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EDITORA 'PLÁCIDO CIVIL DIREITO CÉSAR FIUZA. 22 a edição revista, atualizada e ampliada. atualizado com:

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Academic year: 2021

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(1)Publicando desde 2013, a Editora D’Plácido, que é especializada em literatura jurídica, já conta com nomes reconhecidos no cenário jurídico profissional e acadêmico.. 2. O dire ito civil n o siste ma ju rídico Ro man o -Ge rmân ico Generalidades • Direito romano • Alta Idade Média (476 a 1100) • Baixa Idade Média (1100 a 1453) • Idade Moderna (1453 a 1789) • Idade Contemporânea (de 1789 a nossos dias) • Direito Brasileiro 3. Le i de in tro du ção às n o rmas do dire ito brasile iro : e ficácia, co n flito e in te rpre tação das le is Classificação das leis • Eficácia das leis • Interpretação das leis 4. Pe sso as. 5. Dire ito s da pe rso n alidade. Generalidades e definição • Elementos do ato ilícito • Responsabilidade por fato de outrem • Responsabilidade por fato de coisa • Teorias subjetiva e objetiva da responsabilidade civil • Responsabilidade civil do estado • Diferenças entre algumas espécies de ilícitos (civil, penal, administrativo) • Abuso de direito • Enriquecimento ilícito. 6. Co isas e be n s Definição • Classificação • Patrimônio 7. Fato ju rídico, ato e n e gó cio ju rídico Definições • O ocaso dos negócios jurídicos – Crise e superação • Atos jurídicos • Atos ilícitos • Situações e relações jurídicas • Responsabilidade civil 8. Te o ria ge ral do dire ito das o brigaçõ e s Definição de obrigação • Essência das obrigações • Estrutura das obrigações • Ideia e posição do Direito das Obrigações perante o Direito Civil • Conteúdo da prestação obrigacional • Fontes das obrigações • Escorço histórico • Principiologia do Direito das Obrigações • Classificação das obrigações • Efeito desejável das obrigações: pagamento • Transmissão das obrigações • Efeito indesejável das obrigações: inadimplemento • Execução coativa • Extinção das obrigações. Você pode encontrá-los nas principais livrarias e em nosso site:. Noção de contrato • Definição de contrato • Evolução histórica • Funções dos contratos • Requisitos de existência, de validade e de eficácia dos contratos • Causa, motivo e fim dos contratos • Princípios informadores • Intervenção do Estado na economia contratual • Cláusulas abusivas e conduta abusiva • Interpretação dos contratos • Formação dos contratos • Contrato preliminar • Cláusula penal • Arras • Vícios redibitórios • Evicção • Estipulação em favor de terceiro • Promessa de fato de terceiro • Classificação dos contratos • Cessão da posição contratual • Extinção dos contratos 10. Fo n te s das o brigaçõ e s: co n trato s tipificado s n o Có digo Civil Contrato de compra e venda • Contrato de troca • Contrato estimatório • Contrato de doação • Contrato de locação • Contrato de empréstimo • Contrato de pres-. Promessa de recompensa • Gestão de negócios • Pagamento indevido 13. Fo n tes da s obrig a ções : atos ilícitos. 14. Liquidação das obrigações: concurso de credores Generalidades • Processo • Concordata civil • Saldo devedor da execução • Extinção das obrigações 15. Dire ito da s cois a s : in trodu çã o. Proprieda de Introdução ao estudo do direito das coisas • Propriedade 16. Direito da s cois a s : poss e Definição • Natureza jurídica da posse • Objeto jurídico da posse • Classificação da posse • Aquisição ou constituição da posse • Composse • Efeitos da posse • Proteção possessória • Função social da posse • Perda ou cessação da posse 17. Direito das coisas: direitos reais sobre coisas alheias Introdução • Direitos reais de uso e fruição • Direitos reais de aquisição • Direitos reais de garantia 18. Obra in telectu a l Natureza jurídica e definição • Tutela legal • Direitos do autor • Registro das obras intelectuais • Obra intelectual na informática 19. Dire ito de f a m ília Introdução • Principiologia do Direito de Família • Casamento • União estável • Parentesco • Afinidade • Filiação • Poder familiar • Alienação parental • Tutela • Curatela • Tomada de decisão apoiada • Guarda • Alimentos • Ações de família 20. Direito da s s u cess ões Introdução • Sucessão legítima • Sucessão testamentária • Liquidação e partilha da herança. ISBN 978-65-5589-171-3. C É S A R F I U Z A. CÉSAR. FIUZA. A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. São publicações de autores renomados com um capricho na formatação, que ajuda na fluidez da leitura e fixação do conteúdo.. Contrato de parceria rural • Contrato de edição • Contrato de representação dramática • Contrato de franquia • Contrato de concessão mercantil • Contratos fiduciários • Contrato de conta corrente • Contratos bancários • Contrato de capitalização • Contrato de joint venture • Contrato de arrendamento mercantil ou leasing • Contrato de know-how • Contrato de engeneering • Contrato de hedge • Contrato de faturização ou factoring • Contrato de cartões de crédito • Contrato de shopping centers • Contrato de consórcio 12. Fo ntes da s obrig a ções : atos u n ilatera is. Histórico • Natureza jurídica • Características • Classificação • Fontes • Tratamento legal • Direitos da personalidade e pessoas jurídicas • Direitos da personalidade no sistema brasileiro. 2021. 2021. 11. Fo ntes da s obrig a ções : con tratos n ão tipi f ica dos n o Códig o C iv il. Personalidade: generalidades e pessoas naturais • Nascituro • Capacidade • Ausência • Nome da pessoa natural • Estado • Pessoas jurídicas • Fundações • Sujeitos de direitos sem personalidade • Registro civil • Domicílio e residência. 9. Fo n te s das o brigaçõ e s: co n trato s – Te o ria Ge ral do Dire ito Co n tratu al. Conheça também a coleção de cursos e manuais da Editora D’Plácido.. tação de serviço • Contrato de empreitada • Contrato de depósito • Contrato de mandato • Contrato de comissão • Contrato de agência e distribuição • Contrato de corretagem • Contrato de transporte • Contrato de seguro • Contrato de constituição de renda • Contrato de jogo e aposta • Contrato de fiança • Transação • Compromisso • Contrato de sociedade • Associações • Diferenças terminológicas. DIREITO. O prêmio é o mais importante da área e celebra a qualidade e ascendente importância da Editora D’Plácido no mercado editorial mineiro e brasileiro.. Conceito de Direito • Instrumentos de controle social • Direito e justiça • Acepções do Direito. CIVIL. Em 2015, a Editora D’Plácido foi laureada com o 1º lugar no Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria Direito, com a obra “Direitos fundamentais das pessoas em situação de rua”, organizado por Ada Pellegrini Grinover, Gregório Assagra de Almeida, Miracy Gustin, Paulo César Vicente de Lima e Rodrigo Iennaco.. 1. Introdução. c u r s o. completo. DIREITO. CIVIL 22a edição revista,. atualizada e ampliada a t u a liza d o com:. •. Lei n o 13.715/18 - Lei que amplia as hipóteses de perda do poder familiar. •. Lei n o 13.777/18 - Lei sobre o regime jurídico da multipropriedade. •. Lei n o 13.874/19 - Lei da Liberdade Econômica. •. Lei n o 13.966/19 - Lei da Franquia. C É S A R F I U Z A Doutor em Direito pela UFMG. Advogado no escritório César Fiuza & Bruno Lewer Sociedade de Advogados, Professor de Direito Civil na UFMG, ocupa a cadeira 14 na Academia Mineira de Letras Jurídicas..

(2) 2021. A R O O D IT CI ED LÁ 'P D DIREITO. CIVIL 22a edição revista,. atualizada e ampliada.

(3) A R O O D IT CI ED LÁ 'P D.

(4) 2021 CÉSAR. FIUZA. A R O O D IT CI ED LÁ 'P D DIREITO. CIVIL 22a edição revista,. atualizada e ampliada. a t u a lizado co m : •. Lei n o 13.715/18 - Lei que amplia as hipóteses de perda do poder familiar. •. Lei n o 13.777/18 - Lei sobre o regime jurídico da multipropriedade. •. Lei n o 13.874/19 - Lei da Liberdade Econômica. •. Lei n o 13.966/19 - Lei da Franquia.

