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Co-incineração Co-incineração em cimenteiras Processo de incineração Página 1

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Academic year: 2021

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Co-incineração

Co-incineração em cimenteiras

Processo de incineração

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Co-incineração

O lixo um problema de todos!

Lixo é todo e qualquer resíduo proveniente das actividades humanas ou gerado pela natureza em aglomerações urbanas.

Portugal tem uma superfície de 92 000 quilómetros quadrados e uma população de 9,86 milhões de habitantes. Embora não se disponha de dados rigorosos, estima-se em cerca de 3 milhões de toneladas a quantidade de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) produzida anualmente. Apesar de mais de 90% da população ser servida por sistemas de colecta, as fases subsequentes do processo de gestão de RSU é ainda muito deficiente.

Actualmente, cerca de 28% da massa de RSU recolhidos é depositada em aterros controlados, enquanto cinco unidades de compostagem processam cerca de 15% do quantitativo global. O resto (aproximadamente 57%) é simplesmente despejado em lixeiras sem qualquer respeito pela preservação da qualidade do ambiente. Não existem quaisquer unidades de incineração em funcionamento.

Incinerar

Incinerar significa reduzir a cinzas, queimar completamente.

É um processo simples que utiliza altas temperaturas em equipamentos próprios de forma a queima-los permitindo a redução do volume e peso dos resíduos, como a destruição de microrganismos patogénicos que poderiam ser prejudiciais à saúde.

Não é um método a ser utilizado com todos os materiais, mas é sim um processo utilizado enquadrado num programa adequado de gestão de resíduos, que inclui a educação ambiental para a redução da quantidade de resíduos produzidos, reutilização e reciclagem.

A grande vantagem da incineração é que o volume dos resíduos é reduzido em 90 por cento e o peso em cerca de 70 por cento. Com a quantidade de resíduos urbanos e industriais produzidos actualmente é necessária uma solução para reduzir a quantidade de aterros e todos os inconvenientes associados a eles. Por outro lado, no caso de se tratar de resíduos hospitalares, há a destruição de resíduos que poderão conter microrganismos patogénicos e por isso perigosos para a saúde pública. Por outro lado, poderão ser submetidos a este processo quase todo o tipo de resíduos. Ao serem utilizados resíduos com um grande potencial energético, poderá também haver aproveitamento da energia libertada durante a incineração. Uma desvantagem é os custos elevados de construção das incineradoras. Durante o processo de incineração dá- se a libertação de substâncias que poderão ser nocivas para o ambiente e população.

Este facto faz com que seja necessária a construção de incineradoras adequadas, com

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Co-incineração

recurso às mais recentes tecnologias para que os riscos para a saúde pública sejam reduzidos.

Quando os resíduos chegam à incineradora estes passam pela fase de secagem, em que é reduzido o teor de água nos resíduos para fazer com que a combustão dos mesmos seja mais rápida e eficaz. São então transportados para a zona de combustão em que são submetidos a temperaturas entre os 400 e 500ºC. Após isto, dá-se a combustão completa, a temperaturas que variam entre os 800 e 1000ºC. Os produtos resultantes são gases, águas residuais, cinzas e escórias. Todos eles têm de ser submetidos a tratamentos próprios.

As águas residuais são resultantes do arrefecimento das escórias e da lavagem dos gases e são considerados um resíduo perigoso, devendo por isso sofrer um tratamento adequado.

As escórias deverão ser depositadas em aterros para resíduos perigosos. Por outro lado os gases resultantes deverão ser submetidos a vários processos de forma a serem retiradas as substâncias perigosas. Entre estas substâncias poderemos encontrar chumbo, cádmio, mercúrio, cobalto, óxido de azoto, dioxinas e furanos, entre outros.

Tem normalmente uma caldeira para aproveitamento da energia calorífica, mas os materiais incinerados nem sempre têm o potencial energético necessário para produzir energia calorífica.

Co-incineração.

