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Inclusão Social - Esporte Para Deficientes Visuais

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Academic year: 2021

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Definições Para delimitar o grupamento de deficientes visuais, que são divididos em cegos e de baixa visão, utilizam-se as escalas oftalmológicas de acuidade visual, aquilo que se enxerga a determinada distância; e campo visual, a amplitude da área alcançada pela visão. Para definir as características da pessoa com deficiência visual, a International Classification Diseases, em sua décima versão (ICD –10), utilizou o seguinte parâmetro oftalmológico: cegueira encontra-se dentro de uma acuidade visual inferior a 3/60 ou campo visual baixo; a baixa visão corresponde à acuidade visual entre 3/60 a 3/18; ambas as classes são consideradas no melhor olho e com a melhor correção (OMS, 2001). Uma pessoa é considerada cega caso se enquadre nos seguintes critérios: com a visão corrigida do melhor dos seus olhos sua acuidade visual seja 20/200 ou menos. Ainda compreende esta definição quando o diâmetro mais largo do seu campo visual subentende um arco não maior de 20 graus, ainda que sua acuidade visual nesse estreito campo seja superior a 20/200. Esse campo visual restrito é muitas vezes chamado de “visão em túnel” ou “em ponta de alfinete”, e a essas definições chama-se de “cegueira legal” ou “cegueira econômica”. Nesse contexto, caracteriza-se como portador de baixa visão aquele que possui acuidade visual de 6/60 (pés) ou 18/60 (escala métrica) e/ou um campo visual entre 20º e 50º (IBC, 2004). Na classificação educacional leva-se em conta o contexto em que o aluno está inserido. O aluno é deficiente visual a partir do momento que sua capacidade visual interfere em sua performance de aprendizado (Craft, 1990). A classificação esportiva utiliza-se de critérios biomédicos para separar as pessoas cegas e as com baixa visão em classes distintas. Esta classificação respeita uma avaliação oftalmológica e ocorre para que os atletas compitam dentro de classes, desenvolvendo assim o desporto de maneira mais igualitária conforme o grau de deficiência. A classificação esportiva é dividida em três grupos: B-1 é aquele considerado cego, podendo perceber ou não luminosidade, mas não conseguindo distinguir o formato de uma mão colocada à sua frente; B-2 aquele que possui resíduo visual, tendo um campo visual de até 5 graus e/ ou acuidade visual de até 2/60 metros ou 20/400 pés; já o B-3 é aquele que tem campo visual variando de 5 a 20 graus e/ou acuidade visual entre 2/60 metros ou 20/400 pés a 6/60 metros ou 20/200 pés (IBSA, 1998). A Educação Física para alunos cegos não possui muitas diferenciações da prática convencional, o que desmistifica a forma de trabalho. O que varia é o enfoque aplicado, a metodologia a ser utilizada e a alternância das estruturas e instrumentos, para que ocasionalmente, possa permitir o maior número de vivências das crianças que, assim como nas classes convencionais, devem ter o maior número de experimentações durante o seu crescimento e desenvolvimento. Primordialmente, o professor de Educação Física nos primeiros anos de vida da criança deve objetivar os processos de orientação e mobilidade. O trabalho de ginástica para deficientes visuais foi pioneiro no Instituto Benjamim Constant, no inicio do século XX e começou a ser desenvolvido em outros Estados como: São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e Pernambuco. A cidade de Curitiba teve alguns movimentos fundamentais na história do esporte para cegos e possibilitou o acontecimento de algumas práticas esportivas, já desenvolvidas em outros paises, pela primeira vez no Brasil no final do século passado. A Educação Física para cegos vem tendo um grande incentivo através do trabalho realizado por novos professores, além do intercâmbio feito através de seminários, congressos e cursos com as principais universidades do país. Algumas Instituições de Ensino Superior têm se interessado pela

Inclusão Social – Esporte para deficientes visuais

LEONARDO MATARUNA, CIRO WINCKLERDE OLIVEIRA FILHO, MÁRIO SÉRGIO FONTESE JOSÉ JULIO GAVIÃODE ALMEIDA

Social full inclusion – Blind sports

Sports, physical education and physical activities for the blind are very similar to conventional practices except for the focus, selected methodology and the necessary adaptation of structures and instruments. Sports coaches and P.E. teachers should aim primarily at the processes of orientation and mobility of athletes and students. The specialized support to the visually impaired started in Brazil soon after the first initiatives took place in Europe in the 19th

century. The Instituto Benjamim Constant-IBC, the first Brazilian institution to have special courses for blind children, was founded in 1854. The sporting activities in IBC also followed the ones in

Europe and the United States as shown in records of gymnastic activities dated back to 1906. The first formal sports competition for the visually impaired took place in the United States in 1907. Professional work dealing with sports for blind children started in Brazil in 1944, but it was only in 1970 that the first Brazilian visually impaired athletes went to the Paralympic Games in Heidelberg, Germany. Almost 100 visually impaired athletes participated in the first Jogos Nacionais de Deficientes Visuais no Brasil (Brazilian Games for the Visually Impaired) in Curitiba-PR in 1981. The number of events for the blind and the number of

visually impaired athletes has been growing ever since the Associação Brasileira de Desportos para Cegos (Brazilian Association of Sports for the Visually Impaired-ABDC) was created in 1984. Today there are 80 Brazilian institutions affiliated to ABDC with 1,579 athletes: 35.7% train Goalball (special sport for the blind); 25.7%, soccer; and 24.7%, track and field (see map). Ninety-six Brazilian athletes, including 39 visually impaired, will compete in the Paralympic Games in Athens, 2004. This is the highest number of athletes Brazil has ever sent to Paralympic Games, including 12 blind women, the largest Brazilian representation of blind women. questão, incluindo em seus currículos disciplinas pertinentes a

Educação Física Adaptada ou Especial que possuem tópicos aludidos ao deficiente visual. O órgão que rege o esporte para cegos no Brasil é a Associação Brasileira de Desporto para Cegos-ABDC, que está diretamente ligada à Federação Internacional de Esportes para Cegos (Internacional Blind Sports Federation-IBSA). Tanto a ABDC quanto a IBSA atendem especificamente à deficiência visual e múltipla deficiência (cego-surdo) em todas as suas modalidades esportivas. A estrutura organizacional é diferente do esporte regular. A estrutura do esporte adaptado, em paralelo com o convencional, está regida da seguinte forma: as associações, centros educacionais e escolas estão relacionadas aos clubes; todas as associações estão ligadas ao órgão nacional (ABDC), como estariam ligadas às federações a uma confederação esportiva, sendo que a escala anterior, a federativa, não existe no desporto adaptado. A ABDC dirige todas as modalidades esportivas de cegos no país e tem uma representação confederativa ligada ao Comitê Paraolímpico Brasileiro que está subordinado ao Comitê Parolímpico Internacional; a ABDC está subordinada também à IBSA, como por exemplo, a Confederação Brasileira de Judô, está subordinada à Federação Internacional de Judô e ao Comitê Olímpico Brasileiro. Origens A atividade física formal para cegos começou a ser desenvolvida no final do século XIX com aulas de ginástica no Instituto Benjamim Constant-IBC, no Rio de Janeiro-RJ, se consolidando somente no inicio do século seguinte. A prática não formal remonta aos tempos que antecedem a Abolição da Escravatura no país e apontam para práticas de lazer como o ato de deslocar-se dentro da água, algo como uma forma de natação, e a pescaria como as prováveis atividades físicas iniciadas por pessoas cegas no Brasil. Existem pistas na história oral de que a ajuda no domínio de cavalos e os jogos de azar eram praticados por volta da década de 1880. Encontram-se referências a escravos capoeiras que, mesmo após a perda da visão durante a fuga para os quilombos continuavam a praticar esta manifestação corporal em seus novos guetos. Segundo o Comitê Para-olímpico Brasileiro (2004), o esporte para portadores de deficiência nasceu no Brasil em 1958, quando o paraplégico Robson de Almeida Sampaio retornou dos Estados Unidos, onde estivera em tratamento, e funda na cidade do Rio de Janeiro o Clube do Otimismo. No mesmo ano, o também paraplégico Sergio Delgrande funda em São Paulo o Clube dos Paraplégicos. Em 1959 o ginásio do Maracanãzinho foi palco da primeira competição para-esportiva no país, um jogo de basquete em cadeira de rodas, reunindo as equipes do Clube do Otimismo e do Clube do Paraplégico, vencendo este último pelo placar de 22 a 16 pontos. A primeira participação em competição internacional ocorreu no ano de 1969, em Buenos Aires. As conquistas brasileiras apontaram para a necessidade de mudanças na estrutura e organização existentes no país. Sendo assim, seis anos depois se estruturou a Associação Nacional de Desporto para Excepcional-ANDE, que atendia a todo tipo de deficiência. A primeira vez que o Brasil participou com uma delegação em Jogos Paraolímpicos foi em 1972, na cidade de Heidelberg, Alemanha. Quatro anos mais tarde os jogos foram divididos em duas sedes: Aylesbury, na Inglaterra, e Nova Iorque, nos Estados Unidos. Na Inglaterra participaram somente atletas em cadeira de rodas e o Brasil conquistou 21 medalhas. Nos Estados Unidos os jogos foram destinados aos paralisados cerebrais, amputados e cegos. A atleta Anelise Hernany foi a primeira cega brasileira medalhista internacional. Foi na modalidade atletismo, na prova dos 100m rasos, que o Brasil começou a apresentar a força feminina esportiva e

principalmente dar os primeiros passos para a história internacional do esporte para cegos.

