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RELATÓRIO E CONTAS EXERCÍCIO DE 2005

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RELATÓRIO E CONTAS

EXERCÍCIO DE 2005

Sociedade Aberta

Sede: R. Ribeiro Sanches, 65 - LISBOA Capital Social: 84.000.000 €uros Cons. Reg. Com. de Lisboa - Matrícula Nº 1 519

Pessoa Colectiva Nº 502 437 464

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RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO DE 2005

Dando cumprimento às exigências impostas por lei às sociedades abertas, o Conselho de Administração da IMPRESA – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. vem apresentar o seu RELATÓRIO DE GESTÃO ÚNICO relativo ao exercício do ano 2005. Ao fazê- lo, teve a natural preocupação de que o mesmo contenha elementos e informação suficientes para que os senhores accionistas e o público investidor em geral, possam avaliar, com clareza e objectividade, a actividade do GRUPO IMPRESA no respectivo horizonte de intervenção.

A) CONTAS CONSOLIDADAS

As contas deste período foram elaboradas de acordo com o normativo IAS/IFRS, tendo as contas consolidadas de 2004 sido ajustadas, de acordo com o mesmo normativo, de modo a permitir comparações.

1. IMPRESA: Principais indicadores

Tabela 1. Principais indicadores em 2005

Dez-05 Dez-04 var (%) 4º Tr 05 4º Tr 04 var (%) (Valores em 000 €)

(IAS) (IAS) Receitas Consolidadas 261.254 256.265 1,9% 69.608 71.918 -3,2%

Publicidade

172.236 175.481 -1,8% 48.773 50.516 -3,5%

Vendas de Publicações

35.236 35.371 -0,4% 7.600 8.426 -9,8%

Canais Temáticos

31.145 29.204 6,6% 7.844 7.391 6,1%

Produtos Alternativos

12.248 7.866 55,7% 3.234 3.740 -13,5%

Multimédia

7.306 5.039 45,0% 1.951 1.382 41,2%

Outras

5.738 4.865 17,9% 1.414 1.231 14,8%

Ajustes IAS

0 1.448 n.a. 0 121 n.a.

Receitas Televisão 161.673 163.974 -1,4% 43.187 44.739 -3,5%

Receitas Jornais 60.975 56.523 7,9% 17.240 16.839 2,4%

Receitas Revistas 40.908 38.776 5,5% 10.036 10.917 -8,1%

EBITDA (Recorrente) 54.240 53.837 0,7% 17.441 17.623 -1,0%

Margem EBITDA 20,8% 21,0% 25,1% 24,5%

EBITDA 49.217 52.794 -6,8% 16.134 17.566 -8,2%

Margem EBITDA 18,8% 20,6% 23,2% 24,4%

EBITDA Televisão

34.484 52.794 -34,7 10.688 17.566 -38,1

EBITDA Jornais

12.999 13.436 -3,2% 4.258 5.190 -18,0%

EBITDA Revistas

4.148 4.155 -0,2% 1.455 1.468 -0,9%

EBIT Consolidado 40.398 41.606 -2,9% 14.022 15.326 -8,5%

Margem Ebit 15,5% 16,2% 20,1% 21,3%

Resultados Líquidos (Recorrente)

25.853 18.154 42,4% 9.224 6.788 35,9%

Resultados Líquidos 22.008 17.330 27,0% 8.219 6.744 21,9%

Dívida Líquida (1) 214,3 244,7 -12,4% 214,3 244,7 -12,4%

Notas: (1) Dívida Líquida em 2004 está ajustada do valor de aquisição da SIC, concluída já no início de 2005.

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¾ As receitas consolidadas subiram 1,9% atingindo 261,2 M€, sustentadas por aumentos:

o Nos canais temáticos (+6,6%) o Nos produtos alternativos (+55,7%) o No multimédia (+45%)

o Em Outras

¾ Estes aumentos compensaram as descidas verificadas:

o Nas receitas publicitárias (-1,8%) o Nas vendas de publicações (-0,4%)

¾ EBITDA: 49,2 M€. Sem custos de reestruturação atingiu 54,2 M€, o que corresponde a um crescimento de 0,7% em relação a 2004.

¾ CUSTOS DE REESTRUTURAÇÃO: 5 M€.

¾ RESULTADOS OPERACIONAIS 40,3 M€, representando uma margem EBIT de 15,5%.

¾ REDUÇÃO DO PASSIVO: o passivo líquido remunerado ficou em 214,3 M€, fruto de uma redução superior a 30 M€, após a aquisição dos minoritários da SIC.

¾ LUCROS LÍQUIDOS: positivos em 22M€, um ganho de 27%. Sem custos de reestruturação os lucros atingiram 25,8 M€, correspondentes a um ganho de 42,4% em relação a 2004.

2. Principais acontecimentos em 2005

• Aquisição dos minoritários da SIC – Durante o 1º trimestre, a IMPRESA concluiu o processo de aquisição de 49% do capital social da SIC – Sociedade Independente de Comunicação, S.A., após obtenção das autorizações legalmente exigíveis.

Na sequência desta operação, a IMPRESA passou a deter 100% do capital social e idêntica percentagem de direitos de voto. A aquisição implicou um investimento de 152,5 M€, totalmente financiado por capitais alheios.

• DVD-Rom “2004 EM REVISTA” – Trata-se de uma edição da IMPRESA que contém os mais relevantes acontecimentos nacionais e internacionais do ano, registados em mais de 1500 videos, 1000 fotografias e 5000 artigos. No princípio do ano, foi distribuído gratuitamente com as publicações do Grupo mais de um milhão de exemplares. Fez-se também uma distribuição pelas escolas em Portugal e por vários institutos no estrangeiro.

• Relançamentos – A remodelação do “Autosport”, que aconteceu em Janeiro 2005, foi particularmente bem sucedida. Como resultado, as vendas de exemplares cresceram 20,1%.

• Novas publicações – Na primeira metade de 2005, a IMPRESA esteve particularmente activa no lançamento de novas publicações, nomeadamente:

o Revista infantil “Brinca e Aprende”

o Revista masculina “FHM”

o Revista de viagens “Rotas do Mundo”

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o Revista trimestral de decoração “Ideias – Casa Cláudia”

o Jornal “Courrier Internacional”, fruto de um acordo com o Grupo francês “Le Monde”

• Acordo com Mirandela – Através da sua participada Controljornal, a IMPRESA celebrou com a empresa gráfica Mirandela um contrato pelo qual esta adquire as acções representativas da totalidade do capital da Imprejornal, que se dedica à impressão de jornais, nomeadamente do “Expresso”. Por seu lado, a Mirandela obriga-se a concretizar um investimento em novos equipamentos, no sentido de melhorar a sua capacidade de impressão actual, nomeadamente em páginas de cor, de modo a que os principais cadernos daquele jornal possam ter quadricromia em todas as páginas.

• Negociações com Som Livre – A IMPRESA encetou negociações para adquirir a totalidade do capital da editora Som Livre – Som e Imagens, Lda., detido, em 90%, pela Globo Overseas Investments, BV. A Som Livre tem por objecto a concepção e composição de produtos fonográficos, sua comercialização e distribuição, edição musical, produção e comercialização de produtos vídeo e fonográficos.

• O filme mais visto – Estreado nas salas de cinema no último trimestre do ano, “O Crime do Padre Amaro” – co-produzido pela SIC – foi o filme português mais visto de sempre, ultrapassando a marca dos 366.000 espectadores.

• Novo recorde da SIC Notícias – A SIC Notícias conseguiu, pelo quinto ano consecutivo, aumentar o número de espectadores e o tempo médio de visionamento que, pela primeira vez, ultrapassou os 19 minutos diários.

• Líder de audiências online – Em 2005, a SIC Online foi líder de audiências no meio online entre os grupos de comunicação social portugueses, sendo o site de informação mais visitado e com maior número de utilizadores, com 669 mil visitantes.

3. Mercado Publicitário

Em 2005, o mercado da Publicidade não beneficiou de eventos relevantes, como o Rock In Rio, o Euro 2004 e as Olimpíadas, ocorridos no ano anterior. Por outro lado, o aumento do IVA, o debate sobre a dimensão do défice das contas públicas e o aumento da taxa de desemprego, arrefeceram as expectativas de crescimento do mercado nos mais diversos sectores da economia.

