4ª Secretaria do Cível de Maringá
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ
0000371-72.2012.8.16.0017
Processo
Classe Processual:
Assunto Principal:
Data de Autuação:
Data Distribuição:
Tipo Distribuição:
Público
172 - Embargos à Execução
9518 - Efeito Suspensivo / Impugnação / Embargos à Execução
12/01/2012
Distribuição por Dependência
10/01/2012
Situação:
Comarca:
Maringá
Parte(s) do Processo
Nome:
Tipo:
Promovente
DOROTEIA FÁTIMA PELISSARI DE PAULA SOARES
Data de Nascimento:
Não cadastrada
RG:
Não cadastrado
CPF/CNPJ: 507.453.529-87
Filiação:
/
Advogado(s) da Parte
15517NPR
Luiz Carlos Sanches
Nome:
Tipo:
Promovente
GONÇALO MARIA DE VASCONCELOS PESSANHA DE PAULA SOARES
Data de Nascimento:
Não cadastrada
RG:
Não cadastrado
CPF/CNPJ: 331.073.519-20
Filiação:
/
Advogado(s) da Parte
15517NPR
Luiz Carlos Sanches
Nome:
Tipo:
Promovido
PETROBRAS DISTRIBUIDORA S/A
Data de Nascimento:
Não cadastrada
RG:
Não cadastrado
CPF/CNPJ: 34.274.233/0001-02
4/15/12 8:59 PM
Página 1Av. Brasil, nº 3746, salas nºs 204/205 e 216, tel/fax nº (44) 3226 4145 – Maringá - PR L u i z C a r l o s S a n c h e s R u b i a R o n c o l a t o d a S i l v a
- ADVOGADOS -
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito
da 4ª Vara Cível da Comarca de
M
A R I N G Á
,
Estado do Paraná:
Distribuição por Dependência — Autos 831/2004 —
GONÇALO MARIA DE VASCONCELOS
PESSANHA DE PAULA SOARES e DOROTEIA FÁTIMA PELISSARI
DE PAULA SOARES, casados entre si, ele brasileiro naturalizado,
engenheiro civil, inscrito no CPF/MF sob n° 331.073.519-20, ela brasileira,
professora, inscrita no CPF/MF sob n° 507.453.529-87, residentes e
domiciliados na Rua Monte Carlo, nº 385, na cidade e Comarca de Maringá,
Estado do Paraná, por seus procuradores judiciais adiante assinados,
advogados devidamente inscritos na OAB/PR, sob n° 15.517 e 25.745, com
escritório profissional situado na Avenida Brasil, 3746, salas 204/205 e 216,
na cidade de Maringá, Estado do Paraná, onde recebem intimações, vem, mui
respeitosamente perante Vossa Excelência, apresentar
E M B A R G O S À E X E C U Ç Ã O
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 2
« 2 »
Av. Brasil, nº 3746, salas nºs 204/205 e 216, tel/fax nº (44) 3226 4145 – Maringá - PR L u i z C a r l o s S a n c h e s R u b i a R o n c o l a t o d a S i l v a
- ADVOGADOS -
Em face de:
PETROBRÁS DISTRIBUIDORA S/A.,
sociedade de economia mista, inscrita no CNPJ sob n° 34.274.233/0001-02,
com sede na Rua General Canabarro, nº 500, 11º andar, na cidade do Rio de
Janeiro-RJ, com filial na Rua José Loureiro, nº 603, 7º andar, na cidade de
Curitiba, Estado do Paraná, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir
delineados.
A — SITUAÇÃO FÁTICA
A Embargada maneja o processo de execução ora
embargado, com fincas na documentação de fls. 34/111 (autos de execução),
em especial nos boletos e encaminhamento de duplicatas à protesto, sacadas
contra a empresa CONSTRUERE ENGENHARIA DE OBRAS LTDA, para
percebimento da importância de R$ 333.748,44 (trezentos e trinta e três mil
setecentos e quarenta e oito mil e quarenta e quatro centavos).
A
embargada
endereça
também
à
pretensão
de
recebimento aos Embargantes, argumentando se tratarem de fiadores das
operações mercantis que deram azo ao saque das duplicatas.
A cobrança em face dos embargantes não procede, como
será demonstrado no curso desta exposição.
B — SITUAÇÃO JURÍDICA
I
-
D
A
T
EMPESTIVIDADE DOS
E
MBARGOS
:
A Execução ora embargada foi distribuída em
setembro de 2004, quando a interposição de embargos por parte dos Executados
dependia da efetiva segurança do Juízo pela penhora.
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 3
« 3 »
Av. Brasil, nº 3746, salas nºs 204/205 e 216, tel/fax nº (44) 3226 4145 – Maringá - PR L u i z C a r l o s S a n c h e s R u b i a R o n c o l a t o d a S i l v a
- ADVOGADOS -
Com o advento da Lei nº 11.382/2006, tal
sistemática foi alterada, o que exige a oposição no prazo de quinze dias contados,
em regra, da juntada aos autos do mandado de citação devidamente cumprido.
Entendem os Embargantes que por força do
princípio de que tempus regit actum, o prazo para embargarem somente se
contaria da intimação de eventual penhora.