Muitas práticas esportivas para cegos ainda não foram implantadas no Brasil, mas encontram-se em estudo. Existem outras modalidades em aprimoramento no Japão e Espanha que atualmente, são os países que mais investem em esportes para deficientes visuais no mundo. A pessoa com deficiência visual pode praticar várias modalidades esportivas desde que se respeite um ponto básico: a adaptação das regras. Estas devem ser alteradas não para deixar o atleta em vantagem sobre os adversários ou outros praticantes, mas para permitir que este realize o movimento. A seguir, 17 esportes estão descritos para esclarecer o entendimento destas adaptações. (1) Montanhismo é uma prática não competitiva que tem como objetivo a exploração e prática de escaladas em montanhas. A adaptação principal refere-se ao sistema de informação e de guia para possibilitar a participação de pessoas com cegueira e baixa visão. (2) No beisebol existem duas vertentes para o jogo: (i) a americana, na qual se utiliza a bola sonora e duas bases que emitem som, onde após rebater a bola lançada, o atleta deverá correr em direção a uma das duas bases e (ii) a japonesa, que se assemelha ao jogo de beisebol tradicional com a diferença básica do jogo sendo que o lançador (atleta cego) rola a bola para o rebatedor que pode ter cegueira ou baixa visão. O jogo acontece em um campo similar ao do beisebol. (3) No tênis de mesa utiliza-se uma mesa igual à do jogo convencional, no entanto a bola não deve ser jogada sobre a rede, mas sim rolada por baixo dela. A bola é especial com pequenas bolinhas de chumbo dentro; a rede é colocada de maneira que por baixo dela passe uma bola rolando; os pontos são marcados quando a bola toca a parte de trás da mesa sem cair da mesma. (4) O vôlei foi adaptado para deficientes físicos severos e deficientes visuais. A rede fica colocada a 30 cm do chão e a bola sem guizos é rolada por baixo dela. Na primeira linha de jogadores dentro da zona de ataque só ficam atletas cegos, na segunda linha na área de defesa ficam atletas com baixa visão, os pontos ocorrem quando a equipe atacante lança a bola e esta deixa a quadra adversária cruzando as linhas laterais, depois da zona de ataque, ou a linha de fundo. Uma outra ocorrência que gera pontos é haver mais de três toques da equipe de posse de bola. (5) No tênis de campo, o jogo acontece em uma quadra de badminton adaptada, onde a rede tem a altura de uma rede de tênis. A bola tem guizos, o atleta B1 pode rebater a bola após esta ter tocado o solo 3 vezes, o B2 após 2 toques da bola no chão e o B3 após 1 toque. (6) O Bird Golf é praticado por pessoas com baixa visão. O jogo é adaptado com alvos maiores (algo parecido um guarda chuva invertido) e a bola possui uma estrutura próxima à de uma peteca, que a deixa com maior direção na fase de vôo e não rola ao tocar o solo. (7) No tiro com arco, as regras são as mesmas do esporte convencional. A diferença é o sistema de mira sonora que permite ao competidor perceber se está mirando o ponto cego do alvo. (8) O futebol society, prática esportiva muito próxima do futebol cinco ou futsal para cegos, é jogado com bolas maiores e grama sintética. (9) Provas de travessia na natação são realizadas em mar aberto ou lagos por atletas com deficiência visual acompanhados de um nadador sem deficiência. (10) No hipismo, diferentemente da equoterapia, as provas são competitivas, tendo como característica as provas de adestramento. (11) A capoeira é jogada por pessoas com deficiência e sem deficiência visual, tendo com principal objetivo a interação e percepção do movimento. (12) No karatê não são praticadas as lutas, mas as formas e os movimentos desta arte marcial. (13) No boxe são utilizadas luvas sonoras para mostrar a

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distância dos lutadores e a posição da guarda utilizada. (14) A prática do esqui na neve se torna viável com a presença de um guia que tem por responsabilidade passar à pessoa cega todas as informações necessárias para a prática desta modalidade. O esqui para cegos não necessita de adaptações nos esquis nem na pista. (15) No atletismo, os cegos e deficientes visuais competem nas mesmas provas que os atletas videntes, necessitando de um guia em determinadas situações. (16) O judô é um dos esportes que menos necessita de adaptação para que os atletas cegos possam participar. Um bom judoca deve guiar-se pelo que sente e não pelo que vê, estando um cego em vantagem a um desportista vidente, quando este não utiliza estratégias ou o desequilíbrio pela força. O goalball, showdown e o torball são jogos com bola desenvolvidos especificamente para pessoas cegas. (17) O goalball é um esporte praticado em quadras cobertas, onde participam, em cada jogo, duas equipes de três jogadores, com no máximo mais três atletas substitutos. O objetivo básico de cada equipe é fazer com que a bola siga rolando e ultrapasse a linha de gol da equipe, que deverá impedi-lo. Ganha a partida a equipe que ao final do jogo, obtiver o maior número de gols. A bola, de borracha, sempre arremessada com as mãos, é fabricada exclusivamente na Alemanha. Com 76 cm de circunferência e pesando 1,250 Kg, ela possui guizos em seu interior e oito orifícios de aproximadamente 1 cm de diâmetro, para que os jogadores possam localizar auditivamente a bola em movimento. Os jogadores posicionam-se de pé para os arremessos e, geralmente, agachados ou ajoelhados para a defesa, quando, através de deslocamentos laterais, buscam ocupar a maior área possível, deitando-se de lado na quadra. Assim disposto, apreciam-se a seguir fatos de memória sobre o tema ora submetido à revisão.

1784 O filantropo francês Valentin Hauy fundou a primeira escola para cegos no mundo, na cidade de Paris, denominada Instituto Real dos Jovens Cegos. Utilizava-se o processo de representação dos caracteres comuns com linhas em alto relevo, criado por Hauy, para a leitura.

1825 Na França, o jovem estudante cego de 16 anos de idade, Louis Braille, nascido em 4 de janeiro de 1803, criou um sistema de pontos em relevo que se tornou mundialmente conhecido como sistema Braille, sendo publicado definitivamente em 1829 (IBC, 2004). 1835 Ocorreu a primeira demonstração oficial de interesse pela educação de pessoas portadoras de deficiência visual no Brasil, quando o Conselheiro Cornélio Ferreira França, Deputado pela Província da Bahia, apresentou à Assembléia Geral Legislativa o projeto para a criação de uma “Cadeira de Professores de Primeiras Letras para o Ensino de Cegos e Surdos-Mudos nas Escolas da Côrte e das Capitais das Províncias”. O projeto não foi aprovado por ser fim do mandato de seu idealizador e por ele não ter sido reeleito. 1852 José Álvares de Azevedo, que desde 1844 estivera estudando no Instituto Imperial dos Jovens Cegos de Paris – mesma escola que estudou Louis Braille – retorna ao Brasil com sólida formação estudantil aos 16 anos. Objetivando o resgate da cidadania dos cegos brasileiros, ele idealizou a construção de uma escola nos moldes do instituto parisiense no Rio de Janeiro e teve apoio de Couto Ferraz e Xavier Sigaud (médico do Imperador), que eram figuras proeminentes do governo. Desta maneira estas informações chegaram ao conhecimento do Imperador D. Pedro II, no sentido de esclarecer, com vigor e veracidade, que uma pessoa cega, educada dentro dos padrões ideais, poderia converter-se num ser capaz e produtivo (Almeida, 2004).

1854 Em 12 de setembro foi criado, pelo decreto nº 1.428, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, que mudou posteriormente de nome para Instituto Benjamim Constant-IBC. Abria-se assim o espaço na educação brasileira para o atendimento da pessoa com deficiência visual. Na inauguração do Instituto, que ocorreu somente 5 dias após a aprovação do decreto, o Doutor Sigaud em seu discurso exclamou a seguinte frase: “A cegueira não é mais uma desgraça”. Neste momento nascia a “Educação Especial” na América Latina, sendo a cegueira a primeira deficiência a ser atendida (IBC, 2004). 1863 Foi publicado o primeiro livro em alto relevo no Brasil intitulado “História Cronológica do Imperial Instituto dos Meninos Cegos”, escrito por Cláudio Luiz da Costa. O livro continha três volumes e serviu de alicerce para a atual imprensa Braille. 1870 Estimou-se que havia no Brasil 12.000 pessoas com deficiência visual. Estes números serviram para identificar que o

local do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, localizado na época no prédio nº 127 da Praça da Aclamação (Largo do Santana, no Rio de Janeiro), não era suficiente para atender a demanda populacional. O Doutor Benjamin Constant Botelho de Magalhães que, desde 1861, vinha lecionando matemática e ciências naturais no Educandário, assumiu em 1869 a direção do instituto, tornando-se o terceiro diretor desde a inauguração. D. Pedro II, tornando-sempre atento à problemática da educação das pessoas cegas, doou um terreno com 9.515 m2 situado na Praia Vermelha, Urca - Rio de

Janeiro, onde funciona o instituto até os dias atuais.

