• Nenhum resultado encontrado

Open Linguagem e redes sociais: o facebook como espaço de aprendizagem da língua portuguesa para alunos surdos

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Open Linguagem e redes sociais: o facebook como espaço de aprendizagem da língua portuguesa para alunos surdos"

Copied!
49
0
0

Texto

(1)

Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Mestrado Profissional em Linguística e Ensino

LINGUAGEM E REDES SOCIAIS: O FACEBOOK COMO

ESPAÇO DE APRENDIZAGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA ALUNOS

SURDOS

Erivan Lopes Tomé Júnior

Orientador: Prof. Dr. João Wandemberg Gonçalves Maciel

(2)

Universidade Federal da Paraíba

Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Mestrado Profissional em Linguística e Ensino

Área de Concentração:

Linha de Pesquisa: Tecnologias Contemporâneas e Ensino

LINGUAGEM E REDES SOCIAIS: O FACEBOOK COMO

ESPAÇO DE APRENDIZAGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA ALUNOS SURDOS

Dissertação de Mestrado apresentada ao Mestrado Profissional em Linguística e Ensino da Universidade Federal da Paraíba para obtenção do título de Mestre em Linguística e Ensino

Erivan Lopes Tomé Júnior

Professor Orientador: Dr. João Wandemberg Gonçalves Maciel

(3)

T656l Tomé Júnior, Erivan Lopes.

Linguagem e redes sociais: o facebook como espaço de aprendizagem da língua portuguesa para alunos surdos / Erivan Lopes Tomé Júnior.- João Pessoa, 2014.

47f.

Orientador: João Wandemberg Gonçalves Maciel Dissertação (Mestrado) – UFPB/CCHLA

1. Linguística. 2. Linguística e ensino. 3. Facebook. 4.Surdos. 5. Letramento. 6. Inclusão.

(4)

João Pessoa

(5)
(6)

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado o consentimento da vida e a capacidade de lutar diariamente por meus ideais.

A Nossa Senhora de Fátima e São Miguel Arcanjo que intercedem e me cobrem em baixo de vossa proteção.

A minha família que é minha fonte de energia diária, que rezam e intercedem constantemente por mim, ensinando-me valores e princípios que até hoje regem minha vida. Agradeço pelo amor, paciência, compreensão e auxilio.

Ao orientador deste trabalho, Professor Dr. João Wandemberg Gonçalves Maciel, meu mestre desde os tempos de ensino médio, e agora companheiro de estudos acadêmicos, pela transmissão e compartilhamento de seus conhecimentos, por acreditar e me incentivar nesse tema e por toda paciência, compreensão e tempo destinado à realização deste trabalho.

A banca examinadora do meu trabalho de dissertação, pela atenção destinada à correção e análise deste e, as contribuições que certamente vieram enriquecer a discussão.

Aos demais professores do MPGLE da UFPB que passaram até esse momento lecionando e lutando para que esse mestrado se realizasse.

Aos meus amigos e colegas de mestrado, professores e funcionários da PMJP, pelos laços de amizade que fizemos ao longo dessa jornada acadêmica, pela troca constante de conhecimento, pelas alegrias, por tudo, mesmo diante das adversidades e obstáculos

constantes.

Aos meus amigos da EMEF Senador Ruy Carneiro, da EEEF Profª Maria Geny de S.

Timóteo e da saudosa EMEF Luciano Ribeiro de Morais na cidade de Bayeux, que cotidianamente me davam palavras de forças, incentivos para poder realizar essa caminhada de pesquisa, que não foi fácil.

As colegas de estudos e companheiras de PMJP Elma Silvanda Dantas e Flávia Sirino de Oliveira pela constante amizade e compartilhamento de conhecimentos acadêmicos, risos, dúvidas, acertos e vitórias até essa etapa final.

(7)
(8)

RESUMO

A internet é hoje um dos meios de difusão de mensagens mais acessíveis e, desse modo, sua linguagem se propagou e se tornou globalizada. Nesse contexto, também, insere-se o Facebook, uma rede social que pode fornecer aos alunos

surdos a oportunidade de apresentar suas ideias, conduzir discussões on-line e

colaborar de forma efetiva para o aprendizado do ensino de língua portuguesa a partir do uso das tecnologias digitais contemporâneas. Assim, esta pesquisa se propõe a contribuir para dimensionar alguns aspectos das dinâmicas de inclusão dos alunos surdos, através do uso do Facebook. O uso dessa rede social,

apresenta-se como uma das possibilidades que pode contribuir com o letramento digital e mais especificamente, com a prática da leitura e da escrita do público-alvo em tela. O objetivo específico éapresentar esses mecanismos como um aliado dos educadores nas diversas salas de aula desse país. A pesquisa enquadra-se no processo etnográfico, baseado no modelo descritivo e exploratório, já que após o experimento, utilizou-se tais métodos para a organização e interpretação dos resultados, analisando o uso do Facebook, com participação efetiva dos alunos

surdos e do professor pesquisador. Durante as participaçõesforam observadas as postagens, as publicações e as interações ocorridas com outros usuários. Diante de tudo isso, pode-se afirmar que a interação estabelecida através do Facebook

encurta distâncias, transpõe barreiras e inaugura um modo totalmente inédito de estabelecer a comunicação entre internautas no ciberespaço. Durante a pesquisa percebeu-se que o Face estabeleceu uma nova maneira de se comunicar pela

internet. Confirmando, assim, seu papel de disseminador de conhecimentos múltiplos e diversificados.

(9)

ABSTRACT

The internet is now one of the media more accessible messages and thereby spread their language and became globalized. In this context, too, is part of Facebook, a social network that can provide deaf students the opportunity to present their ideas, conduct online discussions and collaborate effectively for learning the Portuguese language teaching from the use of contemporary digital technologies. Thus, this research aims to contribute to scale some aspects of the dynamics of inclusion of deaf students, through the use of Facebook. Using this social network, is presented as one of the possibilities that can contribute digital literacy and more specifically, the practice of reading and writing audience on screen. The specific objective is to present these mechanisms as an ally of educators in diverse classrooms that country. The research falls within the ethnographic process, based on the descriptive and exploratory model, since after the experiment, we used such methods for organizing and interpreting the results, analyzing the use of Facebook, with the effective participation of deaf students and teacher researcher. During the shares postings, publications and interactions occurring with other users were observed. Given all this, it can be stated that the interaction established through Facebook shortens distances, transposing barriers and ushers in a completely novel way of establishing communication between netizens in cyberspace. During the research it was realized that the Face has established a new way to communicate online. Thereby confirming its role as a disseminator of multiple and diverse knowledge.

(10)

SUMÁRIO

Introdução...11

Aporte Teórico...15

Capítulo 1: Leitura e Letramentos...16

1.1.1 Leitura...16

1.1.2 Leitura mediada por imagens...18

1.1.3 Letramento Visual...18

Capítulo 2: Surdez: Conhecendo a Deficiência...20

2.1 Escola, Surdez e Inclusão:...22

2.2 Surdos e Letramento Digital:...24

Capítulo 3: Procedimentos Metodológicos...27

Capítulo 4: Análise dos dados...31

4.1 Discussão dos resultados...40

Considerações Finais...43

(11)

INTRODUÇÃO

A internet é hoje um dos meios de difusão de mensagens mais acessíveis e, desse modo, sua linguagem se propagou e se tornou globalizada. Nesse contexto,

também, insere-se o Facebook, uma rede que além de social, também pode

fornecer aos alunos surdos a oportunidade de apresentar suas ideias, conduzir discussões on-line e colaborar, de forma efetiva, para o aprendizado do ensino de

língua portuguesa, a partir do uso das tecnologias digitais contemporâneas.