(5) Belo Horizonte Av. Brasil, 1843, Savassi, Belo Horizonte, MG Tel.: 31 3261 2801 CEP 30140-007. São Paulo Av. Paulista, 2444, 8º andar, cj 82 Bela Vista – São Paulo, SP CEP 01310-933. W W W. E D I TO R A D P L A C I D O. C O M . B R. A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. Copyright © 2019, D’Plácido Editora. Copyright © 2019, César Fiuza. Todos os direitos reservados.. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida, por quaisquer meios, sem a autorização prévia do Grupo D’Plácido.. Editor Chefe Editor. Produtora Editorial. Capa, projeto gráfico Diagramação. Plácido Arraes. Tales Leon de Marco Bárbara Rodrigues Letícia Robini. Letícia Robini Nathalia Torres. Catalogação na Publicação (CIP) F565. Fiuza, César Direito civil : curso completo / César Fiuza. - 22. ed. – Belo Horizonte, São Paulo : D’Plácido, 2021. 1504 p. ISBN 978-65-5589-171-3. 1. Direito. 2. Direito Civil. I. Título.. CDDir: 342.1. Bibliotecária responsável: Fernanda Gomes de Souza CRB-6/2472.

(6) Nota do autor. A R O O D IT CI ED LÁ 'P D Este livro nasceu de coletânea de notas de aulas, a partir da ideia de que, talvez à exceção de alguns poucos, não haja no mercado manual de Direito Civil em um só volume. Isso cria dois problemas, em princípio. O primeiro deles é a falta de material didático adequado para programas regulares de Direito Civil de curta duração, como, por exemplo, os que ocorrem em cursos não estritamente jurídicos. O segundo é também a falta de material de estudo adequado a quem deseje se reciclar em tempo breve, ao estudar para um concurso, por exemplo. Em ambos os casos, o estudo dos grandes tratadistas é penoso e desnecessário, apesar de sempre recomendável. Embora não tenha sido, inicialmente, concebido para os Cursos de Graduação em Direito, o manual se transformou em fonte cada vez mais consultada pelos bacharelandos, que dele se valem para se introduzir no estudo das instituições de Direito Civil, de forma didática e atualizada. O livro contém todo o programa de Direito Civil em linhas muito claras e rigorosamente atualizadas de acordo com a melhor doutrina, com a mais moderna civilística, fincada na visão contemporânea do Direito Civil, que parte da ideia de que o Direito Civil seja o reduto maior da liberdade dos indivíduos, sem a qual não há falar em dignidade humana. A intenção não foi, seguramente, a de esgotar os assuntos tratados, mas simplesmente a de explaná-los, do modo mais claro e profundo possível, sempre com exemplos práticos. Houve grande preocupação de, sempre que possível, aprofundar temas controversos, como a definição de negócio jurídico e de contrato, de propriedade e de família. Realizou-se uma atualização de acordo com a legislação e a doutrina mais recentes. O manual baseia-se, como dito, na visão do Direito Civil contemporâneo, entendido este como o Direito Civil que mantém sua autonomia, muito embora, quando necessário, seja lido à luz dos princípios e valores da Constituição. Esse é o tratamento que se dá, por exemplo, aos contratos, à propriedade, à família estudados sob uma ótica humanizada, como instrumentos.

(7) A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. de promoção da dignidade humana, o que não significa que o Direito Civil tenha deixado de ser a sede das liberdades individuais, ou que se deva fazer uma leitura leviana e apressada do princípio da dignidade, mesmo porque a base da dignidade é a liberdade. Começa-se com uma introdução ao estudo do Direito, adentra-se a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, seguida da Parte Geral do Código. Na Parte Especial, inicia-se pelo Direito das Obrigações, espinha dorsal das relações jurídicas privadas, incluindo-se o Direito Contratual com os contratos tipificados e não tipificados no Código Civil. Em seguida, aborda-se o Direito das Coisas, Família e Sucessões, seguindo-se a sistemática do Código de 2002 e da maioria dos Cursos de Graduação em Direito. O Direito Civil é visto, aqui, não de forma dogmatizada, mas meditada. Não se repetem, portanto, as mesmas fórmulas do século XIX, como muitos manuais que se dizem modernos. Não se trata de um código comentado, mas de um manual reflexivo de Direito Civil, em sua concepção mais moderna e inovadora, dentro de uma visão contemporânea, que exige o Estado Democrático de Direito. Não se buscam, atabalhoada e precipitadamente, fundamentos constitucionais para os diversos institutos do Direito Civil, perdendo de vista a ótica do próprio Direito Civil, bem como da liberdade do indivíduo, da liberdade de contratar, de empreender, de ter, enfim, de ser. A autonomia privada foi uma conquista histórica, da qual simplesmente não podemos abdicar, permitindo que o Estado, em nome de uma dignidade, muitas vezes levianamente invocada, intervenha de modo ditatorial, violento e arbitrário na esfera privada, que só ao indivíduo pertence. É óbvio que o livro contém pontos falhos, afinal o autor é humano, e o Direito Civil infinito. Roga-se, assim, aos leitores que não poupem críticas construtivas, remetendo-as ao Editor, para que se possa sempre melhorar a cada nova edição. Belo Horizonte, janeiro de 2021.. O Autor.

(8) Sumário 1. Introdução. 17. 17 20 20 22 22 23 25 26 28 29 31 31 34 34 36 38 39 43. 1.4. Classificação das leis segundo sua natureza 101 1.5. Classificação das leis segundo seu conteúdo102 1.6. Classificação das leis segundo 102 a intensidade da sanção 104 2. Eficácia das leis 104 2.1. Início de vigência das leis 107 2.2. Conflito de leis no tempo 108 2.3. Conflito de leis no espaço 110 3. Interpretação das leis 110 3.1. Introdução 113 3.2. Interpretação no direito civil 113 3.2.1. Introdução 113 3.2.2. Crise das instituições 117 3.2.3. Crise da sistematização 3.2.4. Crise da interpretação: da Escola 120 da Exegese às teorias da argumentação 138 3.2.5. A funcionalização do Direito Civil 139 3.2.6. A constitucionalização do direito civil 146 3.2.7. A liberdade econômica. A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. 1. Conceito de Direito 1.1. Definição etimológica de Direito 1.2. Definição semântica de Direito 2. Instrumentos de controle social 2.1. Direito e religião 2.2. Direito e moral 2.3. Direito e regras de trato social 3. Direito e justiça 3.1. Critérios formais 3.2. Critérios materiais 4. Acepções do Direito 4.1. Direito objetivo e subjetivo 4.1.1. Estrutura dos direitos subjetivos 4.1.2. Função dos direitos subjetivos 4.1.3. Classificação dos direitos subjetivos 4.2. Direito natural e direito positivo 4.3. Divisões do direito positivo 4.4. Unidade do direito privado. 2. O Direito Civil no Sistema Jurídico Romano-Germânico. 47. 3. Lei de introdução às normas do direito brasileiro: eficácia, conflito e interpretação das leis. 99. 1. Generalidades 47 56 2. Direito romano 56 2.1. Introdução 56 2.2. Realeza (753 a.C. a 510 a.C.) 63 2.3. República (510 a.C. a 27 a.C.) 75 2.4. Alto Império (27 a.C. a 284 d.C.) 79 2.5. Baixo Império (284 d.C. a 565 d.C.) 83 2.6. Período bizantino (565 a 1453) 83 3. Alta Idade Média (476 a 1100) 87 4. Baixa Idade Média (1100 a 1453) 89 5. Idade Moderna (1453 a 1789) 6. Idade Contemporânea (de 1789 a nossos dias)91 93 7. Direito Brasileiro. 1. Classificação das leis 99 1.1. Classificação das leis segundo a hierarquia 99 1.2. Classificação das leis segundo 100 sua extensão territorial 1.3. Classificação das leis segundo 101 sua força obrigatória. 4. Pessoas. 1. Personalidade: generalidades e pessoas naturais 2. Nascituro 3. Capacidade 3.1. Interdição 3.2. Emancipação 3.3. Crítica à crítica da teoria das incapacidades 4. Ausência 5. Nome da pessoa natural 6. Estado 7. Pessoas jurídicas 7.1. Histórico 7.2. Definição 7.3. Natureza jurídica 7.4. Características 7.5. Classificação 7.6. Registro das pessoas jurídicas 7.7. Nome das pessoas jurídicas 7.8. Teoria da desconsideração da personalidade jurídica 7.9. Função social das pessoas jurídicas 8. Fundações 8.1. Definição 8.2. Criação. 149. 150 152 157 170 174 175 176 180 183 185 185 187 188 190 191 198 198 199 206 206 206 207.

