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PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

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RE\851265PT.doc PE450.532v01-00

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Unida na diversidade

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PARLAMENTO EUROPEU 2009 - 2014

Documento de sessão

8.12.2010 B7-0702/2010

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

apresentada na sequência de declarações da Comissão nos termos do n.º 2 do artigo 110.º do Regimento

sobre as prioridades do Parlamento Europeu para o programa de trabalho da Comissão para 2011

Malcolm Harbour em nome do Grupo ECR

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B7-0702/2010

Resolução do Parlamento Europeu sobre as prioridades do Parlamento Europeu para o programa de trabalho da Comissão para 2011

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta a Comunicação da Comissão sobre o Programa de trabalho da Comissão para 2011 (COM(2010)623/2),

– Tendo em conta o n.º 2 do artigo 110.º do seu Regimento,

Restabelecer o crescimento gerador de emprego: Acelerar o programa para 2020 Reforço da governação económica e início do Semestre Europeu

1. Congratula-se com os esforços desenvolvidos pela União Europeia para resolver os problemas que prejudicaram o Pacto de Estabilidade e de Crescimento e conduziram à actual situação orçamental adversa em vários Estados-Membros; salienta que cabe a todos os Estados-Membros a responsabilidade de praticarem a disciplina orçamental e que a criação de um quadro comunitário transparente e responsável pode contribuir para a solidez das finanças públicas e para uma maior capacidade de fazer face a futuras crises;

2. Reconhece que uma zona euro forte e competitiva é do interesse de todos os

Estados-Membros da UE; sublinha, não obstante, que toda e qualquer reforma deve ter plenamente em conta as necessidades, tanto da zona euro como dos Estados-Membros que dela ainda não façam parte ou que não tenham a intenção de o vir a fazer;

3. Regista a introdução de um "semestre europeu", que implicará um ciclo anual de coordenação das políticas económicas; acredita que as suas comissões parlamentares devem ter um papel mais importante para atestar os seus conhecimentos específicos mediante a apresentação de "relatórios de fim de ano" sobre o progresso registado em relação a objectivos importantes, seguidos de resoluções (comuns) dos grupos políticos;

4. Convida a Comissão a admitir a proposta dos grupos políticos do Parlamento Europeu relativa à introdução de alterações no calendário do semestre europeu, para garantir um contributo suficiente por parte dos membros eleitos do Parlamento Europeu e dos deputados aos parlamentos nacionais em debates parlamentares conjuntos;

Disposições financeiras: completar a reforma

5. Toma nota dos planos ambiciosos para a regulamentação dos serviços financeiros

apresentados pela Comissão para 2011, sobretudo a implementação das regras de Basileia III e a reforma da Directiva relativa aos mercados de instrumentos financeiros (MiFID);

observa que já foi adoptada uma vasta gama de reformas regulamentares desde a eclosão da crise e sublinha a necessidade de tomar medidas proporcionadas, que não

sobrecarreguem a indústria nem contribuam para uma arbitragem regulamentar; insta a

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que as avaliações de impacto independentes considerem todas as propostas, não isoladamente, mas tendo em conta o seu efeito cumulativo;

6. Salienta que os custos finais da regulamentação dos serviços financeiros incidirão numa série de pessoas, incluindo pequenos investidores, titulares de pensões, aforradores e pessoas com hipotecas para pagar; pede que as suas necessidades sejam plenamente tidas em conta;

Crescimento inteligente

7. Salienta que a agenda digital e o investimento nas TIC é crucial para a competitividade da Europa a longo prazo e apela aos Estados-Membros e à Comissão para que continuem a lançar no mercado redes de nova geração e a garantir o acesso às mesmas através da liberalização permanente do mercado interno das comunicações;

8. Apoia o empenhamento da Comissão na emblemática Agenda Digital tendo em vista assegurar o estabelecimento na União Europeia de um regime de direitos de autor coerente e eficaz, especialmente em relação aos direitos de autor na Internet, e recorda a sua

resolução sobre a promoção do respeito dos direitos de propriedade intelectual no mercado único; congratula-se por a Comissão tencionar encorajar um maior acesso aos conteúdos introduzindo melhorias na governação e transparência da gestão colectiva dos direitos, e aguarda com interesse as suas propostas; regista a iniciativa projectada para as obras órfãs, e incentiva a Comissão a apresentar propostas que permitam obter um equilíbrio entre permitir o acesso a obras culturalmente importantes e salvaguardar a protecção dos titulares de direitos;

