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A Consulente Câmara relata e indaga o seguinte:

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Academic year: 2022

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P A R E C E R P A R E C E R P A R E C E R P A R E C E R

Nº 0866/2018 Nº 0866/2018 Nº 0866/2018 Nº 0866/2018 1 1 1 1

CC – Convênios / Contratos.

Convênio x Convênio de Cooperação. Autorização legislativa.

Lei de Consórcios Públicos e Lei de Saneamento Básico). Considerações

CONSULTA:

CONSULTA:

CONSULTA: CONSULTA:

A Consulente Câmara relata e indaga o seguinte:

1-) Ao reler os Pareceres 1033/2013, 366/2016 e 3323/2017 identifiquei que há uma distinção entre "Convênio" e

"Convênio de Cooperação". O Primeiro não precisa de Autorização Legislativa (Parecer 366/2016 e 3323/2017) e ou segundo precisa de Autorização Legislativa (Art. 2º, VIII do Decreto Federal nº 6017/2007 - Parecer 1033/2013).

Pergunta:

Pergunta:

Pergunta:

Pergunta: Afinal, é necessário ou não Autorização Legislativa? Convênio é mesma coisa que Concessão?

2-) No Município XXX foi editada a Lei (M) nº.2.026/2013 - Dispõe sobre a Política Municipal de Saneamento Básico, Cria o Conselho Municipal de Saneamento Básico e dispõe sobre o Serviço Municipal de Saneamento Básico de XXX (SESAB)

Pergunta:

Pergunta:

Pergunta: Pergunta: A Lei (M) nº.2.026/2013 poderia ser considerada para atender à exigência do Art. 2º, VIII do Decreto Federal nº 6017/2007? (previamente disciplinado por lei editada por cada um deles)

Obs.: O Parecer nº. 3323/2017 - "Caso ainda não possua, para viabilizar a celebração de convênio ou contrato de programas que envolvam o serviço de abastecimento de água, deve o Município aprovar Plano de Municipal de Saneamento Básico, nos

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termos da Lei nº 11.445/2017" (sic)

RESPOSTA:

RESPOSTA:

RESPOSTA: RESPOSTA:

Conforme assentado nos pareceres elencados na consulta, o Decreto Federal nº. 6.017/2007, ao regulamentar a lei dos consórcios públicos (Lei nº. 11.107/2005), trouxe, no seu bojo, uma definição normativa do chamado "convênio de cooperação" que seria, nos termos da lei, o "pacto firmado exclusivamente por entes da Federação, com o objetivo de autorizar a gestão associada de serviços públicos, desde que ratificado ou previamente disciplinado por lei editada por cada um deles"

(art. 2º, VIII).

Desta forma, embora não disciplinados especificamente, os convênios de cooperação contam com alguns requisitos que devem ser observados para sua celebração, sendo que o principal deles é justamente a edição de lei, editada por cada um dos entes federados envolvidos, autorizando os respectivos Chefes do Executivo a firmarem o futuro convênio. Isto porque, o Consórcio Público envolve a participação do Município em conjunto com outros entes federados em outra pessoa jurídica distinta, de direito público ou privado, bem como a disponibilização de patrimônio e de pessoal dos entes consorciados, daí a necessidade de lei autorizativa para celebração de pactos do gênero.

Por outro lado, os convênios, de modo geral, apartados do conceito acima proveniente do Consórcio Público, são acordos firmados por entidades públicas de qualquer espécie, ou entre estas e organizações particulares, para a realização de objetivos de interesse comum dos partícipes. Sob esse prisma, os atos de gestão são privativos do Chefe do Executivo - na esfera municipal, do Prefeito -, uma vez que ele detém a competência administrativa ordinária para dispor sobre tudo aquilo que seja de interesse do Município.

Neste contexto, o Supremo Tribunal Federal, inclusive, já se

manifestou pela inconstitucionalidade de norma que exige a autorização

legislativa para a assinatura de convênios, por ferir o princípio da

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independência e da harmonia entre os Poderes, consubstanciado no art.

2º da Constituição Federal.

Com isso, conclui-se que, para a celebração de convênios é inconstitucional a exigência de prévia autorização legislativa, enquanto que para firmar o consórcio (convênio de cooperação) a autorização do poder legislativo se torna necessária. Este é o primeiro ponto a ser esclarecido.