(9) 8.3. Observações 9. Sujeitos de direitos sem personalidade 9.1. Casos de fácil solução ou de aparente aplicação da teoria dos sujeitos não personificados 9.2. Casos de aplicação efetiva da teoria dos sujeitos não personificados 9.3. A família 10. Registro civil 11. Domicílio e residência. 207 208. 5. Direitos da personalidade. 219. 6. Coisas e bens. 235. 210 212 213 214 215. A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. 1. Histórico 219 2. Natureza jurídica 221 3. Características 223 4. Classificação 224 5. Fontes 225 6. Tratamento legal 226 7. Direitos da personalidade e pessoas jurídicas 231 8. Direitos da personalidade no sistema brasileiro 232. 3.6. Forma dos atos jurídicos 292 294 3.7. Causa e motivo dos atos jurídicos 295 3.8. Prova dos fatos/atos jurídicos 313 3.9. Defeitos dos atos jurídicos 3.10. Invalidade dos atos jurídicos 339 (Plano da validade) 354 3.11. Crítica à teoria clássica das nulidades 3.12. Atos jurídicos ineficazes (Plano da eficácia)359 3.13. Atos jurídicos inexistentes 360 (Plano da existência) 361 3.14. Conservação dos atos jurídicos 3.15. Interpretação e integração 363 dos atos jurídicos 365 3.16. Atos jurídicos e representação 369 4. Atos ilícitos 4.1. Atos ilícitos em sentido estrito 369 (a cláusula geral do art. 186) 372 4.2. Abuso de direito 381 4.3. Enriquecimento ilícito 388 5. Situações e relações jurídicas 388 5.1. Definição 390 5.2. Espécies 5.3. Nascimento e extinção das relações 391 jurídicas – prescrição e decadência 413 5.4. Função social das relações jurídicas 414 6. Responsabilidade civil 414 6.1. Introdução 414 6.2. Definição 415 6.3. Classificação 6.3.1. Responsabilidade por atos ou fatos lícitos 415 415 6.3.2. Responsabilidade por atos ilícitos 416 6.3.3. Responsabilidade contratual 416 6.3.4. Responsabilidade extracontratual 6.3.5. Responsabilidade com dano e 418 sem dano, com culpa e sem culpa 6.3.6. Responsabilidade por fato 419 próprio e por fato de outrem 420 6.3.7. Responsabilidade por fato de coisa 6.4. O destino da responsabilidade por atos ilícitos420. 1. Definição 2. Classificação 2.1. Primeira Classe – Bens considerados em si mesmos 2.2. Segunda Classe – Bens reciprocamente considerados 2.3. Terceira Classe – Bens considerados em relação às pessoas 2.4. Quarta Classe – Bens considerados em relação a sua comerciabilidade 3. Patrimônio. 235 236 236 246 250 252 256. 7. Fato jurídico, ato e negócio jurídico 259. 1. Definições 1.1. Fato jurídico 1.2. Ato jurídico 1.3. Ato jurídico em sentido estrito 1.4. Negócio jurídico 1.5. Ato-fato jurídico 1.6. Ato ilícito 2. O ocaso dos negócios jurídicos – Crise e superação 3. Atos jurídicos 3.1. Planos dos atos jurídicos 3.2. Principiologia dos atos jurídicos 3.3. Classificação dos atos jurídicos 3.4. Elementos dos atos jurídicos 3.5. Condição, termo e encargo. 259 259 261 261 262 263 264 266 270 270 274 278 282 283. 8. Teoria geral do direito das obrigações423. 1. Definição de obrigação 2. Essência das obrigações 3. Estrutura das obrigações 4. Ideia e posição do Direito das Obrigações perante o Direito Civil 5. Conteúdo da prestação obrigacional 6. Fontes das obrigações. 423 426 432 433 434 436.

(10) 12.2. Inadimplemento propriamente dito ou definitivo 13. Execução coativa 14. Extinção das obrigações 14.1. Pagamento 14.2. Inadimplemento 14.3. Inviabilidade do objeto 14.4. Decurso do prazo 14.5. Implemento da condição resolutiva 14.6. Incapacidade superveniente 14.7. Morte 14.8. Vontade do(s) agente(s): distrato e renúncia 14.9. Invalidade. 536 540 541 541 541 541 542 542 542 542 542 543. 9. Fontes das obrigações: Contratos – Teoria Geral do Direito Contratual. 553. A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. 7. Escorço histórico 439 443 8. Principiologia do Direito das Obrigações 8.1. Principiologia clássica do Direito das Obrigações 444 445 8.1.1. Princípio da autonomia da vontade 8.1.2. Princípio da justiça das relações obrigacionais 447 447 8.1.3. Princípio do neminem laedere 447 8.1.4. Princípio res perit domino 8.2. Nova principiologia do Direito obrigacional 448 449 8.2.1. Princípio da dignidade humana 450 8.2.2. Princípio da função social 452 8.2.3. Princípio da autonomia privada 453 8.2.4. Princípio da boa-fé 8.2.5. Princípio da justiça nas relações creditícias 457 8.2.6. Princípio do enriquecimento sem causa 458 459 8.2.7. Princípio da reparação integral 459 8.2.8. Princípio da aparência 459 8.2.9. Princípio da eticidade 459 8.2.10. Princípio da operabilidade 459 8.2.11. Princípio da socialidade 460 9. Classificação das obrigações 9.1. Quanto às fontes: contratuais e extracontratuais 460 460 9.2. Quanto à estrutura 9.3. Quanto ao objetivo visado: de 485 resultado, de meios e de garantia 9.4. Obrigações reciprocamente 486 consideradas: principais e acessórias 486 9.5. Quanto ao pagamento 10. Efeito desejável das obrigações: pagamento 498 498 10.1. Definição 499 10.2. Natureza jurídica 10.3. Condições de validade do pagamento 500 501 10.4. Regramento dogmático 512 10.5. Pagamentos especiais 520 10.6. Pagamento indevido 523 11. Transmissão das obrigações 524 11.1. Cessão de crédito 527 11.2. Assunção de dívida 530 11.3. Endosso e tradição manual do título 12. Efeito indesejável das 531 obrigações: inadimplemento 531 12.1. Inadimplemento remediável: mora 532 12.1.1. Mora do devedor 534 12.1.2. Mora do credor 535 12.1.3. Purga da mora 535 12.1.4. Cessação da mora. 1. Noção de contrato 553 554 2. Definição de contrato 556 3. Evolução histórica 578 4. Funções dos contratos 5. Requisitos de existência, de validade 580 e de eficácia dos contratos 580 5.1. Requisitos subjetivos 583 5.2. Requisitos objetivos 584 5.3. Requisitos formais 586 6. Causa, motivo e fim dos contratos 587 7. Princípios informadores 7.1. Principiologia clássica do direito contratual 588 589 7.1.1. Princípio da autonomia da vontade 7.1.1.1. Princípio da obrigatoriedade contratual 589 590 7.1.1.2. Princípio do consensualismo 591 7.1.1.3. Princípio da liberdade de contratar 591 7.1.1.4. Princípio da liberdade contratual 591 7.1.1.5. Princípio da relatividade contratual 7.1.1.6. Princípio da imutabilidade 592 ou da intangibilidade 592 7.1.1.7. Princípio da irretratabilidade 592 7.1.2. Princípio do neminem laedere 592 7.1.3. Princípio da justiça contratual 7.2. Nova principiologia do direito contratual 593 593 7.2.1. Introdução 595 7.2.2. Nova principiologia 8. Intervenção do Estado na economia contratual 610 610 8.1. Introdução 8.2. Fundamentos da intervenção do Estado 610 611 8.3. Esferas de intervenção 612 8.4. Revisão dos contratos.

