Acústica
Som, infrassom e ultrassom
Espectro acústico audível e inaudível
Obs.: Esses valores podem variar de pessoa para pessoa ou, para uma mesma pessoa, ao longo da sua vida.
Notas baixas Animais Diagnóstico em medicina
20 Hz 20 Hz 2 MHz 200 MHz AD
ILSON SECCO
Som, infrassom e ultrassom
Som é uma perturbação de pressão que pode excitar o sistema auditivo humano por vibrações produzidas no tímpano .
O sistema auditivo humano é sensível às vibrações de frequência entre 20 Hz e 20 kHz, aproximadamente.
Ondas sonoras com frequências inferiores a 20 Hz são denominadas
infrassons. Acima de 20 kHz, elas são denominadas ultrassons .
Infrassons e ultrassons são inaudíveis aos seres humanos.
Altura
Som alto = som agudo (frequência maior) Som baixo = som grave (frequência menor)
Timbre
Combinação de harmônicos que acompanham o harmônico fundamental em um som composto (notas musicais).
Permite distinguir sons emitidos por fontes distintas.
Qualidades fisiológicas do som
Qualidades fisiológicas do som
Intensidade (I)
Concentração da energia emitida pela fonte. É medida em W/m
2.
Para uma onda esférica:
P = Potência emitida por uma fonte de ondas.
S = Área da superfície sobre a qual a energia transmitida pelas ondas se distribui.
d = Distância da fonte a um ponto da superfície considerada.
P P
S 4 d
2I = =
Lei de Weber
N
1e N
2: Níveis de intensidade sonora correspondentes a I
1e I
2.
N: Variação do nível de intensidade sonora.
N e N: Medidos em decibéis (dB).
N = N
2– N
1= 10 · log I
2I
1Lei de Weber
Escala de intensidades sonoras e escala de Weber, para o espectro de frequências audíveis
Lei de Weber
Níveis sonoros associados a diversos ambientes e situações e faixas e classificações quanto à perda de audição.
ADILSON SECCO
Efeito Doppler-Fizeau
Efeito: Alteração na frequência das ondas recebidas por um observador.
Causa: Movimento relativo de afastamento ou de
aproximação entre observador e fonte. O comprimento de
onda também se altera quando há movimento da fonte.
Efeito Doppler-Fizeau
f
of
FV ± v
o= V ± v
Fa) Sobreposição de ondas em concordância de fase: interferência construtiva.
Interferência de ondas
ADILSON SECCO
Interferência de ondas
b) Sobreposição de ondas em oposição de fases:
interferência parcialmente destrutiva.
ADILSON SECCO
c) Sobreposição de ondas em oposição de fases:
interferência totalmente destrutiva.
Interferência de ondas
ADILSON SECCO
Interferência de ondas
Análise do tipo de interferência: condições
I. São apenas duas fontes que emitem ondas de mesma natureza e de mesma frequência: fontes coerentes.
II. A diferença das distâncias percorridas pelas ondas deve ser múltiplo inteiro de meios comprimentos de onda:
1
d = d
2– d
1 = n · λ , com n inteiro. 2
Análise do tipo de interferência: condições
III. Fontes em concordância de fases, ou fontes em fase:
se n é par, temos interferência construtiva;
se n é ímpar, temos interferência destrutiva.
IV. Fontes em oposição de fases, invertem-se as condições do item III.
Interferência de ondas
Ondas estacionárias
Sobreposição de ondas idênticas propagando-se em sentidos opostos. Onda resultante:
velocidade de propagação nula, pontos sem vibração:
nós;
pontos com amplitude máxima: ventres.
Ondas estacionárias em um trecho de uma corda.