O Facebook é a maior rede social do mundo. Atualmente, conta com mais

de um bilhão de usuários. Segundo os dados da Socialbakers1, empresa de estatísticas sobre mídias sociais, o maior grupo de usuários do Facebook por idade

no contexto atual é a faixa etária dos 18 aos 24 anos, seguido pelos usuários na faixa etária dos 25 aos 34 anos. Há 47% de homens usuários e 53% de usuários do sexo feminino, no Brasil, em comparação aos 76% e 24% na Índia e 59% e 41% na Indonésia, respectivamente. O nosso país conta com 7.3% do número de usuários Facebook, atualmente na 2ª posição dos países com mais usuários na rede social. Os usuários do Facebook no mundo tiveram aumento de 1.6% comparado a 5.3% dos usuários Facebook em Brasil: O infográfico abaixo apresentam dados de maio de 2013:

(12)

Imagem 1 (Infográfico com dados do facebook)

Disponível em: www.agenciamestre.com/marketing-digital/estatisticas-do-facebook-no-brasil-em-maio/

É grande a sua popularidade entre os usuários dessa rede de intercomunicação, desterritorializada, chamada internet, que, a cada momento, insere os alunos nas mais diversas situações de necessidades comunicacionais, dentre essas, a busca de conteúdos e de ferramentas educacionais.

O Facebook, no dia a dia, tem sido usado como um prolongamento da

execução das atividades propostas em sala de aula, possibilitando, assim, a quebra dos muros entre escola – professor – aluno – sociedade. E a escola é um espaço onde deve prevalecer ações estabelecidas comunicativamente, cujas práticas de leitura e de escrita levem os estudantes ao domínio de competências que os capacitem para a utilização ora do texto impresso, ora do texto digital.

O estudo em tela visa analisar alguns aspectos da linguagem usada na rede social Facebook, e sua utilidade como ferramenta de aprendizagem do aluno surdo

no ensino da língua portuguesa.

(13)

virtual proporciona. Nessa perspectiva, Soares (1997) afirma que o maior instrumento da globalização cultural na sociedade tem sido certamente o conjunto das redes de comunicação de massa. A internet e suas redes, cada vez mais sociais, têm-se mostrado um local de profunda igualdade entre todos os seus membros. Para isso, não é preciso ir muito longe, basta começar a navegar e a participar dos bate-papos virtuais, que se perceberá a multiplicidade e a diversidade de pessoas e de informações que se podem encontrar na rede, sem, no entanto, haver qualquer tipo de preconceito ou discriminação. Para os surdos, isso é inserção: é poder ser ele mesmo, sem haver exclusão de um mundo sonoro.

Assim, o Facebook, para os surdos, iguala todas as pessoas: pobres, ricos,

surdos, ouvintes, brasileiros ou estrangeiros em uma linguagem digital, possibilitando a todos uma comunicação no mesmo patamar.

O estudo, ora almejado, tendo como objetivo inicial analisar o uso do

Facebook na aprendizagem da língua portuguesa para alunos surdos, visto que

trabalho com esse perfil de alunos na rede estadual e municipal da cidade de João Pessoa há aproximadamente sete anos, como professor de língua Portuguesa do Ensino Fundamental lI e Educação de Jovens e Adultos (EJA). A partir desse contexto, suscitei-me a observar como os surdos utilizam a rede para se comunicar, e, por conseguinte, analisar a linguagem utilizada por eles para estabelecer a comunicação na interação social. E, por fim, identificar as diversas possibilidades de uso pedagógico no aprendizado do aluno surdo.

(14)

Assim, esta rede social serve como uma ferramenta de inclusão no âmbito escolar. Sassaki (1997, p.41), define como: “um processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade”.

O ensino, em vista disso, deve se adaptar às necessidades dos alunos surdos, ao invés, de apenas, adaptar-se a paradigmas preconcebidos a respeito do ritmo e da natureza dos processos de aprendizagem. Nesse sentido, o desenvolvimento e a utilização da internet acabam produzindo, entre seus usuários, uma linguagem própria, repleta de termos típicos, ou seja, todo usuário, de uma maneira ou de outra, acaba compreendendo o conjunto da rede e os termos que determinam seu conteúdo e seu funcionamento. A partir desta realidade, almeja-se verificar como o aluno surdo utiliza esse espaço virtual para o aprendizado da língua portuguesa, em face de inúmeros recursos existentes na contemporaneidade. Será o Facebook um facilitador do aprendizado da língua

portuguesa ou apenas uma ferramenta de comunicação entre os alunos surdos? Assim para executar esse estudo foi necessário seguir o seguinte roteiro: Inicialmente temos a introdução onde se destacam as hipóteses, os objetivos e como foram desenvolvidos os procedimentos metodológicos do referido estudo.

Em seguida apresentamos o Aporte Teórico, onde há os autores que serviram de base para a construção dessa pesquisa de dissertação e consequente execução desse projeto.

A pesquisa foi dividida em capítulos, o primeiro deles dissertou sobre Leitura e Letramentos, nele se apresentam as definições de leitura e letramentos tomando por base os teóricos como Soares (2000), Kleiman (2004) Coscarelli (2002) e Santaella (2004). E dentro dessa mesma temática abordou-se também sobre leitura mediada por imagens e Letramento Visual através do âmbito e contexto dos alunos surdos.

(15)

realidade do aluno surdo nas escolas hoje em dia, e sua inclusão através de políticas educacionais voltadas para ele. E ainda nesse capítulo abordou-se o letramento digital como ferramenta de inclusão e diminuição do abismo entre o aluno surdo e o conhecimento de língua portuguesa.

No terceiro capítulo apresentou-se os procedimentos metodológicos que nortearam essa pesquisa. A etnografia foi o modelo de pesquisa escolhida para a coleta de dados referentes a este estudo. Em seguida, foi exposta a análise e discussão dos dados pesquisados. Nele, abordou-se aquilo que fora analisado durante a pesquisa, ou seja, ações dos alunos surdos, quer no ambiente real, quer no ambiente virtual.

Por fim, temos as considerações finais, na qual se expos a reflexão sobre os resultados da pesquisa, e impressões diante das ações dos alunos, referentes à tecnologia, a educação e o ensino de língua portuguesa após a utilização do Facebook.

1. APORTE TEÓRICO

Atualmente, as tecnologias digitais proporcionam diversas possibilidades de utilização no contexto social e, dentre elas, o uso pedagógico está em crescimento constante. Assim, temos desde textos digitalizados a e-books, ou livros digitais,

que, a cada dia, adentram o universo do ensino/aprendizagem. Esses ambientes possibilitaram aos alunos mais acesso à leitura, e, ao mesmo tempo, trouxeram uma nova perspectiva de interação entre o leitor e o conhecimento ali inserido.

Diante do exposto, esse universo midiático criou uma nova forma de

cognição e levou ao surgimento de um “leitor imersivo”, que exibe uma “agilidade

perceptiva e uma prontidão de respostas na interação com o fluxo incessante de

signos que se apresentam nas interfaces da hipermídia” (SANTAELLA, 2004, p.14).