(11) 632 644 647 649 672 673 673 673 674 675 677 679 679. 10. Fontes das obrigações: Contratos tipificados no Código Civil. 703. 4.5. Elementos 4.6. Requisitos subjetivos 4.7. Requisitos objetivos 4.8. Requisitos formais 4.9. Classificação 4.10. Promessa de doação 4.11. Efeitos 4.12. Invalidade da doação 4.13. Revogação da doação 5. Contrato de locação 5.1. Locação de coisas 6. Contrato de empréstimo 6.1. Comodato 6.2. Mútuo 7. Contrato de prestação de serviço 7.1. Definição 7.2. Partes 7.3. Caracteres jurídicos 7.4. Requisitos subjetivos 7.5. Requisitos objetivos 7.6. Requisitos formais 7.7. Elementos 7.8. Preço 7.9. Prazo 7.10. Obrigações do prestador 7.11. Obrigações do tomador 7.12. Extinção do contrato 8. Contrato de empreitada 8.1. Definição 8.2. Partes 8.3. Elementos essenciais 8.4. Preço 8.5. Caracteres jurídicos 8.6. Diferenças entre empreitada e prestação de serviço 8.7. Requisitos subjetivos 8.8. Requisitos objetivos 8.9. Requisitos formais 8.10. Obrigações do empreiteiro 8.11. Obrigações do empreitante 8.12. Riscos 8.13. Extinção do contrato 9. Contrato de depósito 9.1. Definição 9.2. Partes 9.3. Caracteres jurídicos. 721 722 725 725 725 728 729 730 731 733 735 755 755 759 764 765 766 767 768 768 768 768 768 769 769 770 770 772 772 772 772 773 773. A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. 9. Cláusulas abusivas e conduta abusiva 11.1. Negociações preliminares 11.2. Proposta 11.3. Aceitação 19.1. Quanto à tipificação legal 19.2. Quanto às características ontológicas 19.3. Quanto à denominação 19.4. Quanto à forma 19.5. Quanto à reciprocidade das prestações 19.6. Quanto às obrigações das partes 19.7. Quanto à previsibilidade das prestações 19.8. Quanto ao momento da execução 19.9. Quanto à amplitude do vínculo. 1. Contrato de compra e venda 1.1. Definição 1.2. Partes 1.3. Efeitos 1.4. Caracteres jurídicos 1.5. Elementos 1.6. Requisitos subjetivos 1.7. Requisitos objetivos 1.8. Requisitos formais 1.9. Obrigações do vendedor 1.10. Obrigações do comprador 1.11. Cláusulas especiais 2. Contrato de troca 2.1. Definição 2.2. Observações gerais 3. Contrato estimatório 3.1. Definição 3.2. Partes 3.3. Caracteres jurídicos 3.4. Requisitos subjetivos 3.5. Requisitos objetivos 3.6. Requisitos formais 3.7. Prazo 3.8. Obrigações do consignatário 3.9. Obrigações do consignante 4. Contrato de doação 4.1. Definição 4.2. Partes 4.3. Natureza jurídica 4.4. Caracteres jurídicos. 703 703 703 703 705 706 707 709 710 710 710 711 716 716 716 717 717 717 717 718 718 718 718 719 719 719 719 719 720 720. 775 776 776 776 777 778 778 779 779 779 779 780.

(12) 14.2. Partes 822 14.3. Objeto 822 14.4. Caracteres jurídicos 822 14.5. Requisitos de validade 823 14.6. Espécies 824 14.7. Transporte de pessoas 824 14.8. Transporte de coisas 826 15. Contrato de seguro 829 15.1. Definição 829 15.2. Caracteres jurídicos 829 15.3. Requisitos subjetivos 830 15.4. Requisitos objetivos 831 15.5. Requisitos formais 832 15.6. Obrigações do segurado 833 15.7. Obrigações do segurador 834 15.8. Acumulação de seguros ou seguro cumulativo 835 15.9. Espécies de seguro 836 16. Contrato de constituição de renda 836 16.1. Definição 836 16.2. Partes 837 16.3. Caracteres jurídicos 837 16.4. Sujeitos 838 16.5. Prestações 838 16.6. Extinção do contrato 839 17. Contrato de jogo e aposta 840 17.1. Definições 840 17.2. Espécies 840 17.3. Efeitos civis do jogo tolerado e proibido 841 18. Contrato de fiança 842 18.1. Definição 842 18.2. Caracteres jurídicos 842 18.3. Requisitos subjetivos 843 18.4. Requisitos objetivos 843 18.5. Requisitos formais 844 18.6. Regras especiais 844 18.7. Efeitos 844 18.8. Extinção da fiança 846 18.9. Diferenças entre fiança e aval 846 19. Transação 847 19.1. Definição 847 19.2. Características 847 19.3. Natureza jurídica 847 19.4. Requisitos 848 19.5. Efeitos 848 20. Compromisso 849. A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. 9.4. Requisitos subjetivos 781 9.5. Requisitos objetivos 781 9.6. Requisitos formais 781 9.7. Prazo 781 9.8. Espécies 782 9.9. Depósito de mercadorias em armazéns-gerais 783 9.10. Obrigações do depositante 784 9.11. Obrigações do depositário 785 9.12. Riscos 790 9.13. Extinção do contrato 790 9.14. Depósito necessário 792 10. Contrato de mandato 795 10.1. Generalidades 795 10.2. Definição 797 10.3. Partes 797 10.4. Caracteres jurídicos 797 10.5. Requisitos subjetivos 798 10.6. Requisitos objetivos 799 10.7. Requisitos formais 799 10.8. Aceitação 801 10.9. Classificação 802 11.1. Definição 812 11.2. Partes 812 11.3. Caracteres jurídicos 812 11.4. Requisitos de validade 813 11.5. Obrigações das partes 813 12. Contrato de agência e distribuição 814 12.1. Definição 814 12.2. Partes 815 12.3. Caracteres jurídicos 815 12.4. Requisitos de validade 816 12.5. Obrigações do agente 817 12.6. Obrigações do preponente 817 12.7. Extinção do contrato 817 13. Contrato de corretagem 818 13.1. Definição 818 13.2. Partes 818 13.3. Espécies 818 13.4. Caracteres jurídicos 818 13.5. Requisitos de validade 819 13.6. Obrigações do corretor 820 13.7. Obrigações do comitente 820 13.8. Extinção do contrato 821 14. Contrato de transporte 822 14.1. Definição 822.

(13) 849 849 849 850 850 851 852 852 853 854 855 860 864 877 877 877. 3. Contrato de representação dramática 3.1. Definição 3.2. Partes 3.3. Tutela legal 3.4. Caracteres jurídicos 3.5. Requisitos subjetivos 3.6. Requisitos objetivos 3.7. Requisitos formais 3.8. Obrigações do autor 3.9. Obrigações do empresário 3.10. Regra especial 3.11. Extinção 4. Contrato de franquia 4.1. Definição 4.2. Partes 4.3. Caracteres jurídicos 4.4. Formação e extinção do contrato 5. Contrato de concessão mercantil 5.1. Definição 5.2. Partes 5.3. Caracteres jurídicos 5.4. Requisitos de validade 5.5. Prazo 5.6. Direitos e deveres do concedente 5.7. Direitos e deveres do concessionário 5.8. Extinção do contrato 6. Contratos fiduciários 6.1. Introdução 6.2. Contratos fiduciários em espécie 6.2.1. Contratos fiduciários de garantia 6.2.2. Contratos fiduciários de administração 7. Contrato de conta corrente 7.1. Definição 7.2. Partes 7.3. Caracteres jurídicos 7.4. Requisitos de validade 7.5. Efeitos da conta corrente 7.6. Extinção 8. Contratos bancários 8.1. Generalidades 8.2. Operações passivas 8.3. Operações ativas 8.4. Outras operações bancárias 9. Contrato de capitalização 9.1. Definição. 891 891 892 892 892 893 893 893 893 893 893 893 894 894 894 894 895 895 895 896 896 896 897 897 898 898 898 898 899 901 904 909 909 909 909 910 910 911 911 911 911 913 915 917 917. A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. 20.1. Definição 20.2. Espécies 20.3. Requisitos de validade 21. Contrato de sociedade 21.1. Definição 21.2. Natureza jurídica 21.3. Diferenças entre sociedade e condomínio (comunhão) 21.4. Elementos do contrato de sociedade 21.5. Requisitos de validade contratual 21.6. Conteúdo do contrato social 21.7. Classificação 21.8. Sócios 21.9. Gerência 22. Associações 22.1. Definição 22.2. Natureza jurídica 22.3. Diferenças entre associação, sociedade e condomínio 22.4. Objeto 22.5. Nome 22.6. Constituição 22.7. Direitos e deveres dos associados 22.8. Administração 22.9. Extinção 23. Diferenças terminológicas. 11. Fontes das obrigações: Contratos não tipificados no Código Civil. 1. Contrato de parceria rural 1.1. Definição 1.2. Caracteres jurídicos 1.3. Pontos comuns com outros contratos 1.4. Partes 1.5. Espécies 2. Contrato de edição 2.1. Definição 2.2. Tutela legal 2.3. Partes 2.4. Caracteres jurídicos 2.5. Outras características 2.6. Requisitos subjetivos 2.7. Requisitos objetivos 2.8. Requisitos formais 2.9. Obrigações do autor 2.10. Obrigações do editor 2.11. Extinção. 878 879 879 879 880 881 882 883. 885. 885 885 885 886 886 887 888 888 889 889 889 890 890 890 890 890 890 891.

