Relinda Kohler
GFEDCBA
e
Maria Ephigenia Ramos May*
Congressos
de Biblioteconomia:
Avaliação e Perspectivas
R e l a t a e x p e r i ê n c i a s n a o r g a n i z a ç ã o d o
](Jf? C o n g r e s s o B r a s i l e i r o d e B i b l i o t e c o -n o m i a e D o c u m e n t a ç ã o , a s s o c i a n d o - s e a
p r á t i c a sd e c o n g r e s s o r e s a n t e r i o r e s . E n fo c a
a e s c o l h a d o t e m a c e n t r a l ; n a t u r e z a ,
n o r m a s p a r a a p r e s e n t a ç ã o e s e l e ç ã o d o s
t r a b a l h o s ;o r g a n i z a ç ã o d a s s e s s õ e s ; c o m p o
-s i ç ã o d a -s m e s a s ; r e a l i z a ç ã o d e c u r s o s .
srqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
CD U 061.3.055.5(81):02+002'
1 -SRQPONMLKJIHGFEDCBA
O B J E T IV Oo
objetivo deste artigo é sistem atizar e com unicar experiências e reflexões que revelam problem as de ordem técnica, recentem ente vivenciados, indicando as m edidas adotadas.Congressos de Biblioteconornia do porte dos atuais tendem a se realizar ape-nas em centros capazes de suportar o em -preendim ento, quer em term os de, hospe-dagem , quer no tocante a locais para as reuniões, tendendo, portanto, a repetir-se nas cidades que disponham da infra-estrutura indispensável.
Se a função dos Congressos Brasi-leiros de Biblioteconornia e D ocum entação (CBBD ) é levar os participantes a refleti-rem , a discutirefleti-rem e a chegarem a tom ada de posições acerca de tópicos de interesse com um , faz-se necessário um auditório, pelo m enos, para com portar a totalidade dos participantes, num a seqüência de oportunidades.
N a organização do 109 CBBD , as sessões plenárias foram consideradas com o razão de ser do evento. N elas dever'se-ía
'" Professoras do D epartam ento de Biblioteco-nom ia da U niversidade Federal do Paraná. M em bros da Com issão Técnica do 109 Congresso Brasileiro de Biblioteconom ia e D ocum entação.
Relinda K ohler e M aria Ephigenia Ram os M ay
tratar do tem a central e dos subtem as, para que todos os congressistas pudessem parti-cipar, de m odo a rever sua posição diante da biblioteconom ia brasileira; pretendia-se chegar a um a avaliação e a um esboço de suas perspectivas. N enhum a outra ativida-de deveria sobrepor-se a essas sessões. Esperava-se que houvesse proposi-ções sobre o tem a e subtem as. D iversas m aneiras de votá-Ias foram consideradas, em ,vista da im possibilidade verificada de se dispor de tem po para suficientes apartes, apreciações e debates entre os participan-tes, de m odo a eventualm ente em endar as proposições.
A despeito de norm as escritas para funcionam ento das sessões, verificaram -se freqüentes im pontualidades no seu desen-rolar, em virtude de se iniciar os traba-lhos com atraso ou se perm itir o alonga-m ento das apresentações, com sensível prejuízo para os debates. U m a solução para esse problem a poderia estar na volta à antiga prática de os com ponentes das m esas reunirem -se, previam ente, acertando os detalhes da sessão, e assegurando, assim , um desenrolar consistente dos trabalhos.
A alternativa de colher os votos dos participantes por escrito, para representar a sua posição em relação a recom endações em anadas de trabalhos apresentados em plenário, não se m ostrou com pensadora porque o retorno dos questionários não excedeu a 40% . Todas as recom endações assim propostas foram aprovadas, em bora não por unartim idade, e, em diversos casos, com sugestões para reform ulação.
Essa alternativa representou um teste de um a nova form a para aprovação ou rejeição de proposições e, se vier nova-m ente à prática, seria interessante que os questionários fossem distribuídos ao final de cada sessão, e não de form a global com o foi experim entado.
Essas considerações m ostram a difi-culdade de se chegar, atualm ente, a um conjunto de recom endações que realm ente
representem um consenso.