(16)

interlocutor interagir e ainda estabelecerem interconexões com pessoas do mundo todo. A mesma autora ainda afirma que é todo e qualquer: “espaço informacional

multidimensional, que, dependente da interação do usuário, permite a este o acesso, a transformação e o intercâmbio de seus fluxos codificados de informação”

(p. 1)

Para Lévy (1996), um texto digitalizado permite novos tipos de leitura: uns textos se conectam a outros, por meio de ligações hipertextuais, possibilitando o exame rápido. O autor demonstra que o virtual não é o contrário do real, mas sim tudo aquilo que tem potencialidade para se concretizar. Ele afirma que em termos rigorosamente filosóficos, o virtual não se opõe ao real, mas ao atual: virtualidade e atualidade são apenas duas maneiras de ser diferentes.

Segundo Habermas (1987), o homem só reconhece como homem e adquire consciência de si mesmo através do outro, ao desenvolver uma interação reflexiva através da linguagem, isto é, da ação comunicativa.

Marcuschi (2002), ao falar acerca dos gêneros emergentes no meio virtual, confirma e corrobora essa nova visão baseada nos mais diversos suportes de leitura existentes. Os gêneros emergentes, na contemporaneidade das tecnologias digitais, são relativamente variados, mas a maioria deles tem similaridades em outros ambientes, tanto na oralidade como na escrita. Muitos desses gêneros digitais são evoluções de outros já existentes nos suportes impressos (papel), ou em vídeos (ex.: vídeos, fotografias). Porém, essa tecnologia comunicativa, verdadeiramente, gerou novos gêneros, oferecendo agilidade e rapidez no contato com o mundo, ocasionando uma interação imediata entre o aluno e o mundo que se quer conhecer.

1.1 Leituras e Letramentos 1.1.1 Leitura

(17)

Leitura não é esse ato solitário; é interação verbal entre indivíduos, e indivíduos socialmente determinados: o leitor, seu universo, seu lugar na estrutura social, suas relações com o mundo e com os outros; o autor, seu universo, seu lugar na estrutura social, suas relações com o mundo e os outros. (SOARES, 2000, p. 18)

Pode-se afirmar que a leitura deixou de ser algo mecânico, estático, uma atividade solitária. Ela passou a ser algo dialógico, comunicativo por excelência.

Para Kleiman (2004, p. 80), a leitura “pressupõe a figura do autor presente no texto

através de marcas formais que atuam como pistas para a reconstrução do caminho

que ele percorre durante a produção do texto”.

Nessa certeza de que a leitura é um processo dinâmico e social, que possibilita ao leitor a construção do sentido, ou seja, a compreensão textual. Pode-se concluir que há leitores de diferentes habilidades para cada tipo de leitura. E é a interação entre o texto e o leitor que constitui realmente a leitura.

Coscarelli (2002, p. 1) confirma a importância da leitura e de bons leitores:

“Os bons leitores são capazes de adquirir informação sozinhos e, portanto, abrem

para si mesmos as portas do aprendizado constante que é tão valorizado nas

sociedades modernas”

Para Santaella (2004), existem diversos tipos de leitores: o contemplativo, o movente e o imersivo. O primeiro, o leitor contemplativo, é aquele da idade pré-industrial, da era do livro impresso e da imagem expositiva, fixa. O segundo é o leitor do mundo em movimento, dinâmico, filho da Revolução Industrial e do aparecimento dos grandes centros urbanos: o homem na multidão. E o último, o leitor imersivo, aquele que surgiu a partir dos novos espaços virtuais - os ciberespaços. Contudo, Santaella (2004, p. 16) nos diz que: “o leitor do livro é o

mesmo da imagem e este pode ser o leitor das formas híbridas de signos e processos de linguagem, incluindo nessas formas até mesmo o leitor da cidade e o

espectador de cinema, TV e vídeo”.

(18)

imerso no acúmulo de informações que são despejadas pelos espaços multimídia de informações instantâneas.

Em Soares (1998), entende-se por letramento aquele estado em que o sujeito não só sabe ler e escrever, mas que também faz uso frequente da leitura e da escrita, e que, ao tornar-se letrado, muda seu lugar social, seu modo de viver na sociedade, sua inserção na cultura.

Para Kato (1987), a escola tem grande preocupação com a escrita, porém dá pouca atenção para o desenvolvimento da leitura. O que aparentemente tem-se mudado no ambiente escolar, devido à concepção dos gêneros discursivos ou textuais, cada vez mais inseridos nas aulas de LP (Língua Portuguesa).

Assim, essa preocupação apresentada pela autora também está presente nas palavras de Magda Soares (1991), quando afirma que: “Não basta saber ler e escrever, é preciso também saber fazer uso do ler e escrever, saber responder às

exigências de leitura e de escrita que a sociedade faz continuamente.”

Portanto, a leitura deve ser vista como uma fonte inesgotável de pesquisa e não como uma simples decodificação de símbolos gráficos. O que já ocorre em muitas escolas atualmente.

1.1.2 Leitura mediada por imagens

A expressão leitura de imagens começou a circular na área de comunicação e artes, no final da década de 1970, com a explosão dos sistemas audiovisuais. A imagem passa a ser compreendida como signo que incorpora diversos códigos e sua leitura demanda o conhecimento e a compreensão desses códigos. Contudo, a

expressão “leitura de imagem” não é consenso entre educadores, já que para

vários pesquisadores desses campos não é possível “ler” uma imagem.

(SARDELICH, 2006)

Segundo Kellner (apud SARDELICH, 2006), ler imagens implica em

(19)

Portanto, é pertinente à discussão sobre aspectos de letramento da pessoa surda, aspecto relacionado à construção e significação de conceitos, visto que, o sujeito surdo tem particularidades específicas quanto ao seu processo de aprendizagem, em função de sua diferença linguística, visto que o modo de perceber o mundo que o cerca é diferenciado do “olhar ouvinte”.

Segundo Reily (2003), a imagem tem uma função importante no processo de letramento do aluno surdo: a figura visual, tanto a representação abstrata quanto a figurativa ou pictográfica, traz consigo o potencial de ser aproveitada como recurso para transmitir conhecimento e desenvolver raciocínio. A leitura pelo surdo ocorre de maneira ideográfica, visto que a leitura não ocorre apenas com a decodificação de textos escritos, mas também de linguagens não verbais, pois há uma forte ligação entre a linguagem das imagens e a escrita. Assim, ela é uma atividade interativa, do ponto de vista que se utiliza diferentes conhecimentos e sentidos para realizá-la.

Cabe assim, ao professor, fazer uso de técnicas que abordem e utilizem imagens no desenvolvimento das atividades em sala de aula, para incluir o aluno surdo no ambiente de aprendizagem em que já se encontram os ouvintes. Diante do exposto, a imagem deve ser vista como aliada na aprendizagem do aluno surdo, como uma ferramenta que diminua o abismo existente entre ele e a utilização da língua portuguesa como código linguístico.

1.1.3 Letramento visual

Letramento tem como definição um conjunto de práticas sociais ligadas à leitura e à escrita em que os sujeitos se envolvem no seu contexto social. Discutir então letramento para a surdez requer pensar em práticas culturais e sociais: pensar em como os surdos leem e interpretam o mundo, a partir de suas singularidades linguísticas e culturais; pensar em como os surdos utilizam social e culturalmente a língua escrita.

(20)

interpretar o que é visto. Portanto, esse letramento para os surdos precisa ser compreendido, também, a partir de práticas sociais e culturais de leitura e de compreensão de imagens. Por exemplo: não basta ser surdo para “ler” uma

imagem, assim como não basta ser ouvinte para apreciar um sarau de poesias. Reily (2003, p. 164) propõe o letramento visual no currículo escolar e

considera que: “a imagem vem sendo utilizada na escola com uma função

primordialmente decorativa, de tal forma a diluir o tédio provocado pela grafia de

textos visualmente desinteressantes”.

