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Análise de viabilidade para construção de um estádio de futebol em ijuí - RS

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(1)

UNIJUI – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO RIO

GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

IVONEI SOZIO

ANÁLISE DE VIABILIDADE PARA CONSTRUÇÃO DE UM

ESTÁDIO DE FUTEBOL EM IJUÍ –RS

(trabalho de conclusão de curso)

IJUI(RS)

2012

(2)

IVONEI SOZIO

ANÁLISE DE VIABILIDADE PARA CONSTRUÇÃO DE UM

ESTÁDIO DE FUTEBOL EM IJUÍ -RS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da UNIJUI, para obtenção do

título de bacharel em Ciências

Contabeis.

Orientadora: Maria Margarete B. Brizolla

Ijuí(RS)

2012

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RESUMO

Este estudo tem como mote principal a análise da viabilidade financeira, econômica e contábil da construção de um novo estádio de futebol para o Esporte Clube São Luiz da cidade de Ijuí - RS. Para tanto, buscou-se na literatura o embasamento teórico necessário para a aplicação de metodologias já consagradas nesta área de conhecimento. Os dados necessários para a análise, custos, despesas e receitas, foram levantados de acordo com as projeções do planejamento estratégico do clube para os próximos quinze anos. Sabendo que a instabilidade na efetivação das projeções do planejamento estratégico é uma particularidade inerente a um clube de futebol do porte do referido no estudo, foram propostos seis diferentes cenários, com o intuito de o estudo contemplar de forma mais ampla o horizonte de possibilidades intrínsecas à gestão de um clube de futebol. Para cada um dos seis cenários foram expostos os indicadores financeiros, econômicos e contábeis. Demonstrou-se então que para os cenários mais otimistas o empreendimento apresenta um retorno acima do desejado, já para as situações mais pessimistas os resultados não foram tão satisfatórios, evidenciando assim de forma clara que a

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ABSTRACT

This study has the main motto of the analysis of financial viability, economic and accounting of building a new football stadium for the Esporte clube São Luiz de Ijuí - RS. To this end, we sought in the literature, the theoretical foundation necessary for the application of methodologies already established in this area of knowledge. The data required for analysis, costs, expenses and revenues were raised according to the projections of the club's strategic planning for the next fifteen years. Knowing that the instability in the effectiveness of the projections of strategic planning is an inherent characteristic of a football club in the size of that study, six different scenarios were proposed, with the aim of the study consider more broadly the horizon of possibilities intrinsic to management of a football club. For each of the six scenarios were exposed financial indicators, economic and accounting. It was then demonstrated that the most optimistic scenarios for the project has a return higher than desired, since for the most pessimistic scenarios the results were not satisfactory, thus showing clearly that the range of possibilities is inherent in this management area.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01 - Diferença entre contabilidade financeira e gerencial ... 29

Quadro 02 - Modelo de DRE ... 31

Quadro 03 - Investimento inicial e capital de giro ... 45

Quadro 04 - Depreciação ... 46

Quadro 05 - Mão de obra dos funcionários ... 46

Quadro 06 - Folha atletas e com. Técnica Jan a Mar ... 47

Quadro 07 - Folha atletas e com. Técnica abril ... 47

Quadro 08 - Folha atletas e com. Técnica maio a dezembro ... 48

Quadro 09 - Total geral despesas e custos ano 1 ... 50

Quadro 10 - total de receitas ano 1 ... 52

Quadro 11 - Fluxo de caixa realista com Dir. Nomes ... 53

Quadro 12 - Fluxo de caixa otimista com Dir. Nomes ... 55

Quadro 13 - Fluxo de caixa pessimista com Dir. Nomes ... 57

Quadro 14 - Fluxo de caixa realista sem Dir. Nomes ... 59

Quadro 15 - Fluxo de caixa otimista sem Dir. Nomes ... 61

Quadro 16 - Fluxo de caixa pessimista sem Dir. Nomes ... 63

Quadro 17 - Demons. do resultado do exercício realista com Dir. Nomes ... 65

Quadro 18 - Demons. do resultado do exercício otimista com Dir. Nomes ... 67

Quadro 19 - Demons. do resultado do exercício pessimista com Dir. Nomes ... 69

Quadro 20 - Demons. do resultado do exercício realista sem Dir. Nomes ... 71

Quadro 21 - Demons. do resultado do exercício otimista sem Dir. Nomes ... 73

Quadro 22 - Demons. do resultado do exercício pessimista sem Dir. Nomes ... 75

Quadro 23 - Resumo dos indicadores do fluxo de caixa ... 77

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LISTA DE SIGLAS

DRE - Demonstração do Resultado do Exercício E. C - Esporte Clube

FIFA - Fédération internationale de football association IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IR - Índices de Rentabilidade

NBC - Normas Brasileiras de Contábilidade S.E.R - Sociedade Esportiva Recreativa SN - Sem número

TIR - Taxa Interna de Retorno TMA - Taxa Média de Atratividade TMA - Taxa Mínima de Atratividade VAUE - Valor Atual Uniforme Equivalente VPL - Valor Presente Líquido

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SUMÁRIO

RESUMO ... 2 ABSTRACT ... 3 LISTA DE QUADROS ... 4 LISTA DE SIGLAS ... 5 1 INTRODUÇÃO ... 9 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 10

1.1.1 Área de Conhecimento Contemplada... 10

1.1.2 Caracterização da Organização ... 11 1.1.3 Problematização do Tema ... 12 1.1.4 Objetivos ... 14 1.1.5 Justificativa ... 14 1.1.6 Metodologia do trabalho ... 16 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 22 2.1 RAMO DE ATIVIDADE ... 22 2.1.1 Oportunidades de mercado ... 22 2.2 CONTABILIDADE... 24

2.2.1 Finalidade, funções e objetivos da contabilidade ... 26

2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL ... 27

2.3.1 diferença entre contabilidade gerencial e contabilidade financeira ... 28

2.4 METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE VIABILIDADE ... 29

2.4.1 Demonstração de Resultado do Exercício ... 30

2.4.2 Fluxo de Caixa ... 32

2.4.3 Taxa Interna de Retorno – TIR ... 33

2.4.4 Taxa Mínima de Atratividade - TMA ... 34

2.4.5 Valor Presente Líquido – VPL ... 35

2.4.6 Período de Payback ... 36

2.4.7 Valor Atual Uniforme Equivalente – VAUE ... 37

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2.4.9 Índices de Lucratividade – IL ... 39

2.5 RECEITAS, DESPESAS E CUSTOS ... 40

2.5.1 Custo do Investimento ... 41 2.5.2 Custos Operacionais ... 42 3 ESTUDO APLICADO ... 44 3.1 INVESTIMENTOS INICIAIS ... 44 3.2 CUSTOS E DESPESAS ... 45 3.3 RECEITAS... 50 3.4 FLUXO DE CAIXA ... 52

3.5 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ... 66

CONCLUSÃO ... 79

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“Se não existe esforço não existe progresso” Frederick Douglass

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1 INTRODUÇÃO

O trabalho de conclusão de curso tem como objetivo principal revisar, reforçar e aprimorar conhecimentos desenvolvidos no decorrer do curso, conhecimentos estes pertinentes ao assunto que será tratado no decorrer do trabalho.

Objetiva também aplicar no campo prático os conhecimentos aprimorados e intrínsecos a uma das áreas de estudo da ciência contábil, com o intuito de ser útil e aplicável no exercício das funções profissionais. Dito isso, afirma-se que a área escolhida foi a contabilidade gerencial, com enfoque para a gestão financeira e análise de investimentos.

O presente trabalho, inicialmente, teve como objetivos principais a busca por conhecimentos inerentes a área demandada, para construir o embasamento de conhecimentos técnico/científico/prático que foram utilizados para a elaboração da parte aplicada do trabalho de conclusão de curso que analisou a viabilidade econômica da construção de um estádio em Ijuí.