9. Congratula-se com as ambições da Comissão relativamente à União da Inovação através da revisão dos auxílios estatais no âmbito da I&D e da inovação, reforçando o papel do BEI e do capital de risco; reconhece também o papel que os contratos públicos podem desempenhar em termos de estímulo da inovação, mas opõe-se vivamente à introdução, nos concursos públicos, de orçamentos obrigatórios para a inovação, acreditando, pelo contrário, que as soluções inovadoras devem ser a força motriz na resposta às

necessidades dos serviços e não, tentar obter a inovação através de quotas;

10. Congratula-se com a ênfase posta pela Comissão nas infra-estruturas energéticas e apela a uma forte coordenação entre a UE e os Estados-Membros à medida que se processa uma mudança significativa na forma como a rede é desenvolvida, para assegurar que estamos mais bem equipados para garantir a segurança energética e superar os desafios em termos de eficiência, assim como para dar um contributo fundamental para a estratégia económica e o mercado interno da UE;

Crescimento sustentável

11. Congratula-se com a prioridade dada pela Comissão à implementação da legislação ambiental existente, em vez de aumentar a carga legislativa;

12. Salienta que, para o crescimento económico ser sustentável, a segurança energética é vital para garantir um fornecimento ininterrupto, o respeito pelos acordos contratuais, um preço de mercado justo, e evitar a dependência em relação a um número demasiado reduzido de

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produtores;

13. Salienta que o sector dos transportes desempenha um papel fundamental na consecução de um crescimento sustentável e da competitividade na Europa e que, portanto, para

impulsionar o crescimento e o emprego e promover os interesses económicos e ambientais da Europa, é essencial:

- concluir a realização do mercado único livre e liberalizado para todos os meios de transporte, com regras claras e facilmente aplicáveis, tendo em vista uma concorrência livre e leal e a igualdade de tratamento para todos os meios de transporte;

- desenvolver uma rede europeia de transportes eficiente, multimodal e abrangente (que resolva, designadamente, a questão da falta de infra-estruturas adequadas, de

acessibilidade e de interoperabilidade entre as várias regiões da UE), completando a rede RTE-T, suprimindo os pontos problemáticos e completando as ligações em falta, em especial nos troços transfronteiriços;

Crescimento inclusivo

14. Saúda as medidas destinadas a melhorar a aplicação e interpretação da Directiva

"Destacamento de Trabalhadores", nomeadamente no que respeita à livre circulação de trabalhadores no interior da UE, mas opõe-se a qualquer revisão substancial do âmbito da actual directiva;

15. Exorta a Comissão, ao preparar a actualização da Directiva "Tempo de Trabalho", a ter em conta o princípio da subsidiariedade, a diversidade das tradições e as prioridades dos Estados-Membros, e a dar prioridade ao apoio aos regimes de trabalho flexíveis e individualizados, a fim de combater o desemprego, criar oportunidades de emprego, melhorar a produtividade e aumentar a competitividade;

16. Manifesta-se preocupado por a agenda da política de coesão raramente figurar entre as principais orientações políticas no programa de trabalho, na medida em que a Política de Coesão - que visa uma utilização consistente do potencial de crescimento das regiões e das cidades da UE que se traduza em coesão social, económica e territorial - favorece a visão permanente, assente nos Tratados, de superação das disparidades na Europa;

17. Recorda à Comissão, tendo em conta o seu próximo Livro Branco sobre as pensões, que, no âmbito da OMC, os Estados-Membros já se comprometeram a adoptar objectivos comuns sobre a política de pensões, que é acompanhada por uma série de indicadores aceites; convida a Comissão a concentrar-se na melhoria dos actuais indicadores, e não a afastar-se dos objectivos e indicadores já acordados; considera que, face às mudanças demográficas, os Estados-Membros devem ser encorajados a ter em conta os fortes argumentos socioeconómicos que pugnam a favor da supressão de políticas que possam inibir os trabalhadores mais velhos de continuarem activos por mais tempo no mercado de trabalho;

18. Congratula-se com a iniciativa "Novas Competências e Emprego" da Comissão, na medida em que a crise económica tem levado a uma crescente polarização do mercado de trabalho e ao aumento do desemprego estrutural em toda a Europa; apela a uma maior