Assim, esse “novo” letramento traz ao aluno surdo a possibilidade de

conhecer e interessar-se por um novo mundo, antes renegado ou ausente de sua realidade.

2. Surdez: conhecendo a deficiência

Segundo censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, cerca de 9,7 milhões de brasileiros possuem deficiência auditiva, o que representa 5,1% da população brasileira. Desse total, cerca de 2 milhões possuem a deficiência auditiva severa, (1,7 mihões têm grande dificuldade para ouvir e 344,2 mil são surdos) e 7,5 milhões apresentam alguma dificuldade auditiva.

O conceito de surdez, como qualquer outro conceito, lida com modificações inerentes à realidade dessa patologia. Podemos definir uma pessoa surda como aquela que vivencia um déficit de audição que o impede de adquirir, de forma natural, a língua oral/auditiva usada pela comunidade majoritária.

(21)

Nessa perspectiva, o surdo é visto como deficiente auditivo que tem de ser reeducado para aceder ao código linguístico do ouvinte.

Já deficiência auditiva é considerada genericamente como a diferença existente entre o desempenho do indivíduo e a habilidade normal para a detecção sonora de acordo com padrões estabelecidos pela American National Standards Institute (ANSI).

Ambrose (2007, p.71) descreve perda da audição como: “impedimento

mecânico ou nervoso à transmissão de ondas sonoras para o cérebro”. Guimarães (2002, p. 840) define surdez como a “Diminuição uni ou bilateral da audição,

qualquer que seja a causa, considerando-se surdo o indivíduo cuja gravidade

auditiva esteja abaixo de 70 decibéis”. Por fim, Ferreira (2000, p. 655) vê a surdez

como: “enfraquecimento ou abolição do sentido da audição”.

Para questão de ilustração, tem-se que as perdas auditivas podem ser de diferenciados graus. A classificação mais conhecida e amplamente utilizada classifica a perda auditiva em normal, leve, moderada, severa e profunda (DAVIS e SILVERMAN, 1970). Assim, a deficiência auditiva/surdez atinge milhões de pessoas devido a uma série de fatores, tais como: hereditariedade, acidentes, traumas, doenças, envelhecimento do organismo, etc. Da mesma forma que a deficiência visual, a deficiência auditiva também apresenta graus e tipos de perda que irão caracterizar individualmente o modo de tratamento.

A surdez tem a sua classificação de acordo com a área do ouvido que apresenta a deficiência. A hipoacusia é causadana infância, quando há diminuição de sensações auditivas, sem perder a qualidade da audição. Descuidada ou voluntariamente ignorada, tende a progredir com o tempo. Enquanto que disacusia é a perda da capacidade auditiva em maior ou menor grau de intensidade, de forma transitória ou definitiva, estacionária ou progressiva.

A surdez pode ocorre tanto de forma congênita, quando já se nasce surdo,

cujas fundamentais causas são: hereditariedade, rubéola, sarampo, doenças tóxicas da gestante (sífilis), ingestão de medicamentos que lesam o nervo auditivo durante a gravidez. E adquirida (súbita) quando a surdez ocorre durante qualquer

(22)

médio (otite média) que são mais comuns em crianças ou por doenças e lesões traumáticas. Como acessório, a perda auditiva adquirida é parte comum do processo de envelhecimento, também sendo chamada de presbiacusia (processo

degenerativo de células sensoriais da orelha interna e fibras nervosas que conectam com o cérebro). Entre suas causas estão: a presença de uma predisposição genética, quando ocorre meningite, exposição a sons impactantes (explosão) ou viroses, por exemplo. De acordo com Ambrose (2007, p,71), a perda auditiva se depender da causa, com o tratamento imediato, em 48 horas, a audição poderá ser reestabelecida.

2.1 Escola, Surdez e Inclusão

A surdez existe e os alunos que possuem essa deficiência necessitam de uma proposta pedagógica nova, pensada para suas singularidades linguísticas e culturais. Contudo, por mais que sonhemos e lutemos pela inclusão e a aceitação da diversidade, deparamo-nos muito ainda com o preconceito, impregnado em todos os âmbitos sociais. A escola é vista como uma das instituições que poderiam quebrar com muitos tabus, mas, ao contrário, ela tem sido ainda permeada de preconceitos e juízos prévios sobre os alunos e suas famílias.

Diante disso, a Declaração de Salamanca (1994) assevera que: "[...] as pessoas com necessidades especiais devem ter acesso às escolas comuns que deverão integrá-las numa pedagogia centralizada na criança, capazes de atender a essas necessidades."(UNESCO, 1994, p. 10).

Assim, a prática da inclusão escolar, segundo Mantoan (2003), pauta-se na capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes. Contudo, estão a escola e os educadores preparados de verdade para essa inclusão? Quantas décadas ainda virão para que vejamos uma inclusão prática e não apenas teórica?

(23)

a audição nos dá a possibilidade de obter sons nunca antes pensados ou descobertos.

A família, por exemplo, por conta de toda a ansiedade que se põe à chegada de um filho ou de uma criança em geral, e também por ser muito ligada à perfeição e à beleza imposta pela sociedade, inicialmente não consegue reagir bem com a chegada de um (a) filho (a) com deficiência. No entanto, Vygotsky (2007) adverte que o desenvolvimento da criança acontece a partir das constantes interações com o meio social em que vive.

Pode-se dizer ainda que a infância seja o momento em que o indivíduo está mais apto ao aprendizado e, no caso da criança com deficiência auditiva, a mesma não tem plena consciência de sua deficiência. Por isso, a família deve ser promotora primordial do desenvolvimento infantil, preparando a criança para conviver com a deficiência e trabalhar a sua integração com o meio familiar, social e educacional, sem deixá-la passiva, em meio ao mundo ao seu redor, quebrando o preconceito inicial acerca da criança e sua deficiência e o paradigma do filho idealizado, dando-lhe a oportunidade de desenvolver-se como pessoa.

É interessante mencionar a gratuidade dos aparelhos de amplificação sonora individual, mais conhecidos por aparelhos auditivos. Mas a espera é grande para inúmeros casos e nem todos têm a condição financeira para a compra deste aparelho, dificultando o seu uso e adaptação precoce.

Na fase adulta, o surdo já tem consciência do preconceito que acontece ao seu redor, seja no âmbito familiar, escolar e social, muitas vezes por falta de conhecimento e orientação sobre a deficiência. Por isso, é importante que o deficiente auditivo adquira precocemente o uso do aparelho auditivo. Assim, desde criança se adaptaria com o uso do mesmo e superaria aparentemente o preconceito nestes três âmbitos.

(24)

Outrora, em Brasília/ DF, a formação de professores para lecionar a alunos surdos efetivava-se através dos cursos de pedagogia ou licenciatura em educação especial/deficiência auditiva, com enfoque clínico. Hoje, a formação de professores realiza-se em curso de pedagogia bilíngue ou em cursos de Letras/Libras. A formação também se realiza em curso de graduação em Letras com licenciatura em Português 2ª língua ou em curso de Educação Inclusiva.

No estado da Paraíba é preciso formar professores para o ensino de Libras e formar também tradutores e intérpretes de Libras, ampliando, cada vez mais, o uso e o ensino de língua de sinais. Hoje é grande a presença de alunos surdos em cursos de pós-graduação, fato que não era tão comum há poucos anos.