No entanto, há recentes decisões em sentido
diverso, determinando a aplicação imediata da nova sistemática:
A Lei n. 11.382/2006, com vigência a partir de 21/01/2007, aplica-se às execuções
já iniciadas, sendo que, nessa hipótese, o prazo para embargar conta-se a partir de
21/01/2007. II. Tendo ocorrido a citação do devedor sob a égide da Lei Processual
anterior, ainda que não tenha havido penhora, o termo inicial do prazo de 15 dias para
a oposição dos embargos corresponderá à data de início de vigência da nova
sistemática processual. III. Negou-se provimento ao recurso. (TJDF; Rec.
2009.01.1.188246-9; Ac. 502.567; Sexta Turma Cível; Rel. Des. José Divino de Oliveira;
DJDFTE 13/05/2011; Pág. 174).
Diante do exposto, por absoluto dever de
cautela, os Embargantes fazem sua oposição neste ato, mesmo antes de terem
sido penhorados seus bens ou de intimados das penhoras anteriormente
efetivadas no curso da execução.
Rogam os Executados, no entanto, em sendo
outro o entendimento desse d. Juízo de Direito, que não sejam extintos estes
autos, mas tão somente suspenso o seu recebimento até que se dê a garantia antes
referida por força da ocorrência de eventual penhora.
II
-
D
A
P
RESCRIÇÃO DA
P
RETENSÃO DE
E
XECUÇÃO EM
R
ELAÇÃO AOS
E
MBARGANTES
:
A pretensão executória encontra fundamento
em duplicatas sacadas pela Embargada em face da co-executada Construere
Engenharia de Obras Ltda, vencidas, segundo a documentação carreada com a
inicial executória, entre 11 de janeiro a 17 de fevereiro do ano de 2002.
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 4
« 4 »
Av. Brasil, nº 3746, salas nºs 204/205 e 216, tel/fax nº (44) 3226 4145 – Maringá - PR L u i z C a r l o s S a n c h e s R u b i a R o n c o l a t o d a S i l v a
- ADVOGADOS -
Em que pese ter sido a Execução embargada
proposta em 24 de setembro de 2004 [fls. 2-vº], diante da falta de recolhimento
das custas destinadas a realização do ato citatório, a citação dos executados
ocorreu somente em 22 de março de 2005,
conforme certificado pelo Sr. Oficial
de Justiça no verso do mandado de fls. 159vº.
Dispõe o art. 219, do CPC:
“A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa;
e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e
interrompe a prescrição.
§ 1º. A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da ação.
§ 2º. Incumbe à parte promover a citação do réu nos 10 (dez) dias subseqüentes
ao despacho que a ordenar, não ficando prejudicada pela demora imputável
exclusivamente ao serviço judiciário.
§ 3º. Não sendo citado o réu, o juiz prorrogará o prazo até o máximo de 90
(noventa) dias.
§ 4º. Não se efetuando a citação nos prazos mencionados nos parágrafos
antecedentes, haver-se-á por não interrompida a prescrição.
Destarte, entre a data da distribuição e a
citação dos Executados, em face da falta de recolhimento dos valores atinentes a
realização do ato citatório, passaram-se seis meses. Logo, os efeitos da citação não
retroagiram a data da distribuição, nos termos dos §§ 1º, 2º e 3º, do art. 219, do
CPC, operando-se a prescrição a que alude o § 4º, do citado dispositivo legal,
circunstância que, de seu turno, demanda a extinção da execução embargada,
providência que desde logo se requer.
III
-
D
A
P
RESCRIÇÃO
I
NTERCORRENTE
:
Não bastassem os argumentos expendidos
no tópico anterior, tem-se que após a citação, ocorrida em 22 de março de
2005, os ora Embargantes nunca mais foram cientificados de qualquer ato
processual, sequer da penhora processada nos autos (vide termo de penhora
de fls. 159), datada de julho de 2005, o que os impossibilitou de ofertar
Embargos.
Em relação aos Embargantes, os autos de
execução permaneceram paralisados até 13 de outubro do ano próximo
passado, quando a Embargada, diante da frustração de licitar bens da
empresa co-executada, rogou o bloqueio de ativos.
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 5
« 5 »
Av. Brasil, nº 3746, salas nºs 204/205 e 216, tel/fax nº (44) 3226 4145 – Maringá - PR L u i z C a r l o s S a n c h e s R u b i a R o n c o l a t o d a S i l v a
- ADVOGADOS -
Ou seja, em relação aos Embargantes, a
execução não foi movimentada por período superior a três anos, operando-se a
prescrição intercorrente, a qual também demanda a extinção do feito
embargado, providência que, com efeito, desde já se requer.
IV
-
D
A
N
ULIDADE DO
P
ROCESSO DE
E
XECUÇÃO
—
C
ARÊNCIA DE
A
ÇÃO
EM
R
ELAÇÃO AOS
E
MBARGANTES
:
Em que pese se encontrar a execução fulminada pelo
fenômeno prescricional, por dever de cautela e em face dos princípios da
concentração e da eventualidade, urge aos Embargantes tecer as
considerações que adiante seguem.
