• Nenhum resultado encontrado

Administração de Recursos Materiais - Armazenagem. Prof. Ronaldo Fonseca. 1 de 46 Prof.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Administração de Recursos Materiais - Armazenagem. Prof. Ronaldo Fonseca. 1 de 46 Prof."

Copied!
46
0
0

Texto

(1)

Administração de Recursos Materiais - Armazenagem

Prof. Ronaldo Fonseca

(2)

Sumário

SUMÁRIO ... 2

1. REVISÃO ... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 2.PANORAMA DA AULA ... 4

3. ALMOXARIFADO ... 4

3.1 OBJETIVOS DO ALMOXARIFADO ... 4

3.2 EFICIÊNCIA, ORGANIZAÇÃO E CONTROLE DO ALMOXARIFADO ... 5

3.3 PERFIL DO ALMOXARIFE ... 6

3.4 OBJETIVOS DA ARMAZENAGEM ... 6

3.5 FASES DA ARMAZENAGEM ... 7

4. RECEBIMENTO DE MATERIAIS ... 7

4.1 NOTA FISCAL ... 8

4.2 ENTRADA DA MATERIAIS ... 8

4.3 CONFERÊNCIA DE MATERIAIS ... 8

4.4 REGULARIZAÇÃO DE MATERIAIS ... 10

4.4.1 DOCUMENTOS ENVOLVIDOS NA REGULARIZAÇÃO ... 10

4.4.2 PROCESSAMENTO ... 11

4.4.3 DEVOLUÇÃO AO FORNECEDOR ... 11

5. CUSTOS NA FUNÇÃO ARMAZENAGEM ... 16

6. CRITÉRIOS DE ARMAZENAGEM ... 16

7. TÉCNICAS DE ARMAZENAGEM ... 18

7.1 CARGA UNITÁRIA OU UNITIZADA ... 19

7.2 CAIXAS OU GAVETAS ... 20

7.3 PRATELEIRAS ... 21

7.4 RAQUES ... 21

7.5 EMPILHAMENTO ... 22

7.6 CONTÊINER FLEXÍVEL ... 22

8. ARRANJO FÍSICO (LEIAUTE) ... 27

8.1 LEIAUTE DE PROCESSO ... 28

8.2 LEIAUTE DE PRODUTO ... 28

8.3 LEIAUTE ESTACIONÁRIO ... 28

8.4 LEIAUTE CELULAR ... 29

9. LOCALIZAÇÃO DE MATERIAIS ... 31

9.1 SISTEMA DE ESTOCAGEM FIXO ... 32

(3)

9.2 SISTEMA DE ESTOCAGEM LIVRE ... 32

10. EMBALAGENS DE PROTEÇÃO ... 32

11. DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAIS ... 35

12. MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS ... 36

13. NORMAS DE ARMAZENAGEM NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ... 38

LISTA DE QUESTÕES ... 41

(4)

2.Panorama da Aula

Olá pessoal, tudo bem? Que bom revê-los novamente!

Na aula de hoje conversaremos sobre:

Recebimento e Armazenagem;

Entrada e Conferência;

Objetivos da Armazenagem;

Critérios e Técnicas de armazenamento;

Arranjo Físico (leiaute);

Localização de Materiais;

Embalagens de Proteção;

Movimentação e Distribuição de Materiais

Normas de armazenagem na Administração Pública.

3. Almoxarifado

Antes de falarmos sobre recebimento e armazenagem, vamos entender um pouco sobre o que é, como funciona e quais os objetivos de um almoxarifado. É nele, no almoxarifado, que tudo acontece.

Almoxarifado é o órgão que recebe e estoca os materiais necessários para as operações da empresa, predominantemente as matérias-primas necessárias para o processo produtivo. O almoxarifado recebe os materiais adquiridos dos fornecedores externos por meio de negociação pelo órgão de compras.

O órgão de compras libera a chegada dos materiais comprados para a entrada no almoxarifado somente após a aprovação pelo órgão de Controle de Qualidade. A seguir, os materiais são imediatamente classificados e armazenados no almoxarifado, e ficam ali, aguardando serem requisitados pelas diversas seções por requisição de materiais.

A requisição de materiais deve atender a três finalidades:

1. Autorizar a saída de materiais do almoxarifado;

2. Proceder ao respectivo lançamento de saída de material na ficha de estoque;

3. Ajudar no cálculo do custo de produção.

3.1 Objetivos do Almoxarifado

Impedir divergências de inventário e perdas de qualquer natureza é o objetivo primordial de qualquer almoxarifado, o qual deve possuir condições para assegurar que o material adequado, na quantidade devida, estará no local certo, quando necessário, por meio da armazenagem de materiais, de acordo com normas adequadas, objetivando resguardar, além da preservação da qualidade, as exatas quantidades. Para cumprir sua

(5)

finalidade, o Almoxarifado deverá possuir instalações adequadas, bem como recursos de movimentação e distribuição suficientes a um atendimento rápido e eficiente.

Rotinas rigorosas para a retirada dos produtos no Almoxarifado preservarão os materiais armazenados, protegendo-os contra furtos e desperdícios. A autoridade para a retirada do estoque deve estar definida com clareza e somente pessoas autorizadas poderão exercer essa atribuição. Depositar materiais no Almoxarifado é o mesmo que depositar dinheiro em banco. Seu objetivo é claro: proteger.

Almoxarifado e depósito constituem os dois extremos do processo produtivo. O primeiro proporciona os insumos – as matérias-primas necessárias à produção -, enquanto o segundo recebe os resultados do processo produtivo – os produtos acabados – e os disponibiliza rumo aos clientes. Em outras palavras, o almoxarifado cuida das matérias-primas no início da produção, enquanto o depósito cuida dos produtos acabados no final da produção.

3.2 Eficiência, Organização e Controle do Almoxarifado

ü EFICIÊNCIA DO ALMOXARIFADO

A eficiência de um Almoxarifado depende fundamentalmente:

a) Da redução das distâncias internas percorridas pela carga e do consequente aumento das viagens de ida e volta;

b) Do aumento do tamanho médio das unidades armazenadas;

c) Da melhor utilização de sua capacidade volumétrica.

ü ORGANIZAÇÃO DO ALMOXARIFADO

a) Receber para guarda e proteção os materiais adquiridos pela empresa;

b) Entregar os materiais mediante requisições autorizadas aos usuários da empresa;

c) Manter atualizados os registros necessários.

ü CONTROLE DO ALMOXARIFADO

O controle dos estoques depende de um sistema eficiente, o qual deve fornecer, a qualquer momento, as quantidades que se encontram à disposição e onde estão localizadas, as compras em processo de recebimento, as devoluções ao fornecedor e as compras recebidas e aceitas.