1891 Em 24 de janeiro, através do artigo 2º do decreto 1.320, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos passou a ser chamado de Instituto Benjamin Constant.

1898 Foi fundada na Dinamarca a primeira Escola Nacional para Meninos e Jovens Deficientes Visuais daquele país, conhecida como Refsnaesskoen.

Década de 1900 Segundo informações colhidas junto a professores cegos aposentados do Instituto Benjamin Constant, a preocupação com a Educação Física para alunos cegos já existia nesta instituição desde a primeira década do século. A atividade física era orientada por um instrutor, funcionário da instituição, que ocupava o cargo de “Mestre de Ginástica”. Limitava-se a pequenos movimentos e deslocamentos em forma de marcha. Os alunos tinham aulas regularmente, duas vezes por semana, às 06,00 horas da manhã e faziam os exercícios com o mesmo uniforme utilizados nas demais atividades. Esta prática, no entanto, não era tão salutar, pois de acordo com as informações orais colhidas, o horário escolhido para as atividades era muito cedo e, além disso, o fato de não existir um uniforme específico para essa prática criava certo desconforto para os alunos.

1906 Um registro fotográfico disponível no site do Instituto Benjamim Constant apresenta jovens cegos, alunos da instituição que faziam aulas de ginástica em filas, com camisas de botão, e de manga comprida. A foto apresenta os alunos em forma fazendo a cobertura com o braço sobre o companheiro à frente.

1907 Primeiro registro de competição esportiva formal para pessoas com deficiência visual nos Estados Unidos, entre alunos das escolas para cegos de Overbrook e Baltimore.

1922 Foi fundada a organização destinada ao atendimento das pessoas com deficiência, intitulada Sociedade Internacional para Criança Defeituosa. Em 1939 esta mesma instituição transformou-se na Sociedade Internacional para o Bem Estar dos Deficientes Físicos, em 1960 na Sociedade Internacional para Reabilitação dos Deficientes e desde 1969 é conhecida como International Rehabilitation, abrangendo todas as deficiências.

1925 No Brasil, ex-alunos do IBC, Áeres da Mata Machado e João Gabriel de Almeida, pleitearam junto ao governo de Minas Gerais a criação de uma escola para deficientes visuais, o que ocorreu através da Lei 895 de 10 de setembro do mesmo ano. Estava fundado assim o Instituto São Rafael que a partir de 1976 passou a se chamar de Escola Estadual São Rafael (Cruz Filho, 2003). 1927 A criação do Instituto de Cegos Padre Chico nasceu em resposta ao apelo do Doutor José Pereira Gomes, feito em 7 de setembro deste ano, na reunião comemorativa à semana Oftalmo-Neurológica da Sociedade de Cirurgia e Medicina de São Paulo. 1929 Criação do Instituto de Cegos da Bahia, na cidade de Salvador. 1931 Foi realizada uma demonstração especial de ginástica por alunos cegos do IBC, treinados pelo Tenente Bonorino, do 3º Regimento de Infantaria, situado na Urca, já utilizando o uniforme de ginástica. Essa demonstração especial realizou-se na Fortaleza de São João, por ocasião de uma visita do General Leite de Castro, Primeiro Ministro da Guerra do Governo do Presidente Getúlio Vargas, (Russo Júnior; Mataruna, 2001). Oficiais e Sargentos (Penna Marinho – tese para concurso de professor, disponível no IBC), foram instrutores de ginástica durante muitas décadas no IBC. 1937 A prática da ginástica prevaleceu para os alunos do IBC até esta época em que se deu o fechamento da instituição, para obras. 1938 Neste ano foi criada na Espanha a Organización Nacional de Ciegos Españoles-ONCE, uma corporação de direito público, de caráter social, que tem como objetivo canalizar os serviços sociais

e todas as ações geradoras de empregos para os cegos e deficientes visuais espanhóis. É a primeira instituição a organizar o esporte de competição para deficientes visuais no mundo.

1940 Informações coletadas de ex-alunos do Instituto São Rafael, em Belo Horizonte, confirmam a existência de aulas de Educação Física na instituição no início desta década. Segundo as informações, a atividade física desenvolvida seguia o mesmo modelo adotado no IBC, ou seja, ginástica calistênica. No Censo Demográfico de 1940, 64.482 pessoas declararam possuir cegueira.

1941 Criação do Instituto Santa Luzia na cidade de Porto Alegre-RS. 1942 Neste ano foram feitas algumas alterações na simbologia Braille em uso no Brasil para atender a reforma ortográfica da Língua Portuguesa.

1943 Criação do Lar das Moças Cegas, em São Paulo-SP, e do Instituto dos Cegos no Ceará, em Fortaleza-CE.

1944 Reinício das atividades escolares no IBC. Têm-se notícias de uma mudança de orientação na prática da Educação Física para alunos cegos. A partir dessa época a Educação Física foi considerada fator importante no processo educacional dos alunos cegos, no que diz respeito a problemas de postura, equilíbrio, marcha, recreação, integração e socialização. Essa valorização deu-se através da contribuição e orientação de professores de Educação Física diplomados pela Escola Nacional de Educação Física, que começaram as primeiras experiências com alunos cegos do Instituto Benjamim Constant. Neste mesmo ano foi criado o Instituto de Cegos da Paraíba que, a partir de 1961, passou a ostentar o nome de sua fundadora, Dona Adalgisa Duarte da Cunha.

1946 Professores de Educação Física em caráter interino passaram a exercer as suas funções dando aulas a alunos cegos no IBC. Criação do goalball, um esporte criado exclusivamente para cegos, na Alemanha pelo alemão Hans Lorenzen e pelo austríaco Seep Reindl. 1947 Seis professores aprovados em concurso público desenvolveram um trabalho para melhorar a orientação da Educação Física a alunos cegos, contando com equipamentos modernos adquiridos na época, segundo relato de Penna Marinho (1972). A partir de então, práticas como atletismo, ginástica rítmica, luta livre e recreação, começaram ser introduzidas no processo educacional das pessoas cegas, conforme informações colhidas entre professores e funcionários do IBC.

1948 No dia 10 de dezembro a Assembléia Geral das Nações Unidas aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. 1950 Dorina de Gouvêa Nowill foi responsável pela implantação do ensino integrado para pessoas cegas nas escolas de 1º grau, enquanto Estefânia Helmold desempenhou o mesmo papel para o ensino do 2º grau.

1952 Surge o Instituto de Educação e Reabilitação do Rio Grande do Norte.

1953 Durval Baptista Pereira oportuniza oficialmente o ingresso de pessoas cegas em cursos superiores. Aconteceram as primeiras competições de futebol para cegos dentro dos Institutos Educacionais no Sul do Brasil. No Instituto Santa Luzia, organizavam-se os “Grenais” para Cegos, e no Instituto São Rafael em Belo Horizonte-MG também se praticava este esporte. 1960 Nesta década houve a expansão do ensino integrado, com a criação de Serviços ou Coordenações de Educação Especial nas Secretarias de Educação e Cultura das diferentes Unidades Federadas, serviços esses estimulados pela então Campanha Nacional de Educação de Cegos, criada em 1958. Essa expansão de ensino integrado decorreu do fato de ter sido incluído na Legislação de Ensino, pela primeira vez no Brasil, um dispositivo referente à Educação de Excepcionais – Lei de Diretrizes e Bases, 1971: “Artigo 88 – A educação de excepcionais, deve, no que for possível, enquadrar-se no Sistema Geral de Educação, a fim de integrá-los na comunidade”. O canadense Joe Leis (B1) inventou o showdown, um jogo criado especificamente para pessoas cegas, sendo adotado em 1980 como esporte para doentes mentais em Arnhen, na Holanda. 1966 O mestre de capoeira Pastinha (Vicente Ferreira Pastinha), 1889-1981, que era tido como o guardião da Capoeira Angola, perdeu a visão durante uma viagem ao Continente Africano. Antes

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da viagem os efeitos da trombose e outras patologias já afetavam sua visão. Mesmo assim, após a perda total da visão, ele continuou jogando capoeira e sempre que pressentia os golpes atacava sem dar oportunidades aos adversários. “Primeiro pastinha ataca de meia lua para não ser atacado”, dizia o mestre.

1969 Ocorreu em Buenos Aires, Argentina, a primeira participação Brasileira paraesportiva em competições internacionais, iniciando a série de conquistas que transformou a história do esporte adaptado nacional. Entretanto, nenhum atleta cego participou deste evento. 1970 Início da Década da Reabilitação. A Educação Física dentro do IBC foi relegada a um segundo plano por falta de recursos materiais e, ainda, por afastamento e aposentadoria de professores, o que gerou um certo desinteresse na prática da Educação Física nessa instituição, apesar dos esforços de alguns professores. Primeira representação brasileira em Jogos Paraolímpicos na cidade de Heidelberg, Alemanha. A presença brasileira nestas competições foi se ampliando, entretanto sem atletas cegos nos primeiros estágios. O toarball foi desenvolvido este ano sobre a base do goalball. Construção da piscina do IBC no começo da década de 1970.

