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TOBACCO OR HEALTH IN THE EUROPEAN UNION

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Academic year: 2022

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TOBACCO OR HEALTH IN THE EUROPEAN UNION

PAST, PRESENT AND FUTURE

T HE ASPECT C ONSORTIUM

Resumo

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Resumo

Os efeitos do consumo do tabaco na saúde individual e da população em toda a Europa estão descritos no Capítulo 1 deste relatório. O tabagismo continua a ser a principal causa de mortes e doenças na União Europeia (UE), apesar dos progressos realizados em matéria de luta antitabaco. Mais de 650 000 europeus morrem devido ao tabaco, ou seja, uma em cada sete do total de mortes na UE, e mais de 13 milhões que sofrem de doença grave e crónica devido ao seu tabagismo. Também é hoje ponto assente, sem margem para dúvidas, que o fumo do tabaco constitui um risco de saúde ambiental importante, matando mais algumas dezenas de milhares de Europeus não fumadores, sem contar os vários milhões com doenças exacerbadas por inalarem o fumo de outras pessoas.

O tabagismo é nocivo para quase todos os órgãos do corpo humano, causando uma vasta gama de doenças, mas a verdadeira amplitude dos danos continua desconhecida, visto ainda hoje, mais de 50 anos depois de terem sido estabelecidas as primeiras correlações entre o tabaco e o cancro dos pulmões, se descobrirem doenças que podem ter sido causadas pelo tabaco. Contudo, é sabido que cerca de metade dos fumadores regulares morrerão devido ao fumo e os que morrem a meio da vida devido ao seu tabagismo perdem em média 22 anos de vida, além de que uma boa parte desse ciclo de vida encurtado é passada com falta de saúde.

Embora a epidemia do tabaco esteja a níveis diferentes nos países da Europa, é claro que milhões de europeus morrerão e sofrerão ainda de doença devido ao seu tabagismo nas próximas décadas. Continua a aumentar a mortalidade atribuível ao tabagismo entre as mulheres e ainda se não conhece a verdadeira dimensão da epidemia no feminino.

Mesmo entre os homens, continua a aumentar a taxa de mortalidade devido ao cancro dos pulmões em quatro países da UE. O tabagismo está cada vez mais associado à pobreza, dando uma contribuição significativa para alargar o fosso das desigualdades na saúde na UE. Para ilustrar o impacto do tabagismo na UE, são fornecidas breves descrições dos padrões de mortalidade de cinco países europeus.

Dado que todas estas mortes e doenças são totalmente evitáveis, o Capítulo 1 também explora o papel importante da nicotina para manter as pessoas a fumar e as vantagens consideráveis para a saúde quando deixam de fumar.

O Capítulo 2 descreve o envolvimento dos Estados-Membros da UE na produção, fabrico, distribuição e venda de produtos do tabaco. O cultivo do tabaco representa apenas uma ínfima parte da actividade agrícola da UE, na qual apenas 1,3% dos seus agricultores são produtores de tabaco e utilizam 0,1% das terras agrícolas. Além disso, a quota de cultivo de tabaco na Europa, em relação à quota mundial, tem vindo a baixar desde meados da década de 80.

Todavia, o tabaco é a cultura mais fortemente subsidiada por hectare na Europa. A UE gasta anualmente perto de 1 000 milhões de euros nestes subsídios: 2,3% do orçamento da Política Agrícola Comum e 1,1% do orçamento total da Comissão. A UE decidiu com muita sensatez suprimir progressivamente estes subsídios até 2010.

O fabrico do tabaco na região da UE/Associação Europeia do Comércio Livre mantém-se firme, calculado em 25% da produção global de cigarros. A UE é importador líquido de

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tabaco em rama e exportador líquido de produtos do tabaco manufacturados, fornecendo 20% do aprovisionamento mundial. Os empregos no domínio da exploração e fabrico do tabaco representam apenas 0,13% do emprego na UE e esta percentagem está a diminuir. O impacto dos esforços da luta antitabaco a nível do emprego é insignificante, porque o dinheiro habitualmente gasto no tabaco e nos cuidados médicos a ele relativos seria gasto noutros bens e serviços ou economizado para investir noutras actividades.

A UE suporta um fardo económico substancial devido ao tabagismo. Uma estimativa conservadora destes custos situa-se entre 98 e 130 mil milhões de euros por ano, ou entre 1,04 e 1,39% do Produto Interno Bruto da região no ano 2000. Os custos reais são indubitavelmente superiores e continuarão a subir se não forem tomadas medidas adequadas. Este aumento dos custos resultará de taxas de tabagismo mais elevadas nos 10 novos Estados-Membros da UE, das melhorias nos cuidados de saúde e da procura crescente de serviços de cuidados de saúde. Fumadores, mas também não fumadores, governos e empregados têm de suportar estes custos. A experiência mostra que o consumo de tabaco representa um fardo líquido para os orçamentos dos Estados, mesmo tendo em conta o imposto cobrado sobre o tabaco e a economia realizada nos pagamentos pela segurança social devido à mortalidade prematura entre os fumadores.

Os Estados-Membros da UE cobram impostos sobre o consumo tanto ad valorem como específico sobre os produtos do tabaco, além do IVA (imposto sobre o valor acrescentado). A escolha do tipo de imposto sobre o consumo tem implicações profundas no montante do imposto pago por maço de cigarros e é uma das razões pelas quais os preços dos cigarros variam substancialmente entre os Estados -Membros. Os impostos sobre o consumo específico são mais eficazes: são mais fáceis de administrar e apoiam melhor os objectivos de saúde pública da UE, porque desencorajam o consumo independentemente da marca de cigarros, em vez de incentivar a substituição por marcas menos caras.