N: nós (interferência destrutiva) V: ventres (interferência construtiva)
ADILSON SECCO
ADILSON SECCO
1
oharmônico ou fundamental
L = 1 · ; f λ
1 1=
2 v
2L
2
oharmônico
L = 2 · ; f λ
2 2= 2f
12
Estudo das cordas vibrantes
Harmônicos de vibração de uma corda
f
n= n · v ou
2L f
n= n · f
13
oharmônico
L = 3 · ; f λ
3 3= 3f
12
ADILSON SECCO
4
oharmônico
L = 4 · ; f λ
4 4= 4f
12
Estudo das cordas vibrantes
Harmônicos de vibração de uma corda
Tubos abertos
V: ventre de deslocamento N: nó de deslocamento
Harmônicos de um tubo aberto. As extremidades do tubo são sempre ventres de deslocamento.
ADILSON SECCO
L = 1 · λ
12 f
1= = v
λ
1v 2L
primeiro harmônico
L = 2 · λ
22
f
2= = 2 · = 2f v
1λ
2v 2L
segundo harmônico
Tubos abertos
Equação geral
f
n= n · = n · f v
12L
com n = 1, 2, 3...
Tubos fechados
ADILSON SECCO
L = 1 · λ
14 f
1= = v
4L
primeiro harmônico (fundamental)
v λ
1V: ventre de deslocamento N: nó de deslocamento
Um tubo fechado só emite harmônicos de ordem ímpar. As frequências desses harmônicos são múltiplos ímpares da frequência do fundamental.
L = 3 · λ
34
f
3= = 3 · = 3f v
14L
terceiro harmônico (segundo modo)
v
λ
3Tubos fechados
Equação geral
f
n= n · = n · f v
14L
com n = 1, 3, 5...
ANOTAÇÕES EM AULA
Coordenação editorial: Juliane Matsubara Barroso
Elaboração de originais: Carlos Magno A. Torres, Nicolau Gilberto Ferraro, Paulo Cesar M. Penteado
Edição de texto: Eugênio Dalle Olle, Fabio Ferreira Rodrigues, Fernando Savoia Gonzalez, João Batista Silva dos Santos, Livia Santa Clara de Azevedo Ferreira, Lucas Maduar Carvalho Mota, Luiz Alberto de Paula e Silvana Sausmikat Fortes Preparação de texto: Silvana Cobucci Leite
Coordenação de produção: Maria José Tanbellini
Iconografia: Daniela Baraúna, Érika Freitas, Fabio Yoshihito Matsuura, Flávia Aline de Morais e Monica de Souza Diagramação: Mamute Mídia
EDITORA MODERNA
Diretoria de Tecnologia Educacional Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio Editores: Andre Jun e Natália Coltri Fernandes
Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin Editor de arte: Fabio Ventura
Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini
Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro e Valdeí Prazeres Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres
© Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados.
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Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904 Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510 Fax (0__11) 2790-1501
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Introdução à
Eletricidade
Introdução à Eletricidade
Ao ser atritado com um pedaço de pele de animal, o âmbar passa a atrair pedacinhos de palha seca.
Eletricidade é uma palavra derivada do grego élektron, que significa âmbar.
G10CK/ALAMY/EASYPIX BRASIL
Resina vegetal fossilizada
Introdução à Eletricidade
Constituição do átomo e corpos eletrizados Toda matéria é constituída de
átomos. Os átomos, em um modelo simplificado, são compostos
fundamentalmente de prótons, nêutrons e elétrons.
ADILSON SECCO
Introdução à Eletricidade
Nesse modelo, conhecido como modelo atômico planetário, apresentado em 1911 por Ernest Rutherford (1871-1937), prótons e nêutrons estão concentrados em uma diminuta e maciça região central do átomo, formando o núcleo.
Constituição do átomo e corpos eletrizados
ADILSON SECCO
Introdução à Eletricidade
Os elétrons, em constante
movimentação, distribuem-se ao redor desse núcleo, numa região denominada eletrosfera. Prótons e elétrons possuem carga elétrica.
Constituição do átomo e corpos eletrizados
ADILSON SECCO
Introdução à Eletricidade
As cargas elétricas do próton e do elétron têm mesmo valor em módulo e sinais opostos.
Prótons têm carga elétrica positiva e elétrons têm carga elétrica negativa.
Tais cargas elétricas são chamadas de carga elétrica elementar.
