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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO RAFAEL HENRIQUE CESTARI PARQUE COM ARENA DE RODEIO

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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

RAFAEL HENRIQUE CESTARI

PARQUE COM ARENA DE RODEIO

CASCAVEL 2014

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RAFAEL HENRIQUE CESTARI

PARQUE COM ARENA DE RODEIO

Trabalho de Conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo, da FAG, apresentado na modalidade Projetual, como requisito parcial para a aprovação na disciplina: Trabalho de Curso: Defesa.

Orientador: Profª Arqª Esp. Fabiele Aparecida Bombonato.

CASCAVEL 2014

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RAFAEL HENRIQUE CESTARI

PARQUE COM ARENA DE RODEIO

DECLARAÇÃO

Declaro que realizei em outubro de dois mil e quatorze (2014) a revisão linguístico textual, ortográfica e gramatical da monografia de Trabalho de Curso denominado:

PARQUE COM ARENA DE RODEIO, de autoria de RAFAEL HENRIQUE CESTARI, discente do Curso de Arquitetura e Urbanismo - FAG.

Tal declaração contará das encadernações e arquivo magnético da versão final do TC acima identificado.

Cascavel, 16 de outubro 2014.

Kélyça de Souza Rodrigues Javorski

Licenciada em Letras Português/Inglês e respectivas literaturas - UNIOESTE/2011 RG nº 9.224.036-3 - SSPPR

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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

RAFAEL HENRIQUE CESTARI

PARQUE COM ARENA DE RODEIO

Trabalho apresentado no Curso de Arquitetura e Urbanismo da FAG, como requisito básico para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação do arquiteto professor Fabiele Aparecida Bombonato - Especialista.

BANCA EXAMINADORA

Arquiteto Orientador Faculdade Assis Gurgacz Fabiele Aparecida Bombonato

Especialista

Arquiteto Avaliador Faculdade Assis Gurgacz

Renata Esser Sousa Especialista

Cascavel, 22 de outubro de 2014

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho principalmente a minha família, por seu apoio que me fortaleceram nos momentos mais difíceis.

E a todos os amantes da cultura sertaneja espalhados de norte a sul do Brasil.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por me conceder o dom da vida e por estar presente em todos os momentos da minha trajetória.

Também agradeço a minha família, pois sempre me deu força nos momentos mais difíceis. Especialmente meu pai, que sempre me aconselhou a nunca desistir de meus objetivos. Pessoa que sou eternamente grato por seu carinho e dedicação.

Um muito obrigado a minha orientadora Fabiele, por sua preciosa dedicação, apoio e paciência durante o período de assessoramento, e por todo ensinamento compartilhado.

Agradeço também aos amigos e colegas de trabalho, especialmente ao Arquiteto Bruno Jorge Fonzar, o Engenheiro Civil Tarcio Elias dos Santos e companheiro de profissão Daniel Diego Kacprzak, pela troca de conhecimento e experiência.

Não posso deixar de agradecer todos os professores que compartilharam o seus conhecimentos desde o início da minha caminhada acadêmica, e as meus colegas de sala de aula que sempre estiveram presentes nos piores e melhores momentos da minha formação.

De modo geral, um muito obrigado a todos que contribuíram de alguma forma para esta conquista.

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EPÍGRAFE

“Sou igual um puro sangue que não deita com arreio.

Prefiro morrer de pé, do que viver de joelhos.”

(Tião Carreiro)

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RESUMO

O presente trabalho de conclusão de curso apresenta um resgate teórico para a elaboração da proposta projetual de um Parque com Arena de Rodeio, que será implantado no município de Cafelândia, Estado do Paraná, tendo em vista em sancionar o problema inicial, ou seja, a ausência de elementos arquitetônicos relevantes nas arenas brasileiras, além, é claro, da falta de estruturas adequadas para a realização do esporte e das demais atividades englobadas neste tipo de evento. Esse tema foi escolhido, por se tratar de evento tradicional e lucrativo no Brasil, que representa o estilo de vida do homem do campo. O trabalho de conclusão que consiste na elaboração de um anteprojeto, onde primeiramente serão apresentados levantamentos dos resgates histórico sobre a cultura sertaneja, além de teorias que auxiliaram na escolha do sitio de implantação, tendo sempre em vista a preocupação com os impactos que o parque irá gerar, tanto no contexto ambiental como no social. Em seguida serão apresentados três correlatos de parques de rodeios brasileiros, que de certa forma auxiliaram no desenvolvimento da proposta projetual, a fim de esclarecer dúvidas de funcionamento, dimensionamento, sistemas construtivos utilizados e estética envolvida nesta espécie de empreendimento. Logo após se apresenta uma análise da cidade de Cafelândia, onde se obtém dados que auxiliam o processo projetual do Parque com Arena de Rodeio. Com todos estes estudos somados, tornou-se possível a elaboração projetual do Parque com Arena de Rodeio, onde o mesmo cumpriu com a expectativa inicial.

Palavras chave: Arquitetura e Urbanismo. Paisagismo. Parque de Rodeio.

Sustentabilidade. Eficiência Energética.

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ABSTRACT

This completion of course work presents a theoretical survey for preparation of design proposal of a Park with Arena Rodeo, which will be implemented in the municipality of Cafelândia state of Paraná, in order to sanction the initial problem, ie, the absence relevant architectural elements in Brazilian arenas, and of course the lack of adequate structures for the realization of the sport and other activities encompassed by this event type. This theme was chosen because it is traditional and lucrative event in Brazil, representing the lifestyle of the peasant. The final paper consisting of the preparation of a draft, which will be presented first surveys the historical redemptions on the country culture, and theories that helped in the choice of the site of implantation, always bearing in mind the concern about the impact this park will generate both the environmental context with the social. Then three related parks Brazilian rodeos, which somehow helped in the development of design proposal in order to clarify doubts of operation, design, construction systems used and aesthetics involved in this kind of project will be presented. Where after presents an analysis of the city of Cafelândia where you get data that support the design process with the Park Rodeo Arena. With all these studies together, made possible the development of the Park with projetual Rodeo Arena, where he has completed with the initial expectation.

Key-words: Architecture and Urbanism. Landscaping. Rodeo Park. Sustainability.

Energy Efficiency.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01: Maquete eletrônica do Parque Ney Braga.

Figura 02: Arena de rodeio do Parque Ney Braga.

Figura 03: Arena durante show musical.

Figura 04: Espaço destinado a Leilões.

Figura 05: Pavilhão de exposição de produtos comerciais.

Figura 06: Vista aérea do Parque do Peão.

Figura 07: Croqui do Parque do Peão.

Figura 08: Arena de rodeio de Barretos.

Figura 09: Berrantão.

Figura 10: Roseta.

Figura 11: Monumento ao Peão.

Figura 12: Museu Histórico e Folclórico do Peão de Boiadeiro.

Figura 13: Vista aérea do Parque de Exposição de Goioerê.

Figura 14: Revenda John Deere.

Figura 15: Revenda Chevrolet.

Figura 16: Barracas de alimentação.

Figura 17: Artigos de vestuário.

Figura 18: Parque de diversões.

Figura 19: Barraca de bebidas.

Figura 20: Arena de rodeio.

Figura 21: Arena de rodeio durante show musical.

Figura 22: Área exclusiva a cadeirantes.

Figura 23: Escada e Rampa.

Figura 24: Baia de argolas.

Figura 25: Portal do Parque de Exposição de Goioerê.

Figura 26: Restaurante Nordestino.

Figura 27: Município de Cafelândia – PR.

Figura 28: Vista aérea do município de Cafelândia – PR.

Figura 29: Primeiro escritório da Copacol em Cafelândia.

Figura 30: Terreno no contexto urbano.

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Figura 31: Terreno proposto.

Figura 32: Foto do terreno - PR 574.