(14) 918 918 918 918 919 919 920 920 920 920 921 921 921 922 922 923 923 923 923 924 924 925 925 925 926 928 928 929 930 930 931 931 931 932 933 933 934 934 934 935. 18.3. Requisitos de validade 18.4. Efeitos 18.5. Outras espécies de consórcio. 937 938 941. 12. Fontes das obrigações: Atos unilaterais. 943. 1. Promessa de recompensa 2. Gestão de negócios 2.1. Definição 2.2. Partes 2.3. Natureza jurídica 2.4. Elementos 2.5. Obrigações do gestor 2.6. Obrigações do dono do negócio 2.7. Aprovação 2.8. Casos afins 2.9. Gestão imprópria 3. Pagamento indevido. 945 947 947 947 948 950 951 952 952 952 953 953. A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. 9.2. Partes 9.3. Tutela legal 9.4. Natureza jurídica 9.5. Relações com outros contratos 9.6. Caracteres jurídicos 9.7. Sociedades de capitalização 9.8. Título de capitalização 10. Contrato de joint venture 11. Contrato de arrendamento mercantil ou leasing 11.1. Definição 11.2. Partes 11.3. Tutela legal 11.4. Caracteres jurídicos 11.5. Requisitos de validade 11.6. Modalidades 12. Contrato de know-how 12.1. Definição 12.2. Partes 12.3. Caracteres jurídicos 12.4. Natureza jurídica 12.5. Requisitos de validade 12.6. Obrigações das partes 12.7. Extinção do contrato 13. Contrato de engeneering 14. Contrato de hedge 15. Contrato de faturização ou factoring 15.1. Definição 15.2. Caracteres jurídicos 15.3. Requisitos de validade 15.4. Extinção do contrato 16. Contrato de cartões de crédito 16.1. Definição 16.2. Caracteres jurídicos 16.3. Requisitos de validade 16.4. Espécies de cartão de crédito 16.5. Obrigações das partes 16.6. Extinção do contrato 17. Contrato de shopping centers 17.1. Definição 17.2. Partes 17.3. Características do contrato de shopping center 18. Contrato de consórcio 18.1. Definição 18.2. Tutela legal. 935 935 935 937. 13. Fontes das obrigações: Atos ilícitos 963. 1. Generalidades e definição 963 2. Elementos do ato ilícito 967 2.1. Análise dos elementos do ato ilícito civil 968 2.2. Ação indenizatória 985 3. Responsabilidade por fato de outrem 988 4. Responsabilidade por fato de coisa 990 5. Teorias subjetiva e objetiva da responsabilidade civil 990 6. Responsabilidade civil do estado 997 6.1. Definição 997 6.2. Evolução histórica 997 6.3. Fundamento doutrinário 998 6.4. Consequências 998 6.5. Disposições legais: art. 37, § 6.º, da CF 998 7. Diferenças entre algumas espécies de ilícitos (civil, penal, administrativo) 1000 8. Abuso de direito 1002 9. Enriquecimento ilícito 1012. 14. Liquidação das obrigações: Concurso de credores. 1. Generalidades 2. Processo 3. Concordata civil 4. Saldo devedor da execução 5. Extinção das obrigações. 1021. 1021 1021 1024 1024 1024.

(15) 15. Direito das coisas: Introdução. Propriedade. 1025. 17. Direito das coisas: direitos reais sobre coisas alheias. 1. Introdução 2. Direitos reais de uso e fruição 2.1. Direito real de enfiteuse 2.2. Direito real de servidão 2.3. Usufruto 2.4. Uso, habitação e direitos reais sociais 2.5. Direito real de superfície 2.6. Direito real de laje 2.7. Direito real de uso do locatário 3. Direitos reais de aquisição 3.1. Promessa irretratável de compra e venda de imóvel 3.2. Retrovenda 3.3. Direito de remancipação do devedor fiduciante 3.4. Direito de preferência do locatário, do condômino, do superficiário, do enfiteuta, do ocupante de imóvel da União, do vendedor na reserva de domínio 4. Direitos reais de garantia 4.1. Teoria geral dos direitos reais de garantia 4.2. Direitos reais de garantia em espécie. 1194 1196 1196 1196 1208 1208 1211. 1213. 1213 1213 1214 1218 1223 1228 1232 1240 1252 1253. A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. 1. Introdução ao estudo do direito das coisas 1025 1032 2. Propriedade 1032 2.1. Definição 2.2. História, sociologia e política da propriedade 1035 1037 2.3. Fundamento da propriedade 1039 2.4. Elementos da propriedade 1043 2.5. Atributos da propriedade 1044 2.6. Função social da propriedade 1048 2.7. Classificação 1051 2.8. Extensão da propriedade 1051 2.9. Restrições à propriedade 1053 2.10. Proteção específica da propriedade 1054 2.11. Domínio público 2.12. Aquisição ou constituição da propriedade 1059 1061 2.13. Propriedade imóvel 1103 2.14. Propriedade móvel 1112 2.15. Condomínio 1129 2.16. Multipropriedade 1137 2.17. Incorporações 1137 2.18. Propriedade resolúvel 1141 2.19. Propriedade fiduciária 2.19.1. Propriedade fiduciária 1141 com escopo de administração 2.19.2. Propriedade fiduciária 1145 com escopo de garantia 2.20. Perda ou cessação da 1157 propriedade móvel e imóvel. 8.2. Fundamento da proteção possessória 8.3. Atentados contra a posse 8.4. Objeto dos atentados 8.5. Instrumentos de proteção possessória 9. Função social da posse 10.1. Perda ou cessação da posse das coisas 10.2. Perda ou cessação da posse dos direitos. 16. Direito das coisas: posse. 1. Definição 2. Natureza jurídica da posse 3. Objeto jurídico da posse 4. Classificação da posse 4.1. Posse direta e indireta 4.2. Posse justa e injusta 4.3. Posse de boa-fé e de má-fé 4.4. Posse com justo título e posse com título justo 4.5. Posse ad interdicta 4.6. Posse ad usucapionem 5. Aquisição ou constituição da posse 6. Composse 7. Efeitos da posse 8. Proteção possessória 8.1. Observações preliminares. 1165. 1165 1174 1177 1178 1178 1179 1181 1182 1182 1182 1183 1188 1190 1194 1194. 1253 1254 1254. 1255 1256 1256 1260. 18. Obra intelectual. 1279. 19. Direito de família. 1289. 1. Natureza jurídica e definição 1279 2. Tutela legal 1281 3. Direitos do autor 1281 3.1. Direitos patrimoniais do autor 1281 3.2. Direitos morais do autor 1282 3.3. Duração dos direitos patrimoniais do autor 1282 3.4. Limitações aos direitos autorais 1283 3.5. Cessão dos direitos de autor 1284 3.6. Violação dos direitos de autor 1285 4. Registro das obras intelectuais 1285 5. Obra intelectual na informática 1285 1. Introdução. 1289.