Para agilização das atividades, o controle, em particular das funções referentes ao Almoxarifado, deve fazer parte do conjunto de atribuições de cada setor envolvido, qual seja, recebimento, armazenagem e distribuição.

Atividades básicas na gestão de almoxarifados

(6)

3.3 Perfil do Almoxarife

As atividades de armazenagem exigem muito mais do que o simples manuseio dos materiais. Requerem funcionários habilitados. O exame, a identificação, o registro e o armazenamento são processos para os quais é necessário o envolvimento de funcionários adequados.

Podemos comparar os almoxarifados a verdadeiros estabelecimentos bancários onde os materiais ficam em custódia, resguardados e a salvo. É necessário que seja dispensada toda atenção na seleção do pessoal auxiliar para ali trabalhar, pois o material humano escolhido deve possuir alto grau de sentimento de honestidade, o que faz com que os requisitos principais de um bom funcionário sejam lealdade, confiança e disciplina.

Somente a título de curiosidade, a etimologia da palavra almoxarife é de origem árabe: “al muxarif” (= o ilustre, inspetor, nobre, intendente, honrado).

3.4 Objetivos da Armazenagem

O objetivo primordial do armazenamento é utilizar o espaço nas três dimensões, da maneira mais eficiente possível, assim como manter o ambiente adequado à conservação dos produtos (instalações limpas, longe de umidade e na temperatura ideal). As instalações do armazém devem proporcionar a movimentação rápida e fácil de suprimentos desde o recebimento até a expedição. As estratégias de utilização dos diferentes tipos de unidades de armazenagem dependem dos objetivos organizacionais. Assim, alguns cuidados essenciais devem ser observados:

a) Determinação do local;

b) Definição adequada do layout;

c) Definição de uma política de preservação, com embalagens plenamente convenientes aos materiais;

d) Ordem, arrumação e limpeza, de forma constante;

e) Segurança patrimonial, contra furtos, incêndio, etc.

Ao se otimizar a armazenagem, obtém-se:

a) Máxima utilização do espaço (ocupação do espaço);

b) Efetiva utilização dos recursos disponíveis (mão-de-obra e equipamentos);

c) Pronto acesso a todos os itens (seletividade);

d) Máxima proteção aos itens estocados;

e) Boa organização;

(7)

f) Satisfação das necessidades dos clientes.

3.5 Fases da Armazenagem

Considerando que a armazenagem dos materiais no Almoxarifado obedece a cuidados especiais, que devem ser definidos no sistema de instalação e no layout adotado, proporcionando condições físicas que preservem a qualidade dos materiais, objetivando a ocupação plena do edifício e a ordenação da arrumação. Compreende as fases da armazenagem dos materiais:

Verificação das condições de recebimento do material;

Identificação do material;

Guarda na localização adotada;

Informação da localização física de guarda;

Verificação periódica das condições de proteção e armazenamento;

Separação para distribuição.

4. Recebimento de Materiais

A atividade “Recebimento” é a etapa intermediária entre as tarefas de compra e pagamento ao fornecedor, sendo de sua responsabilidade a conferência dos materiais destinados à empresa. Nesse contexto, aparece como fiel avaliador de que os materiais desembaraçados correspondam efetivamente às necessidades da empresa. Suas atribuições básicas são:

a. Coordenar e controlar as atividades de Recebimento e devolução de materiais;

b. Analisar a documentação recebida, verificando se a compra está autorizada;

c. Confrontar os volumes declarados na Nota Fiscal e no Manifesto de Transporte com os volumes a serem efetivamente recebidos;

d. Proceder a conferência visual, verificando condições de embalagem quanto a possíveis avarias na carga transportada e, se for o caso, apontando as ressalvas de praxe nos respectivos documentos;

e. Proceder a conferência quantitativa e qualitativa dos materiais recebidos;

f. Decidir pela recusa, aceite ou devolução, conforme o caso;

g. Providenciar a regularização da recusa, devolução ou da liberação de pagamento ao fornecedor;

h. Liberar o material desembaraçado para estoque no almoxarifado.

A análise do Fluxo de Recebimento de Materiais permite dividir a função em quatro fases:

1ª fase: entrada de materiais;

2ª fase: conferência quantitativa;

3ª fase: conferência qualitativa;

4ª fase: regularização.

(8)

4.1 Nota Fiscal

Trata-se de documento, emitido pelo fornecedor quando da aquisição de materiais, para notificação ao fisco dos impostos a seguir: (a) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); (b) Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS); e (c) imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS), a serem recolhidos na venda de mercadorias, prestando-se também para seu transporte, durante o trajeto do estabelecimento vendedor até seu destinatário comprador.

A Nota Fiscal não tem valor como instrumento de cobrança, ficando essa função para outros documentos, como a Fatura, a Duplicata e a Nota Fiscal Fatura.

Canhoto da Nota Fiscal: campo destinado ao protocolo de Recebimento das mercadorias pelo destinatário, dele fazendo parte a data do Recebimento e identificação e assinatura do recebedor.

Por meio dessas informações é que se desenvolverá essencialmente o processo de Recebimento, que analisaremos a seguir.

4.2 Entrada da Materiais

A primeira fase, corresponde à entrada de materiais, representa o início do processo de Recebimento, tendo como propósito efetuar a recepção dos veículos transportadores, proceder à triagem da documentação suporte do Recebimento, encaminhá-los para descarga e efetuar o cadastramento dos dados pertinentes para o sistema.

Os materiais adquiridos são passíveis de dupla recepção, diferenciados em momentos ou locais distintos:

Na portaria da empresa: a recepção efetuada na portaria da empresa sofre critérios de conferência primária de documentação que objetiva identificar, constatar e providenciar, conforme o caso, se a compra, objeto da Nota Fiscal em análise, está autorizada pela empresa; se a compra devidamente autorizada tem programação prevista, estando no prazo de entrega contratual; se o número do documento de compra consta na Nota Fiscal; cadastramento das informações referentes a compras autorizadas, para as quais se inicia o processo de Recebimento.

No almoxarifado: a recepção do material, para efeito de descarga e acesso ao Almoxarifado está voltada para conferência de volumes, confrontando-se Nota Fiscal do fornecedor com os respectivos registros e controles de compra. Nesse contexto, a aceitação fica condicionada à posterior conferência de quantidade e qualidade, condição essa que, implementada pela empresa compradora, deve estar explícita nas condições de Licitação e nos termos da Contratação, bem como também adotar-se carimbo padronizado para atestar o Recebimento mediante tal critério nos canhotos das Notas Fiscais.

4.3 Conferência de Materiais

Conferência quantitativa é a atividade que verifica se a quantidade declarada pelo fornecedor na Nota Fiscal corresponde à efetivamente recebida, portanto, típica de contagem.