Constituição do átomo e corpos eletrizados
Carga elétrica elementar (e):
Introdução à Eletricidade
Átomo neutro
ADILSON SECCO
e = 1,6 ∙ 10
–19C
coulomb, unidade de carga elétrica no SI
Corpos eletrizados
Eletrizar um átomo e, por extensão, um corpo, significa tornar diferente o número de prótons e o número de elétrons do átomo ou do corpo.
Corpo eletrizado negativamente apresenta excesso de elétrons
Corpo eletrizado positivamente apresenta falta de elétrons
fornecendo elétrons
retirando elétrons
Corpo neutro
número de p+ = número de e–
número de p+ < número de e–
ADILSON SECCO
número de p+ > número de e–
Corpos eletrizados
A quantização da carga elétrica
Como só podemos fornecer ou retirar um número inteiro de elétrons do corpo, a carga elétrica (positiva ou negativa) desse corpo será sempre um múltiplo inteiro da carga elementar e.
Assim:
Q = ± n ∙ e
em que e = 1,6 ∙ 10–19 C
A carga Q será positiva se o corpo apresentar falta
de elétrons e negativa se o corpo apresentar excesso
de elétrons.
Princípios da Eletrostática
Cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e cargas elétricas de sinais opostos se atraem.
Princípio da atração e da repulsão
ADILSON SECCO
Princípios da Eletrostática
Em um sistema eletricamente isolado, a soma algébrica das cargas positivas e negativas é sempre constante.
Justificativa: Para os corpos do sistema, o número total de prótons e o número total de elétrons não se alteram.
Princípio da conservação das cargas elétricas
ADILSON SECCO
Princípios da Eletrostática
Princípio da conservação das cargas elétricas Então:
Q
A+ Q
B+ Q
C+ ... = Q’
A+ Q’
B+ Q’
C+ ...
ADILSON SECCO
Processos de eletrização
Eletrização por atrito
Atritando dois corpos de materiais diferentes, inicialmente
neutros, elétrons são retirados de um dos corpos e transferidos
para o outro.
Eletrização por atrito
Note que devemos obedecer ao princípio da conservação das cargas elétricas:
Q
total (final)= Q
total (inicial)= 0
Processos de eletrização
-
STUDIO CAPARROZ
+
–
Processos de eletrização
Uma lista que indica a tendência relativa dos materiais de ceder ou receber elétrons durante o processo de eletrização por atrito recebe o nome de série triboelétrica.
Por exemplo, ao atritar madeira com lã:
a lã se eletriza positivamente (pois cede elétrons);
a madeira se eletriza negativamente (pois recebe elétrons).
Pele humana seca Couro
Pele de coelho Vidro
Cabelo humano Lã
Chumbo Pele de gato Seda
Papel Algodão Aço
Madeira Âmbar Borracha Cobre Ouro Isopor Vinil Silicone Teflon
elétrons
Maior tendência de receber elétrons Maior tendência de ceder elétrons
Processos de eletrização
Eletrização por contato
Para eletrizar um corpo neutro por contato, devemos
simplesmente encostá-lo em um corpo eletrizado.
Processos de eletrização
Eletrização por contato
ADILSON SECCO
Processos de eletrização
Eletrização por indução
A indução eletrostática consiste na “separação” das cargas elétricas em um condutor quando ocorre a aproximação de um corpo eletrizado.
O corpo que sofre a indução é chamado induzido e o corpo
eletrizado que provoca a indução é chamado indutor.
Processos de eletrização
Eletrização por indução
Observe que o induzido continua neutro, ele apenas sofreu indução eletrostática.
ADILSON SECCO
Processos de eletrização
Eletrização por indução
Para eletrizar um corpo neutro por indução, devemos seguir
alguns passos:
1. aproximar o indutor do induzido;
2. ligar o induzido à Terra;
3. desfazer a ligação do induzido à Terra;
4. afastar o indutor.
ADILSON SECCO
Processos de eletrização
Eletrização por indução
Induzido neutro
Processos de eletrização
Eletrização por indução
Ao final do processo, o induzido se eletriza com carga de sinal oposto ao do indutor.