Figura 33: Foto do terreno – Acesso a estrada municipal.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01: Tabela II – Uso do solo.

Tabela 02: Tabela I – Uso do solo.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Arqª – Arquiteta Esp. – Especialista

FAG – Faculdade Assis Gurgacz Sr. - Senhor

TC – Trabalho de Curso p. – Página

PBR - Professional Bull Riders

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 15

1.1 PARQUE COM ARENA DE RODEIO ... 15

1.2 OBJETIVOS ... 16

1.3 METODOLOGIA ... 17

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E SUPORTE TEÓRICO ... 18

2.1 HISTÓRIA DO RODEIO NO BRASIL E NO MUNDO ... 18

FUNDAMENTOS DE PROJETO... 23

2.2 FUNDAMENTOS DE PLANEJAMETO URBANO ... 27

2.3 FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO ... 31

2.4 CONCLUSÃO DA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 35

3. CORRELATOS ... 36

3.1 PARQUE NEY BRAGA, LONDRINA - PR ... 36

3.2 PARQUE DO PEÃO MUSSA CALIL NETO, BARRETOS - SP ... 40

3.3 PARQUE DE EXPOSIÇÃO DE GOIOERÊ – PR ... 44

4. APLICAÇÃO NO TEMA DELIMITADO ... 51

4.1 DIRETRIZES PROJETUAIS ... 51

4.2 CONTEXTUALIZAÇÃO ... 51

4.3 HISTÓRICO ... 53

4.4 SITIO DE IMPLANTAÇÃO ... 54

4.5 PROGRAMA DE NECESSIDADES ... 58

4.6 SÍNTESE CONCLUSIVA ... 59

5. CONSIDERAÇÕES ... 60

REFERÊNCIAS ... 62

APÊNDICES ... 65 APÊNDICE A – IMPLANTAÇÃO, PERSPECTIVAS GERAIS E MEMORIAL

JUSTIFICATIVO

APÊNDICE B – ARENA DE RODEIO, PERSPECTIVAS E MEMORIAL JUSTIFICATIVO

APÊNDICE C – CASA DE SHOWS, PERSPECTIVAS E MEMORIAL JUSTIFICATIVO

APÊNDICE D - PAVILHÃO COMERCIAL, PORTAL E BILHETERIA, PERSPETIVAS E MEMORIAL JUSTIFICATIVO

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APÊNDICE E – CENTRO ADMINISTRATIVO, DEPÓSITO E VESTIÁRIO, GUARITA DE SERVIÇOS, CONTROLE DE ACESSO DE VEÍCULOS, PERSPECTIVAS E MEMORIAL JUSTIFICATIVO

APÊNDICE F – CONTROLE DE ACESSO A ÁREA DE CAMPING, QUISQUES, BANHEIROS, PERSPECTIVAS, MEMORIAL JUSTIFICATIVO E CORTES DO TERRENO

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INTRODUÇÃO

1.1 PARQUE COM ARENA DE RODEIO

Trata-se de um projeto arquitetônico voltado para realização de uma festa típica brasileira, sendo inserido no grupo de pesquisa de Projetos de arquitetura no contexto – PARQ., na linha de pesquisa de Arquitetura e Urbanismo.

No referido trabalho cita-se sobre o projeto de um parque voltado para realização de rodeios, contemplando um espaço para shows, praça de alimentação, parque de exposição, parque de diversão, estacionamento, área de camping e área de apoio.

Se tratando de um espetáculo tradicional e lucrativo no Brasil, geralmente vários municípios que realizam o evento não possuem nenhuma arena de rodeio adequada. Atualmente as arenas que estão entre as melhores não possuem nenhum elemento arquitetônico relevante, com exceção do Parque do Peão de Barretos, que foi projetado pelo arquiteto por Oscar Niemeyer no ano de 1984.

Geralmente cidades pequenas usam estruturas portáteis, sem valor arquitetônico.

Portanto, a ideia é criar um modelo de projeto de um parque que traga sensações e sentimentos aos usuários.

Por se tratar de uma área extensa é de grande importância às intervenções da paisagem entre lugar e usuário. Com isso, tem-se a preocupação com a escolha do lugar.

A ideia de paisagem e de lugar como transformação coloca em posição central a importância da ação dos homens como sua conformadora principal. Assim, a maneira de analisar os lugares que poderão ser objeto de propostas de intervenção deverá levar em consideração o usuário, em é permanente inter-relação como o tempo e espaço.

A ideia de que a paisagem não e só um produto final, senão um processo de transformação abre a possibilidade de visualizar a importância da criatividade das pessoas que usufruem dos lugares (PRONSATO, 2005, p.

117).

Também não se pode esquecer da relação entre edifício e ambiente, sobre a qual Pronsato (2005) cita que uma das piores consequências de uma paisagem mal projetada é a perda dos referenciais geográficos e históricos para seus habitantes.

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Já em relação à tipologia de projeto Franco descreve:

Em primeiro lugar, as atitudes e percepções sobre o meio ambiente presentes nas teorias de planejamento das cidades desde a Renascença têm, com algumas exceções, sido mais condizentes com os ideais da

“Utopia” que com os processos naturais como determinantes da forma urbana. Haja vista os inúmeros exemplos de cidades construídas em diversas partes do mundo atendendo a princípios estéticos trazidos de lugares e climas remotos e, portanto, totalmente inapropriado aos lugares onde se instalaram (FRANCO, 1997, p.210).

Com isso, pode-se dizer que um projeto ideal deve atender às condições climáticas e estar dentro da cultura regional, para não ser mais um projeto arquitetônico sem uso na cidade e, principalmente, causar um impacto no seu entorno.

A obra tem uma relação de uso com a cidade ou com entorno. Rossi descreve que:

A área-estudo pode ser considerada, pois, uma abstração relativamente ao espaço da cidade; ela serve para definir melhor um determinado fenômeno.

Por exemplo, para compreender as características de determinado lote e sua influência sobre um tipo de habitação, será necessário examinar os lotes contíguos, aqueles que precisamente constituem um certo entorno, para ver se de tal forma é de todo anormal ou se ela nasce de condições mais gerais da cidade (ROSSI, 2001, p.62).

Essas diretrizes auxiliam na base para elaborar uma proposta mais condizente com a realidade e com os conhecimentos gerais da arquitetura.

1.2 OBJETIVOS

1. GERAL

Propor um parque com arena para a prática de rodeio.

2. ESPECÍFICOS

Elaborar anteprojeto de um parque com a identidade da cultura sertaneja;

Cria um parque multiuso para uso cotidiano da sociedade;

Levantamento e aplicação de outras atividades junto à arena de rodeio.

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1.3 METODOLOGIA

A metodologia de pesquisa a ser usada é a realização de leituras bibliográficas, levantamento de dados históricos, possíveis entrevistas, visitas técnicas a parques de rodeio pela região, levantamento de atividades desenvolvidas durante o evento, com intuito de uma melhor percepção sobre o objeto de estudo.

Lakatos e Marconi (2001) dizem que a pesquisa terá abordagem didática e serão realizados através de pesquisas em campo, registros do terreno e levantamento da construção existente, coleta de dados, contando com pesquisas bibliográficas e processos de assessoria.

Para Lakatos e Marconi (2001, p. 83), “o método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo”. Portanto, a finalidade do método é indicar o caminho a ser percorrido, tendo em vista o objetivo do estudo para o qual se busca uma resposta.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E SUPORTE TEÓRICO

Este capítulo abordará temas relacionados à história e evolução do rodeio no Brasil e no mundo, fundamentos arquitetônicos de projeto, fundamentos do urbanismo e do planejamento urbano e por fim teorias da tecnologia da construção.

Em busca de fundamentação que auxilie a elaboração do anteprojeto do Parque com Arena de Rodeio, respondendo o problema compilado à arquitetura pobre enfrentada hoje nas arenas brasileiras.

