Nome: ___________________________________ Nº_____ 6º ano ____
Data: / / 2017 Professores:
Nota: _______ (Valor: 2,0)
A. Introdução
Neste bimestre, sua média foi inferior a 6,0 e você não assimilou os conteúdos mínimos necessários.
Agora, você terá a oportunidade de recuperar esses conteúdos por meio de um roteiro de estudo.
Leia, atentamente, este roteiro, pois ele resgata conteúdos essenciais para o prosseguimento de seus estudos no segundo bimestre.
B. Relacionar os conteúdos essenciais do bimestre:
No 3º bimestre deste ano, os conteúdos essenciais de nossa disciplina foram:
● Adjetivos: classificação e flexão.
● Gênero discursivo: entrevista.
● Leitura, interpretação e produção de texto.
C. Descrever os objetivos de aprendizagem (conceituais e procedimentais/habilidades):
No decorrer do 3º bimestre tínhamos como objetivos de aprendizagem:
● Identificar e classificar os adjetivos.
● Identificar a função semântico-estilística do adjetivo e utilizar esse conhecimento nas próprias produções.
● Observar e empregar aspectos semânticos e discursivos relacionados aos substantivos e aos adjetivos em situações concretas de interação verbal.
● Comparar textos, buscando semelhanças e diferenças quanto à temática e à organização formal.
● Debater temas propostos pelos textos e desenvolver habilidades de expressão, opinião e argumentação.
● Analisar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação dos textos.
● Produzir textos, levando em conta a variação linguística e as características do gênero em estudo.
D. Orientações de estudo (atividades que têm como objetivo diagnosticar os erros dos alunos para que eles possam superá-los e, consequentemente, consigam atingir uma aprendizagem satisfatória):
Agora, leia com bastante atenção as propostas de trabalho apresentadas a seguir, pois elas propõem uma retomada da trajetória de seus estudos bimestrais e possibilitarão que você recupere sua aprendizagem e, consequentemente, sua média.
É importante ressaltar que você precisará de muito empenho e dedicação na elaboração destas atividades, mas não estará sozinho nessa jornada porque terá o constante apoio de seu professor e também do monitor da área.
Texto 1
De repente, nas profundezas do bosque (trecho do capítulo 9)
Até mesmo Lília, a padeira, a mãe viúva de Maia, era alvo das chacotas dos habitantes da aldeia, que se compraziam em relinchar quando a viam, e também giravam o indicador em círculos, nas têmporas, e a apontavam, venham ver, lá vai aquela mulher esquisita, que tem o hábito de, no fim do dia, esfarelar o pão que não conseguiu vender, e jogar as migalhas no rio ou mesmo espalhá-las entre as árvores, pois talvez por algum milagre de repente passe por aqui algum peixe errante, ou algum pássaro perdido seja atraído por acaso para o nosso céu.
Se bem que alguns daqueles que costumavam caçoar das migalhas de Lília às vezes paravam por
um momento ou dois aos pés das árvores ou às margens do rio, e se perguntavam: e se vingar? Apesar de tudo? Será? Não? Mas logo acordavam, como se de repente alguém batesse palmas no ouvido deles. Davam de ombros e iam embora, muito envergonhados.
E quase toda a aldeia debochava, abertamente, com gozações pesadas, e não só de um jeito dissimulado, de Solina, a costureira pobre, e de seu marido inválido, Guinom, que pegou a doença do esquecimento e se curvou todo até que passou a ser pequeno como um travesseiro, e balia com voz fina, balia como um cordeiro abandonado.
Amós Oz, De repente nas profundezas do bosque.
Vocabulário:
compraziam: agradar, fazer a vontade de alguém.
debochava: criticar; ridicularizar; fazer troça.
inválido: sem força, impossibilitado de exercer sua profissão.
dissimulado : disfarçado, encoberto.
balia: berrava como uma ovelha.
Texto 2
No lugar do outro
Estamos vivendo uma crise intensa: a das relações humanas. Todos os dias testemunhamos ou protagonizamos , tanto na vida presencial quanto na virtual, comportamentos e atitudes que vão do ódio declarado ou sutil ao desdém em relação ao outro. As relações humanas, sempre tão complexas , exigem, no entanto, delicadeza, atenção e compromisso social. Tem sido difícil manter a saúde mental e a qualidade de vida no contexto atual.
