Núcleo 3.3 - A Psicologia nas Políticas Públicas:
referências e práticas
DEPARTAMENTOS ENVOLVIDOS:
Psicologia Social / Métodos e Técnicas
COORDENADOR: Maria da Graça Marchina Gonçalves PROFESSORES:
Adriana Eiko Matsumoto Ana Mercês Bahia Bock
Edna Maria Severino Peters Kahhale Elisa Zaneratto Rosa
José Agnaldo Gomes
ÊNFASE: PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS JUSTIFICATIVA:
- A proposta do núcleo decorre de uma avaliação da importância que o campo das políticas públicas representa hoje. Por um lado, ampliam-se, em número e diversidade de áreas, os postos de trabalho para psicólogos nas políticas públicas. Por outro, o desenvolvimento de políticas públicas sociais requer a presença qualificada e crítica de profissionais diversos, inclusive o psicólogo, para que se alcance a garantia dos direitos sociais e o fortalecimento dos sistemas de proteção social no nosso país. Embora esse tema já esteja presente, de alguma forma, em outros espaços do currículo, entendemos que uma proposta que permita uma discussão mais ampla e sistemática do campo das políticas públicas será uma contribuição importante para a formação dos futuros profissionais. Nesta proposta, o aluno atuará utilizando os conhecimentos da psicologia sócio-histórica, que embasa as práticas de estágio oferecidas. Aprofundará e utilizará conhecimentos da abordagem, em especial os conhecimentos oriundos da psicologia social sócio -histórica, e também de outras abordagens que orientam sua leitura na perspectiva da desnaturalização do fenômeno psicológico , como contribuições para a leitura do campo das políticas públicas e das possibilidades de atuação a partir da psicologia.
RELAÇÃO DO NÚCLEO COM A FORMAÇÃO ATÉ O 4º ANO:
Após passar pelos quatro núcleos no 4º ano, o aluno terá aqui a possibilidade de avançar na compreensão dos diferentes campos de atuação do psicólogo em políticas públicas. Até o 4º ano o aluno teve contato com esses campos e/ou atuou neles, por meio de estágios, mas sem necessariamente ter a possibilidade de aprofundar a compreensão da relação da sua prática como profissional nas diferentes instituições e a constituição do campo de políticas públicas na qual a mesma se insere. Neste núcleo ele terá a oportunidade de aprofundar o conhecimento das políticas públicas sociais e das formas de atuação possíveis com a leitura da psicologia, reconhecendo possibilidades, limites e lacunas e fazendo propostas de intervenção em relação a isso. Essas propostas representarão o atendimento de demandas oriundas de estágios de 3º e 4º anos do curso, que requerem intervenções de maior complexidade, de forma a garantir, também no campo das intervenções, uma articulação com os projetos desenvolvidos pelos anos anteriores.
RELAÇÃO COM A ÊNFASE:
Garante-se a relação com a ênfase Psicologia e Políticas Públicas ao se propor a discussão de aspectos estruturais e operacionais das políticas sociais em diferentes áreas (saúde, educação, assistência social), numa perspectiva intersetorial (garantida pelo desenvolvimento de projetos de intervenção que articulam diferentes pontos da rede de serviços públicos); a análise e discussão de dispositivos, elementos e procedimentos próprios do campo; e intervenções em programas decorrentes das macro-políticas, onde os aspectos discutidos se mostram presentes. As intervenções estão propostas de forma a contemplar a participação da Psicologia nos espaços de formulação, execução, monitoramento e avaliação de programas e serviços em políticas públicas sociais.
Geral
Formar para atuação no campo das políticas públicas dirigidas ao atendimento dos direitos sociais, nos diversos níveis de intervenção (formulação de políticas, desenvolvimento de programas, planejamento , monitoramento e avaliação, atuação direta, controle social).
Específicos
(a) Identificar e conhecer as macro-políticas e legislação pertinente nas áreas de saúde, educação, assistência social, entre outros.
b) Identificar demandas da população e as políticas e programas existentes para atendê-las. c) Analisar criticamente as políticas e os programas existentes, identificando lacunas, possibilidades e limites.
d) Identificar e analisar a atuação da Psicologia nos diferentes campos e níveis das políticas. e) Identificar a dimensão subjetiva dos fenômenos sociais presentes nesses campos como aspecto importante a ser considerado na construção e desenvolvimento de políticas, programas e serviços.
f) Propor, planejar, executar e avaliar intervenções, a partir das contribuições da Psicologia Sócio- histórica e/ou de perspectivas que considerem a historicidade.
DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE AUTO – AVALIAÇÃO DO NÚCLEO:
- A equipe responsável pelo núcleo fará reuniões regularmente para acompanhar o desenvolvimento das atividades e garantir sua articulação. Fará também essa discussão junto aos alunos.
- Ao final de cada semestre, cada disciplina desenvolverá processo de avaliação do trabalho desenvolvido. Na supervisão de estágio também será feita avaliação do processo desenvolvido, além de uma avaliação da contribuição das disciplinas para o desenvolvimento do estágio. - Uma das atividades previstas para ocorrer mensalmente no núcleo, os fóruns de discussão dos estágios, será também uma oportunidade de avaliação do trabalho do núcleo de maneira mais processual.
- A equipe participará de reuniões com os trabalhadores dos locais onde se realizam os estágios a fim de avaliar a inserção das atividades do núcleo e seus resultados.
Programa 1: Políticas Públicas Sociais
Professor: Ana Bock / Elisa Zaneratto Rosa Nº créditos: 02
EMENTA:
Estudo das macro-políticas em diferentes áreas, das principais legislações pertinentes e de programas em políticas públicas sociais, bem como dos mecanismos de controle social e participação. Estudo das noções de Estado, direitos, políticas sociais, políticas públicas e mecanismos de gestão. Análise da relação Psicologia e Políticas Públicas.
OBJETIVOS:
- Analisar criticamente a história da Psicologia no campo das políticas públicas e suas implicações
- Caracterizar os aspectos estruturais e os mecanismos operacionais das macropolíticas
- Caracterizar os principais programas e dispositivos das políticas públicas de diferentes áreas e os princípios de organização da rede intersetorial.
- Analisar a relação entre demandas, direitos sociais e serviços desenvolvidos em programas de diferentes áreas de políticas públicas.
- Analisar criticamente o alcance e limite das políticas públicas na direção da promoção de direitos sociais
- Refletir sobre os atuais desafios no campo das políticas brasileiras
- Exercitar a leitura psicológica desses aspectos e identificar espaços de atuação do psicólogo
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. Aspectos históricos da presença da Psicologia no campo das políticas públicas
2. Noções de Estado; direitos sociais; políticas sociais e políticas públicas a. O Estado do Bem Estar Social
b. Desigualdade social e os ajustes neoliberais 3. Noções de financiamento público e orçamento 4. Noções de administração pública.
5. Os grandes sistemas de políticas públicas sociais e os sistemas de proteção social (SUS, SUAS, SGDCA , PNDH, Políticas para Juventude e de Promoção da Igualdade Racial, Segurança Pública ); marcos legais e políticos 6. Princípios das políticas públicas sociais
7. Redes e Serviços que compõem cada política pública e
intersetorialidade
8. Modelos de gestão:
a. Sistemas de administração dire ta; sistemas terceirizados; a participação de organizações sociais
b. Organização das subprefeituras e divisões regionais 9. Estudo dos mecanismos de controle social e participação. 10. Psicologia e Políticas Públicas
FORMAS DE AVALIAÇÃO:
- Seminários em grupo - Trabalho individual final
BIBLIOGRAFIA: a) Bibliografia Básica
1. GONÇALVES, M. Graça M. - Psicologia, Subjetividade e Políticas Públicas São
Paulo: Cortez, 2010. Coleção Construindo o Compromisso Social da Psicologia.
2. SINGER, Paul - A cidadania para todos. In PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla B. (orgs.) –
Historia da cidadania. São Paulo: Contexto, 2003, p. 191-264
3. MOTA, Ana E. (org.) – O mito da assistência social: ensaios sobre Estado, Política e
Sociedade
b) Bibliografia Complementar
1. YAMAMOTO. Oswaldo H.; OLIVEIRA, Isabel F. – Política social e Psicologia: uma trajetória
de 25 anos. Psicologia: Teoria e Pesquisa. vol. 26, n, especial, 2010, pp. 9-24.
2. RAMOS, Marise - Educação pelo Trabalho: possibilidades, limites e perspectivas da
formação profissional. Saúde e Sociedade, v.18, supl.2, 2009.
3. BRASIL. Ministério da Saúde - Promoção de saúde: um novo paradigma mundial para
a Saúde. Brasília/DF: 1996.
4. DI GIOVANNI, Geraldo – As estruturas elementares das políticas públicas. Caderno de
Pesquisa. NEPP/UNICAMP, n. 82, 2009.