SRQPONMLKJIHGFEDCBA
2 - E S C O L H AD O T E M A C E N T R A L
Em vista da praxe de se realizarem O s CBBD em torno de um tem a central - ao m enos intencionalm ente - os critérios para escolha do tem a deste congresso foram :
a) abrangência - cobrir toda Biblíoj, conom ia;
b) am plitude - abrigar todos os níveis de experiência;
c) significação - refletir o estado da arte no Brasil;
d) abordagem - analisar o trabalho real; zado, partilhar experiências atuais e discutir tendências.
Por se tratar do 109 CBBD e, coíncí dentem ente, realizar-se no Jubileu de Prata do prim eiro, pareceu à Com issão O rgani zadora que tais critérios seriam relevantes.
2 .1 - S u b te m a s
É
igualm ente de praxe o estabeleci m ento de subtem as e, por isso, foram estabelecidos os seguintes, representando variáveis. da Biblioteconom ia: a instituiçãn o seu usuário; os recursos hum anos éo tra tam ento dos m ateriais, e m ais os tem asque
se atribuem e, assim , distribuem -se àl Com issões Perm anentes da FEBA B.
2 .2 - F id e lid a d e a o te m a c e n tra l
e
s u b te m a s. Q uando o tem a central e os subterné foram fixados e divulgados, possivelm ente m uitos dos autores já se encontravam refle-tindo sobre os m esm os, elaborando seu! trabalhos, de m aneira que os textos neJII sem pre apresentaram a abordagem espe' rada. V erificou-se a predom inância de experiências atuais em detrim ento d
análise das realizações e da discussão di tendências.
Congressos de Biblioteconom ia: A valiação e Perspectivas
3 .2 T ra b a lh o s liv re s
A liás, a inobservância da proposição doS organizadores parece outra praxe dos congressos de Biblioteconom ia ...
3 -
N A T U R E Z A D O S T R A B A L H O SA dicotom ia entre trabalhos livres e oficiais é apenas um a questão de ordem pragm ática, visto ser im possível prever a resposta da com unidade interessada
à
proposição da Com issão O rganizadora. A razão principal para se encom endarem trabalhos reflete a preocupação em ' as-segurar-se a presença do tem a central.
3.1 -
T ra b a lh o s O fic ia isD everia ser preocupação sim ultânea dos organizadores a escolha do tem a central e a verificação da disponibilidade de especialistas para a abordagem desejada.
A dificuldade em identificar todos os profissionais potencialm ente indicados para desenvolver o tem a central está na falta de fontes exaustivas. A existência de tais fontes perm itiria dar m aiores oportunida-des tam bém aos valores novos.
U m fator im portante na definição dos trabalhos oficiais é o tem po, devido à natural dem ora na com unicação entre as partes e, freqüentem ente, na palavra defi-nitiva do convidado.
O utro, é o fato de as despesas decor-rentes serem de responsabilidade do con-gresso, refletindo-se, portanto, no núm ero de convites.
A ssociados a esses fatores, outros com o: distância e tem po de perm anência d~ Convidado, tam bém , são decisivos, em V Irtude de, na época em que os convites s~o form ulados, ser desconhecida a dispo-llibU'd
1 ade financeira total do congresso. O conjunto fm al poderá,' assim , ~~fletir, eventualm ente, m ais a disponibi-d adisponibi-de e a boa vontade de especialistas o que U m plano inicial da Com issão.
N a verdade é com pletam ente im pre-visível o núm ero, o conteúdo e o nível dos trabalhos livres; os critérios de aceitação, previam ente estabelecidos (além das nor-m as), nem sem pre podem ser observados.
Se o critério básico for pela aceita-ção exclusiva de contribuições de alto ní-vel, priva-se grande núm ero de profíssío. nais, que trabalham em condições m enos favorecidas, de conhecer a experiência de colegas que vivenciam situações sem elhantes.
Certas experiências, em bora não con-tribuindo para dem onstrar alto desenvolvi-m ento da Biblioteconom ia, põem em relevo a im portância da criatividade e o louvável esforço de tentar soluções e de com unicá-Ias. A Biblioteconornia brasileira ressente-se da falta de soluções locais que tenham a oportunidade de aparecer.
U m congresso, por sua natureza, deveria justam ente dar oportunidade ao debate dessas experiências, do qual o autor sairia enriquecido. Infelizm ente, a dim en-são dos CBBD s está im pedindo o cum pri-m ento dessa função essencial.
