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Projeto de prevenção e proteção contra incêndios e explosões em armazém de grãos

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Curso de Pós Graduação Latu Sensu em Engenharia de Segurança do Trabalho

KATIA ALINE GARZÃO

PROJETO DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS E

EXPLOSÕES EM ARMAZÉM DE GRÃOS

Ijuí 2016

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PROJETO DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS E

EXPLOSÕES EM ARMAZÉM DE GRÃOS

Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.

Orientadora: Cristina Eliza Pozzobon

Ijuí 2016

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PROJETO DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS E

EXPLOSÕES EM ARMAZÉM DE GRÃOS

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelos membros da banca examinadora.

Ijuí, 08 de julho de 2016.

Prof.ª Cristina Eliza Pozzobon Coordenadora do Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho/UNIJUÍ Mestre pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) - Orientador

BANCA EXAMINADORA

Prof.ª Cristina Eliza Pozzobon (UNIJUÍ) Mestre pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Prof.ª Lia Geovana Sala (UNIJUÍ) Mestre pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

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Agradeço inicialmente aos meus pais, Pedro Luiz e Lenir, e meu irmão Pedro Edilio, que sempre apoiarem incondicionalmente minhas escolhas, e sempre viram o melhor em mim.

Ao meu companheiro de todas as horas, Romano, que sempre esteve ao meu lado nesta batalha para este novo título.

Aos meus colegas de curso pelo companheirismo e pela amizade.

Aos meus amigos que se disponibilizaram a me auxiliar com a fase teórica deste trabalho procurando referencias juntamente comigo.

E por fim a minha orientadora, Professora Cristina Eliza Pozzobon, pelo apoio e dedicação na elaboração deste trabalho.

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“Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você está fazendo o impossível”.

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GARZÃO, K. A. Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em

Armazéns de Grãos. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia de Segurança

do Trabalho, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 2016.

O grande crescimento das indústrias trouxe a tona a prevenção contra incêndio, já que as produções aumentaram e consequentemente a quantidade de funcionários. A prevenção contra incêndio vem acima de tudo para salvar vidas, mas também garantir a proteção ao patrimônio, tendo em vista que em armazenamento de grãos este montante é significativo. A prevenção neste tipo de edificação é diferenciada já que algumas medidas de segurança são aplicáveis apenas a elas. Este trabalho visa a correta elaboração do projeto de prevenção e proteção contra incêndio (PPCI) de um armazém de grãos, os posicionamentos estratégicos e corretos dos equipamentos, focando nas exigências estabelecidas pela Lei Complementar 14.376 de 26 de dezembro de 2013, também conhecida como Lei Kiss, a qual foi um divisor de águas neste assunto, e legislações pertinentes, concluindo-se que a edificação necessitará ter a proteção pelos sistemas de acesso de viaturas na edificação, saída de emergência, brigada de incêndio, iluminação de emergência, controle de temperatura, alarme de incêndio, sinalização de emergência, extintores e hidrantes.

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Figura 1 - Triângulo do fogo ... 15

Figura 2 - Classes de fogo ... 17

Figura 3 - Modelo de acionador manual de alarme ... 21

Figura 4 - Símbolos para identificação de placas em planta baixa ... 22

Figura 5 - Tipos de placas de sinalização e suas funções ... 23

Figura 6 - Simbologia para projeto ... 23

Figura 7 - Edificação a ser estudada: planta baixa. ... 27

Figura 8 - Edificação a ser estudada: vista lateral. ... 28

Figura 9 - Acesso de viatura na edificação ... 32

Figura 10 - Iluminação de emergência ... 35

Figura 11 - Locação de acionador manual de alarme ... 36

Figura 12 - Locação da sinalização de orientação ... 37

Figura 13 - Placas indicativas ... 38

Figura 14- Locação dos extintores... 39

Figura 15 - Locação do sistema de hidrantes ... 40

Figura 16 - Projeto para ser executado ... 43

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Tabela 1 - Dimensionamento da Brigada de Incêndio ... 19

Tabela 2- Capacidade extintora mínima de acordo com a classe de risco da edificação e distância máxima a ser percorrida ... 24

Tabela 3 - Tipos de sistemas de hidrantes ... 25

Tabela 4 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação ... 29

Tabela 5 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga de incêndio ... 29

Tabela 6 - Classificação quanto à carga de incêndio ... 30

Tabela 7 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga de incêndio ... 30

Tabela 8 - Exigências para edificações de divisão M-5 (continua) ... 30

Tabela 9 - Exigências para edificações de divisão M-5 (conclusão) ... 31

Tabela 10 - Dados para o dimensionamento das saídas de emergência ... 32

Tabela 110 - Brigada de incêndio ... 34

Tabela 12 – Exigências para análise do CBMRS e responsabilidade quanto às medidas de segurança contra incêndio de pronta resposta (Continua) ... 41

Tabela 13 – Exigências para análise do CBMRS e responsabilidade quanto às medidas de segurança contra incêndio de pronta resposta (Continua) ... 42

Tabela 14 – Tabela B.1 – Anexo B - Conteúdo programático ... 14

Tabela 15 – Tabela B.1 – Anexo B - Conteúdo programático (Continuação) ... 15

Tabela 16 – Tabela B.1 – Anexo B - Conteúdo programático (Conclusão) ... 16

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ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ART Anotação de Responsabilidade Técnica

CBMRS Corpo de Bombeiros da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul PrPCI Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndio

SPDA Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas NBR Norma Brasileira Revisada

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1.1 OBJETIVOS DE PESQUISA ... 13 1.2 JUSTIFICATIVA ... 13 1.3 DELIMITAÇÃO ... 14 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ... 14 2 REVISÃO DA LITERATURA ... 15 2.1 DIFINIÇÕES DE FOGO ... 15 2.2 EXTINÇÃO DO FOGO ... 15 2.2.1 Agentes extintores ... 16

2.3 PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO ... 17

2.3.1 Acesso de viatura na edificação ... 17

2.3.2 Saídas de emergência ... 17 2.3.3 Plano de emergência ... 18 2.3.4 Brigada de incêndio ... 19 2.3.5 Iluminação de emergência ... 19 2.3.6 Controle de temperatura ... 20 2.3.7 Alarme de incêndio ... 20 2.3.8 Sinalização de emergência ... 22 2.3.9 Extintores ... 24 2.3.10 Hidrantes ... 24 2.3.11 Controle de pós ... 25

2.3.12 Sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) ... 26

3 MÉTODO DE PESQUISA ... 27

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5 CONCLUSÃO ... 43

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1 INTRODUÇÃO

Um dos grandes marcos da civilização humana foi o domínio do fogo pelo homem. A partir daí o homem pode aquecer, cozer seus alimentos, fundir o metal para a fabricação de utensílios, instrumentos e máquinas, que tornaram possível o desenvolvimento do presente. (Camillo Jr., 2006)

Para Silva (2004) no passado acreditava-se que o incêndio era obra do acaso e a vítima uma infortunada. Hoje sabe-se que o incêndio é uma ação controlável e as vítimas, quer por morte ou perda do patrimônio, são consequência da ignorância ou de ato criminoso.