ADILSON SECCO
Induzido neutro
Eletroscópios
São dispositivos que se destinam a detectar a presença de cargas elétricas em um corpo.
Os dois principais tipos de eletroscópios são:
Pêndulo elétrico Eletroscópio de folhas
ADILSON SECCO
Eletroscópios
Como funciona um pêndulo elétrico?
Ao aproximar um corpo eletrizado da esfera neutra do pêndulo
elétrico, ela será atraída por ele.
Justificativa: Com a indução eletrostática, a região da esfera mais próxima do indutor será atraída por uma força mais
intensa do que a força de repulsão, que agirá na região mais afastada.
Fio isolante Suporte
ADILSON SECCO
Eletroscópios
Como funciona um eletroscópio de folhas?
ADILSON SECCO
Força elétrica e a lei de Coulomb
Em 1785, o físico francês
Charles Augustin de Coulomb, usando uma balança de torção, determinou uma relação sobre a interação entre duas cargas
elétricas pontuais, conhecida hoje como lei de Coulomb.
Charles Augustin de Coulomb (1736-1806)
REPRODUÇÃO – CASTELO DE VERSALHES, VERSALHES
Força elétrica e a lei de Coulomb
Esquema da balança de torção
STUDIO CAPARROZ
Força elétrica e a lei de Coulomb
A lei de Coulomb estabelece a relação existente entre os módulos de duas cargas puntiformes, Q
1e Q
2, a
distância d entre elas e a intensidade da força de
interação elétrica F que uma exerce sobre a outra.
Força elétrica e a lei de Coulomb
A intensidade da força de interação elétrica entre duas cargas elétricas pontuais postas em presença uma da outra é diretamente proporcional ao produto das
quantidades de carga e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas.
(Lei de Coulomb)
k é a constante eletrostática do meio.
No vácuo: k = k
0= 9 · 10
9N · m
2/C
2Então:
F Q
1 · Q
2 F 1 d
2Força elétrica e a lei de Coulomb
Características da força F entre duas cargas pontuais
Consideremos duas cargas pontuais, Q
1e Q
2, separadas por uma distância d.
Direção: a mesma direção da reta que passa por Q
1e Q
2; Sentido:
para cargas de sinais opostos, a força é atrativa;
para cargas de mesmo sinal, a força é repulsiva.
ADILSON SECCO
Força elétrica e a lei de Coulomb
Características da força F entre duas cargas pontuais
Consideremos duas cargas pontuais, Q
1e Q
2, separadas por uma distância d.
(lei de Coulomb)
Módulo (intensidade):
ADILSON SECCO
ANOTAÇÕES EM AULA
Capítulo 1 – Movimentos circulares e uniformes
1.5 ANOTAÇÕES EM AULA
Coordenação editorial: Juliane Matsubara Barroso
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Campo elétrico
31
Michael Faraday (1791-1867)
HULTON-DEUTSCH COLLECTION/CORBIS/LATINSTOCK
O campo elétrico
A ideia de um corpo exercer força sobre outro sem que haja um contato físico entre eles é dificil de entender. De acordo com o cientista inglês Michael Faraday, no caso das forças entre cargas elétricas em
repouso, um campo elétrico se estende por todo o espaço que envolve uma carga elétrica.
31.1
O campo elétrico
Assim, esse campo passa a ser o meio de interação das duas cargas.
Uma força de campo pode ser do tipo:
gravitacional
→campo gravitacional
elétrica
→campo elétrico
magnética
→campo magnético
O campo elétrico
Uma carga elétrica é capaz de interagir com outra carga elétrica por meio do campo elétrico.
A força F
elque atua em q deve-se ao campo elétrico criado por Q.
A força –F
elque atua em Q deve-se ao campo elétrico criado por q.
ADILSON SECCO
Q q
Fel
−Fel
O campo elétrico
O campo elétrico é o transmissor das interações elétricas.
Se houver um campo elétrico gerado por uma carga elétrica em determinada região, outra carga elétrica colocada nessa região ficará sujeita à ação de uma força elétrica. Essa
carga, usada para testar a existência do campo elétrico
nessa região, é denominada carga de prova.