Aqui temos a conferência por acusação, no qual o conferente aponta a quantidade recebida, desconhecendo a quantidade faturada pelo fornecedor, conhecido como o princípio da “contagem cega”. Nesse modelo, não há ainda a conferência quantitativa propriamente dita, uma vez que não é possível confrontar as informações com a

(9)

nota fiscal (ressalto aqui que esse é um posicionamento do CESPE). As demais bancas consideram a conferência por acusação também uma conferência quantitativa). Mas porque estou colocando a posição do CESPE e de outras bancas aqui? Porque isso pode mudar, infelizmente, ao bel prazer de nossas queridas bancas examinadoras.

A confrontação do recebido versus faturado (conferência quantitativa, efetivamente) é efetuada posteriormente, por meio do Regularizador que analisa as distorções detectadas e providencia recontagem, a fim de se dirimir as dúvidas constatadas.

Resumindo:

Conferência por acusação (contagem cega): o conferente conta, mas não sabe a quantidade que está na nota fiscal. Logo, não consegue fazer a verificação entre a quantidade de itens declarada pelo fornecedor na nota fiscal e a efetivamente recebida.

Conferência quantitativa: conferente (ou regularizador) conta, mas sabe a quantidade que está na nota.

Logo, consegue fazer a verificação entre a quantidade de itens declarada pelo fornecedor na nota fiscal e a efetivamente recebida.

Tem material que não é tão fácil de conferir. Imagine a fábrica da Glock. Ela precisa de três molas para cada pistola produzida. Só para o Governo de SP, em 2019, eles venderam 40.000 armas como essa abaixo. Ora, são 120.ooo molas. Se somar toda a produção, são milhões de molas

compradas anualmente pela Glock.

Onde você quer chegar, Ronaldo? Quero te mostrar que seria difícil contar e conferir todas as molas que entram na fábrica de armas. Nesse caso, a fábrica da Glock poderia usar balanças contadoras e pesadoras. Elas podem ser utilizadas dar mais precisão na verificação quantitativa de insumos com alto volume de pequenas peças, como pregos, parafusos, molas, etc...

Para os procedimentos de Recebimento é importante a metodologia do desconhecimento da quantidade faturada pelo funcionário que vai efetuar a contagem. Nesse procedimento, o Conferente aponta a quantidade contada no formulário Conferência de Quantidade, documento este preparado pelo Regularizador.

Não obstante a qualidade sempre ter sido considerada como fator de importância, nem sempre se achou importante ter qualidade. Atualmente, qualidade é questão de sobrevivência, pois em face do nível de exigência do mercado consumidor, as empresas passaram a melhorar os níveis de qualidade de seus produtos a fim de se ajustar à nova realidade conjuntural, visto que o desempenho dos produtos dependerá fundamentalmente da qualidade dos materiais comprados.

O recebimento dos materiais, além de sofrer critérios de conferência quantitativa, também sofre os critérios de conferência qualitativa, atividade também conhecida como Inspeção Técnica, da mais alta importância no contexto de recebimento de materiais, uma vez que visa garantir a adequação do material ao fim a que se destina.

A inspeção tem como objetivo determinar se um produto deve ser aprovado ou rejeitado, levando-se em consideração os padrões de qualidade estabelecidos. Segundo Marco Aurélio P. Dias, em se tratando de matéria- prima, a inspeção é realizada quando se recebe o material; existem situações em que o inspetor vai à fábrica do

(10)

fornecedor para fazer a liberação, que nesse caso, nem sempre é econômica ou interessante, no sentido de evitar refugos ou problemas de produção. De qualquer modo, deve sempre existir inspeção na recepção, por mais simples que seja, identificação dos materiais recebidos, condições e quantidade.

A análise de quantidade efetuada pela inspeção técnica, por meio da confrontação das condições contratadas na Autorização de Fornecimento com as consignadas na Nota Fiscal pelo fornecedor, visa garantir o recebimento adequado do material contratado pelo exame dos seguintes itens:

a. Características dimensionais;

b. Características específicas;

c. Restrições de especificação.

4.4 Regularização de Materiais

A atividade de regularizar caracteriza-se pelo controle do processo de recebimento, pela confirmação da conferência qualitativa e quantitativa, por meio do laudo de Inspeção Técnica e da confrontação quantidades conferidas versus faturadas, respectivamente, para decisão de aceitar ou recusar, e, finalmente, pelo encerramento do processo.

Os procedimentos básicos para regularização do recebimento de materiais podem ser sumarizados nas seguintes fases:

1. Documentos envolvidos na Regularização;

2. Processamento;

3. Devolução ao Fornecedor.

4.4.1 Documentos Envolvidos na Regularização

Os procedimentos de Regularização, visando à confrontação de dados e objetivando decisões, como, por exemplo, recontagem e aceite ou não de quantidades remetidas em excesso pelo Fornecedor, envolvem os seguintes documentos:

a. Nota Fiscal;

b. Conhecimento de transporte rodoviário de carga;

c. Documento de contagem efetuada;

d. Parecer da Inspeção, contido no Relatório Técnico de Inspeção;

e. Especificação da compra;

f. Catálogos técnicos;

g. Desenhos.

(11)

4.4.2 Processamento

O material liberado deverá ser processado mediante o documento Comunicação de Recebimento.

O processamento do documento Comunicação de Recebimento em pauta, conforme o caso, dará origem a uma das seguintes situações:

a. Liberação de pagamento ao fornecedor, em se tratando de material recebido sem ressalvas;

b. Liberação parcial de pagamento ao fornecedor;

c. Devolução de material ao fornecedor;

d. Reclamação de falta ao fornecedor;

e. Entrada do material no estoque.

A regularização processar-se-á por meio da documentação nos vários segmentos do Sistema de Recebimento. Se, após essa fase, quando da conferência, nenhuma irregularidade se constatar, encaminham-se os materiais ao Almoxarifado, os quais são incluídos no estoque contábil e físico, identificados mediante seu código na localização conveniente e determinada, sendo armazenados com os cuidados adequados.

4.4.3 Devolução ao Fornecedor

Quando constatada irregularidade insanável, providencia-se a devolução de materiais com defeito e/ou em excesso ao fornecedor, acompanhados de Nota Fiscal de Devolução, emitida pela empresa compradora.

Deve-se atentar para o prazo decadencial das devoluções que é de 10 dias, a contar do recebimento. Expirado esse prazo e não devolvida a mercadoria, o fornecedor poderá executar a duplicata caso não seja paga em seu vencimento.

Independentemente da devolução por ocasião do recebimento, pode, eventualmente ocorrer devolução ao fornecedor mesmo após tal operação e consequente pagamento. Caso seja detectado que a falha ocorreu por deficiência da matéria-prima, como não cumprimento à especificação metalúrgica, o fornecedor será acionado para, em primeiro plano, repor o material em questão e, em seguida, se for o caso, ressarcir os prejuízos causados.