O Capítulo 2 descreve de que maneira o nível da tributação actual do tabaco nos Estados-Membros da UE fica aquém do ideal no que diz respeito às actividades potencialmente geradoras de receitas. Quanto mais elevados forem os impostos sobre o tabaco, que são de longe a medida mais rentável da luta antitabaco, maiores serão as respectivas receitas fiscais, mesmo em caso de contrabando. Aumentarão igualmente os custos dos cigarros, cujos preços são ainda bastante abordáveis para a maioria da população da UE. As políticas de luta antitabaco não baseadas no preço são as mais eficazes no âmbito de um programa abrangente de luta antitabaco. Mesmo que o contrabando do tabaco não impeça o impacto desejado dos impostos sobre o consumo de tabaco e de receitas governamentais mais substanciais, pode diminuir o efeito desta medida.

O Capítulo 3 descreve como, desde os anos 80, a política de luta antitabaco na UE se tem desenvolvido e evoluído, tendo como pano de fundo o desenvolvimento contínuo da própria UE, incluindo o alargamento da Comunidade de seis países, em 1957, para nove em 1973, 10 em 1981, 12 em 1986, 15 em 1995 e 25 em 2004. É também uma história de interacções dinâmicas entre as instituições comunitárias, entre estas instituições e os Estados-Membros, entre os Estados-Membros e entre a Comunidade Europeia (CE) e países terceiros e organizações, como a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Todo o documento legislativo adoptado pela UE, sob forma de directivas, regulamentos, resoluções ou recomendações, requer uma base jurídica fundamentada nos tratados que

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instituíram a UE. Até à data, toda a legislação sobre a rotulagem, publicidade e regulamentação dos produtos tem sido baseada na legislação do mercado interno, artigo 95.° do Tratado CE (ex-artigo 100.°-A do Tratado CE), e não segundo a base jurídica da saúde pública (artigo 152.°), que não permite este tipo de legislação. Em parte, por isso, quatro em cada seis documentos legislativos sobre a rotulagem, marketing e regulamentação dos produtos do tabaco, adoptados desde 1989, têm sido objecto de desafios jurídicos e têm sido interpostas outras acções contra a Comissão pela indústria do tabaco, desafiando outros aspectos do processo legislativo. Apesar disso, foram feitos progressos consideráveis, mas se houvesse uma base jurídica específica à saúde, a luta antitabaco europeia seria mais eficaz.

Desde 1987, a luta antitabaco tem estado no centro da política de saúde pública da CE e incide sobre quatro grandes domínios: saúde pública, fiscalidade, saúde e segurança no local de trabalho e agricultura. Muita da política comunitária sobre a luta antitabaco foi iniciada e desenvolvida pela Direcção-Geral da Saúde e da Defesa do Consumidor da Comissão Europeia (ex-DGV: Direcção-Geral do Emprego e dos Assuntos Sociais). Até à data, a política produziu, designadamente, directivas sobre a publicidade, rotulagem e teores máximos de alcatrão para o tabaco, uma directiva sobre os produtos do tabaco, legislação sobre a fiscalidade do tabaco, directivas sobre a segurança no trabalho restringindo o tabagismo no local de trabalho, duas conferências organizadas conjuntamente com a OMS, três conferências da Presidência da UE e o apoio de outras conferências europeias de luta antitabaco. A CE também assinou a Convenção-Quadro da OMS para a Luta Antitabaco (CQLA) e agiu eficazmente contra o contrabando de tabaco nalguns Estados-Membros.

O Capítulo 3 continua a descrever como o programa A Europa Contra o Cancro (EAC) forneceu a base a esta política de sucesso da CE em matéria de prevenção do tabagismo. Os factores-chave que impulsionaram o seu êxito foram: elevado apoio político, o comité de peritos do cancro, uma equipa especializada na Comissão Europeia, parceria com outras partes interessadas importantes, uma boa estratégia mediática, uma abordagem legislativa pro-activa e a investigação política feita por um gabinete de peritos e destinada a apoiar iniciativas legislativas.

O Conselho tem sido muito activo no domínio da saúde desde 1985 e a luta antitabaco tem sido uma das suas principais prioridades. De 1988 a 2003, o Conselho Saúde reuniu-se 35 vezes, tendo 31 vezes a luta antitabaco na agenda.

O debate sobre a publicidade ao tabaco na UE já dura há 15 anos e continua, embora esteja em vigor neste momento uma proibição da publicidade ao tabaco em 18 países da UE. A primeira directiva da CE sobre a rotulagem do tabaco teve um impacto enorme.

Como as directivas são vinculativas para os Estados -Membros, mesmo países em que quase não havia legislação sobre a luta antitabaco tiveram de reforçar as suas advertências relativas à saúde e a legislação da CE tornou-se num exemplo para muitos países que pretendiam aderir à UE.

A política comunitária sobre o tabaco também teve impacto fora da UE. Na Suécia, por exemplo, a política de luta antitabaco atingira um patamar de equilíbrio na década de 80.

O programa EAC (que contou com a participação da Suécia) continha várias propostas que, na perspectiva da própria Suécia, pareciam radicais e controversas na altura. O EAC intensificou a luta antitabaco na Suécia na década de 90. A legislação comunitária também fortaleceu a Convenção-Quadro da OMS.

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A partir daqui, o Capítulo 3 mostra que, apesar da sua confiança na base jurídica do mercado interno para a legislação sobre saúde pública, a CE tomou uma extensa série de medidas de luta antitabaco nos últimos 20 anos que tiveram uma influência enorme dentro e fora da UE. A ratificação da CQLA pelos 25 Estados-Membros da UE garantirá que as proibições globais de publicidade ao tabaco sejam adoptadas a nível nacional num prazo de 5 anos após a ratificação, compensando a anulação da directiva de 1998 relativa à publicidade ao tabaco. Isto fará da regulamentação dos produtos do tabaco e das restrições ao tabagismo no local de trabalho as duas medidas da luta antitabaco mais urgentes que se deparam à CE e aos Estados-Membros na próxima década.