Programa 2: Sócio-histórica: fundamentos
Professor: Maria da Graça Marchina Gonçalves Nº créditos: 03
EMENTA:
Estudo de noções teóricas da psicologia sócio-histórica que se aplicam à compreensão da dimensão subjetiva dos fenômenos sociais presentes no campo de intervenção em políticas públicas. Diálogo da psicologia sócio-histórica com outras perspectivas desnaturalizantes.
OBJETIVOS:
- Caracterizar e analisar criticamente conceitos próprios do campo das políticas públicas a partir da noção de historicidade e das contribuições da perspectiva sócio-histórica
- Identificar e analisar fenômenos sociais presentes no campo das políticas públicas em sua dimensão subjetiva
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. Fundamentos, categorias e conceitos da perspectiva sócio-histórica
- Historicidade; sujeito e subjetividade; dimensão subjetiva - Desigualdade social e pobreza, sua dimensão subjetiva - Categorias do psiquismo; atividade-consciência; alienação - O processo de desenvolvimento
2. Temas de referência; fundamentos para a intervenção
a. Família e Novas configurações de família
b. Normal e Patológico; a dialética saúde-doença; crítica à patologização dos fenômenos
c. Comunidades e vínculos comunitários
d. Tecnologias de Intervenção; as noções de tecnologia social e tecnologias leves e. Consciência e alienação / cidadania
3. Conceitos próprios do campo das políticas públicas , abordados a
partir de uma leitura da psicologia , pela ótica dos Direitos Humanos, com base na noção de historicidade:
a. Humanização
c. Desenvolvimento de autonomia e protagonismo ; participação d. Redução de danos e. Qualidade de vida f. Promoção de saúde g. Cuidado h. Desinstitucionalização i. Processos socioeducativos j. Matricialidade FORMAS DE AVALIAÇÃO:
- Trabalho individual ao final de cada unidade
BIBLIOGRAFIA: a) Bibliografia Básica
1. BOCK, Ana M.B.; GONÇALVES, M. Graça M. (orgs.) A dimensão subjetiva da realidade –
uma leitura sócio-histórica. São Paulo: Cortez, 2009.
2. WANDERLEY, Mariangela B.; OLIVEIRA, Isaura Isoldi M. C. (orgS.) – Trabalho
com famílias. São Paulo: IEE-PUCSP, 2004, vol. 2 (Programa Fortalecendo a Família)
3. GONZÁLEZ-REY, Fernando L. – Subjetividade e saúde – superando a clínica da patologia. São Paulo: Cortez, 2011, pp. 25-45.
b) Bibliografia Complementar
1. SANTOS, Luane; MOTA, Alessivânia M.A.; SILVA, Marcus Vinícius S. - A dimensão subjetiva da subcidadania: considerações sobre a desigualdade social
brasileira. Psicologia: Ciência e Profissão. V.33, n.3, 2013, pp. 700-715.
2. CAMPOS, Gastão Wagner S. - Saúde, Sociedade e o SUS: o imperativo do sujeito.
Saúde e Sociedade, v.18, supl.2, 2009
3. BENEVIDES, Regina; PASSOS, Eduardo – A humanização como dimensão pública das
4. MACEDO, João Paulo; DIMENSTEIN, Magda – Psicologia e a produção do cuidado no campo
do bem-estar social. Psicologia e Sociedade, vol. 21, n.3, 2009, pp. 293-300.
5. CRUZ, Lílian R.; GUARESCHI, Neuza (orgs.) – Políticas Públicas e Assistência Social-
Programa 3: Ferramentas de intervenção
Professor: Edna Peters Kahhale Nº créditos: 02
EMENTA:
Estudo e utilização de ferramentas de intervenção social que associem os conhecimentos da Psicologia com o campo das políticas públicas
OBJETIVOS:
- Identificar diferentes ferramentas de intervenção social
- Analisar as possibilidades de utilização das ferramentas a partir de referências da Psicologia - Relacionar as ferramentas com situações concretas de intervenção, analisando suas
possibilidades e limites CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 1. Epidemiologia 2. Diagnóstico social 3. Levantamento de demandas 4. Georreferenciamento 5. Território 6. Redes e intersetorialidade, 7. Planejamento social 8. Monitoramento
9. Estratégias de participação (cidadania ativa) 10. Educação permanente.
11. Rodas de conversas; oficinas; grupos focais 12. Cuidado.
Obs. Serão trabalhados concomitantemente os conceitos, as
ferramentas e o d esenvolvimento de práticas.