O primeiro capítulo deste trabalho abordou a contextualização do estudo, onde está definida a área do conhecimento contemplada, o tema, o problema, o objetivo do estudo, seguido da justificativa e da metodologia que foi utilizada no seu desenvolvimento.

O segundo capitulo apresenta a revisão bibliográfica, baseada em pesquisas literárias, publicações e na internet, com a finalidade de criar um maior embasamento teórico quanto aos assuntos que foram tratados no decorrer do trabalho.

O terceiro capitulo nos mostra o estudo aplicado, usando os dados levantados junto ao clube, seguindo a metodologia evidenciada no primeiro capitulo, aplicou-se os conhecimentos desenvolvidos no segundo capitulo quanto a análise da viabilidade do investimento, usando de indicadores como TIR(taxa interna de retorno), VPL(valor presente liquido), período de Payback, índice de rentabilidade e indicadores de lucratividade. As demonstração que evidenciaram a performance do investimento foram os fluxos de caixas e as DRE(demonstração do resultado do exercício).

Derradeiramente apresenta-se as referencias bibliográficas consultadas para a elaboração do mesmo.

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1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Este capítulo aborda a área de conhecimento contemplada, que trabalha com uma tecnologia gerencial ainda pouco explorada pelo profissional da contabilidade, que é a análise e gestão de investimentos, traz características da organização estudada, apresenta a definição do tema de estudo que foi apreciado, a problematização do estudo, os objetivos gerais e específicos, a justificativa e a metodologia do trabalho.

1.1.1Área de Conhecimento Contemplada

Num mundo competitivo onde deve-se primar pela excelência na gestão dos negócios, entende-se que na fase de projetar os empreendimentos, faz-se necessário um estudo detalhado com relação aos aspectos envolvidos, os quais permitem ao empreendedor colocar em pratica novos empreendimentos com maior segurança.

Sendo assim apresenta-se a contabilidade como a ciência que tem como objeto o patrimônio das entidades dentro de um contexto em que a correta tomada de decisão é fundamental, e que a atual economia capitalista muitas vezes demonstra ter uma concorrência predatória, não dando sobrevida ao erro oriundo de uma tomada de decisão errada.

As características de uma Gestão Empresarial de sucesso, em qualquer ramo de atividade, incluem saber transformar idéias boas em ações de impacto sobre o resultado, sob pressão o tempo todo. O gestor moderno conhece profundamente o que faz e aprende continuamente o que lhe falta. Nunca desiste; ao contrário, persiste até que as coisas comecem a funcionar adequadamente. (KUGELMEIER 2009, p. 01)

A contabilidade em sua base tem a função de registrar e armazenar dados, transformando-os em informação, com o objetivo de controle sobre o patrimônio. Com o passar dos tempos a contabilidade evoluiu e desenvolveu inúmeras tecnologias gerenciais, uma delas pode ser denominada como a gestão financeira, onde esta inserida a análise de viabilidade.

Neste contexto gerencial a contabilidade sai de uma esfera de controle e estudo do patrimônio e passa a analisar, projetar e estudar fenômenos exógenos, ou

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seja, passa a dar atenção ao ambiente externo ao patrimônio, sabendo que, uma vez a empresa inserida em uma sociedade ela passa a sofrer influência, seja em maior ou menor escala, de todos os grupos que compõe o ambiente externo, tais como economia mundial e regional, população, governo, leis, concorrentes, fenômenos naturais.

Uma vez que a contabilidade usa o conhecimento de sua ciência para estudar os fenômenos do ambiente externo da empresa, cria uma gama de possibilidades de acontecimentos de influência tanto interna quanto externa. Evidencia-se aqui a sua enorme e primordial importância quando se fala em busca da gestão por excelência, ou seja, a busca pela tomada de decisão mais assertiva possível visando suprir uma necessidade ou almejando uma oportunidade que pode acontecer agora ou num cenário futuro.

A empresa que se preocupa com a excelência em sua gestão não dorme com os olhos dos outros, pois possui uma visão que norteia e direciona todo o processo organizacional, que é a visão de futuro. Assim, além de pensar e um repensar de toda a gestão, enxerga oportunidades, são pró-ativas, se antevendo aos fatos, traçando estratégias, se envolvendo e comprometendo com a gestão de forma a vislumbrar e a atuar em prol de um futuro melhor, garantindo desta forma não somente sua perpetuação, mas sua solidez no mercado. (FURBINO, 2010, p. 01).

Deste modo percebemos então que utilizando as tecnologias contábeis gerenciais, neste caso a análise de viabilidade, estaremos primando pela excelência na gestão de projetos, pois prospecções de cenários futuros poderão antever situações que afetarão o negócio, dando mais solidez e segurança à tomada de decisão, uma vez que antevendo uma ameaça se tem mais tempo e se pode alocar mais recursos para combatê-la, e, antevendo uma oportunidade tem-se mais tempo para trabalhá-la e utilizá-la em sua totalidade para gerar benefícios ao negócio.

1.1.2 Caracterização da Organização

A organização que foi estudada caracteriza-se como um clube de futebol profissional tendo como estrutura jurídica de gestão o presidencialismo, com um presidente, dois vices e sete departamentos, sendo eles divididos em futebol, administrativo, marketing, patrimônio, financeiro, jurídico e médico. Tendo como

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objetivo principal realizar atividades próprias de seus fins com o intuito de, com os benefícios alcançados e auferidos, dar continuidade ao seu funcionamento.

O clube denomina-se Esporte Clube São Luiz e esta localizado na Rua 24 de Fevereiro, SN, Esquina com a Av. 21 de Abril, centro de Ijuí. Foi fundado em 20 de fevereiro de 1938, pelo desportista Angelino Alves Dos Santos, sendo um dos clubes mais antigos e reconhecidos do estado, pois é um dos únicos representantes da região noroeste do estado do Rio Grande do Sul em competições estaduais.

O Clube manteve-se no amadorismo até meados da década de 50, passando em seguida a disputar a segunda divisão do campeonato gaúcho. No início da década de 60 ingressou na primeira divisão de profissionais destacando-se no quadro estadual esportivo. De julho de 77 a novembro de 85 o clube licenciou-se das competições oficiais, sendo retomado a partir de 1986, a partir daí, em rápida ascensão o clube voltou à primeira divisão, o que foi confirmado com o título estadual da segunda divisão de 1990 e 2005.

Atualmente o clube disputa a primeira divisão do campeonato gaúcho, recebendo em seu estádio times de renome mundial como os campeões do mundo Sport Club Internacional de Porto Alegre e Grêmio Foot-ball Porto Alegrense. Outros times que costumam freqüentar o estádio 19 de outubro em competições oficiais são times de expressão nacional como o já campeão da copa do Brasil E. C. Juventude e seu grande rival e já campeão gaúcho da primeira divisão o S.E.R. Caxias, ambos da cidade de Caxias do Sul – RS.

1.1.3 Problematização do Tema

Tendo em vista a visibilidade que a marca São Luiz oferece aos seus patrocinadores e parceiros, uma vez que disputa um campeonato de primeira divisão de nível regional com grande visibilidade para este segmento de mercado e dependendo dos feitos de sua equipe poderá até gerar uma visibilidade ainda maior, e levando em conta as condições atuais do estádio 19 de outubro que é usado para os jogos da equipe, e sabendo que o estado de manutenção e estrutura já esta comprometida devido ao tempo.