O Capítulo 4 deste relatório mostra como o financiamento dos programas de luta antitabaco é relativo ao consumo do tabaco. Em geral, quanto mais se gastar na luta antitabaco, maior será a redução da prevalência do tabagismo. A análise de dados provenientes dos EUA indica um padrão consistente segundo o qual a despesa da luta antitabaco reduz as vendas de cigarros. A eficácia das campanhas mediáticas depende da sua dimensão e duração. As despesas têm de ser suficientemente elevadas para atingir os fumadores um número suficiente de vezes com duração suficiente. Em especial, graças a essa despesa, a prevalência do tabagismo no Massachusetts baixou de 23,5% em 1990 para 19% em 1999, um declínio cerca de quatro vezes superior ao de outros estados dos EUA. Em contrapartida, embora a diminuição da prevalência do tabagismo no Reino Unido, entre 1970 e os anos 90, fosse a maior do mundo durante esse período, tem agora abrandado consideravelmente, mas não atingirá, segundo as tendências actuais, os níveis de Massachusetts nos próximos 20 anos.

Os Centros de Controlo e Prevenção da Doença (CDC) nos EUA consideram que os estados teriam de gastar entre 1 e 3 dólares per capita e por ano em programas de luta antitabaco, durante um período suficiente, para serem totalmente eficazes. E indicaram quais eram os níveis de despesa máxima e mínima desejáveis. Para a Califórnia, aconselharam uma despesa máxima de 17 dólares per capita e por ano e mínima de 6 dólares. Os gastos reais são de 4 dólares per capita. Para o Massachusetts, os gastos reais eram de 7 dólares. Os números actuais no Reino Unido apontam para quase 2 dólares por ano, o que é três vezes inferior ao mínimo recomendado para a Califórnia, muito embora o Reino Unido seja, na UE, o país que mais gasta. Na UE, os números reais de Massachusetts representariam 5,7 euros per capita ou 2 600 milhões por ano, e mesmo os números reais do Reino Unido representariam, a nível da UE, 740 milhões de euros gastos por ano na luta antitabaco. Por isso, os gastos dos Estados-Membros da UE com a luta antitabaco ficam muito aquém do desejado.

Foi demonstrado pelos países europeus o impacto dos vários elementos específicos desta política, incluindo a prova emergente da Bélgica, Países Baixos, Polónia e Reino Unido que, quanto mais perceptíveis forem as advertências relativas à saúde, mais considerável será o seu impacto. Quanto às proibições de publicidade, o Banco Mundial concluiu que restrições muito vastas poderiam reduzir o consumo de >6% em países de rendimento elevado. Esta estimativa sugere que a proibição (anulada) da publicidade pela UE reduziria o consumo do tabaco de quase 7%. A luta da UE contra o contrabando reduziu-o a nível dos Estados-Membros, como foi demonstrado, de forma notável, em Espanha – um dos poucos países do mundo que enfrentou com sucesso o contrabando.

De 1995 a 2002, a proporção de cigarros no mercado objecto de contrabando baixou de 16 para 2%. Finalmente, é dada a prova do impacto dos novos serviços de tratamento no

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Reino Unido, mostrando assim que estão a atingir com êxito os fumadores em zonas desfavorecidas e que estão armados para ajudar a reduzir as desigualdades na saúde.

É necessário aumentar o financiamento da investigação para apoiar a política da UE de luta antitabaco. Em especial, há que proceder com a maior urgência em toda a Europa a uma avaliação da prevalência do tabagismo, utilizando a metodologia normalizada. Estes inquéritos devem ser feitos, se possível, anualmente, acom panhados da publicação dos resultados, para que os cidadãos europeus possam ver o efeito das políticas de luta antitabaco.

Como o tabagismo está cada vez mais concentrado nos grupos socioeconómicos mais desfavorecidos, é essencial atingi-los se quisermos baixar o consumo de tabaco na Europa. Para responder a este desafio, todas as políticas de luta antitabaco devem traduzir-se plenamente em medidas adaptadas às necessidades dos grupos socioeconómicos mais desfavorecidos e os inquéritos sobre a prevalência do tabagismo devem incluir dados discriminados por estatuto socioeconómico.

O Capítulo 4 identifica as seguintes intervenções como políticas essenciais de luta antitabaco prioritárias em todos os programas de luta antitabaco: aumento do preço através da fiscalidade; proibição total da publicidade e da promoção de todos os produtos do tabaco, logótipos e nomes de marca; proibição/restrição do tabagismo nos locais de trabalho; melhor informação do consumidor, incluindo a contra-publicidade (campanhas públicas de informação), cobertura mediática e resultados de investigação sobre a publicidade; rótulos de grandes dimensões com advertências directas em matéria de saúde nas embalagens de cigarros e de outros produtos do tabaco; e, por último, tratamento para ajudar os fumadores mais dependentes, incluindo maior acesso à medicação.

O Capítulo 5 identifica que também é necessária regulamentação governamental para os produtos do tabaco, embora seja crucialmente importante que esta não desvie a atenção das outras componentes essenciais da luta antitabaco acima delineadas. A atenção dos regulamentos tem sido centrada até à data principalmente nas medições dos teores de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono (CO) e dos ingredientes feitas por máquinas.

Contudo, a com plexidade dos cigarros e dos outros produtos do tabaco requer um novo quadro regulamentar mais alargado que vise reduzir a sua perniciosidade concentrando a sua atenção num certo número de dimensões, incluindo as características e emissões do produto, a exposição, lesões, risco de doença, queixas, investigação e vigilância.

Além disso, reconhecendo que os produtos do tabaco são dispositivos veiculares de nicotina altamente sofisticados e admitindo a proliferação potencial de novos produtos de tabaco e de nicotina num futuro próximo, é importante que os regulamentos tenham em conta o papel fundamental da nicotina no consumo do tabaco e forneçam um quadro que permita avaliar profundamente os diferentes produtos.

O vasto quadro regulamentar definido no Capítulo 5 vai exigir uma gama mais alargada de competências e de conhecimentos técnicos do que actualmente. Por conseguinte, exige-se um aumento da capacidade regulamentar.