A
—
A
USÊNCIA DE
T
ÍTULO
E
XECUTIVO
O
PONÍVEL AOS
E
MBARGANTES
:
Consoante se infere da inicial executória, os Embargantes
foram chamados a responder pelo débito exequendo com base no
Contrato de
fiança, acostado às fls. 128/130.
De outro lado, não há dúvida alguma de que a Embargada
erigiu como sustentáculo do processo de execução as duplicatas retratadas nos
autos de execução pelos boletos e encaminhamento à protesto, sacadas contra
a empresa CONSTRUERE ENGENHARIA DE OBRAS LTDA, até porque
nenhum outro documento acostado com a inicial executória guarda, por si
somente, os caracteres de executividade.
Não se pode olvidar, entretanto, que
A fiança não se confunde com o
aval nem nele é passível de ser transmudada, por consubstanciar garantia contratual enquanto o aval é instituto
de direito cambiário, resultando que, conquanto tenha firmado carta de fiança, se o fiador não figura como
avalista nos títulos cambiais não está revestido de legitimidade para compor a angularidade passiva da execução
manejada com lastro nas cártulas
[...] (TJDF; Rec 2009.01.1.006658-4; Ac. 523.558;
Primeira Turma Cível; Rel. Des. Teófilo Caetano; DJDFTE 03/08/2011; Pág.
57).
Também do mesmo Tribunal:
[...]
2. São os executados partes ilegítimas para figurar no pólo passivo da ação
executiva, fundada em cheque e duplicatas nos quais não consta assinatura de
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 6
« 6 »
Av. Brasil, nº 3746, salas nºs 204/205 e 216, tel/fax nº (44) 3226 4145 – Maringá - PR L u i z C a r l o s S a n c h e s R u b i a R o n c o l a t o d a S i l v a
- ADVOGADOS -
garantes dos títulos, não servindo para tanto a carta de fiança mercantil que foi dada
em garantia de outra dívida. 3. Recurso provido. (TJDF; Rec. 2008.04.1.011363-3; Ac.
421.093; Quarta Turma Cível; Rel. Des. Cruz Macedo; DJDFTE 13/05/2010; Pág. 113).
Não elide essa realidade, data venia maxima, a simples
existência do contrato de fiança acostado às fls. 128/130 dos autos de Execução.
Primeiro
porque referido instrumento não alberga, por si somente, dívida líquida
e certa, não estando dotado dos pressupostos de executividade
1. Segundo porque
o instrumento contratual sob comento, a par de não conter a assinatura de uma
testemunha, também não conta sequer com a assinatura do credor, circunstância
que, também de per si, o invalidada como título executivo, por falta dos requisitos
do art. 585, II, do CPC:
1. "A carta de fiança, subscrita por duas testemunhas, é título executivo
extrajudicial (STF - RT 615/209). Inversamente, se não for subscrita por duas
testemunhas, não é título executivo. (RJTAMG 54/148). 2. "No caso de nomeação
ineficaz, o credor tem a livre escolha dos bens a serem penhorados" (RT 490/134,
JTA 39/156)". (Agravo de Instrumento n.º 352.243-4 - Comarca de Belo Horizonte -
Primeira Câmara Civil do Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais - Relator: Juiz
NEPOMUCENO SILVA - Data do Julgamento: 30/10/2001).
Terceiro
porque, consoante resultará demonstrado adiante, o
contrato em questão é invalido por falta de especificação ou clareza quanto ao
seu objeto, o que atenta contra a regra inserta no art. 819, do Código Civil
hodierno, ou daquela contida no art. 1.483 do Estatuto revogado, segundo a
qual A fiança dar-se-á por escrito, e
não admite interpretação extensiva
.
Por derradeiro, não se pode olvidar um quarto fundamento a
servir de amparo a ora alegada inaptidão do contrato de fiança para embasar
cobrança endereçada contra os Embargantes. É que no item “1”, do citado
contrato de fiança
, se infere que os Embargantes seriam, em tese, responsáveis pelo
solvimento das obrigações ditas “ora contraídas ... nos CONTRATOS”, e não em
duplicatas.
1
RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS. EXECUÇÃO. CARTA DE FIANÇA. EXECUTIVIDADE. HONORÁRIOS. - "A carta de fiança não constitui título executivo; o credor só tem ação de execução contra o fiador, se dispuser de título executivo contra o devedor da obrigação principal." (Eresp 113.881-MG). Processo extinto sem julgamento do mérito. Honorários advocatícios. Excessividade. - Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa extensão, provido. (REsp 701.226/PR, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA, QUARTA TURMA, julgado em 24/10/2006, DJ 11/12/2006, p. 364).