Outros factores, como o aumento do número lojas do formato hard discount e a consequente pressão sobre os preços, afectaram o mercado de produtos de grande consumo, o que provocou um impacto negativo importante sobre os anunciantes deste sector, que valem mais de 50% do investimento publicitário total em Televisão.

A estagnação do investimento publicitário foi apenas contrariada pelo sector das telecomunicações que emprestou alguma animação ao mercado, embora o volume de investimentos desta área de actividade não tenha sido suficiente para assegurar um crescimento significativo do mercado.

O crescimento global verificado de 2,0% acabou por ser completamente diluído, se se tiver em

consideração os valores da inflação e o facto de a televisão e a imprensa terem reduzido as

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Mercado Publicitário em 2005

2,2%

15,1%

0,8%

-4,0%

-1,0%

2,0%

35,1%

2,0%

T V Cabo Imprensa Radio Outdoor Cinema Internet T otal

Fonte: APAP/TempoOMD

Em valores absolutos, o mercado total de publicidade deve ter rondado 675 M€, cabendo à televisão 52,3% desse volume.

A televisão generalista concentrou 352 M€ de investimento, o que correspondeu a um crescimento de 2,2%.

O crescimento do mercado não se verificou em todos os segmentos, pois a rádio e a publi- cidade exterior registaram perdas. A imprensa subiu ligeiramente, com uma taxa de crescimento de 0,8%. A televisão por cabo manteve um elevado ritmo de crescimento (+15,1%) e já representa 3,9% do investimento publicitário total. A Internet continua a apresentar as maiores taxas de crescimento (+35,1%), mas ainda só representa 0,6% do investimento total.

Fonte: APAP/Tempo OMD

Estrutura do Mercado Publicitário - 2005

TV 52,3%

Cabo 3,9%

Imprensa 23,6%

Radio 6,4%

Outdoor 12,6%

Cinema 0,6%

Internet 0,6%

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4. Televisão

Tabela 2. Indicadores da SIC

Dez-05 Dez-04 var % 4ºTr 05 4ºTr 04 var %

(IAS) (IAS)

Receitas Totais 162.026.595 163.974.402 -1,2% 43.540.508 45.050.554 -3,4%

Publicidade 118.337.107 123.868.347 -4,5% 32.831.151 35.376.033 -7,2%

Canais Temáticos 31.145.296 29.204.282 6,6% 7.844.203 7.391.048 6,1%

Outras 12.544.192 9.453.463 32,7% 2.865.154 2.162.719 32,5%

Ajustes IAS 0 1.448.311 n.a. 0 120.756 n.a.

Custos Reestruturação 4.322.769 339.729 1172,4% 769.417 339.729 126,5%

Total custos s/Reest. 123.220.292 123.313.397 -0,1% 31.903.310 31.145.779 2,4%

EBITDA (recorrente)

38.806.303 40.661.005 -4,6% 11.637.199 13.904.776 -16,3%

EBITDA 34.483.534 40.321.276 -14,5% 10.867.782 13.565.047 -19,9%

EBITDA (%) 21,3% 24,6% 25,0% 30,1%

Lucros antes Impostos

26.445.307 28.698.041 -7,8% 9.203.202 11.684.045 -21,2%

Nota: Os Canais SIC englobam a SIC Notícias, SIC Radical, SIC Mulher, SIC Gold/Comédia, SIC Internacional e os subscritores internacionais da SIC Notícias.

No ano de 2005, a SIC atingiu um volume de negócios consolidado de 162 M€, o que representou um ligeiro decréscimo de 1,2% em relação a 2004. No 4º trimestre, e relativamente a igual período do ano anterior, a SIC registou um decréscimo de 3,4% nas suas receitas totais, devido à quebra de 4,5% nas receitas publicitárias, em consequência do desvio de 7% nas audiências em relação ao mesmo período do ano anterior.

Após 10 anos consecutivos na liderança, a SIC desceu para o 2º lugar, atingindo uma audiência média de 27,2%, inferior em dois pontos percentuais à média de 2004.

As receitas publicitárias líquidas representaram uma quota de mercado de 39,9% do investimento publicitário total em televisão aberta, contra 45,1%

da TVI e 15% da RTP.

A estratégia de diversificação continuou a dar os seus frutos. As outras receitas da SIC tiveram um aumento de 8,9% e já representaram 27% da facturação total, com um contributo importante em termos de margens e resultados, fazendo com que a SIC tenha obtido o seu 3º melhor ano de sempre em resultados, apesar do desvio nas audiências e do peso apreciável de custos com a reestruturação.

Evolução audiências T elevisão 2000 - 2005 (%)

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

2000 2001 2002 2003 2004 Jan-05

(7)

4.1. Programação da SIC

A menor competitividade das mais recentes novelas brasileiras, a ausência de transmissões de futebol e as apostas em conteúdos de “prime-time” menos apreciados pelo público consubstanciaram as principais razões para a descida das audiências.

Em 2005, a SIC manteve um perfil de programação que privilegiou os programas de humor e as telenovelas brasileiras. Continuaram os formatos humorísticos dos “Malucos do Riso”,

“Flagrante Delírio”, “K7 Pirata”, “Levanta-te e Ri” e “Maré Alta”, surgindo novas apostas como

“Os Jika da Lapa”, “Inimigo Público”, “Zero em comportamento”, “ Malucos na Arábia”,“Malucos na praia”, “Malucos & filhos” e “Camilo em sarilhos”.

No final de Setembro, a equipa da Direcção de Programas foi substituída. Sob a tutela da nova Direcção de Programas passaram a estar as Subdirecções de Entretenimento, Ficção e Marketing de Programas, SIC Multimédia, SIC Internacional e Direcção dos Canais Temáticos.

As primeiras medidas da nova direcção passaram pela remodelação do programa “SIC 10 Horas”, dando lugar ao “Fátima”, e pelo cancelamento do programa “Às 2 por 3”, que foi substituído pelo “Contacto” em Janeiro. O “Herman SIC” foi alvo de alterações de conteúdo com o intuito de o transformar num programa familiar.

A programação das telenovelas da Globo atingiu, em 2005, resultados de audiências abaixo do esperado. A novela “Senhora do Destino”, líder no “prime-time” no 1º trimestre, e o final da novela “América” foram excepções.

A programação matinal da SIC, de segunda a sexta-feira, a única dedicada ao público infantil, foi perdendo audiências ao longo do ano, com excepção da produção de novos episódios da série infanto-juvenil “Uma Aventura” que registou audiências interessantes. Por outro lado, a programação infantil do fim-de-semana continuou a conquistar a preferência do público mais jovem.

Manteve-se o melhor relacionamento com dois parceiros internacionais (Disney e a Dreamworks). Referências particulares são devidas às séries estrangeiras exibidas pela SIC que registaram níveis de audiência superiores à média da estação como é o caso do “CSI – Crime Sob Investigação”, “Donas de Casa Desesperadas” e os novos episódios de “Sexo e a Cidade”.

No âmbito da apresentação, 2005 ficou marcado pela confirmação de valores como os de Fátima Lopes, Nilton, Marco Horácio, Bruno Nogueira, Fernando Rocha, Nuno Graciano, Eduardo Madeira, Cláudia Semedo e Nuno Eiró.

A produção de mini-séries de ficção esteve em destaque durante 2005. A mini-série “Até

Amanhã Camaradas” marcou o regresso da SIC às grandes produções e foi exibida com

assinalável sucesso durante a primeira metade do ano. Mas o maior destaque de 2005 acabaria

por resultar de mais um projecto de apoio ao cinema português. Estreado nas salas de cinema

no último trimestre do ano, “O Crime do Padre Amaro” – co-produzido pela SIC – foi o filme

português mais visto de sempre, ultrapassando a marca dos 366.000 espectadores. O filme,

que revelou dois jovens actores – Soraia Chaves e Jorge Corrula – e contou com a participação

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de inúmeros profissionais da SIC como Rui Unas, Cláudia Semedo, Ana Marques e Rita Andrade, resultou ainda numa mini-série de 4 episódios a exibir durante o ano de 2006.

4.2. Informação na SIC

A informação da SIC manteve a sua linha editorial própria, assente nos princípios de independência e de rigor. Em todos os momentos decisivos, a nível nacional ou internacional, esteve presente e marcou muitas vezes a diferença, pela investigação, trazendo a público notícias em primeira-mão e promovendo o debate dos temas mais importantes.

Num ano caracterizado pela instabilidade política e pela recessão económica, a SIC salientou- se na cobertura dos principais eventos que influenciaram a vida dos portugueses.