Devido à revolução industrial, as empresas começaram a produzir em maior escala, e necessitavam de maior quantidade de mão de obra, isso fez com que a população migrasse da área rural para os centros urbanos. Sem receberem treinamentos e sem a preocupação com a segurança dos funcionários por parte dos patrões, muitas vidas foram perdidas. (STOCKMANN, 2012)

Percebendo o risco que estavam correndo, muitos trabalhadores começaram a reivindicar maiores melhorias no meio de trabalho. Uma das grandes tragédias, decorrentes destas manifestações foi o incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York no ano de 1911, onde 130 mulheres morreram, acredita-se que este incêndio tenha sido criminoso. (NADAL, 2016)

No Brasil, o histórico de incêndios é numeroso, um dos maiores já registrados foi o do Gran Circus Norte-Americano, em Niterói no Rio de Janeiro no dia 17 de dezembro de 1961, onde morreram 503 pessoas e destas 70% eram crianças, este incêndio foi provocado por um ex-funcionário, que ateou fogo na lona do circo. Outro sinistro foi o do Edifício Joelma, em 1974, onde um curto-circuito em um aparelho de ar condicionado no 12° andar deu inicio a um incêndio que se espalhou e em pouco tempo, as escadas foram tomadas pelo fogo e pela fumaça, impedindo a evacuação, neste episódio mais de 180 pessoas morreram. (REVISTA EXAME, 2013)

A última tragédia que aconteceu no Brasil foi o incêndio na casa noturna Kiss, na cidade de Santa Maria no estado do Rio Grande do Sul, o qual acarretou na morte de 242 pessoas. Após um integrante da banda que estava se apresentando ligar um sinalizador e as chamas atingirem o

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______________________________________________________________________________ revestimento acústico do ambiente, o incêndio se espalhou e provocou fumaça tóxica, uma das grandes responsáveis pelas mortes. Após este incidente o estado criou a Lei Complementar 14.376 de 26 de dezembro de 2013, conhecida também como Lei Kiss. Esta lei se tornou um divisor de águas para a segurança do trabalho.

Em armazéns de grãos também ocorrem incêndios, um dos últimos acontecimentos no estado do Rio Grande do Sul, foi na cidade de Alecrim, onde no dia 23 de janeiro de 2016 um silo de armazenagem de casca de aveia pegou fogo, e foram necessárias quatro cargas de água do caminhão do corpo de bombeiros para fazer a extinção total do fogo, levando mais de oito horas no processo.

1.1 OBJETIVOS DE PESQUISA

Esta pesquisa objetiva a elaboração do Projeto de Proteção e Prevenção Contra Incêndio (PrPCI) em um armazém de grãos de acordo a Lei Complementar 14.376 de 26 de dezembro de 2013 e as resoluções técnicas do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul e de São Paulo; dimensionando os sistemas necessários para esta prevenção e apresentando a correta forma de encaminhamento da documentação para a seção de análise de PrPCI do Corpo de Bombeiros.

1.2 JUSTIFICATIVA

A prevenção contra incêndio visa principalmente à proteção à vida e ao patrimônio, tendo em vista que em armazéns de grãos, a perda do material armazenado em caso de sinistro é significativamente grande, e também, que um incêndio ou uma explosão, pode colocar em risco a vida dos funcionários, já que eles trabalham nos túneis, ou trabalham em altura, tendo uma maior dificuldade de abandonar a edificação. A prevenção bem elaborada vem com o intuito de diminuir ou até anular as chances de incêndio, sendo que a prevenção é válida para o principio de incêndio, pois quando o fogo já estiver alastrado o combate fica pela responsabilidade do corpo de bombeiros.

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______________________________________________________________________________ 1.3 DELIMITAÇÃO

Este trabalho delimita-se a apresentação do Projeto de Proteção e Prevenção Contra Incêndio, nas documentações que podem ser elaboradas por profissional legalmente habilitado nas áreas de engenharia civil e engenharia de segurança do trabalho, sendo assim será tratado sobre acesso de viaturas na edificação, saídas de emergência, plano de emergência, brigada de incêndio, iluminação de emergência, alarme de incêndio, sinalização de emergência, extintores e hidrantes, não abordando controle de temperatura, controle de fontes de ignição, controle de pós e Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA).

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho será voltado para a prevenção contra incêndio e explosão em um armazém de grãos e estará estruturado em quatro capítulos, contando com esta introdução. No segundo capitulo contará com a revisão bibliográfica, onde será abordado sobre as definições de fogo, os métodos de extinção de incêndio, os tipos de agentes extintores e suas formas de extinção, assim como medidas de segurança que devem ser tomadas.

No terceiro capitulo será classificada a edificação, conforme o enquadramento nas leis e normas. E quarto e último capitulo será apresentado o resultado da pesquisa, o Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI). Ao final estão as referências bibliográficas e, na sequência, os anexos.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 DIFINIÇÕES DE FOGO

Para Aragão (2010) o fogo pode se apresentar de duas formas diferentes, uma na forma de chama e outra na forma de brasas.

A NBR 13860 (1997) define fogo como um processo de combustão caracterizado pela emissão de calor e luz.

O fogo, em outras palavras, é a reação química, denominada combustão, que ocorre com a oxidação rápida do material combustível, sólido ou líquido, com o oxigênio do ar, provocada por uma fonte de calor, que gera chamas, desprende calor, além de emitir fumaça, gases e outros resíduos. (BRENTANO, 2007, p. 89)

Portanto para que haja fogo deve o contato simultâneo de três elementos essenciais, o material combustível, o comburente e a fonte de calor, juntos estes elementos formam o triângulo do fogo, ilustrado na Figura 1. (BENTRANO, 2007)

Figura 1 - Triângulo do fogo

Fonte: Adaptado, BRENTANO (2007).

2.2 EXTINÇÃO DO FOGO

A extinção representa a decadência do fogo, a redução progressiva das chamas até o seu completo desaparecimento, seja por exaustão dos materiais que tiveram todo o gás combustível destilado, excepcionalmente pela carência de oxigênio ou pela obstrução da combustão pela eficaz atuação de um dos meios de extinção do fogo. (ARAGÃO, p. 133, 2010)

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______________________________________________________________________________ Levando em consideração o triângulo do fogo, para Brentano (2007) a extinção do fogo se dá pela retirada de um dos elementos: Extinção por isolamento (retirada do material); Extinção por abafamento (retirada do comburente); Extinção por esfriamento (retirada do calor), ou; Extinção química (quebra da cadeia de reação química).

2.2.1 Agentes extintores

De acordo com a RT N° 02 do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (2014), entendem-se por agentes extintores:

Certas substâncias químicas (sólidas, líquidas, gasosas ou outros materiais) que são utilizados na extinção de um incêndio, quer abafando, quer resfriando ou, ainda, acumulando esses dois processos o que, aliás, é o mais comum. Os principais agentes extintores são os seguintes: água; espuma; dióxido de carbono; pó químico seco; agentes halogenados e agentes umectantes. (p. 4)

Quase todos os materiais são combustíveis, no entanto as diferenças na sua composição queimam de formas diferentes e exigem maneiras diversas de extinção do fogo (MANUAL DE PREVENÇÃO DE COMBATE À INCÊNDIO), as classes estão representadas na Figura 2.

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Figura 2 - Classes de fogo

Fonte: Saúde e Segurança no trabalho (2016)

2.3 PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO

2.3.1 Acesso de viatura na edificação

A Instrução Normativa N° 06 - Acesso de viatura na edificação e área de risco (2011) Estabelecer as condições mínimas para o acesso de viaturas de bombeiros nas edificações e áreas de risco, visando o emprego operacional do Corpo de Bombeiros.

2.3.2 Saídas de emergência

De acordo com a Resolução Técnica CBMRS N° 02 – Terminologia aplicada a segurança contra incêndio (2014) define saída de emergência, rota de saída ou saída como:

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Caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas, corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas ou outros dispositivos de saída ou combinações destes, a ser percorrido pelo usuário, em caso de um incêndio, de qualquer ponto da edificação até atingir a via pública ou espaço aberto, protegido do incêndio, em comunicação com o logradouro.

Para edificações consideradas novas, posteriores a 27 de dezembro de 2013, deve-se utilizar a Resolução Técnica CBMRS N° 11 – Parte 01 – Saídas de Emergência (2015), para o dimensionamento das saídas de emergência. Esta resolução estabelece os requisitos mínimos necessários para o dimensionamento das saídas de emergência para que a população possa abandonar a edificação.

Para SEITO et al. (2008) as saídas de emergência devem dar condições de conforto mínimo e de segurança para os usuários da edificação. São fundamentais para a retirada por completo da população no local sinistrado.