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 7
« 7 »
Av. Brasil, nº 3746, salas nºs 204/205 e 216, tel/fax nº (44) 3226 4145 – Maringá - PR L u i z C a r l o s S a n c h e s R u b i a R o n c o l a t o d a S i l v a
- ADVOGADOS -
Como se antevisse o caso em apreço, o nunca por demais
lembrado J.M. OTHON SIDOU, citado por ALINE DIAS DE FRANÇA
(in
A
FIANÇA NA PRORROGAÇÃO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO,
Jus
Navigandi,
Terezinha, ano 15, nº 244, 11 mar. 2010, disponível em
http://jus.com.br/revista/texto/14493
), afirma
:"Dívidas ou obrigações futuras são aquelas que, para se tornarem exigíveis,
demandam o concurso do tempo, quer a prestação seja de uma só vez (único
momento consummantur), quer sejam de trato sucessivo, ou ainda dependentes de
ocorrer o fato que as determinaram. Nesse último caso, são dívidas condicionais, ou
obrigações resolúveis, e é de mister que o contrato de fiança contenha o objeto
determinado, embora o crédito seja incerto e seu valor indeterminado.
Formalizado o contrato envolvendo dívida futura, seja de exigibilidade num só ato
ou em prestações sucessivas, seja na dependência de condição, o fiador somente
poderá ser demandado depois que se fizer certa e líquida a obrigação do principal
devedor (Cód. Civ., art. 1.485)". (in Fiança Convencional - legal - judicial. Ed. Forense,
2000, RJ, pg. 21).
Na sequência, ainda se louvando em J.M. OTHON SIDOU,
aduz ALINE DIAS:
"Na fiança, esse método interpretativo está descartado. Tomemos por exemplo
que, num contrato de fiança sobre dívidas futuras, o fiador se obrigou pelo
pagamento não satisfeito de todas as duplicatas de faturas emitidas pelo devedor.
Não é ele responsável pelas notas promissórias passadas por esse devedor
inadimplente, embora ambas as espécies sejam de títulos de crédito e de natureza
cambial".
Neste contexto, é evidente a inexistência de título apto a
vincular os Embargantes ao pagamento perseguido em sede da vestibular
executória, sendo, pois, em relação a eles, nula a execução seja por falta de
título executivo seja ante a inafastável ilegitimidade ad causam passiva.
B—
F
ALTA DE
T
ÍTULO
E
XTRAJUDICIAL
—
I
NEXISTÊNCIA DE
O
BRIGAÇÃO DE
A
FIANÇAR
:
Chamados a responder pelo débito exequendo com base no
Contrato de fiança, vale lembrar, em que possa parecer demasiado, que diante do
contido no art. 819, do Código Civil em vigor (art. 1.483, do CC revogado),
A
fiança dar-se-á por escrito, e
não admite interpretação extensiva
.
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 8
« 8 »
Av. Brasil, nº 3746, salas nºs 204/205 e 216, tel/fax nº (44) 3226 4145 – Maringá - PR L u i z C a r l o s S a n c h e s R u b i a R o n c o l a t o d a S i l v a
- ADVOGADOS -
Neste contexto, seria imprescindível que o contrato
contivesse cláusula expressa fixando exatamente o conteúdo e alcance das
obrigações dos Embargantes no que se refere à citada garantia. Na ausência
de tal fixação ou na dúvida quanto ao conteúdo e alcance, a solução há de ser
dada em favor dos Embargantes, consoante magistério de WAGNER
WILSON, Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais:
1. Não se admite interpretação extensiva à fiança. Se alguma dúvida existir
acerca da extensão da fiança, deve a mesma ser solucionada a favor do fiador
[...] (TJMG; APCV 1.0223.04.136589-9/0011; Divinópolis; Décima Sexta Câmara Cível;
Rel. Des. Wagner Wilson; Julg. 24/03/2010; DJEMG 16/04/2010).
Essa é, aliás, a orientação de lavra do Superior Tribunal de
Justiça:
[...]
2. A fiança deve ser interpretada restritivamente, de maneira que sempre estará
limitada aos encargos expressa e inequivocamente assumidos pelo fiador.
3. Quando há incerteza a respeito de algum aspecto essencial do pacto
fidejussório, como a outorga marital, não é possível proclamar a validade da garantia.
Súmula 332/STJ.
[...]
(REsp 1185982/PE, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em
14/12/2010, DJe 02/02/2011).
O contrato de fiança de fls. 128/130, no entanto, se resume
a informar que firmam o presente, como fiadores e principais pagadores, solidariamente responsáveis com a
AFIANÇADA, pelo solvimento das obrigações ora contraídas nos CONTRATOS, inclusive cominações previstas neste
contrato.
Urge observar que o referido instrumento de fiança, com
relação as obrigações afiançadas, se utiliza do termo ora contraídas. O termo
“ora”
,
por seu turno, significa e/ou guarda estreita sinonímia com a palavra
“agora”
2ou
“neste momento”
, ou, ainda,
“por enquanto”
ou
“por agora”
3.
Neste contexto, é forçoso concluir que a garantia não se
estenderia às obrigações futuras e/ou condicionais, mas as já existentes no
2
http://pt.thefreedictionary.com/ora
3
POR ORA significa por enquanto, por agora: "Por ora, não acredito na queda dos juros"; "Por ora, não dispomos de policiais eficientes"; "Os cientistas, por ora, desconhecem a cura da aids" (http://www.portuguesnarede.com/2008/11/por-ora-ou-por-hora.html).