Crianças e adolescentes já dão sinais claros de que têm aprendido muito com nossa dificuldade em conviver com as diferenças e de respeitá-las; de tentar colocar-se no lugar do outro para compreender suas posições e atitudes; de ter compaixão; de conflitar em vez de confrontar; de agir com doçura, por exemplo.
Conseguir fazer isso é ter empatia com o outro.
Há uma grande preocupação global com a nossa atual falta de empatia. Um sinal disso foi a inauguração, em Londres, do primeiro Museu da Empatia.
Nele, os visitantes são convocados a experimentar/enxergar o mundo pelo olhar de um outro - não
próximo ou conhecido, mas um outro com quem eles não têm qualquer relação. A expressão que deu sentido
ao museu é a expressão inglesa "in your shoes" (em seus sapatos), que em língua portuguesa significa "em seu lugar".
Os visitantes se deparam, na entrada, com uma caixa com diferentes pares de sapatos usados.
Escolhem um de seu número para calçar e recebem um áudio que conta uma parte da história da pessoa que foi dona daquele par.
Desenvolver a empatia é uma condição absolutamente necessária para ensiná-la aos mais novos.
Aliás, eles podem tê-la mais facilmente do que nós.
A empatia pode provocar uma grande mudança social, diz Roman Krznari, estudioso do tema. Vamos desenvolvê-la para ensiná-la?
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/1684752-no-lugar-do-outro.shtml . A c e s s o e m : 1 9 . S e t . 2 0 1 7
Vocabulário:
protagonizamos: papel principal, ator principal, principal pessoa numa determinada ação.
desdém: desprezo profundo.
complexas: que não é simples, complicado.
Texto 3
Por que os adultos estão cada vez mais solitários?
Severino Antônio Moreira Barbosa é Mestre e Doutor em Educação pela Unicamp.
Há quarenta anos se dedica ao ensino de Redação e Leitura, Filosofia, Literatura. Nesta entrevista, ele faz uma reflexão sobre a importância da empatia. Um tema que ele também explora no filme “O Começo da Vida”.
Entrevistador: No filme “O começo da vida”, você fala sobre a importância da empatia para o desenvolvimento infantil, não só na relação do adulto com a criança, mas, principalmente, da própria criança com tudo o que está ao seu redor.
Severino Antônio: Exatamente. A empatia é um conceito muito importante para o desenvolvimento do ser humano, uma experiência afetiva imprescindível, um dos valores que embasam a nossa existência inteira, singularmente na infância. Empatia tem como definição clássica o exercício de se colocar no lugar do outro, sentir o que o outro sente, sua dor, sua alegria, sua angústia, seu sonho.
Entrevistador: O que nós, adultos, temos de fazer para potencializar a empatia da criança?
Severino Antônio: As brincadeiras são vitais para o desenvolvimento da criança, especialmente o fazer de conta e o fazer de novo. O fazer de conta é profundamente empático. É um transformar-se no outro. Acolher o fazer de conta, entrar nesse mundo com a criança, é muito importante, deixando-a livre para imaginar e criar.
É preciso, inclusive, acolher os seus silêncios.
Entrevistador: Em que momento da vida, a criança começa a não ser mais tão empática? E por que, muitas vezes, ela se torna um adulto solitário e ensimesmado ?
Severino Antônio: Gradativamente , em um processo ao mesmo tempo contínuo e descontínuo, muitas vezes
a partir dos sete anos, a criança vai, cada uma com seu jeito e ritmo, desenvolvendo o pensamento lógico e
conceitual. Diferentemente da criança pequena, para quem tudo tem alma, diminui seu olhar empático ao apreender o mundo por meio de generalização e abstração . Isso faz parte do desenvolvimento humano.
Disponível em: http ://desenvolvimento-infantil.blog.br/por-que-os-adultos-estao . Acesso em: 04.Set.2017.
Vocabulário: