados necessários no decorrer da auditoria. Os gestores citados no Relatório estão relacionados nas folhas 0006 a 0007, deste processo.

3. Diante dos exames aplicados, de acordo com o escopo mencionado no parágrafo segundo, consubstanciados no Relatório de Auditoria de Avaliação da Gestão nº 174812, os gestores tiveram suas contas certificadas como regulares.

Brasília , DE OUTUBRO DE 2006

JOSÉ GUSTAVO LOPES RORIZ

(23)

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO

SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL RELATÓRIO Nº : 174812

EXERCÍCIO : 2005

PROCESSO Nº : 17944.001420/2006-50 UNIDADE AUDITADA : FUNDO – PIS-PASEP CÓDIGO : 179045

CIDADE : BRASÍLIA

PARECER DO DIRIGENTE DE CONTROLE INTERNO

Em atendimento às determinações contidas no inciso III, art. 9º da Lei n.º 8.443/92, combinado com o disposto no art. 151 do Decreto n.º 93.872/86 e inciso VIII, art. 14 da IN/TCU/N.º 47/2004 e fundamentado no Relatório, acolho a conclusão expressa no Certificado de Auditoria, que certificou as contas dos gestores no período de 1/07/2005 a 30/06/2006 como REGULARES.

2. Desse modo, o processo deve ser encaminhado ao Ministro de Estado supervisor, com vistas à obtenção do Pronunciamento Ministerial de que trata o art. 52, da Lei n.º 8.443/92, e posterior remessa ao Tribunal de Contas da União.

Brasília, de outubro de 2006.

MARCOS LUIZ MANZOCHI

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