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 9
« 9 »
Av. Brasil, nº 3746, salas nºs 204/205 e 216, tel/fax nº (44) 3226 4145 – Maringá - PR L u i z C a r l o s S a n c h e s R u b i a R o n c o l a t o d a S i l v a
- ADVOGADOS -
momento da assinatura do instrumento de fiança e que deveriam estar
especificadas em CONTRATOS que, de igual sorte, deveriam estar plenamente
identificados no corpo do referido contrato de fiança.
Referido instrumento de fiança, no entanto, não especifica
em seu corpo qualquer obrigação certa a se constituir objeto da garantia,
tampouco o faz em relação a indicar a que CONTRATOS se referem as partes
signatárias.
Por conseguinte, o contrato de fiança é nulo ou inexistente
por falta de objeto e outorgar-lhe validade ou eficácia importa em afronta ao
princípio insculpido no art. 816, do Código Civil em vigor, ou no art. 1.483, do
Código Civil revogado.
Diante do exposto, não são os Embargantes fiadores da
obrigação exeqüenda nem de qualquer outra, não estando obrigados a
garantir o pagamento, havendo evidente ilegitimidade ad causam para que
possam eles figurar no pólo passivo do processo de execução.
C
-
A
USÊNCIA DE
D
EMONSTRAÇÃO DA
E
XISTÊNCIA DA
D
ÍVIDA
A
FIANÇÁVEL
—
I
LIQUIDEZ E
I
NCERTEZA DA
O
BRIGAÇÃO
:
É princípio assente no Direito nacional que o processo de
embargos não pode ser erigido a sede de liquidação, uma vez que
todos os
requisitos de executividade devem estar presentes e claramente demonstrados no momento exato em que se
inaugura a via execucional.
Essa realidade foi olvidada pela Embargada, data venia
maxima, pois, da forma como foi instruída a inicial, não se faz possível atestar
de plano a existência (
certeza
) da dívida e sua
liquidez
, em relação aos
Embargantes.
Com efeito, do corpo do instrumento de fls. 128/130,
quando muito se infere que aos fiadores compete responder pelos débitos
contraídos pela afiançada no momento ou, também quando muito, até o
momento em que firmaram o contrato de fiança.
Corolário da regra insculpida no art. 819, do Código Civil,
no sentido de que a fiança não admite interpretação extensiva, é que para endereçar a
execução aos Embargantes aqui nominados, teria a Embargada,
prévia e
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 10
« 10 »
Av. Brasil, nº 3746, salas nºs 204/205 e 216, tel/fax nº (44) 3226 4145 – Maringá - PR L u i z C a r l o s S a n c h e s R u b i a R o n c o l a t o d a S i l v a
- ADVOGADOS -
necessariamente
, de fazer prova escorreita e extreme de dúvidas, de que a
obrigação exeqüenda antecede ou é contemporânea ao contrato de fiança e que
deriva de obrigações contraídas pela empresa co-executada por força de outro
instrumento contratual.
Qualquer outro tipo de negociação que tenha sido realizada
pela co-executada que não esteja elencada em CONTRATOS firmados antes
ou concomitantemente ao contrato de fiança, por óbvio, escapa ao alcance da
garantia.
Neste contexto, como o contrato de fiança não se constitui,
por si somente, título executivo, e como não há assinatura dos Embargantes
nos títulos acostados com a inicial executória, se impunha à Embargada
trazer aos autos,
juntamente com a inicial
, os CONTRATOS que comprovassem o
liame entre as duplicatas em questão e a obrigação dita afiançada.
A Embargada, porém, quedou inerte quanto a essa
providência, de modo que não se faz possível atestar, de plano, a
certeza
e a
liquidez
da dívida.
Por conseguinte, considerando que o processo de embargos
não pode ser erigido a sede de liquidação e que
todos os requisitos de executividade devem
estar presentes e claramente demonstrados no momento exato em que se inaugura a via execucional
,
forçoso concluir que, ainda que superados os óbices mencionados nos tópicos
anteriores, o que se admite apenas por amor ao debate, o débito exeqüendo
não pode ser cobrado em face dos Embargantes, eis que, no que pertine a eles,
não há título dotado dos caracteres de executividade.
D
—
A
USÊNCIA DE
R
ELAÇÃO
E
NTRE AS
D
UPLICATAS E A
D
ÍVIDA
D
ITA
A
FIANÇÁVEL
:
As considerações levadas a efeito nos tópicos anteriores,
que, de per si, são aptas a nulificar a execução em face dos Embargantes, são
também relevantes porque evidenciam a falta de relação entre as duplicatas
exeqüendas e a obrigação dita afiançada.
Com efeito, embora exaustivamente exposto, vale repetir
que a garantia, se válida, ad argumentandum tantum, não se estenderia às
obrigações futuras e/ou condicionais, mas as já existentes no momento da
assinatura do instrumento de fiança e que deveriam estar especificadas em
CONTRATOS que, de igual sorte, deveriam estar plenamente identificados no corpo
do referido contrato de fiança.
