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Terapia Endócrina Adjuvante: Tamoxifeno ou Inibidores de Aromatase?

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(1)

Terapia Endócrina Adjuvante:

Tamoxifeno ou Inibidores de

Aromatase?

Marcelo R. S. Cruz

Oncologia Clínica

Coordenador

Serviço de Segunda Opinião em Oncologia

COAEM Hospital São José, São Paulo

(2)

Declaração de Conflitos de Interesse

Nos últimos 12 meses participei das seguintes atividades:

Investigador Principal: Eli Lilly, Roche

Honorários: Eli Lilly, Roche, AstraZeneca, Pfizer

(3)

Hormonioterapia no Câncer de

Mama

Importância do Tema

Agentes utilizados

Hormonioterapia Adjuvante (RCTS e Meta-análises)

Pré-menopausa

Pós-menopausa

Efeitos Colaterais

Questões atuais:

Duração de Tratamento

(4)

Hormonioterapia no câncer de mama

Em até 75% dos casos de câncer de mama, a

sinalização de ER é um dos principais causadores da

proliferação tumoral

A terapia endócrina é um tratamento eficaz e bem

tolerado para câncer de mama avançado com ER+

O tratamento endócrino adjuvante melhora

significativamente os resultados do câncer de mama

precoce com ER+

Cleator SJ et al. Clin Breast Cancer. 2009;9(Suppl 1):S6–S17. ER = receptor de estrogênio

(5)

Opções de terapia hormonal Adjuvante

Mecanismo Exemplos de modalidades terapêuticas

Bloqueio do ER Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (SERMs)

Down-regulators seletivos dos receptores de

estrogênio (SERDs) Supressão da síntese

de estrogênio (mulheres na pós-menopausa)

Inibidor / desativador da aromatase (AI) Não-esteroidais: Anastrozol, Letrozol Esteroidal: Exemestano

Ablação hormonal (mulheres na pré-menopausa)

Análogos de LHRH, radiação, cirurgia

Outros Andrógenos, progesterona, agentes progestênicos LHRH = Hormônio luteinizante-hormônio liberador.

Hayes DF et al. In: Robertson et al., eds. Endocrine Therapy of Breast Cancer. 2002:3–10. Robertson JF. Clin Ther. 2002;24(suppl A):A17–A30.

(6)

Diferenças nos mecanismos de

ação dos AIs e do tamoxifeno

(7)

Locais de ação da Aromatase

(8)

HORMONIOTERAPIA ADJUVANTE:

ONDE ESTAMOS?

(9)

Tamoxifeno: HT Adjuvante padrão

para Pré-menopausa e Pós-Menopausa

(10)

Tratamento adjuvante

na Pós-menopausa

(11)

No início do tratamento 3 situações

1. Paciente que já começou com tamoxifeno

2. Paciente que nunca recebeu terapia hormonal

3. Paciente que terminou 5 anos de hormonioterapia,

tamoxifeno ou AI

Tratamento adjuvante

na Pós-menopausa

(12)

AIs como terapia

inicial - 5 anos

AIs após

2–3 anos de TAM

TAM x 5 anos AI x 5 anos TAM x 2–3 AI x 2–3 TAM x 5 anos

Duas estratégias

ATAC (Anastrozol)

BIG 1-98 (Letrozol)

TEAM (Exemestano)

MA 27 (Exemestano / Anastrozol)

IES (Exemestano)

ARNO (Anastrozol)

BIG 1-98 (Letrozol)

RCTS :AIs upfront ou de substituição (switch)

versus 5 anos de tamoxifeno

(13)

Meta-análise:

5 anos de IA x 5 anos de tamoxifeno

ATAC

BIG 1-98

Dowsett M et al. J Clin Oncol. 2010;28:509–518.

N= 9.856

Comparação direta como monoterapia

R

5 anos

tamoxifeno

(14)

Meta-análise:

5 anos de AI versus 5 anos de tamoxifen

o

Dowsett M et al. J Clin Oncol. 2010;28:509–518.