2.1 HISTÓRIA DO RODEIO NO BRASIL E NO MUNDO 2.1.1 Origem do rodeio

Segundo o web site Stilo Country, logo após os Estados Unidos vencerem o México, no século XVII, colonos nortes americanos adotaram alguns costumes de origem espanhola, como festas mexicanas e a doma por animais. Pois é da natureza do ser humano a busca da inteligência e, pelo vigor físico, através do domínio de animais, com o intuito de domesticar para seu uso diário, ou seja, para a lida no dia a dia em campos e fazendas.

De acordo com o web site Rancho Serra Azul, se voltarmos ao interior do estado do Texas, cerca de duzentos anos atrás, depararíamos com a cena do cowboy campeando o gado, em um ambiente onde não existiam cercas, o único instrumento de trabalho era o cavalo. Este animal, por sua vez, tem um forte significado para este povo, pois em caso de dívida, a última coisa que um cowboy venderia era o seu cavalo, até seu roubo poderia ser punido com pena de morte.

Com o passar do tempo o sistema que estes animais eram domados para seu uso no campo evoluiu, e, por sua vez, surgiram vários estilos de doma, como o de sela americana, bareback e o cutianos. Alguns homens mais ousados se dispuseram a montar em touros em busca de superar desafios: assim nascia o rodeio (RANCHO SERRA AZUL).

De acordo com a web página Sol Brilhando, a primeira prova oficial de montaria que se tem registro aconteceu na cidade de Colorado no Texas, onde este cenário era parecido com o de filmes de faroeste, por volta de 1890 e 1910 que o rodeio surge como entretenimento ao público, em vários eventos e convenções

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pecuárias do oeste dos Estados Unidos. Já nas primeiras décadas do século XX que o rodeio passa a ser reconhecido com esporte nos Estados Unidos, onde em 1920 o campeonato em Boston e Nova Iorque atraíram a atenção de um público nacional, tornando-se assim um grande evento americano.

2.1.2 Rodeio no Brasil

Além dos Estados Unidos, os rodeios são comuns em vários países como:

México, Canadá, Austrália, Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil. Sua história no Brasil teve início na cidade de Barretos, interior do Estado de São Paulo, onde no ano de 1955 a pecuária era a maior fonte de renda da cidade. Como Barretos possuía um frigorífico, era comum a chegada de boiadas na cidade para o abate, que eram conduzidas pelos estradões ao comando do homem montado em seu cavalo. Como aconteceu nos Estados Unidos, uma forma de descontração destes bravos boiadeiros era a montaria em touros e cavalos, exercitando a prática de suas habilidades durante horários de descanso. Para muitos era apenas um passatempo, e logo atividade começou a atrair pessoas interessadas em assistir este espetáculo (STILO COUNTRY).

O web site da Rede Globo relata que os primeiros rodeios no Brasil aconteceram debaixo de lonas de circo, onde o prêmio do peão era arrecadado logo após a sua apresentação, passando o chapéu pela arquibancada, por ter seu início

junto ao circo. Daí vem uma de suas figuras mais emblemática, o palhaço salva- -vidas, que é responsável pela segurança dos peões.

Com o crescimento da prática, outras atividades foram incorporadas ao rodeio brasileiro, como show, feira agropecuária, gastronomia, entretenimento, parque de diversões e outros. Também houve um grande crescimento nas modalidades disputadas, são elas: touro, cutiano, bareback, bulldoging, três tambores, sela americana, laço de bezerro e laço em dupla (SOL BRILHANDO).

Mas é apenas em abril de 2001que o rodeio no Brasil passa ser considerado esporte, regulamentado pelas leis n° 10.220/2001 que institui normas gerais relativas à atividade de peão de rodeio, equiparando o atleta profissional, e a lei nº 10.359/1999 que dispõe sobre normas a serem observadas na promoção e fiscalização da defesa sanitária do animal quando da realização de tais eventos.

Mesmo com regulamentação federal, diversos municípios vêm proibindo o

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rodeio, devido à prática desrespeito com os direitos animais (SOL BRILHANDO).

Atualmente, Barretos se tornou o principal palco do rodeio brasileiro, e tudo que acontece na tradicional Festa de Peão de Boiadeiro serve de modelo para as demais cidades que realizaram este tipo de evento. Com o passar o tempo o rodeio passou a ser popular também nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso e Rio Grande do Sul (SOL BRILHANDO).

2.1.3 Economia

De acordo com página na web Racho Serra Azul, o evento é um dos esportes que mais crescem no mundo, que resulta em uma mistura harmoniosa de espetáculo, música, esporte, aventura e diversão, seu público movimenta a economia, consumindo grandes quantidades de diversos tipos de serviços e produtos, como alimentos, roupas, bebidas e atrações.

Várias empresas já descobriram o potencial que o evento permite, como o exemplo das cervejarias, que lançam latinhas de cervejas personalizadas sobre o evento, geralmente trazendo em seus rótulos a propaganda da festa, ou criando campeonatos de montarias, batizado como sua própria marca, como é o caso do Circuito Brahma de Rodeio e o Crystal Top Team Rodeio, realizados no Brasil. Além das cervejarias outros tipos de indústrias se interessaram em divulgar sua marca através do rodeio, como fabricantes de cigarro, automóveis e pneus (RANCHO SERRA AZUL).

Há entorno de mil e duzentas festas de rodeio realizadas anualmente no Brasil, que atraem um público cada vez mais numeroso. Frequentados principalmente por pessoas jovens, que são atraídas pelo regionalismo e pela cultura da vida na fazenda. Especula-se que estes eventos atraem cerca de 24 milhões de pessoas só no Brasil, movimentando valores superiores aos arrecadados pelos campeonatos de futebol (RANCHO SERRA AZUL).

2.1.4 Evolução dos profissionais

É graças a sua organização que o rodeio se tornou sucesso pelo mundo.

Associações, comitivas, federações e promoters são responsáveis pela organização

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e realização do evento, criando regras, calendário de festas, programação e competições, e, dessa forma, trazem uma grande gama de profissionais para o evento, como juízes, locutores, artistas, palhaços salva-vidas, madrinheiras, tropeiros e promotores de eventos, além, é claro o peão (RANCHO SERRA AZUL).

No início os peões que desafiaram os animais eram apenas simples amadores, tendo como atividade principal de geração de renda o trabalho no campo, e viam o rodeio apenas como uma fonte alternativa de sobrevivência. Com a evolução do evento os prêmios oferecidos despertavam maior interesse aos peões, que visaram fazer do esporte o seu “ganha pão” (REDE GLOBO).

A partir disso esses peões se tornam cada vez mais profissionais, e passaram a ter maior preocupação com suas condições físicas para poder se manter em competitividade e suportar as longas temporadas. Passaram também a realizar treinamentos em ranchos, que por sua vez contribuiram com o desenvolvimento de seu desempenho em montarias (SOL BRILHANDO).

2.1.5 Campeonatos e regras

No Brasil, as competições são geralmente organizadas por comissões a nível municipal, ou seja, cada evento possui sua própria comissão organizadora, onde ela fica responsável por gerenciar a competição. Os prêmios pagos aos competidores vencedores do rodeio geralmente são motos, carros ou o prêmio é pago em dinheiro.

Mas também existem em nosso país campeonatos a nível nacional, como o Circuito Brahma de Rodeio e o Crystal Top Team Rodeio, nos quais o circuito passa por várias cidades ao logo do ano, e os competidores vão acumulando pontos a cada etapa, e vence quem tiver mais pontos no final da temporada.

Esses campeonatos são realizados em várias modalidades, são elas:

montaria em touro e cavalos, bareback, prova dos três tambores e sela americana.