As reclamações e/ou devoluções de material, qualquer que seja o motivo, independentemente de providências fiscais, deverão ser devidamente esclarecidas ao fornecedor envolvido por meio do documento Comunicação de Divergência.

Os motivos mais frequentes são:

1. Reclamação, envolvendo casos de quantidade física diferente da faturada, por meio das seguintes situações:

a. Diferença de peso a maior;

b. Diferença de quantidade a menor.

2. Devolução ao fornecedor, envolvendo problemas de qualidade ou quantidades maiores que as compradas, por meio das seguintes situações:

a. Embalagem em desacordo com a especificação;

(12)

b. Material recebido com avarias;

c. Material recebido diferente do solicitado;

d. Diferença de peso a maior;

e. Diferença de quantidade a maior;

f. Material já fornecido anteriormente.

Questões para treinar!

1. (CESPE – 2019 – PGE-PE – ASSISTENTE DE PROCURADORIA)

No que se refere à conferência no recebimento de materiais e armazenagem, julgue o item seguinte.

Balanças contadoras pesadoras conferem maior precisão à verificação quantitativa de insumos que envolvam grande quantidade de pequenas peças como parafusos.

Comentários: Perfeito. Essa é uma forma de ganhar agilidade e mais precisão para a conferência de grandes quantidades de pequenas peças como molas, parafusos, pregos e afins. Imagine uma montadora de automóveis tendo que conferir o recebimento de milhões de parafusos que são utilizados para montar seus carros.

Gabarito: Certa.

2. (CESPE – 2018 – EBSERH – ANALISTA ADMINISTRATIVO)

A verificação das informações constantes na nota fiscal, também considerada como recebimento provisório, faz parte da etapa de entrada de materiais em um setor de armazenagem.

Comentários: A atividade “Recebimento” intermedeia as tarefas de compra e pagamento ao fornecedor, sendo de sua responsabilidade a conferência dos materiais destinados à empresa. Suas atribuições básicas são:

A. Coordenar e controlar as atividades de Recebimento e devolução de materiais;

B. Analisar a documentação recebida, verificando se a compra está autorizada;

C. Confrontar os volumes declarados na Nota Fiscal e no Manifesto de Transporte com os volumes a serem efetivamente recebidos;

D. Proceder a conferência visual, verificando condições de embalagem quanto a possíveis avarias na carga transportada e, se for o caso, apontando as ressalvas de praxe nos respectivos documentos;

E. Proceder a conferência quantitativa e qualitativa dos materiais recebidos;

F. Decidir pela recusa, aceite ou devolução, conforme o caso;

G. Providenciar a regularização da recusa, devolução ou da liberação de pagamento ao fornecedor;

H. Liberar o material desembaraçado para estoque no almoxarifado.

Gabarito: Certa.

3. (CESPE – 2018 – EBSERH – ANALISTA ADMINISTRATIVO)

A verificação das especificações técnicas de medicamentos entregues em um hospital caracteriza-se como etapa de conferência quantitativa de materiais.

(13)

Comentários: O recebimento dos materiais, além de sofrer critérios de conferência quantitativa, também sofre os critérios de conferência qualitativa, atividade também conhecida como Inspeção Técnica, da mais alta importância no contexto de recebimento de materiais, uma vez que visa garantir a adequação do material ao fim a que se destina. A inspeção tem como objetivo determinar se um produto deve ser aprovado ou rejeitado, levando-se em consideração os padrões de qualidade estabelecidos.

Gabarito: Errada.

4. (CESPE – 2018 – TCE – PB – AGENTE DE DOCUMENTAÇÃO – ADAPTADA)

Um almoxarife recebeu uma encomenda de parafusos e, tendo detectado avarias na embalagem, teve dúvidas sobre a integridade do conteúdo.

Nessa situação, o material deve ser rejeitado com base na inspeção visual.

Comentários: conferência visual, consiste em verificar condições de embalagem quanto a possíveis avarias na carga transportada e, se for o caso, apontando as ressalvas de praxe nos respectivos documentos.

Gabarito: Certa.

5. (CESPE – 2018 – EBSERH – ANALISTA ADMINISTRATIVO)

Manter estoques de medicamentos em ambientes com temperatura adequada à conservação é um dos objetivos da armazenagem.

Comentários: O objetivo primordial do armazenamento é utilizar o espaço nas três dimensões, da maneira mais eficiente possível, assim como manter o ambiente adequado à conservação dos produtos (instalações limpas, longe de umidade e na temperatura ideal).

Gabarito: Certa.

6. (CESPE – 2017 – TRF 1ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVO)

Cabe ao almoxarifado receber e abrigar os materiais adquiridos, utilizar a requisição para a entrega de materiais, adequar os espaços às especificidades demandadas e ser flexível na rotina de retirada dos produtos.

Comentários: A questão estava indo bem ao afirmar que “cabe ao almoxarifado receber e abrigar os materiais adquiridos, utilizar a requisição para a entrega de materiais e adequar os espaços às especificidades demandadas.

Contudo, a retirada dos produtos deve ser rígida, controlada.

Gabarito: Errada.

7. (CESPE – 2016 – DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO)

O responsável pelo recebimento de mercadorias, no ato da entrega, deverá inspecionar os produtos, verificar se as notas fiscais estão de acordo com os pedidos bem como avaliar se os lançamentos contábeis foram feitos corretamente.

Comentários: Inspecionar os produtos recebidos, verificar se as notas fiscais estão de acordo com os pedidos feitos, ok. Já avaliar se os lançamentos contábeis foram feitos corretamente cabe ao setor de contabilidade e não ao responsável pelo recebimento.

Gabarito: Errada.

(14)

8. (CESPE – 2015 – TRE/GO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA)

Com relação a controle de estoques, de recebimento e armazenagem de materiais, julgue o item subsequente.

O procedimento sequencial correto de um almoxarifado consiste em: armazenagem, distribuição e recebimento.

Comentários: Essa foi fácil, não é mesmo?

A sequência correta é: recebimento, armazenagem e distribuição.

Gabarito: Errada

9. (CESPE – 2014 – ICMBIO – ANALISTA ADMINISTRATIVO)

O recebimento de materiais deve ser dividido nas seguintes etapas: entrada de materiais, conferência quantitativa, conferência qualitativa e regularização.

Comentários: A análise do Fluxo de Recebimento de Materiais permite dividir a função em quatro fases:

1ª fase: entrada de materiais;

2ª fase: conferência quantitativa;

3ª fase: conferência qualitativa;

4ª fase: regularização.