E = ― F
elq
O campo elétrico
coulomb (C)
Por definição, o vetor campo elétrico E, no ponto P, é dado por:
newton por coulomb N
C
newton (N)
No ponto P é constante a razão ─ F q
Q P
Fel q
–2Fel
– 2 · q
3Fel 3 · q
–Fel
– q
ADILSON SECCO
O campo elétrico
A partir da definição do vetor campo elétrico, temos: F
el= q · E ou, em módulo, F
el= q· E.
Se q > 0 (carga de prova positiva), então F
ele E terão mesma direção e mesmo sentido;
Se q < 0 (carga de prova negativa), então F
ele E terão mesma direção e sentidos opostos.
F
elP E
q E F
elP q
ADILSON SECCO
Linhas de força
A linha de força é uma linha imaginária que indica a direção e o sentido do vetor campo elétrico E em cada ponto do espaço.
Em cada ponto do espaço, o vetor campo elétrico E é sempre tangente à linha de força e tem o mesmo sentido que ela.
E1
E2
E3
P1
P2 P3
Linha de força
ADILSON SECCO
Linhas de força
As linhas de força tornam-se mais próximas em regiões onde o campo elétrico é mais intenso e mais afastadas em regiões onde o campo elétrico é menos intenso.
ADILSON SECCO
Linhas de força
É importante destacar que as linhas de força nunca se cruzam.
Em um campo elétrico uniforme, no qual o vetor campo elétrico E é constante, as linhas de força são retas paralelas e igualmente espaçadas.
ADILSON SECCO
Campo elétrico criado por uma carga puntiforme
Consideremos a carga Q, geradora de um campo elétrico, e a carga q, uma carga de prova.
ADILSON SECCO q Q
d
Fel
Sabemos que a força elétrica F
elque age em q deve-se ao
campo elétrico E criado pela carga Q.
Campo elétrico criado por uma carga puntiforme
Sabemos, também, que:
F
el= q · E (I)
Pela lei de Coulomb:
F
el= k · (II)
Comparando as equações (I) e (II)
q · E = k · E = k · Q · q
d
2Q · q
d
2 Q
d
2Campo elétrico criado por uma carga puntiforme
Carga positiva gera campo elétrico de afastamento e carga negativa gera campo elétrico de aproximação:
Q > 0
E
Q < 0
E
ADILSON SECCO
Campo elétrico criado por uma carga puntiforme
Linhas de força do campo elétrico de uma carga puntiforme:
Q < 0
ADILSON SECCO
Q > 0
Campo elétrico uniforme
Um campo elétrico uniforme pode ser gerado, por exemplo, na região entre duas placas planas, paralelas e eletrizadas com cargas de mesmo módulo, mas de sinais contrários.
ADILSON SECCO
Campo elétrico uniforme
Como na região de um campo elétrico uniforme o vetor campo elétrico E é constante, podemos concluir que uma carga de
prova q colocada nessa região ficará sujeita a uma força elétrica F
elconstante (em módulo, direção e sentido).
E, pela segunda lei de Newton, a aceleração a da carga
também será constante (em módulo, direção e sentido).
Campo elétrico criado por um
sistema de cargas elétricas puntiformes
O vetor campo elétrico resultante E
Rpara um sistema de cargas elétricas puntiformes, Q
1, Q
2, Q
3, ..., Q
n, em
determinado ponto do espaço, é dado pela soma vetorial dos campos elétricos E
1, E
2, E
3,... E
n. Portanto, em um sistema de cargas puntiformes:
A soma desses vetores pode ser feita por qualquer dos métodos já estudados (regra do polígono, regra do
paralelogramo, etc.).
E
R= E
1+ E
2+ E
3, + ... + E
nConsideremos, como exemplo, o sistema de cargas pontuais Q
1, Q
2e Q
3mostrado abaixo. Vamos calcular o campo elétrico resultante no ponto P.