2.3.3 Plano de emergência

O plano de emergência deve ser conforme a NBR 15219 (2009), a qual estabelece requisitos mínimos para a elaboração, implantação manutenção e revisão. Devem-se levar em conta os seguintes aspectos para a elaboração do plano:

 Localização (por exemplo: urbana, rural, características da vizinhança, distâncias de outras edificações e/ou riscos, distância da unidade do Corpo de Bombeiros, existência de Plano de Auxílio Mútuo-PAM etc.);

 Construção (por exemplo: alvenaria, concreto, metálica, madeira etc.);

 Ocupação (por exemplo: industrial, comercial, residencial, escolar etc.);

 População (por exemplo: fixa, flutuante, características, cultura etc.);

 Característica de funcionamento (horários e turnos de trabalho e os dias e horários fora do expediente);

 Pessoas portadoras de deficiências;

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 Recursos humanos (por exemplo: brigada de incêndio, bombeiros profissionais civis, grupos de apoio etc.) e materiais existentes (por exemplo: extintores de incêndio, iluminação de emergência, sinalização, saídas de emergência, sistema de hidrantes, chuveiros automáticos, sistema de detecção e alarme de incêndio etc.).

2.3.4 Brigada de incêndio

Para Camillo Jr. (2006) a Brigada de Incêndio ou Brigada de Abandono é um grupo de funcionários devidamente treinados para efetuar a retirada rápida e ordenada de todos os ocupantes da edificação de acordo com o plano de emergência, ou plano de abandono.

A tabela A.1 do Anexo A da NBR 14276 (2006) dimensiona a brigada de incêndio de acordo com a quantidade de funcionários registrados, e a RT N° 14/BM-CCB (2009) em seu Art. 4° estipula que o quantitativo de pessoas treinadas exigidas por ocupação, será de acordo com a área da edificação, conforme a Tabela 1.

Tabela 1 - Dimensionamento da Brigada de Incêndio RISCO N° DE PESSOAS Pequeno 1 a cada 750 m² Médio 2 a cada 750 m² Grande 3 a cada 750 m² Fonte: RT N° 14/BM-CCB (2009) 2.3.5 Iluminação de emergência

A NBR 10898 (2013) fixa as características mínimas exigíveis para as funções a que se destina o sistema de iluminação de emergência a ser instalado em edificações, ou em outras áreas fechadas sem iluminação natural.

A Resolução Técnica CBMRS N° 02 – Terminologia aplicada a segurança contra incêndio (2014) define iluminação de emergência como:

Iluminação de emergência de balizamento ou de sinalização: Iluminação de sinalização com símbolos e/ou letras que indicam a rota de saída que pode ser utilizada neste momento.

Iluminação de emergência: Sistema que permite clarear áreas escuras de passagens, horizontais e verticais, incluindo áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de restabelecimento de serviços essenciais e normais, na falta de iluminação normal.

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Iluminação de emergência de aclaramento: Sistema composto por dispositivos de iluminação de ambientes para permitir a saída fácil e segura das pessoas para o exterior da edificação, bem como proporcionar a execução de intervenção ou garantir a continuação do trabalho em certas áreas, em caso de interrupção da alimentação normal.

A iluminação também se constitui em um dos mecanismos que poderão levar ou não ao pânico. Este sistema deve ser planejado adequadamente, acompanhando as necessidades visuais dos ocupantes da edificação e proporcionando luminosidade adequada para segurança dos usuários. (SEITO et al., 2008)

O sistema de iluminação de emergência deve ser instalado em circuito independente. A iluminação de emergência deve substituir a iluminação artificial normal em caso de sinistro, pois este deve ser desligada, ou pode vir a falhar. A iluminação de emergência deve possuir fonte própria de energia que assegure um tempo mínimo de funcionamento. (BRENTANO, 2007)

2.3.6 Controle de temperatura

A temperatura na massa de grãos precisa ser tratada de duas formas diferentes: como causa e como efeito. Os principais focos de aquecimento externos que influenciam na temperatura dos grãos são a própria temperatura do ar (clima) e a incidência de radiação solar (especialmente em silos metálicos). (CITOLIN, 2012)

2.3.7 Alarme de incêndio

O alarme de incêndio tem por finalidade alertar alguma emergência constatada na edificação.

A definição de alarme de incêndio segundo a RT N°2 CBMRS é a seguinte:

Alarme: Dispositivo destinado a produzir sinais de alerta sonoro ou visual, por ocasião de uma emergência qualquer.

Alarme de incêndio: Aviso de um incêndio, sonoro e/ou luminoso, originado por uma pessoa ou por um mecanismo automático, destinado a alertar as pessoas sobre a existência de um incêndio em determinada área da edificação.

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______________________________________________________________________________ O alarme de incêndio é acionado por decisão humana através dos acionadores manuais. O acionador é constituído por uma caixa quadrada com tampa frontal em vidro transparente não removível, fabricado de forma que seu rompimento seja fácil, a Figura 3 apresenta um modelo de acionador manual de alarme. (BRENTANO, 2007)

Figura 3 - Modelo de acionador manual de alarme

Fonte: EXTINPRONTO, 2016

A NBR 17240 (2010) estabelece critérios para a instalação dos acionadores manuais:

 O acionador manual deve ser instalado em local de trânsito de pessoas em caso de emergência, como saídas de áreas de trabalho, áreas de lazer, corredores, saídas de emergência para o exterior etc.

 Deve ser instalado a uma altura entre 0,90m e 1,35m do piso acabado, na forma embutida ou de sobrepor, na cor vermelho segurança.

 A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, de qualquer ponto da área protegida até o acionador manual mais próximo, não pode ser superior a 30 m.

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2.3.8 Sinalização de emergência

A sinalização de emergência é importante na edificação para que o abandono da área seja feita com sucesso. Conjunta com as cores de segurança, a sinalização irá orientar a população a se deslocar para o local mais seguro do local. (SEITO et al., 2008)

A NBR 13434-1 (2004) classifica a sinalização como básica, e complementar. A sinalização básica é constituída por quatro categorias:

 Sinalização de Proibição;

 Sinalização de alerta;

 Sinalização de orientação e salvamento; e

 Sinalização de equipamento de combate e alarme.

E a sinalização complementar é composta por faixas de cor ou mensagens, devendo ser empregadas nas seguintes situações:

 Indicação continuada de rotas de saída;

 Indicação de obstáculos e riscos de utilização das rotas de saída, como pilares, arestas de paredes, vigas, etc.;

 Mensagens escritas específicas que acompanham a sinalização básica, onde for necessária a complementação da mensagem dada pelo símbolo.

Segundo a mesma NBR, em planta baixa, os pontos onde devem ser implantadas as sinalizações devem estar indicados por uma circunferência dividida devem constar horizontalmente em duas partes iguais, sendo que na parte superior deve constar o código do símbolo e na parte inferior devem constar as suas dimensões, em milímetros, conforme Figura 4.

Figura 4 - Símbolos para identificação de placas em planta baixa

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______________________________________________________________________________ A NBR 13434-2 (2004) estipula que as formas de sinalização são:

 Circular;

 Triangular; e

 Quadrada e retangular;

A Figura 5 mostra como se quais medidas devem ser utilizadas no projeto, em planta baixa conforme Figura 4 e para qual tipo de sinalização devem ser utilizadas.

Figura 5 - Tipos de placas de sinalização e suas funções

Fonte: Adaptado, NBR 13434-2 (2004).

Em planta baixa também devem ser utilizados os símbolos apresentados na NBR 14100 (1998) conforme a Figura 6.