Ressaltando a sua localização central na cidade, onde não possui estacionamento próprio nem tem condições de expandir seu tamanho para aumentar a capacidade de público e por conseqüência aumentar suas receitas diretas

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oriundas de ingressos. Também sabendo que devido estas condições do estádio as equipes de elite do futebol estão cada vez mais abnegadas a deslocarem-se para cá para disputar partidas neste estádio, tentado trocar o local dos jogos, tal ato que se ocorrer seria de um prejuízo enorme ao clube, pois perderia receitas diretas oriundas de ingressos e desagradaria o seu apaixonado torcedor.

Reforçando também o crescimento da população de ijuí, segundo dados retirados do site do IBGE (2011), 3% nos últimos 3 anos, e a necessidade de ter um estádio que atenda aos padrões criados e normatizados pela FIFA, ou que ao menos siga algumas linhas de pensamento que regem este padrão, uma vez vendo a evolução dos demais estádios de clubes de mesmo porte que o São Luiz.

Frisa-se também que a federação Gaúcha de futebol, ouvindo as reclamações dos grandes clubes, pode impor sanções a estádios do interior que não tenham um determinado padrão, não necessariamente sendo o padrão FIFA, porém um estádio mais qualificado e modernizado quanto a sua estrutura em geral.

Constata-se aqui a necessidade de um novo estádio para a cidade de Ijuí. Entretanto para fazer um investimento tão grandioso quanto um novo e modernizado estádio de futebol, necessita-se de um grande embasamento quanto a formas de obter receitas para financiar tal construção, levar em conta aspectos como capacidade de espectadores, local do novo estádio, o que fazer com o antigo, forma jurídica de organização, se o novo estádio trará um retorno maior em receitas para o clube e se ao longo do tempo ele mostrar-se-á viável financeiramente e sustentável ao ponto de gerar sobras.

Os clubes, com gestão cada vez mais profissional, tendem a ver no estádio uma oportunidade de fonte de renda não só advinda da venda de ingressos, mas de locação para shows e convenções, ou seja, funções além dos jogos que normalmente ocorrem no estádio, e da publicidade que se pode explorar no espaço. O conceito de arena tem sobrepujado o de estádio, levando não só a construção do campo de jogo e instalações para o público, mas o desenvolvimento agregado de outras estruturas próximas, como centros comerciais, hotéis, estacionamentos, centros culturais e gastronômicos, entre outros. (BASTOS, 2011, p. 01).

De face a todos os pressupostos citados, levantou-se a seguinte questão a ser respondida ao longo deste estudo: É viável o investimento em um novo

estádio para o Esporte Clube São Luiz do município de Ijui-RS do ponto de vista financeiro e social?

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1.1.4 Objetivos

Em virtude de este projeto envolver em seu entorno diversas questões, sejam elas financeiras ou sociais, usou-se dos conhecimentos e ferramentas da Ciência Contábil que, por ser uma ciência social aplicada, foi uma tecnologia de grande auxilio a tomada de decisão quanto à gestão deste projeto. Então, os objetivos, que segundo Djalma (1998) são um alvo ou situação que se pretende atingir, foram divididos em geral e específico.

1.1.4.1 Objetivo Geral

O objetivo deste estudo consiste em fazer uma análise do projeto de construção de um estádio, apontar a melhor forma de fazer um investimento que atenda as necessidades do clube, bem como identificar se o projeto apresenta-se como uma alternativa viável do ponto de vista financeiro, econômico e contábil.

1.1.4.2 Objetivos Específicos

� Efetuar o embasamento teórico referente ao tema proposto, com o intuito de

fundamentar o estudo prático;

� Levantar os investimentos necessários ao empreendimento e custos e receitas

geradas com sua implantação;

� Demonstrar a viabilidade do empreendimento a partir da elaboração de um fluxo

de caixa e da demonstração de resultados.

1.1.5 Justificativa

O interesse pelo futebol começou com uma paixão que há muito tempo é passado de pai para filho em todos os lares do Brasil e na maioria dos Lares do mundo. Um esporte que tem muito mais do que meros expectadores e torcedores, tem fãs enlouquecidos e apaixonados, paixão esta que denota-se deste o primeiro dia do nascimento onde o pai já veste seu filho com as cores do time na maternidade. Segue-se então uma epopéia chamada vida que ao seu fim, já no

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túmulo, o falecido leva em seu caixão uma cobertura da bandeira do time que tanto amou durante a vida.

Esse é o futebol, que hoje é o esporte mais famoso do mundo e o que mais movimenta dinheiro e aquece a economia dentre todos os esportes existentes. Segundo Ranking J. COCCO Sport marketing (2011) o futebol é o esporte que da maior retorno quanto ao investimento de marketing realizado, pois atinge variadas faixas etárias, níveis sociais, sexos, geografia e visibilidade de noticiários.

Mais especificamente justificando a escolha do trabalho em questão, constata-se que o clube que tem sua sede na cidade de Ijuí(RS), esta com seu estádio envelhecido e ultrapassado, questão essa que faz ecoar a necessidade da construção de um novo estádio, que seja do tamanho da ambição do clube e que contemple as necessidades de um mundo em constante movimento que cada vez mais denota a evolução e a modernização, sejam essas de projetos edificados ou de conceitos de pensamento.

Para o clube este trabalho e uma grande ferramenta que auxilia no momento da tomada de decisão, uma vez que um projeto desta grandeza não permite erros estratégicos decisórios, pois, o resultado de uma tomada de decisão errada pode ser catastrófico para o futuro do clube e uma tomada de decisão assertiva impulsionará o desenvolvimento do clube e, por tabela a cidade sede, a almejar vôos mais altos a nível estadual e, até mesmo a nível nacional.

Para o acadêmico este estudo desenvolveu embasamentos teóricos e práticos úteis para a sua vida profissional e pessoal uma vez que, vivendo num mundo capitalista, saber lidar com recursos financeiros e a melhor forma de aplicá-los, bem como saber avaliar e analisar investimentos, sejam eles quais forem, gera segurança na tomada de decisão e conseqüentemente uma estabilidade nos momentos de tensões na econômica mundial.

Para a economia regional este estudo demonstra sua importância quando, auxiliando a tomada de decisão assertiva e tempestiva para um empreendimento deste porte, alavancará a micro-economia de onde este estádio se alocará e será um item que fomentará novos empreendimentos. Serve também de base para futuros estudos de novos estádios para clubes da região uma vez que, sendo um case de sucesso, será parâmetro de busca de benchmarking.

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1.1.6 Metodologia do trabalho

A metodologia é um conjunto de métodos, regras e postulados, ela define a maneira que o trabalho de conclusão de curso foi realizado, ou seja, na etapa de elaboração da metodologia foram definidos os caminhos e os instrumentos para coleta e análise dos dados da pesquisa. Segundo Vergara (2004, p. 12) “método é um caminho, uma forma, uma lógica de pensamento”.

Na seqüência apresenta-se a classificação da pesquisa, plano de coleta de dados e o plano de análise e interpretação de dados.

1.1.6.1 Classificação da Pesquisa

As tipologias de pesquisas usadas em cada estudo variam de acordo com o enfoque dado, os interesses, campos, situações e objetos de estudo.

a) Do ponto de Vista de sua Natureza

Do ponto de vista de sua natureza, trata-se de uma pesquisa aplicada, pois teve como escopo principal gerar conhecimentos que foram aplicados na resolução de um problema concreto, real, específico e delimitado.

Vergara (2004, p. 47) afirma isso dizendo que “a pesquisa aplicada é

fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos”.

b) Do ponto de Vista de Seus Objetivos

Do ponto de vista de seus objetivos é uma pesquisa exploratória, explicativa e descritiva.

Exploratória porque tem como objetivo propiciar maior conhecimento e familiaridade com o problema em questão, usando-se de pesquisas bibliográficas e entrevistas com pessoas que possuem conhecimentos no assunto.

Segundo Vergara (2004, p. 47) “é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua natureza de sondagem, não comporta hipóteses que, todavia, poderão surgir durante ou ao final da pesquisa”.