Em contrapartida, a inserção da pessoa surda ainda se encontra distante dessa inclusão na mídia, visto que, poucos são os programas televisivos e propagandas que apresentam tradução em Língua de Sinais. É válido destacar que a discriminação e o desrespeito são constantes vilões na vida das pessoas com deficiência, apesar das inúmeras leis e cartilhas que promovem o incentivo à inclusão e esclarecem dúvidas, buscando pôr em prática a concepção dos direitos humanos. A sociedade ainda insiste na ignorância, no preconceito, gerando, cada dia mais, distância entre ambos. A proposta é trabalhar a dimensão da deficiência desprendendo-a do conceito de doença, segundo Skliar “a deficiência não é uma questão biológica e sim uma retórica social, histórica e cultural”.(Skliar, 1999, p. 6).

Para que se pratique de fato a inclusão social e se vença o preconceito, devem-se ser valorizados, concretamente, as reais capacidades de desempenho do indivíduo, seja ele deficiente ou não.

2.2 Surdos e letramento digital

Acerca da definição de letramento, Kleiman (1995, p. 19), assevera que

(25)

a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos

específicos, para objetivos específicos”.

Em Nóbrega e Maciel (2008, p 1139): “O letramento digital, motivado pelas

escolas, é, para os estudantes, um forte recurso de poder, porquanto a informação

faz uma tremenda diferença numa sociedade de desigualdades, como a do Brasil”.

Para Soares (2006, p.18) o letramento é definido como: “o resultado da ação

de ensinar ou de aprender a ler e escrever: o estado ou a condição de que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter se apropriado da

escrita”.

A partir desses conceitos, como podemos inserir o letramento de indivíduos que não possuem a língua portuguesa como língua materna e apenas a veem como segunda língua? Reily (2003, p. 17) responde a esse questionamento

afirmando que: “O processo de ensino do aluno surdo se beneficia do uso das

imagens visuais e que os educadores devem compreender mais sobre seu poder construtivo para utilizá-las adequadamente”.

Por isso, a formação de conceitos seria facilitada utilizando representações visuais, e a sua adoção, nas atividades educacionais, auxiliaria no processo de desenvolvimento do pensamento conceitual, visto que a imagem permeia os campos do saber, traz uma estrutura e potencial que podem ser aproveitados para transmitir conhecimento e desenvolver o raciocínio, elevar seu interesse pelo assunto e aproximá-lo de algo antes visto como distante e inatingível.

(26)

dessa representação gráfica. Para Oliver Sack, “a surdez em si não é o infortúnio; o infortúnio sobrevém com o colapso da comunicação e da linguagem” (1989, p 130).

Soares (1997) assevera que: “O maior instrumento da globalização cultural

na sociedade tem sido certamente o conjunto das redes de comunicação de massa. A abrangência, a extensão e a eficácia dessas redes estão na raiz das

maiores transformações na virada do século”.

Portanto, ao aliarmos tecnologia e inclusão, o abismo existente entre o mundo sonoro e o mundo surdo diminuirá concomitante à formação e à capacitação dos educadores para essas duas áreas tão férteis da nossa educação.

A partir disso, Soares (1997) também afirma que, com o advento da internet, há um momento privilegiado, para, na ocasião mesma em que essas novas práticas de leitura e de escrita estão sendo introduzidas, captar o estado ou

condição que estão instituindo: um momento privilegiado para identificar se as

práticas de leitura e de escrita digitais exercem papel fundamental na interação com o aluno ou usuário, ou seja, ocorre, assim, o letramento na cibercultura.

Esse letramento, hoje visto como digital, significa muito mais que alfabetizar, significa ensinar a ler e a escrever de forma que o indivíduo compreenda que a leitura e a escrita fazem parte da vida das pessoas ao seu redor e cuja comunicação ocorre de forma rápida, linear e dialógica. Assim, pode-se definir que letramento digital é a capacidade de ler e escrever através da tela do computador, adquirindo habilidades para manuseá-lo, de acordo com as necessidades do momento e desta forma apropriar-se das tecnologias digitais contemporâneas. Através dessas tecnologias os alunos podem se comunicar e gerar uma grande teia do saber, onde podem trocar experiências, informações, conteúdos, vídeos, textos, enfim, saberes diversos e diversificados.

Marcuschi (2004) confirma que: “O impacto das tecnologias digitais na vida

contemporânea está apenas se fazendo sentir, mas já mostrou com força suficiente que tem enorme poder, tanto para construir, como para devastar”.

Diante do exposto, pode-se afirmar que estamos diante de uma nova

(27)

de interesses ou de conhecimentos, através da comunhão de projetos, num processo de cooperação e de troca. Independentemente das proximidades geográficas ou de seus vínculos institucionais, ela não é irreal, nem tampouco, imaginária ou ilusória. Seria uma coletividade, mais ou menos permanente, que se constrói e se organiza através do novo correio eletrônico mundial. O ciberespaço favorece essas conexões nesta sociedade, segundo afirma Lévy:

Hoje, a informação disponível on-line ou no ciberespaço em geral compreende não apenas o estoque" desterritorializado de textos, de imagens e de sons habituais, mas igualmente pontos de vista hipertextuais sobre esse estoque, bases de conhecimentos com capacidades de inferência autônomas e modelos digitais disponíveis para todas as simulações. Além dessas massas de documentos estáticos ou dinâmicos, paisagens de significações compartilhadas coordenam as estruturações subjetivas variadas do oceano informacional. (LÉVY, 1996, p.115).

Através desse ciberespaço, o professor deve se inserir e colocar seu

conhecimento à disposição dos alunos já conectados a essa grande “teia”, e

motivar aqueles que ainda resistem a essa nova sociedade, tornando-os assim, letrados digitalmente, e, por consequência, capazes de lidar e interagir através dessas ferramentas educacionais presentes nesses meios de comunicação.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Os instrumentos de coleta de dados necessários à pesquisa foram a busca contínua de dados relacionados ao uso do Facebook, baseando-se como

metodologia o universo e amostragem, inserindo-se assim, numa pesquisa quanti-qualitativa a partir de análises, observações e interações. O que nos possibilita a utilização de processos etnográficos.

(28)

ao grupo ou cenário, conforme as interações no contexto social e cultural e a partir do olhar dos sujeitos participantes da pesquisa. Nesse sentido, a etnografia é um método e um ponto de partida, é a interação entre o pesquisador e os seus objetos de estudos. Na sua origem, o objetivo principal dos pesquisadores que realizam pesquisa etnográfica era principalmente o compartilhar experiências dos indivíduos, estudando-os da forma mais natural possível a fim de compreender melhor como as pessoas viviam e davam sentido a seu mundo.

Assim, nesse estudo em tela será utilizada a etnografia virtual (HINE, 2000), conhecida como webnografia, ciberantropologia, netno–grafia, etnografia digital, dentre outras, que estuda as práticas sociais na internet e o significado destas para os participantes. Ocorrendo um estudo detalhado das relações nos espaços virtuais, nos quais a internet é a interface cotidiana da vida das pessoas e lugar de encontro que permite a formação de comunidades, grupos estáveis e a emergência de novas formas de sociabilidade. Angrosino (2009) afirma que, na etnografia virtual, a comunicação eletrônica se baseia na palavra escrita ou imagens, problematizando o uso dos espaços virtuais, isto é, o status da internet como forma

de comunicação, como objeto dentro da vida das pessoas e como lugar de estabelecimento de comunidades, através dos usos, interpretados e reinterpretados, que dela se fazem.

Assim, adotamos os processos etnográficos como metodologia de investigação e a observação participante como técnica que orienta e fundamenta a coleta de dados, ou seja, um estudo etnográfico baseado na observação e participação em redes sociais na web. Visto que, a investigação proposta busca no uso da rede social por alunos surdos analisar sua comunicação através desse ambiente virtual. Quanto à sua abordagem, podemos afirmar que é qualitativa, sendo necessário o contato do pesquisador com o fenômeno em estudo, in loco,

buscando refletir sobre a dinâmica da experiência.