1971 Foi aprovada uma das primeiras deliberações voltadas para a pessoa com deficiência na Assembléia Geral da ONU – “Declaração dos Direitos das Pessoas com Retardo Mental”, que gerou, em 1975, a aprovação da “Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes”.

1972 O goalball foi esporte de demonstração nas Paraolímpiadas de Heidelberg, Alemanha. Um pormenor importante é que os Jogos Paraolímpicos deveriam ocorrer nas mesmas estruturas das Olimpíadas de Munique, entretanto por problemas políticos não relatados isto foi inviável.

1973 O Professor Gracimar Álvares Bueno formou-se o primeiro profissional de orientação e mobilidade em nível de pós-graduação através de um curso na Western Michigan University. A primeira professora cega a ingressar no magistério público do antigo Estado da Guanabara foi Ethel Rosenfeld, Professora Especializada na Educação e Reabilitação de Pessoa com Deficiência Visual. 1974 Aconteceu o Evento de Futebol e Atletismo para Cegos na cidade de Porto Alegre-RS, com a participação do Instituto Santa Luzia, Instituto Brasileiro de Integração Social-IBIS e uma equipe do Mato Grosso. Criação do curso intensivo de aperfeiçoamento de orientação e mobilidade para professores de nove estados brasileiros.

1975 Foi fundada a Associação Nacional de Desporto para Excepcional-ANDE, que agregava todas as áreas de deficiências. Ano comemorativo de Louis Braille, criador do método Braille em 1825. Na cidade de Curitiba, de 27 a 31 de julho, ocorreu o IV Congresso Brasileiro de Educação de Deficientes Visuais e um Seminário de Orientação e Mobilidade específico para professores desta área. Ocorreu um intercâmbio técnico e científico no Brasil de profissionais de orientação e mobilidade.

1976 Primeira participação da modalidade goalball nos Jogos Paraolímpicos de Toronto, Canadá.

1978 Evento de Futebol para Cegos realizado junto as Olimpíadas das APAEs, na cidade de Natal-RN. Primeiro Campeonato Mundial de Goalball, na Áustria.

1979 Evento de Futebol para Cegos, realizado em São Paulo, com a participação do IBIS e dos Institutos Santa Luzia, São Rafael e Padre Chico. O CENESP, órgão do Ministério da Educação, realizou concurso público para o magistério de 1º e 2º graus e, logo no ano seguinte, foram contratados cinco professores de Educação Física, os quais iniciaram um trabalho que revolucionou a Educação Física no Instituto Benjamin Constant. Início das atividades na Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, de trabalhos com pessoas portadoras de deficiência.

1980 Evento de cegos realizados junto as Olimpíadas das APAES, em Curitiba. A UFRJ abriu o primeiro, e único, Curso de Especialização em Educação Física Adaptada para Deficientes Visuais. Nesta mesma época ingressavam no Instituto Benjamim Constant, no Rio de Janeiro, cinco novos professores de Educação Física e uma professora veterana, que começaram a atuar sobre bases empíricas do

conhecimento. Após o referido curso, iniciaram um processo de sistematização da prática pedagógica para o deficiente visual naquele instituto. No início da década as crianças jogavam futebol no IBC utilizando garrafas PETs com pedrinhas dentro.

1981 Ano Internacional das Pessoas com Deficiências. Criação da Associação Internacional de Esportes para Cegos-IBSA, que a partir de 1998 trocou o termo Associação por Federação, mantendo sua sigla original. Antes desta data quem organizava os eventos internacionais era a Organização Nacional de Cegos da Espanha -ONCE. Ocorreu o Campeonato Sul Brasileiro de Futebol de Salão, realizado em Porto Alegre no mês de março. Aconteceram os I Jogos Nacionais de Deficientes Visuais, organizados pela ANDE na cidade de Curitiba-PR com a participação de aproximadamente 100 pessoas com deficiência visual. Neste evento nacional surgiram as primeiras discussões para criação de uma entidade nacional para gerir o esporte.

1982 Dois novos professores aprovados em concurso foram também contratados pelo IBC, dando seguimento ao trabalho iniciado e que vem sendo desenvolvido até o presente momento. Ocorreram os Jogos Sul-Brasileiros de Futebol de Salão com a participação de entidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e do Rio de Janeiro, tornando-se praticamente uma competição com maior abrangência. Foi fundado o Comitê Coordenador Internacional Esportivo para Deficientes-ICC, com o objetivo de administrar os Jogos Paraolímpicos e representar as entidades dirigentes esportivas internacionais junto ao Comitê Olímpico Internacional. As quatro Federações Internacionais sob gestão do ICC foram: CP-ISRA, IBSA, ISMGF e ISOD. Sendo que logo após as Paraolimpíadas de Barcelona, o ICC foi substituído pelo Comitê Paraolímpico Internacional - IPC. Foi realizado o Primeiro Congresso de Esporte para Todos em Curitiba, marco das publicações em anais a respeito das pessoas portadoras de deficiência. O professor Paulo Sergio Miranda era o responsável pelas práticas de esporte no Instituto Benjamim Constant. Neste mesmo ano chega ao IBC o professor Carmelindo Vieira para dar enfoque ao judô competitivo. Início das atividades na Universidade Federal de Uberlândia para pessoas portadoras de deficiências.

1983 Os II Jogos Nacionais de Deficientes Visuais, novamente organizados pela ANDE, ocorreram com a participação de aproximadamente 200 pessoas nas modalidades: atletismo, natação e futebol de salão. O evento aconteceu na antiga Escola de Educação Física do Exército-EsEFEx na Urca (atual CCFEx), Rio de Janeiro. Esta competição selecionou alguns atletas para participarem da Seletiva dos Jogos Paraolímpicos de Nova York. O senhor Aldo Micoles foi um dos grandes incentivadores da criação da ABDC. Em 14 de dezembro foi feita uma reunião para a criação de uma entidade para gerir o esporte nacional com a participação das entidades seguintes: Associações dos Deficientes Visuais Paranaenses-ADEVIPAR, União dos Cegos do Espírito Santo-UNICEP, Centro Esporte dos Deficientes Visuais do Rio de Janeiro-CDEVERJ, Associação Catarinense de Integração de Cegos-ACIC, Sociedade Educacionais Lois Braille- SELB, Instituto São José dos operários (Campos-RJ), hoje ADVC.

1984 Em 19 de janeiro criou-se a Associação Brasileira de Desportos para Cegos- ABDC, de acordo com o art. 186 do decreto n 80.228, de agosto de 1977, e das resoluções n 14/83 e 01/84 do Conselho Nacional de Desportes-CND. Segundo Adevipar (2004), o objetivo imediato na criação da ABDC foi atender exigências internacionais quanto à participação de atletas cegos do Brasil nas Paraolimpíadas de Nova York. “Aldo Miccolis é eleito seu presidente provisório, dando-se assim, início à fadando-se da história do desporto de cegos em nosso país, organizado em uma entidade nacional específica, fruto da vontade e da luta, desde 1981, de atletas, técnicos e dirigentes de entidades de cegos (...)”, surgindo uma identidade institucional de âmbito nacional. Em fevereiro deste ano, um grupo de nove deficientes visuais interessados na prática do futebol de salão fundou o então Clube de Apoio ao Deficiente Visual-CADEVI, hoje Centro de Apoio ao Deficiente Visual. No mesmo ano, a entidade participou da fundação da Associação Brasileira de Desportos para Cegos-ABDC, visando proporcionar oportunidades na área esportiva para esse segmento. A Associação se consolidou no desporto de cegos e atualmente congrega 450 deficientes visuais (Gurgel, 2003). Os III Jogos Nacionais de Deficientes Visuais realizados no CEFAN, Penha, Rio de Janeiro (centro de Educação Física da Marinha do Brasil), serviram como seletiva para as Paraolimpíadas de Nova York no mês

de maio. O Brasil só tinha 6 atletas deficientes visuais. Os Jogos Paraolímpicos de Nova York representaram a primeira participação internacional de atletas deficientes visuais. Neste evento a delegação brasileira com atletas cegos tinha somente 5 passagens aéreas, caso não conseguissem a outra passagem, um dos 6 atletas convocados seria cortado. No caso a escolhida para ser desligada foi Anelise Hernani, pois, na análise dos dirigentes e técnicos, era ela a atleta com menos chances de medalha. Para sorte do Brasil conseguiram a sexta passagem, pois Anelise foi a pessoa quem em 4 provas ganhou 3 medalhas: bronze nos 800m, prata nas provas de salto em distância e de 100m prata, porém foi desclassificada na quarta prova, a de 400m. A delegação era composta pelos seguintes atletas: Sergio Dias, Mario Sergio Fontes, Guaracy Fernadez e Anelise Hernani e pelos técnicos Paulo Sergio Miranda e Finesio Salmon. Estes jogos foram divididos em duas sedes: Aylesbury, na Inglaterra e Nova Iorque, nos Estados Unidos (número de participantes 1.700/ 2.300 e 41 países/45 países). Nos Estados Unidos, os jogos foram destinados aos cegos, paralisados cerebrais e amputados. Em Aylesbury, participaram somente atletas em cadeira de rodas e o Brasil conquistou 21 medalhas. A atleta Anaelise Hernany foi a primeira cega brasileira medalhista no atletismo (CPB, 2004). Foi fundada em 16 de dezembro deste ano, a União de Cegos do Rio Grande do Sul-UCERGS. Neste mesmo ano foram estruturados alguns cursos de preparação profissional para atender uma demanda futura de inserção da disciplina Educação Física Adaptada no ensino superior. Ocorreram também no mesmo período os primeiros campeonatos esportivos para cegos por uma entidade representativa desta área de deficiência.