O objetivo das montarias consiste em permanecer por oito segundos sobre o lombo do animal. A avaliação é feita por dois árbitros, cuja nota é de 0 a 50 cada. Um árbitro avalia o competidor e o outro avalia o animal, totalizando a pontuação de 0 a 99. É impossível o competidor obter nota 100, pois para isso o animal teria que vencer o competidor e o competidor teria que resistir aos oito segundos em cima do animal (TOP RODEIO).

O principal campeonato de rodeio em touros a nível mundial é o PBR World

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Finals, em Las Vegas, realizado pela empresa norte-americana Professional Bull Riders, que conta com cerca de 1200 cowboys dos Estados Unidos, Canadá, Austrália, México e inclusive o Brasil.

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FUNDAMENTOS DE PROJETO

2.1.1 O arquiteto

Segundo Del Rio (1998), um agente importante que acompanha todas as fases de um processo construtivo, ou seja, desde lançamento do programa de necessidades até a entrega das chaves, é o arquiteto, é esse indivíduo responsável pela concepção do projeto. O arquiteto é que exerce todo um conhecimento global sobre a obra, que se estende desde caderno de encargos, orçamentos, características geoclimáticas, culturais legais envolvidas no projeto.

Del Rio (1998, p. 39) cita ainda que o arquiteto “interage com todos os demais elementos construtivos envolvidos no processo construtivo, quem sintetiza e harmoniza informações díspares em momentos idem.” Para ele, o autor do projeto deve estar presente em todo processo, é a quem deve ser dirigida toda a atenção, após cada consolidação de novidades tecnológicas.

2.1.2 Concepção arquitetônica

Del Rio (1998) nos diz que a concepção arquitetônica é um ato de emaranhado de ideias, desejos e conhecimento em algo concreto, ou seja, em um projeto que esteja pronto pra ser executado.

Podemos resumir dizendo que, de alguma forma, o processo de concepção em arquitetura representa a maneira pela qual o arquiteto sintetiza todos os dados oriundos de uma parte do potencial do terreno e de seu entorno, e de outra parte do caderno de encargos, síntese está efetuada segundo sua experiência e seu estilo pessoal. (DEL RIO, 1998, p. 38).

Sobre a evolução do projeto, Del Rio (1998) afirma que ao longo do processo de concepção, o arquiteto se depara com as restrições, onde elas cada vez mais se acumulam, diminuindo, portanto, o leque de alternativas. Dessa forma, quanto mais cedo o projetista receber certas informações, maior será a possibilidade de integrar esta nova ideia ao projeto.

Del Rio (1998) descreve que a arquitetura está no meio do caminho entre a arte e a ciência, onde segundo ele o arquiteto, ao elaborar um projeto, mostra sua experiência e seu estilo pessoal. Del Rio (1998, p.203) descreve ainda que “apesar

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da arquitetura possuir um corpo sistematizado de conhecimentos técnicos e científicos, ela também assume valores estéticos incomensuráveis”.

A criatividade do arquiteto é que proporciona a parte artística da obra, mas também, segundo Del Rio, o projetista também pode ser criativo na técnica e nas maneiras de conduzir um levantamento de campo, pois o projeto pode ter sucesso a partir da definição de partido para a solução de um problema de insolação.

Segundo Waterman (2010), o conceito nasce quando o arquiteto analisa e proporciona ideias que solucione o programa de necessidade. Nele se encontra também a embutido o partido arquitetônico, responsável pela plástica do projeto.

Para ele, o conceito disponibiliza uma estrutura para atender o contexto.

2.1.3 Paisagem

Em relação ao estudo do parque de rodeio, nota-se que ele necessita de toda uma infraestrutura envolvida para o acontecimento do evento. Essa infraestrutura englobada gera, portanto, uma imagem de paisagem que temos sobre o empreendimento.

Define-se como paisagem um espaço aberto que se abrange com um só olhar. A paisagem é entendida como uma realidade ecológica, materializada fisicamente num espaço que se poderia chamar natural (se considerado antes de qualquer intenção humana), no qual se inscrevem os elementos e as estruturas construídas pelos homens, como determinada pela cultura, designada também como “paisagem cultural”. (MASCARÓ, 2008, p.15).

Em uma intervenção de grande escala, o peso de fatores ecológicos, econômicos e sociais são enormes, é norma que nesse quadro de intervenções, as funções de uso sejam representadas pela maior área do projeto (MASCARÓ, 2008).

Mascaró observa que em parque urbanos, como é o caso de um parque de rodeio, a vegetação domina os materiais inertes, ou seja, ele se caracteriza pelo um espaço aberto, com áreas grandes contida de vários hectares, onde as circulações se cruzem, permitindo ao usuário acessar diferentes setores do parque. Essas vias não ficam apenas restritas a pedestres, podendo ser usadas até por veículos para facilitação do acesso de certo tipos de usuários.

O parque de rodeio pode ser entendido como parque urbano ou parque esportivo, que, para Mascaró, são áreas de médio porte, com área estimada entre

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10 e 50 hectares.

Devem estar envolvidas pelo tecido urbano ou, pelo menos, encostado nele, com uma boa ligação ao sistema de transporte público e privado da cidade.

Inclui áreas especiais como as destinas a exposições, feiras, lagoas de recreação, explanadas para grandes eventos, etc. (MASCARÓ, 2008, p.29).

Mas também se enquadra como parque esportivo, pois hoje, no Brasil, o rodeio já é considerado um esporte. Mascaró descreve que estes parques possuem área entre 3 e 9 hectares, além dos requisitos do parque urbano, estes necessitam de uma estrutura para manutenção de equipamentos usados pelos esportistas.

2.1.4 Estrutura física

Por se tratar de um projeto complexo, o parque de rodeio necessita de um programa de necessidades bem elaborado, pois este tipo de empreendimento comporta vários tipos de atividades simultâneas ou distintas de tempo, como montarias, shows artísticos, entretenimento infantil, feiras, exposições, leilões, gastronomia. Além disso, possui um público bem variado: é basicamente frequentado por jovens, mas atrai atenção de idoso e crianças.

Segundo Waterman (2010), uma vez compreendidas todas as suas características de funções e suas várias, deve-se desenvolver o programa de necessidades. O programa de necessidades deve ser entendido como uma série de passos a serem cumpridos.

O cliente pode ser um indivíduo, uma comunidade ou uma organização. É o arquiteto que avalia as exigências propostas pelo cliente. Assim, cabe a ele informar se o empreendimento possa trazer outros benefícios. A partir dessas considerações, o arquiteto fica encarregado de informar metas e objetivos claros do projeto (WATERMAN, 2010).

A fase de elaboração do partido é onde a maior parte do desenvolvimento conceitual ocorre. A essa altura do desenvolvimento do programa de necessidades, é conveniente estudar projetos de outros arquitetos para ver como eles lidaram com os problemas semelhantes. Isso se chama “análise comparativa” ou “estudo de procedentes”. O programa de necessidades geralmente leva a produção de um conceito que pode então ser apresentada ao cliente para aprovação. (WATERMAN, 2010, p.86)

É nessa fase que, segundo Waterman (2010), são estabelecidos os

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orçamentos e prazos para as etapas do projeto, e também é onde se inclui a discussão de qualquer condicionante para o projeto.

2.1.5 Sitio de implantação

Uma etapa que requer forte estudo para implantação de uma arena de rodeio é escolha do seu local, também conhecido como sitio de implantação, pois exige do arquiteto uma série de análises para tomada de decisões. É claro que isso ocorre quando há possibilidade da escolha do terreno. Nessa tomada de decisão, vários fatores são determinantes, como os aspectos sociais, infraestrutura do local e uns dos mais relevantes que é topografia dos possíveis sítios de implantação.

Fazer levantamento requer uma variedade de ferramentas e técnicas. O teodolito com tripé talvez seja o instrumento mais conhecido. Em geral, ele é usado por uma pessoa com colete protetor que tira medidas de desníveis e ângulos por meio de um processo de triangulação. (WATERMAN, 2010, p.79).

