VIROSES EM AVES
ANEMIA INFECCIOSA DAS GALINHAS
• Atualmente o vírus é denominado vírus da anemia das galinhas;
ANEMIA INFECCIOSA DAS GALINHAS
• ETIOLOGIA
• Circovírus da família Circoviridae
• Alta resistência
• Único hospedeiro são as galinhas.
• Mortalidade varia de 2 a 20% e morbidade chega a 100%
ANEMIA INFECCIOSA DAS GALINHAS
• INCIDÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO
• Em todas as áreas de produção de galinhas no mundo; • No Brasil a presença de lotes positivos tem sido descrita
por vários autores;
ANEMIA INFECCIOSA DAS GALINHAS
• CARACTERIZA-SE • Anemia
• Aplasia de medula óssea
• Atrofia generalizada de órgãos linfóides
• Retardo no crescimento e imunossupressão
• Normalmente causa enfermidade em aves de 2 a 4 semanas (desaparecem anticorpos maternos)
ANEMIA INFECCIOSA DAS GALINHAS
• IMPORTÂNCIA ECONOMICA • Causa imunossupressão
• Diminui em 3,5% o peso corporal
• Aumenta em 2,5% a mortalidade do lote • Piora de 2% em conversão alimentar
ANEMIA INFECCIOSA DAS GALINHAS
• EPIDEMIOLOGIA
• Galinha é o hospedeiro natural;
• Acomete todas as idades (susceptibilidade é maior nas primeiras três semanas de vida);
• Aves com mais de 2 semanas desenvolvem infecção subclínica.
ANEMIA INFECCIOSA DAS GALINHAS
• TRANSMISSÃO
• Matrizes adultas não desenvolvem a doença, mas quando infectadas, transmitem o vírus a progênie;
• Contato direto ou indireto, instalações contaminadas, fômites, sendo a via oral a mais importante;
• A disseminação do vírus se dá principalmente através das fezes.
• Vírus causa a morte de células do sistema hematopoiético
ANEMIA INFECCIOSA DAS GALINHAS
• SINAIS CLÍNICOS
• Redução dos valores de hematócrito
• Aves pálidas e com desenvolvimento retardado • Sinais clínicos associados à infecção secundária
• Ocorre trombocitopenia e isso pode aumentar o Aparecimento de hemorragias (ponta da asa, face interna da coxa)
ANEMIA INFECCIOSA DAS GALINHAS
• IMPORTANTE
• O comprometimento do sistema imune aumenta a predisposição a infecções oportunistas.
• Imunodepressão gerada pela anemia causando perda de eficiência de outras vacinas (marek, newcastle, bronquite infecciosa)
ANEMIA INFECCIOSA DAS GALINHAS
• IMUNIDADE
• Anticorpos são a melhor arma;
• Os anticorpos passivos transferidos se mantêm na progênie por até três semanas.
• Passado este periodo as aves ficam suscetíveis desenvolvendo um quadro subclínico e subsequente imunidade ativa contra o vírus;
ANEMIA INFECCIOSA DAS GALINHAS
• IMUNIDADE
• Presença de anticorpos contra o vírus em frangos de corte em idade de abate é um diagnóstico de infecção subclínica
ANEMIA INFECCIOSA DAS GALINHAS
• DIAGNÓSTICO
• ELISA
• Isolamento viral • PCR
ANEMIA INFECCIOSA DAS GALINHAS
• DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Gumboro; • Micotoxinas;
ANEMIA INFECCIOSA DAS GALINHAS
• TRATAMENTO E PREVENÇÃO • Tratamento não há
• Medidas de higiene;
• Boa desinfecção de instalações e equipamentos; • Vacinação de matrizes;
• Rotina de análise sorológica de matrizes;
• Diminuir possíveis fontes causadoras de stress;
• Implementar medidas rigorosas de biosseguridade em toda a granja e incubatórios.
MAREK
• INTRODUÇÃO
• É uma enfermidade com características neoplásicas de origem viral que afeta aves jovens,
• Caracterizando-se pela presença de tumores que podem ser encontrados:
• Nas vísceras das aves (Marek visceral),
• No sistema nervoso central e periférico (Marek neural), • Na pele (Marek cutânea)
MAREK
• ETIOLOGIA
• Herpesvírus (oncogênico)
• CARACTERÍSTICAS DO AGENTE • Há 03 sorotipos
• Sorotipo 1: virulento e oncogênico.
• Sorotipo 2: não virulento e não oncogênico;
• -Sorotipo 3: não virulento, encontrado em perus e é utilizado como vacina para o sorotipo 1.
MAREK
• EPIDEMIOLOGIA
• Geralmente afeta galinhas mas há relatos em outras espécies (perus, codornas e faisões);
• Afeta galinhas entre 2 e 16 semanas de vida; • Gera condenação da carcaça ao abate;
• Não é zoonose;
• Quando o lote é vacinado tem-se baixa mortalidade e quando não é vacinado verifica-se alta mortalidade;
MAREK
• TRANSMISSÃO
• Direto (descamação epitelial ou fezes) ou indireto (cascudinho e aerossóis).