A s pessoas m anifestam , ao inscrever seus trabalhos, a disposição de ter suas idéias subm etidas
à
apreciação dos seus 'pares e acabam por frustrar-se nessa dispo-sição. D eixam , pelas circunstâncias, de receber qualquer contribuição de m aneira a rever seu pensam ento e a m elhorar sua prática.Se os autores não estivessem dispos-tos ao debate e receptivos a sugestões e crfticas, teriam recursos alternativos nas revistas profissionais.
4 - N O R M A S
P A R A A P R E S E N T A Ç Ã O D E T R A B A L H O S
A s norm as para apresentação dos trabalhos foram estabelecidas a partir de
81 ~. bras Bib .
R. bras. Bibliotecon. e D oe. 130/2): 65-71,jan./jun.19 Ito.- • I hoteeon. e D oe. 13 O f2): 65-71,jan.fjun. 1980
Relinda K ohler e M aria Ephigenia Ram os M ay
subsídios dos congressos im ediatam ente anteriores, sem constituirem inovação m aior, e apoiadas, inclusive, em norm as form ais e de uso corrente. Integraram a prim eira divulgação oficial do Congresso, visando, justam ente, ao seu pleno
conhe-cim ento e suficiente antecedência.
A sua não observância gerou inúm e-ras e im previstas situações de tom adas de decisão, com im plicações para o anda-m ento geral e, conseqüentem ente, para o cronogram a da Com issão Técnica.
5 -
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S E L E Ç Ã O D O S T R A B A L H O SConstituem problem as, para aceita-ção de trabalhos, fatores com o norm as de apresentação, prazo, linguagem , aborda-gem e núm ero de trabalhos por subtem a.
5.1
N o rm a s5.2
P ra z oO s CBBD s vêm -se realizando, deSde 1971, a intervalos regulares de dois anos de m aneira que o prazo para apresentaçã~ de trabalhos livres não constitui novidade A prática de distribuir os A nah' concom itantem ente ao evento, elim ina ;' possibilidade de se atender aos pedido! de estendim ento de prazo que algun! autores chegam a pleitear.
Se
os trabalhos fossem recebido! 'pela Com issão Técnica pelo m enos Comseis m eses de antecedência, seria possível um a devolução aos autores para as
refoi,
m ulações necessárias. N o entanto, tal pretensão pressupõe que se disponha do dobro de pessoal em condições de exam, nar cada trabalho com a profundidade desejável, quanto ao tem a e com a devida precisão quanto
à
form a.5 .3 L in g u a g e m
N ão se pode avaliar com precisão, ell
m uitos casos, se os problem as de linguagem são do original do autor ou originalidadt do datilógrafo ...
Este é outro ponto em que certo trabalhos deixam a desejar. A final,
b
biblie tecário é um profissional de nível superior, de atividade intelectual e cuja função esp cífica, segundo alguns autores, é a ínterpr tação dos docum entos. Q ue credíbílidaé terá essa interpretação se houver deficiên cia na com unicação?O processo escolhido para produçt . dos A nais torna inviável a revisão dos te)
tos, o que seria, por si só, de difícil con~ cução, considerando-se o volum e de trab lho a realizar e os seus custos, se a Cotnil são Técnica a tal se dispusesse.
U m a vez determ inada a publicação dos A nais por processo fotográfico e, assim , diretam ente do original, se o fator "norm a" fosse rigorosam ente aplicado na seleção, o núm ero de trabalhos aceitos teria sido bem m enor.
A Com issão Técnica tem nessas cir-cunstâncias a surpresa, a preocupação e a inusitada responsabilidade de atribuir prio-ridade ao conteúdo ou à form a.
A rejeição de trabalhos por inobser-vância de norm as poderia até ser salutar para o autor, levando-o a rever seus
proce-dim entos a respeito.
A aceitação de trabalhos não norm a-lizados reflete-se negativam ente na im agem do bibliotecário. Talvez por isso seja con-veniente correr o risco, no futuro, de esva-ziar o tem ário com o um recurso para
as-segurar consistência form al. 5 .4 A b o rd a g e m e n ú m e ro ~c~rre-nos so~en~e agora que as d e tra b a lh o s o r s u b te m a potencialidades do propno Congresso, quer P
por m eio de trabalho oficial, quer por Foram classificados cinqüenta I m eio de curso, deviam ter sido postas a oito trabalhos, dois terços dos quais sobl serviço da norm alização bibliográfica um a processos técnicos e, desses, vinte e sei das intransferíveis funções do bibliotecário. aplicados a áreas determ inadas.