Segundo Waterman, os arquitetos devem observar cuidadosamente o sitio de implantação do projeto, e compreender seus verdadeiros potenciais, para mais tarde explorados na fase de projeto. O autor também descreve que “os arquitetos paisagistas não trabalham apenas condicionados pela topografia; eles também a moldam propositalmente”.

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2.2 FUNDAMENTOS DE PLANEJAMETO URBANO

2.2.1 Valorização do solo urbano

Segundo Farret, Gonzales, Holanda, Kohlsdorf, uma grande parte do solo de um município é reservado a atividades privadas, entre as quais a residencial ocupa uma parcela significativa. O solo urbano é parcelado em lotes de propriedade pública ou privada e passíveis à comercialização, moradias e áreas de recreação.

Além da atribuição administrativa especifica, que lhe confere o fato de estar dentro do chamado “perímetro urbano”, o solo urbano recebe melhorias (trabalho) necessárias ao seu uso: arruamento, infra-estrutura de redes de água, luz, esgoto etc.; asfalto nas vias de acesso, ajardinamento e arborização, serviços de limpeza urbana etc. São melhorias que se estabelecem nas áreas públicas e não dentro da área privada dos lotes.

São produtos de trabalhos em torno dos lotes, executados pelo Poder Públicos. Os lotes usufruem desta qualificação e, através dela, se valorizam.

(FARRET; GONZALES HOLANDA, KOHLSDORF, 1985, p.95)

Os lotes que recebem investimentos, onde são realizados correções topográficas, frenagens, arborização e ajardinamento, ou até quando recebem edificações, acabam incorporando capital através deste trabalho realizado, acarretando, desse modo, até a valorização de lotes vizinhos (FARRET; GONZALES HOLANDA, KOHLSDORF, 1985).

Farret, Gonzales, Holanda, Kohlsdorf afirmam que os preços dos terrenos apresentam diferenças de valor devido a sua localização dentro da malha urbana da cidade.

Essas diferenças, aparentemente, correspondem tanto ao gabarito de altura das edificações permitidas, quanto á qualificação do setor pelo equipamento urbano oferecido nele (redes, serviços, edificações etc.) ou ás densidades máximas estabelecidas por lei e os padrões de utilização de sua área.

(Poder-se-ia afirmar que todos estes fatores influem na “produtividade” dos terrenos urbanos, no sentido do tipo, capacidade e padrão de qualidade dos alojamentos oferecidos.) (FARRET; GONZALES HOLANDA, KOHLSDORF, 1985, p.96)

2.2.2 Estruturação social

Na implantação urbana de um parque de rodeio deve-se ter alguns cuidados sobre a área de formação social onde este empreendimento será inserido. Para

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Farret, Gonzales, Holanda, Kohlsdorf (1985, p.126), qualquer formação social do espaço se dá através da seleção e organização de determinados elementos. Para eles, “é assim que a tipicidade de culturas determinadas revela-se por excelência no espaço que elas organizam”.

Os autores supracitados descrevem que nunca encontramos um só tipo de cultura inserida em determinado espaço, pois é comum que dois ou mais tipos se manifestem na formação global desses lugares. Portanto, deve-se verificar a sedimentação histórica, que sempre convive em formas e processos de superação.

O grande desafio que se coloca para a teoria das estruturações espaciais (e, portanto, para a teoria da arquitetura que nos diz a respeito a um de seus fundamentais aspectos) é a explicitação das implicações sociais inerentes a cada código espacial especifico. Em outras palavras: referir a pratica espacial ás categorias básicas de análise da realidade social sugeridas acima – as dimensões ação/imaginação, material/simbólica, produção/reprodução. (FARRET; GONZALES HOLANDA, KOHLSDORF, 1985, p.126)

Farret, Gonzales, Holanda, Kohlsdorf (1985) partem da hipótese de que na prática espacial, os ambientes podem receber diferentes categorias de empreendimentos, e devem estar identificados seus códigos específicos, para avaliar seus momentos históricos concretos.

2.2.3 Geoprocessamento

Outro recurso disponível que auxilia a escolha do local onde será inserido o parque de rodeio é o geoprocessamento, que é capaz de fornecer dados tanto de fatores socioeconômicos como ambientais do local. Segundo Pfluck (2002), esta ferramenta possibilita a identificação e delimitação de áreas favoráveis e desfavoráveis à expansão urbana.

2.2.4 O estatuto da cidade

Dias, Feiber, Mukai, Dias (2005) relatam que no Brasil o urbanismo progressista havia falhado, por não oferecer soluções urbanísticas além do físico territorial, além do fato das leis não serem acessíveis aos cidadãos pelo excesso de detalhes e termos técnicos. Estas legislações eram cada vez mais técnicas e

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abstratas, acarretando, assim, na desigualdade existente nas cidades, ao invés de solucionar o problema.

O instrumento técnico-jurídico central da gestão do espaço urbano, era o Plano Diretor, que definia as grandes diretrizes urbanísticas. No entanto, para grande parte das cidades brasileiras, o Plano Diretor era decoração da prateleira do prefeito, por ser um documento distante do dia-a-dia, por ser elaborado apenas para cumprir uma formalidade, ou por um desrespeito ás suas normas por interesses e alternâncias políticas. (DIAS; FEIBER;

MUKAI; DIAS, 2005, p. 99).

Aprovado em julho de 2001, a Lei Federal do Estatuto da Cidade, é um documento legal que auxilia todo o processo de planejamento urbano vidente no Brasil, onde “reúne normas relativas à ação do poder público e instrumentaliza o Município para garantir o pleno desenvolvimento das funções da cidade e da propriedade urbana”. (DIAS; FEIBER; MUKAI; DIAS, 2005, p.100).

Oliveira (2001) descreve que o Estatuto da Cidade é a regulamentação dos artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988. Onde o artigo 182 tem o dever de “ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes, definindo como instrumento básico desta política o Plano Diretor”. Já o artigo 183 “abriu possibilidades de regularização de extensas áreas de nossas cidades ocupadas por favelas, vilas, alagados ou invasões, bem como loteamentos clandestinos”.

2.2.5 Controle ambiental e os vetores de expansão urbana

Ao criar uma nova área que expande a cidade, deve-se ter o cuidado com espaço que esta área irá ocupar, pois, segundo Marcondes (1999), este processo de crescimento e desenvolvimento urbano deve buscar um espaço mais equilibrado sem o esgotamento dos recursos naturais.

Com a necessidade de intervir nesse processo, temas que permeavam o debate ambiental no início da década de 1970 formaram o contexto de um conjunto de instrumentos esboçados no Plano Metropolitano de Desenvolvimento Integrado – PMDI (MARCONDES, 1999).

Marcondes cita que as principais diretrizes do PMDI eram: a reordenação dos vetores de expansão de crescimento e desenvolvimento da metrópole; a criação de amplos espaços abertos; priorização do uso das águas para o abastecimento

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humano.

2.2.6 Conceitos de território

A expressão “territórios” designa a extensão de superfície terrestre ocupada por um grupo humano, ou seja, o espaço construído pelo homem. É nesse espaço que o homem exerce sua atuação, adaptando conforme sua necessidade (LAMAS, 2000).

Lamas descreve, ainda, que o oposto de território seria a paisagem natural, ou seja, aquela que não foi modificada pelo homem.

Muitas paisagens que se consideram naturais são apenas paisagens construídas, com meios e objetivos diferentes dos urbanos. A diferença entre os espaços rurais e os espaços urbanos refere-se essencialmente ao seu modo de utilização: em ambos os casso o homem actua sobre o território, para nele viver, exercer atividades, e também de acordo com um sentido estético. (LAMAS, 2000, p. 63).