O segundo, diz respeito à distinção que deverá ser feita quanto a convênios e concessões de serviço público. Neste tocante, o Parecer IBAM nº.3323/2017 explicitou que a Lei n.º 9.074/95, sobre normas para concessões e permissões de serviços públicos, exige lei autorizativa das concessões de serviço público, mas excetua, na parte final do art. 2º, a necessidade de vênia legislativa para a delegação contratual do serviço de saneamento básico e limpeza urbana, in verbis:

Art. 2º. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios executarem obras e serviços públicos por meio de concessão e permissão de serviço público, sem lei que lhes autorize e fixe os termos, dispensada a lei autorizativa nos dispensada a lei autorizativa nos dispensada a lei autorizativa nos dispensada a lei autorizativa nos casos de saneamento básico e limpeza urbana e nos já referidos casos de saneamento básico e limpeza urbana e nos já referidos casos de saneamento básico e limpeza urbana e nos já referidos casos de saneamento básico e limpeza urbana e nos já referidos na Constituição Federal, nas Constituições Estaduais e nas Leis na Constituição Federal, nas Constituições Estaduais e nas Leis na Constituição Federal, nas Constituições Estaduais e nas Leis na Constituição Federal, nas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e Municípios, observado, em Orgânicas do Distrito Federal e Municípios, observado, em Orgânicas do Distrito Federal e Municípios, observado, em Orgânicas do Distrito Federal e Municípios, observado, em qualquer caso, os termos da Lei nº. 8.987, de 1995

qualquer caso, os termos da Lei nº. 8.987, de 1995 qualquer caso, os termos da Lei nº. 8.987, de 1995 qualquer caso, os termos da Lei nº. 8.987, de 1995. (g.n.)

Por fim, a consulente indaga se a Lei (M) nº.2.026/2013, que dispõe sobre a Política Municipal de Saneamento Básico e cria o Conselho e o Serviço Municipal de Saneamento Básico, atende às exigência do art.

2º, VIII do Decreto Federal nº. 6017/2007.

Sobre este aspecto, é de se rememorar que a responsabilidade

pela elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico é do

Município, na forma do art. 19, § 1ª, da Lei nº. 11.445/2007, que determina

que cada entidade federada deverá elaborar seu plano de saneamento

básico, podendo contar com estudos elaborados pelas entidades que

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prestam os serviços. Além disso, o plano deverá abranger, conforme o art.

19, no mínimo:

I - diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando as causas das deficiências detectadas;

II - objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização, admitidas soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade com os demais planos setoriais;

III - programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento;

IV - ações para emergências e contingências;

V - mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas.

Da leitura do referido dispositivo se presume que o meio adequado para se aprovar o Plano de Saneamento é por meio de decreto, inclusive prevendo sua revisão quadrianual. Confira-se:

Art. 19. (...)

§ 1º Os planos de saneamento básico serão editados editados editados editados pelos titulares

pelos titulares pelos titulares

pelos titulares, podendo ser elaborados com base em estudos fornecidos pelos prestadores de cada serviço.

(...)

§ 4º Os planos de saneamento básico serão revistos revistos revistos revistos periodicamente, em prazo não superior a 4 (quatro) anos periodicamente, em prazo não superior a 4 (quatro) anos periodicamente, em prazo não superior a 4 (quatro) anos periodicamente, em prazo não superior a 4 (quatro) anos, anteriormente à elaboração do Plano Plurianual. (g.n.)

Portanto, a materialização do Plano de Saneamento Municipal se

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dá por meio de Decreto, ato da competência privativa do Chefe do Executivo Local e não por lei. Por fim, é de se dizer que a lei municipal apresentada que versa sobre Política Municipal de Saneamento Básico não supre a exigência da edição de lei para os fins do art. 2º, VIII do Decreto Federal nº. 6.017/2007.

Ante o exposto, concluímos a presente consulta na forma das razões apresentadas acima.

É o parecer, s.m.j.

Fabienne Oberlaender Gonini Novais Assessora Jurídica

Aprovo o parecer

Marcus Alonso Ribeiro Neves

Consultor Jurídico

Rio de Janeiro, 28 de março de 2018.

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