(29)

Portanto, a etnografia se enquadra nesta abordagem, pois busca compreender os significados atribuídos pelos próprios sujeitos ao seu contexto, a sua cultura, assim a pesquisa etnográfica se utiliza de técnicas voltadas para descrição densa do contexto estudado, como afirmam Hammersley e Atkinson (1994), ao revelarem que o valor da etnografia como método da pesquisa social está no fato da existência de uma variedade de modelos culturais e do seu significado na compreensão dos processos sociais.

Gil (2010) afirma que a pesquisa etnográfica tem como propósito o estudo das pessoas em seu próprio ambiente mediante a utilização de procedimentos como entrevista em profundidade e observação participante. Ou seja, o pesquisador participa ativamente de todas as fases da pesquisa. Desta forma, a etnografia, como também outras pesquisas qualitativas, buscam a inserção no contexto natural para acessar às experiências, aos comportamentos, às interações e aos documentos para assim compreender a dinâmica do grupo estudado. Para Faschin (2003, p.115), o universo é o conjunto sobre cujos atributos vai indiciar a investigação e, por isso, transformar-se-ão em fonte de informação.

Já a amostra é conceituada por Moresi (2003, p.29) “Amostra é parte da

população ou do universo, selecionada de acordo com uma regra ou plano.” Assim,

pode-se compreender que as amostras são analisadas com a finalidade de trazer informações sobre a população.

Para Marconi e Lakatos (2008), o universo ou a população de uma pesquisa depende do assunto a ser investigado, e a amostra, porção ou parcela do universo, que realmente será submetida à verificação, é obtida ou determinada por uma técnica específica de amostragem.

Diante das definições acima a pesquisa teve como universo o Facebook,

(30)

Imagem 2 (Página Inicial do Facebook – acesso em 29/01/2014)

O corpus da pesquisa teve como objeto de estudo os alunos surdos,

usuários dessa rede, que cursavam o 3º ano da Escola Estadual Professora Maria Geny de Souza Timóteo, turno noite, Educação de Jovens e Adultos (EJA), na rede estadual de ensino em João Pessoa – PB e seus devidos comentários, ações e opiniões dentro desse meio virtual. No que concerne à amostra, optou-se por selecionar uma amostra de dez alunos surdos usuários desta rede social, inseridos em um grupo, nomeado de Atividade para alunos surdos - Português.

(31)

Inicialmente o desenvolvimento da coleta e análise dos dados se deu através da criação de um grupo no Facebook e logo depois ocorreu o convite e

inserção desses alunos em um grupo fechado, criado nessa rede social para desenvolver atividades similares às feitas em sala de aula, buscando analisar a aprendizagem através dos suportes: a sala de aula e o Facebook. Após a inserção

dos mesmos, foi feita a comparação entre a apreensão de conhecimentos desses alunos na sala de aula regular e no ambiente virtual.

4. ANÁLISE DOS DADOS:

A análise dos dados e das discussões envolvem interpretações de significados e de funções das ações do objeto estudado, assumindo uma forma descritiva e interpretativa das informações colhidas.

Inicialmente foi criado o grupo Atividade para alunos Surdos em 21 de outubro de 2013 como se observa na imagem abaixo:

(32)

O grupo é composto por dez membros, sendo um o administrador, o professor avaliador, os outros são, além de membros, ex-alunos da Escola Estadua Professora Maria Geny de S. Timóteo. Como vemos na imagem abaixo:

Imagem 4 (Lista de usuários do Grupo: Atividade para alunos surdos – Facebook. Acesso em: 29/04/2014 )

(33)

Imagem 5 (Atividade sobre o poema Versos Íntimos de Augusto dos Anjos)

Nessa imagem pode-se observar que foi postada uma versão do Poema Versos Íntimos (Augusto dos Anjos) com imagem e legenda para que os alunos pudessem ler e compreender melhor esse texto que fora trabalhado em sala anteriormente. Após a visualização por parte de componentes do grupo (seis) foi postada a seguinte pergunta, como vemos na imagem a seguir:

Imagem 6 (Enquete sobre o poema Versos Íntimos de Augusto dos Anjos)

(34)

Imagem 7 (Vídeo sobre a música Comida da banda Titãs)

Após a visualização por parte novamente de seis membros foi postada no grupo a seguinte questão: “O povo brasileiro tem fome de quê?”

(35)

Nessa imagem, pode-se observar que apenas um membro respondeu a enquete proposta pelo professor avaliador (P.A.), embora seis (6) membros houvessem visualizado a referida pergunta.

Por fim, foi postado uma enquete relacionada ao ensino de Língua Portuguesa e o aluno surdo, como vemos na imagem a seguir:

Imagem 9 (Enquete sobre a importância da Língua Portuguesa para o aluno surdo)

(36)

Imagem 10 (Texto A bola de Luiz Fernando Veríssimo)

Além dessas atividades feitas em grupo pode-se observar também a comunicação estabelecida por esses membros com outros surdos existentes na lista de amigos do Facebook. Vejamos, a seguir alguns exemplos:

(37)

Imagem 11 (Perfil do aluno E.S. no Facebook)

Nessa outra imagem também há pouca disparidade entre a norma-culta e a

postagem da aluna, observemos:

(38)

Em relação a mesma aluna ainda, podemos constatar na postagem abaixo que a mesma realiza bem a comunicação com seus amigos de rede social, mesmo sem usar todos os elementos coesivos e lexicais em sua postagem, vejamos:

Imagem 13 (Postagem da aluna E.S. no facebook)

(39)

Imagem 14 (Postagem do aluno J.G. no facebook)

Nessa outra situação o mesmo aluno posta um período maior sem o uso de conectivos adequados que possam dar coesão, coerência e informatividade ao seu discurso. Ou seja, ele escreve um português diferente, um português ainda difícil de ser compreendido pelos professores não inseridos no mundo surdo, que rejeitam a existência da pluralidade de manifestações lingüísticas dentro do universo da língua portuguesa por parte dos surdos. Observemos:

Imagem 15 (Postagem de fotos do aluno J.G no facebook)

(40)

Imagem 16 (Postagem da aluna M.P no facebook)

4.1 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Após essa análise dos dados referentes aos surdos no ambiente virtual

Facebook, podemos concluir que a presença do surdo nestes ambientes pode ser

vista como um fator motivante para o uso da escrita (em português), para o seu treino e, por que não, para seu estudo. Há uma motivação por trás disso tudo: o surdo (como o ouvinte) quer se comunicar e, para utilizar a Internet através do

Facebook, precisa atualmente fazê-lo da forma escrita. Na escrita, o surdo toma

emprestado a língua portuguesa, uma língua oral-auditiva, com regras e estruturas específicas. No entanto, ao usar esta escrita, o surdo escreve em língua portuguesa, mas na estrutura gramatical da língua de sinais. Apesar de o português utilizado na rede não ser, em termos da norma culta, o mais correto que se pode ter, para o surdo, esta é uma grande oportunidade para a expansão do seu vocabulário, e para a atribuição de (novos)significados aos signos linguísticos com que está lidando. E isto também pode ser visto no sentido do letramento. Pois, ultrapassa as habilidades de codificação e decodificação de signos escritos e pressupõe usos da leitura e da escrita em todos os âmbitos e contextos.

(41)

leitura, visão, audição, criação, aprendizagem são capturados por uma informática cada vez mais avançada.