No plano político, destaque para o trabalho desenvolvido no acompanhamento de dois actos eleitorais: legislativas antecipadas e autárquicas.

Na área da sociedade, a informação da SIC destacou-se na cobertura da seca que afectou o País, nos incêndios e nos casos mais importantes que marcaram a justiça portuguesa.

A morte de Álvaro Cunhal mereceu cobertura especial: além do funeral, que reuniu milhares de pessoas e que a estação acompanhou em directo, a SIC apresentou um documentário (divulgado também em DVD) sobre a vida e obra do ex-dirigente comunista.

A nível internacional, a morte do Papa João Paulo II e a escolha de Bento XVI foram dois dos grandes acontecimentos a que a SIC dedicou muitas horas de emissão. Equipas de jornalistas e meios técnicos acompanharam o acontecimento no Vaticano, em directo, ao longo de vários dias.

Em 2005, os repórteres da SIC estiveram em todos os palcos que influenciaram a marcha do mundo: nas eleições do Iraque; na retirada de Israel dos colonatos árabes; em Nova Orleães, destruída pelo furacão Katrina; em França, assolada pela violência urbana; em França e na Holanda, acompanhando os referendos à Constituição Europeia; nos países vítimas do tsunami.

A SIC foi a única estação que, com regularidade semanal, manteve a grande reportagem.

Alguns desses trabalhos viram a sua qualidade jornalística reconhecida:

• Prémio AMI – jornalismo contra a indiferença – reportagem “Filhos da Diferença”, de Pedro Coelho, Luís Pinto (imagem), Aristides Martins (edição de imagem), Paulo Alves (grafismo);

• Medalha de Ouro comemorativa do 50º aniversário da assinatura da Declaração Universal dos Direitos do Homem, atribuída pela AR à reportagem “Mulheres que amam de mais”, de Pedro Coelho, Luís Pinto (imagem) e Marco Carrasqueira (edição de imagem) e Paulo Alves (grafismo);

• Os pivots da SIC e da SIC Notícias, Ana Lourenço e João Adelino Faria, receberam o

Prémio “Fernando Balsinha”, de Melhores Apresentadores de Informação, atribuído pela

Casa da Imprensa.

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As audiências da informação diária e dos especiais de informação estiveram em linha com a média do canal: o Primeiro Jornal obteve uma audiência média de 29,2% e o Jornal da Noite de 26,5%.

A exemplo do ano anterior, 2005 ficou também marcado por um conjunto de iniciativas editoriais levadas a efeito em parceria com a “Visão” e com o “Expresso”. Além de reportagens produzidas pela mesma equipa para os diferentes meios, vários correspondentes e enviados especiais da SIC trabalharam simultaneamente para outras publicações do Grupo, tendo em muitos casos havido partilha de despesas e exposição das marcas (títulos) nos noticiários televisivos.

Merecem também registo alguns exemplos significativos do fortalecimento do espírito multi- média na IMPRESA: o trabalho dos grupos Newsplex; a edição conjunta do DVD-ROM 2004 em revista; a cobertura na Internet dos dois actos eleitorais pela SIC, “Expresso” e “Visão”.

4.3. Canais Temáticos e Internacional

As receitas geradas pelos canais temáticos e internacionais cresceram 6,6% em 2005, representando 19,3% da facturação total da SIC.

Na área dos canais temáticos, o ano de 2005 foi fortemente marcado pelo aparecimento de mais concorrência (Fox, Nickelodeon, SportTV2, Lusomundo Happy entre os mais de 15 canais estreados). Os canais temáticos da SIC continuaram a ter uma presença constante no top 10 da TV Cabo e representaram, em média, 24,8% das audiências totais dos canais temáticos do cabo durante 2005, ligeiramente inferior à média de 26,2% de 2004.

4.3.1. SIC Notícias

A SIC Notícias, já no quinto ano de actividade, manteve a liderança como o canal mais visto no universo dos temáticos, com uma audiência média de 13,5%, marcando a diferença face à

concorrência directa. Releve-se que este resultado foi conseguido num ano em que a oferta televisiva por cabo aumentou significativamente e a RTPN se apresentou como canal concorrente da SIC Notícias.

No universo total do cabo, a SIC Notícias terminou o ano de 2005 com 3,9% de audiência, reafirmando a sua posição de 4º canal nacional e man- tendo a diferença que o separava do canal 2:.

A SIC Notícias continuou a dar resposta aos acontecimentos nacionais e internacionais, alargou a sua oferta de programação, mantendo uma lógica de “quatro pilares informativos”: noticiários com recurso

Audiências no Cabo em 2005

2,7 3,5 3,6 3,6 4,1

4,3 5 5

7,2

13,5 7,5

MTV Disney RTPN Sport TV Hollywood AXN Panda

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crescente ao directo, programas de debate/entrevista, grandes reportagens nacionais/docu- mentários internacionais e uma política agressiva de eventos.

Mais importante para um canal de informação é o facto de a SIC Notícias ter conseguido, pelo quinto ano consecutivo, aumentar o número de espectadores e o tempo médio de visionamento que, pela primeira vez, ultrapassou os 19 minutos diários.

O canal manteve ainda a capacidade de alterar a sua grelha em função dos grandes acontecimentos nacionais e internacionais, o que acentuou a sua vocação para o serviço público. Tudo isto foi conseguido com grande rigor orçamental, apesar do quadro concorrencial ter sido mais competitivo.

4.3.2. SIC Radical

Nos canais de cabo, no escalão etário dos 15 aos 24 anos, a SIC Radical foi o mais visto em 2005, mantendo a liderança pelo 5º ano consecutivo. No universo dos canais cabo, a SIC Radical ocupou a 5ª posição dos canais mais vistos, com uma audiência média anual de 5%.

Mais uma vez a produção original portuguesa foi uma das prioridades do canal: estreou cinco programas, voltou à cobertura de Festivais de Verão e continuou a revelar novas promessas na apresentação televisiva.

Da produção estrangeira com mais sucesso destacaram-se as séries “Médicos e estagiários”,

“Vagabundos do espaço”, “South Park”, “Line of Fire”, “Jake 2.0” e “Dragon ball Z”. No âmbito do entretenimento, a SIC Radical transmitiu cerca de 200 horas de Wrestling, com cada vez mais sucesso de audiência.

4.3.3. SIC Mulher

A SIC Mulher ocupou a nona posição dos canais mais vistos da plataforma de cabo com uma audiência média de 3,6%. Nos canais de cabo, no target feminino dos 15 aos 44 anos, a SIC Mulher foi o 3º canal mais visto de 2005.

Em 2005, o perfil da estação centrou-se nas classes A/B/C1 (72,2%), assumidamente feminino (64,9%), no escalão etário dos 15 aos 44 anos (63,8%) e na zona da Grande Lisboa (55,7%).

A produção nacional do canal aumentou, em 2005, com magazines como “Magazine Mulher”,

“Querido, mudei a casa” e “Sorri.come” e novos talk-shows como “6Teen” e “Eles sobre Elas\Elas sobre Eles”.

Da produção estrangeira com maior sucesso destacaram-se as séries “O Sexo e a Cidade”, “A Promovida”, “As Manias de Stark” e “A Juíza”, as longas metragens dos principais estúdios norte-americanos e os talk-shows em estreia na televisão portuguesa “The Oprah Winfrey Show” e “Dr. Phil”.

4.3.4. SIC Comédia

A SIC Comédia foi o canal que apresentou mais dificuldades na estabilização de audiências,

tendo descido de 3,3% em 2004 para 2,7% em 2005.

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Este foi o ano em que a SIC Comédia fez os seus primeiros esforços na produção original portuguesa com 2 títulos: “O Quadrado das Bermudas” e “Os Prazeres do Diabo”. Da produção estrangeira com maior sucesso destacaram-se as séries “The Tonight Show with Jay Leno”,

“Late Night Show with Conan O’Brien”, “Seinfeld” e “Benson”.

4.3.5. SIC Internacional

Em 2005 a SIC Internacional reforçou a sua presença nos países onde já era distribuída – França, Suíça, Luxemburgo, EUA, Canadá, Angola, Moçambique, África do Sul e Brasil.

O pacote de canais distribuídos pela MultiChoice em Angola e Moçambique, que inclui a SIC Internacional e SIC Noticias, já atingiu 70 000 subscritores.

Na Austrália, a SIC Internacional passou a ser distribuída pela plataforma de satélite UBI World TV.