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Na mesma linha Gil (2002, p. 41) afirma “tem como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições”.

A pesquisa é descritiva porque no estudo realizado coletou-se dados que caracterizam a organização e a demanda estudada, com o intuito de descrever seus processos gerenciais e projetar situações possíveis futuras, com o escopo de antever situações de risco ou reforçar boas projeções.

Vergara (2004, p. 47), afirma dizendo:

expõe característica de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação.

Já Andrade (2003, p. 124) diz:

neste tipo de pesquisa, os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles. Isto significa que os fenômenos do mundo físico e humano são estudados, mas não manipulados pelo pesquisador.

Explicativa porque identifica e explica o motivo porque determinados fatores contribuem para a ocorrência de determinados fenômenos.

Vergara (2004, p. 47), diz que “a investigação explicativa tem como principal objetivo tornar algo inteligível, justificar-lhe os motivos. Visa, portanto, esclarecer quais fatores contribuem, de alguma forma, para a ocorrência de determinados fenômenos”.

Gil (2002, p. 42) segue a mesma linha dizendo que a pesquisa explicativa ”tem como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos”.

c) Do ponto de vista dos Procedimentos técnicos

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos é um estudo de caso, pesquisa bibliográfica, levantamento e documental.

É um estudo de caso, pois envolve um estudo aprofundado e intrínseco em um projeto de um clube, ao ponto que permita obter um conhecimento detalhado do mesmo.

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Vergara (2004, p. 49) afirma que ”estudo de caso é o circunscrito a uma ou poucas unidades”, segue afirmando ainda que “tem caráter de profundidade e detalhamento”.

Gil (2002, p. 54) diz “consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou pouco objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento,”.

Uma pesquisa bibliográfica, pois o trabalho foi elaborado a partir de estudo em materiais já publicados como livros, artigos e demais matérias disponíveis na internet. Como podemos perceber nas passagens que seguem, Vergara (2004, p. 48) reafirma essa idéia dizendo que “pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas”.

Na mesma linha Gil (2002, p. 44) ”é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.”.

Levantamento, pois levantou-se dados e informações referente à opinião e comportamento de determinada população. Gil (2002, p. 50) afirma ”as pesquisas deste tipo caracterizam-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer”.

Gil (2002, p. 52) nos mostra a importância dos levantamentos dizendo que “são muito úteis para o estudo de opiniões e atitudes”.

Documental, pois foram pesquisados documentos contábeis como balanços, demonstrações do resultado, fluxo de caixa e documentos de controles gerenciais e operacionais.

Lakatos e Marconi (1991, p. 174) caracterizando a pesquisa documental dizem ”a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina fontes primarias.”

Vergara (2004, p. 48) cita exemplos de documentos intrínsecos a pesquisa documental “registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes, [...], fotografias, videoteipe, [...], diários, certas pessoais”.

d) Do ponto de Vista da abordagem do problema

Do ponto de vista da abordagem do problema caracteriza-se como pesquisa qualitativa, pois alinha teoria com prática.

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Foram pesquisados determinados fenômenos e analisados, determinando assim significado para eles, usando do ambiente social como fonte direta para a coleta de dados.

Gil (2002, p. 133) define esse processo como “uma seqüência de atividades, que envolve a redução dos dados, a categorização desses dados, sua interpretação e a redação do relatório.”. Na mesma linha Vergara (2004, p. 59) afirma “Os dados também podem ser tratados de forma qualitativa como, por exemplo, codificando-os, apresentando-os de forma mais estruturada e analisando-os.”.

1.1.6.2 Plano de coleta de dados

Para Lakatos e Marconi (1991, p. 165) a coleta de dados é a “etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos”. Andrade (2003, p. 152) afirma “a coleta de dados constitui uma parte importantíssima”.

Deste modo percebe-se que a coleta de dados foi parte fundamental para o desenvolvimento do trabalho, uma vez que apenas dados fidedignos podem mostrar a realidade de determinada situação pesquisada ou analisada.

Lakatos e Marconi (1991, p.166) afirma que “o rigoroso controle na aplicação dos instrumentos de pesquisa é fator fundamental para evitar erros e defeitos”.

a) Instrumentos de coletas de dados

Segundo Lakatos e Marconi (1991, p. 163):

a seleção do instrumental metodológico esta, portanto, diretamente relacionada com o problema a ser estudado; a escolha dependera dos vários fatores relacionados com a pesquisa, ou seja, a natureza dos fenômenos, o objeto da pesquisa, os recursos financeiros, a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigação.

Percebe-se então que para a obtenção de dados fidedignos precisa-se utilizar dos instrumentos metodológicos coerentes para cada situação a ser trabalhada.

Para a coleta de dados foram utilizados inúmeras técnicas, tais como, observações, questionários, entrevistas, análise de documentos contábeis

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gerenciais, análise de documentos intrínsecos ao clube como contratos, fichas, planilhas, controles internos.

As observações podem ser subdivididas em observação assistemática, onde não há um preparo inicial nem planejamento de controles, sendo realizado em condições não controladas.

Segundo Lakatos e Marconi (1991, p. 192):

A técnica da observação não estruturada ou assistemática, [...], consiste em recolher e registrar os fatos da realidade sem que o pesquisador utilize meios técnicos especiais ou precise fazer perguntas diretas. È mais empregada em estudos exploratórios e não tem planejamento e controle previamente elaborados.

A observação pode ser também classificada como participante que, segundo Vergara (2004, p. 54), ”na observação participante, você já esta engajado ou se engaja na vida do grupo ou na situação;”.

Lakatos e Marconi (1991, p. 194) afirmam:

Consiste na participação real do pesquisador com a comunidade ou grupo. Ele se incorpora ao grupo, confunde-se com ele. Fica tão próximo quanto um membro do grupo que está estudando e participa das atividades normais deste.

O questionário é uma série preparada, planejada e ordenada de perguntas com o intuito de levantar determinada informação sobre determinado assunto. Neste sentido foi usado da ferramenta do questionário para levantar informações inerentes ao projeto do estudo do estádio em questão.

Para Vergara (2004, p. 54) ”o questionário caracteriza-se por uma série de questões apresentadas ao respondente,”. Na mesma linha Lakatos e Marconi (1991, p. 201) afirmam esta idéia dizendo que o “questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas,”.

Quanto à entrevista o tipo usado foi o despadronizado ou não-estruturado, uma vez que não terá um roteiro previamente planejado e delimitado, fez-se uso de pouca rigidez e de perguntas abertas dando oportunidade ao entrevistado para explanar sobre o assunto da forma como achar mais conveniente. Andrade (2003, p. 146) ressalta a importância da entrevista afirmando que “a entrevista constitui um

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instrumento eficaz na recolha de dados fidedignos para a elaboração de uma pesquisa,”.

Lakatos e Marconi (1991, p. 197) falando sobre a entrevista despadronizada ou não-estruturada “o entrevistador tem liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequada. È uma forma de poder explorar mais amplamente uma questão.”.

Quanto à análise documental, foi levado em conta e analisado todos os documentos que a entidade dispunha e for inerente, direta ou indiretamente, ao tema estudado, levando em conta que determinadas ações podem impactar em alterações de inúmeras variáveis.

Para Lakatos e Marconi (1991, p. 174)

A característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de ddos está restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias. Estas podem ser feitas no momento em que o fato ou fenômeno ocorre, ou depois.

Na mesma linha de pensamento Gil (2002, p. 45) diz:

A pesquisa documental assemelha-se muita à pesquisa bibliográfica. A diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa.

1.1.6.3 Plano de análise e interpretação dos dados

Para Lakatos e Marconi (1991, p. 167) “uma vez manipulados os dados e obtidos os resultados, o passo seguinte é a análise e interpretação dos mesmos”.