O Capítulo 6 descreve o elevado e sistemático esforço envidado pela indústria do tabaco para influenciar a política de luta antitabaco na Europa. É claro que tem havido uma estratégia de marketing coerente destinada às partes interessadas, que reflecte a destinada aos consumidores. Em ambos os casos, o objectivo é o mesmo e tem por alvo

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o comportamento: no caso de consumidores, o seu comportamento tabagista; no caso das partes interessadas, os seus comportamentos regulamentar, de grupo de pressão e profissional. O objectivo conjunto destas actividades é uma maior rentabilidade e longevidade da indústria. Consenti-lo é fazer correr um risco sem precedentes à saúde pública na Europa.

As estratégias utilizadas no “marketing dos grupos interessados” da indústria do tabaco incluem a identificação das ameaças e das oportunidades, a fim de minimizar aquelas e de explorar estas. Por exemplo, a proibição da publicidade ao tabaco em 1998 era uma ameaça, mas podia ser enfrentada utilizando Estados -Membros compreensivos, o princípio da subsidiariedade e as disposições de saúde pública relativamente frac as da UE. A indústria também envidou esforços enormes para identificar aliados potenciais, fazê-los aderir à causa e fornecer-lhes compensações adequadas. Estes aliados iam desde grupos defensores dos direitos dos fumadores de base até Chefes de Estado.

Reciprocamente, os adversários também foram identificados e depois atacados em vez de cortejados. As tentativas sistemáticas da indústria para enfraquecer a OMS são o exemplo mais acabado disso, mas as organizações mais pequenas, incluindo o Centro Internacional de Investigação do Cancro (CIIC) e o Gabinete Europeu de Acção para a Prevenção do Tabagismo também foram alvo dos seus esforços.

O relatório mostra que o “marketing dos grupos interessados” da indústria do tabaco tem sido eficaz e que as implicações deste êxito não podiam ser mais sérias. Num domínio político vital, por exemplo, ou seja no controlo das comunicações de marketing, a indústria conseguiu retardar e anular uma directiva europeia importante. Quando foi introduzida a proibição de uma publicidade idêntica no Reino Unido em 2003, o Governo calculou que ela pouparia cerca de 3 000 vidas por ano. Segundo esta lógica, o sucesso da indústria do tabaco na luta contra a proibição europeia da publicidade custa dezenas de milhares de vidas.

Por um lado, era de esperar este marketing das partes interessadas: é prática comercial corrente tentar influenciar o quadro regulamentar. Contudo, o tabaco não é um comércio corrente. Os cigarros são pura e simplesmente nocivos e a imensa quantidade de doenças e de mortes prematuras causadas pelo tabaco não tem precedentes. Foi esta ameaça à saúde pública que levou às limitações cada vez mais estritas do marketing dos consumidores de tabaco. Em contrapartida, porém, o marketing das suas partes interessadas continua desenfreado e, possivelmente, na perspectiva da indústria do tabaco, isso é o mais importante.

Há, por conseguinte, uma necessidade urgente de pôr cobro às tentativas da indústria de influenciar a política de luta antitabaco na Europa. Uma razão válida para isso é proceder a uma regulamentação total do mercado do tabaco, um método que elimine todas as formas de marketing das partes interessadas e dos consumidores.

O Capítulo 7 deste relatório faz um certo número de recomendações para o futuro da luta antitabaco na UE, nomeadamente:

1. Recomendações de organização e estrutura: investimento e

capacidade regulamentar

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• Os Estados-Membros e a CE necessitam de afirmar o seu empenhamento na luta antitabaco e na redução da morbosidade e da mortalidade derivadas do tabaco, ratificando e aplicando a CQLA o mais rapidamente possível. Para aplicar a CQLA, todos os Estados-Membros terão de desenvolver e aplicar estratégias globais de luta antitabaco que englobem a prevenção, protecção, cessação e redução dos efeitos nocivos. A aplicação da CQLA deve ser feita de acordo com normas tão estritas quanto possível e dentro das limitações nacionais e constitucionais.

• A execução de estratégias globais de luta antitabaco também exige níveis mais elevados de investimento na luta antitabaco em toda a CE. A experiência económica mostra que as intervenções de luta antitabaco são a segunda forma mais rentável de utilizar os fundos destinados à saúde, após a imunização da infância. Os CDC dos EUA definiram níveis recomendados entre 4,8 e 12,73 euros per capita para gastos nos EUA. Estes níveis também deveriam ser adoptados na UE. Em reconhecimento dos actuas baixos níveis de financiamento da prevenção do tabagismo nos Estados-Membros, recomenda-se que estes aumentem imediatamente de 1 a 3 euros o seu financiamento per capita.

• A execução de estratégias globais de luta antitabaco exige igualmente capacidade e perícia regulamentares acrescidas. A opção mais indiciada para os Estados -Membros é criar agências nacionais especializadas para coordenar a estratégia de luta antitabaco. Essas agências poderiam estar situadas no ministério responsável pela política de prevenção do tabagismo, num instituto de saúde pública, ou constituírem um organismo independente. Seria necessária uma mistura adequada de competências regulamentares para reflectir a natureza diversa da regulamentação do tabaco.

• A CE tem um papel claro a desempenhar na coordenação e apoio de estratégias nacionais e na facilitação da cooperação entre os governos dos Estados - Membros. Os recursos disponíveis para as acções de luta antitabaco a nível europeu ficam muito aquém dos valores disponíveis noutras jurisdições, nomeadamente nos EUA e no Canadá. A actividade a nível europeu é extremamente importante, devido à natureza transnacional da indústria do tabaco e à necessidade de facilitar o intercâmbio de informação e a difusão das melhores práticas. Há um certo número de acções rentáveis que podem ser tomadas a nível supranacional. Por conseguinte, o relatório recomenda que os recursos a nível europeu sejam seguros e sustentáveis no futuro. As fontes europeias de financiamento, tais como as disponíveis no Fundo do Tabaco, devem ser orientadas para medidas mais eficazes de prevenção do tabagismo e utilizadas para completar as acções dos Estados-Membros. Os níveis dos recursos estabelecidos para a luta antitabaco devem continuar nos níveis previstos para o Fundo do Tabaco entre 2006 e 2008.