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 11
« 11 »
Av. Brasil, nº 3746, salas nºs 204/205 e 216, tel/fax nº (44) 3226 4145 – Maringá - PR L u i z C a r l o s S a n c h e s R u b i a R o n c o l a t o d a S i l v a
- ADVOGADOS -
É de fácil inferência, no entanto, que os débitos a que se
referem a inicial executória são posteriores a assinatura do contrato de fiança,
datado de outubro de 2001 (fls. 130):
a)
03/01/2002 (fls. 38);
b)
01/12/2001 (fls. 44);
c)
04/12/2001 (fls. 50);
d)
05/12/2001 (fls. 56);
e)
10/12/2001 (fls. 61);
f)
11/12/2001 (fls. 69);
g)
28/12/2001 (fls. 74);
h)
28/12/2001 (fls. 80);
i)
27/12/2001 (fls. 86);
j)
28/12/2001 (fls. 92);
k)
03/01/2002 (fls. 98);
l)
03/01/2002 (fls. 104);
m)
03/01/2002 (fls. 110);
Neste contexto, ainda que o contrato particular acostado à
inicial executória fosse apto a tornar fiadores os Embargantes, ad
argumentandum tantum, é óbvio que o débito exeqüendo não estaria
acobertado pela fiança.
48298845 - PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. EXECUÇÃO DE TÍTULOS DE
CRÉDITO. CARTA DE FIANÇA MERCANTIL. ILEGITIMIDADE PASSIVA. 1. O contrato de fiança
mercantil tem natureza contratual e acessória, estando vinculado a uma relação
obrigacional entre o credor e o afiançado, com o intuito de dar garantia ao
cumprimento do que foi pactuado. Em rigor, a fiança mercantil, que estava prevista no
revogado código comercial, 1ª parte, nos artigos 256 a 263, e atualmente é regrada
pelas normas de direito civil, é limitada ao que está escrito no contrato, não se
admitindo interpretação extensiva. 2. São os executados partes ilegítimas para
figurar no pólo passivo da ação executiva, fundada em cheque e duplicatas nos quais
não consta assinatura de garantes dos títulos, não servindo para tanto a carta de
fiança mercantil que foi dada em garantia de outra dívida. 3. Recurso provido. (TJDF;
Rec. 2008.04.1.011363-3; Ac. 421.093; Quarta Turma Cível; Rel. Des. Cruz Macedo;
DJDFTE 13/05/2010; Pág. 113)
Há, pois, também sob essa vertente, evidente ilegitimidade
dos Embargantes para integrarem o pólo passivo da Execução, nos termos do
art. 267, VI, do CPC, e carência a ação executiva por força do art. 618, I, do
CPC.
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 12
« 12 »
Av. Brasil, nº 3746, salas nºs 204/205 e 216, tel/fax nº (44) 3226 4145 – Maringá - PR L u i z C a r l o s S a n c h e s R u b i a R o n c o l a t o d a S i l v a
- ADVOGADOS -
V
-
D
A
E
XIBIÇÃO DE
D
OCUMENTOS
.
Deflui da explicitação retro que os negócios jurídicos que
originaram o débito exeqüendo não guardam relação com qualquer obrigação
afiançada pelos Embargantes.
Destarte, em que pese seja impositivo a imediata extinção
da execução em relação aos Embargantes, eis que eis que
todos os requisitos de
executividade devem estar presentes e claramente demonstrados no momento exato em que se inaugura a via
execucional
, urge, por dever de cautela, requerer se digne Vossa Excelência
ordenar a Embargada que exiba nos autos os CONTRATOS que comprovem a
existência de relação entre as duplicatas executadas e o débito supostamente
afiançado.
Diante do exposto, desde já se requer a
Vossa Excelência, nos termos dos artigos 355 e seguintes do Digesto
Processual Civil em vigor, que se digne determinar à Embargada que, sob as
penas do art. 359, do mesmo codex, proceda a exibição na forma retro
requerida.
Deve a Embargada ser alertada que a sua negativa em
proceder a exibição implicará na admissão como verdadeiros a inexistência de
dívida acobertada pela fiança.
Quando da entrega dos documentos, verificar-se-á se há
efetivamente correspondência entre o cobrado, a fiança e o pactuado.
VI
-
D
A
N
ECESSIDADE DE
S
USPENSÃO DO
C
URSO DA
E
XECUÇÃO
E
MBARGADA
.
Analisando-se os atos processuais praticados nos autos de
Execução, tem-se a determinação de ordem de bloqueio de ativos dos
Embargantes (fls. 236), a qual, efetivada (fls. 242/245), logrou êxito e
demandou o pedido de desbloqueio de fls. 246/254.
No entanto, as razões de fato e de direito aqui expendidas
demonstram, à saciedade, dentre outros fatos, que os Embargantes
não são
sujeitos de obrigação em relação
às duplicatas exeqüendas,
não
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 13
« 13 »
Av. Brasil, nº 3746, salas nºs 204/205 e 216, tel/fax nº (44) 3226 4145 – Maringá - PR L u i z C a r l o s S a n c h e s R u b i a R o n c o l a t o d a S i l v a
- ADVOGADOS -
são fiadores
, e que
não há relação
entre referidas duplicatas com o
Contrato de fiança acima nominado, nem com o débito dito afiançado.
Tais considerações, por si só, impõem a suspensão da
marcha do processo de execução, sob pena de, a final, constatar o Poder
Judiciário que deu curso a verdadeira expropriação de bens dos Embargantes
sem relevante razão de direito e quando as circunstâncias exigiam no mínimo
cautela especial.