Gabarito: Certa

10. (CESPE – 2014 – CADE – AGENTE ADMINISTRATIVO)

A efetividade da atividade de recebimento, intermediária às atividades de compra e de pagamento aos fornecedores, implica a realização de adequados procedimentos de conferência da quantidade de bens recebidos, entre os quais se inclui a conferência por acusação, técnica que permite ao conferente efetuar a contagem dos bens recebidos com base nas quantidades informadas pelo fornecedor na nota fiscal.

Comentários: A conferência quantitativa é a atividade que verifica se a quantidade declarada pelo fornecedor na Nota Fiscal corresponde à efetivamente recebida, portanto, típica de contagem, devendo-se optar por um modelo de conferência por acusação, no qual o conferente aponta a quantidade recebida, desconhecendo a quantidade faturada pelo fornecedor, conhecido como o princípio da “contagem cega”. A confrontação do recebido versus faturado é efetuada posteriormente, por meio do Regularizador que analisa as distorções detectadas e providencia recontagem, a fim de se dirimir as dúvidas constatadas.

Gabarito: Errada

11. (CESPE – 2014 – CADE – AGENTE ADMINISTRATIVO)

A avaliação da qualidade dos materiais recebidos é fundamental para a garantia de fornecimento de serviços e produtos adequados. Um dos procedimentos empregados para a avaliação da qualidade dos materiais é a inspeção, realizada tanto no ambiente do fornecedor quanto no do comprador.

Comentários: O recebimento dos materiais, além de sofrer critérios de conferência quantitativa, também sofre os critérios de conferência qualitativa, atividade também conhecida como Inspeção Técnica, da mais alta importância no contexto de recebimento de materiais, uma vez que visa garantir a adequação do material ao fim a que se destina.

(15)

Gabarito: Certa

12. (CESPE – 2014 – POLÍCIA FEDERAL – ADMINISTRADOR)

Além de ser um documento de auxílio à conferência de materiais, a nota fiscal também é válida como instrumento de cobrança.

Comentários: Equivocada a afirmação da banca, não é mesmo? Como vimos acima, a Nota Fiscal não tem valor como instrumento de cobrança, ficando essa função para outros documentos, como a Fatura, a Duplicata e a Nota Fiscal Fatura.

Gabarito: Errada

13. (CESPE – 2013 – MPU – TÉCNICO – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO)

A inspeção deverá ocorrer na fábrica do fornecedor, e não no ato da recepção da mercadoria, se o item em questão for matéria-prima.

Comentários: A inspeção tem como objetivo determinar se um produto deve ser aprovado ou rejeitado, levando- se em consideração os padrões de qualidade estabelecidos. Segundo Marco Aurélio P. Dias, em se tratando de matéria-prima, a inspeção é realizada quando se recebe o material; existem situações em que o inspetor vai à fábrica do fornecedor para fazer a liberação, que nesse caso, nem sempre é econômica ou interessante, no sentido de evitar refugos ou problemas de produção. De qualquer modo, deve sempre existir inspeção na recepção, por mais simples que seja, identificação dos materiais recebidos, condições e quantidade.

O erro da questão está em afirmar que a inspeção deverá ocorrer na fábrica do fornecedor.

Gabarito: Errada.

14. (CESPE – 2012 – CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA LEGISLATIVO) Com relação a recebimento e armazenagem, julgue o próximo item.

A conferência por acusação, também conhecida como contagem cega, não possibilita a verificação, preconizada na conferência quantitativa, da correspondência entre a quantidade de objetos declarada pelo fornecedor na nota fiscal e a efetivamente recebida.

Comentários: Na conferência por acusação (contagem cega): o conferente conta mas não sabe a quantidade que está na nota fiscal. Logo, não consegue fazer a verificação entre a quantidade de itens declarada pelo fornecedor na nota fiscal e a efetivamente recebida.

Gabarito: Certa

15. (CESPE – 2010 – MPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO)

As estratégias de utilização dos diferentes tipos de unidades de armazenagem independem dos objetivos organizacionais.

Comentários: As estratégias de utilização dos diferentes tipos de unidades de armazenagem independem dos objetivos organizacionais.

Gabarito: Errada

(16)

5. Custos na Função Armazenagem

Entre os tipos de custos que afetam de perto a rentabilidade, é o custo decorrente da estocagem e armazenamento dos materiais que, sem dúvida nenhuma, merece muita atenção.

Esses custos incluem todas as despesas que a empresa incorre em função do volume de estoque mantido. À medida que o estoque aumenta, aumentam também esses custos, que dependem de variáveis como:

a) Quantidade em estoque;

b) Tempo de permanência no estoque;

c) Mão-de-obra utilizada;

d) Encargos sociais;

e) Custos indiretos (luz, força, seguro e outras despesas);

f) Depreciação;

g) Seguros, entre outros.

Todos esses custos podem ser agrupados nas seguintes modalidades:

1. Custos de Capital: englobam por exemplo juros e depreciação;

2. Custos com Pessoal: salários e encargos sociais;

3. Custos com Edificação: aluguel, impostos, luz, água e seguros;

4. Custos de Manutenção: obsolescência, equipamentos.

Podemos concluir então que o custo de armazenagem é composto de uma parte fixa, isto é, independentemente da quantidade de material em estoque (o aluguel por exemplo), e de outra variável (luz, custos com pessoal). Vários são os fatores que influem no custo de armazenagem e não apenas a otimização do aproveitamento da área ocupada pelos estoques. Eventualmente, essa poderá não ser nem mesmo a parcela que mais pesa sobre o custo de armazenagem.

A preocupação com a melhoria de aproveitamento de áreas ocupadas justifica-se não apenas pelo crescente aumento do valor do metro quadrado nos principais centros industriais do país, como também por dois fatores de fundamental importância: tempo gasto em movimentação e obsolescência dos materiais.

6. Critérios de Armazenagem

Segundo Viana (2015), a armazenagem pode ser simples ou complexa.

A armazenagem simples envolve materiais que, por suas características físicas ou químicas, não demandam cuidados adicionais do gestor de almoxarifados.

(17)

Dependendo de algumas características intrínsecas dos materiais, a armazenagem torna-se complexa em virtude de:

a) Fragilidade;

b) Combustibilidade;

c) Volatização;

d) Oxidação;

e) Explosividade;

f) Intoxicação;

g) Radiação;

h) Corrosão;

i) Inflamabilidade;

j) Volume;

k) Peso;

l) Forma

Os materiais sujeitos à armazenagem complexa demandam, entre outras, as seguintes necessidades básicas:

a) Preservação especial;

b) Equipamentos especiais de prevenção de incêndios;

c) Equipamentos de movimentação especiais;

d) Meio ambiente especial;

e) Manuseio especial, por intermédio de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) adequados.

Além de considerar esses itens, o esquema de armazenagem escolhido por uma empresa depende primordialmente da situação geográfica de suas instalações, da natureza de seus estoques, tamanho e respectivo valor.