• É necessária maior capacidade na luta antitabaco na CE para apoiar este trabalho. Em especial, é preciso aumentar significativamente a capacidade de avaliar e regular a nicotina e os produtos do tabaco na Comissão e nos Estados - Membros e incluir a gama das competências técnicas necessárias. Nos Estados - Membros, esse pessoal pode ser alojado nas agências específicas de luta antitabaco acima descritas. A nível europeu, isto poderia ser fornecido por uma extensão da capacidade existente na Comissão Europeia e/ou pelo

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estabelecimento de uma agência regulamentar europeia dos produtos do tabaco e da nicotina. Os peritos são unânimes em reconhecer neste relatório que a agência europeia seria a melhor resposta e a mais adequada, no actual quadro comunitário de regulamentação de outros produtos, nomeadamente farmacêuticos, alimentares e cosméticos.

• As atribuições dessas agências incluiriam todos os aspectos de concepção e de marketing dos produtos do tabaco e da nicotina, assim como a análise e avaliação dos riscos. Em última análise, deveriam poder encomendar e realizar estudos em todos os aspectos relativos aos produtos do tabaco e da nicotina e à política e intervenções da luta antitabaco, bem como aprovar as autorizações do mercado para os produtos.

• Até se poder aumentar a capacidade regulamentar, urge constituir, a nível europeu, um comité consultivo pluridisciplinar de regulamentação dos produtos do tabaco para aconselhar sobre a regulamentação do tabaco.

• É essencial que toda a capacidade regulamentar, científica e consultiva, a nível de cada Estado-Membro e europeu, seja independente de qualquer influência sobre a indústria do tabaco.

• É necessária mais capacidade a nível da sociedade civil para a luta antitabaco.

São necessárias parcerias com uma gama mais vasta de partes interessadas na sociedade para assegurar o sucesso das estratégias de prevenção do tabagismo.

Organizações não governamentais, organizações profissionais e outras partes interessadas, que trabalham em domínios atingidos pela epidemia do tabaco, devem colaborar numa resposta adequada à dimensão dos problemas, desde que os recursos financeiros o permitam.

1.1. Necessidade de maior capacidade de investigação

• Embora a experiência histórica da região europeia e as actividades em vários países do mundo forneçam material considerável para analisar o que se passa em relação à política de luta antitabaco a nível da população, o relatório revela uma carência importante de investigação europeia, na qual se baseiem as políticas e intervenções de teste da luta antitabaco. Por conseguinte, é essencial uma base científica forte para a política e intervenções de luta antitabaco, a fim de melhorar o conhecimento societal dos efeitos do tabaco na saúde e de melhor canalizar os recursos para o seu controlo.

• Devia ser organizado um seminário de investigação a nível europeu para avaliar a capacidade, coordenação e financiamento da investigação do tabaco da UE e internacional e desenvolver uma estratégia coordenada de investigação do tabaco da UE.

• A curto prazo, até essa estratégia poder ser desenvolvida e executada, é necessário identificar um certo número de prioridades imediatas de investigação para clarificar a verdadeira dimensão da epidemia do tabaco: melhores dados de vigilância e metodologias harmonizadas de investigação, por exemplo, recolha de dados sobre a prevalência e a mortalidade, utilizando uma metodologia

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estandardizada, medição regular da exposição individual ao tabagismo nas populações e medição do impacto das políticas e intervenções de luta antitabaco (nomeadamente em função do sexo e das desigualdades). Para financiar estas prioridades de investigação, é necessário identificar o financiamento na CE ou utilizar as verbas remanescentes do Fundo do Tabaco.

• Exige-se um aumento do financiamento da investigação do tabaco. A nível da UE, a investigação do tabaco deve ter a sua própria rubrica orçamental no próximo Programa-Quadro de Investigação (2006 a 2010). O financiamento deve corresponder ao que é disponibilizado pelos institutos nacionais de saúde dos EUA (actualmente de 450 milhões de euros por ano, proporcionalmente e per capita, 680 milhões de euros). Deveriam ser aplicadas à investigação do tabaco rubricas orçamentais europeias, tais como o sexto programa-quadro.

• Uma melhor estrutura organizacional para a investigação orientada para o consumo do tabaco compreenderia a criação em toda a Europa de redes de investigação de luta antitabaco e de redes de formação na área da investigação.

É necessária uma capacidade nacional reforçada para desenvolver estratégias de investigação de luta antitabaco, coordenar programas nacionais e supervisionar a sua execução, em coordenação com os organismos nacionais de luta antitabaco (ver acima) e as organizações nacionais de investigação. Isto requer um maior financiamento a nível de cada Estado-Membro.

2. Recomendações sobre intervenções específicas de prevenção do tabagismo

2.1. Fiscalidade

• Aumentos regulares dos impostos sobre o tabaco devem constituir uma parte implícita dos esforços governamentais a nível da UE e de cada Estado-Membro, uma vez que estes sustentam as outras medidas de luta antitabaco.

• É necessário harmonizar as diferenças a nível das taxas com base em impostos específicos em vez de impostos ad valorem.

• O imposto sobre o tabaco de enrolar também deve ser aumentado para impedir a substituição de cigarros por esta forma de produtos do tabaco.

• O tabaco deve ser excluído do Índice de Preços ao Consumidor.

• É necessário reforçar a cooperação internacional para coordenar as políticas fiscais e combater o contrabando. A CE deve desenvolver legislação europeia com base no acordo entre a Comissão Europeia, os dez Estados-Membros e Philip Morris International (PMI) para combater o contrabando e a contrafacção.

• Para conter as enormes perdas dos Estados-Membros e da Comunidade decorrentes do contrabando internacional do tabaco, a UE deve dar prioridade a uma primeira negociação com vista a um protocolo CQLA sobre o comércio ilícito, tomando como base mínima as disposições do acordo UE-PMI e qualquer directiva subsequente nelas baseada.