R. bras. Bibliotecon. e D oe. 13 0/2): 65-71 ,jan./jun. 191
Congressos de Biblioteeonom ia: A valiação e Perspectivas
Isso dem onstra com o o bibliotecário brasileiro ainda está buscando soluções específicas para o seu trabalho diário. A liás, a m aioria dos trabalhos poderia ser rejeitada se a abordagem do tem a princi-pal - avaliação e perspectivas - fosse um critério para aceitação.
O volum e de trabalhos apresentados, incidindo no m esm o assunto, gerou, inclu-sive, problem as de organização de sessões específicas, nas quais foram incluídos por
suas
conotações,
U m a sugestão seria que cada autor inscrevesse seu trabalho no tem a ou em um subtem a determ inado, o que faria com que tal assunto ou aspecto fosse enfatizado no seu texto, m ostrando a im portância que o autor lhe atribui.
Se
algum a sessão especí-fica especí-ficasse a descoberto, seria sim plesm en-te cancelada. A par da ajuda que tal m edida representaria para a Com issão Técnica, o tem a central, o subtem a e as sessões especí-ficas teriam o peso que os autores dos trabalhos lhes conferissem .O utra ponderação relevante. a fazer por ocasião da seleção diz respeito ao fato de que determ inadas instituições favorecem o com parecim ento de seus funcionários a congressos, condicionando-o
à
apresenta-ção
de trabalho, que se subentende aceito. Rejeitando-se o trabalho, rejeita-se, no caso, o congressista, e o congresso deixa de cum prir um a de suas funções, qual seja a de dar oportunidadeà
m otivação, para o aperfeiçoam ento profissional.. N ão é praxe constar nas fichas de m scrição se o trabalho é inteiram ente livre ou condicionado pelo em pregador, de ~aneira que a Com issão Técnica não d1Spõe de elem entos para analisar o caso. N o entanto, o fenôm eno, com o tal, existe e é Conhecido.
guintes ordens: núm ero desproporcional de trabalhos livres e títulos de trabalho que não correspondem ao conteúdo.
Q uando o título do trabalho é pouco explícito ou im preciso, a dificuldade de situar o trabalho a contento do autor é bastante grande. A lém do m ais, um título inadequado não favorece a recuperação do texto, nem dá idéia das abordagens de que o tem a foi objeto.
Q uando os trabalhos livres se con-centram em determ inados tem as ou áreas, pode' O correr que outros tem as ou áreas program adas fiquem a descoberto, levando a Com issão Técnica a buscar conotações dentro dos trabalhos, conotações essas que possibilitem sua redistribuição m es-m o artificial. N esses casos pode aconte-cer que o ponto de vista do autor não seja respeitado.
Por isso m esm o, parece interessante que o autor inscreva o seu trabalho espe-cificam ente no tópico em que deseja apresentã-lo.
Se
essa m edida vier a inter-ferir na m ontagem das sessões, dificultando o trabalho da Com issão Técnica, atende, pelo m enos, a intenção do autor.Se
ocorresse excesso de trabalhos em todas as áreas, as Com issões poderiam efe-tivam ente exercer sua tarefa de seleção, m as ocorrendo acúm ulo em algum as e perm anecendo outras áreas vazias, a opção é o rem anejam ento.Essa é um a das razões pelas quais a distribuição de trabalhos e, conseqüente-m ente, o controle do tem po das sessões não oferecem m uitas alternativas.
7 -
C O M P O S .IÇ Ã O D A S M E S A SD istribuídos os trabalhos livres pelas sessões program adas, a etapa seguinte é a determ inação dos responsáveis pelo desen-rolar da sessão.
O fato de as inscrições ao congresso poderem ser efetuadas com razoável ante-cedência oferece, além das vantagens
pe-6 -
O R G A N IZ A Ç Ã O D A S S E S S O E S U m a Com issão Técnica depara-secOm
I
.
pe o m enos dois problem as das
Relinda K ohler e M aria Ephigenia Ram os M ay
cuniárias conhecidas, um
panoram a dos
profissionais com cuja presença se pode
contar no evento.
D entre esses profissionais foram
des-tacados aqueles que, a critério da Com issão
Técnica, teriam
a experiência necessária
para o m ister.