Consoante definição supra, após coletados os dados os mesmos foram analisados com o intuito de gerar padrões, definir tendências e criar segmentos. Feito isso, foram feitas projeções embasadas nas informações coletadas e analisadas.

Tais projeções foram ilustradas no decorrer do trabalho variando sua forma de apresentação, seja gráfico, tabela, cálculos, planilha, com o intuito de melhor explicar a sua relevância e importância para o trabalho.

(23)

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste item foi feito uma revisão dos conteúdos já vistos pelo acadêmico com o intuito de desenvolver mais conhecimentos em relação ao embasamento teórico proposto para a elaboração deste projeto. Foram revisados e estudados conhecimentos que versam sobre o ramo de atividade, contabilidade geral, contabilidade gerencial, demonstração do resultado e metodologias de análise de viabilidade.

2.1 RAMO DE ATIVIDADE

O trabalho foi desenvolvido no ramo de atividade que envolve o esporte mais

popular do mundo, e também o esporte que da mais visibilidade de investimentos em marketing dentre todos os esportes existentes. O futebol.

A palavra futebol é originaria da palavra inglesa foot Ball ( foot = pé , Ball = bola), segundo o site sua pesquisa, 2011, estudos indicam que as primeiras manifestações primitivas relacionadas ao futebol aconteceram em 3.000 a.C, na China antiga, sendo uma espécie de treinamento militar. Entretanto o futebol como conhecemos hoje começou a ser moldado na Inglaterra a partir do século 17, e em 1848 criou-se o primeiro código de regras, que ao passar dos anos evoluiu e dá-se como é hoje.

2.1.1 Oportunidades de mercado

Aproximadamente 270 milhões de pessoas no mundo estão ativamente envolvidas com a prática do esporte futebol, isso sem citar as pessoas que apenas apreciam a arte chamada futebol, soma-se a isso a enorme visibilidade causada por ser o esporte mais famoso do mundo, sendo que abrange vários segmentos populacionais com uma grande amplitude de faixa etária, níveis de renda, países, ambos os sexos.

De face ao exposto no parágrafo supra, e sabendo que as empresas necessitam de alternativas de visibilidade para divulgar seus produtos aos consumidores alvo, vislumbram o uso do fato de o futebol ter imensa visibilidade e vinculam suas marcas ao futebol, seja colocando seu logotipo no uniforme de um

(24)

time, colocando cartazes no estádio, vinculando algum jogador com algum produto específico, e, mais recentemente, usando o recurso chamado naming rights, que literalmente significa direito de nome, ou seja, usam os diretos de nome de determinadas ligas e campeonatos, e ate mesmo dão nome aos estádios de futebol onde os clubes disputam suas partidas.

Mas para que isso aconteça é eminente que o clube tenha um grau atrativo de visibilidade para atrair futuros parceiros interessados em investir seus milhões no direto de dar nome ao estádio. Apenas como exemplo cita-se dois clubes de futebol, um que já tem negociado seus diretos de nome e outro que esta negociando. O Arsenal, da Inglaterra, negociou o direto de nome do seu estádio por valores superiores a 300 milhões de reais para um período de uso de vinte anos, o mesmo acontece com o clube brasileiro Corinthians, que esta negociando o direito de uso de nome de seu futuro estádio por cifras semelhantes.

Ressalta-se que os dois clubes recém citados são clubes de massa, com grande visibilidade e reconhecimento mundial, por isso negociam com marcas que tem um poderio e um alcance também a nível mundial.

Entretanto há a possibilidade de clubes de menor expressão negociar seus naming rigths, todavia a marca que eventualmente se interessará será da mesma forma uma marca que equipara-se com a visibilidade do clube e os valores negociados também serão do tamanho da realidade e da visibilidade que o estádio poderá oferecer a marca.

Outra idéia que ganha força é a troca do conceito de estádio de futebol para arena de futebol. O conceito estádio traz a tona meramente um local onde se disputa jogos de futebol. Com base em Bastos (2011, p. 1), em leituras de jornais, blogs especializados e revistas da área, observa-se que o conceito arena cada vez mais sobressalta sua força, devido que ao se falar de arena, fala-se de um local onde alem de acontecer jogos de futebol, tem espaço para shows, eventos, museu do clube, restaurantes, lojas, shopping, estacionamento, muitas vezes até com hotéis em suas intermediações. O conceito arena é sinônimo de evolução, tecnologia, segurança, lazer, diversidade.

(25)

2.2 CONTABILIDADE

A contabilidade é uma ciência social aplicada que tem como objeto o patrimônio de uma entidade e suas variações com o intuito de registrar, analisar e controlar os acontecimentos relacionados ao mesmo, no âmbito quantitativo e qualitativo.

Iudicibus e Marion (2006, p. 35) afirmam “A contabilidade não é uma ciência exata. Ela é uma ciência social, pois é a ação humana que gera e modifica o fenômeno patrimonial.”

Para Franco, apud Basso (2011, p. 26):

contabilidade é a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial.

Sá (2002, p. 46) define a contabilidade dizendo que “Contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia funcional das células sociais.” Deste modo tem como finalidade gerar informações fidedignas à realidade, ou seja, que expressem a real situação da entidade, para auxiliar na correta tomada de decisão.

A contabilidade tem origens nos primórdios da civilização humana, tendo sempre o intuito de controle dos bens. “a história da contabilidade nasce com a própria civilização, em uma espontânea forma de ter conhecimento sobre as utilidades ou riquezas que o homem ia acumulando” (Sá, apud , Basso,2011, p. 19).

Iudícibus e Marion (2006, p. 30) complementam “a contabilidade existe desde o inicio da civilização. Alguns teóricos preferem dizer que ela existe, pelo menos, desde 4.000 antes de Cristo”.

No começo exercia-se uma contabilidade empírica, com riscos e rabiscos nas paredes de cavernas para controle do rebanho e outros bens. Como afirma Sá (2002, p. 22) “Pedaços de ossos de rena foram encontrados em razoável quantidade no sul da França e muitas grutas conservam ainda, em países da Europa e do Brasil, inscrições sobre objetos e animais.”

(26)

Iudícibus e Marion (2006, p. 32) sobre a fase empírica de contabilidade “se utilizavam desenhos, figuras, imagens para identificar o patrimônio existente.”

A partir daí a contabilidade foi evoluindo e desenvolvendo cada vez mais uma sistematização contábil de registro. Em 1494 foi publicado em Veneza – Itália, pelo frei Luca Pacioli um livro contendo o método das partidas dobradas, para ser usado como sistema de escrituração, onde ocorrem lançamentos a débito e crédito do mesmo valor.

Iudícibus e Marion (2006, p. 34) afirmam “A obra de Pacioli pode muito bem ser vista como início do pensamento cientifico da contabilidade.”

A partir daí foi-se desenvolvendo uma grande variedade de literatura na área contábil, onde expandiu-se e divulgou-se o conhecimento contábil, propiciando uma evolução no pensamento e conhecimento contábil.

Dessa evolução,a partir do século XIX, desenvolve-se então a ciência contábil como a conhecemos, onde se da ênfase ao verdadeiro objeto da contabilidade, o patrimônio.

Segundo Basso (2011, p. 21) :

Os estudos deixam de enfocar as “formas” de escrituração para dar ênfase à “essência” dos fatos, buscando a explicação deles e criando uma ciência que estabelece as leis, princípios e normas gerais para registrar, controlar, observar e estudar a evolução da riqueza do homem, ou seja, o patrimônio das entidades em geral.

Observamos nessa citação a origem da aplicação da frase que rege todo profissional da área contábil, a essência sobre a forma, ou seja, a essência contábil dos fatos sobre a forma jurídica que rege tal fato.