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2.2. Publicidade e promoções de vendas

• Todos os Estados-Membros que ainda o não tenham feito devem adoptar medidas globais que proíbam a publicidade ao tabaco, incluindo a proibição de cartazes nos estabelecimentos de venda, de acordo com as condições de ratificação da CQLA.

• Todos os tipos de promoção do tabaco devem ser proibidos. A proposta de regulamento da UE sobre as promoções, actualmente em debate no Parlamento Europeu e no Conselho, prevê um mecanismo adequado para o fazer.

2.3. Estabelecimentos de venda de tabaco

• A venda de produtos do tabaco pela Internet como através de distribuidores automáticos, deveria ser proibida.

2.4. Locais de trabalho e locais públicos sem tabaco

• A UE e os Estados-Membros deveriam seguir a Agência de Protecção do Ambiente, o CIIC e os Governos finlandês e alemão e classificar o tabagismo passivo como cancerígeno profissional.

• A legislação que proíbe o tabagismo nos locais de trabalho teria mais impacto se fosse adoptada a nível europeu. A legislação promulgada na Irlanda e Noruega deveria servir de modelo a uma directiva europeia.

• A legislação da CE deve ser complementada pela legislação de cada Estado- Membro para incluir locais públicos que não sejam locais de trabalho.

2.5. Estratégias de cessação

• Todos os Estados-Membros que ainda o não fizeram, deveriam desenvolver estratégias nacionais de cessação e tratamento do tabagismo. Estas deveriam incluir a formação de profissionais da saúde, o desenvolvimento de uma rede nacional de serviços de cessação e tratamento do tabagismo, o aumento do acesso às terapias de substituição da nicotina e a supressão das desigualdades na prestação destes serviços.

2.6. Regulamentação dos produtos do tabaco

• É necessário adoptar um novo quadro regulamentar global para todos os produtos do tabaco e da nicotina.

• Deveria ser exigida e tornada pública a divulgação total das características físicas, químicas e de concepção de todos os produtos de tabaco. Estas deveriam incluir, nomeadamente, o tipo de consumo do tabaco, o seu modo de tratamento, os ingredientes acrescentados, a engenharia do produto, as características físicas e químicas das emissões de todos os produtos do tabaco, a disponibilidade da

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nicotina e de outros constituintes psico-activos, o modo de consumo e o comportamento do consumidor.

• A Directiva 2001/37/CE deve ser melhorada com a adopção da definição dada aos ingredientes pelo grupo de estudo da OMS no regulamento sobre os produtos do tabaco.

• Exige-se que a indústria do tabaco divulgue integralmente o nome dos aditivos utilizados nos seus produtos, de acordo com a letra e o espírito da directiva. Na perspectiva do alto risco potencial dos produtos do tabaco, essa informação detalhada deve sobrepor-se ao segredo comercial.

• Os Estados-Membros e a CE devem adoptar um sistema harmonizado para a recepção da informação solicitada sobre os ingredientes e emissões do tabaco.

Este sistema deve especificar a forma e o teor exactos da informação a transmitir, que métodos de avaliação utilizar e que dados ter em conta nos efeitos sinérgicos dos ingredientes. A informação prestada deve permitir comparar as diferentes tabaqueiras. Deve igualmente ser estabelecido um sistema harmonizado para que os Estados -Membros possam analisar, verificar e comunicar esta informação à Comissão Europeia.

• A elaboração de uma lista comum dos ingredientes para avaliar a sua toxicidade e o risco de dependência, bem como o seu impacto na saúde pública, só poderá ser feita quando tiverem sido definidos critérios cientificamente homologados.

• Qualquer regulamentação futura dos ingredientes deve basear-se nos princípios de que a substância não é tóxica, não reforça as propriedades de dependência dos produtos do tabaco e não torna o produto mais atractivo. Exige-se mais investigação e análise para criar critérios cientificamente sólidos para qualquer aprovação ou proibição de ingredientes.

• Tendo em vista o facto de que é tecnológica e economicamente viável que os cigarros satisfaçam as normas de segurança anti-incêndio, os fabricantes de tabaco da UE deveriam ter de fabricar e de comercializar apenas cigarros

“seguros contra incêndio” (ou de “propensão-incêndio reduzida”).

• Os constituintes perigosos do tabaco e o fumo do tabaco devem ser reduzidos, e eventualmente eliminados, sempre que seja viável. Como primeiro passo, a redução imediata das nitrossaminas específicas do tabaco (TSNA) nos produtos do tabaco, sem aumentar os danos globais causados por estes produtos, deve ser tornada obrigatória.

• Os Estados-Membros e a Comissão Europeia têm de iniciar a avaliação do risco de danos dos produtos do tabaco. É necessário utilizar um procedimento progressivo, começando com ensaios estabelecidos, por exemplo, para determinar a citotoxicidade e a genotoxicidade, e prosseguindo depois com ensaios a outros efeitos adversos, incluindo o reforço de dependência.

• A comunicação relativa a aspectos de saúde de diferentes produtos do tabaco e da nicotina e quaisquer alterações das suas características devem ser

(13)

estritamente regulamentadas. A supressão progressiva obrigatória dos constituintes tóxicos recomendada neste capítulo não deve ser acompanhada de quaisquer reivindicações no domínio da saúde.

• Qualquer produto do tabaco, novo, de qualquer espécie, incluindo novas marcas de cigarros, deve obter a aprovação prévia das autoridades de regulamentação antes de entrar no mercado.

2.7. Rotulagem e embalagem

• Devem ser obrigatórias advertências picturais eficazes relativas à saúde de ambos os lados dos produtos do tabaco. Estas advertências devem abranger pelo menos 50% de cada uma das duas superfícies mais largas. Devem ser introduzidas regularmente novas advertências. A longo prazo (dentro de 10 anos), toda a embalagem de cigarros deverá tornar-se numa plataforma destinada a mensagens promocionais de saúde obrigatórias.