Segundo o autor, a forma urbana pode ser extensível sobre todo o território, porém, pode-se considerar a construção do território humanizado como um fenômeno da arquitetura. Esta questão, segundo ele, encontra o seu lugar no planejamento regional e urbanístico como disciplina de organização espacial.

2.2.7 Morfologia Urbana

O conceito de morfologia urbana pode ser devido como “estudo analítico da produção e modificação da forma urbana no tempo”, ou como o próprio Del Rio (1990, p. 91) descreve, é o estudo do “tecido urbano e seus elementos construídos formadores através de sua evolução, transformações, inter-relações e dos processos sociais que os geraram”.

Para uma melhor compreensão do espaço urbano e fenômenos que deram origens, Lamas descreve que os elementos a serem analisados habitualmente são recolhidos de várias disciplinas diferentes como, por exemplo, economia, sociologia, história, geografia e arquitetura. Esse cruzamento de informação poderá explicar um objeto tão complexo como é a cidade.

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2.3 FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO

2.3.1 Conceitos de sustentabilidade

Sabe-se que hoje a tecnologia presente na construção civil é capaz de proporcionar e criar meios sustentáveis de se edificar, tanto no canteiro de obra como até no próprio uso da edificação. Portanto, no projeto a ser desenvolvido, o uso correto da arquitetura sustentável proporcionará menores gastos energéticos, por meio do aproveitamento de recursos disponíveis, gerando, assim, menos impacto ao ambiente onde estamos inseridos.

Felizmente, já existe uma movimentação no setor de projetos em direção à melhoria do desempenho do edifício quanto à sua sustentabilidade. Podem ser destacados os seguintes movimentos e práticas já adotadas por empresas de arquitetura, bem como trabalhos e pesquisas em andamento.

(DEGANI, CARDOSO, 2002, p.07).

Para Zambrano, Bastos, Fernandes (2009) existem alguns conceitos norteadores que devem ser equiparados para o desenvolvimento sustentável, como por exemplo, a eficácia econômica, equidade social, preservação ambiental, princípio de longo prazo, princípio de globalidade e princípio de governança.

Segundo eles, todos os envolvidos no projeto, desde gestores até a comunidade, devem representar suas ações tanto âmbito profissional como na vida cotidiana, assumindo posturas éticas perante o meio ambiente e a sociedade.

Já em relação ao projeto arquitetônico, Zambrano, Bastos, Fernandes (2009) afirmam que ele é capaz proporcionar soluções para o desenvolvimento sustentável.

Os autores abordam três principais temas:

O Processo de Projeto - sequência de procedimentos que se desenvolvem em etapas evolutivas até a concretização do objeto arquitetônico; a Concepção Arquitetônica - Ato de projetar propriamente dito, que acontece dentro das diversas fases no “macro” processo de projeto, onde o arquiteto cria as alternativas de projeto que são analisadas, decididas e concretizadas, etapa à etapa; e os Instrumentos de Auxílio ao Projeto - compreendem todos os instrumentos e meios que permitam auxiliar o projeto, incluindo desde ferramentas simplificadas (checklists e organogramas) até instrumentos computadorizados (simuladores, modeladores tridimensionais, etc.). (ZAMBRANO; BASTOS; FERNANDES, 2009, p.03).

Zambrano, Bastos, Fernandes (2009) destacam que na etapa de

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planejamento, se observam critérios sobre potencialidades e limitações dos aspectos ambientais de sustentabilidade a serem desenvolvidos no empreendimento, por meio de uma análise do sitio de implantação, programa de necessidades e sua relação com o entorno.

A incorporação dos princípios do desenvolvimento sustentável envolvem mudanças em todos os aspectos gerenciais e concepção arquitetônica. Zambrano, Bastos, Fernandes (2009) citam que “a sustentabilidade do edifício começa a ser delineada no momento inicial de planejamento e dependo das decisões compreendidas ao logo de todo o processo evolutivo do projeto, se estendo até os procedimentos de uso e manutenção do edifício”.

A sustentabilidade de uma edificação é algo complexo, não se resume à decisões e dispositivos técnicos somados ao projeto. Depende de uma abordagem bastante ampla dos problemas ambientais, econômicos e sociais pertinentes, bem como depende de um compromisso ético ambiental e social de todos os atores envolvidos ao longo de todo o processo de um empreendimento. (ZAMBRANO; BASTOS; FERNANDES, 2009, p.08).

2.3.2 Água e energia

Grande parte da energia gerada em nosso país provém das usinas hidrelétricas, onde a água é indispensável para a produção de energia. Segundo a cartilha “Cidades Inovadoras: Cascavel 2030 (2012)", à medida que a sociedade se desenvolve há um aumento pela procura de energia.

Com esta demanda crescente por procura de energia, temos de diversificar as fontes geradoras de energia, e as cidades desempenham um papel relevante. A visão que se tem é a de que as cidades do futuro serão, em maioria, autossuficiente em produção de energia.

Os edifícios disporão de instalações que aproveitem a energia solar e também a transformarão os resíduos em energia sem contaminar a atmosfera. A geração distribuída de energia será uma realidade. (CIDADES INOVADORAS: CASCAVEL 2030, 2012, p.17).

A água é vista como recuso natural que tende a ser muito valorizada por sua crescente escassez em várias regiões do mundo e com o aumento pela procura de energia. Sua utilização gera regulamentações tanto meio urbano quanto no rural

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(CIDADES INOVADORAS: CASCAVEL 2030, 2012).

As cidades investiram fortemente em sistemas de tratamento e gestão da distribuição com foco no reaproveitamento, na eliminação de desperdícios e prevenção de vazamentos de rede. (CIDADES INOVADORAS: CASCAVEL 2030, 2012, p.18).

2.3.3 Eficiência energética

Todo ambiente bem projetado, é sinal de que foram realizadas análises sobre as condições climáticas do local de implantação. Esta fase projetual bem elaborada pode reduzir gastos futuros com o consumo de energia.

Sobre a eficiência energética, Lamberts, Dutra, Pereira destacam que “a eficiência energética pode ser entendida como a obtenção de um serviço com baixo dispêndio de energia. Portanto um edifício é mais eficiente energeticamente que outro quando proporciona as mesmas condições com menos consumo de energia.”

(LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 2004, p.14).

Entretanto, além da utilização destes recursos tecnológicos, a elaboração de projetos que incluam estudos sobre o comportamento energético do edifico pode melhorar a eficiência da arquitetura. (LAMBERTS; DUTRA;

PEREIRA, 2004, p.14).

“Se os arquitetos e engenheiros tivessem mais conhecimento sobre eficiência energética na arquitetura, ao nível de projeto ou da especificação de materiais e equipamentos, estes valores poderiam ser reduzidos”. (LAMBERTS; DUTRA;

PEREIRA, 2004, p.20)

2.3.4 Soluções arquitetônicas sustentáveis

Existem inúmeras soluções para uma arquitetura sustentável, desde simples aquisições de equipamentos elétricos mais econômicos, como até mesmo a opção de adotar lâmpadas de maior eficiência energética (CIDADES INOVADORAS CASCAVEL 2030, 2012).

Mas também há elementos arquitetônicos que minimizam o gasto energético da edificação, proporcionando maior qualidade do ambiente para o usuário. Estes elementos projetados de forma coerente podem controlar variáveis fulminantes,

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como radiação e ventilação.

A radiação solar refletida pelas superfícies num espaço densamente ocupado pode ser minorada pelo uso de materiais e cores poucos refletivos, de vegetação que absorve a radiação solar e utiliza na evaporação que de processa nas folhas, sem elevar a temperatura de suas superfícies e aumentando a umidade do meio. Nas regiões de clima com inverno rigoroso, a vegetação deve permitir a passagem da radiação solar no interior das habitações nos períodos frios. (ROMERO, 2001, p.88).