São, como demonstrado, relevantes os fundamentos em
que se fundam os Embargos ora opostos. O prosseguimento dos atos de
execução exporá os Embargantes a risco irreparável de dano, contra os quais
sequer há título executivo
.
Para que tal não ocorra, necessária se faz a concessão do
efeito suspensivo aos embargos, consoante permissivo outorgado pelo Digesto
Processual Civil em vigor, permitindo, com isso, que os permaneçam na posse
dos seus bens enquanto perdurar a demanda.
Destarte, sob qualquer prisma que se enfoque a questão, se
impõe atribuir efeito suspensivo aos embargos.
C — REQUERIMENTOS E PEDIDOS
Ante o exposto, requer-se a Vossa Excelência:
a)
receber os presentes embargos, suspendendo-se o curso do processo de
Execução nº
831/2004
, em trâmite perante esse r. Juízo, ou, sendo
outro o Vosso Entendimento, que se digne suspender o seu recebimento
até que se efetive nos autos de execução eventual penhora;
b)
determinar a intimação da Embargada, na pessoa de seu ilustre
procurador judicial, para, querendo, impugná-los, no prazo legal, e, ao
final, julgar totalmente procedentes as pretensões deduzidas no corpo
destes embargos para o fim de, alternada e sucessivamente:
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 14
« 14 »
Av. Brasil, nº 3746, salas nºs 204/205 e 216, tel/fax nº (44) 3226 4145 – Maringá - PR L u i z C a r l o s S a n c h e s R u b i a R o n c o l a t o d a S i l v a
- ADVOGADOS -
1)
extinguir a execução por força da prescrição da pretensão
executória, inclusive a intercorrente, que deverão ser reconhecidas
e declaradas;
2)
decretar a nulidade da execução embargada em relação aos
Embargantes, diante:
i.
da ausência de obrigação legal ou contratual de afiançar por
parte dos referidos Embargantes e da evidente ilegitimidade
ad causam para figurarem no pólo passivo da execução;
ii.
da ausência de título executivo apto a servir de alicerce ao
manejo do processo de execução em face dos referidos
Embargantes e da evidente ilegitimidade ad causam para
figurarem no pólo passivo da execução;
iii.
da ausência de demonstração de correlação entre as
duplicatas exeqüendas e qualquer dívida afiançada, e da
conseqüente ausência de demonstração da liquidez e certeza
da obrigação exeqüenda;
iv.
da efetiva ausência de relação entre as duplicatas
exeqüendas e a dívida afiançada a que alude o contrato de
fiança que instrui a inicial executória, e da patente iliquidez
e incerteza e inexigibilidade da obrigação exeqüenda em
relação aos referidos Embargantes;
Requerem, ainda, os Embargantes:
a)
a produção das provas em direito admitidas, em especial o depoimento
pessoal da Embargada, na pessoa de seu representante legal, sob pena de
confissão; a oitiva de testemunhas, cujo rol será apresentado no momento
processual oportuno; perícia; vistoria; exibição de documentos por parte da
Embargada consistentes nos CONTRATOS firmados com os Embargantes e
a empresa CONSTRUERE, tudo nos termos do artigo 355, do Código de
Processo Civil, e sob as penas do artigo 359, do mesmo Codex.
b)
a condenação da Embargada aos efeitos da sucumbência;
Dá-se a causa o valor de R$ 333.748,44
(trezentos e trinta e três mil setecentos e quarenta e oito mil e quarenta e
quatro centavos).
Termos em que,
P
EDE
D
EFERIMENTO
.
Maringá, 10 de janeiro de 2012.
pp. Luiz Carlos Sanches
OAB.PR. 15.517
pp. Rubia Roncolato da Silva
OAB.PR. 25.745
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 15
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 16
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 17
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 18
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 19
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 20
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 21
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 22
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 23
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 24
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 25
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 26
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 27
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 28
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 29
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 30
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 31
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 32
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 33
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 34
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 35
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 36
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 37
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 38
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 39
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 40
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 41
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 42
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 43
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 44
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 45
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 46
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 47
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 48
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 49
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 50
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 51
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 52
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 53
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 54
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 55
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 56
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 57
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 58
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 59
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 60
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 61
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 62
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 63
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 64
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 65
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 66
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 67
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 68
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 69
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 70
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 71
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 72
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 73
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 74
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 75
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 76
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 77
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 78
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 79
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 80
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 81
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 82
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 83
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 84
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 85
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 86
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 87
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 88
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 89
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 90
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 91
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 92
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 93
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 94
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 95
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 96
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 97
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 98
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 99
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 100
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 101
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 102
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 103
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 104
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 105
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 106
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 107
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 108
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 109
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 110
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 111
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 112
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 113
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 114
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 115
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 116
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 117
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 118
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 119
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 120
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 121
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 122
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 123
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 124
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 125
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 126
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 127
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 128
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 129
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 130
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 131
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 132
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 133
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 134
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 135
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 136
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 137
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 138
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 139
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 140
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 141
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 142
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 143
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 144
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 145
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 146
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 147
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 148
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 149
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 150
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 151
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 152
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 153
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 154
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 155
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 156
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 157
Esta folha não contém registros no verso
Feito: CÍVEL
Vara: 4ª VCL
REGIMENTO DE CUSTAS - TAB XVI
Distribuição Conta Baixa TOTAL GERAL... 99,01 VRC 71,49 VRC 28,58 VRC R$ 13,96 R$ 10,08 R$ 4,03 100% 100% 100% 285,96 VRC R$ 40,32 CN 3.1.15 100% 86,88 VRC R$ 12,25 INFORMAÇÃO DE REGULARIDADE MM Juiz,
Em cumprimento ao C.N., item 3.1.16.2, informo a Vossa Excelência que o Valor RECOLHIDO a título de Taxa Judiciária em favor do FUNREJUS está CORRETO.