1985 Ocorreu o Campeonato Latino Americano, no qual participaram 21 atletas e 6 conseguiram ganhar medalhas. Houve também os Campeonatos Brasileiros de Atletismo e Futebol de Salão. O destaque neste período está voltado para a regularização dos calendários esportivos dos eventos para deficientes visuais. Por unidade de cultura e linguagem o vínculo da ONCE com a América Latina tem sido estreitado. Com uma trajetória de mais de quinze anos a ONCE cria neste ano a Unión Latinoamericana de Ciegos-ULAC. Paralelamente a ONCE põe em desenvolvimento um fundo econômico de cooperação para projetos a favor de pessoas cegas, visando contribuir com outras nações. Os I Jogos Latino-Americanos em Barquisimeto, Venezuela, contaram com a participação de 6 atletas que conquistaram 21 medalhas, obtendo assim o 2º lugar na competição, perdendo por uma medalha para Cuba. A equipe técnica que acompanhou o grupo era composta do técnico Cenesio Follmamm e a chefe de delegação e acompanhante feminina Cineranes. 1986 A equipe brasileira, composta por 19 integrantes (destes, 12 eram atletas), enviou as inscrições fora do prazo para o Campeonato Mundial para Deficientes (World Championships for Disabled) em Gottemburgo, Suécia. Novamente ocorreram dificuldades para obtenção das passagens. Estas foram conseguidas horas antes do embarque. Ao chegar na Suécia, o Chefe de Delegação solicitou ajuda, ainda no aeroporto, a um policial que entrou em contato com Mr. Frederickson, organizador do evento, o qual ordenou que o mesmo embarcasse os brasileiros de volta para a sua pátria. A alegação sueca era de que havia enviado um telegrama ao Brasil negando a inscrição no evento. A equipe brasileira mobilizou toda a imprensa local e até a Rainha Silvia da Suécia, que havia morado no Brasil, para possibilitar a participação no evento. Sendo assim, os atletas saíram em todas as capas de jornais deste país, além de aparecerem em horário nobre nas redes de televisão, e conseguiram, através de uma reunião concedida pela organização do evento, juntamente com a imprensa, participar do Campeonato. Logo após a decisão, os brasileiros que residiam na cidade fizeram uma feijoada em comemoração à “primeira conquista” brasileira. O Professor Mário Sérgio Fontes foi ao Campeonato Mundial de Goalball na Holanda, realizado em outubro daquele ano, para trazer as regras e as primeiras bolas para o Brasil. Outras fontes indicam que a primeira bola a chegar no Brasil foi trazida por Steven Dubner, no ano anterior. Surgimento das competições Oficiais de Judô para Cegos no Brasil. Foi disputado o primeiro Campeonato Internacional de Futebol para Cegos, realizado na Espanha. Aconteceu o I Simpósio Paulista de Educação Física Adaptada, e nos anos pares subseqüentes este seria o evento que reuniria os profissionais e estudantes da área. 1987 O Brasil participa da 1º Competição Intercontinental de Judô – Meeting Internacional da Europa (Paris). A equipe era composta pelo técnico Marcos Aurélio Pacheco e pelos atletas Jaime Oliveira, Sydney Braga e José Roberto Simão, que conquistou

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2 medalhas, sendo 1 de ouro. As equipes que competiram neste evento foram: França, Itália, Espanha, Brasil, Estados Unidos da América, Canadá e Inglaterra, tendo esta última um atleta cego-surdo. Neste evento, também foram realizadas provas de natação e atletismo. O atleta Mário Sergio Fontes ganhou a prova de 100 metros para cegos. Realização do I Campeonato Brasileiro de Atletismo em Curitiba.

1988 V Semana Internacional de Desportes para Cegos (Cinqüentenário de Aniversário da ONCE). No futebol o Brasil foi campeão na categoria B2; Mônica Pegoraro, B1, foi destaque na natação. O judô teve sua primeira participação em Jogos Paraolímpicos. Participação brasileira dos cegos nas VIII Paraolimpíadas em Seul – Coréia (número de participantes 4.200 de 62 países), modalidades de atletismo e judô. O grupo de deficientes visuais na delegação brasileira era de 27 componentes, conquistando medalhas: 6 de prata e 4 de bronze. O destaque deste evento foi a primeira participação da atleta Ádria Rocha Santos, conquistando a sua primeira medalha em Jogos Paraolímpicos nos 100 metros classe B2. Foi criado o primeiro curso de especialização em Educação Física Adaptada na cidade de Uberlândia-MG.

1989 Primeira participação brasileira num Simpósio Internacional de Atividade Física Adaptada-ISAPA e a partir de então, em cada ano ímpar, outros profissionais compareceram a ISAPAs, sendo que a última edição foi em julho de 2001.

Década de 1990 Iniciam-se os acampamentos esportivos para cegos nos Estados Unidos da América.

1991 Neste ano ocorreu o 1º Campeonato do Mundo de Judô em Arnhen, Holanda. O atual vice-presidente da União Européia de Judô convencional (olímpico) foi convidado para o evento, Sr. Klaus Jürgen Schultz, como representante da Federação Internacional de Judô-IJF. Foi a partir deste evento que a instituição suprema do Judô Mundial tomou conhecimento da existência desta prática aplicada a cegos, mas seu reconhecimento enquanto esporte ocorreu somente cinco anos mais tarde.

1992 Mário Sérgio Fontes foi a primeira pessoa cega a formar-se no Curso Superior de Educação Física. Participação brasileira nas IX Paraolimpíadas em Barcelona na Espanha (número de participantes 4.158 de 82 países). Um grupo de 8 atletas cegos participou nas modalidades de atletismo e judô. A atleta Ádria Rocha Santos conquistou a sua primeira medalha de ouro, a única da delegação. Nesta edição dos Jogos Paraolímpicos foi criada a classificação funcional esportiva, porém até 2004 não foram criadas estratégias para que classificações fossem aplicadas a atletas deficientes visuais. Durante a festa de abertura das Paraolimpíadas houve uma cena emocionante, o cão guia da atleta espanhola cega, Purificación Santa Marta, do atletismo, entrou pelo estádio guiando a mesma, que correu brilhantemente para acender a tocha paraolímpica. Ocorreu historicamente a prova de salto triplo para cegos nesta edição dos Jogos Paraolímpicos. Organização da primeira regata internacional para cegos em Auckland, Nova Zelândia, que resultou posteriormente na formação da Blind Sailing International -BSI.

1993 Ocorreu o encontro técnico de avaliação do esporte da pessoa com deficiência na década de 1983/92. O encontro teve como objetivo elaborar um documento que retrata o perfil das ações esportivas das pessoas portadoras de deficiência em âmbito nacional.

1994 De 7 a 10 de junho foi estruturada a Declaração de Salamanca sobre Princípios, Política e Prática em Educação Especial. Realização dos Jogos Latino-Americanos e do Caribe para Cegos e Deficientes visuais na cidade de São Paulo. Fundação da Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada–SOBAMA. Nesta época, por iniciativa da Eliane Mauerberg de Castro, foi criada a revista Brazilian International Journal of Adapted Physical Education Research-BIJAPER, que possibilitou a internacionalização do Brasil na Educação Física Adaptada.

1995 Acontece a homologação oficial dos Estatutos da Associação Brasileira de Desportos para Cegos-ABDC, pelo Ministro da Educação Marco Maciel (ADEVIPAR, 2004). Ocorreu na Argentina os I Jogos Pan-Americanos para Cegos, onde o Brasil alcançou o segundo lugar geral no fim da competição conquistando 39 medalhas (Revista Eletrônica NETESPORTES, 2002). Este ano representa um marco para a história do para-esporte nacional, pois

foi criado o Comitê Paraolímpico Brasileiro. Foram realizados em Goiânia os I Jogos Brasileiros Paradesportivos (Comitê Paraolímpico Brasileiro, 2004). Ocorreram ainda os Cursos de Capacitação de Recursos Humanos para o Esporte da América do Sul, América Central e Caribe, com palestras internacionais de atletismo, natação e futebol de cegos. Lançamento da Revista Benjamin Constant, uma publicação técnico-científica do centro de pesquisa, documentação e informação do instituto. A SOBAMA assumiu a realização bi-anual dos congressos brasileiros de atividade motora adaptada. Também investiu na idéia de publicar uma revista científica e lançando seu primeiro exemplar.