Não existem regras taxativas que regulem o modo como os materiais devem ser dispostos no Almoxarifado, motivo pelo qual se deve analisar, em conjunto, os aspectos analisados anteriormente, para então, decidir pelo tipo de arranjo físico mais conveniente, selecionando qual das alternativas melhor atende a seu fluxo de materiais:

1) Armazenagem por agrupamento: esse critério facilita as tarefas de arrumação e busca, mas nem sempre permite o melhor aproveitamento do espaço.

2) Armazenagem por tamanhos (acomodabilidade): esse critério permite bom aproveitamento do espaço.

3) Armazenagem por frequência: esse critério implica armazenar tão próximo quanto possível da saída os materiais que tenham maior frequência de movimento.

(18)

a) Ambiente climatizado: destina-se a materiais cujas propriedades físicas exigem tratamento especial;

b) Inflamáveis: os produtos inflamáveis devem ser armazenados em ambientes próprios e isolados, projetados sob rígidas normas de segurança;

c) Perecíveis: os produtos perecíveis devem ser armazenados segundo o método FIFO (First In First Out), ou seja, primeiro que entra primeiro que sai).

5) Armazenagem em área externa: devido a sua natureza, muitos materiais podem ser armazenados em áreas externas, contíguas ao Almoxarifado, o que diminui os custos e, em paralelo, amplia o espaço interno para materiais que necessitam de proteção em área coberta.

7. Técnicas de Armazenagem

O armazenamento de materiais depende da dimensão e das características dos materiais. Esses podem exigir desde uma simples prateleira até sistemas complicados, que envolvem grandes investimentos e tecnologias sofisticadas.

A escolha do sistema de estocagem de materiais depende dos seguintes fatores:

1. Espaço disponível para a estocagem dos materiais.

2. Tipos de materiais a serem estocados.

3. Número de itens estocados.

4. Velocidade de atendimento necessária.

5. Tipos de embalagem.

O sistema de estocagem escolhido deve seguir algumas técnicas imprescindíveis na gestão de materiais. As principais técnicas de estocagem de materiais são:

1. Carga unitária.

2. Caixas ou gavetas.

3. Prateleiras.

4. Raques.

5. Empilhamento.

6. Contêiner flexível.

Cada material requer uma técnica de estocagem própria, o que complica enormemente a gestão de materiais.

Alguns materiais estocados são perigosos – como a maioria dos produtos químicos -, e exigem cuidados especiais, seguro adequado e locais afastados. Outros são altamente perecíveis ou sujeitos a contaminação. Alguns são fluidos e podem evaporar rapidamente. Outros são líquidos e podem vazar com facilidade. Cada material tem suas peculiaridades. Veja alguns exemplos de como armazenar com segurança alguns dos diferentes tipos de materiais:

(19)

a) Sacaria: As camadas da pilha devem ser desencontradas, e as pilhas de sacos terão altura máxima de: 30 fiadas: quando colocadas por processo mecanizado em empilhamento; 20 fiadas: quando colocadas por processo manual.

b) Tambores e latões: Podem ser armazenados deitados ou em pé. A camada de baixo deve ter as laterais presas com calços, para evitar deslizamento. Tambores vazios: a forma “pirâmide” é muito utilizada quando se deve estocar grandes quantidades. As extremidades de base devem ser escoradas por caibros pregados ou aparafusados às pranchas que receberão as primeiras fileiras; os caibros laterais deverão ter a mesma altura dos tambores e a pilha não deve ser superior a cinco fileiras. Tambores cheios exigem cuidados especiais para a sua perfeita estocagem, pois as pilhas devem ser feitas de modo a que não ocorram desastres, os quais poderão danificar o material e causar acidentes pessoais.

c) Cilindros de oxigênio: não deixar os cilindros ao relento: recebendo sol pode explodir e se recebe orvalho, enferruja diminuindo a resistência a pressão; não deixar em locais em que podem ser danificados, nem perto de óleo, graxa, palha ou outros inflamáveis nem combustíveis bem como não deixar perto de fonte de calor; não estocar junto a acetileno ou outro gás combustível; utilizar para o transporte carrinhos adequados; fechar sempre as válvulas antes de movimentar; distribuir os cilindros pela ordem de chegada, entre outras;

d) Tubos e vergalhões: Podem ser armazenados em cavaletes ou prateleiras.

e) Chapas: As chapas podem ser apoiadas em cavaletes, presas com calços, para evitar escorregamento ou queda. Os cavaletes deverão ser em tamanho e material compatíveis com as chapas ou podem ser armazenados sobre estrados.

f) Combustíveis e lubrificantes: Nos estabelecimentos onde haja depósitos de combustíveis líquidos, deverão estar os mesmos situados em locais apropriados, protegidos e assinalados, de modo que os empregados que dele se aproximem o façam com as necessárias precauções, - observando-se, entre outras, a proibição de fumar. Convém destinar para a armazenagem de lubrificantes uma dependência separada, anexa ao almoxarifado central e que, sobretudo, seja um lugar bem ventilado e fresco.

7.1 Carga Unitária ou Unitizada

Dá-se o nome de carga unitária ou unitizada à carga constituída de embalagens de transporte que arranjam ou acondicionam certa quantidade de material para possibilitar seu manuseio, seu transporte e sua armazenagem, como se fosse uma unidade. A carga unitária é um conjunto de cargas contidas em um recipiente, formando um todo único quanto à manipulação, ao armazenamento ou ao transporte. Uma espécie de rótulo.

(20)

A formação de carga unitária se faz por um dispositivo chamado pallet.

Pallet é um estrado de madeira padronizado, que pode ter diversas dimensões. Suas medidas convencionais básicas são 1.100 x 1.100 mm, como padrão internacional, para se adequar aos diversos meios de transporte e de armazenagem.

Os pallets podem ser classificados da seguinte maneira:

1. Quanto ao número de entradas:

Pallets de 2 entradas: são usados quando o sistema de movimentação de materiais não requer cruzamento de equipamentos de manuseio.

Pallets de 4 entradas: são usados quando o sistema de movimentação de materiais requer cruzamento de equipamentos de manuseio.

2. Quanto ao número de faces:

Pallets de uma face: são usados quando a operação não requer estocagem, ou quando o pallet não requer reforço, pois o material é relativamente leve.

Pallets de duas faces: são usados quando se requer uma unidade mais reforçada, ou quando se pretende utilizar o pallet por duas vidas úteis. São pallets de armação, com travessas na parte inferior, formando um conjunto mais reforçado. Utiliza-se a parte superior inicialmente e, quando estragada, passa-se a utilizar a parte inferior. Daí o nome de duas vidas. Muito útil quando os materiais atacam a madeira por atrito, abrasão, corrosão, etc.