• A exigência feita aos fabricantes e importadores de tabaco de imprimir os teores de alcatrão, nicotina e CO nas embalagens deve ser abolida. O espaço remanescente nas embalagens deve ser reservado para mensagens de informativas sobre a saúde e o consumo, a adoptar pela Comissão Europeia e pelos Estados-Membros.

2.8. Vigilância da indústria do tabaco

• É necessário vigiar contínua e totalmente a actividade da indústria do tabaco em todas as regiões da Europa.

• Os Estados-Membros e a Comunidade devem assegurar níveis de transparência tão elevados quanto possível em todos os seus contactos com a indústria do tabaco.

(14)

9

ÍNDICE

RESUM O 13

1. RECOMENDAÇÕES DE ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA: INVESTIMENTO

E CAPACIDADE REGULAMENTAR 18

2. RECOMENDAÇÕES SOBRE INTERVENÇÕES ESPECÍFICAS DE PREVENÇÃO DO TABAGISMO 20

CAPÍTULO 1

TABACO E EFEITOS SOBRE A SAÚDE 25

1. INTRODUÇÃO

2. EFEITOS DO CONSUMO DO TABACO SOBRE A SAÚDE INDIVIDUAL 25

2.1. Fumar cigarros 25

2.2. Outras formas de consumo de tabaco 31

2.3. Impacto do consumo de tabaco nos outros 33

3. EFEITOS DO TABACO SOBRE A SAÚDE PÚBLICA 38

3.1.Mortalidade por tabagismo na Europa 38

3.2. Impacto de outras formas de tabaco 48

3.3. Estudos de caso 49

3.4. Morbosidade por tabagismo na Europa 56

3.5. Tabagismo e desigualdades em matéria de saúde 56

3.6. Mortalidade e morbosidade devidas ao tabagismo passivo na Europa 57

4. DEIXAR DE FUMAR: BENEFÍCIOS 58

5. CONSUMO DE TABACO E DEPENDÊNCIA DA NICOTINA 60

REFERÊNCIAS - CAPÍTULO 1 62

CAPÍTULO 2 - ECONOMIA DE TABACO E CONTROLO DO TABACO NA UNIÃO EUROPEIA 69

1. INTRODUÇÃO 69

2. INDÚSTRIA DO TABACO 69

2.1. Exploração do tabaco 70

2.2. Fabrico do tabaco 71

2.3. Comércio do tabaco 71

2.4. Emprego no sector do tabaco 72

3. CUSTOS DO TABAGISMO 72

3.1. Métodos 73

3.2. Fardo económico do tabagismo 73

3.3. Quem suporta os custos? 75

4. FISCALIDADE 76

4.1. Lógica da fiscalidade do tabaco 76

4.2. Estrutura fiscal do tabaco 77

4.3. Tabaco e regulamentações fiscais 78

4.4. Níveis de impostos e dos preços do tabaco nos Estados-Membros 78

4.5. Impacto dos impostos do tabaco no consumo 82

4.6. Eficácia dos impostos do tabaco nas outras medidas antitabaco 82

4.7. Implicações fiscais do consumo do tabaco 84

5. CONTRABANDO DO TABACO 86

6. DESIGUALDADE SOCIAL E CONSUMO DE TABACO 88

7. RECOMENDAÇÕES 89

REFERÊNCIAS - CAPÍTULO 2 93

(15)

CAPÍTULO 3 - DESENVOLVIMENTO DA POLÍTICA ANTITABACO DA UNIÃO EUROPEIA 99

1. INTRODUÇÃO 99

2. BASE JURÍDICA PARA A LUTA ANTITABACO DA UNIÃ O EUROPEIA 99 2.1. Por que escolher a base jurídica do mercado interno para as medidas de luta

antitabaco? 100

2.2. Qual é o efeito do recurso à base jurídica do mercado interno? 100 2.3. Perspectivas de mudança: um novo artigo de saúde pública 102

3. RESUMO DA ACÇÃODA COMUNI DADE EUROPEIA 103

3.1. Directivas 105

3.2. Resoluções e recomendações 105

3.3. Conferências 106

3.4. Convenção-Quadro da OMS para a Luta Antitabaco 106

3.5. Contrabando 106

4. PROGRAMA AEUROPA CONTRA O CANC RO 106

4.1. Elevado apoio político 108

4.2. Comité de peritos do cancro 108

4.3. Unidade especializada na Comissão Europeia 109

4.4. Abordagem de parceria 109

4.5. Boa estratégia mediática e monitorização sistemática da prevalência 110

4.6. Abordagem legislativa 112

4.7. Segundo plano de acção contra o cancro: uma mudança de política 112

4.8. Terceiro plano de acção 113

4.9. Actividade legislativa durante o terceiro plano de acção (1996-2002) 114 5. PAPEL DO CONSELHO DE SA ÚDE NO DESENVOLVIMENTO POLÍTICO 115

6. PROIBIÇÃO DE PUBLICIDADE 116

6.1. Apresentação geral 116

6.2. Dinâmica no Conselho 118

6.3. Interacções entre a Comunidade Europeia e os Estados-Membros 118 6.4. Influência da directiva sobre a publicidade nos novos Estados-Membros 119

7. DIRECTIVAS RELATIVAS À ROTULAGEM 120

7.1. Apoio à directiva sobre a rotulagem e o seu impacto inicial 121

7.2. Advertências de saúde: o exemplo polaco 122

7.3. Consequências negativas da directiva “Rotulagem” 122 8. DISPOSIÇÕES DA DIRECTIVA DE 2001 SOBRE OS PRODUTOS DO TABACO EM MATÉRIA

DE ROTULAGEM 124

9. INTERACÇÕES POLÍTICAS 125

9.1. Impacto da política antitabaco da União Europeia em países fora da União Europeia 125 9.2. Papel da comunidade Europeia na Convenção-Quadro sobre as negociações de

luta antitabaco 126

9.3. Impacto da directiva de 2001 relativa à Convenção-Quadro da Organização Mundial

de Saúde 128

10. POLÍTICA FISCAL 128

11

(16)

