Dr. Gustavo Reis
Pneumologista
Hospital Distrital de Santarém
Resumo
G
ESTÃO DADPOC E
STÁVEL• CLASSESTERAPÊUTICAS NADPOC • GOLD 2017
• HOTTOPICS
– LABA/LAMAVS LABA/ICS
– DESCONTINUAÇÃO DECORTICOIDEINALADO
Considerações Gerais
Objectivos do tratamento farmacológico na DPOC
• Redução de sintomas
• Redução no número e gravidade das exacerbações • Aumento da tolerância ao exercício
• Melhoria da qualidade de vida
Não há evidência definitiva que a medicação existente modifique o declínio da função pulmonar
Classes terapêuticas na DPOC
Broncodilatadores
• Beta2 Agonistas (SABA / LABA)
• Anti-Colinérgicos / Anti-Muscarínicos (SAMA / LAMA)
Metilxantinas
Corticoides Inalados
Regulação do tónus do músculo liso - vias aéreas
5
Efeito da estimulação colinérgica e adrenérgica
2 Ca2+ CONTRAÇÃO q i M2 M3 cAMP RELAXAMENTO AC = adenil ciclase Ca = cálcio
Referência: 1.Roux et al. Gen Pharmac 1998
Sistema Parassimpático Tecido Brônquico Sistema Simpático Noradrenalina AC s
Broncodilatadores Inalados
Quiz Online
Relativamente aos broncodilatadores inalados:
1. Existem exclusivamente sob a forma de inaladores de pó seco 2. LAMAs são mais eficazes que LABAs na redução de exacerbações
3. Na ausência de resposta aos broncodilatadores na espirometria, estes não estão indicados no tratamento da DPOC
Broncodilatadores Inalados
Quiz Online
Relativamente aos broncodilatadores inalados:
1. Existem exclusivamente sob a forma de inaladores de pó seco 2. LAMAs são mais eficazes que LABAs na redução de exacerbações
3. Na ausência de resposta aos broncodilatadores na espirometria, estes não estão indicados no tratamento da DPOC
4. LAMAs, LABAs, SAMAs, SABAs... Estou confuso!
Broncodilatadores Inalados
• Constituem a base da terapêutica na DPOC• Alteram o tónus no músculo liso das vias aéreas
• Aumentam o FEV1e/ou alteram outras variáveis espirométricas
• Reduzem a hiperinsuflação dinâmica no repouso e no exercício • Aumentam a capacidade para o exercício
Broncodilatadores Inalados
Quiz Online
Relativamente à duração de ação dos seguintes broncodilatadores,
selecione a correta:
1. Formoterol 24h 2. Indacaterol 12h 3. Olodaterol 24h 4. Salbutamol 12hBroncodilatadores Inalados
Quiz Online
Relativamente à duração de ação dos seguintes broncodilatadores,
selecione a correta:
1. Formoterol 24h 2. Indacaterol 12h 3. Olodaterol 24h 4. Salbutamol 12h
Referências: 1. Beeh & Beier. Adv Ther 2010 C al ib re d as vi as aé re as
Adaptado de Beeh & Beier. Adv Ther 2010
Broncodilatadores Inalados
Beta 2 Agonistas
• Estimulam os receptores Beta-adrenérgicos com aumento do AMPc • Promovem o relaxamento do músculo liso das vias aéreas
Broncodilatadores Inalados
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Relativamente aos Agonistas Beta 2:
1. O salbutamol é uma boa opção para terapêutica de base na DPOC moderada 2. O salmeterol tem inicio de ação mais rápida que o formoterol
3. LABAs melhoram FEV1e volumes pulmonares, dispneia, qualidade de vida
4. LABAs diminuem a mortalidade
Broncodilatadores Inalados
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Relativamente aos Agonistas Beta 2:
1. O salbutamol é uma boa opção para terapêutica de base na DPOC moderada 2. O salmeterol tem inicio de ação mais rápida que o formoterol