A “paletização” permite que as cargas sejam manipuladas, transportadas e estocadas como uma só unidade. As vantagens principais da paletização são:

Economia de tempo e de esforço, mão de obra e área de armazenagem menores, e economia de tempo na carga e na descarga dos equipamentos de movimentação de materiais.

Se você já entrou em um grande estoque, certamente já viu caixas cúbicas em cima de paletes. Porém, as bancas tendem a dizer, fundadas na teoria e não na prática, que embalagens em forma de cubo não devem ser paletizadas.

Guarda isso, beleza? Caixas cúbicas não devem ser paletizadas.

7.2 Caixas ou Gavetas

É a técnica de estocagem ideal para materiais de pequenas dimensões, como parafusos, arruelas e alguns materiais de escritório, como lápis, canetas, etc. Alguns materiais em processamento, semiacabados ou acabados podem ser estocados em caixas nas próprias seções produtivas. As caixas ou gavetas podem ser metálicas, de madeira ou de plástico. As dimensões devem ser padronizadas, e seu tamanho pode variar enormemente. Podem ser construídas pela própria empresa ou adquiridas no mercado fornecedor.

(21)

As caixas de papelão embalam e protegem os objetos que ficam dentro delas.

As caixas costumam conter símbolos que demonstram os cuidados que devem ser tomados com elas no manuseio, na estocagem e transporte dos produtos acabados.

Por exemplo, este símbolo significa que a caixa deve ficar protegida de qualquer tipo de umidade.

Este indica o empilhamento máximo permitido

Gavetas:

7.3 Prateleiras

É uma técnica de estocagem destinada a materiais de tamanhos diversos e para o apoio de gavetas ou caixas padronizadas. As prateleiras podem ser de madeira ou de perfis metálicos, de

vários tamanhos e dimensões. Os materiais estocados nos nichos devem ficar identificados e visíveis. A altura depende do tamanho e do peso dos materiais estocados. A prateleira constitui o meio de estocagem mais simples e econômico. É a técnica adotada para peças pequenas e leves, quando o estoque não é muito grande.

7.4 Raques

O raque (do inglês rack) é construído para acomodar peças longas e estreitas, como tubos, barras, tiras, vergalhões, feixes, etc. Pode ser montado em rodízios para facilitar o deslocamento. Sua estrutura pode ser de madeira ou de aço.

(22)

7.5 Empilhamento

Trata-se de uma variante da estocagem de caixas para aproveitar ao máximo o espaço vertical. As caixas ou pallets são empilhados uns sobre os outros, obedecendo a uma distribuição equitativas de cargas. É uma técnica de estocagem que reduz a necessidade de divisões nas prateleiras, já que, na prática, forma uma grande e única prateleira. O empilhamento favorece a utilização dos pallets e, em decorrência, das empilhadeiras, que constituem o equipamento ideal de movimentação para lidar com eles. A configuração do empilhamento é que define o número de entradas necessárias aos pallets.

7.6 Contêiner Flexível

É uma das técnicas mais recentes de estocagem. O contêiner flexível é uma espécie de saco feito com tecido resistente e borracha vulcanizada, com um revestimento interno que varia conforme o seu uso. É utilizado para estocagem e movimentação de sólidos a granel e de líquidos,

com capacidade que pode variar entre 500 e 1.000 quilos. Sua movimentação pode ser feita por empilhadeiras ou guinchos.

É muito comum a utilização de técnicas de estocagem associando o sistema de empilhamento de caixas ou pallets com as prateleiras, como é o caso das prateleiras porta-pallets, que proporcionam flexibilidade e melhor aproveitamento vertical dos armazéns.

Questões para treinar!

(23)

16. (CESPE – 2019 – PGE – PE – ASSISTENTE DE PROCURADORIA)

Com relação a critérios e técnicas de armazenagem, julgue o item subsequente.

No caso de as caixas dos produtos acabados serem cúbicas, o dispositivo mais indicado para a formação da carga unitária é o palete.

Comentários: Aqui você precisa ter cuidado com a vida real. Na teoria, caixas cúbicas não devem ser armazenadas em paletes.

Gabarito: Errada.

17. (CESPE – 2019 – PGE-PE – ASSISTENTE DE PROCURADORIA)

Com relação a critérios e técnicas de armazenagem, julgue o item subsequente.

A finalidade da marcação dos símbolos de segurança em caixas é indicar cuidados a serem tomados exclusivamente quando da estocagem de produtos acabados.

Os símbolos de segurança servem para que você saiba os cuidados necessários que devem ser tomados. A caixa pode conter material frágil, ou que não pode ser exposto ao sol ou umidade. Os símbolos de segurança são necessários para o manuseio, transporte e estocagem. A assertiva fica errada com “exclusivamente quando da estocagem”.

Gabarito: Errada.

18. (CESPE – 2018 – EBSERH – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO)

A manutenção de grandes quantidades de materiais em depósito é vantajosa devido ao fato de reduzir os custos de armazenagem.

Comentários: Os custos de armazenamento incluem todas as despesas que a empresa incorre em função do volume de estoque mantido. À medida que o estoque aumenta, aumentam também esses custos, que dependem de variáveis como:

a) Quantidade em estoque;

b) Tempo de permanência no estoque;

c) Mão-de-obra utilizada;

d) Encargos sociais;

e) Custos indiretos (luz, força, seguro e outras despesas);

f) Depreciação;

g) Seguros, entre outros.

Gabarito: Errada.

(24)

19. (CESPE – 2018 – EBSERH – ANALISTA ADMINISTRATIVO)

A guarda de materiais hospitalares com tendência à volatização requer uma estrutura de armazenagem simples.

Comentários: A armazenagem simples envolve materiais que, por suas características físicas ou químicas, não demandam cuidados adicionais do gestor de almoxarifados.

Materiais com tendência a volatização (tendência a passar para o estado gasoso) precisam de medidas especiais para a sua armazenagem. Requerem uma estrutura de armazenagem complexa.

Gabarito: Errada.

20. (CESPE – 2016 – DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO)

A escolha do melhor sistema de estocagem de mercadorias depende da disponibilidade de equipamentos para movimentação dessas mercadorias.

Comentários: A escolha do sistema de estocagem de materiais depende dos seguintes fatores:

Espaço disponível para a estocagem dos materiais.

Tipos de materiais a serem estocados.

Número de itens estocados.

Velocidade de atendimento necessária.

Tipos de embalagem.

Gabarito: Errada

21. (CESPE – 2016 – DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO)

Características do produto, como dimensões, peso e fragilidade, determinam a complexidade do sistema de armazenagem a ser empregado.

Comentários: Cada material requer uma técnica de estocagem própria, a depender de suas peculiaridades:

dimensões, peso e fragilidade, volume, oxidação, radiação, etc.