No Canadá, reforçou a presença na província do Ontário (Toronto) onde se concentra a maior comunidade portuguesa, através da distribuição do canal pela rede de cabo Cogeco (segunda maior rede de cabo canadiana). Também no Ontário, alargou a distribuição à rede de cabo Mountain Cable.

Prosseguindo a sua aposta de internacionalização, a SIC Internacional tem como objectivo para 2006 reforçar a distribuição nos territórios onde já está presente, nomeadamente em Africa, e a entrada em novos mercados na América do Sul e na Europa. Tem, ainda, como objectivo dinamizar as receitas publicitárias nos mercados angolano e brasileiro.

4.4. Outras Áreas de Negócio

As novas áreas de negócio continuaram a ganhar peso nas receitas totais da SIC, tendo crescido 32,7% até ao final de 2005, atingindo 12,5 M€. Para este crescimento muito contribuíram as receitas multimédia que no montante de 7,1 M€. Merecem realce as seguintes actividades:

4.4.1. SIC Online

Em 2005, a SIC foi líder de audiências no meio online entre os grupos de comunicação social portugueses, sendo o site de informação mais visitado e com maior número de utilizadores.

Entre os operadores de televisão, a SIC teve uma posição de líder inequívoca, com 669 mil

visitantes, mantendo uma larga vantagem sobre a concorrência. No segmento “Grupos de

Informação Portugueses” a concorrência foi ainda mais forte, mantendo, no entanto, uma

vantagem de cerca de 74 mil utilizadores comparativamente ao site do “Público”.

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Sites - Grupos de Media Utilizadores Únicos (000) - 2005 669

595

430

403

379

350 344 336

SIC Publico Expresso RTP DN CM TVI JN

Fonte: NetPanel/Marktest

A aposta em reforçar a qualidade dos conteúdos e melhorar a interacção com os utilizadores garantiu que a posição conseguida em 2004 fosse consolidada em 2005. O conjunto de acções preparadas tornaram a SIC Online mais consistente e a interactividade com os canais de televisão e outras plataformas (Mobile e Indoor) demonstraram a clara vontade de afirmação como um dos principais players do mercado.

4.4.2. SIC Portátil

A SIC Portátil reforçou a posição de liderança face aos competidores directos, tanto em quantidade de SMS’s – indicador que serve de referência para conseguir aferir o número de utilizadores – como em termos de diversidade de conteúdos e serviços. O tráfego em 2005 foi da ordem de um milhão de SMS´s por mês, contra 700.000 em 2004 e 300.000 em 2003.

As receitas obtidas de 5,7 M€ foram cerca de 90% superiores às registadas no ano anterior, sendo de destacar as seguintes iniciativas de interactividade:

• “Super Baú” - passatempo que cruza a programação da SIC ao nível dos conteúdos de entretenimento, que pode ser acompanhada 24 horas/dia no teletexto e na internet, registou participações muito elevadas dos espectadores, especialmente durante as telenovelas, transmitidas antes e durante o período de prime-time;

• Ring-tones de novelas e Herman SIC;

• “Árvore das Patacas” – passatempo, integrado nos programas “SIC 10 Horas” e “Às 2 por 3”;

• Passatempos IVR – oferta de cruzeiros ao Brasil e bilhetes para o espectáculo dos U2.

4.4.3. SIC Serviços

A boa performance da SIC Serviços, face a 2004, resultou essencialmente do aumento de 25,1% da facturação relativa a serviços prestados a terceiros, sendo de realçar:

• SportTV- Manutenção da relação comercial derivada do reconhecimento dos padrões de qualidade da SIC Serviços;

• DVDs – Diversificação do portfolio de serviços, com produção de três DVD’s;

(13)

• Produção – Aposta na linha de produção integral para televisão de programas, destacando-se:

o “A Gala Oficial da SuperLiga” para a SportTV o “Grande Prémio Histórico do Porto” para a Talento o “Boa Mesa” para a Edimpresa

A SIC Serviços começou a explorar o mercado dos institucionais, aproveitando o know-how adquirido no sector audiovisual. Sendo um dos mercados mais apetecíveis do meio audiovisual, a SIC Serviços começou a dar os primeiros passos com a produção de Spots Publicitários.

A boa qualidade dos serviços prestados confirmou-se pela preferência da parte de operadores internacionais, nomeadamente na montagem de operações especiais para a BBC, British Telecom, ARD, RAI, VTM, SNTV, RTL, Canal 9TVV, Lucky7even Entertainment e Parlamento Europeu.

4.4.4. SIC Indoor

Em 2005, a SIC Indoor viu as suas receitas crescerem 162% e obteve, pela primeira vez, cash- flow operacional positivo.

A modernização do projecto, que teve o seu arranque no início de 2005 com a assinatura do acordo com a Fujitsu, foi complementada com a aposta na criação de conteúdos específicos. A SIC Indoor iniciou um novo período em termos operacionais com a passagem de toda a manutenção técnica para as mãos da Fujitsu, de que se espera uma optimização de recursos a todos os níveis.

Foram, entretanto, estabelecidos acordos com as redes ibéricas de televisão corporativa das empresas Galp, Repsol e Cepsa, via DotOne e Active Media. Está ainda em curso a formalização de contratos com algumas empresas para as quais se fornecem conteúdos há alguns meses - CityChannel (hospitais) e Capital IT (Holmes Place).

Em 2006, continuará a desenvolver-se a presença através da abertura de novos Centros Comerciais Sonae – Seixal, Covilhã e Açores – o que reforçará a posição da SIC Indoor, em termos de oferta “corporate tv”, como um importante player na área da venda de conteúdos.

4.4.5. Outras Áreas

As restantes áreas apresentaram um crescimento apreciável, com excepção da venda de conteúdos, provocada pela perda dos contratos da TAP e CP. Em contrapartida, as receitas com o merchandising cresceram 16%. Para isso contribuíram as vendas de CD’s e o sucesso do lançamento do primeiro DVD da série “Gato Fedorento”, ocorrido no final de 2004. Para 2006, espera-se a continuação desta linha de negócio, com o novo DVD da série “Gato Fedorento” e o êxito comercial do filme “Crime do Padre Amaro”.

4.5. Indicadores Operacionais

Apesar do rápido crescimento das novas áreas de negócios, os custos operacionais

mantiveram-se sob um controlo apertado. Em 2005, o total dos custos operacionais da televisão

atingiram 127,5 M€, o que representa uma subida de apenas 3,1% em relação a 2004. No

(14)

entanto, sem considerar os custos com reestruturação efectuada, os custos totais apresentaram uma descida de 0,1%.

Os custos com reestruturação atingiram o montante de 4,3 M€, devido principalmente à rescisão de contratos com pessoal. No final de 2005, o pessoal ao serviço das empresas do universo SIC fixava-se em 618, contra 627 no final de 2004. De referir, também, que os custos com pessoal, devidamente controlados, apresentaram uma descida de 6,5% em relação a 2004.

A principal fatia dos custos operacionais, no montante de 72 M€, refere-se à programação dos 6 canais da SIC, que apenas subiram 0,8%.

Os outros custos subiram 5,3%, porque estão relacionados principalmente com o aumento das receitas das outras áreas, nomeadamente SMS’s. Por outro lado, registou-se uma descida nos custos de transmissão em cerca de 8,5% durante 2005.

A evolução negativa das receitas de publicidade e os custos de reestruturação levaram à contracção das margens EBITDA e à sua descida em termos absolutos. Em 2005, o EBITDA desceu 14,5% para 34,4 M€, o que representou uma margem de 21,3%. Sem se considerar os custos de reestruturação, essa descida teria sido de 4,6%, e a margem de 23,9%. De realçar, pela primeira vez, uma contribuição positiva de todos os negócios do universo SIC.

Em 2005, a SIC teve uma significativa melhoria do balanço. O passivo líquido remunerado desceu de 19,4 M€ para 11 M€ no final de 2005, apesar da distribuição de dividendos e do pagamento dos direitos do Mundial de Futebol de 2006. Durante o ano continuou a política de utilização dos programas em existências, tendo-se terminado o ano com 26,8 M€ em inventário.

Dois anos após ter regressado aos resultados positivos, a SIC atingiu, em 2005, lucros antes de impostos de 26,0 M€, menos 9,1% do que em 2004. No entanto, ajustando os custos com reestruturação, os resultados seriam de 30,3 M€, o que representaria um aumento de 5,6% em relação aos registados em 2004.