A co-incineração é levada a cabo com a finalidade de produção de energia e eliminação dos resíduos utilizados. É levado a cabo em cimenteiras. No fabrico do cimento é utilizado o clínquer, uma rocha artificial produzida a partir de outras substâncias, como calcários e argilas. Estes materiais são cozidos a altas temperaturas e depois o clínquer é moído. É depois acrescentado o gesso e outros compostos para se obter o produto final utilizado na construção civil. Os resíduos são incinerados nestes nos fornos em que é preparado o clínquer, substituindo parte das matérias combustíveis. Torna-se necessário existir uma escolha dos resíduos antes de serem transportados para a cimenteira, já que nem todos os materiais são adequados para serem utilizados como combustíveis. A co- incineração apresenta algumas vantagens em relação à incineração dedicada. O facto de os fornos terem uma grande quantidade de matéria-prima que será utilizada na formação de clínquer, as variações de temperatura dentro do forno são mais pequenas e pode-se controlar mais facilmente. Para além disso, as temperaturas atingidas nestes fornos são

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Co-incineração

mais elevadas que nos fornos de incineração dedicada, o que faz com que sejam uma melhor solução para resíduos orgânicos, visto destruir todo o material orgânico, o que inclui qualquer microrganismo patogénico. Um outro ponto a favor da co-incineração é o facto de se estar a diminuir a quantidade de outros tipos de recursos energéticos não renováveis.

A que salientar ainda que esta não emite dioxinas, o que foi provada é que neste momento sabe-se que a maior parte das emissões de dioxinas da Europa, provêem dos fogos florestais e actividades, onde se consta a combustão dos automóveis.

A co-incineração consiste basicamente em aproveitar os fornos das cimenteiras tirando partido das suas altas temperaturas (entre 1450 e 2000 graus) para queima dos resíduos perigosos, ao mesmo tempo que se produz cimento. Consideram-se como resíduos perigosos uma gama variada de substâncias na forma líquida, sólida ou pastosa tais como: solventes de limpeza, solventes de indústria química, tinta e vernizes, óleos usados, alcatrões, betumem, lamas de estações de tratamento de águas, etc.

Estes resíduos envolvem muitas vezes na sua constituição hidrocarbonetos e compostos clorados e fluoretos entre outros, e alguns deles possuem um elevado poder calorífico.

O governo português desencadeou um programa de emergência para intervenção em cerca de 30 lixeiras consideradas particularmente problemáticas (seleccionadas em função do volume de resíduos, situação de combustão permanente, contaminação de águas superficiais e profundas, ausência de vedações e perturbações diversas para a população circundante), através de acções como: vedação dos locais, cobertura diária dos resíduos e medidas que previnam as queimadas quase permanentes. Iniciou-se o processo de selagem de diversas destas lixeiras.

Um dos maiores problemas relativo ao destino final dos RSU, dificilmente contornável em grandes áreas metropolitanas, é a escassez de espaços disponíveis para serem ocupados com este tipo de unidades. O processo de incineração reduz efectivamente as necessidades em termos de ocupação de terrenos pois possibilita uma redução do volume dos resíduos de cerca de 90% (os resíduos finais apresentam-se com cerca de 10% do volume inicial).

Embora do processo de incineração possa resultar a recuperação de energia, este facto não deve ser encarado, por si só, como vantagem decisiva deste método relativamente às restantes opções de processamento dos RSU. Qualquer sistema de tratamento de RSU deve ser encarado sempre, e em primeiro lugar, como o que efectivamente é: um sistema de tratamento de RSU. Só depois pode ser abordada qualquer outra perspectiva, nomeadamente a questão energética.

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Co-incineração

A recuperação de energia em unidades de incineração pode servir para reduzir os custos com o tratamento e deposição dos resíduos, constituindo, conjuntamente com a recuperação e com a reciclagem de materiais, uma aproximação integrada ao problema da gestão do RSU.

CONCLUSÃO:

O lixo não é um problema do Governo, é um problema meu e seu, é um problema de todos os cidadãos. Não podemos lavar as mãos e passar ao lado de questões como esta.

Por isso todos os políticos deveriam falar e ajudar a resolver este problema e não a complicar.

Em Portugal está prevista a instalação de duas unidades de incineração de Resíduos Sólidos Urbanos com recuperação de energia. Estas produzirão exclusivamente electricidade. Assim sendo, o aproveitamento do potencial energético dos resíduos é muito reduzido.

Bibliografia.

http://www.incineracao.online.pt/incineracao-incineracaoonlinept http://pt.wikipedia.org/wiki/Incineração

http://www.arlivre.com/ambiente/coinceneracao.htm

Margarida Pereira.

THST005.

Formador: Eng.º Lírio

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