1996 Foi criado o Foro Europeo de la Discapacidad com sede em Bruxelas. Aconteceu no Rio de Janeiro os II Jogos Brasileiros Paradesportivos com números expressivos de atletas e com apoio de várias empresas e principalmente do Ministro Extraordinário dos Esportes da época, Edson Arantes do Nascimento, Pelé. Aconteceram nesse ano as Olimpíadas Internacionais de Xadrez, em Laguna-SC, ficando o Brasil em penúltimo lugar. O Brasil participou dos X Jogos Paraolímpicos de Atlanta, EUA,(número de participantes 4.912 de 104 países). O grupo de atletas cegos e deficientes visuais na delegação brasileira era de 15 pessoas, nas modalidades de atletismo, judô e natação. Os atletas deficientes visuais conquistaram as seguintes medalhas: 1 de ouro, 3 de prata e 2 de bronze. Ocorreu também o reconhecimento oficial pela IJF do judô enquanto modalidade para cegos, através do seu vice-presidente o Sr. Frank Carbo. James Maestro foi o primeiro atleta olímpico (1992) de judô que passou a competir em paraolimpíadas em função da deficiência adquirida, ganhando a medalha de bronze na categoria – 95 kg nas Paraolimpíadas deste mesmo ano. 1997 Os II Pan-Americanos para Cegos não aconteceram, pois o país que promoveria o evento, o México, não cumpriu os pré-requisitos exigidos pela IBSA (Revista Eletrônica NETESPORTES, 2002; PRODAM, 2002 ). Ocorrem os I Jogos Paraolímpicos de São Paulo, de 29 de outubro a 02 de novembro. Os esportes foram: futebol de salão, goalball, atletismo e judô. A IBSA reconhece o futebol como esporte para deficientes visuais a partir deste ano. Na I Copa América de Futebol, no Paraguai, o Brasil sagrou-se vice-campeão do torneio, tendo a maior goleada de todos os tempos, com o placar 10 x 0 contra os donos da casa. O I Campeonato Mundial de Esportes para Cegos – IBSA foi realizado em Madrid, na Espanha; o Brasil teve uma delegação de apenas 3 judocas, sendo custeada pela IBSA. O Brasil também participou do Latino Americano de Cegos no Panamá.

1998 I Campeonato Mundial de Futsal para Cegos e Deficientes Visuais. O Brasil obteve o título mundial na categoria B1, com a Argentina vice-campeã e a Espanha no terceiro lugar; na categoria B2/3 a Bielorrússia campeã, Espanha na segunda colocação e Itália no terceiro posto, o Brasil conquistou o quinto lugar. A I Copa Brasil de Goalball foi realizada em Campinas. Inicia-se então uma trajetória de atendimento e suporte econômico a países da América Latina, através do Conselho Geral da ONCE, que cria a Fundación ONCE para América Latina (FOAL), visando dar maiores suportes a pessoas cegas. 1999 II Jogos Pan-Americanos para Cegos, na cidade do México. O Brasil obteve a 3ª colocação por equipes, com 8 medalhas de ouro, 3 de prata e 1 de bronze; a equipe era composta por 4 mulheres e 5 homens. Outras fontes informam que neste mesmo evento do México os atletas brasileiros trouxeram 32 medalhas para o país (Revista Eletrônica NETESPORTES, 2002). Os Jogos Pan-Americanos passam a ocorrer a cada dois anos (PRODAM, 2002). Realização do Pan-Americano de Judô para Cegos em Colorado Springs, EUA. Na II Copa América de Futebol, no Paraguai, o Brasil sagrou-se campeão do torneio. No mesmo ano foram realizados os I Jogos Brasileiros Infanto-Juvenis de Cegos no período de 5 a 7 de setembro deste ano na cidade de Paulínia, em São Paulo. 2000 I Jogos Brasileiros para Cegos e Deficientes Visuais, na Cidade de São Paulo nas modalidades atletismo, natação, futebol para cegos, xadrez e judô. Oficialização do futebol para cegos como esporte paraolímpico a partir dos Jogos Paraolímpicos de Atenas. XI Olimpíadas Mundiais de Xadrez em Zakopane na Polônia. I Primeiro Campeonato Mundial de Halterofilismo (Powerlifting). Nas XI Paraolímpiada de Sydney o Brasil teve em sua delegação 18 atletas deficientes visuais, conquistando 4 medalhas de ouro das 6 totais da delegação e mais 3 de prata. O Brasil terminou a competição na 24ª classificação geral, com total de 22 medalhas, sendo 6 de ouro, 10 de prata e 6 de bronze. Participação nacional

no II Campeonato Mundial de Futsal para Cegos em Jerez de La Frontera, Espanha, sagrando-se bi-campeão mundial, obtendo placar no jogo final de 4 a 0 contra a equipe da Argentina.

2001 Os III Jogos Pan-Americanos para Cegos foram realizados entre os dias 29 de maio e 2 de junho na cidade de Spartanburg, Carolina do Sul, EUA. Os atletas brasileiros conquistaram um resultado inédito nos Jogos Pan-Americanos de Cegos, a primeira colocação geral com 72 medalhas (28 ouro, 30 prata e 14 bronze). A delegação brasileira participou do campeonato com um grupo de 34 atletas e 25 profissionais. Foram 13 países participantes no total e os jogos envolveram modalidades como o atletismo, a natação e o goalball. (Instituto Benjamim Constant, 2001). O Brasil promoveu e participou da Copa Mundial de Judô (World Cup for Blind and Impaired Vision), organizada pelos professores Leonardo Mataruna e Walter Russo Jr, que aconteceu no Rio de Janeiro. O evento contou com a presença de: Canadá, China-Taipei, Cuba, Espanha, Grã-Bretanha, Japão, Ucrânia, entre outros. A classificação final foi 1° Espanha; 2° Cuba; 3° Rússia. O Brasil conquistou no masculino, 1 de medalha de prata (Roberto Paixão, -66kg) e 7 medalhas de bronze (Alessandro Oliveira, -73kg; Arcleuton Nazareth e Esley Carvalho, 81 kg; Antônio Tenório, -90kg; Divino Donato e João Quirino, -100kg; Leonel Cunha, +100kg); no feminino, primeira competição de âmbito mundial para mulheres, o país alcançou com 2 medalhas de prata (Regiane Leite, -57kg; Magda Pinto, +63kg) e 3 medalhas de bronze (Rita Silva, -57kg; Renata Quintão, -57kg; Kelly Pinto, +63kg). Participação brasileira na III Copa América de Futebol, em Paulínia, o Brasil sagrou-se campeão. II Pan-Americano de Xadrez em Lima no Peru, o Brasil obteve as seguintes marcas: 6º lugar com Adroildo Martim, 11º lugar com Crisolon V. Boas e 12º com José L. Vaz. Curso Internacional de Capacitação em Arbitragem para Futebol de Salão. O Brasil participou do II Campeonato Mundial de Futsal B2/3 na Itália. A campeã foi a Bielorússia, com a Espanha em segundo. O Brasil obteve a quarta colocação. Participação do atleta Aurélio Guedes dos Santos na XI Maratona Internacional para Cegos em Kasumigaura – Japão, obtendo a medalha de bronze. A Federação Internacional de Atletismo-IAAF decide incluir provas em seus Mundiais que sejam aplicadas a Deficientes Visuais. No VIII Mundial de Atletismo Edmonton – Canadá, as atletas brasileiras correram os 200 metros Classe T11-12 (B1 e B2), no qual Ádria Rocha Santos, conquistou o lugar mais alto do pódio, trazendo o ouro para o Brasil; e Maria José (Zezé) Ferreira Alves, conquistou o terceiro posto, garantindo o bronze.

2002 Acontece a Declaração de Madrid durante o Congresso Europeu das Pessoas com Deficiência. O VII Campeonato Mundial de Goalball da IBSA ocorreu na cidade do Rio de Janeiro de 31 de agosto a 07 de setembro, tendo como participantes: Alemanha, Argélia, Austrália, Brasil, Canadá, Coréia do Sul, Dinamarca, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Hungria, Japão, Lituânia e Suécia. As equipes que se classificaram para as Paraolimpíadas foram: no feminino – EUA, Canadá, Holanda e Alemanha; no masculino – Suécia, Lituânia, Eslovênia, Dinamarca, Alemanha e Hungria (ABDC, 2002). Entre os dias 30 de novembro e 08 de dezembro a Associação Brasileira de Desportos para Cegos -ABDC e a International Blind Sports Federation-IBSA realizaram o III Mundial de Futebol para Cegos, que aconteceu em Niterói-RJ. O evento contou com a presença de nove equipes, totalizando mais de 90 atletas, entre as quais estavam as campeãs da Europa, das Américas e da Ásia. A ABDC fechou o ano com a participação de mais de 1.200 atletas – maior número registrado desde a fundação da organização, em 1984. Participou também o atleta Aurélio Guedes dos Santos na XII Maratona Internacional para Cegos em Kasumigaura, Japão, obtendo a medalha de prata. Participação de atletas com deficiência visual no Campeonato Mundial de Atletismo (IPC) em Lille Villeneve D´asq, França, obtendo 3 de ouro, 3 de prata e 1 de bronze. Participação da ABDC no Campeonato Mundial de Judô em Roma – Itália, conquistando 1 medalha de prata (Antonio Tenório), 03 de bronze (01 equipe feminina, Magda Pinto e Renata Quintão). A nova equipe técnica responsável por este ciclo paraolímpico no judô (2002-2004) contou com a direção do Prof. Carmelino Vieira e Prof. Walter Russo; Técnicos: Prof. Leonardo Mataruna e Prof. Jucinei Costa; Auxiliar Técnica: Prof. Mariana Melo; Árbitro: Jefferson Vieira; Psicólogo: Dietmar Samulski. Foi a primeira vez que uma equipe desta modalidade viajou com uma composição tão representativa. Participação no Campeonato Mundial de Futebol B2-B3 em Milão na Itália, obtendo o 4º Lugar. O Brasil competiu na Copa Coréia em Seul, na categoria B1, obtendo o 2º lugar. Participação