5. Jornais

Tabela 3. Indicadores dos Jornais

Dez-05 Dez-04 var % 4ºTr 05 4ºTr 04 var %

(IAS) (IAS)

Receitas Totais 60.974.889 56.523.084 7,9% 17.240.005 16.838.754 2,4%

Publicidade 38.083.478 36.173.685 5,3% 11.565.786 10.829.245 6,8%

Venda Publicações 15.299.385 15.451.693 -1,0% 3.339.963 3.636.722 -8,2%

Outras 7.592.026 4.897.706 55,0% 2.334.256 2.372.787 -1,6%

EBITDA (recorrente) 13.499.485 12.778.161 5,6% 4.595.712 3.948.108 16,4%

EBITDA 12.999.346 12.179.358 6,7% 4.257.501 3.933.911 8,2%

EBITDA (%) 21,3% 21,5% 24,7% 23,4%

Lucros antes Impostos

11.041.996 9.515.780 16,0% 3.909.055 3.538.490 10,5%

(15)

As receitas totais desta área cresceram 7,9%, atingindo 60,9 M€. De registar o bom comportamento do 4º trimestre, em que as receitas totais aumentaram 2,4%, comparadas com igual período de 2004.

As receitas publicitárias cresceram 5,3%, representando 62,4% das receitas totais. No 4º trimestre, estas receitas aumentaram 6,8% em termos homólogos. A maioria das publicações apresentou crescimento das receitas de publicidade, com excepção do “Blitz” e “Jornal da Região”. O “Expresso” continuou a ser o responsável pela maioria das receitas de publicidade com um crescimento de 4%, acompanhado pelo contributo da “SurfPortugal” (+14,0%) e

“AutoSport “(+8,0%) e do recém-lançado “Courrier Internacional”.

As receitas com as vendas de circulação desceram 1%, com quebras de vendas por parte do

“Expresso” e “Blitz”, que não foram compensadas pelas subidas do “AutosSport” e

“SurfPortugal” e pelo lançamento, em Abril, do jornal “Courrier Internacional”. O “AutoSport” foi alvo de uma profunda remodelação no início do ano, que proporcionou um aumento de vendas na ordem dos 20%. As vendas de publicações representaram 24,9% das receitas totais.

Por outro lado, a aposta em produtos associados continuou a ter um assinalável sucesso. Estas receitas representaram 12,3% do total e cresceram 55,0% em 2005, depois de já terem subido 50,6% em 2004. Para este crescimento muito contribuiu o sucesso de vendas de alguns produtos distribuídos principalmente com o “Expresso” e “AutoSport”, como:

• Colecção de 20 “Grandes Compositores”;

• Lançamento do “Dom Quixote de La Mancha” de Cervantes, com ilustrações de Júlio Pomar, em 10 volumes;

• Colecção de 12 Livros/CD´s das Fábulas de La Fontaine para crianças;

• Guia “Boa Cama e Boa Mesa” de 2005.

• Anuário Expresso 2005.

• Colecção de Banda Desenhada do “Michel Vailant”, em 15 volumes, com o “AutoSport”

• Colecção de 5 DVD’s de “Jeremy Clarkson”, com o “Autosport”

Em 2005, registou-se um desenvolvimento significativo na área da Internet. No que respeita a conteúdos, lançou-se o site “Expresso Africa” e, simultaneamente ao relançamento do jornal, renovou-se profundamente o site do “AutoSport”.

Nos classificados, após o sucesso do site dedicado ao emprego, www.expressoemprego.pt, lançou-se o site dedicado ao imobiliário em Junho 2005. Resultado duma parceria com a Multivector, o site www.expressoimobilário.pt é o domínio do maior portal profissional dedicado ao imobiliário em Portugal. No 4º trimestre, lançou-se o “AutoSport” classificados, no jornal e no site www.classificados.autosport.pt. Para 2006, estão planeados novos desenvolvimentos nesta área.

Em 2005, concretizou-se a reorganização da sub-holding Impresa Jornais, que culminou o

processo de concentração da área dos jornais, passando a gestão desta área a efectuar-se de

uma forma completamente integrada. Esta integração vai permitir potenciar o desenvolvimento

das várias publicações, nas versões em papel e na Internet, com aumento da rentabilidade

deste segmento.

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5.1. Sojornal – “Expresso”

O jornal “Expresso” registou um total de receitas de 52,6 M€, o que representou um crescimento de 7,3% em relação a 2004.

As receitas publicitárias cresceram 4,0%, com destaque para a área de classificados, nomeadamente dos cadernos “Emprego” e “Espaço & Casas”, que aumentaram 10,5%.

Também de salientar o crescimento, da ordem dos 50%, registado pela área de Internet.

A nível da circulação, verificou-se uma quebra de cerca de 4%, o que acontece pelo terceiro ano consecutivo. As vendas do Expresso rondaram 126 mil exemplares.

Em termos de audiências, de acordo com relatório Bareme Imprensa, houve uma subida para 7,9 %, na 3ª vaga, contra 7,6% na 1ª vaga.

Finalmente, apraz registar o comportamento das receitas das várias iniciativas editoriais mencionadas, que representaram cerca de 10% das vendas totais. Em 2005, promoveram-se iniciativas em 50 edições, tendo mesmo havido mais do que uma iniciativa em algumas delas.

Em 2005, procedeu-se à renovação da Direcção editorial do jornal, prelúdio de uma profunda remodelação gráfica e editorial que irá ocorrer até ao final de 2006.

A Sojornal, editora do “Expresso”, obteve um resultado antes de impostos de 11,9 M€, ultrapassando em 40% o resultado obtido em 2004.

5.2. Publiregiões – “Jornal da Região”

O “Jornal da Região” atingiu um volume de receitas de 2,1 M€, apresentando um decréscimo de 5,5%. Parte desta descida deveu-se ao menor número de edições semanais publicadas durante 2005, devido ao encerramento de algumas edições ocorridas ao longo de 2004.

O mercado dos jornais gratuitos em 2005 foi marcado por um aumento da concorrência com o lançamento de 2 novos produtos, o “Metro” e o “Destak”, para além dos já existentes de cadeias de distribuição alimentar.

Para fazer face a este aumento da concorrência, procedeu-se a um relançamento com renovação editorial e gráfica do jornal, introdução de novas secções e novos colaboradores mais mediáticos e uma campanha de comunicação no final de Setembro.

O “Jornal da Região”, publicado em 6 edições – Lisboa, Oeiras, Cascais, Sintra, Amadora e Almada – representa no seu conjunto uma tiragem semanal de, aproximadamente, 210.000 exemplares.

A evolução dos resultados operacional e antes de impostos foi prejudicada pela campanha de

relançamento. Deste modo, os resultados antes de impostos passaram de -282 mil euros, em

2004, para -345 mil euros no final de 2005.

(17)

5.3 Medipress – “AutoSport” e “Blitz”

Como consequência da aquisição, pela Controljornal, do capital da Mediger, procedeu-se, em 2005, à fusão por incorporação desta empresa, proprietária do título “Autosport”, na sociedade Medipress, proprietária do título “Blitz”.

Em termos comerciais, o ano de 2005 registou comportamentos diferenciados em relação aos dois títulos da Medipress:

• A profunda remodelação do “Autosport”, que aconteceu em Janeiro 2005, foi particularmente bem sucedida. Como resultado, as receitas totais atingiram 1,95 M€, o que corresponde a uma subida de 22%. A venda de exemplares cresceu 20,1%, as receitas de publicidade subiram 8% e as vendas de produtos de marketing alternativo decuplicaram. Próximo do fim do ano implementou-se a estratégia multiplataforma de classificados através do site “AutoSport” Classificados (www.classificados.autosport.pt) bem como da mesma secção no jornal.

• Em relação ao “Blitz”, as receitas totais desceram 20% para 0,9 M€, verificando-se uma quebra da circulação paga, das receitas de publicidade e, sobretudo, das vendas de produtos associados. No final do ano deram-se os primeiros passos para uma alteração editorial que culminará com o relançamento do jornal, previsto para o próximo mês de Abril.

Os resultados antes de impostos da Medipress situaram-se em 278 mil euros, aumentando significativamente em relação a 2004. Para isso contribuiu o crescimento verificado nas vendas do “Autosport” e a racionalização de custos resultante das sinergias da fusão, invertendo-se a tendência verificada até 2004.