Figura 6 - Simbologia para projeto

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______________________________________________________________________________

2.3.9 Extintores

O extintor de incêndio é um aparelho de acionamento manual, portátil ou sobre rodas, constituído de recipiente metálico, que pode ser de aço, cobre, latão ou material equivalente e seus acessórios, que contém no seu interior um agente extintor. (BRENTANO, 2008)

A NBR 12693 (2013) define classifica extintores como:

 Extintor portátil: Extintor de incêndio que pode ser transportado manualmente, sendo que sua massa total não pode ultrapassar 20 kg;

 Extintor sobre rodas: Extintor de incêndio, montado sobre rodas, cuja massa total não pode ultrapassar 250 kg, operando e transportado por um único operador. A Resolução Técnica CBMRS N° 14 – Extintores de incêndio (2014) especifica extintores classificados para as classes de fogo A, B e C. E classifica as capacidades extintoras mínimas a ser usada de acordo com a classe de risco da edificação, e também a distância máxima a ser percorrida por um usuário da edificação até encontrar um extintor, conforme a Tabela 2.

Tabela 2- Capacidade extintora mínima de acordo com a classe de risco da edificação e distância máxima a ser percorrida

Classe de Risco

Risco Classe A Risco Classe B Risco Classe C Capacidade Extintora Mínima Distância máxima a ser percorrida Capacidade Extintora Mínima Distância máxima a ser percorrida Capacidade Extintora Mínima Distância máxima a ser percorrida Baixo 2-A 25 m 20-B 25 m C 25 m Médio 2-A 20 m 40-B 20 m C 20 m Alto 4-A 15 m 80-B 15 m C 15 m Fonte: Adaptado, RT CBMRS N° 14 (2014). 2.3.10 Hidrantes

O sistema de hidrantes também pode ser chamado de sistema hidráulico fixo sob comando, é constituído de um conjunto de equipamentos, instrumentos e tubulações que possibilitam usar a água como agente extintor, manipulando-a sobre um foco de fogo, de modo a controlar seu desenvolvimento, impedindo que transforme-se em incêndio. (GOMES, 1998)

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______________________________________________________________________________ A NBR 13714 (2000) define alguns pontos, como diâmetro de mangueiras e vazões para os diferentes tipos de sistemas hidrantes. Conforme a Tabela 3.

Tabela 3 - Tipos de sistemas de hidrantes

Tipo Esguicho Mangueiras Saídas Vazão (L/min)

Diâmetro (mm) Comprimento máximo (m)

1 Regulável 25 ou 32 30 1 80ou 100 2 Jato compacto Ø16mm ou regulável 40 30 2 300 3 Jato compacto Ø25mm ou regulável 65 30 2 900 Fonte: Adaptado, NBR 13714 (2000).

A Resolução Técnica de Transição CBMRS (2015) define que o sistema de hidrantes para ocupação classificada no grupo M, divisão M-5, será do tipo 2, porém com reserva técnica de incêndio de no mínimo 54.000 litros.

Porém a Norma de Processos Técnicos 027 – Armazenamento em silos do Corpo de Bombeiros do Paraná (2012) diz que:

Será dispensada a execução de sistema de proteção por hidrantes, em edificações destinadas a depósito de sementes, grãos e assemelhados, em edificações onde a água não seja o agente extintor adequado, desde que a somatória das áreas das edificações de risco incorporado (excluído os depósitos de grãos, sementes e assemelhados) não ultrapasse a 1500m² se de Risco Leve ou 1000m² se de Risco Moderado ou Elevado.

E a mesma norma salienta que os grãos devem ser constantemente aerados para evitar sua decomposição que podem gerar vapores inflamáveis como metanol, propanol ou butano, tendo em vista que a utilização de água em grãos pode também gerar tais gases.

2.3.11 Controle de pós

Todos os processos de produção começam com a aquisição de matéria prima que consequentemente é transformada em um produto intermediário ou diretamente para o produto final. Apesar da alta tecnologia industrial, a grande evolução da qualificação da mão de obra e as técnicas que minimizam os custos e aumentam o rendimento, ainda assim tem-se perda de matéria prima, essa perda é o que forma os resíduos. Para os cereais essa transformação de matéria em resíduo começa desde o momento da colheita passando pelo transporte, armazenamento e manuseio. Sendo que o resíduo gerado será a poeira, material finamente dividido. (ALVES, 2009, p. 24)

Para Sá (2008) as poeiras dispersas no ar em concentrações adequadas podem levar a explosões. A possibilidade da explosão de uma nuvem de pó está condicionada pela dimensão de

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______________________________________________________________________________ suas partículas, sua concentração, as impurezas, a concentração de oxigênio e a potência da fonte de ignição.

2.3.12 Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA)

A NBR 5419 (2015) fixa as condições de projeto, instalação e manutenção de Sistemas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA), para proteger as edificações e estruturas contra a incidência direta dos raios. A proteção se aplica também contra a incidência direta dos raios sobre os equipamentos e pessoas que se encontrem no interior destas edificações e estruturas ou no interior da proteção imposta pelo SPDA instalado.

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______________________________________________________________________________

3 MÉTODO DE PESQUISA

3.1 EDIFICAÇÃO A SER ESTUDADA

O estudo de caso foi realizado em uma edificação de armazenamento de grãos, composta por um armazém, construído em estrutura metálica e fechamento até 1,20m em alvenaria não estrutural e o restante em chapas metálicas, com cobertura metálica, uma moega construída em concreto armado possuindo área de 496,00m², e quatro silos de armazenagem executados em material metálico, com 138,90m² cada, totalizando 1.051,60m², conforme as Figuras 7 e 8.

Figura 7 - Edificação a ser estudada: planta baixa.

(28)

______________________________________________________________________________

Figura 8 - Edificação a ser estudada: vista lateral.

Fonte: Autoria própria (2016)

3.2 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Para iniciar a elaboração do Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) deve-se determinar qual o tipo de ocupação desta edificação. Esta classificação deve ser obtida no Anexo A da Lei Complementar N° 14.376 de 26 de dezembro de 2013, atualizada até a Lei Complementar 14.690 de 16 de março de 2015, a qual se enquadra no grupo M, com ocupação ESPECIAL e divisão M-5, conforme a Tabela 4.

(29)

______________________________________________________________________________

Tabela 4 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação Grupo Ocupação/ Uso Divisão Descrição Exemplo

M Especial

M-1 Túnel

Túnel rodoferroviário e marítimo, destinados a transporte de passageiros ou cargas diversas.

M-2

Líquido ou gás inflamáveis ou combustíveis

Edificação destinada a produção,

manipulação, armazenamento e distribuição de líquidos ou gases inflamáveis ou

combustíveis.

M-3 Central de comunicação e energia

Central telefônica, centros de comunicação, centrais de transmissão ou de distribuição de energia e assemelhados.

M-4 Propriedade em transformação

Locais em construção ou demolição e assemelhados.

M-5 Silos Armazéns de grãos e assemelhados.

M-6 Terra selvagem Floresta, reserva ecológica, parque florestal e assemelhados.

M-7 Pátio de contêineres Área aberta destinada a armazenamento de contêineres.

Fonte: Adaptada. Lei Complementar N° 14.376 (2013)

Para o dimensionamento das prevenções contra incêndio, a altura a ser admitida é a diferença entre o piso do pavimento térreo até o piso do último pavimento, como a edificação estudada é de apenas um pavimentos se enquadra como térreo, e as alturas admitidas estão apresentadas na Tabela 5.

Tabela 5 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga de incêndio

Tipo Altura I Térreo II H ≤ 6,00 III 6,00 < H ≤ 12,00 IV 12,00 < H ≤ 23,00 V 23,00 < H ≤ 30,00 VI Acima de 30,00 Fonte: Lei Complementar N° 14.376 (2013)

Para fazer a classificação da carga de incêndio presente na edificação, utiliza-se a tabela 3.2 da Lei Complementar N° 14.376 (2013), a qual refere-se a “Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga de incêndio relativa à altura de armazenamento (depósitos)”, conforme a Tabela 6.

(30)

______________________________________________________________________________

Tabela 6 - Classificação quanto à carga de incêndio

Tipo de Material

Carga de incêndio (Q) em MJ/m² Altura de armazenamento (em metros)

1 2 4 6 8 10 12

Grãos, Sementes 360 720 1440 2160 2880 3600 4320 Fonte: Adaptado, Lei Complementar N° 14.376 (2013)

Existem três classificações quanto ao risco de incêndio das edificações conforme a Tabela 7.