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eficácia e à apresentação de resultados em relação a duas grandes agências de formação da UE - o Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação Profissional (CEDEFOP), e a Fundação Europeia para a Formação (FEF);

19. Pede à Comissão que, nos seus relatórios sobre "novos competências e empregos" e "uma plataforma contra a pobreza", tome em consideração as dificuldades específicas que as mulheres enfrentam e promova especificamente a igualdade no local de trabalho como meio de combate à pobreza, e incentive as mulheres a tornarem-se empresárias,

prosseguindo as medidas de partilha das melhores práticas, reconhecendo

simultaneamente que cada um dos Estados-Membros estará em melhor posição para adoptar legislação relativa às mulheres no contexto da formação e do emprego; sublinha que quaisquer novas medidas destinadas a promover o crescimento inclusivo devem ter em conta o facto de a arma mais eficaz contra a pobreza ser uma economia em

crescimento, em que o emprego esteja em expansão;

Explorar o potencial de crescimento do mercado único

20. Acolhe positivamente a proposta relativa a um quadro legislativo para a normalização, que irá aumentar a competitividade e a inovação da União Europeia; confia em que a

Comissão dê a devida atenção ao relatório da Comissão do Mercado Interno e da Protecção dos Consumidores;

21. Regozija-se com a maior prioridade dada às reformas nos contratos públicos na sequência das iniciativas do Parlamento Europeu; aguarda com interesse a proposta completa, incluindo a exigência de que a Comissão explore inteiramente as oportunidades da realização de contratos públicos no domínio da inovação e da sustentabilidade;

22. Apoia a ênfase dada nos planos da Comissão à apresentação de soluções para os

problemas quotidianos enfrentados pelos consumidores através de um sistema alternativo de resolução de litígios; considera-o decididamente uma prioridade mais elevada do que um sistema pan-europeu de recurso colectivo;

23. Sublinha que o "Acto para o Mercado Único" deve definir prioridades claras para assegurar que o mesmo tenha um objectivo claro e não deveria consistir numa mera lista de 50 propostas;

24. Considera que deveria haver uma presunção clara de cumprimento pelos

Estados-Membros de todas as propostas relativas ao mercado único; sublinha que é mais do que tempo de introduzir o princípio, na legislação dos Estados-Membros, de que estes devem respeitar automaticamente a legislação do mercado único, a menos que possam demonstrar razões aceitáveis para o não cumprimento das suas obrigações;

25. Aplaude a atitude vigorosa da Comissão relativamente à transposição integral da Directiva

"Serviços"; destaca os resultados do relatório de avaliação mútua que mostra o empenho claro dos Estados-Membros numa abordagem desreguladora; sublinha a importância de um empenhamento claro dos Estados-Membros no processo de avaliação mútua

(introduzido na Directiva "Serviços") em geral, para suprimir as barreiras à realização do mercado único;

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26. Sublinha que, dado que o Parlamento Europeu e o Conselho rejeitaram definitivamente a proposta original da Comissão relativa à Directiva "Direitos dos consumidores" e se basearam na futura proposta relativa ao comportamento dos consumidores no ambiente digital e na revisão da Directiva "Práticas comerciais desleais", é imperativo que uma estratégia política clara da Comissão relativamente aos consumidores seja urgentemente tratada de forma integrada em 2011, e não em 2014, como proposto actualmente;

27. É favorável a que a revisão da Directiva "Viagens organizadas" e a revisão da Directiva

"Segurança geral dos produtos" se concentrem na fiscalização do mercado;

28. Aguarda com impaciência o Livro Verde sobre o jogo em linha, a comunicação sobre o plano de acção "administração central electrónica" e o Livro Verde sobre a Directiva

"Qualificações profissionais";

29. Solicita à Comissão que na sua revisão da Directiva 89/105/CEE relativa à transparência das medidas que regulamentam a formação do preço das especialidades farmacêuticas para uso humano e a sua inclusão nos sistemas nacionais de seguro de saúde, se assegure de que a mesma é coerente com o objectivo de instituir a UE como base de uma indústria farmacêutica dominante à escala mundial, com as consequentes vantagens para o

investimento e a criação de empregos altamente qualificados, e em especial evite uma abordagem do topo para a base concentrada na regulamento e na tarifação, que apenas desencoraja a concorrência;