5.4. Publisurf – “SurfPortugal”

A “Surf” conseguiu um bom desempenho neste segmento, com as receitas a atingirem o valor de 345 mil euros, representando um crescimento de 18%. As receitas de publicidade aumentaram cerca de 14% e as vendas em banca 10%.

Para este bom desempenho, de realçar a oferta de produtos que potenciaram as vendas de circulação, o lançamento de duas edições da revista “Snowmotion” para desportos de Inverno e a distribuição da revista no Brasil. Os resultados antes de impostos da “SurfPortugal” foram de 19,2 mil euros

5.5. Interjornal – “Courrier Internacional”

Através de acordo efectuado com o grupo “Le Monde”, proprietário do “Courrier International”, foi possível obter o licenciamento desta importante marca de referência no jornalismo mundial, lançando-se assim a edição portuguesa daquele título.

O início da actividade operacional ocorreu durante o mês de Abril. As receitas, abrangendo

apenas o período de Abril a Dezembro, foram de 672 mil euros, correspondentes a vendas

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médias por edição de 5.900 exemplares. De destacar o aumento gradual de assinantes que, no final do exercício, se situava em 1200. As vendas de publicidade atingiram o valor de 214 mil euros.

Como consequência, em grande parte, da campanha de lançamento, os resultados antes de impostos foram negativos em 900 mil euros.

5.6. Imprejornal

Não obstante a Imprejornal ter fidelizado a maioria da sua carteira de clientes e captado alguns novos de pequena dimensão, a estagnação do mercado afectou a actividade da empresa, o que se traduziu numa quebra dos proveitos e resultados relativamente a 2004.

Em 2005, a facturação de serviços atingiu o montante de 4 M€, ou seja, um decréscimo de 7,5% versus o ano anterior, e o EBITDA apurado foi de 918 mil euros, o que significou um decréscimo de 20% face a 2004.

Durante este exercício, os investimentos foram muito reduzidos, pois privilegiou-se a contenção de custos não essenciais, baseada no controlo muito rigoroso das necessidades da empresa.

A empresa procedeu, durante o exercício em apreço, à amortização total do empréstimo contraído, no montante de 4,75 M€, deixando de apresentar qualquer endividamento bancário no seu balanço.

Em 2005, a IMPRESA celebrou um contrato com a gráfica Mirandela, pelo qual esta adquirirá a totalidade do capital da Imprejornal. No âmbito desde acordo, a Mirandela investirá em novos equipamentos para possibilitar o aumento da capacidade de impressão de páginas de cor, o que permitirá a edição dos principais cadernos do jornal “Expresso” totalmente em quadricromia. Esta operação deverá ser concluída na segunda metade de 2006.

5.7. Evolução dos custos operacionais

Os custos operacionais deste segmento subiram 8,7%. As principais razões deste aumento foram o grande crescimento das vendas de produtos associados, os custos de lançamento do

“Courrier Internacional” e os custos do relançamento do “Jornal da Região”.

Os custos com pessoal, principal custo fixo, desceram 1,8%. Registaram-se ainda custos de reestruturação no montante de 500 mil euros, no seguimento de indemnizações com rescisões de contratos, principalmente no jornal Expresso.

A evolução das receitas e dos custos permitiu alcançar uma margem EBITDA de 21,3%, o que representou 12,9 M€ sem custos de reestruturação e um ganho de 5,6% em relação a 2004.

Os resultados antes de impostos atingiram os 11 M€, o que corresponde a um aumento de 16%

em relação ao final de 2004.

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6. Revistas

Tabela 4. Indicadores Revistas

Dez-05 Dez-04 var % 4ºTr 05 4ºTr 04 var %

(IAS) (IAS)

Receitas Totais 40.907.599 38.775.878 5,5% 10.035.573 10.917.321 -8,1%

Publicidade 16.315.191 15.889.048 2,7% 4.876.539 4.761.072 2,4%

Venda Publicações 19.936.121 19.918.851 0,1% 4.259.704 4.788.928 -11,1%

Outras 4.656.287 2.967.979 56,9% 899.331 1.367.322 -34,2%

EBITDA Ajustado (1) 4.546.597 3.916.026 16,1% 1.853.272 1.437.116 29,0%

EBITDA 4.147.923 4.154.926 -0,2% 1.454.598 1.467.985 -0,9%

EBITDA (%) 10,1% 10,7% 14,5% 13,4%

Lucros antes Impostos

3.160.360 2.615.800 20,8% 1.257.683 1.154.416 8,9%

Nota: Os valores na tabela acima referem-se a 50% dos valores registados pela EDIMPRESA e reflectem a participação da IMPRESA. (1) Valores ajustados dos custos com reestruturação e da alteração do regime contratual do Edifício S.Francisco Sales.

A Edimpresa é a empresa responsável pela área de revistas, participada em 50% pela IMPRESA, e que publica cerca de 40 títulos próprios e para terceiros.

O mercado, onde a Edimpresa se insere, continuou a ser bastante concorrencial, com lançamentos de novas publicações e intensificação de acções comerciais que envolveram a oferta de brindes e vendas de produtos de marketing alternativo em quase todos os segmentos de revistas.

As receitas totais da Edimpresa aumentaram 5,5%, atingindo 40,9 M€. O crescimento das receitas foi impulsionado pela grande subida na venda dos produtos alternativos, com as receitas de publicidade e vendas de publicações a apresentarem aumentos modestos. No 4º trimestre verificou-se uma quebra de 8,1% da facturação total, devido principalmente ao menor número de iniciativas de produtos alternativos e menos receitas de vendas de revistas.

As vendas de publicações, que apenas cresceram 0,1%, representaram a maior percentagem das receitas totais, com 48,6% da facturação. A evolução desta rubrica foi penalizada pelo fecho de publicações durante 2004 e 2005, nomeadamente, a “Doze” e “Executive Digest”, mas foi compensada pelos lançamentos efectuados durante 2005.

Para esta performance das vendas, as principais revistas tiveram um comportamento misto. Por um lado, de realçar os ganhos de circulação por parte da “Exame”, das revistas de decoração

“Casa Cláudia” e “Caras Decoração”, da “Cosmopolitan”, da “Turbo” e do “Jornal de Letras”. Por outro lado, registaram-se ligeiras quedas da “Activa”, “Caras”, “Exame Informática”,

“Telenovelas”, “TV Mais” e “Visão”. As maiores descidas verificaram-se, contudo, na “Super Interessante”, “Auto Guia” e no segmento das revistas juvenis, com este último a sofrer uma quebra de facturação de 20%.

Apesar do meio envolvente desfavorável, a Edimpresa melhorou os resultados e consolidou

quotas de mercado na maioria dos segmentos, como se pode constatar no quadro seguinte:

(20)

Tabela 5. Quotas de mercado nos principais segmentos

Quodo

Segmentos Publicações Jan-Set 2005 Jan-Set 2004

Automóveis Turbo 36,5% 32,4%

Negócios Exame 40,2% 26,4%

Decoração Casa Cláudia 18,5% 17,0%

Decoração Caras Decoração 22,1% 21,5%

News magazine Visão 32,5% 35,8%

Mensais femininas Activa 20,4% 21,8%

Semanais femininas Telenovelas 24,3% 22,3%

Sociedade Caras 25,1% 23,0%

Informática Ex. Informática 46,0% 45,2%

Masculinas FHM 26,1% --

Fonte: APCT

A Edimpresa continuou a apostar no aumento da carteira de assinantes, que cresceu 11% em relação a 2004. No conjunto das suas publicações detém o maior número de assinantes em Portugal. No seguimento dessa estratégia, de destacar o contributo das novas publicações (“FHM” e “Rotas do Mundo”), o aumento de 20% por parte da revista “Exame” e aumento da

“Visão”, que ultrapassou 42 mil assinantes no final de 2005, o que a torna na revista semanal com maior número de assinantes em Portugal.

Prosseguindo a estratégia do lançamento de novos títulos, o ano de 2005 foi particularmente activo, com o aparecimento de novas publicações:

• Em Fevereiro, a revista infantil “Brinca e Aprende”.

• Em Março, a revista masculina “FHM”, que foi o maior lançamento efectuado pela Edimpresa nos últimos anos. O resultado foi positivo, com a “FHM” a lutar pela liderança do segmento desde o primeiro número, o que lhe valeu terminar o ano de 2005 como a 10ª revista em facturação total, do universo Edimpresa.