FORMAS DE AVALIAÇÃO:
- Participação nos fóruns de debates
- Sínteses individuais mensais (a partir dos fóruns) - Trabalho individual final
BIBLIOGRAFIA: a) Bibliografia Básica
1. KAHHALE, Edna P. et al – HIV/Aids – enfrentando o sofrimento psíquico. São Paulo: Cortez,
2010. Coleção Construindo o Compromisso Social da Psicologia.
2. KOGA, Dirce; RAMOS, Frederico - Território e Políticas Públicas in WANDERLEY,
Mariangela B.; OLIVEIRA, Isaura Isoldi M. C. (orgs.) – Trabalho com famílias . São Paulo: IEE-PUCSP, 2004, vol. 2, p.54 -77.
3. SPINK, Mary Jane Paris (org). A Psicologia em diálogo com o SUS: prática profissional
e produção acadêmica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007.
b) Bibliografia Complementar
1. Breith, J. – Epidemiologia: economia, política e saúde. São Paulo: Ed. UNESP/Hucitec,
1991.
2. Kahhale, EMP. – Subjetividade e transformação social In Wanderley, M.B. e Oliveira,
M.I.I.M.C. (org.) – Trabalho com famílias. São Paulo: IEE-PUCSP, 2004, vol. 2, p. 99-109. 3. SILVA, Sílvia M. Redução de Danos: estratégia de cuidado com populações vulneráveis na cidade de Santo André – SP. Saúde e Sociedade, v.18, supl.2, 2009.
4. GERHARDT, Tatiana E. Itinerários terapêuticos em situações de pobreza: diversidade
e pluralidade. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, vol. 22, n.11, nov., 2006, pp. 2449-2463.
5. AYRES, José Ricardo de Carvalho et al. O conceito de vulnerabilidade e as práticas de
saúde: Novas perspectivas e desafios. In: CZERESNIA, Dina; FREITAS, Carlos Machado de (orgs.) - Promoção da saúde. Rio de Janeiro, RJ: Fiocruz, 2003. p. 117-139.
Estágio Supervisionado
Professores: Adriana Eiko Matsumoto, Edna Peters Kahhale, Elisa Zaneratto Rosa, José Agnaldo Gomes
EMENTA:
O aluno deverá passar por diferentes níveis de intervenção em políticas públicas, desde o nível da formulação e/ou gestão de programas, até o atendimento direto; deverá haver essa multiplicidade de ações entre os alunos do grupo de supervisão, de forma que todos possam acompanhar a execução da política em diferentes níveis.
As trocas e aprofundamento - das atividades desenvolvidas nos diferentes locais e níveis de intervenção do estágio - serão realizadas em fóruns de
discussão, que ocorrerão uma vez por mês no Programa 2 . OBJETIVOS:
O estágio visa: Formar psicólogos para atuação no campo das políticas públicas dirigidas ao atendimento dos direitos sociais, nos diversos níveis de intervenção (formulação de políticas, desenvolvimento de programas, planejamento e avaliação, atuação direta, controle social). Para isso, as atividades a serem desenvolvidas pelos estagiários têm por objetivos:
1) Caracterizar a situação e analisar sua relação com o campo geral da s políticas públicas em foco (podendo ser a situação qualquer dos níveis de intervenção, desde contextos de formulação de políticas até o atendimento direto da população)
2) Identificar as demandas de atendimento da população e as políticas, programas e ações que atenderiam a essas demandas
3) Identificar a dimensão subjetiva (aspectos da subjetividade) envolvida nas demandas
4) Planejar, executar e avaliar intervenções pertinentes ao campo da Psicologia
5) Compor com os trabalhadores formas participativas na organização do trabalho com o propósito de constituir condições favoráveis de realização do processo de trabalho.
ATIVIDADES PREVISTAS PARA OS ALUNOS:
Os alun os d esen v olverão s uas at ivid ades a partir de Projetos elaborados de forma articulada com os serviços de saúde locais (descritos a seguir), buscando, a partir dessa inserção, a articulação com a rede intersetorial. Para isso deverão:
1) Saber ler e analisar dados de georreferenciamento e caracterização do território onde o serviço está inserido;
2) Identificar, a partir de mapeamentos e indicadores existentes (DATASUS, MONITORAIDS, Índice de Homicídio na Adolescência – IHA, Mapa da Violência, entre outros), aspectos da dimensão subjetiva;
3) Fazer contatos com gestores de políticas públicas e responsáveis por programas; participando de reuniões, fóruns, seminários ;
4) Fazer levantamento de equipamentos públicos onde se executam políticas a partir de indicadores existentes; inicia-se com o equipamento mais diretamente ligado à demanda específica e a partir dos objetivos traçados, amplia-se para outras áreas, em uma perspectiva intersetorial.