Segundo Lévy, o advento da escrita eleva o conhecimento e inteligência humana, mas a escrita depende não só das palavras e sim de representações destas sobre um suporte, de modo que fiquem dispostas continuamente no tempo-espaço, sejam perpetuadas, daí a sua superioridade sobre a comunicação feita de forma apenas oral:

“Com a escrita, e mais com o alfabeto e a imprensa, os modos de conhecimento teóricos e herméticos passaram portanto a prevalecer sobre os saberes narrativos e rituais das sociedades orais. A exigência de uma verdade universal, objetiva e crítica só pode se impor numa ecologia cognitiva largamente estruturada pela escrita, ou, mais exatamente, pela escrita sobre o suporte estático” (1999, p.38).

Assim, o Facebook apresenta-se como um espaço onde o ensino e a

aprendizagem de Língua Portuguesa pode ser discutido, executado e compartilhado. O mundo sonoro, antes distante do aluno surdo, torna-se possível através dessa ferramenta de interação comunicacional. O texto, no Facebook, flui em uma escala muito maior que o texto sobre um suporte estático, pois nesse ambiente ele passa de um simples texto a um texto dinâmico e sempre reconstituído. Porém, além do texto em si, Lévy nos fala a respeito do próprio ato de ler:

“Na verdade é somente na tela, ou em outros dispositivos interativos, que o leitor encontra a nova plasticidade do texto ou da imagem, uma vez que, como já disse, o texto em papel (ou o filme em película) forçosamente já

está realizado por completo. A tela informática é uma nova ‘máquina de ler’,

(42)

Assim, fica claro que dentro de um espaço virtual e cibernético como Facebook, que conecta os usuários diretamente, as iniciativas de ensino e aprendizagem têm de ser igualmente interativas, não se limitando a empurrar o conteúdo em direção ao aluno, seja surdo ou ouvinte, mas trazendo-o este para si, para fazer parte da criação deste conteúdo e também deste aprendizado. Cabe-nos saber lidar com essa tecnologia em prol dos alunos, sem fazer distinção ou exclusão dos mesmos, quer no real, quer no virtual. Embora, a realidade na maioria das salas de aula seja ainda de disparidade e de desigualdade entre surdos e ouvintes. O espaço escolar não pode ser apenas de um grupo ou de uma classe social. Ainda é possível acreditar na inclusão, tendo como aliado os suportes e as ferramentas educacionais e tecnológicas existentes.

(43)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A escola não pode mais fechar os olhos para o uso das tecnologias digitais contemporâneas como recurso didático-pedagógico. É sua função letrar alunos ouvintes ou surdos. O ensino da língua portuguesa deve perpassar o caminho hipertextual, cibernético e vê-los como ferramentas na diminuição do abismo entre o mundo do ouvinte e o do surdo. Portanto, ao aproximarmos o letramento, quer digital, quer visual dos alunos, outrora excluídos desse mundo sonoro, desse letramento restritamente escrito e excludente estamos lançando mão de teorias estanques para abrirmos as portas para a inclusão. A surdez existe e necessita de uma proposta pedagógica nova, pensada para suas singularidades linguísticas e culturais.

Como bem afirma os PCN’s, a inclusão deve ser prioridade respeitando a diversidade de cultura de seus membros: “O grande desafio da escola é investir na

superação da discriminação e dar a conhecer a riqueza representada pela diversidade etnocultural brasileira, valorizando a trajetória particular dos grupos que

compõem a sociedade”. (PCNs 1997 – p.32)

Considerando a penetração e o papel da tecnologia digital na sociedade contemporânea e as novas formas comunicativas aportadas, afigura-se relevante pensar essa tecnologia e suas consequências numa perspectiva mais inclusiva e menos tecnicista.

Neste sentido o uso da escrita/leitura na internet pelos surdos tem lhes proporcionado o letramento, abandonando o estado de alfabetizantes funcionais. No ambiente telemático a comunicação social tem sido ampliada e enriquecida. Através do computador, surdos falantes/leitores de sinais se "apropriaram" da escrita do português. Assim, a internet desempenha com sucesso o papel que até agora foi delegado à escola, mas sem êxito (refere-se aqui a uma comunicação escolar que vem deixando de ser veiculada apenas pelas tradicionais tecnologias da lousa, giz e livros).

(44)

aprendido a desenvolver a escrita e interpretá-la. Por esses leitores estarem inscritos no contexto dos textos dá-se o interesse.

O bilinguismo, tal como entendemos, é mais do que o uso de duas línguas. É uma filosofia educacional que implica em profundas mudanças em todo o sistema educacional para surdos. A educação bilíngue consiste, em primeiro lugar, na aquisição da língua de sinais, sua língua materna. Lacerda & Mantelatto (2000)

afirmam que “o bilinguismo visa à exposição da criança surda à língua de sinais o

mais precocemente possível, pois esta aquisição propiciará ao surdo um desenvolvimento rico e pleno de linguagem e, consequentemente, um

desenvolvimento integral”.

Quanto a essa proposta, Quadros (1997, p. 30), asseveraque:

A presença de surdos adultos apresenta grandes vantagens dentro de uma proposta bilíngue. Primeiro, a criança, tão logo tenha entrado na escola, é recebida por um membro que pertence à sua comunidade cultural, social e linguística; assim, ela começa a ter oportunidade de criar a sua identidade. Segundo, essa criança começa a adquirir a sua língua natural. Tais vantagens são imprescindíveis para o sucesso da proposta bilíngue... assim, tornar-se-á possível o ensino de uma segunda língua, caso contrário, a criança surda não terá chances de apresentar um domínio razoável da língua portuguesa.

O bilinguismo é, portanto, a forma de ensino com a qual o surdo poderá assumir sua identidade como tal e que permitirá que ele consiga comunicar-se com a sociedade ouvinte através da linguagem escrita e, se o surdo desejar, por meio da linguagem oral, também. Por fim, conclui-se que é importante o ensino especial para surdos, uma vez que o surdo, para se reconhecer como tal, precisa aprender juntamente com outros surdos.

(45)

precisa implementar ações que tenham sentido para todos os alunos e que esse sentido possa ser compartilhado com os alunos surdos.

Durante a pesquisa, percebi a fragilidade linguística em que os alunos surdos se encontram, e isso acaba gerando inúmeras consequências, dentre elas, insegurança na ato da escrita e da leitura, principalmente em sala de aula. Visto que, os alunos embora possam muitas vezes identificar significados de palavras, os mesmos não conseguem fazer uso efetivo da língua, já que não conseguem, na maioria das vezes, atribuir significado ao que leem. Para que o letramento aconteça é preciso interação.

(46)

REFERÊNCIAS

AMBROSE, M. et al. (Org). Doenças: da sintomatologia ao plano de alta. Tradução

Poxone Jacobson. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. Vol 1. A-M.

ANGROSINO, Michael. Etnografia e observação participante. Porto Alegre: Artmed, 2009.

BONETI, R. V. F. A organização escolar e a inclusão das diferenças na sala de aula: só as adaptações curriculares resolvem? [Resumo] Cap. IX (pp. 85-91). Trabalho apresentado no III Congresso Brasileiro sobre Síndrome de Down. Anais.

Curitiba. Brasil, 2000.

CASTELLS, Manuel. A Galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003.

COSCARELLI, C. V. Entendendo a leitura. Revista de estudos da linguagem. Belo Horizonte: UFMG. v. 10, n. 1, p.7-27, jan./jun. 2002.

DECLARAÇÃO de Salamanca e Linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais. (1994, Salamanca). Brasília: CORDE, 1997.