Prosseguir a Agenda para os Cidadãos: liberdade, segurança e justiça

30. Acredita que, para criar um espaço europeu eficaz de liberdade, segurança, e justiça, a União Europeia deve conceber um sistema variado que tenha em atenção a personalidade jurídica e política de cada Estado-Membro e que, por conseguinte, só devem ser criadas ferramentas quando seja necessário, e que se deve respeitar a soberania de cada

Estado-Membro;

31. Apela para que a legislação se concentre no modo como os Estados-Membros poderão cooperar de forma fácil e eficaz, não impondo uma política harmonizada, de modelo único, seja no direito penal, seja no direito da família, seja na política de imigração;

32. Reconhece que, para assegurar a protecção e a segurança da União Europeia e dos seus cidadãos, é crucial uma forte relação transatlântica, nomeadamente na luta contra o terrorismo e a criminalidade organizada;

33. Sublinha que na luta contra terrorismo e a criminalidade organizada, os direitos e

liberdades dos cidadãos comunitários devem ser respeitados plenamente e que a protecção de dados e o direito ao recurso judicial são essenciais para criar uma política de segurança credível e eficaz;

34. Insiste em que todas as agências da área da JAI devem ser economicamente eficazes, eficientes e - mais importante que tudo - responsabilizáveis;

35. Nota a proposta da Comissão de introduzir um instrumento jurídico no direito europeu dos contratos, e lamenta que a mesma pareça pressupor os resultados da consulta permanente

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realizada pela Comissão sobre esta matéria em específico;

36. Adverte a Comissão para o impacto que o regime de direito dos contratos proposto pode ter nas jurisdições de direito comum, tendo em conta que a proposta tem por base o direito civil;

37. Expressa sérias apreensões quanto à introdução de um instrumento jurídico no domínio do direito dos contratos, na medida em que, dadas as actuais circunstâncias económicas difíceis, uma proposta deste tipo irá impor fortes custos a empresas e consumidores, não apenas em termos de aplicação e de formação, que serão importantes, mas também de litígios, que necessariamente ocorrerão devido à falta de segurança jurídica que decorre da introdução de um novo regime; nota que os obstáculos ao comércio transfronteiriço não dizem respeito, essencialmente, ao direito dos contratos, mas a questões mais amplas como a língua, a logística e os procedimentos de recurso; convida, por conseguinte, a Comissão a repensar a presente proposta;

A Europa no mundo: reforçar a nossa influência na cena mundial

38. Sublinha a importância essencial da relação de segurança transatlântica numa OTAN revitalizada; acredita que a UE deve apoiar as democracias na Ásia (em especial, Índia, Japão, Indonésia, Bangladesh e Taiwan), o processo de paz israelo-árabe, manter esforços para impedir a proliferação nuclear, em especial em relação ao Irão e à República Popular Democrática da Coreia (RPDC), e os defensores de direitos humanos e as mudanças democráticas na Rússia, reforçando a cooperação baseada nos valores democráticos e no Estado de Direito;

39. Sublinha que a promoção dos direitos humanos no mundo é um objectivo central da União Europeia na cena global e que a melhoria das relações comerciais e o reforço da ajuda ao desenvolvimento podem ajudar a incentivar progresso neste domínio; propõe que se dê uma atenção especial à protecção das crianças e das mulheres - particularmente nas zonas em conflito - e o combate à discriminação contra minorias com base na respectiva

etnicidade, sexualidade ou religião (incluindo algumas minorias religiosas frequentemente negligenciadas, como os cristãos no Médio Oriente ou em Estados comunistas);

Uma política comercial global

40. Sublinha que a UE deve apoiar o papel da OMC na promoção da estabilidade e do crescimento económicos, na prevenção de conflitos comerciais, no combate ao

proteccionismo mediante a eliminação de entraves aos sectores comercial e não comercial, e que é de importância vital zelar por que os instrumentos legítimos de protecção

comercial sejam utilizados apenas como último recurso; apela, por conseguinte, à

Comissão para que apoie os esforços dos novos países candidatos, com vista à ampliação do número de membros da OMC, aumentando assim a sua autoridade na definição e aplicação de normas em matéria de relações comerciais no mundo inteiro;