Como já dito antes, com o desenvolvimento ao longo dos anos da ciência contábil, constatou-se que o objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio e suas variações. Sá (2002, p. 59) diz “Os fenômenos que ocorrem com o patrimônio, como riqueza de suas células sociais, são o objeto de estudos da ciência contábil”.

O patrimônio é constituído pelo conjunto dos bens, direitos e obrigações de uma entidade que são observados sob duas óticas, a ótica qualitativa que considera a natureza da composição física e jurídica dos bens, direitos e obrigações, e, sob a ótica quantitativa que considera o verdadeiro valor monetário atribuído a cada bem, direito ou obrigação.

(27)

Marion (1990, p. 26) versando sobre o patrimônio “Em contabilidade, portanto, a palavra patrimônio[...] significa o conjunto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa;[...] inclui as obrigações a serem pagas.”

Para Basso (2011, p. 27), os bens são elementos matérias ou imateriais integrantes de um determinado patrimônio. Ou seja, tudo que a empresa possui em seu nome e faz uso para desenvolver as atividades inerentes aos seus fins.

Já Marion (1990, p. 27) diz “entendem-se por bens as coisas úteis. Capazes de satisfazer ás necessidades das pessoas e das empresas.”

Já os direitos podem ser entendidos como valores, ou elementos, que a entidade tem à receber de terceiros, em sua maioria são créditos provenientes de vendas, ou negociações comerciais pecuniárias parceladas. Marion (1990 p. 28) explica “Em contabilidade entende-se por direito ou direito a receber o poder de exigir alguma coisa. São Valores a receber, títulos a receber, contas a receber”.

Ainda Basso (2011, p. 27) explica que as obrigações, ao contrario dos direitos, são valores que a entidade tem de pagar a terceiros. Como exemplo temos os valores a serem pagos aos fornecedores, valores de impostos e encargos sociais.

Na mesma linha de pensamento Marion (1990, p. 29) diz concisamente “São dívidas com outras pessoas.”

2.2.1 Finalidade, funções e objetivos da contabilidade

Para Basso (2011, p. 28) “A finalidade fundamental da contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento.”

Já Marion (1990, p. 20) diz “A contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Ela é muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decisões.”

Como a contabilidade registra todos os acontecimentos do patrimônio de forma fidedigna, ela gera um grande montante de dados brutos, que lapidados e trabalhados conforme as necessidades geram informações contábeis de grande importância para o auxilio a tomada de decisão. Essas informações são extraídas na forma de relatórios diversos, balanços, balancetes, Demonstração do resultado do exercício, e demais demonstrações que iram variar conforme o tocante da necessidade de sua utilidade.

(28)

Como principais funções da contabilidade podemos destacar, seguindo uma ordem lógica, a coleta de documentos, a classificação dos documentos, os registros contábeis como entrada de informações, o acumulo de concomitantes e sucessivos registros de todos os fatos, e a saída de informações a partir dos variados relatórios e demonstrações contábeis existentes.

Já os objetivos da contabilidade assim podem ser destacados: controlar o patrimônio, apurar o resultado das variações no patrimônio, evidencia a situação patrimonial, cumprir normas legais quanto ao negócio da entidade e fornecer dados compilados aos usuários da informação contábil. Barros (2005, p. 17) completa “o objetivo cientifico da contabilidade manifesta-se na correta apresentação do patrimônio e na apreensão e análise das causas das suas mutações;”.

Iudícibus e Marion (2006, p. 53) sobre o objetivo da contabilidade :

O objetivo da contabilidade pode ser estabelecido como sendo o de fornecer informação estruturada de natureza econômica, financeira e, subsidiariamente física, de produtividade e social, aos usuários internos e externos à entidade objeto da contabilidade.

Basso (2011, p. 29) versando sobre os objetivos da contabilidade :

revelam a noção da contabilidade, entendida como o centro de controle do patrimônio da entidade, para onde devem ser canalizados todos os documentos comprobatórios de atos e fatos que tenham provocado variações nos seus elementos, a fim de serem identificados, analisados e avaliados do ponto de vista da legitimidade e legalidade do ato, para então serem processados contabilmente e, por fim, gerar informações sobre a nova posição e resultados patrimoniais.

Ou seja, antes dos documentos serem registrados contabilmente como entrada de informações, os mesmos devem passar por uma verificação para obter legitimidade e ser processado como uma entrada de informação.

2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL

Com o passar do tempo a contabilidade como ciência evoluiu e desenvolveu inúmeras tecnologias gerenciais, uma delas pode se denominar de contabilidade gerencial, onde, usa-se todo conhecimento da ciência contábil desenvolvido ao longo dos anos para criar formas de gerenciar as atividades da empresa, dando

(29)

maior ênfase aos stakeholders, leva-se em conta todo o ambiente exógeno à entidade dando atenção ao macro ambiente e à economia mundial e regional.

Sá, (1977, p. 29) define contabilidade gerencial como ”o conjunto de conhecimentos contábeis organizado para observar o objeto da ciência contábil sob o aspecto administrativo, notadamente sob os da tomada de decisões e política do governo da riqueza aziendal.”

No mesmo Livro Sá (1977, p. 30) segue afirmando:

A contabilidade gerencial tem esta forma objetiva de enfrentar o estudo: procura, reunindo conhecimentos, dar meios para que se trace uma política administrativa, ensejando decisões e possibilitando a ação consciente no governo da riqueza.

Para Warren, Reeve e Fess (2003, p. 3):

As informações da contabilidade gerencial incluem dados históricos e estimados usados pela administração na condução de operações diárias, no planejamento de operações futuras e no desenvolvimento de estratégias de negócios integradas. As Características da contabilidade gerencial são influenciadas pelas variadas necessidades da administração.

Para Iudícibus (1998, p. 21) diz

A contabilidade gerencial, num sentido mais profundo, está voltada única e exclusivamente para a administração da empresa, procurando suprir informações que se “encaixem” de maneira válida e efetiva no modelo decisório do administrador.

Desde modo pode se observar a grande importância não apenas da contabilidade, mas da contabilidade gerencial como forma de apoio à tomada de decisão dentro das organizações, seja orçando, projetando ou antevendo situações.

A contabilidade gerencial, devido a gama de possibilidades e conhecimentos que abrange, pode atuar em diversas áreas do conhecimento, tais como gestão de custos, gestão financeira, controladoria, gestão orçamentária e gestão financeira.

2.3.1 diferença entre contabilidade gerencial e contabilidade financeira

Com base no quadro 1 de Warren, Reeve e Fess (2003, p. 2) e no artigo de Frezatti, Aguiar e Guerreiro (2007, p. 12,13 e 14) podemos destacar alguns aspectos relevantes que diferenciam a contabilidade financeira da contabilidade gerencial:

(30)

Quadro 1

Diferença entre contabilidade financeira e gerencial

Item Cont. Financeira Cont. Gerencial

Usuários Internos e externos. Internos. Desenvolvimento Conforme princípios

fundamentais de contabilidade.

De acordo com as necessidades gerenciais. Data Periodicamente. Apenas quando necessário e

oportuno.

Amplitude empresarial De toda a empresa. De toda a empresa ou segmentada por setor ou área. Propósito Informar o desempenho de um

período que já aconteceu.

Controle e projeção sobre desempenhos futuros. Natureza da informação Objetiva, auditável, confiável,

precisa, consistente.

Subjetiva, sujeita a juízo de valor.

Tipos de sistema Compulsoriamente usa-se o método das partidas dobradas.