DAVIS H, SILVERMAN RS. Hearing and deafness. Nova York: Rinehart & Wiston; 1970.

DENZIN, N. K. e LINCOLN, Y. S. (orgs). O Planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. Tradução Sandra Regina Netz. Porto Alegre: Artmed, 2005.

FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. FERREIRA, A. B. A. Mini dicionário séx. XXI: o minidicionário da língua portuguesa. 4.ed Rev. Amp. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

FREIRE, A. Aquisição de português como segunda língua: uma proposta de currículo. Rio de Janeiro. Revista Espaço/INES - Junho/98. p.46-52.

FREITAS, Maria Teresa de Assunção (Org.). Cibercultura e formação de professores. Belo Horizonte : Autêntica Editora, 2009. (Coleção leitura, escrita e oralidade).

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4 ed. São Paulo : Atlas, 1999. ______. Como elaborar projetos de pesquisa. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2010.

(47)

HABERMAS, Jürgen. Dialética e hermenêutica – para a crítica da hermenêutica de Gadamer. Porto Alegre: L&PM, 1987a.

HAMMERSLEY, M.; ATKINSON, P.. Etnografía: Métodos de investigación. Barcelona: Paidós, 1994

HINE, C. Virtual ethnography. London: SAGE Publications, 2000.

JAKOBSON, Roman. Linguística e comunicação. São Paulo: Cultrix, 2005. KATO, M. O aprendizado da leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

KLEIMAN, A. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. Campinas: Pontes, 9. ed., 2004.

KLEIMAN, A. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. In:

KLEIMAN, A. (Org.). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado de Letras, 1995.

LACERDA, C.B.F.; MANTELATTO, S.A.C. As diferentes concepções de linguagem na prática fonoaudiológica junto a sujeitos surdos. In: LACERDA, C.B.F.;

NAKAMURA, H.; LIMA, M.C. (Org.). Fonoaudiologia: surdez e abordagem bilíngüe.

São Paulo: Plexus, 2000. p. 21-41.

LAKATOS, Eva M.; MARCONI. Técnicas de pesquisa. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2008.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A.. Metodologia do trabalho científico:

procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. São Paulo: Atlas, 2007.

LAKATOS, Eva e Marconi, Marina. Metodologia do trabalho científico. SP: Atlas, 1992.

LEMOS, André. Olhares sobre a cibercultura. Porto Alegre: Sulina, 2003.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. ______. O que é o Virtual? São Paulo: Editora 34, 1999.

(48)

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

MARCUSCHI, Luis Antônio; XAVIER, A. C. (Org). Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Lucena, 2004.

MOREIRA,H.; CALEFFE L.G. Metodologia da pesquisa para o professor pesquisador.

RJ:DP&A, 2006.

MORESI, E., Metodologia de Pesquisa. Universidade Católica de Brasília – UCB, Brasília – DF, 2003. Disponível em: < http://www.inf.ufes.br/~falbo/files/Metodologia

Pesquisa-Moresi2003.pdf.> Acesso em: 30 jul. 2013.

OLIVEIRA, Sara. Texto visual e leitura crítica: o dito, o omitido, o sugerido. Linguagem & Ensino, Pelotas, v. 9, n. 1, p. 15-39, jan./jun., 2006.

PAÇO, J., BRANCO, C., MOREIRA, I., CAROÇA, C. & Henriques M. Introdução à surdez. Lisboa: Universidade Católica, 2010.

QUADROS, R. M. de; KARNOPP, L. B. Língua de sinais brasileira: estudos lingüísticos. Porto Alegre: Atmed, 2004.

REILY, L.H. As imagens - o lúdico e o absurdo no ensino de arte para pré-escolares surdos. In: SILVA, I. R., KAUCHAKJE, S., GESUELI, Z. M.(Org).

Cidadania, surdez e linguagem - desafios e realidades. São Paulo: Plexus Editora, 2003.

RUELA, A. O aluno surdo na escola regular: a importância do contexto familiar e escolar. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional, 2000.

SACKS, Harvey./ Emanuel SCHEGLOFF / Gail JEFFERSON. A simplest systematics for the organization of turn-taking for conversation. 1989. Language50: 696-735.

SANTAELLA, Lucia. Navegar no ciberespaço: o perfil do leitor imersivo. São Paulo: Paullus, 2004.

SARDELICH, Maria Emília. Leitura de imagens, cultura visual e prática educativa. Caderno de Pesquisa, São Paulo, SP, v.36, n.128, p. 451-472, 2006.

SARDELICH, Maria Emilia. Leitura de imagens, Cultura Visual e Prática Educativa. Cad. Pesqui. , São Paulo, v 36, n. 128, agosto de 2006. Disponível a partir do

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742006000200009&

(49)

6000200009.

SASSAKI, R.K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro:

WVA, 1997.

SEABRA, Carlos. Tecnologias na escola. Porto Alegre: Telos Empreendimentos

Culturais, 2010 Disponível em:

<http://www.institutoclaro.org.br/banco_arquivos/Cartilha> Acesso em: 10 jun. 2012.

SILVA, M. A. A audição humana. Disponível em:

<http://www.brasilescola.com/upload/e/ouvido(1).jpg> Acesso em: 30 jul. 2013.

SILVEIRA BUENO, J.G. A educação do deficiente auditivo no Brasil. In:

Tendências e desafios da educação especial. Brasília, DF: SEESP, 1994.

SKLIAR, Carlos. A surdez: Um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Dimensão, 1998.

SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: um tema em três gêneros. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 1991.

SOARES, M. As condições sociais da leitura: uma reflexão em contraponto. In:

ZILBERMAN, R.; SILVA, E. T. (Org.). Leitura: perspectivas disciplinares. São Paulo: Ed.

Ática, 2000. p. 18-29.

SOARES, Magda. Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura. 2006. Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br>. Educ. Soc. Campinas, vol. 23, n. 81, p. 143 160. Acesso em: jan.2011.

SOARES, D. A Globalização numa perspectiva sociocibernética, In: Revista

Contracampo, nº1. Mestrado da UFF, jul/dez/1997. Disponível em:

<http://www.uff.br/mestcii/cc2.htm>.

Referências

Documentos relacionados

Portanto, mesmo percebendo a presença da música em diferentes situações no ambiente de educação infantil, percebe-se que as atividades relacionadas ao fazer musical ainda são

5 “A Teoria Pura do Direito é uma teoria do Direito positivo – do Direito positivo em geral, não de uma ordem jurídica especial” (KELSEN, Teoria pura do direito, p..

Além disso, o Código de 2015 trouxe a possibilidade da tutela antecipada (satisfativa) em caráter antecedente, ou seja, existe a possibilidade da petição inicial limitar-se

Foi membro da Comissão Instaladora do Instituto Universitário de Évora e viria a exercer muitos outros cargos de relevo na Universidade de Évora, nomeadamente, o de Pró-reitor (1976-

Finally,  we  can  conclude  several  findings  from  our  research.  First,  productivity  is  the  most  important  determinant  for  internationalization  that 

de lôbo-guará (Chrysocyon brachyurus), a partir do cérebro e da glândula submaxilar em face das ino- culações em camundongos, cobaios e coelho e, também, pela presença

Para preparar a pimenta branca, as espigas são colhidas quando os frutos apresentam a coloração amarelada ou vermelha. As espigas são colocadas em sacos de plástico trançado sem

segunda guerra, que ficou marcada pela exigência de um posicionamento político e social diante de dois contextos: a permanência de regimes totalitários, no mundo, e o