Campo elétrico criado por um
sistema de cargas elétricas puntiformes
ADILSON SECCO
E2 Q3
Q1
Q2
E1 E3
Pela regra do polígono, temos:
E1
E3
E2 ER
P
1.5 ANOTAÇÕES EM AULA
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Potencial elétrico e energia
potencial elétrica
Potencial elétrico e energia potencial elétrica
Potencial elétrico
Se uma carga de prova q for colocada em um campo elétrico, ficará sujeita a uma força elétrica.
A carga de prova passará a se movimentar, adquirindo energia cinética.
Q
q
Fel –Fel
ADILSON SECCO
Potencial elétrico e energia potencial elétrica
Potencial elétrico
A energia cinética da carga de prova q deve-se à energia potencial elétrica que ela tem por estar dentro do campo elétrico da carga Q.
Q
q q
V0 = 0
V
ADILSON SECCO
ADILSON SECCO
Q
Epel q
Potencial elétrico
Ao colocar diferentes cargas de prova q em um ponto P de um campo elétrico, observamos que as cargas adquirem diferentes energias potenciais elétricas E
pel. No ponto P, a relação
é constante.
Potencial elétrico e energia potencial elétrica
E
pelq
Epel –2 –2q
C J Potencial elétrico
Por definição, o potencial elétrico, V, no ponto P é a grandeza escalar dada por:
A unidade de medida recebe o nome volt (V).
Portanto: 1 volt = 1
Potencial elétrico e energia potencial elétrica
V = E q
peljoule coulomb
joule por coulomb J
C
joule (J) coulomb (C)
Trabalho da força elétrica
Consideremos uma carga de prova q que, sujeita a uma força elétrica F, movimenta-se em um campo elétrico entre os
pontos A e B.
Pela conservação da energia:
E
c(A)+ E
p(A)= E
c(B)+ E
p(B)(I)
Pelo teorema da energia cinética:
t
F= E
c(B)– E
c(A)(II)
Trabalho da força elétrica
De (I) e (II), temos:
t
F= E
p(A)– E
p(B)Pela definição de potencial elétrico:
E
p(A)= qV
Ae E
p(B)= qV
BEntão:
t
F= qV
A– qV
B t
F= q · (V
A– V
B)
Trabalho da força elétrica
Observações
Como a força elétrica é conservativa, o trabalho da força elétrica no deslocamento de q, entre A e B, não depende da trajetória particular seguida por q.
Então:
t
1= t
2= t
3= t
4= q · (V
A– V
B)
t1
t2 t3
t4
B A
ADILSON SECCO
Trabalho da força elétrica
Observações
Se t > 0 (trabalho positivo), então o trabalho da força
elétrica é trabalho motor, o movimento de q é espontâneo.
Se t < 0 (trabalho negativo), então o trabalho da força
elétrica é trabalho resistente e o movimento de q não é
espontâneo.
Potencial elétrico de uma carga puntiforme
Vamos considerar a carga Q, geradora de um campo elétrico, e a carga q, uma carga de prova.
Da definição de potencial elétrico, sabemos que:
E
pel= qV (I)
Q
q
d
ADILSON SECCO
Potencial elétrico de uma carga puntiforme
A partir de conhecimentos mais vançados de Matemática, pode-se demonstrar que a energia potencial elétrica desse sistema de cargas é:
De (I) e (II), temos:
E
pel= k · (II) Q · q d
q · V = k · Q · q d
(Potencial elétrico de uma carga elétrica puntiforme)
Q
V = k · d
Potencial elétrico criado por um sistema de cargas elétricas puntiformes
Consideremos um sistema constituído por n cargas elétricas:
Q
1, Q
2, Q
3, ..., Q
n.