Segundo Romero, o aproveitamento do vento para a ventilação em um ambiente urbano nas regiões de clima tropical é fundamental, pois existe uma série de efeitos aerodinâmicos do vento sobre as edificações. Esses principais efeitos são:

efeito de pilotis, efeito de esquina, efeito de canalização, efeito de barreira eefeito de Venturi. Cada um deles possui uma série de diretrizes a serem seguidas para o atenuamento dos ventos. Montenegro nos mostra que há sistemas de ventilações simples e de grande eficiência.

Ainda existem galpões e fábricas antigas onde forma instalados aspiradores de ar movidos pela brisa vinda do exterior. Quando não há movimento de ar externo, o ar interno aquecido passa através das palhetas e ganha o exterior. O mecanismo é tão simples que deixou de ser fabricado...

Dispensava eletricidade e manutenção, não poluía. Por tanto não interessa a atual sociedade industrial, onde as coisas devem ser sofisticadas, computadorizadas, poluentes, barulhentas, deterioráveis e de manutenção frequente e especializada. (MONTENEGRO, 1984, p.44)

Montenegro mostra que existem soluções simples que proporcionam ótimos resultados, mas por não serem atuais, acabam entrando em desuso, e cabe ao arquiteto, como formador de opinião, desenvolver projetos com este tipo de elementos em busca de uma arquitetura mais sustentável.

2.3.5 Acústica

No rodeio o som faz parte do espetáculo, e proporciona uma série de sensações ao espectador, através de narrações das montarias ou até mesmo durante a apresentação de shows artísticos realizados durante o evento. Portanto, para projetar este tipo de ambiente deve-se ter um cuidado particular com acústica.

Uma solução interessante que se adotar para que a arena tenha melhor qualidade sonora é o princípio de concha acústica, que, segundo Amorim e Licarião

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(2005), direciona e concentra o som sobre a plateia, devido a sua forma côncava.

Amorim e Licarião (2005) também mostram que existem outros fatores que devem sem ponderados, como a topografia. A plateia deve se apresentar em um plano inclinado, e a velocidade do vento deve ser no máximo de 15 km/h e de preferência direcionado no sentido entre concha acústica e plateia.

Amorim e Licarião (2005) também destacam a influência dos tipos dos materiais que são confeccionados as conchas, pois os usos de materiais corrugados podem acarretar o absorvimento sonoro, já superfícies lisas são ótimos refletores.

Além de esses ambientes possuírem elevados coeficientes de reflexão sonora, essas conchas devem apresentar resistência às intempéries, dessa forma, elas podem ser construídas em estruturas rígidas monolíticas, evitando vibrações nas ligações.

2.4 CONCLUSÃO DA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Com este estudo realizado, foi possível buscar soluções que possam auxiliar no decorrer da elaboração do anteprojeto do Parque com Arena de Rodeio, pois o conteúdo histórico ajuda a explicar a origem e evolução do espetáculo até os dias atuais, assim com os fundamentos arquitetônicos de projeto auxiliam na elaboração do programa de necessidade e implantação do anteprojeto, juntamente com os conceitos de planejamento urbano que delimitam a escolha do sitio de implantação.

Já as teorias de tecnologia da construção, foram apresentadas de tal maneira que impulsionem o anteprojeto a ter uma característica sustentável.

No próximo capítulo serão apresentados estudos de correlatos como complementação da proposta conceitual, buscando sempre a análise formal, técnica, e funcional das arenas de rodeios brasileiras.

(37)

3. CORRELATOS

Este capítulo aborda três correlatos escolhidos devido à característica comum entre o tema proposto, os quais servirão de referência para a elaboração da proposta projetual, do Parque com Arena de Rodeio.

Entre os correlatos escolhidos, o primeiro é o Parque Ney Braga, considerado o segundo maior parque de exposição do sul do Brasil, e que apresenta uma grande diversidade de atrativos, onde a flexibilidade de funções deixa o parque ativo durante o decorrer do ano.

A segunda referência se trata do maior e mais famoso parque de rodeio do Brasil, o Parque do Peão Mussa Calil Neto, projetado inicialmente por Oscar Niemeyer. O parque é considerado santuário da cultura sertaneja, e abriga a maior festa do gênero na América Latina.

E por sua vez, o terceiro é o Parque de Exposição de Goioerê, que foi escolhido devido a sua proximidade com o terreno do tema proposta, e pelo dimensionamento semelhante ao estimado pela proposta projetual.

3.1 PARQUE NEY BRAGA, LONDRINA - PR

O Parque Ney Braga localizado na cidade de Londrina, no Estado do Paraná, sede da Sociedade Rural do Paraná, abriga todos os anos a Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina. É considerado uns dos maiores e mais bem estruturados parque de exposição da América Latina (SOCIEDADE RURAL DO PARANÁ).

O Parque Ney Braga, foi inaugurado em 1964 e tem uma estrutura dinâmica capaz de sediar vários tipos de eventos, sejam eles de pequeno ou grande porte.

Segundo a web página da Sociedade Rural do Paraná o parque, além de sediar a ExpoLondrina, que movimenta meio milhão de visitantes em 11 dias, comporta outros eventos como a Metamorfose – a maior festa a fantasia do país, Hallel (a grande festa católica), Feirão de Carros e de Móveis, principais shows artísticos realizados na cidade de Londrina, além de confraternizações com casamentos e aniversários.

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Figura 01 – Maquete eletrônica do Parque Ney Braga.

Fonte: http://www.decoracaoemcouro.com.br/53-exposicao-de-londrina-2013

O parque conta com área aproximada de 17 alqueires, e tem capacidade de expor, s ao mesmo tempo, 13.750 bovinos, 645 equinos, 300 aves, 100 muares, 100 ovinos e 70 suínos. O Complexo também abriga a Via Rural com área de 10.000m², uma espécie de fazendinha que apresenta vantagens da diversidade rural.

De acordo com a Sociedade Rural do Paraná, o parque possui três pistas de julgamento, três recintos de leilões, dois pavilhões para estandes de indústria e comércio, recinto de shows e rodeios, parque de diversão, área agrícola para demonstração de tecnologias, núcleos fixos de criadores de raças, estacionamento para 3.000 veículos, além de amplos espaços abertos.

O centro de shows e rodeios tem capacidade de público para 20.000 espectadores. Sua arena para montarias apresenta formato retangular, rodeada com arquibancada em concreto armado em formato de “U”, apenas os camarotes possuem cobertura permanente, pois o restante da estrutura recebe uma espécie de cobertura desmontável durante a realização de eventos. A arquibancada se encontra em nível superior ao terreno natural, sendo sustentada por taludes, conforme Figura 02 (SOCIEDADE RURAL DO PARANÁ).

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Figura 02 – Arena de rodeio do Parque Ney Braga.

Fonte:http://www.fag.edu.br/professores/arquiteturaeurbanismo/TC%20CAUFAG/TC2007/Ederson%2 0Bruschi/TCC%20TEORICO.pdf

O palco para shows se encontra localizado em cima da área de bretes.

Desta maneira, o mesmo espaço utilizado para montarias pode ser usado para pista de dança, apesar de seu piso ser constituído por uma caixa de areia.

Figura 03 – Arena durante show musical

Fonte: http://expolondrina2014.com.br/galeria-de-fotos/

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Na Figura 04, é possível ver o espaço destinado a leilões de animais. Trata- se de um recinto bem aconchegante ao usuário, onde a arquibancada possui acentos individuais, a excelente iluminação permite que o espectador possa observar bem os animais em exposição. Esta mesma estrutura possui uma ótima ventilação.

Figura 04 – Espaço destinado a Leilões.

Fonte: http://expolondrina2014.com.br/galeria-de-fotos/

O complexo conta com uma grande área coberta para a exposição de produtos comerciais, onde apresenta paredes em alvenarias com aberturas laterais para ventilação, cobertura em estrutura metálica. A iluminação é artificial, pois grande partes dos eventos acontecem a noite, observa-se que o layout dos estandes possuem circulações largas adequada ao grande fluxo de usuários.