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da equipe brasileira de futebol classe B1 em um evento com idade até 25, sagrando-se campeã do Torneio na Grécia. Neste ano a ABDC organizou 31 eventos nacionais e 2 internacionais. 2003 Ano Europeu das Pessoas com Deficiência. IV Copa América de Futebol, em Bogotá, Colômbia; o Brasil sagrou-se campeão. É importante ressaltar que o Brasil com este título assegurou a sua presença nas Paraolimpíadas de Atenas. Até este evento o Brasil perdeu apenas 2 partidas oficiais reconhecidas IBSA: 4x1 para a Espanha no mundial de 2002 e 2x0 para o Paraguai na Copa América de 2003. Alberto Martins da Costa foi eleito o primeiro brasileiro diretor técnico mundial da IBSA. Neste ano a ABDC organizou 29 eventos nacionais. Ainda este ano na cidade de São Paulo, ocorreu o I Brasil Open Paraolímpico de Atletismo e Natação. O Prof. Alberto Costa, pioneiro da Atividade Motora Adaptada do Brasil é indicado para a Direção Técnica Mundial da IBSA e o Prof. José Julio Gavião de Almeida para a Direção Técnica da ABDC. Novamente no Campeonato da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), no IX Mundial de Atletismo Paris – França, na prova dos 200 metros Classe T11-12, a atleta Ádria Rocha Santos, ganha o ouro e ainda bate o Recorde Mundial na Classe T12, superior a sua, ou seja, correndo com pessoas com visão-subnormal. A atleta Maria José (Zezé) Ferreira Alves termina em 4º lugar. A Federação Internacional de Natação (FINA) incluiu as provas de 100 metros livres S11-12 (B1 e B2) em seus Mundiais, nos quais a atleta Fabiana Harumi Sugimori, participou terminando na quinta colocação em Barcelona.

2004 Ano de Paraolimpíadas e últimas etapas de classificação para os Jogos de Atenas. Pela primeira vez o Comitê Paraolímpico Brasileiro desenvolveu as equipes permanentes, assim como treinamentos durante todo o período pré-competitivo. Instituições privadas estão investindo no esporte paraolímpico, colaborando para o fomento e manutenção do esporte adaptado no Brasil. Suspensão dos Bingos, fato que pode inviabilizar a continuidade do esporte para-esportivo no Brasil em alguns anos.

Situação Atual A associação com o maior número de atletas registrados no Brasil é a ADEVIBEL com 117 pessoas que disputam torneios em todo o território nacional. O Brasil viajará para os Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004 com o maior número de atletas de todos os tempos. Em uma delegação de 96 atletas, aproximadamente 39 são deficientes visuais. Esta também será a maior representação de mulheres deficientes visuais de todos os tempos, contando com a participação de 12 atletas. A equipe paraolímpica oriunda da Associação Brasileira de Desportes para Cegos-ABDC contará com 10 jogadores de futebol, 6 de goalball, 7 judocas, 5 nadadores, 10 desportistas do atletismo entre outros que ainda podem conseguir índices classificatórios. As mulheres irão deslanchar nos Jogos Paraolímpicos de Atenas, pois as jogadoras de goalball conseguiram uma classificação inédita na modalidade. As judocas participarão pela primeira vez dos jogos, pois antes a modalidade era oferecida apenas para os homens. Assim como o judô feminino, o futebol de cegos será disputado pela primeira vez em uma paraolimpíada. O atual diretor técnico

da International Blind Sports Federation–IBSA (Federação Internacional de Esportes para Cegos), Prof. Dr. Alberto Costa, foi o primeiro brasileiro a alcançar um posto em nível mundial. O presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Prof. Vital Severino Neto, é Delegado Continental da IBSA AMÉRICA. O médico Dr. Helder da Costa Filho é classificador internacional da IBSA. O presidente da ABDC, Prof. David Farias Costa é o Presidente do Comitê ad hoc de Jovens da IBSA. Um projeto iniciado no ano de 1994 na cidade de Curitiba permite atualmente a distribuição de bolas que atendem a diversos países no mundo. Até este ano foram distribuídas 2.074 bolas de futebol para cegos. As bolas brasileiras são utilizadas em todas as competições internacionais na atualidade. Estas são desenvolvidas pelo Programa Pintando a Liberdade, no qual, presidiários confeccionam materiais esportivos. Fontes Antonio Menescal; Mario Sergio Fontes; El Foro Europeo de la Discapacidad – www.edf-feph.org; Comité Español de Tercer Sentido: revista sobre surdoceguera. n.36, p.3, Madrid: ONCE, 2003; Representantes de Personas con Discapacidad. CERMI – www.cermi.es/graficos/deporte.asp; Declaração de Salamanca; David Farias Costas; GIL, Marta. Espaços de Inclusão – intervox.nce.ufrj.br/~gilmar/acercadainclusao.html; Jonas Freire; Carmelino Vieira; Ciro Wincler; Leonardo Mataruna; João Marcus Perelli; www.blindsailing.org/frameset1.html; www.abdcnet.com.br; www.ibcnet.org.br

Brasil – Número de atletas cegos, por entidades e modalidades esportivas, 2004

Brazil – Number of blind athletes per representative body and sport discipline, 2004

Regiões

Regions Entidades Organizations Atletas Athletes Média atletas por entidade Athletes / organization average Centro-Oeste 7 157 22,43 Sudeste 40 810 20,25 Sul 13 258 19,85 Nordeste 11 243 22,09 Norte 4 111 27,75 Total (1) 75 1579 21,05

(1) Cinco novas Associações se inscreveram na ABDC no final de 03/2004,

formando um novo total de 80 instituições filiadas. (1) Judo, Goalball, Chess, Soccer, Swimming, Cycling, Athletics, Equestrian, Powerlifting

Modalidades esportivas / Sport disciplines (1)

Regiões / Regions Total Judô Goalball Xadrez Futebol Natação Ciclismo Atletismo Hipismo Powerlifting

Centro-Oeste 7 2 4 1 4 3 ***** 3 ***** ***** Sudeste 40 13 20 8 15 19 ***** 24 ***** ***** Sul 13 3 6 3 6 6 ***** 7 ***** ***** Nordeste 11 4 6 3 8 3 ***** 3 ***** ***** Norte 4 0 1 1 4 3 ***** 3 ***** ***** Total de Associações 75 22 37 16 37 34 ***** 40 ***** ***** Paraolímpica Verão (S) (N) /

Summer - Sim Sim Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Paraolímpica Inverno (S) (N) /

Winter - Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Porcentagem de atletas por modalidade em níveis estimados no âmbito nacional

Percentage of athletes per sport discipline according to estimates in national concerns

Judô Goalball Xadrez Futebol Natação Atletismo 4,75% 35,78% 2,72% 25,71% 6,97% 24,07% Fonte / source: Associação Brasileira de Desportos para Cegos - ABDC, 2004.

Esportes e Práticas Esportivas Novas para Deficientes Visuais

Old and new blind sports disciplines

Montanhismo Tiro com Arco

Esportes na natureza Futebol Society

Baseball Provas de travessia na natação

Triatlo Hipismo

Tênis de Mesa Capoeira

Vôlei Karatê

Tênis de campo Dança

Pára-quedismo Surf

Corrida de Orientação Pólo Aquático

Esgrima Boxe

Golfe Basquetebol

Modalidades Paraolímpicas para Cegos – Comitê Paraolímpico Internacional

Paralympic blind sports – International Parolympic Committee

Verão / Summer Inverno / Winter

Atletismo Biatlón. Futebol de Salão (Futebol de 5) Esqui nórdico

Goalball Esqui alpino.

Judô Natação Ciclismo Hipismo

Esportes organizados e/ou aceitos pela IBSA Sports organized or accepted by IBSA

Verão / Summer Inverno / Winter

Atletismo Biatlón.

Bolos Esqui alpino.