(16) 1294 1294 1294 1295 1295 1296 1296 1297 1300 1300 1301 1302 1302 1305 1306 1306 1307 1307 1309 1315 1317 1318 1321 1328 1336 1337 1337 1338 1344 1344 1347 1349 1351 1356 1357 1357 1358. 7.11. Adoção 1362 1367 8. Poder familiar 1367 8.1. Definição 8.2. Consequências do poder 1367 familiar quanto à pessoa dos filhos 8.3. Consequências do poder 1370 familiar quanto aos bens dos filhos 1370 8.4. Cessação do poder familiar 1370 8.5. Suspensão do poder familiar 1370 8.6. Perda do poder familiar 1371 9. Alienação parental 1373 10. Tutela 1373 10.1. Definição 1373 10.2. Nomeação do tutor 1374 10.3. Espécies de tutela 10.4. Incapacidade para o exercício da tutela 1374 10.5. Pessoas que podem se escusar da tutela 1375 1376 10.6. Exercício da tutela 1377 10.7. Cessação da tutela 1377 10.8. Prestação de contas 1377 11. Curatela 1377 11.1. Definição 1378 11.2. Nomeação do curador 1379 11.3. Prestação de contas 1379 12. Tomada de decisão apoiada 1381 13. Guarda 1381 13.1. Definição 1382 13.2. Titularidade da guarda 1386 13.3. Efeitos da guarda 1387 14. Alimentos 1387 14.1. Definição 1387 14.2. Sujeito ativo e passivo de alimentos 1389 14.3. Prestação de alimentos 1392 15. Ações de família. A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. 2. Principiologia do Direito de Família 2.1. Nota preliminar 2.2. Princípio da dignidade humana 2.3. Princípio da função social da família 2.4. Princípio do pluralismo 2.5. Princípio da solidariedade 2.6. Princípio da proteção especial 2.7. Princípio da igualdade 2.8. Princípio da dissolubilidade do vínculo 2.9. Princípio da afetividade 2.10. Princípio da monogamia 3. Casamento 3.1. Definição 3.2. Natureza jurídica 3.3. Caracteres jurídicos 3.4. Finalidades 3.5. Casamento civil e religioso 3.6. Habilitação para o casamento 3.7. Impedimentos matrimoniais 3.8. Celebração do casamento 3.9. Prova do casamento 3.10. Efeitos do casamento 3.11. Regimes de bens 3.12. Extinção do casamento 3.13. Casamento inexistente 3.14. Casamento irregular 3.15. Casamento putativo 4. União estável 5. Parentesco 5.1. Espécies de parentesco 5.2. Graus de parentesco 6. Afinidade 7. Filiação 7.1. Presunção de paternidade 7.2. Prova da maternidade 7.3. Prova pela posse do estado de filho 7.4. Contestação da paternidade 7.5. Impugnação ou desconhecimento da paternidade 7.6. Contestação de maternidade 7.7. Ação de vindicação de estado ou de filiação legítima 7.8. Ação de investigação de paternidade ou de maternidade 7.9. Reconhecimento da paternidade 7.10. Formas de procriação. 1358 1358 1359 1359 1359 1360. 20. Direito das sucessões. 1. Introdução 1.1. Definições 1.2. Objeto da sucessão 1.3. Histórico e fundamentos 1.4. Abertura da sucessão 1.5. Capacidade para suceder 1.6. Transmissão ou devolução da herança 2. Sucessão legítima 2.1. Definição e generalidades 2.2. Ordem de vocação hereditária. 1395. 1395 1395 1398 1399 1400 1402 1403 1409 1409 1412.

(17) 1420 1423 1423 1424 1428 1432 1433 1440 1442 1446 1447 1450 1454 1461 1461 1469 1470. A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. 2.3. Exclusão de herdeiro indigno 3. Sucessão testamentária 3.1. Definição 3.2. Generalidades sobre os testamentos 3.3. Formas de testamento 3.4. Codicilos 3.5. Disposições testamentárias 3.6. Herdeiros necessários e herança legítima 3.7. Substituições 3.8. Deserdação 3.9. Legados 3.10. Execução dos testamentos 3.11. Inexecução dos testamentos 4. Liquidação e partilha da herança 4.1. Inventário 4.2. Partilha 4.3. Holding familiar. Referências. 1473.

(18) CAPÍTULO I. Introdução. A R O O D IT CI ED LÁ 'P D 1 . C o n c e i t o d e D i re i t o. A primeira ideia que devemos trabalhar é a de adaptação, adaptação do homem a si próprio e ao meio em que vive. O ser humano, a fim de realizar seus ideais, tem que se adaptar à natureza. Cria seu mundo cultural e a ele se submete.1 Nesse afã de se adaptar, utiliza-se o homem de dois processos distintos. Segundo estes processos, haverá dois tipos de adaptação humana, a interna e a externa. Adaptação interna é a orgânica, que se processa por meio dos órgãos do corpo, sem a intervenção do elemento vontade. Adaptação externa consiste em tudo aquilo que o homem constrói, complementando a natureza, em consequência de seu esforço, perspicácia e imaginação. Mas onde entra o Direito? Para responder essa pergunta, carece analisar a relação humana com a sociedade em seu duplo aspecto de adaptação: de um lado, o Direito ajuda o homem a se adaptar às condições do meio; de outro lado, é o homem que deve adaptar-se ao Direito, preestabelecido segundo suas próprias aspirações. A vida em sociedade só é possível com organização, daí a necessidade do Direito. A sociedade cria o Direito para formular as bases da justiça e segurança. Mas o Direito não gera o bem-estar social sozinho. Seus valores não são inventados pelo legislador, sendo, ao contrário, expressão da vontade social. Se o Direito é fator de adaptação social, surgido da necessidade de ordem, justiça e segurança, caso a natureza humana atingisse nível supremo de perfeição, sem dúvida alguma o Direito tenderia a desaparecer. Em poucas palavras, o Direito não corresponde às necessidades individuais de cada pessoa. Corresponde sim a uma carência da coletividade de paz, ordem e bem comum. 1. NADER. Introdução ao estudo do direito. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1992. p. 17 et seq.. 17.

(19) A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. Para o indivíduo e para a sociedade, o Direito não constitui fim em si mesmo, mas apenas meio para tornar possível a convivência e o progresso social. Nesse sentido, o Direito deve estar sempre se refazendo, de acordo com a mobilidade social, pois só assim será instrumento eficaz na garantia do equilíbrio e da harmonia social. Mas é por intermédio de normas jurídicas que o Direito promove seus objetivos. Normas são modelos de comportamento que fixam limites à atuação humana, impondo determinadas condutas e sanções àqueles que as violarem. É lógico que o Direito não pode e não deve absorver todos os atos e manifestações humanos. Seu escopo é apenas o de zelar e promover a segurança e justiça nas relações sociais. Assim, não visa ao aperfeiçoamento do homem, de que bem se incumbe a Moral.Tampouco pretende ligar o homem a Deus. Esta é tarefa da Religião. E, por fim, não se preocupa em incentivar o cavalheirismo e as boas maneiras, disto cuidando a Etiqueta. O homem é ser social. Na concepção aristotélica, o homem, considerado fora da sociedade, seria ou um bruto ou um Deus.2 Santo Tomás de Aquino, partindo disto, elaborou três hipóteses para a vida fora da sociedade. Na primeira, teríamos o indivíduo que, por má sorte – mala fortuna –, se veria alijado do ambiente social. A literatura bem representa o caso com Robinson Crusoé. Na segunda hipótese, a própria natureza afastaria o homem da sociedade. São os casos de alienação mental – corruptio naturae. Enfim, na terceira hipótese se colocariam aqueles dotados de grande espiritualidade, como certos religiosos, que vivem felizes, em completo isolamento. Trata-se da excellentia naturae.3 A conclusão é que, fora da sociedade, não há condições de vida para o homem. Estudá-lo apartadamente seria como estudar a física sem as leis da gravidade. Estudo que só ajudaria a provar a impossibilidade da vida fora da sociedade. Examinando o fenômeno social, vemos que as pessoas e os grupos interagem, a todo momento, na busca de seus objetivos. E esta interação é percebida de três formas: enquanto cooperação, enquanto competição e enquanto conflito. Na cooperação, as pessoas buscam o mesmo objetivo, conjugando seus esforços. A interação se manifesta direta e positivamente. Em relação à interação social por cooperação, de grande importância foi a tese de Duguit, chamada solidarismo social. Baseou-se na famosa divisão de Durkheim das formas de solidariedade social: mecânica e orgânica.4 Resolveu 2. 3. 4. ARISTÓTELES. Nicomachean ethics. Great Books of the Western World. Chicago: University of Chicago, 1952. p. 446 (1253a). Excelência, elevação de espírito. AQUINATIS, St. Thoma. Summa theologiae. 3. ed. Matriti: Biblioteca de Autores Cristianos. MCMLXI, 1, q. 96 a. 4 (p. 686-687). TIRYAKIAN, Edward. Émile Durkheim. In: Bottomore; Nisbet. História da análise sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1980. p. 252 et seq. DURKHEIM, Émile. Divisão do trabalho social. Os pensadores. 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1985. Cap. II e III.. 18.