Ganho de 5 anos, 0,8% (SE, 0,6%) Ganho de 8 anos, 0,2% (SE, 1,0%)

Log-rank 2P = 0,3

Ganho de 5 anos, 2,9% (SE, 0,7%) Ganho de 8 anos, 3,9% (SE, 1,0%)

Log-rank 2P < 0,00001 12,6% 9,6% 19,2% 15,3% 9,6% 8,8% 18,0% 17,8% AI tamoxifeno AI tamoxifeno

Recorrência:

Sobrevida global:

5 8 0 0 10 20 30 40 50 R ec orrênc ia (%, ± SE) Tempo (anos) 5 8 0 0 10 20 30 40 50 M ort e por qualquer c aus a (%, ± SE) Tempo (anos)

(15)

Meta-análise:

Substituição (switch) x 5 anos de Tamoxifeno

Dowsett M et al. J Clin Oncol. 2010;28:509–518.

Comparação após 2–3 anos de tamoxifeno

2–3 anos 2–3 anos 5 anos R tamoxifeno AI IES/BIG 2-97 ITA ARNO ABCSG 8

RCTs IES, ARNO e ITA randomizados após 2–3 anos com

tamoxifeno

Os RCTs IES e ARNO mostraram um significativo

benefício de sobrevida global

(16)

Meta-análise de tratamento adjuvante com

substituição/sequência x 5 anos de tamoxifeno

Recorrência:

Sobrevida global:

0 10 20 R ec orrênc ia (%, ± SE) 30 40 50

Tempos distintos desde o tratamento Ganho de 3 anos, 3,1% (SE, 0,6) Ganho de 6 anos, 3,5% (SE, 1,1)

Log-rank 2P < 0,00001 tamoxifeno 16,1% 12,1% AI 8,1% 5,0% 0 3 6 (≈0) (≈2) (≈5) (≈8) anos 0 10 20 M ort e por qualquer c aus a (%, ± SE) 30 40 50

Ganho de 3 anos, 1,1% (SE, 0,5) Ganho de 6 anos, 2,2% (SE, 1,0)

Log-rank 2P = 0,004 tamoxifeno 13,0% 10,8% AI 4,4% 3,3% 0 3 6 (≈0) (≈2) (≈5) (≈8) anos Tempos distintos desde o tratamento

(17)

DIANTE DESTES

RESULTADOS, O QUE FAZER?

IA UPFRONT OU SWITCH?

TEAM

BIG 1-98

(18)

Terapia primária adequada para câncer de mama precoce exemestano tamoxifeno Mulheres na pós-menopausa, com câncer de mama HR+

Total de 5 anos de tratamento (aberto)

exemestano R A N D O M I Z A Ç Ã O 9779 acumulados 13 substituições consentidas 2,5 anos 3 anos N=4868 N=4898 Metas co-primárias DFS em 2,75 anos DFS em 5 anos

AIs sequenciais versus iniciais:

estudo TEAM

Acompanhamento médio: 5,1 anos

(19)

Terapia sequencial do BIG 1-98

*612 pacientes (39,5%) passaram seletivamente para letrozol após o braço do tamoxifeno tornar-se não cego. A presente análise inclui apenas três braços cegos (B, C, D).

0 2 5

Anos

Opção com 4 braços Opção com 2 braços A B A B C D N=1548* N=1546 N=1548 N=1540 N=6182 Inscritas 1999–2003 Tamoxifeno Letrozol Letrozol Letrozol Letrozol Tamoxifeno Tamoxifeno Tamoxifeno

(20)

TEAM e BIG 1-98

Switch x IA upfront

De forma geral, não houve diferença

(21)

ALGUM MARCADOR CLÍNICO

OU BIOLÓGICO PODE NOS

AJUDAR A PREDIZER QUEM

DEVE RECEBER IA UPFRONT?

(22)

Análises retrospectiva do BIG 1-98

Maior taxa de recorrência nos primeiros 2 anos no braço

tamoxifeno > letrozole (4.4%) versus o braço letrozole

upfront (3.1%) no grupo de pacientes com:

> = 4 N+ (P < .001)

tumors >2 cm (P < .001)

Invasão vascular (P <.02)

Outra análise restrospectiva deste estudo mostra que

uma composição dos fatores RE, RP, Ki67 e HER2

podem auxiliar nesta decisão

Mauriac L et al: Predictors of early relapse in postmenopausal women with hormone receptor-positive breast can- cer in the BIG 1-98 trial. Ann Oncol 18:859-867, 2007

Viale G et al: Which patients benefit most from adjuvant aromatase in- hibitors? Results using a composite measure of prognostic risk in the BIG 1-98 randomized trial. Ann Oncol 22:2201-2207, 2011

(23)

QUAL INIBIDOR DE

(24)

Conclusion

Neoadjuvant AI treatment markedly improved surgical

outcomes. Ki67 and PEPI data demonstrated that

the

three agents tested are biologically equivalent and

therefore likely to have similar adjuvant activities.