Distribuição: 141 Data: 11/01/2012
Requerente: *GONCALO MARIA DE VASCONCELOS PESSANHA DE PAULA SOARES
Obs Gerais: PROJUDI - NN 24 - 1132443-4 NN 24 - 70014-6 (DEP. AOS A: 831/2004) Natureza: EMBARGOS A EXECUCAO
Requerido: PETROBRAS DISTRIBUIDORA S/A
RG Requerido: - CPF Requerido: 34.274.233/0001-02
Filiação Requerido: -
Obs Reqi:
Orgão: DEP. AOS A: 831/2004 Comarca:
Data da Fase: 11/01/2012 Fase Processual: DISTRIBUIÇÃO AUTOMÁTICA
UF:
Assunto Principal CNJ: 9.580 - Espécies de Contratos Classe Processual CNJ: 172 - Embargos à Execução
MARINGA/PR, quarta-feira, 11 de janeiro de 2012.
Cartório Distribuidor e Anexos
O restante desta folha está em branco
Cartório Distribuidor e Anexos
*** CLAUDETE TSUGUIKA OTOMURA *** *** RUBENS AUGUSTO MONTEIRO WEFFORT ***
Page 1 of 1
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 158
Meritíssimo(a) Juiz (a)
Informo respeitosamente a Vossa Excelência que o i. procurador
judicial constituído na presente ação, ao juntar os documentos no Sistema Projudi, inseriu o
“assunto” como sendo 9518. No entanto, salvo melhor entendimento, o assunto processual a
ser empregado é o 9580.
Desta forma, a presente distribuição é encaminhada com a
mencionada classe/assunto processual, conforme entendimento que julgamos ser o correto.
Contudo, sendo outro o entendimento de Vossa Excelência, solicitamos digne-se em
determinar sejam os autos remetidos para as devidas retificações.
Era o que tinha a informar.
Maringá, 11 de janeiro de 2011
Rubens Augusto Monteiro Weffort
Distribuidor
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 159
PODER JUDICIÁRIO
JUÍZO DE DIREITO DA 4ª SECRETARIA DO CÍVEL
COMARCA DE MARINGÁ – ESTADO DO PARANÁ
Av. Tiradentes, 380 – 1º andar – CEP 87013-900
Fone/Fax: (44) 3261.2980
INTIMAÇÃO
Fica intimada a parte autora para recolher as custas iniciais, no valor de
R$ 817,80 pelo prazo de 30 dias, sob pena de cancelamento da
distribuição, nos termos do art. 257 do Código de Processo Civil.
______
Favor utilizar a guia de pagamento anexa.
Informamos que o demonstrativo de pagamento será remetido à Secretaria
automaticamente pelo sistema bancário, no prazo de 24 horas após o
pagamento, não sendo necessário juntar qualquer tipo de comprovante aos
autos.
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 160
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 161
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 162
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ
COMARCA DE MARINGÁ
4ª SECRETARIA DO CÍVEL DE MARINGÁ - PROJUDI
Av. Tiradentes, 380 - Centro - Maringá/PR - CEP: 87.013-900 - Fone: (44) 3261-2980
Autos nº. 0000371-72.2012.8.16.0017
CERTIDÃO
CERTIFICO que foram recolhidas as custas a título de depósito inicial, previstas na Tabela IX do
Regimento de Custas, no valor de
R$ 817,80
(oitocentos e dezessete reais e oitenta centavos),
correspondentes a
5.800,00 VRC
, representando, percentualmente,
100%
das custas iniciais
devidas à secretaria, dando assim cumprimento ao CN 2.7.2.
Maringá, 18 de Janeiro de 2012.
Cristiane Bonazzio Craveiro
Analista Judiciário
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 163
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 164
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ
COMARCA DE MARINGÁ
4ª SECRETARIA DO CÍVEL DE MARINGÁ - PROJUDI
Av. Tiradentes, 380 - Centro - Maringá/PR - CEP: 87.013-900 - Fone: (44) 3261-2980
que em conformidade com as diretrizes instituídas pela Portaria 01/2011, expedi carta de
CERTIFICO
intimação.
Nada mais. Dou fé.
Maringá, 25 de Janeiro de 2012.
Amanda Cristina Carvalho Sasson
Analista Judiciário
PROJUDI - Processo:0000371-72.2012.8.16.0017 Página 165