• Incubatório não é fonte de contaminação ou disseminação do agente
MAREK
• PATOGENIA
• Há a penetração do vírus no organismo e este infecta principalmente linfócitos T.
• Os linfócitos T infectados multiplicam-se desordenadamente com transformação neoplásica e assim há a formação de tumores em diferentes locais do organismo.
MAREK
• PATOGENIA
• O desenvolvimento do vírus está associado ao crescimento das células e está presente no folículo da pena o qual depois pode ser disseminado para o ambiente.
• Há a formação de nódulos nos folículos das penas que causam perdas devido a condenação da carcaça ao abate.
MAREK
• FORMAS DE APRESENTAÇÃO
• Visceral: verifica-se atrofia da Bursa e pode ter alta mortalidade. Pode-se observar tumores em outros órgãos como coração, ovário, fígado e pulmão.
• Nervosa: afeta nervos como o ciático, cervicais e vago, geralmente unilateralmente.
• Cutânea: observa-se nódulos nos folículos das penas. • Ocular: pouco frequente.
MAREK
• SINAIS CLÍNICOS
• Visceral: depressão, caquexia, diarreia esverdeada e mortalidade
• Nervosa: dificuldade de locomoção, torcicolo (lesão de nervos cervicais), claudicação, paralisia (lesão de nervo ciático) e sinais respiratório e papo penduloso (lesão de nervo vago).
• Cutânea: tumores localizados na inserção das penas observados depois da depenagem.
MAREK
• LESÕES
• Visceral: presença de tumores em diferentes órgãos como coração, baço, fígado, timo, pâncreas, rim, ovário, proventrículo e mesentério.
• Nervosa: lesões em nervos periféricos como o ciático, vago (papo penduloso) e plexo braquial (asa caída).
• Cutânea: tumores na pele (na inserção da pena) • Ocular: verifica-se infiltração na íris.
MAREK
• DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Leucose linfoide e mielóide.
• Marek afeta linfócitos T e em casos esporádicos em jovens.
• Leucose afeta linfócitos B e geralmente aves mais velhas.
• Na histopatologia pode-se diferenciar a localização dos tumores.
MAREK
• TRATAMENTO
MAREK
• CONTROLE E PREVENÇÃO
• Vacina contra Marek é a mais utilizada.
• A vacina é feita em dose única em pintos de um dia ou em embriões de 18 dias.
LEUCOSE
• INTRODUÇÃO
• Enfermidade viral de galinhas adultas com características neoplásicas em vários órgãos e tecidos.
LEUCOSE
• ETIOLOGIA
LEUCOSE
• CARACTERÍSTICAS DO AGENTE
• São subdivididos em 10 subgrupos que podem ser endógenos ou exógenos;
• Endógenos (apatogênicos): subgrupo E. Integram ou inserem seu material genético no DNA das células hospedeira. O subgrupo E não está relacionado com a formação de tumores.
• Exógenos (patogênicos): subgrupos A, B, C, D e J. Não integra seu material genético ao DNA e estão relacionados a formação de tumores.
LEUCOSE
• CARACTERÍSTICAS DO AGENTE • Subgrupo A é o principal.
• Subgrupo J atinge jovens e causa leucose mielóide – tumores da linha mielomonocítica da medula óssea (diferentemente dos outros que causam leucose linfoide);
LEUCOSE
• PATOGENIA
• O vírus afeta linfócitos B, e assim há alteração na produção.
• As células infectadas (linfócitos B) são transformadas gradualmente em células neoplásicas, as quais migram para colonizar outros órgãos, produzindo tumores de diversos tipos.
LEUCOSE
• TRANSMISSÃO
• Horizontal: geralmente pelas fezes.
• Vertical: mais importante. E após nascimento os pintos infectam os demais.
LEUCOSE
• SINAIS CLÍNICOS
• Semelhantes à Marek.
• Tem-se distensão da cavidade abdominal (presença de inúmeros tumores), dificuldade de locomoção, diminuição da produção de ovos, prostração, crista pálida, diarreia esverdeada (fase terminal), caquexia e morte
LEUCOSE
• LESÕES
• Verifica-se tumores nodulares ou difusos em vários órgãos como: fígado, baço, rim, oviduto, Bursa (subgrupo J geralmente não tem lesão em Bursa), coração e pulmão.
LEUCOSE
• DIAGNÓSTICO • Histopatologia; • PCR • ELISA • Isolamento do vírusLEUCOSE
• TRATAMENTO NÃO HÁ • CONTROLE E PREVENÇÃO • Sacrifício das aves positivas;
• Não há vacinas, pois há diferentes subgrupos e imunidade cruzada não é eficiente.
• Selecionar avós e matrizes (devido a transmissão vertical).