“O regime educativo especial consiste na adaptação das condições em que se processa o ensino-aprendizagem dos alunos com necessidades educativas especiais. Essas adaptações podem revestir as seguintes formas: equipamentos especiais de compensação; adaptações materiais; condições especiais de matrícula; adequação na organização de classes ou turmas; apoio pedagógico acrescido; ensino especial.
Estas medidas são de aplicação individualizada, podendo a mesma criança beneficiar de uma ou mais medidas em simultâneo.
As crianças com necessidades educativas especiais de idade inferior a cinco anos têm prioridade na frequência dos jardins de infância, podendo escolher o estabelecimento de educação pré-escolar mais adequado, independentemente da sua residência. (cont.)
A estas crianças é assegurada a permanência no estabelecimento de educação pré-escolar até ao ingresso no ensino básico, podendo ser autorizadas a ingressar no ensino básico um ano mais tarde do que é obrigatório, mediante pedido apresentado pelo encarregado de educação. Compete ao educador de infância identificar as crianças com necessidades educativas especiais, informando o coordenador de núcleo, o qual promove a reunião do núcleo para análise da situação do aluno e formulação de propostas de actuação a apresentar ao órgão de administração e gestão propostas de actuação a apresentar ao órgão de administração e gestão do estabelecimento; na reunião do núcleo participa o professor de educação especial, devendo os serviços de psicologia e orientação elaborar a proposta de plano educativo individual.
Os alunos que se beneficiem de programas de educação especial durante a frequência da educação pré-escolar devem fazer-se acompanhar do plano educativo individual aquando da sua matrícula no 1º ciclo do ensino básico.” (in http://www.oei.es/quipu/portugal/preescolar.pdf)
“O MEM propõe-se construir, através da acção dos professores que o integram, a formação democrática e o desenvolvimento sócio-moral dos educandos com quem trabalham, assegurando a sua plena participação na gestão do currículo escolar. Assim, os educandos responsabilizam-se por colaborarem com os professores no planeamento das actividades curriculares, por se interajudarem nas aprendizagens que decorrem de projectos de estudo, de investigação e de intervenção e por participarem na sua avaliação.
Esta avaliação assenta numa negociação cooperada dos juízos de apreciação e do controlo dos objectivos assumidos nos planos curriculares colectivos e nos planos individuais de trabalho e de outros mapas e listas de verificação do trabalho de individuais de trabalho e de outros mapas e listas de verificação do trabalho de aprendizagem, que servem para registo e monitoragem do que se contratualizou em Conselho de Cooperação Educativa.
É por esta vivência – pondo à prova os valores humanos que sustentam a justiça, a reciprocidade e a solidariedade – que a organização do trabalho e o exercício do poder partilhados virão a transformar os estudantes e os professores em cidadãos implicados numa organização em democracia directa. Simultaneamente, esta experiência de socialização democrática dos estudantes constitui o sustentáculo do trabalho do currículo nas turmas, entendidas como comunidades de aprendizagem,
num envolvimento cultural motivador.” (in
Segundo a Declaração de Salamanca (in http://www.malhatlantica.pt/ecae-cm/ei.pdf):
•“O princípio fundamental das escolas inclusivas consiste em todos os alunos aprenderem juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentem. Estas escolas devem reconhecer e satisfazer as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação para todos, através de currículos adequados, de uma boa organização escolar, de estratégias pedagógicas, de utilização de recursos e de uma cooperação com as várias comunidades. É preciso, portanto, um conjunto de de uma cooperação com as várias comunidades. É preciso, portanto, um conjunto de apoios e serviços para satisfazer as necessidades especiais dentro da escola.”
•“…as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente das suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem incluir as crianças deficientes ou sobredotadas, as crianças de rua, e as que trabalham, as de populações nómadas ou remontas; as de minorias étnicas e linguísticas e as que pertencem a áreas ou grupos desfavorecidos ou marginalizados.”
Objectivos da Educação Inclusiva
Segundo no texto “Passo a Passo para Uma Nova Escola Inclusiva no País Basco” apresentamos os seguintes objectivos da educação inclusiva:
1. Procurar atingir uma educação que garanta simultaneamente os princípios da “equidade” e da “qualidade.
2. Promover o desenvolvimento de projectos Educativos e Curriculares baseados na inclusão, na equidade e na convivência democrática, envolvendo os professores, os alunos, as famílias e a comunidade social em que a escola se insere.