3. LABAs melhoram FEV1e volumes pulmonares, dispneia, qualidade de vida
Beta 2 Agonistas
SABA (Short Acting Beta 2 Agonist)
• Inicio rápido de ação • Duração de ação 4-6 horas • Úteis como terapêutica de alívio
• Não recomendados como terapêutica de manutenção
Salbutamol Sulfato de
Terbutalina
Beta 2 Agonistas
LABA (Long Acting Beta2 Agonist)
• Duração de ação >12h
• Melhoria do FEV1e volumes pulmonares, dispneia, qualidade de vida • Melhoria da taxa de exacerbações e hospitalizações
• Sem efeito na mortalidade ou declínio da função pulmonar
Formoterol Salmeterol Olodaterol
Beta 2 Agonistas
Principais efeitos secundários
• Taquicardia sinusal
• Precipitar alterações do ritmo cardíaco em doente suscetíveis • Tremor
• Hipocaliémia (tiazidas)
• Aumento do consumo basal de O2
Broncodilatadores Inalados
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Relativamente aos Anti-Muscarínicos selecione a falsa:
1. LAMAs são mais eficazes que LABAs na redução da exacerbações 2. A posologia habitual do Tiotrópio é 2 x dia
3. Não devem ser utilizados em doentes com glaucoma de ângulo fechado 4. Brometo de Ipratrópio pode ser utilizado como medicação de alívio
Broncodilatadores Inalados
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Relativamente aos Anti-Muscarínicos selecione a falsa:
1. LAMAs são mais eficazes que LABAs na redução da exacerbações 2. A posologia habitual do Tiotrópio é 2 x dia
3. Não devem ser utilizados em doentes com glaucoma de ângulo fechado 4. Brometo de Ipratrópio pode ser utilizado como medicação de alívio
Anti-Colinérgicos / Anti-Muscarínicos
• Bloqueiam o efeito bronco-constritor da acetilcolina por ligação aos receptores muscarínicos M3
• Melhoria de sintomas, qualidade de vida e da reabilitação pulmonar • Redução das exacerbações e hospitalizações
• Mais eficazes que os LABA na redução de exacerbações • Sem efeito no declínio da função pulmonar
Anti-Muscarínicos
SAMA (Short Acting Anti Muscarinic)
• Também se ligam aos M2 potencialmente causando broncoconstrição vagal
• Pequeno benefício comparativamente aos SABA na função pulmonar, qualidade de vida e necessidade de corticoide oral
Brometo de Ipratrópio
Anti-Muscarínicos
LAMA (Long Acting Anti Muscarinic)
• Dissociação rápida dos receptores M2 • Ligação duradoura aos receptores M3
Brometo de Tiotrópio Brometo de Aclidínio Brometo de Umeclidínio Brometo de Glicopirrónio
Anti-Muscarínicos
Principais efeitos secundários
• Reduzida absorção -> Classe bastante segura • Xerostomia / Sabor metálico
• Sintomas urinários (ausência de evidência inequívoca) • Agravamento do Glaucoma (aerossol)
Broncodilatadores Inalados
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Relativamente às associações LABA/LAMAs:
1. Devem ser considerados pela sinergia de ação
2. São mais eficazes que as monoterapias na redução de exacerbações 3. São a opção de primeira linha nos doentes sintomáticos
Broncodilatadores Inalados
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Relativamente às associações LABA/LAMAs:
1. Devem ser considerados pela sinergia de ação
2. São mais eficazes que as monoterapias na redução de exacerbações 3. São a opção de primeira linha nos doentes sintomáticos
4. Todas as anteriores
Indacaterol/ Glicopirrónio
Associação LABA/LAMA
O que sabemos sobre a terapêutica combinada?