Q
1Q
3Q
nQ
2P
ADILSON SECCO
Potencial elétrico criado por um sistema de cargas elétricas puntiformes
O potencial elétrico resultante, V
P, no ponto P, é dado pela soma algébrica dos potenciais criados por cada uma das cargas elétricas do sistema:
V
P= V
1+ V
2+ V
3+ … + V
n(Potencial elétrico de um sistema de cargas elétricas puntiformes)
Potencial elétrico no campo elétrico uniforme
Vamos considerar uma carga de prova q que se desloca em um campo elétrico uniforme, entre os pontos A e B.
t
F= q · (V
A– V
B) (I)
ADILSON SECCO
Para qualquer trajetória seguida pela carga de prova, teremos:
Potencial elétrico no campo elétrico uniforme
Entretanto, uma carga elétrica q, colocada em um campo
elétrico uniforme, fica sujeita a uma força elétrica F, constante (em módulo, direção e sentido), de módulo dado por:
F
el= q · E
E, para uma força constante, o trabalho pode ser calculado por:
t
F= Fd · cos
q · E · d = q · (V
A– V
B)
Potencial elétrico no campo elétrico uniforme
Considerando um deslocamento retilíneo na mesma direção e sentido do campo, teremos:
t
Fel= |q| · E · d (II) Então, de (I) e (II):
m V
E · d = U E · d = V
A– V
BV m
Condutor eletrizado em equilíbrio
Dizemos que um corpo condutor, eletrizado ou não, está em
equilíbrio eletrostático quando não existe uma movimentação ordenada de cargas elétricas nesse corpo.
Nesse caso:
o campo elétrico em todos os pontos internos do corpo é nulo;
o potencial elétrico em qualquer ponto do corpo, interno
ou de sua superfície, é constante;
Condutor eletrizado em equilíbrio
as cargas elétricas em excesso distribuem-se pela superfície externa do corpo;
a concentração de cargas na superfície do corpo é maior em regiões pontiagudas e, nessas regiões, o campo elétrico é mais intenso;
o vetor campo elétrico em pontos da superfície é
perpendicular à superfície do corpo.
Condutor eletrizado em equilíbrio
Para o caso particular de um condutor esférico de raio R, o módulo E do campo elétrico varia com a distância d até o centro, de acordo com o diagrama abaixo.
ADILSON SECCO
Condutor eletrizado em equilíbrio
Ainda, para o caso particular de um condutor esférico de raio R, o módulo V do potencial elétrico varia com a distância d até o centro, de acordo com o diagrama abaixo.
ADILSON SECCO
ANOTAÇÕES EM AULA
Coordenação editorial: Juliane Matsubara Barroso
Elaboração de originais: Carlos Magno A. Torres, Nicolau Gilberto Ferraro, Paulo Cesar M. Penteado
Edição de texto: Eugênio Dalle Olle, Fabio Ferreira Rodrigues, Fernando Savoia Gonzalez, João Batista Silva dos Santos, Livia Santa Clara de Azevedo Ferreira, Lucas Maduar Carvalho Mota, Luiz Alberto de Paula e Silvana Sausmikat Fortes Preparação de texto: Silvana Cobucci Leite
Coordenação de produção: Maria José Tanbellini
Iconografia: Daniela Baraúna, Érika Freitas, Fabio Yoshihito Matsuura, Flávia Aline de Morais e Monica de Souza Diagramação: Mamute Mídia
EDITORA MODERNA
Diretoria de Tecnologia Educacional Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio Editores: Andre Jun e Natália Coltri Fernandes
Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin Editor de arte: Fabio Ventura
Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini
Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro e Valdeí Prazeres Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres
© Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Corrente elétrica,
potência, resistores e
leis de Ohm
Corrente elétrica
Corrente elétrica é o nome dado ao movimento ordenado de cargas elétricas.
Nos condutores metálicos, os portadores de carga elétrica que constituem a corrente são os elétrons.
Nas soluções iônicas, os portadores de carga elétrica da
corrente são íons positivos (cátions) e íons negativos (ânions).
Nos gases ionizados, os portadores de carga da corrente
elétrica são íons e elétrons.
Por convenção, o sentido da corrente elétrica é contrário ao do movimento das cargas negativas livres.
A intensidade média i
mda corrente elétrica é dada por:
A unidade de medida recebe o nome de ampère (A).