(20) A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. ele denominar a solidariedade mecânica de solidariedade por semelhança e a orgânica de solidariedade por divisão do trabalho. A solidariedade por semelhança se caracteriza pelo fato de todos os indivíduos de um grupo social conjugarem seus esforços em um mesmo trabalho. Na solidariedade por divisão do trabalho, a atividade global é dividida em tarefas. Se formos construir uma casa, podemos nos reunir em grupo e todos fazermos o mesmo trabalho. Mas também podemos dividir o processo de construção em tarefas, incumbindo cada pessoa de uma delas. Para Duguit, o Direito se revelaria como o agente capaz de garantir a solidariedade social, sendo a lei legítima apenas quando a promovesse.5 A segunda forma de interação é a competição. Nela, haverá disputa, em que uns procurarão excluir os outros. A interação é indireta e, quase sempre, positiva. Aqui, o Direito entra disciplinando a competição, estabelecendo limites necessários ao equilíbrio e à justiça. Finalmente, a terceira forma de interação é o conflito. Haverá impasse que não se resolveu pelo diálogo, e as pessoas recorrem à agressão, ou buscam a mediação da Justiça. Os conflitos são imanentes à sociedade. Dizia Heráclito que “se ajusta apenas o que se opõe; a discórdia é a lei de todo porvir”.6 Em relação ao conflito, o Direito opera por dois lados: primeiramente, prevenindo; de outro lado, solucionando. Mas que é direito? Qual o significado dessa palavra tão corriqueira? Como poderíamos definir o termo direito, enquanto objeto de nossos estudos? De início, deve ficar claro que a palavra direito é polissêmica, ou seja, tem várias acepções. Daí decorre que direito tem várias definições, dependendo da acepção sob análise. Seria errôneo dar apenas uma definição para direito. Devem ser dadas tantas definições quantos forem os sentidos do vocábulo. Para definirmos o objeto de estudo direito, devemos, antes, entender a diferença entre ideia, conceito e definição. Ideia é a representação mental de determinado objeto. Conceito é a expressão mental do objeto, sem nenhuma tentativa de explicá-lo, de distingui-lo de outros objetos. A tarefa de explicar e distinguir é da definição. Definição é, pois, a explicação do conceito. Procura-se indicar o gênero próximo, ou seja, com que o objeto se parece, e a diferença específica, isto é, em que o objeto se distingue de seus similares em gênero. Assim, ao vermos uma cadeira, fazemos dela uma ideia, formulamos um conceito – isto é uma cadeira – e elaboramos uma definição – é peça de mobília (gênero próximo), composta de pés e parte rasa, em que se senta (diferença específica). As definições podem ser nominais ou reais, também chamadas de lógicas. 5. 6. DUGUIT, Léon. Traité de droit constitutionnel. 3. ed. Paris: Anciènne Librairie Fontemoing, 1927. t. I, p. 86 et seq. HERÁCLITO. Fragmentos. Pré-socráticos. Os pensadores. 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1985. p. 80.. 19.

(21) Chamam-se nominais por se preocuparem com o significado da palavra em função do nome dado ao objeto.As nominais serão etimológicas ou semânticas.. 1.1.. Definição etimológica de Direito. A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. A palavra direito vem do latim directum, que significa aquilo que é reto. Directum, por sua vez, vem do particípio passado do verbo dirigere que significa dirigir, alinhar. O termo direito foi introduzido, com esse sentido, já na Idade Média, aproximadamente no século IV. A palavra usada pelos romanos era ius. Quanto a esta, os filólogos não se entendem. Para alguns, ius vem de iussum, particípio passado do verbo iubere, que quer dizer mandar, ordenar. O radical, para eles, seria sânscrito, Yu (vínculo). Para outros, ius estaria ligado a iustum, aquilo que é justo, tendo seu radical no védico Yos, significando aquilo que é bom. As várias línguas ocidentais usam o mesmo radical – aquilo que é reto, correto – para identificar o termo direito. Em francês, droit; em alemão, Recht; em espanhol, derecho; em italiano, diritto; em russo, pravo (право), também significando o que é correto; em inglês, right, apesar de mais usado o termo law, do latim lex – lei.. 1.2.. Definição semântica de Direito. A semântica procura definir direito por seus vários sentidos. Assim, primeiramente, a palavra significa aquilo que é reto; em segundo lugar, aquilo que é conforme as leis; em terceiro lugar, conjunto de leis; em quarto, a ciência que estuda as leis; em quinto, a faculdade, o poder de cada indivíduo de exigir o que é seu. Vistas as definições nominais, passemos às definições reais. As definições reais ou lógicas fixam a essência do objeto, fornecendo suas características básicas, procurando seu gênero próximo e sua diferença específica. Definindo direito desta forma, teríamos um milhão de definições conforme o autor. Examinemos alguns. Para Caio Mário, “é o princípio de tudo o que é bom e justo para a adequação do homem à vida social”.7 Radbruch define direito como “o conjunto das normas gerais e positivas, que regulam a vida social”.8 Segundo Paulo Nader, “é um conjunto de normas de conduta social, imposto coercitivamente pelo Estado, para a realização da segurança, segundo os critérios de Justiça”.9 7. 8 9. PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1996. vol. 1, p. 5. RADBRUCH, Gustavo. Filosofia do direito. 3. ed. Coimbra: Coimbra, 1953. p. 99-112. NADER. Op. cit., p. 17 et seq.. 20.

(22) A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. Na definição de Paulo Nader, de Radbruch e de Caio Mário, temos o gênero próximo: princípio de tudo o que é bom e justo e conjunto de normas, o que aproxima o Direito da Moral, da Religião e da Etiqueta. Mas apenas na definição de Paulo Nader e de Radbruch temos a diferença específica: imposto coercitivamente pelo Estado – normas positivas, o que diferencia o Direito da Moral, da Religião e das normas de trato social, também denominadas Etiqueta. Todas essas definições apenas denotam um dos sentidos da palavra direito, ou seja, direito enquanto norma, princípio. Há, entretanto, outras definições reais que ficaram famosas, ao longo da história. Para Celso, jurisconsulto romano do século I d.C., “O direito é a arte do bom e do justo”.10 Na opinião de Dante, poeta e pensador italiano do século XIII, “O direito é a proporção real e pessoal de um homem em relação a outro, que, se observada, mantém a sociedade em ordem; se corrompida, corrompe-a”.11 Segundo Hugo Grócio, jurisconsulto holandês do século XVII,“o direito é o conjunto de normas ditadas pela razão e sugeridas pelo appetitus societatis”.12 Nas palavras de Kant, filósofo alemão do século XVIII, “direito é o conjunto das condições, segundo as quais o arbítrio de cada um pode coexistir com o arbítrio dos outros, de acordo com uma lei geral de liberdade”.13 Na concepção de Rudolf von Jhering, jurista alemão do século XIX, “direito é a soma das condições de existência social, no seu amplo sentido, assegurada pelo Estado através da coação”.14 Concluindo, temos que a palavra direito pode ser usada em várias acepções. Ao dizermos que “o Direito é nossa disciplina favorita”, usamos a palavra no sentido de ciência do Direito. Quando falamos que o Direito não foi bem aplicado, empregamos o termo no sentido de norma. Ao nos reportarmos a certa pessoa como indivíduo direito, queremos dizer ser ela justa, correta. Às vezes, nos referimos ao Direito de certo país – Direito Brasileiro, Francês etc. Neste sentido, utilizamos a palavra enquanto ordenamento jurídico, ordem jurídica ou sistema jurídico. Quando falamos que o credor tem o direito de receber, referimo-nos à faculdade inerente a ele, credor, de exigir o pagamento. 10 11. 12. 13. 14. CELSUS. Digestum. Lib. I, Tit. I, 1. Tradução livre do original: “ius est ars boni et aequi”. ALIGHIERI, Dante. De monarchia. Madrid: Instituto de Estudios Políticos, 1947. p. 119. Tradução livre do original:“ius est realis ac personalis hominis ad hominem proportio, quae servata societatem servat, corrupta corrumpit”. GROCIO, Hugo. Del derecho de la guerra y de la paz. Madrid: Reus, 1925. p. 44 et seq. Tradução livre: “Apetite de viver em sociedade”. KANT, Immanuel. The science of right. Great Books of the Western World. Chicago: University of Chicago, 1952. p. 397. JHERING, Rudolf von. A luta pelo direito. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1992. p. 3-4.. 21.