• Em Abril, a revista de viagens “Rotas do Mundo”, que teve uma excelente aceitação ao nível de assinaturas.

• E em Junho, a “Ideias – Casa Cláudia”, uma nova forma de abordagem do mercado da decoração, numa publicação trimestral.

• Ao nível de projectos de solidariedade social, de destacar o lançamento da edição mensal da “Visão” para invisuais “Visão Braille”.

As receitas de publicidade, em 2005, representaram cerca de 40% da facturação da Edimpresa, registando um crescimento global de 2,7%, numa conjuntura difícil. Mesmo no 4º trimestre, com todas as adversidades, as receitas subiram 2,4%.

Uma das áreas que registou ganhos importantes durante o ano foi a do lançamento de produtos

associados, que representaram quase 11,5% da facturação e cresceram 56,9% em relação a

2004. No 4º trimestre, as receitas com os produtos associados desceram 34,2%, devido

principalmente ao menor número de iniciativas.

(21)

Os principais lançamentos foram:

• Colecção “Caras” Fátima Lopes – Copos de Cristal

• Colecção “Visão” Todos os Fados

• Colecção Livros Pintura “Visão”

• Colecção Pulseiras “TV Mais”

• Coletes Reflectores

• Colecção Património + “Rotas do Mundo “

• Produtos Caras de Verão

Em 2005, os custos operacionais apresentaram uma subida de 6,2%, principalmente impulsionados pela grande subida nas vendas de produtos associados, e respectivas campanhas de promoção, e pelos custos com os lançamentos das 4 novas publicações.

Registou-se um aumento dos custos com reestruturação, que atingiu 199 mil euros, cerca do dobro do registado em 2004. Por outro lado, os custos com pessoal mantiveram-se controlados, com um aumento de apenas 1%.

O aumento substancial do peso do negócio dos produtos associados, em conjunto com os custos dos lançamentos das novas publicações, penalizou a evolução do EBITDA. Também a transferência da posição contratual do edifício S. Francisco de Sales para a Office Share, no inicio de 2005, prejudica a comparação, visto que o leasing financeiro foi substituído por uma renda operacional. O impacto no EBITDA foi de 448 mil euros, mas sem efeitos ao nível das margens do segmento e do consolidado. O EBITDA atingido foi de 4,1 M€, o que representa uma margem de 10,1%, mas, ajustado da transferência do edifício, teria subido 16,1% para 4,55 M€.

Por fim, os resultados antes de impostos apresentaram um crescimento de 20,8%, ao atingirem 3,1 M€ no final do ano.

Em 2006, a Edimpresa vai continuar a privilegiar o lançamento de novas publicações, entrando em segmentos onde não está presente e que assegurem um potencial de rentabilidade acima da média.

7. Outras Participações

Para além dos segmentos atrás identificados, existem no Grupo IMPRESA empresas que são consolidadas pelo método da equivalência patrimonial, nomeadamente a Vasp e a Lusa, e outras empresas instrumentais do Grupo como a Office-Share.

7.1. VASP

Em 2005, a Vasp, sociedade em que a IMPRESA detém 33,33% do capital, teve o segundo ano completo de exploração após o processo de concentração com a Deltapress. A facturação total atingiu 262,5 M€, o que representou uma descida de 3% em relação a 2004. O EBITDA atingiu 2,9 M€.

Esta evolução fez com que a VASP tivesse uma quebra dos resultados líquidos de 1,3 M€

registados no final de 2004, para 1,1 M€.

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7.2. LUSA

A Lusa, onde a IMPRESA detém uma participação de 22,35%, continuou em 2005 a gerar resultados positivos, em consequência do plano de reestruturação implementado nos últimos 2 anos. Terminou o ano com resultados líquidos de 1,8 M€.

7.3. Office-Share

2005 foi o segundo ano completo de operações da Office-Share. Esta empresa, constituída em 2003 e detida em 50% pela IMPRESA em parceria com a Edipress, é uma unidade de serviços partilhados para os segmentos de jornais e revistas. Actualmente, a Office-Share concentra os departamentos Financeiro, de Informática, de Recursos Humanos e de Compras, e conta com 60 empregados.

O ano de 2005 foi caracterizado por várias mudanças na organização e a implementação de vários projectos que irão ter um impacto positivo a médio prazo. Das principais medidas tomadas, são de destacar:

• Início da implementação do projecto ERP/Oracle, com arranque operacional em Fevereiro de 2006.

• Implementação de sistema de acessos e segurança no edifício.

• Aquisições centralizadas de equipamento informático para jornais e revistas.

• Fornecimento de serviços financeiros à nova empresa Interjornal, editora do título

“Courrier Internacional”, e às novas revistas da Edimpresa, “FHM” e “Rotas do Mundo”.

• Apoio ao desenvolvimento de sistema editorial para revistas.

• Implementação de plataformas para pagamentos on-line.

Em 2006, iniciar-se-ão a consolidação e a harmonização de processos financeiros, devido à existência de uma plataforma informática comum para os clientes de revistas e jornais, e o arranque do processo de desmaterialização de documentos. A implementação destes processos irá proporcionar ganhos de produtividade e sinergias nos próximos anos.

8. Análise das Contas consolidadas

Em 2005, a IMPRESA apresenta contas consolidadas e por segmentos de acordo com as regras IFRS. Para efeitos de comparação são apresentadas contas pró-forma de 2004, que foram ajustadas para as novas regras contabilísticas.

A IMPRESA atingiu, em 2005, receitas consolidadas de 261,2 M€, o que representou uma subida de 1,9% em relação a 2004. Este aumento das receitas deveu-se, principalmente, ao forte crescimento das outras receitas, fruto da política de diversificação seguida nos últimos anos. As principais evoluções foram as seguintes:

• Receitas publicitárias desceram 1,8%

(23)

• Receitas de vendas de publicações registaram um ligeiro decréscimo de 0,4%

• Receitas geradas pelos canais temáticos subiram 6,6%

• Vendas de produtos alternativos subiram 55,7%

• Receitas da área de multimédia cresceram 45,0%

• Restantes receitas subiram 17,9%.

Em 2005, a IMPRESA registou uma subida de 4,2% nos custos operacionais consolidados. No en- tanto, sem a contabilização dos custos de reestruturação, o au- mento dos custos teria sido de 2,3%. No 4º trimestre, os custos operacionais desceram 3,9% em termos homólogos, tendo como base os valores ajustados. A evo- lução dos custos estava rela- cionada com o rápido crescimento dos produtos associados e com outros custos não recorrentes, o lançamento de novas publicações, cujo maior impacto se verificou no 1º semestre. Os custos com pessoal desceram 1,5%, apesar dos custos de reestruturação.

Os custos de reestruturação atingiram 5 M€, contra 1 M€ em 2004. A maioria destes custos, cerca de 4,3 M€ verificou-se na SIC, no seguimento da reorganização efectuada na área da programação. Nos jornais estes custos atingiram 0,5 M€ e na área das revistas 0,2 M€.

O EBITDA consolidado registou um valor de 49,2 M€. Se ajustarmos os custos de reestruturação, o EBITDA seria de 54,2 M€, superior em 3,4% ao verificado no final de 2004. A margem EBITDA ajustada foi de 20,8%, sensivelmente idêntica à registada em 2004.

Os resultados operacionais (EBIT) foram de 40,4 M€. Se ajustarmos dos custos com reestruturação, teriam atingido 45,4 M€, representando um crescimento de 6,3% em relação aos valores ajustados de 2004. A margem operacional ajustada foi de 17,3%.

Após obtenção das aprovações necessárias, concluiu-se a aquisição dos 49% do capital da SIC, o que representou um investimento de 152,5 M€, totalmente financiado por uma linha de crédito de médio e longo prazo.

A aquisição dos minoritários da SIC implicou o aumento do passivo líquido remunerado de 92,2 M€, que se registava no final de 2004, para 244,7 M€ no início de 2005. No final de 2005, o passivo líquido situou-se nos 214,3 M€, o que significou uma redução de 30,4 M€ durante o ano. O esforço de redução do passivo foi penalizado pelo pagamento dos direitos do Mundial de Futebol de 2006, efectuado em Dezembro de 2005, mas reflecte o elevado nível de cash-flow livre gerado pelas participadas do Grupo IMPRESA durante 2005.