Cabe salientar a prontidão com que
os convidados aceitaram a incum bência,
ainda m ais considerando-se que a
retribui-ção a essa im portante participaretribui-ção
consis-tiria apenas em um certificado.
O utro aspecto relevante na com
po-sição das m esas foi a preocupação de
asse-gurar a presença de profissionais de todos
os pontos do país e representando
institui-ções bem diversificadas. Com o critério para'
form ulação dos convites, adotou-se a
divi-são do país segundo as áreas de atuação dos
Conselhos Regionais de Biblioteconom ia.
Por um lapso, o destaque pretendido
para essa representação deixou de constar
no program a e, assim , deve ter passado
despercebido aos congressistas.
8 -
SRQPONMLKJIHGFEDCBA
R E A L IZ A Ç Ã O D E C U R S O SColocada a prem issa de que um
con-gresso é um a oportunidade para
concentra-ção em um
tem a proposto
e nos seus
subtem as, as dispersões devem ser evitadas.
Essa
éa razão pela qual a totalidade
dos congressistas teve
oportunidade
de
reunir-se pela m anhã nos plenários e, à
tar-de, de distribuir-se pelas sessões,
sentindo-se liberada no últim o dia, caso não tivessentindo-se
interesse nos cursos program ados.
Cursos restringidos a um
dia de
duração apresentam lim itações quanto ao
tem po
e, conseqüentem ente,
quanto
à
extensão. Considerando-se esses aspectos,
é recom endável, então, que a abordagem
dos assuntos seja feita principalm ente de
m odo conceitual, para introduzir ou
divul-gar o estado
do tem a, e para discutir,
principalm ente, as fontes a respeito. D evem
ser excluídos quaisquer tipos de
treina-m ento, aproveitando-se a ocasião para
en.cam inhar a atenção dos interessados para
os aspectos m ais relevantes, atuais e prom is.
sores da questão.
9 -
C O N S ID E R A Ç Õ E S G E R A ISo
conjunto
dessas ponderações e
dessa experiência torna oportuno rever a
sistem ática dos CBBD s.
U m a alternativa prom issora poderia
ser a instituição generalizada e regular de
experiências, tais com o as jornadas, encon,
tros,
sem inários, reuniões
e painéis,
járealizadas com êxito em diferentes pontos
do país.
Se nesses eventos fossem discutidos
trabalhos apresentados com o caráter de
com unicação prévia e apenas os
devida.m ente debatidos e aprovados fossem leva.
dos aos congressos nacionais, duas decoro
rências positivas poderiam advir. Prim eiro,
m aior núm ero de bibliotecários seria estio
m ulado a participar dos eventos na sua
região ou especialidade, contribuindo tanto
'com
trabalhos escritos quanto com a sua
participação
nos debates. Segundo, pelo
fato de os trabalhos serem prim eiram ente
discutidos, revistos quando necessário e, só
depois, subm etidos a um plenário nacional,
o nível desses plenários poderia vir a ser
m ais am adurecido e profícuo.
A ssim , tam bém outras preocupações
seriam atendidas: am pliar a oportunidade
de envolvim ento dos profissionais nesse
fórum de troca de opiniões, perm itindo o
aparecim ento dos estudos brasileiros ainda
por serem feitos, e assegurar ao evento de
am plitude
nacional
o
desejado
vigor,
Essa sistem ática perm itiria a erner
gência natural daquilo que fosse realm ente
significativo para justificar um enconn?
nacional que, com tal infra-estrutura,
de-veria realizar-se entre intervalos m aiores,
Poderá esm aecer-se, assim , a partiCÍ'
pação individual, m as reforçar-se-à, se issO
ocorrer, o trabalho cooperativo, seja dO
Congressos de Biblioteconom ia: A valiação e Perspectivas
onto de vista regional, seja do ponto de
Pista de um a especialidade.
,v
A dem ais, a organização de um
con-greSSO ,independentem ente de sua am
pli-tude e abrangência, requer que se som em
'esforços, aproxim ando
os profissionais.
Exige entrosam ento entre os
organizado-res e a classe, dividindo organizado-responsabilidades
e revelando qualidades de pessoas e grupos,
naturalm ente benéfico
para
envolvidos,
interessadose atingidos.
A repetição da experiência tende a
consolidá-Ia. A ssegura um a elevação
grada-tiva de cada realização. M arca a presença
.da classe na com unidade.
O s aspectos relatados, além de terem
-sído