(23) CAPÍTULO II. O Direito Civil no Sistema Jurídico Romano-Germânico. A R O O D IT CI ED LÁ 'P D 1. Generalidades. O Direito Brasileiro é filho de grande família jurídica com ramificações em todo o mundo. Trata-se da família romano-germânica. Nos dizeres de René David “os direitos da família romano-germânica são os continuadores do direito romano, cuja evolução concluíram”.1 Existem três grandes famílias ou sistemas do Direito contemporâneo: a Common Law, na Grã-Bretanha e colônias ou ex-colônias; o sistema soviético, em fase de transmutação nos antigos países socialistas, e o sistema romano-germânico. Mas por que a denominação “Direito Romano-Germânico”, uma vez que se trata de continuador do Direito Romano? Ora, a resposta é bem simples. Como veremos, quando Roma caiu nas mãos dos bárbaros de origem germânica, estes absorveram grande parte do Direito Romano, misturando a ele, porém, os seus próprios costumes jurídicos. Posteriormente, já na Baixa Idade Média, redescobriu-se o Direito Romano, que foi fonte importantíssima na criação do Estado Nacional absolutista. Daí se falar em Sistema Jurídico Romano-Germânico, fruto da fusão do Direito Romano, em doses preponderantes, é lógico, com o Direito dos conquistadores bárbaros. Dessa fusão se originou o Direito Português e seu filho, o brasileiro. Hoje em dia, o Direito Romano-Germânico se espalhou para lá das fronteiras do antigo império conquistado. Além de ser o Direito de toda a Europa continental, conquistou a América Latina, parte da África, países do Oriente Próximo, o Japão e a Indonésia. 1. Tradução do trecho de René David: “Les droits de la famille romano-germanique sont les continuateurs du droit romain, dont ils ont parfait l’évolution.” (DAVID, René. Les grands systèmes du droit contemporains. 2. ed. Paris: Dalloz, 1966. p. 29 et seq.). 47.

(24) A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. Vejamos algumas das características mais importantes dessa grande família. A característica principal, além das fontes históricas, é a preponderância do Direito escrito, que tende a provocar confusão entre Direito e Lei. Outra característica importante é a técnica de codificação adotada nos séculos XVIII e XIX por todos os países romano-germânicos. No Brasil, podemos citar vários exemplos: o Código Civil, tratando das relações privadas; o Código Penal, cuidando dos delitos e das penas; o Código do Consumidor, estruturando as relações de consumo, e assim por diante. Terceira característica desses direitos são suas fontes. Fontes do Direito são mananciais em que buscamos normas jurídicas. São poços dos quais jorram normas de conduta. As fontes se dividem em fontes materiais e fontes formais. Aquelas consistem no fundamento das normas, podendo ser, assim, históricas, sociológicas, psicológicas, políticas etc. Qual seria o fundamento, ou seja, a fonte da norma constitucional que consagra o direito de propriedade? Podemos apontar vários fundamentos (fontes). Dependendo do ângulo de análise, a fonte poderia ser econômica, e diríamos que o fundamento da propriedade, por este prisma, seria a escassez; de um ponto de vista biológico, o fundamento (a fonte) da norma seria a luta pela sobrevivência; a fonte política seria a luta pelo poder, facilitada pela riqueza; e assim por diante.Vê-se, pois, que as fontes materiais são várias, dependendo do ponto de vista. As fontes formais, por sua vez, são também várias e dizem respeito à materialização da norma, a sua positivação, quando passa a integrar um sistema normativo, denominado ordenamento jurídico. A norma jurídica se materializa, passando a vigorar, de várias maneiras, seja através da lei escrita, seja através dos costumes, da jurisprudência, da doutrina etc. A mais importante, em nosso sistema (de forte base romano-germânica), é a lei escrita. Daí dizermos ser a lei a fonte principal, imediata do Direito, e as demais, costumes, jurisprudência, doutrina e outras, fontes subsidiárias, mediatas. Essas fontes mediatas são também fontes importantes porque acabam por retroalimentar o sistema jurídico positivo, ampliando ou restringindo seu alcance. Fica uma pergunta no ar: seria possível solucionar um problema jurídico baseando-se apenas em fontes materais e/ou formais mediatas? Seria possível, por exemplo, o juiz decidir um litígio baseado tão somente em fontes materiais e/ou formais mediatas, sem se importar com os fundamentos legais? A meu ver, no sistema jurídico brasileiro, dados os limites da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro e da própria Constituição, a resposta só pode ser negativa. Toda solução de questões jurídicas, mormente as judiciais, devem ter embasamento legal, ainda que se possam enriquecer, fazendo referência às fontes materiais e/ou formais mediatas, principalmente a jurisprudência e a doutrina. No mais, segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, toda decisão, seja judicial ou administrativa. 48.

(25) A R O O D IT CI ED LÁ 'P D. deverá analisar os efeitos jurídicos práticos, numa clara perspectiva de análise econômica do Direito. As normas se dividem em princípios e regras. A definição do que seja princípio é complicada, importando a adoção dessa ou daquela teoria. Mais complicado ainda é estabelecer sua natureza. Sem adentrar o debate em torno do tema, podemos dizer de forma bem simples que princípios podem ser entendidos como postulados que fundamentam, como mandados de otimização, como razões primeiras, servindo de alicerce para todo o sistema jurídico, ou para parte dele. Podem ser definidos, de maneira bem simplificada, como normas gerais e fundantes. Gerais, porque se aplicam a vários problemas concretos; fundantes, porque deles se pode extrair subprincípios e regras. Por exemplo, o princípio da autonomia privada é um dos sustentáculos do Direito Contratual. Consiste este princípio na liberdade de as pessoas regularem, através de contratos, seus interesses, respeitados os limites legais. É princípio de proteção do cidadão contra a interferência abusiva e arbitrária do Estado. Os contratos são um fenômeno da autonomia privada, em que é dado às partes se imporem elas mesmas normas de conduta, na medida do possível sem limites impostos pelo Estado, que não a boa-fé, a função social, os bons costumes (boas práticas) e o interesse público. A todo instante se invoca esse princípio para dirimir dúvidas e solucionar conflitos em matéria contratual. Dele se pode extrair vários subprincípios, como o da obrigatoriedade contratual. Ora, se duas pessoas, no exercício de sua autonomia, celebram um contrato dentro dos limites legais, estarão obrigadas a cumpri-lo. Do princípio da autonomia privada e de seus subprincípios pode extrair-se também várias regras, como por exemplo, a de que é válida a transmissão da vontade via e-mail. Se as partes contratantes, no exercício de sua autonomia, escolheram a via eletrônica para se comunicarem, e sendo esta via hábil a fazer com que a vontade de um dos contratantes chegue ao conhecimento do outro, é válida a via. As regras, por seu turno, não são gerais e fundantes como os princípios. Dizem respeito a problemas específicos, como a regra que trata da forma especial pela qual se deve celebrar o contrato de compra e venda de imóveis, como a que fixa os dizeres que deve pronunciar o celebrante, para declarar os noivos casados etc. Havendo contradição, ou seja, antinomia entre princípios e regras, devem prevalecer os princípios, segundo a melhor doutrina. Havendo, porém, antinomia entre dois princípios, deve prevalecer aquele que melhor solucione o caso concreto, de modo a que seja feita a justiça. Vejamos dois exemplos. Se um contrato de locação estabelecer que as benfeitorias, por mais necessárias, só serão indenizadas, caso o locador as autorize, o que deverá prevalecer, se o locatário implementar as ditas benfeitorias, mesmo sem autorização do locador, a regra contratual ou o princípio do enriquecimento sem causa? Evidentemente, prevalece o princípio do enriquecimento sem causa.. 49.

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