Varia de acordo com a finalidade e como se quer

trabalhar os dados. Unidade de mensuração Moeda local. Varia conforme o relatório que

esta sendo desenvolvido. Espécie e forma de relatórios BP, DRE, DLPA, DFC e DVA. Orçamentos, projeções,

relatórios de desempenho, relatórios de custos. Fonte: Elaborado pelo autor com base em Warren, Reeve e Fess 2003 e Frezatti, Aguiar e Guerreiro 2007

2.4 METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE VIABILIDADE

Sendo o mercado cada vez mais globalizado, e cheio de fatores que podem interferir nos projetos realizados, é primordial o uso das técnicas de análise de viabilidade para ter a certeza de que a tomada de decisão pelo desenvolvimento do projeto esta sendo a alternativa mais certa para ocasião ou não. Segundo Casarroto e Kopttike( 1996, p. 104) “Somente um estudo econômico pode confirmar a viabilidade de projetos tecnicamente corretos.”.

Para Gitman (2010, p. 9):

Os administradores financeiros precisam entender o arcabouço da economia e estar alertas para as conseqüências de níveis variáveis da atividade econômica [...] Também precisam saber usar as teorias econômicas como diretrizes para uma operação eficiente da empresa.

A análise de viabilidade por vezes também poderá demonstrar pontos que podem afetar negativamente o projeto, mas que não o inviabilizam completamente,

(31)

facilitando assim a concentração de esforços e recursos para sanar pontualmente o problema localizado.

Neste tópico foram tratados os métodos de análise de investimento sendo usado a demonstração de resultado do exercício como demonstração contábil e a projeção de fluxo de caixa como demonstração financeira, ainda foi abordado os métodos de avaliação da viabilidade mais comumente usados pela administração financeira que são denominados: Fluxo de taxa interna de retorno (TIR), Taxa mínima de atratividade (TMA), Valor presente liquido (VPL), período de payback, Valor atual uniforme equivalente (VAUE), índice de rentabilidade e índice de lucratividade.

2.4.1 Demonstração de Resultado do Exercício

A demonstração do resultado do exercício (DRE) é um relatório contábil que apresenta de forma sintética e vertical o resultado final de um período pré-determinado relativo às operações realizadas pela empresa. Esse resultado é obtido através do confronto das receitas com os custos e despesas, evidenciando, se no período em questão, a empresa foi lucrativa, quando as receitas são maiores que os custos e as despesas, ou se a empresa apresentou prejuízo, quando as receitas são inferiores aos custos e despesas.

Para Wareen et al (2009, p. 24) “A demonstração do resultado do exercício apresenta as receitas e despesas em dado período com base no conceito de confrontação da receita e despesa.”

È elaborada anualmente para fins legais de divulgação; Trimestralmente para fins fiscais, e, na maioria das vezes, mensalmente para fins gerenciais com o intuito de acompanhar a situação da empresa.

Consoante NBC T-3, no seu item 3.3 a demonstração do resultado do exercício compreenderá:

a) as receitas e os ganhos do período, independentemente de seu recebimento;

b) os custos, despesas, encargos e perdas pagos ou incorridos, correspondentes a esses ganhos e receitas.

A compensação de receitas, custos e despesas é vedada.

(32)

a) as receitas decorrentes da exploração das atividades-fins;

b) os impostos incidentes sobre as operações, os abatimentos, as devoluções e os cancelamentos;

c) os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviços prestados; d) o resultado bruto do período;

e) os ganhos e perdas operacionais;

f) as despesas administrativas, com vendas, financeiras e outras e as receitas financeiras;

g) o resultado operacional;

h) as receitas e despesas e os ganhos e perdas não decorrentes das atividades-fins;

i) o resultado antes das participações e dos impostos;

j) as provisões para impostos e contribuições sobre o resultado; l) as participações no resultado;

m) o resultado líquido do período.

Abaixo modelo de demonstração do resultado do exercício: Quadro 2

Modelo de DRE

ITEM VALOR

1 RECEITA OPERACIONAL BRUTA

Vendas

Servições

2 DEDUÇÕES DA RECEITA OP. BRUTA

impostos

Devoluções

3 RECEITA OP. LIQUIDA (1-2)

4 CUSTOS

materias

Serviços

5 LUCRO OP. BRUTO ( 3-4)

6 DESPESAS OPERACIONAIS

despesas com vendas

despesas financeiras

7 OUTRAS DESPESAS E RECEITAS OP.

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Despesas

8 RESULTADO OP LIQUIDO (5-6+/-7)

9 RESULTADO NÃO OPERACIONAL

Receitas

Despesas

10 RESULTADO ANTES DO IR (8 +/-9 +/-10)

11 PROVISÃO PARA IR E C. SOCIAL

12 PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES Debêntures Administradores 13

RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO

(11-12-13)

14 RESULTADO LIQUIDO POR AÇÃO Fonte: Elaborado pelo autor com base em Basso, 2011

Para Basso (2011, p. 306) “Concebida para demonstrar a formação do resultado final do exercício [...] a DRE está estruturada de forma a evidenciar as diversas fases do resultado.”

Deste modo como podemos observar a demonstração do resultado do exercício evidencia a formação do lucro, ou prejuízo, de forma clara e concisa, evidenciando receita, custo e despesa, ate chegar ao resultado final, seja lucro ou prejuízo.

2.4.2 Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa representa as entradas e saídas de valores do caixa referente a um determinado projeto em um determinado tempo. É uma ferramenta muito importante para analisar a viabilidade de um projeto, pois demonstra de maneira clara, simples e objetiva o comportamento da liquidez de determinado projeto, ou seja, denota as disponibilidades de caixa e a maneira como se comportam as entradas e saídas do mesmo.

(34)

Os fluxos de caixa, tidos como o sangue que corre pelas veias da empresa, são o foco principal do gestor financeiro, seja na gestão das finanças rotineiras, seja no planejamento e tomada de decisões a respeito da criação de valor para o acionista.

Para Azevedo (2009, p. 21):

Por meio do controle do fluxo de caixa e seu equivalente, a entidade poderá se programar para efetuar suas compras e gastos, bem como também ajudará a elaborar os vencimentos de suas futuras dívidas para datas em que provavelmente terá caixa a fim de evitar os descontos de duplicatas, contratação de empréstimos, juros por atraso etc.

Para Barreto (2008, p. 1) “Dentre os instrumentos de grande relevância na chamada gestão financeira, ou na administração de um modo geral, há que se destacar o Fluxo de Caixa”.

O fluxo de caixa incremental representa as variações do fluxo de caixa da empresa a partir da projeção dos reflexos de um determinado investimento, levando em conta as variações nos fluxos de caixa relevantes que participam desse projeto de investimento.

Para Gitman (2010, p. 329):

Para avaliar alternativas de investimento de capital, a empresa deve determinar os fluxos de caixa relevantes, que são a saída de caixa incremental (investimento) e as entradas resultantes e subseqüentes. Os fluxos de caixa incrementais representam os fluxos de caixa adicionais – saídas ou entradas – que se espera obter de uma proposta de investimento de capital.

Denota então a importância da realização da análise de qualquer investimento a partir do fluxo de caixa incremental, uma vez que ele demonstrará de forma objetiva e projetada como ficará o fluxo de caixa da empresa após a aceitação de determinado projeto, facilitando assim a tomada de decisão por aceitar ou não a realização do mesmo.

2.4.3 Taxa Interna de Retorno – TIR

A taxa interna de retorno representa a rentabilidade gerada por determinado projeto, ou seja, representa uma taxa de juros que caso o capital investido tivesse sido aplicado nesta mesma taxa, obter-se-ia então a mesma rentabilidade.

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Para Hirshfeld (1993, p. 181) “Taxa interna de retorno ou simplesmente taxa de retorno é a taxa de juros resultante do empreendimento analisado.”.

Para Buarque (1984, p. 150) “A TIR serve para comparar diferentes projetos entre si, e para compará-los com a rentabilidade geral possível na economia. Essa rentabilidade geral é o custo de oportunidade de capital.”