Ciclismo em Tándem (dupla) Esqui nórdico Futebol de Salão (Futebol de 5)

Goalball Judô Luta Greco-Romana Natação Power lifting Showdown Tiro Toarball Xadrez

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II Mundial IBSA – 2003 / II World IBSA – 2003, Quebec / Canada Resultados do Brasil / Brazilian results

Medalhas / Medals Judô Goalball Natação Atletismo

Ouro / Gold 1 0 0 2

Prata / Silver 1 1 0 3

Bronze / Bronze 2 0 2 4

Sem Medalha / Classificação Final 6º(M) 2º(F) 6º(M) 2º(F) --- ---

Número de Atletas (H) / Men 7 6 7 6

Número de Atletas (M) / Women 3 6 0 3

I Mundial IBSA – 1999 / I World IBSA – 1999, Madrid / Espanha

Medalhas Judô Goalball Natação Atletismo

Ouro 0 --- --- ---

Prata 0 --- --- ---

Bronze 1 --- --- ---

Sem Medalha / Classificação Final 11º(M) --- --- ---

Número de Atletas (H) 3 --- --- ---

Número de Atletas (M) 0 --- --- ---

Medalhas de atletas brasileiros cegos em Jogos Pan-Americanos por esportes Results of blind brazilian athletes in Pan-American Games per sport / Homem=Men / Mulher=Women

Ano /

Year Ouro Gold Silver Bronze Prata Homem Ouro Homem Prata Homem Bronze Mulher Ouro Mulher Prata Mulher Bronze 2003 – Argentina (1) 22 11 8 14 8 8 8 3 0 2001 – EUA (2) 28 29 15 15 18 12 13 11 3 1999 – México (3) 8 3 1 4 2 1 4 1 0

(1) Natação: 22; atletismo: 19; (2) Natação: 27; atletismo: 44; goal:1; (3) Natação: 5; atletismo: 7.

Competições para-olímpicas de destaque com participantes deficientes visuais brasileiros, 1952 – 2004

Main Parolympic competitions with Brazilian blind athletes participation, 1952 – 2004

Medalhas – Brasil Medals - Brazil Ano

Year Cidade City

País sede Host country

Participantes

Participants Países Countries

Ouro Prata Bronze TOTAL

1952* Stoke Madeville* Inglaterra* 130* 2* --- --- --- ---

1960 Roma Itália 400 23 --- --- --- ---

1964 Tóquio Japão 390 22 --- --- --- ---

1968 Tel Aviv Israel 1100 29 --- --- --- ---

1972 Heidelberg Alemanha 1400 44 0 0 0 0

1976 Toronto Canadá 2700 42 0 2 0 2

1980 Arnhem Holanda 2560 42 0 0 0 0

1984 Nova Iorque EUA 1700 41 1 3 2 6

Stoke Madeville Inglaterra 2300 45 6 14 2 22

1988 Seul Coréia 4200 62 4 10 13 27

1992 Barcelona Espanha 4158 82 3 0 4 7

1996 Atlanta EUA 4912 104 2 6 13 31

2000 Sydney Austrália 3824*** 124*** 6 10 6 22

2004 Atenas Grécia 4000** 143** --- --- --- ---

Fontes / sources: Comitê Paraolímpico Brasileiro (2004), adaptado pelo autor; * Freitas & Cidade (2002); **HESSE, 2003; *** International Paralympic Commitee (2003).

Presidentes e Vice-Presidentes da ABDC, 1984 – 2004 ABDC Presidents and vice-presidents, 1984 – 2004

Presidente Vice - Presidente Data / Period

Aldo Micolis Mário Sergio Fontes 1984/1985

Vital Severino Neto Mário Sérgio Fontes 1985/1986

Mário Sérgio Fontes ---- 1986/1987

Mário Sergio Fontes Marcio José Ferreira 1988/1991

César A. Gualberto Lúcio (s/ registro de sobrenome nas atas) 1991/1992 Intervenção Vital Severino Neto

Mário Sérgio Fontes Adilson Ventura

1993 março/agosto

Vital Severino Neto Mário Sérgio Fontes 1993/1994

Vital Severino Neto David Farias Costa 1995/1998

Vital Severino Neto David Farias Costa 1998/2000

David Farias Costa Benedito Franco Leal Filho 2001/2004

Dados dos censos nacionais – Portadores de deficiências físicas

National census data – Persons with physical impairment

Número de deficiências detectadas Censo 2000 IBGE Visual 16.573.937 Motora 7.879.601 Auditiva 5.750.809 Mental 2.848.684 Física 1.422.224 4,10% 8,30% 16,70% 22,90% 48,10% 1

Física Mental Auditiva Motora Visual

Taxa de incidência de cegueira por 1000, 1920 Blindness index per 1000 inhabitants, 1920

Números Absolutos

Cegos / Blinds Surdos-Mudos

Deaf and dumb

Ano H M Total H M Total

1872 9,469 6,379 15,848 7,157 4,438 11,595 1900 10,250 8,563 18,813 4,224 3,137 7,361 1920 16,113 13,761 29,874 14,525 11,689 26,214 Fonte: Censo Demográfico de 1920/IBGE.

Distribuição de portadores de deficiências sensoriais por faixa etária, 1940 Physical impairment distribution per age group, 1940

%Deficiência/

Faixa Etária 0-9 10-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-69 > 80 Cegos por doença 14,9 15,0 19,2 29,4 43,0 55,9 68,7 74,8 73,6 Cegos de nascença 13,0 10,8 8,5 7,0 5,6 4,1 2,6 1,9 1,5 Cegos por acidente 5,9 6,4 12,1 15,9 18,4 18,4 15,5 13,3 11,8

Origem não declarada 1,3 1,2 1,2 1,4 1,7 1,7 2,8 4,3 7,8

Surdos mudos 64,4 66,3 58,8 46,0 31,2 31,2 10,3 5,6 5,0

Surdos mudos cegos 0,5 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,1 0,2 0,3

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: Censo Demográfico de 1940/IBGE.

(7)

Distribuição de Portadores de Deficiências Sensoriais, 1981 Physical impairment distribution per age group, 1981 Deficiência % Cegueira 8,29 Surdez 8,69 Surdo-mudez 4,3 Retardamento mental 32,7 Falta de membro 6,11 Paralisia total 5,09

Paralisia de um dos lados 11,9 Outro tipo de deficiência 16,9 Mais de um tipo de deficiência 5,7

Fonte: PNAD, 1981 Fonte: Censo, 1991.

Distribuição de Portadores de Deficiências Sensoriais, 2000

Physical impairment distribution per age group, 2000

Deficiência %

Deficiência mental 11,5

Tetraplegia, paraplegia ou hemiplegia 0,44 Falta de membro ou parte dele 5,32

Dificuldade de enxergar 57,16 Dificuldade de ouvir 19,0 Dificuldade de caminhar 22,7 Incapaz de ouvir 0,68 Incapaz de caminhar 2,3 Incapaz de enxergar 0,6 Fonte: Censo, 2000. Fontes / Sources

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Dados dos censos nacionais – Portadores de deficiências físicas (continuação) National census data – Persons with physical impairment

Organizações não governamentais de assistência e apoio a pessoa com deficiência

Non-governmental organizations dedicated to support persons with special needs

1. Conselho Brasileiro para o Bem-Estar dos Cegos www.rionet.com.br/~cbbec 2. Instituto de Cegos da Bahia www.institutodecegos.org.br/

3. CBBEC – Conselho Brasileiro para o Bem-Estar dos Cegos www.rionet.com.br/~cbbec 4. União dos Cegos no Brasil – www.brasil-total.com.br/uniaocegos.htm

5. Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual da Bahia www.gadv.jor.br/links.htm 6. Fundação Dorina Nowill para Cegos www.fundacaodorina.org.br

7. Instituto de Cegos da Bahia www.compos.com.br/icb

8. Instituto Londrinense de Instrução e Trabalho para Cegos – www.ilitc.org.br/ 9. Acessibilidade – Prodam São Paulo SP – www.prodam.sp.gov.br/acess/ 10. Apoio a Portadores de Deficiência Visual – www.pga.com.br/dv.htm

11. Associação de Cegos Louis Braille – ACLB Belo Horizonte MG – www.deficientesvisuais.org.br/ 12. Associação de Deficientes Visuais e Amigos – Adeva São Paulo SP – www.adeva.org.br/ 13. Associação De e Para Cegos do Pará – Ascepa – www.ascepa.hpg.ig.com.br/

14. Catálogo Nacional de Publicações para Cegos – CNPC – www.universoespirita.org.br/ spleb/cnpc.asp

15. Compadres São Paulo SP – www.compadres.org.br/ 16. LARAMARA São Paulo SP – www.laramara.org.br/

17. Instituto de Cegos “Padre Chico” São Paulo SP – www.padrechico.org.br/

18. Pró-Criança Deficiente Visual Infanto-Juvenil do Brasil Rio de Janeiro RJ – www.procriancadv.com.br/

Associação dos Cegos em Juiz de Fora – www.guiaoptico.com.br/noticias/associacao2.asp

Distribuição de Portadores de Deficiências Sensoriais, 1991 Physical impairment distribution per age group, 1991 Deficiência % Cegueira 8,7 Surdez 10,6 Deficiência mental 39,5 Falta de membro 8,6 Paralisia total 2,86

Paralisia de um dos lados 12,2 Paralisia nas pernas 12,1 Mais de um tipo de deficiência 5,28

Referências

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