(25)

N = 7.576 pacientes maio de 2003 a julho de 2008 exemestano 25 mg/dia x 5 anos anastrozol 1 mg/dia x 5 anos R A N D O M I Z A Ç Ã O Objetivos do estudo:

• Primário: Sobrevida livre de eventos (EFS)

• Secundário: Sobrevida global, sobrevida distante livre de doença (DDFS), tempo até a recorrência distante, incidência de câncer de mama contra-lateral, incidência de fraturas clínicas, avaliação da densidade da mama, eventos cardiovasculares, toxicidades, QoL

Qualificação:

• Pós-menopausa • ER positivo

• Câncer de mama precoce

Estratificação: • Estado do linfonodo • Quimioterapia adjuvante • Uso de trastuzumabe • Uso de celecoxibe • Uso de aspirina Aberto

Goss PE et al. J Clin Oncol. 2013 (Epub ahead of print)

EXEMESTANO X ANASTROZOL:

ESTUDO MA.27

(26)

MA.27: EFS

(27)

MA 27 – Conclusões dos Autores

Primeira comparação direta entre IA esteroidal e

não-esteroidal mostra que ambos apresentam

eficácia semelhante

Exemestano apresentou menor toxicidade

óssea (menor incidência de osteoporose)

Exemestano é uma importante opção na terapia

adjuvante de pacientes na pós-menopausa com

câncer de mama RH+

(28)
(29)
(30)

Universidade de Columbia

N= 200

Incidência de artralgia= 47% (qualquer grau)

Mãos, joelhos, costas

Crew KD et al. J Clin Oncol 25:3877-3883, 2007.

Inibidores de Aromatase – ARTRALGIA

(31)

Inibidores de Aromatase – ARTRALGIA

Analgésicos: AINES, dipirona

– orientar uso nas

primeiras semanas se dor. Opióides

Antidepressivos (duloxetina)

Vitamina D

Glucosamida/condroitina

Acupuntura

(32)

Inibidores de Aromatase – ARTRALGIA

Hormones and Physical Exercise (HOPE) n= 121 postmenopausal women with AI-associated arthralgias: exercise x normal life

- exercise regimen consisted of twice weekly supervised resistance and

strength training plus moderate aerobic exercise for 150 minutes per week. - A significantly greater reduction in their worst pain score (20 versus 1

percent average score reduction, respectively) and pain severity (21 versus 0 percent reduction) compared with usual care

●More weight loss and improvement in their exercise capacity

(33)

Efeitos colaterais:

DMO, fraturas

(34)

Análise do estudo IES

BMD: coluna lombar e fêmur

1 0 -1 -2 -3 -4 -5 -6

0 6 12 18 24 EOT EOT+12 EOT+24

Visita (meses desde a randomização)

-2,637 -3,081 -3,132 -2,774 -0,925 -4,166 -3,933 -3,147 -2,689 -0,622 -0,179 -0,290 exemestano tamoxifeno 1 0 -1 -2 -3 -4 -5 -6

0 6 12 18 24 EOT EOT+12 EOT+24

Visita (meses desde a randomização)

-2,989 -3,947 -3,421 -2,976 -1,531 -3,110 -2,882 -2,304 -1,359 -0,994 -0,179 -0,180 exemestano tamoxifeno

Coleman RE et al. Breast Cancer Res Treat. 2010;124:153–161. BMD = densidade mineral óssea

(35)

Eventos relacionados ao esqueleto

DMO, fraturas

O número de pacientes com osteoporose

e osteopenia em 24 meses após o final do

tratamento foi similar

A perda

de BMD verificada durante o

tratamento com exemestano

foi revertida

24 meses após o tratamento

Nenhuma paciente com BMD normal no

início do estudo desenvolveu osteoporose

(36)
(37)

Uso de Bisfosfonatos na Terapia

Adjuvante

(38)
(39)