41. Sublinha que, para que a estratégia UE 2020 seja bem sucedida, deve a mesma incluir uma dimensão de comércio robusta, que se concentre nas relações comerciais multilaterais e bilaterais entre a UE e os países terceiros, dado serem ferramentas fulcrais para restaurar a prosperidade na UE, criando ao mesmo tempo empregos, tão necessários na UE e no resto

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do mundo;

Políticas de alargamento, de vizinhança, de desenvolvimento e de ajuda humanitária da UE 42. Crê que, para projectar eficazmente os seus valores e princípios e contribuir para a

estabilidade política e desenvolvimento económico nos países vizinhos, a UE deve apoiar as jovens democracias na Europa e reforçar as relações com os seus parceiros no Leste;

43. Recorda os compromissos internacionais assumidos em relação aos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), muitos dos quais permanecem por cumprir; está convicto, em relação a este assunto, de que a nível da UE deve ser dada prioridade à despesa com a ajuda ao desenvolvimento em parceria com cada um dos

Estados-Membros, a fim de assegurar a sua eficácia;

44. Sublinha o quão fundamental é o apoio contínuo dos cidadãos comunitários à política de desenvolvimento da UE, o qual, no contexto dos condicionalismos orçamentais actuais, será indispensável para reafirmar e alcançar os nossos compromissos a favor da redução de pobreza; a melhor maneira de alcançar este objectivo é através da criação de riqueza e do desenvolvimento dos direitos de propriedade nos países em desenvolvimento;

45. Sublinha que se deve demonstrar coerência política a todos os níveis e nota que quaisquer novas iniciativas em apoio da política de desenvolvimento da UE devem ser

comprovadamente transparentes;

46. Apela à UE para que coordene melhor a sua resposta a catástrofes humanitárias com as demais entidades mundiais de apoio ao desenvolvimento e explore outras vias, pelas quais a UE possa desenvolver as suas capacidades civis no âmbito de mecanismos existentes, como o mecanismo comunitário de protecção civil;

Do input ao impacto: tirar o melhor partido das políticas da UE Um orçamento moderno para o futuro da Europa

47. Lamenta que a análise do orçamento realizada pela Comissão não apresente qualquer análise quantitativa significativa sobre as actuais despesas no âmbito do Quadro

Financeiro Plurianual; salienta que tal análise dos custos e benefícios das despesas da UE é essencial antes de elaborar um novo QFP;

48. Salienta que as futuras perspectivas financeiras da UE devem ser guiadas pelos princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade, devendo cada despesa ser adequada e racional, e apresentar uma boa relação custo/benefício;

49. Opõe-se a qualquer tipo de novos recursos próprios e está firmemente determinado a evitar a imposição de qualquer novo encargo aos contribuintes da UE devido a novos recursos próprios, incluindo a oposição a qualquer nova forma de tributação directa da UE, como o imposto sobre as transacções financeiras;

50. Solicita uma gestão mais eficiente e transparente do Fundo Social Europeu, que constitui um instrumento essencial para realizar os objectivos estabelecidos na Estratégia UE 2020

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para o emprego, como aprovados pelos Estados-Membros; insiste em que o FSE se mantenha no quadro da regulamentação sobre disposições gerais relativas aos fundos da política de coesão;

51. Opõe-se ao alargamento planeado do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização, nomeadamente no que diz respeito à criação de uma rubrica orçamental independente para esse Fundo;

52. Considera que a qualidade das despesas é frequentemente negligenciada a favor de debates sobre montantes e que, frequentemente, é prestada demasiada atenção aos inputs políticos e atenção insuficiente aos resultados; solicita, portanto, avaliações sistemáticas, regulares e independentes dos programas da UE – tanto no domínio das políticas internas, como da assistência ao desenvolvimento – a fim de assegurar que estão a realizar os resultados pretendidos e de forma optimizada;

53. Insta a Comissão a, enquanto parte da abordagem de tolerância zero em todos os casos de má gestão e fraude, melhorar o controlo das despesas da UE através de maior

transparência dos pagamentos aos beneficiários, nomeadamente através da introdução urgente de bases de dados completas e de fácil acesso em linha; solicita igualmente à Comissão que prossiga os seus esforços para assegurar que os Estados-Membros desempenhem plenamente a sua parte no processo de responsabilização orçamental nos programas de "gestão partilhada", através das declarações nacionais de gestão e de uma maior participação das instituições nacionais de auditoria, enquanto parte do esforço para desenvolver um quadro de controlo interno integrado efectivo, mas reafirma que, não obstante, a boa gestão orçamental continua a ser, em última instância, uma questão da responsabilidade da Comissão;