Figura 05 – Pavilhão de exposição de produtos comerciais.

Fonte: http://expolondrina2014.com.br/galeria-de-fotos/

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3.2 PARQUE DO PEÃO MUSSA CALIL NETO, BARRETOS - SP

O Parque do Peão Mussa Calil Neto, mais conhecido popularmente como Parque do Peão, foi inaugurado no ano de 1985, e está localizado na margem da Rodovia Brigadeiro Faria Lima, na cidade de Barretos, Estado de São Paulo. O local impressiona por sua grandiosidade, pois conta com área aproximada de 80 alqueires destinada à realização de vários eventos ao longo do ano, como o Motorcycles, Rally Cross Country e da Festa do Peão de Barretos, considerado como o maior rodeio da América Latina, que acontece na segunda quinzena de agosto (INDEPENDENTES).

Figura 06 – Vista aérea do Parque do Peão.

Fonte: http://www.acibarretos.com.br/parque

Foi projetado inicialmente pelo arquiteto Oscar Niemeyer, a pedido de Mussa Calil Neto. Niemeyer descreve o Parque do Peão como um santuário à cultura sertaneja, “para onde os descendentes e adeptos seguissem em romarias, como os islâmicos do mundo todo fazem em direção a Meca”. (NOTICIAS UOL)

A seguir, pode-se observar o croqui do Parque do Peão realizado por Oscar Niemeyer pela Figura 07.

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Figura 07 – Croqui do Parque do Peão.

Fonte: http://www.independentes.com.br/festadopeao/oscarniemeyer

Segundo a web página Independentes, o espaço conta com área designada a Feira Comercial, estacionamento para 14.000 veículos, espaço de lazer e eventos, dama, centro administrativo, rancho do peãozinho, área de camping, rancho da queima do alho, credenciamento, bilheteria, heliporto, subestação de energia, almoxarifado, distribuidora de bebidas, casa dos artistas, assessoria de impressa, souvenirs, delegacia de polícia, pronto-socorro, fazendinha, parque de diversão, hípica, 750 banheiros fixos e o magnífico estádio polivalente de Rodeio em formato de ferradura, que ao mesmo tempo é um grande anfiteatro, com capacidade para 35.000 pessoas sentadas. A seguir, a Figura 08, mostra o estádio lotado durante um show musical.

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Figura 08 – Arena de rodeio de Barretos.

Fonte: http://www.acibarretos.com.br/parque

Os shows artísticos principais acontecem na própria arena de rodeio, onde é liberada a entrada do público na caixa de areia, mas o parque conta ainda com mais três espaços destinados a shows. Um deles é o Berrantão, espaço coberto e climatizado com capacidade de público superior a 5.000 pessoas (INDEPENDENTES).

Figura 09 – Berrantão.

Fonte: http://www.panoramio.com/photo/11094360

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O Parque do Peão conta com outras atrações que compõe o cenário. São monumentos ligados à cultura do rodeio e às tradições sertanejas, como o Monumento ao Peão, construído no ano de 2005, com estrutura de 27 metros de altura (Figura 11), o Cavalo de Aço, o Touro Bandido, em homenagem ao touro mais temido e famoso do rodeio brasileiro, além da Galeria da Fama, com o objetivo de homenagear todos os peões campeões em Barretos. O monumento mais conhecido é a Roseta, que fica na entrada principal do parque e que identifica o local, como se verifica na Figura 10 (INDEPENDENTES).

Figura 10 – Roseta. Figura 11 – Monumento ao Peão.

Fonte: http://www.independentes.com.br/festadopeao/pontosturisticos

Os Independestes, grupo idealizador e fundador do Parque do Peão, sempre se preocupou em manter viva a cultura sertaneja. Para isso, foi criado o Museu Histórico e Folclórico do Peão de Boiadeiro, também localizado nas dependências do Parque do Peão.

Este espaço, que abriga artigos, fotos e réplicas que contam a história da festa do rodeio. O formato da estrutura lembra a de uma lona de circo, em alusão ao local que aconteceu a primeira Festa do Peão de Barretos no ano de 1956.

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Figura 12 - Museu Histórico e Folclórico do Peão de Boiadeiro.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/festa-peao-barretos/mapa-da-arena/

3.3 PARQUE DE EXPOSIÇÃO DE GOIOERÊ – PR

O Parque de exposição de Goioerê está situado nas margens da PR 317, saída para Campo Mourão, inaugurado em 1986, e abriga todos os anos a Expo- Goio, festa realizada em comemoração ao aniversário do município. O evento foi visitado no dia, 10 de agosto de 2014.

Segundo o tesoureiro da Sociedade Rural de Goioerê, Sr. Ronei José Rossoni, o parque recebe aproximadamente 50.000 visitantes no decorrer dos quatro dias em que a Expo-Goio é realizada. Ocupa uma área aproximada de 10 alqueires, onde 7,5 alqueires são destinados à realização do evento. A estrutura conta com estacionamento para 1000 veículos, 5 pavilhões de argola, pavilhão de baias, pista de julgamento, pista de laço, casa do criador, mangueiras, recinto de leilão, bilheteria e controle da acesso, centro administrativo, praça de alimentação, heliporto, área para exposição de maquinários agrícolas e automóveis, área externa

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destina a pequenos expositores, 5 pavilhões destinados a entidades sociais, além da área de rodeio.

Figura 13 – Vista aérea do Parque de Exposição de Goioerê.

Fonte: OverDrone (Goioerê - PR), 2014

Boa parte do parque é destinada à exposições, sendo estas dos mais diversos setores, estilos e produtos, que variam desde maquinários e equipamentos agrícolas, revendas de automóveis, parque de diversão, artigos de vestuário e gastronomia em geral. Estes espaços são divididos em lotes que são alugados aos comerciantes interessados. O parque oferece uma infraestrutura básica de funcionamento, como água e energia elétrica. Entre esses lotes existem ruas que interligam diversos locais do parque, por onde os visitantes circulam e desfrutam das opções de mercadorias expostas. As ruas possuem uma excelente estrutura, com iluminação, pavimentação asfáltica, equipamentos de coletas de lixo, além de banheiros químicos que são espalhados no decorrer do trajeto, como observado nas imagem a seguir.

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Figura 14 - Revenda John Deere. Figura 15 – Revenda Chevrolet.

Figura 16 – Barracas de alimentação. Figura 17 –Artigos de vestuário.

Figura 18 – Parque de diversões. Figura 19 – Barraca de bebidas.

Fonte: Elaborado pelo Autor, 2014.

A arena de rodeio possui estrutura que abriga cerca de 4.000 pessoas sentadas. Este número de espectadores pode passar dos 6.000 com abertura da

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caixa de areia para a realização do show musical. De acordo com o que foi visto e registrado nas imagens a seguir, esta estrutura, por sua vez, apresenta cobertura em estrutura pré-moldada. O formato circular da arena possibilita uma excelente acústica no interior do ambiente.

Figura 20 – Arena de rodeio.

Fonte: Elaborada pelo autor, 2014.

Figura 21 – Arena de rodeio durante show musical.

Fonte: Elaborada pelo autor, 2014.

Devido a estrutura não possuir local fixo pra mesa de som, esta tem que ser montada no centro da arena, logo após as montarias, o que pode atrasar o evento

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entre 40 minutos à uma hora, porém o parque possui uma boa acessibilidade aos portadores de necessidades especiais, como rampas e áreas exclusivas, como podemos observar nas Figuras 22 e 23.

Figura 22 – Área exclusiva a cadeirantes.

Fonte: Elaborada pelo autor, 2014.

Figura 23 – Escada e Rampa.

Fonte: Elabora pelo autor, 2014.

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