Diretrizes da ASCO 2010/NCCN 2014

Mulheres na pós-menopausa com câncer de

mama HR positivo devem considerar a

incorporação de terapia com AIs em algum

momento durante o tratamento adjuvante

Tratamento inicial ou sequencial após o tamoxifeno

Os dados sugerem que ambas as estratégias

produzem resultados semelhantes

(40)

Hormonioterapia Adjuvante na

Pós-menopausa

(41)

Saint Gallen 2013

Inibidor de aromatase deve ser utilizado Upfront

em todas as pcts ou somente nas de Alto

(42)

"Panellists were equally divided whether treatment

should start with the aromatase inhibitor, although

this strategy was strongly preferred for patients at

high risk

. Most Panellists believed that initial

aromatase inhibitor therapy could be replaced by

tamoxifen after 2 years, if there were a reason to

do so"

(43)

Hormonioterapia Adjuvante:

Duração do Tratamento

(44)

Atlas trial

(45)

ATLAS Trial

N= 6846 RE+

COMPLETARAM 5 anos de Tamoxifeno e foram

randomizadas para:

Continuar por 10 anos

OU

Parar no ano 5

(46)

ATLAS Trial

RR 10% (ano5-9) 25% (ano10..) Morte: 3% (ano 5-9) 30% (ano 10…)

(47)

aTTom: Long-term effects of continuing adjuvant

tamoxifen to 10 years versus stopping at 5 years in

6,953 women with early breast cancer

Richard G. Gray, Daniel Rea, Kelly Handley, Sarah Jane Bowden, Philip Perry, Helena Margaret Earl, Christopher John Poole, Tom Bates, Shan Chetiyawardana,

John A. Dewar, Indrajit Nalinika Fernando, Robert Grieve, Jonathan Nicoll, Zenor Rayter, Anne Robinson, Asad Salman, John Yarnold, Sarah Bathers, Andrea Marshall,

Martin Lee, on behalf of the aTTom Collaborative Group ASCO 2013

(48)
(49)
(50)

GRAY, R ASCO 2013 Abst #5

(51)

MA17: Letrozol por 5 anos após 5 anos

de TMX em mulheres na Pós-Menopausa

Goss P et al JNCI 2005

Aumento de SG em N+ Redução do Risco de Recorrência de 42%

Ganho absoluto de 4,6%

Tamoxifeno por 4,5-6 anos N= 5170

Placebo OU Letrozol

(52)

Inibidor de Aromatase por mais de 5 anos:

Estudo em Andamento

(53)

Redução do risco de recorrência em ~30% Redução do risco de morte em ~10%

(54)

―For tamoxifen, 10 years of treatment has greater protective

effects against ER-positive breast cancer than does 5 years of

treatment,

so the

same

might

well

be true

for

any

comparably

effective

endocrine

treatment,

either

with

another

selective

oestrogen

receptor

modifier

or,

in

postmenopausal women, with an aromatase inhibitor

. (…)

although other endocrine treatments can(…) also have

long-term side-effects.

For premenopausal women (…) there is little risk of tamoxifen

causing

uterine

cancer

or

vascular

side-effects

to

counterbalance the large absolute reduction in breast cancer

mortality.

Hence,

our

results

are

particularly

relevent

to

premenopausal women with ER-positive disease—and, young

women protected by 10 years of tamoxifen from death from

breast cancer gain several decades of life expectancy. "

(55)

Pré-menopausa:

Tamoxifeno é

o novo padrão por 10 anos

Pós-menopausa:

AIs upfront: benefício para SLD sobre

TAM em pacientes de alto

risco

“Switch” é uma opção importante e efetiva especialmente para

pacientes na perimenopausa – SLD e SG

Aderência e efeitos colaterais (osteoarticulares) são importantes

na seleção do tratamento

Hormonioterapia Adjuvante

Recomendações atuais

(56)

Pós-menopausa:

TAM x 5 anos seguido por IA x 5 anos? (MA17)

SIM

IAs upfront x 5 anos seguido por TAM x 5 anos?

Considerar

IAs por 10 anos?

Aguardar dados

Superior a TAM x 10 anos?

Quais os efeitos colaterais a longo prazo?

E o “Switch”?

Manter AI por 5 anos? (2-3 anos de TMX + 5 anos de IA)

Considerar

Completar 10 anos?

Aguardar dados

Hormonioterapia Adjuvante

(57)

Plenária ASCO

(58)

Referências

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