IMPRESA Receitas 2005 por tipo

Outros 2,0%

Multimedia Alternativos 2,8%

4,6%

Publicidade 65,4%

Canais 11,8%

Publicações 13,4%

(24)

Tabela 5. IMPRESA Demonstração Consolidada 2005

Dez-05 Dez-04 Var % 4º Tr 05 4º Tr 04 Var %

(IAS) (IAS)

Receitas Consolidadas 261.253.625 256.264.888 1,9% 69.607.897 71.917.504 -3,2%

Televisão 162.026.595 163.974.403 -1,2% 43.540.508 44.738.974 -2,7%

Jornais 60.974.889 56.523.084 7,9% 17.240.005 16.838.754 2,4%

Revistas 40.907.599 38.775.878 5,5% 10.035.573 10.917.321 -8,1%

Inter-segmentos -2.655.459 -3.008.477 -11,7% -1.208.189 -577.545 109,2%

Custos Operacionais 212.036.243 203.470.509 4,2% 53.473.677 54.351.461 -1,6%

Custos Reestruturação 5.022.245 1.043.082 381,5% 1.306.965 56.770 2202,2%

Custos Operacionais (recorrentes) 207.013.998 202.427.427 2,3% 52.166.712 54.294.692 -3,9%

Total EBITDA (recorrente) 54.239.626 53.837.461 0,7% 17.441.186 17.622.812 -1,0%

Margem EBITDA 20,8% 21,0% 25,1% 24,5%

Total EBITDA 49.217.381 52.794.379 -6,8% 16.134.221 17.566.043 -8,2%

Margem EBITDA 18,8% 20,6% 23,2% 24,4%

Televisão 34.483.534 40.121.277 -14,1% 10.867.782 13.365.048 -18,7%

Jornais 12.999.346 12.397.379 4,9% 4.257.501 4.151.932 2,5%

Revistas 4.147.923 4.154.926 -0,2% 1.454.598 1.467.985 -0,9%

Holding Ajustamentos -2.413.422 -3.879.203 -37,8% -445.660 -1.418.922 -68,6%

Amortizações (-) 8.819.104 11.188.109 -21,2% 2.112.371 2.240.338 -5,7%

EBIT 40.398.277 41.606.270 -2,9% 14.021.850 15.325.705 -8,5%

Margem EBIT 15,5% 16,2% 20,1% 21,3%

Res. Financeiros(-) 9.524.183 5.724.499 66,4% 2.609.014 970.817 168,7%

Res. Antes Imp.e Minoritários 30.874.094 35.881.771 -14,0% 11.412.836 14.354.888 -20,5%

Imposto (IRC)(-) 7.235.834 7.508.639 -3,6% 2.634.359 3.338.642 -21,1%

Interesses Minoritários(-) 1.630.630 11.043.469 -85,2% 559.699 4.271.791 -86,9%

Res. Líq. Cons.(recorrente) 25.852.832 18.154.469 42,4% 9.224.063 6.788.021 35,9%

Res. Líquido Consolidado 22.007.629 17.329.663 27,0% 8.218.776 6.744.455 21,9%

Os resultados financeiros negativos aumentaram 66,4%, em relação a 2004, atingindo 9,5 M€,

consequência do aumento dos encargos financeiros com o endividamento para a aquisição dos

minoritários da SIC, da redução dos ganhos cambiais e do menor contributo das empresas

associadas, nomeadamente a VASP e Lusa, que em 2005 atingiu 640 mil euros, o que

representou uma redução em relação aos valores obtidos no ano anterior, aproximadamente 1

M€.

(25)

O ano de 2005 foi também marcado pelo aumento dos investimentos, que em 2004 tinham atingido o montante de 4,5 M€. Em 2005 arrancou o plano de desenvolvimento estratégico da SIC, que irá permitir que, até 2007, a estação passe a trabalhar todos os seus conteúdos no formato digital. Este investimento vai, também, permitir ganhos de produtividade e partilhar conteúdos num ambiente multi-plataforma.

No âmbito da Office-Share, procedeu-se ao investimento num novo ERP, que entrou em funcionamento em Fevereiro 2006. No total do Grupo, o volume de investimentos em 2005 atingiu 8,1 M€.

Apesar do aumento do passivo com a aquisição dos minoritários da SIC, a melhor rentabilidade permitiu aumentar os fundos próprios, tendo-se obtido um rácio de autonomia financeira de 30,3% no final do ano. A cobertura do passivo líquido pelo cash-flow operacional situa-se nos 4,3x.

A IMPRESA obteve em 2005 os melhores resultados de sempre, apesar dos elevados custos de reestruturação e da conjuntura difícil que levou à perda de quota de mercado em certas áreas. Os resultados líquidos atingiram 22 M€, o que representou um ganho de 27,3% em relação aos resultados de 2004, de acordo com a norma IAS. No entanto, sem se considerar os custos de reestruturação, os resultados líquidos subiriam 43%, para 25,9 M€.

9. Recursos Humanos

No que respeita aos recursos humanos do grupo IMPRESA, em 2005, o número de efectivos, 1.443 trabalhadores, foi ligeiramente inferior ao do final de 2004. Os trabalhadores do sexo feminino representaram 43% do total. A média de idade do total de trabalhadores situou-se nos 38 anos.

Em 2005, prosseguiu a partilha de informação entre as Direcções de Recursos Humanos do Grupo IMPRESA iniciada no ano anterior, nomeadamente ao nível da Formação, para alinhamento de estratégias e de procedimentos, procurando convergir numa política comum dentro do Grupo.

O Plano de Formação de 2005 para as empresas do grupo IMPRESA foi elaborado com base no levantamento de necessidades realizado junto de todas as empresas e estabeleceu objectivos quanto a áreas a formar, horas de formação e número de acções.

Tabela 6. Formação Quadro comparativo 2004 e 2005

2004 2005

Horas de Formação 15.055 26.546

Nº de Formandos 301 539

Os vários programas de formação resultaram em mais de 26.000 horas de formação e

abrangeram mais de 500 indivíduos, representando aumentos da ordem dos 70% em relação

aos valores atingidos em 2004.

(26)

Durante o ano, continuaram e arrancaram vários programas específicos de formação e desenvolvimento, nomeadamente:

• Nova realização do projecto de formação Newsplex em jornalismo multimédia e

convergência de meios e conteúdos, iniciativa conjunta da Edimpresa, da SIC e da IMPRESA Jornais. Este projecto teve uma importante acção de formação durante 2005, com cursos na Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, acompanhada de acções de formação interna em multimédia.

• Para além da acção de formação Newsplex, foi relevante o início da formação Adplexing, na

qual participaram elementos das várias Direcções Comerciais do grupo IMPRESA

• Prosseguimento, também na área editorial, e de forma transversal a todo o Grupo, do

projecto Editoriais do Futuro. Esta acção visa melhorar as competências de gestão de responsáveis editoriais, tendo em conta os novos desafios que as empresas de media enfrentam.

• Participação de quatro jornalistas e dois repórteres de imagem numa formação organizada e

oferecida pela Escola de Fuzileiros da Marinha de Guerra Portuguesa designada Estágio para Repórteres em Ambiente de Conflito, onde durante uma semana se treinaram e simularam situações de risco. Nesta acção participaram jornalistas da SIC, do Expresso e da Visão.

• Lançamento do segundo grupo do projecto de formação em gestão aos Jovens de Elevado

Potencial, na qual participam elementos com menos de 35 anos de diversas áreas, para quem são organizadas acções específicas de desenvolvimento de talento e de novas competências.

• Realização do curso Managing for Shareholder Value, pela Emedes/INSEAD, numa acção

dirigida aos Administradores Executivos, Directores Gerais e directores de primeira linha das empresas operacionais, com o objectivo de consolidar e actualizar conhecimentos de gestão.

O quadro seguinte caracteriza o perfil dos trabalhadores do Grupo IMPRESA, em 31 de Dezembro de 2005.

Tabela 7. Recursos Humanos em 2005

Televisão Revistas Jornais Outros Total

2005 2005 2005 2005 2005

Nº Trabalhadores 618 453 305 67 1.443

Masculino 367 244 181 43 835

Feminino 251 209 124 24 608

Nível etário (anos) 36 38 43 43 38

Habilitações

Superior 343 213 126 19 701

Secundário 174 194 114 37 519

Outros 101 46 65 11 223

Pessoas Envolvidas em acções específicas de desenvolvimento de talento

14 10 12 5 41

Managing for Shareholder Value 8 5 7 4 24

Editoriais de Futuro 2 2 3 0 7

Jovens de elevado Potencial 4 3 2 1 10

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