Tabela 7 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga de incêndio Risco Carga de Incêndio MJ/m²

Baixo Até 300 MJ/m² Médio Entre 300 e 1.200 MJ/m²

Alto Acima de 1.200 MJ/m² Fonte: Lei Complementar N° 14.376 (2013)

Sendo que os silos possuem uma altura de armazenagem em torno de 12,00 metros, podemos considerar como carga de incêndio 4.320,00 MJ/m², e de acordo com a Tabela 7 é classificado como Risco Alto.

Estipulados esses pontos, deve-se determinar as medidas de segurança contra incêndio necessárias para a edificação, as quais são estipuladas pela Lei Complementar 14.376 (2013), conforme o Tabela 8.

Tabela 8 - Exigências para edificações de divisão M-5 (continua)

MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ALTURA (EM METROS)

TÉRREA H<6 6<H<12 12<H<23 23<H<30 ACIMA DE 30

Acesso de Viaturas na Edificação X X X X X X

Saída de Emergência X X X X X X Plano de Emergência X1 X1 X1 X1 X1 X1 Brigada de Incêndio X X X X X X Iluminação de Emergência X2 X2 X2 X2 X2 X2 Controle de temperatura X3 X3 X3 X3 X3 X3 Alarme de Incêndio X X X X X X Sinalização de Emergência X X X X X X Extintores X X X X X X Hidrantes e Mangotinhos X3 X3 X3 X3 X3 X3 Chuveiros Automáticos X3 X3 X3 X3 X3 X3 Controle de pós X4 X4 X4 X4 X4 X4 SPDA X X X X X X

(31)

______________________________________________________________________________

Tabela 9 - Exigências para edificações de divisão M-5 (conclusão)

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Áreas de risco que possuam mais de um depósito de silagem; 2 - Somente para áreas de circulação;

3 - Observar regras e condições particulares para essa medida na RTCBMRS de armazenamento em silos; 4 - Nas áreas com acúmulo de pós;

NOTAS GERAIS:

a - Observar ainda as exigências particulares da RTCBMRS de armazenamento em silos; b - As instalações elétricas e o SPDA devem estar em conformidade com as RTCBMRS; c - Para subsolos ocupados ver Tabela 7;

d - Observar ainda as exigências para os riscos específicos das respectivas RTCBMRS.;

(32)

______________________________________________________________________________

4 RESULTADOS OBTIDOS

Utilizando os critérios estabelecidos na IT N° 06 do Corpo de Bombeiros de São Paulo, temos o projeto de acesso de viaturas na edificação, conforme a Figura 9.

Figura 9 - Acesso de viatura na edificação

Fonte: Autoria Própria, 2016.

Para edificações do Grupo M Divisão M-5 a tabela 1 do Anexo A da RT n° 11 do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (2015) apresenta os dados constantes na Tabela 9 para dimensionamento das saídas de emergência.

Tabela 10 - Dados para o dimensionamento das saídas de emergência Ocupação

População Capacidade da Unidade de Passagem Grupo Divisão Acessos/ Descargas Escadas/ Rampas Portas

M M-5 Uma pessoa por

10m² de área 100 60 100

Fonte: Adaptado, RT N° 11 CBMRS, 2015.

Para o cálculo das unidades de passagens necessárias na edificação devemos utilizar a Equação 1.

N=P/C (1)

Onde:

(33)

______________________________________________________________________________ P = População, conforme coeficiente da Tabela 1, do Anexo A da RT n° 11 do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (2015).

C = Capacidade da unidade de passagem, conforme Tabela 1, do Anexo A da RT n° 11 do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (2015).

Para tanto deve-se fazer inicialmente o cálculo da população para a edificação.

Tendo a edificação área interna total de 380,00m² e área útil (sem contar locais de moega e elevadores) de 300,00m², portanto pode-se considerar a população igual a 30 pessoas.

Substituindo os dados na Equação 2 temos:

N=30/100 (2)

Tendo em vista que devemos arredondar o valor encontrado para numero inteiro, na edificação se faz necessário uma unidade de passagem, porém a RT N° 11 limita ao valor mínimo das aberturas para saídas de emergência em duas unidades de passagem, sendo uma unidade de passagem 0,55 metros, portanto o valor mínimo é de 1,10 metros.

A edificação apresenta duas portas de 5,00 metros cada, sendo assim o vão existe está de acordo.

O Plano de Emergência que deve ser empregado nesta edificação foi elaborado conforme o ANEXO A.

Tendo em vista que a Tabela A.1 do Anexo A da NBR 14276 (2007) não está atualizada em relação a Lei Complementar 14.376 (2013) devemos analisar para a composição da brigada de incêndio para silos os itens referentes a indústria, especificamente I-3 (Locais onde há alto risco de incêndio pela existência de quantidades suficientes de matérias perigosos – exemplo: Elevadores de grãos), as exigências estão apresentadas na Tabela 10.

(34)

______________________________________________________________________________

Tabela 110 - Brigada de incêndio

Gr u p o Descrição Exemplos Grau de Risco

População fixa por pavimento ou

compartimento Nível do treinamento (Anexo B) Nível da instalação (NBR 14277) Até 2 Até 4 Até 6 Até

8 Até 10 Acima de 10 I-1 Indústria Fábricas e atividades industriais em geral

Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Intermediário (nota 13)

Intermediário (nota 13)

I-2 Médio Todos Todos 4 5 6 (nota 5) Intermediário (nota 13)

Intermediário (nota 13) I-3 Alto Todos Todos Todos 7 8 (nota 5) Avançado Avançado Nota 5: Quando a população fixa de um pavimento, compartimento ou setor for maior que 10 pessoas, será acrescido + 1 brigadista para cada grupo de 20 pessoas para risco baixo, mais um brigadista para cada grupo de 15 pessoas para risco médio e mais um brigadista para cada grupo de 10 pessoas para risco alto.

Nota 13: As plantas que não possuírem hidrantes em suas instalações podem optar pelo nível de treinamento básico e nível de instalação para treinamento básico.

Fonte: Adaptado, NBR 14276 (2007)

O nível de treinamento e o nível de instalação, que é o avançado, serão apresentados no Anexo B deste trabalho, para o dimensionamento do número de integrantes da brigada optou-se pelo critério estabelecido na RT N° 14/BM-CCB (2009), por tanto necessita-se de 6 pessoas treinadas.

Para o sistema de iluminação optou-se pelo sistema centralizado de baterias, já que o pé direito da edificação é alto. Serão utilizados dois blocos tipo farolete nas paredes perpendiculares às portas existentes, este sistema possui a opção de direcionar o foco de luz, conforme Figura 10. Foi evitado o posicionamento das iluminações nas paredes onde estão localizadas as saídas de emergência, já que esta localização poderia ofuscar a visão das pessoas presentes na edificação.

(35)

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Figura 10 - Iluminação de emergência

Fonte: Autoria própria (2016)

Utilizando-se os critérios para a elaboração do projeto de alarmes, conforme citado anteriormente, tendo um sistema de alarme, deve-se ter também uma central de alarme, temos a disposição dos acionadores manuais e da central de alarme conforme Figura 11.

(36)

______________________________________________________________________________

Figura 11 - Locação de acionador manual de alarme

Fonte: Autoria própria (2016)

A sinalização utilizada será a dos equipamentos, extintores, alarmes e hidrantes, e também das rotas de fuga. A Figura 12 demonstra a locação das placas e a Figura 13 apresenta as placas a serem utilizadas.