Para Warren , Reeve e Fess (2003, p. 360) “A principal vantagem [...] é que o valor presente dos fluxos de caixa líquidos, em relação a vida útil da proposta, é considerado”. E seguem afirmando “determinando uma taxa de retorno para cada proposta, comparam-se todas as propostas utilizando-se um parâmetro comum.”

A formula para TIR pode ser expressa como :

A TIR deve ser comparada com a Taxa mínima de atratividade -TMA, caso a TIR seja maior que a TMA então é interessante investir no projeto pois irá remunerar mais que o valor mínimo desejado, caso seja igual ao TMA indifere onde aplicar pois irá trazer a mesma remuneração e caso seja menor que a TMA o investimento não mostra-se economicamente atrativos pois terá outras opções no mercado que trarão um retorno maior para o investimento.

2.4.4 Taxa Mínima de Atratividade - TMA

A taxa mínima de retorno representa a taxa de juros que serve como padrão comparativo entre a rentabilidade de projetos e investimentos com grau de risco equivalente ao que se deseja aplicar. Ela deve representar o valor mínimo que o recurso poderá render-lhe caso aplicado nela. Para um negocio ser atrativo ao investidor ele deve render mais que a taxa mínima de atratividade estipulada.

Para Ferreira (2010, p. 1):

A taxa que identificaremos como TMA representa o mínimo que um investidor se propõe a ganhar quando faz um investimento, ou o máximo que um tomador de dinheiro se propõe a pagar quando faz um financiamento. Ela é formada basicamente a partir de três componentes, que fazem parte do denominado “cenário administrativo”, ou do cenário para tomada de decisão, são eles : o custo de oportunidade; o risco do negócio; e a liquidez do negócio.

(36)

Portanto são três os fatores levados em conta no momento da formação da TMA, o primeiro o custo de oportunidade, onde se leva em conta as remunerações auferidas em outras alternativas excluindo as analisadas, como exemplo a poupança ou um fundo de investimentos. Pois não é indicado investir em um negocio que renda menos que os atuais já disponíveis no mercado.

O segundo fator é o risco do negocio, quanto mais ariscado o negocio no tocante do retorno do investimento maior deve ser a TMA, como exemplo pode-se citar um cenário onde há poucos concorrentes, se domina a tecnologia e se tem grande aceitação por parte dos clientes, ao certo que essa situação apresenta um risco pequeno o que influenciará em uma tendência de diminuição da TMA, entretanto a recíproca é verdadeira. Para mensurar esse valor deve-se procurar ao máximo o maior conhecimento do mercado ou da situação em que se esta investindo.

O terceiro é a liquidez do negócio, entendendo que liquidez é a capacidade de gerar caixa. A maioria dos investimentos se tem um retorno ao longo dos anos, portanto, na sua maioria, periodicamente ao longo do tempo recebe-se apenas uma parte do montante total investido. Como exemplo pode-se comparar o dinheiro aplicado no banco, onde a liquidez desse dinheiro é imediata, necessitando apenas o saque. Porem num investimento de construção imobiliária para alugueis, o valor será recebido apenas em parcelas desse investimento durante um longo período.

Esses três fatores devem ser sempre levados em consideração no momento da definição da TMA para cada análise de investimentos. Ressalta-se que não existe uma TMA padrão, mas sim existe a TMA mais adequada para cada situação. Entretanto pode-se ressaltar que a maioria das TMA flutuam entre o valor da poupança, aproximadamente 6% a.a e 25% a.a, onde situações com pouco risco e pouco necessidade de liquidez estão mais perto dos 6% e situações com alto risco e alta necessidade de liquides estão mais próximos dos 25%.

2.4.5 Valor Presente Líquido – VPL

O valor presente liquido, também conhecido como valor atual liquido (VAL), é encontrado a partir da subtração do investimento inicial de um projeto com os fluxos de caixa em seu valor presente, descontados a uma determinada taxa de juros, a

(37)

TMA, taxa mínima de atratividade. Ou seja, representam quanto os valores futuros estão valendo hoje, levando sempre em conta o valor do dinheiro no tempo.

Para Warren, Reeve e Fess (2003, p. 356) versando sobre o método VPL “analisa as propostas de investimento de capital comparando o investimento de caixa inicial e o valor presente dos fluxos de caixa líquidos.”

A formula do VPL pode ser expressa como :

Para Hirschfeld (1993, p. 171):

Valor presente liquido é a representação de um saldo hipotético(positivo, nulo ou negativo) dos valores envolvidos no empreendimento, transladados equivalentemente para o instante inicial e comparados, no mesmo instante, com uma aplicação financeira em que os mesmos valores são aplicados à taxa mínima de atratividade, durante um prazo igual à vida útil do empreendimento.

Para Gitman (2010, p. 369):

Como o valor presente liquido (VPL) considera explicitamente o valor do dinheiro no tempo, é considerado uma técnica sofisticada de orçamento de capital.[...]. Consiste no retorno mínimo que um projeto precisa proporcionar para manter inalterado o valor de mercado da empresa.

Portanto quando o valor presente líquido for maior que zero, deve-se aceitar o projeto, pois comparado os valores do investimento com o valor do retorno em datas iguais, que neste caso é a data presente, e levando em conta a taxa mínima de atratividade, o valor do retorno do investimento supera o valor investido, demonstrado assim ser um bom negócio.

Entretanto, quando o valor presente líquido for negativo, deve-se recusar o projeto, pois ele demonstra dar um retorno menor que a taxa mínima de atratividade estipulada para esta análise.

2.4.6 Período de Payback

O Payback concisamente pode ser descrito como sendo o período de tempo necessário para que um projeto de investimento tenha seu valor integralmente recuperado. Pode-se dividir o método payback em simples e descontado.

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Para Gitman (2010, p. 366) ”O período de payback é o tempo necessário para que a empresa recupere o investimento inicial em um projeto, calculado a partir das entradas de caixa.”

Já Warren, Reeve e Fess (2003, p. 352) afirmam “é amplamente utilizado na avaliação de propostas de investimentos em novos projetos.”

O método Payback simples não considera o valor do dinheiro no tempo, portanto o valor das entradas de fluxo de caixa no calculo do payback simples continuam com seu valor original.

Hirschfeld (1993, p. 169) afirma sobre o método payback simples : “é o prazo em que se recupera o investimento realizado, considerando ser nula a taxa de juros”.Ou seja, o método payback simples não considera a taxa mínima de atratividade em seu calculo.

Outrora o método payback descontado difere do payback simples no que tange a considerar o valor do dinheiro no tempo, ou seja, leva em conta a taxa mínima de atratividade para seu calculo de prazo de retorno.

Para Hirschfeld (1993, p. 169) “é o prazo em que se recupera o investimento realizado, considerando-se todos os elementos integrantes do fluxo de caixa sujeitos a uma taxa de juros igual à taxa mínima de atratividade.”

Ao invés de considerar os valores originais dos fluxos de caixa, o método payback descontado, primeiramente traz os valores dos fluxos futuros ao valor presente levando em conta a taxa mínima de atratividade. O que, com certeza acarretará que o prazo do payback descontado sempre seja maior que o prazo do payback simples.

2.4.7 Valor Atual Uniforme Equivalente – VAUE

Basicamente consiste em identificar uma série uniforme equivalente ao fluxo de caixa levando em conta a taxa mínima de atratividade. Se for usada para comparar dois ou mais investimentos deve-se aceitar sempre o que tiver o valor atual uniforme equivalente maior, ou, se usado em relação de custos deve-se aceitar sempre o menor.

Para Borba (2011, p. 1) “Consiste em achar uma série uniforme anual equivalente (pela TMA) ao fluxo de caixa do investimento”.

Referências

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