Corrente elétrica
C s
i
m= q
t
coulomb (C)
segundo (s)
STUDIO CAPARROZ
e o
i
coulomb por segundo C
s
Corrente elétrica
No diagrama intensidade de corrente × tempo (gráfico i × t), a área sob a curva, em dado intervalo de tempo, é
numericamente igual à quantidade de carga elétrica que atravessa uma seção transversal do condutor.
q
ADILSON SECCO
q = “área” sob i t
NCorrente elétrica
Lei dos nós
Nos circuitos elétricos, o ponto para o qual concorrem três ou mais condutores é denominado nó.
ADILSON SECCO
Corrente elétrica
Lei dos nós
A partir do princípio da conservação das cargas elétricas, podemos obter uma importante propriedade das correntes elétricas, conhecida como lei dos nós ou primeira lei de Kirchhoff.
Em qualquer nó de um circuito elétrico, a soma das
intensidades de correntes que chegam ao nó é igual
à soma das intensidades de correntes que saem dele.
Efeitos da corrente elétrica
Ao se estabelecer uma corrente elétrica em um material
condutor, podemos sempre identificar pelo menos um dos
cinco efeitos descritos a seguir.
Efeitos da corrente elétrica
Efeito térmico
Também conhecido como efeito Joule, esse efeito surge devido às colisões
entre os átomos do condutor e os elétrons livres que constituem a
corrente elétrica. O efeito Joule ocorre em equipamentos elétricos que geram calor, como aquecedores e chuveiros.
Aquecedor elétrico
LUSOIMAGES/SHUTTERSTOCK
Efeitos da corrente elétrica
Efeito químico
O efeito químico é a base da eletrólise e acontece quando
uma solução eletrolítica é atravessada por uma corrente
elétrica e sofre decomposição.
Efeitos da corrente elétrica
Efeito luminoso
A passagem de uma corrente elétrica através de um gás rarefeito pode ionizá-lo,
liberando energia em forma de luz. As lâmpadas fluorescentes e os letreiros em neon são
aplicações práticas desse efeito.
Lâmpada de plasma
MARCO MEROLA/LOOK AT SCIENCES/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK
Efeitos da corrente elétrica
Efeito fisiológico
Esse efeito acontece quando uma corrente elétrica atravessa um organismo vivo. Nesse caso, a corrente elétrica afeta o sistema nervoso e provoca contrações involuntárias
no organismo.
Efeitos da corrente elétrica
Efeito magnético
Esse efeito, que sempre se manifesta, é caracterizado pelo
surgimento de um campo magnético nas proximidades
do condutor por onde circula a corrente elétrica. O efeito
magnético serve como base para a construção de motores
elétricos, microfones, alto-falantes, transformadores etc.
Potência e energia elétrica
Potência é a grandeza física que indica a rapidez com que determinado trabalho é realizado ou a rapidez com que
determinada quantidade de energia é convertida de uma forma em outra. Assim:
A unidade de medida recebe o nome de watt (W).
P = τ
t
joule (J)
segundo (s)
J s
joule por segundo J
s
Potência e energia elétrica
Para a maioria dos equipamentos elétricos, a quantidade de energia correspondente a 1 J é muito pequena. Por essa
razão, as companhias elétricas medem a quantidade de
energia elétrica consumida em quilowatt-hora (kWh).
Potência e energia elétrica
Um quilowatt-hora (1 kWh) corresponde à energia elétrica consumida por um equipamento de potência 1 kW (1.000 W) durante 1 hora (3.600 s). Portanto:
1kWh = 1kW · h
1kWh = 1.000 W · 3.600 s
1kWh = 3,6 · 10
6J
Consideremos um bipolo elétrico submetido à ddp U e percorrido por uma corrente elétrica de intensidade i.
Como vimos, potência é a grandeza física que indica a rapidez com que determinado trabalho é realizado. No caso do bipolo, o trabalho é realizado pela força elétrica para deslocar as
cargas que constituem a corrente elétrica.
Potência e energia elétrica
Bipolo elétrico
U i
STUDIO CAPARROZ
P = U · i
Potência e energia elétrica
A potência elétrica P é dada por:
watt (W)
ampère (A)
volt (V)