5) Propor, realizar e avaliar intervenções específicas para cada campo e situação.
FORMAS DE AVALIAÇÃO:
- Presença regular no local de estágio - Presença e participação na supervisão - Relatórios regulares das atividades de estágio - Relatório final de estágio
INSTITUIÇÕES E CLIENTELA:
Locais de estágio e atuação: a) UBSs e outros equipamentos de saúde da
Supervisão de Saúde da Vila Brasilândia. Estes Serviços/instituições vinculam -se às políticas de Saúde - da Divisão Norte da SMS/SP (via Pró-saúde). b) Coordenação
de Políticas para a Juventude (Secretaria Municipal de Direitos Humanos), especificamente junto à equipe do Plano Juventude Viva. c) Equipamentos e serviços de outras áreas, na região (Assistência Social, Cultura, Educação, Habitação e Trabalho) a partir de articulações desenvolvidas por meio dos projetos. Serão incluídas escolas públicas da região, CRAS da região , ou outros serviços que se mostrarem necessários, a partir do desenvolvimento dos projetos.
Organização do estágio: O estágio será organizado em três grupos de supervisão ,
responsáveis por grandes Projetos de Intervenção, que se articulam considerando o território onde ocorre a atuação. Os projetos serão sempre definidos de forma articulada com os serviços e com os estágios e outras ações da Universidade já desenvolvidas na região. Temos como ponto de partida:
1. Local de estágio: Coordenação de Políticas para a Juventude (SMDH) e outros serviços de prevenção à violência : Projeto Juventude no Território e
questões de violência, que envolverá um grupo de supervisão desenvolvendo:
a. Planejamento, acompanhamento e execução de ações intersecretariais (Saúde, Educação, Cultura, Assistência Social, Direitos Humanos, Igualdade Racial) e interinstitucionais (ONGs, entidade s da sociedade civil e movimentos sociais) como reuniões, oficinas, audiências públicas, de modo a implantar o Plano Juventude Viva no território da Brasilândia (etapa de diagnóstico e implantação do Plano).
b. Acompanhamento das ações realizadas pelos art iculadores do Plano Juventude Viva no território da Brasilândia, de modo a intervir diretamente junto a serviços e instituições que atendem jovens em diferentes políticas públicas.
c. Participação em fóruns, reuniões e mobilizações de coletivos e movimento s da sociedade civil e da gestão (municipal e/ou estadual) relativas à temática da Juventude e Violência no território da Brasilândia.
d. Contribuição técnica, a partir de devolutivas processuais junto à Coordenação de Juventude, de modo a proporcionar enc aminhamentos
oriundos das ações no território, num exercício de gestão em políticas públicas.
e. Realização de ações de atenção e cuidado em saúde e saúde mental em serviços voltados para a atenção à violência no território da Brasilândia (Políticas de saúde, assistência social, segurança pública, sistema de justiça) . 2. Local de estágio: UBSs da região. Saúde do Trabalhador, que envolverá um grupo de supervisão desenvolvendo:
a. Capacitação dos trabalhadores da UBS para o enfrentamento das condições que geram agravos à própria saúde.
b. Fomento à participação dos trabalhadores no modo de organizar o trabalho com vistas à promoção da saúde, qualidade de vida no trabalho, refletindo positivamente na qualidade do serviço.
3. Local de estágio: UBSs da região: Qualificação do cuidado em saúde
mental na atenção básica, que envolverá um grupo de supervisão,
desenvolvendo:
b. Mapeamento dos casos de saúde mental (transtornos mentais graves/uso abusivo de álcool e outras dorgas) acompanhados pela Unidade, das formas de cuidado desenvolvidas e das principais necessidades da equipe, da Unidade e da rede em relação ao mesmo.
c. Participação em reuniões de equipe de PSF/NASF, para discussão e acompanhamento dos casos de saúde mental atendidos.
d. Capacitação em relação a temas pertinentes ao cuidado em saúde mental (transtornos mentais graves/uso abusivo de álcool e outras drogas) na perspectiva da Reforma Psiquiátrica.
e. Implementação de processos de trabalho orientados por construção de projetos terapêuticos vinculados às fo rmas de inserção da população no território.
f. Qualificação do trabalho em rede, por meio da articulação com a rede especializada de saúde mental (CAPS e CECCO), participação em matriciamentos, fóruns, construção de oficinas, dentre outras.