• Maior broncodilatação com menores efeitos secundários vs escalação de monoterapias
• Aumento do FEV1e redução de sintomas vs monoterapia
• Redução de exacerbações vs monoterapia • Redução das exacerbações vs ICS/LABA
Olodaterol/ Tiotrópio Vilanterol/ Umeclidínio Formoterol/ Aclidínio
2 q s i AC M2 M3 cAMP RELAXAMENTO AC = adenil ciclase Ca = cálcio
Referência: 1.Roux et al. Gen Pharmac 1998
Sistema Parassimpático Anti-colinérgicos Tecido Brônquico Sistema Simpático B2-agonistas Ca2+ CONTRAÇÃO
Broncodilatação
Fármacos anti-colinérgicos (LAMA) e adrenérgicos (LABA)
Xantinas
Mecanismo de ação controverso
• Inibidores não seletivos da fosfodiesterase 4
• Metabolizadas pelo Cit.P450, depuração diminui com a idade, metabolização dependente de múltiplas variáveis
• Efeito broncodilatador modesto vs placebo • Aumento função dos músculos inspiratórios (?)
Xantinas
Efeitos Adversos• Toxicidade dependente da dose • Janela terapêutica estreita
• Maiores benefícios no seu limite superior • Palpitações
• Arritmias auriculares e ventriculares • Convulsões
• Cefaleia, insónia, náusea e precordialgia, mesmo dentro da janela terapêutica
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Relativamente aos Corticoides Inalados:
1. Tal como na Asma, são fundamentais na DPOC
2. A monoterapia com C.I. pode ser uma opção para doentes ligeiros 3. Associam-se a um risco aumentado de pneumonia
4. Não têm atualmente lugar na terapêutica da DPOC estável
Corticoides Inalados
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Relativamente aos Corticoides Inalados:
1. Tal como na Asma, são fundamentais na DPOC
2. A monoterapia com C.I. pode ser uma opção para doentes ligeiros 3. Associam-se a um risco aumentado de pneumonia
4. Não têm atualmente lugar na terapêutica da DPOC estável
Corticoides Inalados
Corticoides Inalados
• ICS/LABA mais efetivo que os monocomponentes
• na melhoria da função pulmonar, qualidade de vida e redução das exacerbações em doentes exacerbadores com DPCO moderada/grave
• Terapêutica tripla (ICS/LABA/LAMA)
• melhora a função pulmonar, sintomas, qualidade de vida e reduz exacerbações comparativamente a ICS/LABA ou LAMA em monoterapia
• O uso de ICS aumenta o risco de pneumonia
• sobretudo em doentes com doença grave
1 . Crim et al. Eur Respir J 2009; 2. Yawn et al. Int J Chron Obstruct Pulmon Dis 2013; 3. Suissa et al. Thorax 2013
Corticoides Inalados
• Principais efeitos secundários
• Pneumonia
• Candidíase orofaríngea • Disfonia
• Fragilidade cutânea
• Outros efeitos secundários (evidência controversa ou de menor qualidade) • diminuição da densidade óssea
• risco de fratura
• mau controlo de diabetes • cataratas
• infecção por micobactérias
CAT, COPD Assessment Test; COPD, Chronic Obstructive Pulmonary Disease; FEV1, forced expiratory volume in 1 second; GOLD, Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease; mMRC; modified Medical Research Council
≥2 ou 1 com internamento 0 ou 1 (sem admissão hospitalar)
(A)
(B)
(D)
(C)
mMRC 0-1 CAT < 10 mMRC ≥ 2 CAT ≥ 10Sintomas
Hi st ó ric o E xa ce rb aç õ e sGOLD 2016 vs 2017 | Classificação DPOC
1-2
4 3 FEV1 <50% 2 1 G ra u d e li mi ta çã o d o fl u xo a é re o
1. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2016. 2. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2017.
Avaliação da terapêutica Sintomas persistentes Grupo A 1 broncodilator
Continuar, parar ou tentar classe diferente de broncodilatador
Grupo B
1 LABD (LABA ou LAMA)
LAMA + LABA Exacerbação (ões) adicional (ais) Grupo C LAMA
LAMA + LABA LABA + ICS
Exacerbação (ões) adicional (ais) Grupo D LAMA Considerar roflumilast* Considerar macrólido** LAMA + LABA LABA + ICS LAMA+LABA+ ICS Sintomas persistentes /Exacerbação (ões) adicional (ais) Exacerbação (ões) adicional (ais)
GOLD 2017 | Tratamento Farmacológico
1
1. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2017.