3. Desenvolver uma escola para todos em que o sistema de apoios, sejam eles internos ou externos à escola, aumente a sua competência para uma resposta eficaz à diversidade dos alunos. 4. Promover a participação de todos os alunos nas actividades da sala de aula e do âmbito extra-escolar, de modo a que se tenha em conta o conhecimento e a experiência por estes adquiridos fora da escola.
5. Potenciar os processos de ensino e de aprendizagem numa perspectiva activa, através da mobilização de todos os recursos da escola e da comunidade assim como as oportunidades oferecidas pelas tecnologias de informação e de comunicação. (in
O Movimento da Escola Moderna apresenta uma metodologia
centrada na vida democrática, onde a criança tem a possibilidade de
tomar decisões, de gerir o seu trabalho e a sua investigação.
Assim, é possível acreditar que este seja um bom modelo para
Assim, é possível acreditar que este seja um bom modelo para
desenvolver com crianças com Necessidades Educativas Especiais,
pois permite que tenham o seu próprio tempo de aprendizagem e que
estabeleçam objectivos a cumprir a longo e curto prazo.
Agenda da Semana Mapa do Tempo Lista de Projectos Diário de Turma Mapa de Presenças Mapa de Tarefas Mapa do Tempo
As áreas de actividade permitem que as crianças com Necessidades Educativas Especiais, tenham maior facilidade em ter acesso aos materiais, uma vez que estão ao alcance da criança e arrumados de forma coerente e por área de trabalho.
Quanto aos registos, ajuda a criança a compreender o que a rodeia e a conseguir seguir o seu trabalho, atingindo os objectivos propostos.
O trabalho em grupo também é muito importante do MEM, e este trabalho O trabalho em grupo também é muito importante do MEM, e este trabalho permite que haja a criação de boas relações entre todas as crianças, assim como um sentimento de entreajuda e de partilha.
É importante proporcionar às crianças com NEE inúmeras experiências e vivências que desenvolvam ao máximo os seus pontos fortes e que fortaleçam os seus pontos fracos. Assim:
“A estrutura de organização educativa que concretiza este projecto curricular de vida em comum é o trabalho cooperativo, onde se procura assegurar que cada um atinja a mais elevada consciência de que cada qual só pode alcançar os objectivos de aprendizagem para o seu desenvolvimento cultural e social, na turma ou no grupo, se, e só se, todos os outros conseguirem alcançar os seus. O trabalho de aprendizagem do currículo é, neste contexto, assumido como um contrato social e educativo estabelecido entre alunos e os respectivos professores, para que possam ambas as partes alcançar o maior êxito nesse projecto de trabalho a que têm que corresponder em cooperação.
Os alunos têm, assim, que conhecer e planificar com os professores os programas curriculares que os vinculam no trabalho. É a partir da clarificação deste compromisso que decorre a gestão cooperada do currículo.”(http://www.movimentoescolamoderna.pt/documentos_ilustrativos/me m/MEM-2.pdf)
É importante que os educadores reflictam sobre a melhor
metodologia a adoptar para trabalhar não só com crianças com
Necessidades Educativas Especiais, mas com todas as crianças.
O Movimento da Escola Moderna oferece a hipótese de uma
aprendizagem democrática, centrada na criança, no seu ritmo. É um
modelo muito completo, que trabalha todas as áreas e desenvolve na
criança, não só competências académicas como sociais e humanas,
porque o trabalho em grupo e de cooperação é muito trabalhado neste
modelo.
É necessário proporcionar às nossas crianças momentos de
É necessário proporcionar às nossas crianças momentos de
partilha, de diálogo, de interacção, para que as crianças aprendam a
viver em sociedade.
Para as crianças com NEE este modelo oferece um mundo de
portas abertas, para que a criança o possa descobrir ao seu ritmo e
com a ajuda dos colegas.
O MEM é o modelo mais indicado para trabalhar com crianças
com Necessidades Educativas Especiais.
“Sou criança dizem eles Nem sempre devo opinar Tenho de fazer os deveres Perco o tempo de brincar Sou criança tão ladina
Sempre a perguntar porquê Sou uma criança rabina
Se faço birra e resisto Levo logo um sermão! Sou criança e sou feliz, Muitos me sabem amar Agora sendo petiz,
Sei rir, crescer e cantar! Sou criança, eu sei bem Sou uma criança rabina
Que quer tudo o que vê! Acho o mundo tão gigante Tão maior que a minha rua Tantos países distantes Fica mais perto a lua? Às vezes não gosto disto E daquilo também não
Sou criança, eu sei bem
Mas isso é mesmo conforme Porque em dias que convém: "- Porta-te bem! Estás enorme!"