(37)

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Figura 12 - Locação da sinalização de orientação

(38)

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Figura 13 - Placas indicativas

Fonte: Adaptada, NBR 13434-1 (2004)

Serão utilizados extintores do tipo pó químico ABC (fosfato monoamônico) de 8kgs cada, com capacidade individual de 4A 40BC. Já que a RT N° 14 estabelece como capacidade extintora mínima para risco alto de incêndio de 4A 80B:C para cada ponto, e distância máxima a percorrer de 15 metros, serão locados dois extintores. Os extintores devem receber numeração, sua capacidade extintora e massa devem ser indicadas em planta, pode ser juntamente com a simbologia, ou em tabela separada. A locação e distribuição ficaram de acordo com a Figura 14.

(39)

______________________________________________________________________________

Figura 14- Locação dos extintores

Fonte: Autoria Própria (2016)

O sistema de hidrantes que deve ser utilizado na edificação é do tipo 2, com 600 l/min, porém com reserva técnica de incêndio (RTI) de 54.000 litros. A Figura 15 mostra a distribuição dos pontos de hidrante.

(40)

______________________________________________________________________________

Figura 15 - Locação do sistema de hidrantes

Fonte: Autoria Própria (2016)

Para a definição da bomba de incêndio a ser empregada na edificação utilizou-se o software Hydros da empresa AltoQI, o qual classificou como adequada uma bomba de 5CV, conforme memória de cálculo apresentado no ANEXO D.

(41)

______________________________________________________________________________ Para apresentação do projeto, de acordo com o Corpo de Bombeiros, nem todos os sistemas devem ser lançados em planta, de acordo com o ANEXO L da Resolução Técnica N° 05 – Parte 01 serão analisados os seguintes sistemas, conforme a Tabela 11.

Tabela 12 – Exigências para análise do CBMRS e responsabilidade quanto às medidas de segurança contra incêndio de pronta resposta (Continua)

Medidas de Segurança Contra Incêndio

CBMRS COLUNA A

Análise dos requisitos operacionais

Extintores de Incêndio

1. Análise dos dados do Memorial Descritivo de Analise para Segurança Contra Incêndio. 2. Análise em Planta Baixa:

a. Nº de ordem que o identifique em planta; b. Tipo de agente extintor;

c. Capacidade extintora;

d. Distribuição das unidades extintoras, com a representação das distâncias máximas a percorrer, informando as medidas em metros.

Alarme de Incêndio

1. Análise dos dados do Memorial Descritivo de Analise para Segurança Contra Incêndio. 2. Análise em Planta Baixa:

a. Nº de ordem que o identifique em planta;

b. Distribuição dos acionadores manuais, com a representação das distâncias máximas a percorrer, informando as medidas em metros;

c. Representação da central do alarme de incêndio.

Saídas de Emergência

1. Análise dos dados do Memorial Descritivo de Análise para Segurança Contra Incêndio. 2. Análise em Planta Baixa:

a. Quantidade de saídas de emergência e distâncias máximas a percorrer, informando as medidas em metros;

b. Larguras dos acessos, escadas, rampas, descarga e portas;

c. Detalhamento correto das rampas nas ocupações dos Grupos “F” e “H”, quanto à largura, inclinação, localização e ligação correta dos pavimentos e desníveis; d. Sentido de abertura das portas;

e. Existência de barra antipânico e da porta corta-fogo e de seu TRRF,quando exigidas; f. Tipo de escada e verificação da existência dos seguintes requisitos mínimos, quando

exigidos: corrimãos, guarda-corpos, antecâmara, aberturas/dutos de entrada e saída de ar, sistema de pressurização;

g. Localização do elevador de emergência, quando exigido; h. Localização e dimensões das áreas de refúgio, quando exigidas;

i. Nº de ordem e distribuição da sinalização de orientação e salvamento ou iluminação de balizamento.

3. Verificação do Laudo Técnico de Capacidade de Lotação, nas ocupações do Grupo “F”.

Acesso de Viaturas na

Edificação

1. Análise dos dados do Memorial Descritivo de Analise para Segurança Contra Incêndio. 2. Análise em Planta de Situação/Localização:

a. Representação e dimensões do pórtico;

b. Dimensões dos acessos internos, quando obrigatórios;

c. Representação do dispositivo de recalque e da tomada de hidrante, caso a edificação esteja localizada a mais de 30 metros da via pública, nos termos do item 4.6 da Resolução Técnica de Transição.

3. Análise em Planta baixa:

a. Nº de ordem que o identifique em planta, distribuição das

tomadas e abrigos, com a representação da distância máxima de cobertura, especificando a dimensão e localização do dispositivo de recalque, caso o acesso de viaturas seja

substituído por rede de hidrantes seca, nos termos do item 4.6.2 da Resolução Técnica de Transição.

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Tabela 13 – Exigências para análise do CBMRS e responsabilidade quanto às medidas de segurança contra incêndio de pronta resposta (Continua)

Medidas de Segurança Contra

Incêndio

CBMRS COLUNA A

Análise dos requisitos operacionais

Hidrante e Mangotinhos

1. Análise dos dados do Memorial Descritivo de Analise para Segurança Contra Incêndio. 2. Análise em Planta Baixa:

a. Nº de ordem que o identifique em planta;

b. Distribuição das tomadas e abrigos, com a representação da distância máxima de cobertura, informando a medida em metros;

c. Localização do dispositivo de recalque;

d. Localização da reserva técnica de incêndio. Isolamento de

risco entre ocupações mistas

1. Análise dos dados do Memorial Descritivo de Analise para Segurança Contra Incêndio. 2. Análise em Planta Baixa e Corte:

a. Dimensão do afastamento entre edificações, quando aplicável; b. Distâncias entre aberturas, quando aplicável;

c. Dimensões das abas e marquises corta-fogo, recuos e balanços, quando utilizados como elemento de compartimentação;

d. Representação dos elementos corta-fogo e discriminação dos TRRF. Fonte: Adaptado, Resolução Técnica N° 05 – Parte 1 (2016)

A mesma resolução apresenta o ANEXO B (Memorial descritivo de análise para segurança contra Incêndio – MDASCI) o qual deve ser preenchido e enviado juntamente com os projetos, conforme Anexo C deste trabalho.

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______________________________________________________________________________

5 CONCLUSÃO

Levando-se em consideração todo o exposto anteriormente, concluindo-se que a edificação necessitará ter a proteção pelos sistemas de acesso de viaturas na edificação, saída de emergência, brigada de incêndio, iluminação de emergência, controle de temperatura, alarme de incêndio, sinalização de emergência, extintores e hidrantes, e nota-se que a prevenção é fundamental, porém não aquela apresentada apenas em projeto, e sim aquela executada.

Após o correto posicionamento dos sistemas deve-se elaborar dois projetos. A Figura 16 refere-se ao PrPCI que deve ser entregue para o proprietário e executada e, a Figura 17 que indica a forma correta de apresentação junto ao Corpo de Bombeiros.

Figura 16 - Projeto para ser executado

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Figura 17 - Projeto para análise do Corpo de Bombeiros

Fonte: Autoria Própria (2016)

Além deste projeto (Figura 17) deve ser enviado para análise do Corpo de Bombeiros o ANEXO B (Memorial descritivo de análise para segurança contra Incêndio – MDASCI) da Resolução Técnica N° 05 – Parte 01, conforme Anexo C deste trabalho, e também a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) descriminando todos os itens projetados, inclusive os apresentados no projeto da Figura 16.

(45)

______________________________________________________________________________

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10898: Sistema de iluminação de emergência. Rio de Janeiro, 2013.

_______. NBR 13434-1: Sinalização de segurança conta incêndio e pânico. Parte 1: Princípios de projeto. Rio de Janeiro, 2004.

_______. NBR 13434-2: Sinalização de segurança conta incêndio e pânico. Parte 2: Símbolos e suas formas, dimensões e cores. Rio de Janeiro, 2004.