Gabarito: Certa

22. (CESPE – 2015 – TRE/GO – TÉCNICO JUDICIÁRIO)

Com relação a controle de estoques, de recebimento e armazenagem de materiais, julgue o item subsequente.

Os requisitos para que um material seja classificado como material de armazenagem complexa restringem-se às características de oxidação, volatização e combustibilidade; são classificados como de armazenagem simples os materiais caracterizados pela fragilidade intrínseca.

Comentários: De acordo com os critérios, a armazenagem pode ser simples ou complexa. Dependendo de algumas características intrínsecas dos materiais, a armazenagem torna-se complexa em virtude de:

a) Fragilidade;

b) Combustibilidade;

c) Volatização;

(25)

d) Oxidação;

e) Explosividade;

f) Intoxicação;

g) Radiação;

h) Corrosão;

i) Inflamabilidade;

j) Volume;

k) Peso;

l) Forma

Os materiais sujeitos à armazenagem complexa demandam, entre outras, as seguintes necessidades básicas:

a) Preservação especial;

b) Equipamentos especiais de prevenção de incêndios;

c) Equipamentos de movimentação especiais;

d) Meio ambiente especial;

e) Manuseio especial, por intermédio de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) adequados.

Gabarito: Errada

23. (CESPE – 2014 – ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Para a movimentação física do estoque de produtos de alta perecibilidade deve-se seguir o método UEPS.

Comentários: Os produtos perecíveis devem ser armazenados segundo o método FIFO (First In First Out), ou seja, primeiro que entra primeiro que sai) e não pelo método UEPS (último que entra, primeiro que sai).

Gabarito: Errada

24. (CESPE – 2014 – MTE – AGENTE ADMINISTRATIVO)

As empilhadeiras além de aumentar a capacidade de estocagem nos armazéns, permitem também um melhor acondicionamento, contribuindo para o aumento do espaço.

Comentários: O empilhamento trata-se de uma variante da estocagem de caixas para aproveitar ao máximo o espaço vertical. As caixas ou pallets são empilhados uns sobre os outros, obedecendo a uma distribuição equitativas de cargas. É uma técnica de estocagem que reduz a necessidade de divisões nas prateleiras, já que, na prática, forma uma grande e única prateleira. O empilhamento favorece a utilização dos pallets e, em decorrência, das empilhadeiras, que constituem o equipamento ideal de movimentação para lidar com eles.

Gabarito: Certa

25. (CESPE – 2013 – BACEN – TÉCNICO – SUPORTE ADMINISTRATIVO) Acerca da função armazenagem, julgue os itens subsecutivos.

A utilização de caixas ou gavetas é uma técnica de estocagem adequada para materiais de pequenas dimensões, como parafusos, arruelas e materiais de escritório.

Comentários: É a técnica de estocagem ideal para materiais de pequenas dimensões, como parafusos, arruelas e alguns materiais de escritório, como lápis, canetas, etc.

Gabarito: Certa

(26)

26. (CESPE – 2013 – MJ – ADMINISTRADOR)

Julgue os itens a seguir acerca de administração de recursos materiais.

Contêineres flexíveis são utilizados para estocagem e movimentação de sólidos a granel e líquidos.

Comentários: Exatamente isso. Como vimos acima os contêineres flexíveis são utilizados para estocagem e movimentação de sólidos a granel e de líquidos, com capacidade que pode variar entre 500 e 1.000 quilos.

Gabarito: Certa

27. (CESPE – 2011 – IFB – PROFESSOR – LOGÍSTICA)

Julgue os itens que seguem, a respeito de armazenagem e movimentação.

A carga unitária é a embalagem que contém diretamente o produto.

Comentários: Dá-se o nome de carga unitária à carga constituída de embalagens de transporte que arranjam ou acondicionam certa quantidade de material para possibilitar seu manuseio, seu transporte e sua armazenagem, como se fosse uma unidade. A carga unitária é um conjunto de cargas contidas em um recipiente, formando um todo único quanto à manipulação, ao armazenamento ou ao transporte. Uma espécie de rótulo.

Gabarito: Errada

28. (CESPE – MPU – 2010 – TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

No que se refere à armazenagem de recursos materiais, o uso de prateleiras é adequado à estocagem de materiais de dimensões variadas.

Comentários: Prateleiras: é uma técnica de estocagem destinada a materiais de tamanhos diversos e para o apoio de gavetas ou caixas padronizadas. As prateleiras podem ser de madeira ou de perfis metálicos, de vários tamanhos e dimensões. Os materiais estocados nos nichos devem ficar identificados e visíveis. A altura depende do tamanho e do peso dos materiais estocados. A prateleira constitui o meio de estocagem mais simples e econômico. É a técnica adotada para peças pequenas e leves, quando o estoque não é muito grande.

Gabarito: Certa

29. (CESPE – 2010 – ABIN – AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA) A paletização impede a utilização do espaço aéreo do almoxarifado.

Comentários: A “paletização” permite que as cargas sejam manipuladas, transportadas e estocadas como uma só unidade. As vantagens principais da paletização são:

Economia de tempo e de esforço, mão de obra e área de armazenagem menores, e economia de tempo na carga e na descarga dos equipamentos de movimentação de materiais.

Gabarito: Errada

30. (CESPE – 2009 – ANATEL)

Há relação diretamente proporcional entre o custo de armazenagem e a quantidade de produtos existente em estoque. No entanto, quando o estoque estiver zerado, ainda assim haverá um mínimo de custo de armazenagem.

Referências

Documentos relacionados

Ligantes como os ácidos D-hidroxicarboxílicos têm a característica de representar um estado intermediário de oxidação e, deste modo, não é incomum que a química do vanadato,

Para o levantamento dos recursos financeiros específicos para as ações e programas de Saúde Bucal repassados pelo Governo Federal, foram analisados os lançamentos

Na Tabela 17 são apresentados os valores de produtividade de matéria seca (PMS) e das concentrações de Nitrogênio, Fósforo, Potássio, Cálcio, Magnésio e Sódio na grama

Experimental models of PAH are often used to assess and understand the pathophysiological mechanisms of that disease. 32 Monocrotaline induces injury to the pulmonary

Este trabalho constitui-se em uma análise da relação entre o jornalismo digital e a publicidade online nos sites jornalísticos, observando a influência das narrativas

Although in our study we could not identify predictive value of any tissue Doppler derived measurements of either systolic or diastolic dysfunction, it is generally believed

Para valores suficientemente pequenos desta con~ cante de mola, as curvas de primeira freqÜincia natural conver gem, o que jã era esperado, pois pequenos

Por esta razão, o objetivo do trabalho foi reduzir o teor de sódio em hambúrguer bovino utilizando um realçador de sabor natural (extrato de cogumelo