54. Solicita à Comissão que, nas suas propostas revistas relativas ao OLAF, apoie a plena independência deste último, pois é a melhor forma de garantir que as suas investigações são conduzidas com eficácia e equidade, e que o público as considere como tais;

Promover uma regulação inteligente

55. Congratula-se com o empenho demonstrado pela Comissão no sentido da melhoria do processo de tomada de decisões políticas no quadro das instituições europeias e, especificamente, com as iniciativas contidas na chamada Agenda da Regulação

Inteligente, a qual irá introduzir e reforçar importantes práticas e princípios no processo legislativo europeu; acredita que essas medidas podem ajudar a elaboração de leis que sejam eficientes, eficazes e não imponham um fardo pesado aos cidadãos, às empresas e às administrações;

56. Observa que uma abordagem clara e abrangente dos estudos de impacto será uma parte importante das iniciativas para melhorar a qualidade da legislação comunitária e apoia as melhorias avançadas para o método através do qual elas serão levadas a cabo no que diz respeito às propostas já planeadas; congratula-se com o papel que os estudos de impacto desempenham na prestação de uma comprovação sólida para as tomadas de decisão políticas e insta a Comissão a desenvolver acções relativas às críticas do Tribunal de Contas, segundo as quais nem todas as opções políticas são objecto de uma avaliação exaustiva;

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57. Insta a Comissão a fazer todo o possível para cumprir e superar a meta de redução da carga administrativa em 25% até 2012;

Trabalhos em curso

Os poderes de legislar e de fiscalizar do Parlamento Europeu

58. Exorta as competentes instâncias dirigentes do Parlamento a tomarem nota do facto de que a ênfase do programa de trabalho da Comissão mudou da pura e simples proposta de mais legislação para a garantia de que a legislação já existente seja aplicada de forma eficaz;

entende que, em consequência, deve ser reservado mais tempo ao exercício dos poderes parlamentares de fiscalização; insta, por conseguinte, aquelas instâncias dirigentes a estudarem formas de aumentar o tempo disponível das comissões parlamentares, autorizando, por exemplo, a realização de um programa normal de reuniões no decurso das sessões plenárias (em horários que não colidam com os debates principais), bem como a reformarem a tradicional distinção entre semanas de reuniões das comissões e dos grupos; considera que seria mais rentável se todas essas reuniões tivessem lugar num só local;

Pescas

59.Exorta a Comissão a certificar-se de que as propostas de reforma da Política Comum das Pescas garantem o desenvolvimento sustentável da PCP, com base na investigação científica e tendo em conta a experiência e o conhecimento existentes a nível regional e local;

60. Insta a Comissão a assegurar que a descentralização seja parte integrante da PCP;

61. Exorta a Comissão a garantir o desenvolvimento sustentável da pesca em pequena escala e a adoptar propostas que incentivem a existência de um sector aquícola europeu dinâmico e sustentável;

Cultura

62. Insta a Comissão a certificar-se de que qualquer proposta legislativa no domínio da cultura respeite adequadamente o princípio da subsidiariedade e, à luz das medidas de austeridade empreendidas por muitos dos Estados-Membros da UE, exorta a Comissão a abster-se de propor novos programas culturais que impliquem novas despesas, ou o aumento das já existentes;

Agricultura

63. Exorta a Comissão a velar por que as propostas de reforma da Política Agrícola Comum, do pacote da qualidade e do pacote do sector leiteiro continuem a assegurar uma maior ênfase no mercado, proporcionando simultaneamente aos agricultores a obtenção de um rendimento estável e uma distribuição mais equitativa dos pagamentos em toda a União Europeia;

64. Exorta a Comissão a garantir que a redução da carga burocrática imposta aos agricultores

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e a simplificação das normas relativas à política agrícola sejam uma das peças fundamentais de toda a legislação proposta;

Conclusão

65. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente Resolução ao Conselho e à Comissão, bem como aos Governos e Parlamentos dos Estados-Membros.

Referências

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