_______. NBR 13714: Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. Rio de Janeiro, 2000.

_______. NBR 13860: Glossário de termos relacionados com a segurança contra incêndio. Rio de Janeiro, 1997.

_______. NBR 14100: Proteção contra incêndio – Símbolos gráficos para projeto. Rio de Janeiro, 1998.

_______. NBR 14276: Brigada de incêndio - Requisitos. Rio de Janeiro, 2007.

_______. NBR 15219: Plano de emergência contra incêndio - Requisitos. Rio de Janeiro, 2009.

_______. NBR 17240: Sistema de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos. Rio de Janeiro, 2010.

ARAGÃO, Ranvier F. Incêndio e Explosivos – Uma introdução à Engenharia Forense. 2010.

(46)

______________________________________________________________________________ CAMILLO JR, Abel B. Manual de Prevenção e combate a incêndios. 2006

CITOLIN, RICARDO S. Sistema de termometria para silos. Projeto de Diplomação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2012

EXTIMPRONTO. Segurança e proteção contra incêndios. Acessado em: 27 de abr. de 2016.

Disponível em:

<http://extimpronto.com.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=64>

GOMES, ARY G. Sistemas de prevenção contra incêndios. 1998

LEI COMPLEMENTAR N° 14.376, de 26 de dezembro de 2013, atualizada até a Lei Complementar n° 14.690, de 16 de março de 2015.

MANUAL DE PREVENÇÃO DE COMBATE À INCÊNDIO. CARTILHA

ORIENTATIVA. Prefeitura do Município de São Paulo. Departamento de controle do uso de

imóveis – CONTRU. Acessado em: 04 de abr. de 2016. Disponível em: <http://www.segurancaetrabalho.com.br/download/prevencao-incendios-manual.pdf>

NADAL, Paula. Por que 8 de março é o dia internacional da mulher?. Revista Nova Escola.

Acessado em: 05 de mai. de 2016. Disponível em:

<http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/8-marco-dia-internacional-mulher-genero-feminismo-537057.shtml>

NORMA DE PROCEDIMENTO TÉCNICOS N° 027 – Armazenamento em silos. Corpo de Bombeiros do Paraná. 2012

REVISTA EXAME. Os maiores incêndios do Brasil antes de Santa Maria. Acessada em: 05 de mai. de 2016. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/os-maiores-incendios-no-brasil>

(47)

______________________________________________________________________________ RESOLUÇÃO TÉCNICA CBMRS – Resolução técnica de transição. Comando do Corpo de Bombeiros. Divisão técnica de prevenção de incêndio e investigação. Estado do Rio Grande do Sul, 2015.

RESOLUÇÃO TÉCNICA CBMRS N° 02 – Terminologia aplicada a segurança contra

incêndio. Comando do Corpo de Bombeiros. Divisão técnica de prevenção de incêndio e

investigação. Estado do Rio Grande do Sul, 2014.

RESOLUÇÃO TÉCNICA CBMRS N° 11 – Parte 01 – Saídas de Emergência. Comando do Corpo de Bombeiros. Divisão técnica de prevenção de incêndio e investigação. Estado do Rio Grande do Sul, 2015.

RESOLUÇÃO TÉCNICA CBMRS N° 14 – Extintores de Incêndio. Comando do Corpo de Bombeiros. Divisão técnica de prevenção de incêndio e investigação. Estado do Rio Grande do Sul, 2014.

RESOLUÇÃO TÉCNICA N° 014/BM-CCB – Treinamento de Prevenção e Combate a

Incêndio – TCPI. Comando do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar. Estado do Rio Grande

do Sul, 2009.

SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO. Classificação dos incêndios e dos agentes

extintores. Acessado em: 04 de abr. de 2016. Disponível em:

<http://saudeesegurancanotrabalho.com/combate-incendio/classificacao-incendios-agentes-extintores.htm>

SEITO, ALEXANDRE I.; GILL, AFONSO A.; PANNONI, FABIO D.; ONO, ROSARIA; SILVA, SILVIO B.; DEL CARLO, UALFRIDO; SILVA, VALDIR P. A segurança contra

incêndio no Brasil. 2008

(48)

______________________________________________________________________________ STOCKMANN, Francielly B. Projeto de prevenção de incêndio e pânico em uma recicladora

de tintas em Foz do Iguaçu – Paraná. Monografia. Universidade Tecnológica Federal do

Panará – UTFPR – Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho. Medianeira. 2012.

(49)

ANEXO A – PLANO DE EMERGÊNCIA

1. DESCRIÇÃO DA PLANTA 1.1 Planta: Armazenagem de Grãos

1.2 Localização: Edificação localizada em área rural

1.2.1 Endereço:

1.2.2 Característica da vizinhança: Edificação isolada 1.2.3 Distância do Corpo de Bombeiros:

1.2.4 Meios de Ajuda Externa: Posto do Corpo de Bombeiros à x metros (fone 193)

1.3 Construção: Em concreto armado e estrutura metálica. 1.4 Dimensões:

1.4.1 Área Total de 1051,60m²

1.5 Ocupação conforme Lei Complementar 14.376, de dezembro de 2013:

1.5.1 Grupo: M;

1.5.2 Ocupação: Especial; 1.5.3 Divisão: M-5

1.5.4 Carga de Incêndio: 4.320,00 MJ/ m²

1.6 População:

1.6.1 Conforme RT 11 CBMRS (2014) – uma pessoa a cada 10,00 m² de área, levando

em consideração as áreas de circulação temos um total de 20 pessoas.

1.7 Funcionamento: 7:00 horas às 19:00 horas

1.8 Pessoas portadoras de deficiências: não há pessoas registradas no momento 1.9 Recursos Humanos:

1.9.1 Brigada de Incêndio: Todos os funcionários

1.10 Recursos Materiais:

1.10.1 Extintores de Incêndio Portáteis; 1.10.2 Sistema de Hidrantes;

1.10.3 Iluminação de Emergência;

1.10.4 Alarme de Incêndio com central no quadro de comando; 1.10.5 Sinalização de Emergência;

(50)

2. ABANDONO DA ÁREA

Caso seja necessário abandonar a edificação, deve ser acionado novamente o alarme de incêndio para que se inicie o abandono geral. Os ocupantes do setor sinistrado, que já devem estar cientes da emergência, devem ser os primeiros a sair, em fila e sem tumulto, após o primeiro toque, com um brigadista liderando a fila e outro encerrando a mesma. Antes do abandono definitivo do pavimento, um ou dois brigadistas devem verificar se não ficaram ocupantes retardatários e providenciar o fechamento de portas e/ou janelas, se possível. Todos os ocupantes de cada setor, após soar o primeiro alarme, devem parar o que estiverem fazendo, pegar apenas seus documentos pessoais e encaminharem-se para a saída mais próxima.

3. ISOLAMENTO DE ÁREA

A área sinistrada deve ser isolada fisicamente, de modo a garantir os trabalhos de emergência e evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao local.

4. CONFINAMENTO DO INCÊNDIO

O incêndio deve ser confinado de modo a evitar a sua propagação e consequências.

5. COMBATE AO INCÊNDIO

Os demais Brigadistas devem iniciar, se necessário e/ou possível, o combate ao fogo, podendo ser auxiliados por outros funcionários, desde que devidamente treinados, capacitados e protegidos. O combate ao incêndio deve ser efetuado conforme treinamento específico dado aos Brigadistas.

6. INVESTIGAÇÃO

Após o controle total da emergência e a volta à normalidade, incluindo a liberação do Condomínio pelas autoridades, o Chefe da Brigada deve iniciar o processo de investigação e elaborar um relatório, por escrito, sobre o sinistro e as ações de controle, para as devidas providências e/ou investigação.

(51)

ANEXO B - CURRICULO MÍNIMO DO CURSO DE FORMAÇÃO DE BRIGADA DE INCÊNDIO.

Tabela 14 – Tabela B.1 – Anexo B - Conteúdo programático

Módulo Assunto Objetivos da parte teórica Objetivos da Parte Prática

01 - Introdução Objetivos do curso e o brigadista

Conhecer os objetivos gerais do curso e comportamento do brigadista

02 - Aspectos Legais Responsabilidade do brigadista

Conhecer os aspectos legais relacionados a responsabilidade do brigadista

03 - Teoria do Fogo Combustão, seus elementos e a reação em cadeia.