11. REGULAÇÃO DOS PRODUTOS DO TABACO 129 11.1. História e aplicação da proibição do tabaco oral (snus) 129

12. RESTRIÇÕES DO TABAGISMO NO LOCAL DE TRABALHO 130

13. FUNDO DE INVESTIGAÇÃO E DE INFORMAÇÃO DO TA BACO 131

14. DEBATE E CONCLUS ÕES 134

REFERÊNCIAS - CAPÍTULO 3 136

CAPÍTULO 4 – IMPACTO DA POLÍTICA ANTITABACO NO TABAGISMO NA UNIÃO EUROPEIA 139

1. INTRODUÇÃO 139

2. QUE POLÍTICAS ANTITABACO SÃO EFICAZES? 139

2.1. Aumento do preço através da fiscalidade 140

2.2. Proibição total da publicidade e da promoção de produtos do tabaco 140 2.3. Proibição/restrição do tabagismo em locais públicos e nos locais de trabalho 141 2.4. Melhores campanhas de informação do consumidor e do público em geral 141 2.5. Rótulos de grandes dimensões com advertências directas em matéria de saúde 142 2.6.Tratamento para ajudar os fumadores mais dependentes a deixarem de fumar 142

3. FINANCIAMENTO DE PROGRAMAS DE LUTA ANTITABACO 142

4. IMPACTO DA POLÍTICA SOBRE A PREVALÊNCIA DO TABAGISMO 144 5. DEMONSTRAÇÃO EUROPEIA DO IMPACT O DE ALGUNS ELEMENTOS ESPECÍFICOS DESTA POLÍTICA 150

5.1. Preço 150

5.2. Advertências relativas à saúde 150

5.3. Proibição da publicidade ao tabaco 153

5.4. Combater o contrabando 154

5.5. Programa de tratamento da dependência do tabaco do Reino Unido 154 5.6. Impacto das intervenções de luta anti-tabaco nas desigualdades da saúde 155 6. OUTRAS INTERVENÇÕES POLÍTICAS NECESSÁRIAS NA EUROPA 156 6.1. Internet e vendas através de distribuidores automáticos 156 6.2. Publicidade e promoção do consumo de tabaco na Internet 158

7. ORÇAMENTO E CAPACIDADE DE INVESTIGAÇÃO 158

8. DEBATE E CONCLUS ÕES 162

REFERÊNCIAS - CAPÍTULO 4 164

CAPÍTULO 5

-

TOBACCO PRODUCT REGULATION 167

1. INTRODUCTION 167

2. REGULAMENTAÇÃO DOS PRODUTOS DO TABACO 167

2.1. Princípios gerais 167

3. REGULAMENTAÇÃO EXISTENTE DOS PRODUTOS DO TABACO 168

3.1. Estratégia de redução do teor do alcatrão 169

4. NOVO QUADRO REGULAMENTAR PARA REGULAMENTAR OS PRODUTOS DA NICOTINA E

DO TABACO 174

4.1. Características e emissões do produto 174

12

(17)

4.2. Exposição 186

4.3. Risco de lesões e de doença 187

4.4. Queixas 187

4.5. Investigação, avaliação e monitorização 188

5. CAPACIDADE REGULAMENTAR NA EUROPA 188

REFERÊNCIAS - CAPÍTULO 5 191

CAPÍTULO 6

INFLUÊNCIA DA INDÚSTRIA DO TABACO NA POLÍTICA EUROPEIA DE LUTA ANTITABACO 195

1. INTRODUÇÃO 195

2. PLANO: A FORMA COMO A INDÚSTRIA ABORDOU A TAREFA 196

2.1. Ameaças e oportunidades 198

2.2. Segmentação e orientação 205

2.3. Formulação de estratégias 209

2.4. Análise competitiva 214

2.5. Avaliação da eficácia 217

3. FUTURO: O QUE DEVERIA SER FEITO EM MATÉRIA DE INFLUÊNCIA DO TABACO? 220

REFERÊNCIAS - CAPÍTULO 6 222

CAPÍTULO 7

RECOMENDA ÇÕES 227

1. RECOMENDAÇÕES DE ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA: INVEST IMENT O E CAPACI DADE

REGULAMENTAR 228

2. NECESSIDADE DE MAIOR CAPACIDADE DE INVESTIGAÇÃO 229

3. RECOMENDAÇÕES SOBRE INTERVENÇÕES ESPECÍFICAS DE PREVENÇÃO DO TABAGISMO 230

REFERÊNCIAS - CAPÍTULO 7 237

A

NEXOS 239

Anexo 1: Membros do Painel de Peritos do relatório ASPECT (Analysis of the Science and Policy for European Control of Tobacco – Análise da Ciência e da Política para a Luta

Europeia Antitabaco) 239

Anexo 2: Contrapartidas nacionais do relatório ASPECT (Analysis of the Science and Policy for European Control of Tobacco – Análise da Ciência e da Política para a Luta

Europeia Antitabaco) 241

Anexo 3: Peritos internacionais do relatório ASPECT (Analysis of the Science and Policy for European Control of Tobacco – Análise da Ciência e da Política para a Luta

Europeia Antitabaco) 243

Anexo 4: Seminário sobre a regulamentação dos produtos do tabaco, Bruxelas 245

Anexo 5: Seminário sobre locais sem tabaco, Cracóvia 249

Anexo 6: Seminários sobre o ASPECT na conferência de luta antitabaco “A mudança está no ar”,

Limerick 251

Anexo 7: Legislação nacional 253

(18)

This report was produced by a contractor for Health & Consumer Protection Directorate General and represents the views of the contractor or author. These views have not been adopted or in any way approved by the Commission and do not necessarily represent the view of the Commission or the Directorate General for Health and Consumer Protection. The European Commission does not guarantee the accuracy of the data included in this study, nor does it accept responsibility for any use made thereof.

Referências

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