Conhecer a combustão, seus elementos, funções, temperaturas do fogo (por exemplo: ponto de fulgor, ignição e combustão) e a reação em cadeia.

04 - Propagação do fogo Condução, convecção e irradiação.

Conhecer as formas de

propagação do fogo

05 - Classes de Incêndio Classificação e características Identificar as classes de incêndio Reconhecer as classes de incêndio

06 - Prevenção de

incêndio Técnicas de prevenção

Conhecer as técnicas de prevenção para avaliação dos riscos em potencial 07 - Métodos de extinção Isolamento, abafamento, resfriamento e extinção química.

Conhecer os métodos e suas

aplicações Aplicar os métodos

08 - Agentes Extintores Água, PQS, CO2, espumas e outros.

Conhecer os agentes, suas

características e aplicações. Aplicar os agentes

09 -

EPI (equipamento de proteção individual)

EPI

Conhecer os EPI's necessários para proteção da cabeça, dos olhos, do tronco, dos membros superiores e inferiores e do corpo todo.

Utilizar EPI corretamente

10 -

Equipamento de combate a incêndio 1

Extintores e acessórios

Conhecer os equipamentos, suas aplicações, manuseio e inspeções. Operar os equipamentos 11 - Equipamento de combate a incêndio 2 Hidrantes, mangueiras e acessórios.

Conhecer os equipamentos, suas aplicações, manuseio e inspeções. Operar os equipamentos 12 - Equipamentos de detecção, alarme e comunicação.

Tipos e funcionamento Conhecer os meios mais comuns de sistemas e manuseio

Identificar as formas de acionamento e desativação dos equipamentos

13 - Abandono de área Conceitos

Conhecer as técnicas de abandono de área, saída organizada, pontos de encontro e chamada e controle de pânico.

(52)

Tabela 15 – Tabela B.1 – Anexo B - Conteúdo programático (Continuação)

Módulo Assunto Objetivos da parte teórica Objetivos da Parte Prática

14 - Pessoas com mobilidade reduzida Conceitos Conhecer as técnicas de abordagem, cuidados e condução de acordo com o plano de emergência da planta.

15 - Avaliação inicial

Avaliação do cenário, mecanismo de lesão e número de vítimas.

Conhecer os riscos iminentes, os mecanismos de lesão, número de vítimas e o exame físico destas.

Avaliar e reconhecer os riscos iminentes, os mecanismos de lesão, o número de vítimas e o exame físico destas.

16 - Vias aéreas Causas de obstrução e liberação

Conhecer os sinais e sintomas de obstruções em adultos, crianças e bebês conscientes e

inconscientes.

Conhecer os sinais e sintomas de obstruções em adultos, crianças e bebês conscientes e inconscientes, e promover a desobstrução. 17 - RCP (ressuscitação

cardiopulmonar)

Ventilação artificial e compressão cardíaca externa

Conhecer as técnicas de RCP

para adultos, crianças e bebês. Praticar as técnicas de RCP

18 - AED/DEA Desfibrilação semiautomática externa

Conhecer equipamentos semiautomáticos para desfibrilação externa precoce

Utilizar equipamentos semiautomáticos para desfibrilação externa precoce

19 - Estado de choque Classificação prevenção e tratamento

Conhecer sinais, sintomas e técnicas de prevenção e tratamento.

Aplicas as técnicas de prevenção e tratamento do estado de choque 20 - Hemorragias Classificação e tratamento Conhecer as técnicas de

hemostasia

Aplicar as técnicas de contenção de hemorragia 21 - Fraturas Classificação e tratamento

Conhecer as fraturas abertas e fechadas e técnicas de imobilizações

Aplicar as técnicas de imobilização

22 - Ferimentos Classificação e tratamento Identificas os tipos de ferimentos localizados

Aplicas os cuidados específicos em ferimentos

23 - Queimaduras Classificação e tratamento

Conhecer os tipos (térmicas, químicas e elétricas) e os graus (primeiro, segundo e terceiro) das queimaduras.

Aplicar as técnicas e procedimentos de socorro de queimaduras

24 - Emergência clínicas Reconhecimento e tratamento

Conhecer síncope, convulsões, AVC (acidente vascular cerebral), dispneias, crises hiper e hipotensiva, IAM (infarto agudo do miocárdio), diabetes e hipoglicemia. Aplicar as técnicas de atendimento 25 - Movimentação, remoção e transporte de vítimas. Avaliação e técnicas Conhecer as técnicas de transporte de vítimas clínicas e traumáticas com suspeita de lesão na coluna vertebral

Aplicar as técnicas de movimentação, remoção e transporte de vítima.

26 - Riscos específicos

da planta Conhecimento

Discutir os riscos específicos e o plano de emergência contra incêndio da planta

27 - Psicologia em

emergências Conceitos

Conhecer as reações das pessoas em situação de emergência 28 - Ferramentas de

salvamento

Corte, arrombamento, remoção e iluminação

Conhecer as ferramentas de salvamento

Utilizar as ferramentas de salvamento

(53)

Tabela 16 – Tabela B.1 – Anexo B - Conteúdo programático (Conclusão)

Módulo Assunto Objetivos da parte teórica Objetivos da Parte Prática

29 - Sistema de controle

de incidentes Conceitos e procedimentos

Conhecer os conceitos e procedimentos relacionados ao sistema de controle de incidentes

30 - Proteção

respiratória Conceitos e procedimentos

Conhecer os procedimentos para utilização dos equipamentos autônomos de proteção respiratória Utilizar EPR 31 - Resgate de vítimas em espaços confinados Avaliação e técnicas Conhecer as normas e procedimentos para resgate de vítimas em espaços confinados

Aplicar as técnicas e os equipamentos para resgate de vítimas em espaços

confinados

32 - Resgate de vítimas

em altura Avaliação e técnicas

Conhecer as técnicas para resgate de vítima em altura

Aplicar as técnicas e os equipamentos para resgate de vítimas altura 33 - Emergências químicas e tecnológicas Conceitos e procedimentos Conhecer as normas e procedimentos relacionados às emergências químicas e tecnológicas

Aplicar as técnicas para emergências químicas e tecnológicas

Nota - Cada planta deve determinar no mínimo quatro brigadistas para participar dos treinamentos dos módulos 31 e 32, nos casos definidos na tabela B.2.

Fonte: NBR 14276 (2006)

Tabela 17 – Tabela B.2 – Módulo e carga horária mínima por nível do treinamento Nível de

treinamento Módulo Carga Horária mínima (horas)

Avançado

- Parte teórica de combate a incêndio: 01 a 14, 26 a 29.

- Parte teórica de primeiros-socorros: 15 a 25 - Parte teórica de proteção respiratória: 30 - Parte prática de combate a incêndio: 05, 07, 08, 09, 10, 11, 12 e 28.

- Parte prática primeiros-socorros: 15 a 25. - Parte prática de proteção respiratória: 30 - Parte teórica Complementar: 29, 31 a 33 - Parte prática complementar: 31 a 33

- Parte teórica de combate a incêndio: 4 - Parte teórica de primeiros socorros: 10. - Parte teórica de proteção respiratória: 2 - Parte prática de combate a incêndio: 8 - Parte prática de primeiros socorros: 8. - Parte prática de proteção respiratória: 2 - Parte teórica complemento:

 Sistema de controle de incidentes: 1  Resgate de vítimas em altura: 8

 Emergências químicas e tecnológicas: 4 - Parte pratica Complemento:

 Resgate de vítimas em espaços confinados: conforme ABRNT NBR 14787

 Resgate de vítimas em altura: 8

 Emergências químicas e tecnológicas: 8 Fonte: Adaptado, NBR 14276 (2006).

(54)

ANEXO C

ANEXO B - MEMORIAL DESCRITIVO DE ANÁLISE PARA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – MDASCI

Referências

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