GOLD 20162
LABA/LAMA
2
ªLinha
LABA/LAMA
2
aLinha
GOLD 20171LABA/LAMA
1
aLinha*
(juntamente com monoterapia)LABA/LAMA
1
aLinha
(com e sem ICS)
* Grupo B: doentes com dispneia grave ou persistente em monoterapia C D A B Ri sc o C lassi fi caç ão G O LD d a lim it aç ão d o fl u xo aé re o Ri sc o C lassi fi caç ão G O LD d a lim it aç ão d o fl u xo aé re o C A B D Ri sc o H ist ó ri co e xac erb aç õ es Ri sc o H ist ó ri co e xac erb aç õ es Sintomas mMRC ou CAT Sintomas mMRC ou CAT
1. Adaptado de GOLD 2017; 2. Adaptado de GOLD 2016
Tripla
mMRC = modified Medical Research Council; CAT= COPD assessment test
LABA/LAMA | 1ª linha em todos os doentes
Avaliação da terapêutica
Grupo A
1 broncodilator
Continuar, parar ou tentar classe diferente de broncodilatador
GOLD 2017 | Tratamento Farmacológico
1
• Deve ser oferecido tratamento com broncodilatador
• Curta Ação ou Longa Ação
• Avaliar continuidade de acordo com o benefício sintomático
Terapêutica preferencial(terapêutica dentro da caixa com contorno a verde)
1. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2017.
Sintomas persistentes
Grupo B
1 LABD (LABA ou LAMA)
LAMA + LABA
GOLD 2017 | Tratamento Farmacológico
1
Monoterapia ou LABA/LAMA?
• Se sintomático em monoterapia, escalar para dupla broncodilatação
• Doentes muito dispneicos, iniciar com dupla broncodilatação
LABA ou LAMA?
• Sem evidência de superioridade de uma das classes para o alívio inicial dos sintomas
Considerar e tratar possíveis comorbilidades
Terapêutica preferencial(terapêutica dentro da caixa com contorno a verde e com fundo a verde)
LABA= long-acting β2-agonist, agonistas β2 de longa duração de ação; LABD= long-acting bronchodilator, broncodilatador de longa duração de ação; LAMA= long-acting muscarinic antagonist, antagonista muscarínico de longa duração de ação;
Exacerbação (ões) adicional
(ais)
Grupo C
LAMA
LAMA + LABA LABA + ICS
GOLD 2017 | Tratamento Farmacológico
1
Monoterapia ou LABA/LAMA?
• Sendo exacerbadores, LABA/LAMA superior a monoterapia na redução das exacerbações
Em monoterapia, LABA ou LAMA?
• LAMA superior ao LABA na redução de exacerbações
Exacerbações persistentes em
monoterapia?
• Considerar LABA/LAMA ou LABA/ ICS • LABA/ICS -> aumento do risco de
Pneumonia
Terapêutica preferencial(terapêutica dentro da caixa com contorno a verde e com fundo a verde)
ICS= inhaled corticosteroids, corticosteroides Inalados; LABA= long-acting β2-agonist, agonistas β2 de longa duração de ação; LABD= long-acting bronchodilator, broncodilatador de longa duração de ação; LAMA= long-acting muscarinic antagonist, antagonista muscarínico de longa duração de ação; FEV= forced expiratory volume in the 1stsecond, volume máximo expirado no 1º segundo
1. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2017.
Quiz Online
Relativamente aos doentes GOLD D:
1. Escolho terapêutica tripla (LABA/LAMA/ICS) porque é sempre a primeira linha 2. Utilizo LABA/ICS porque é superior a LABA/LAMA no controlo das exacerbações 3. Se um doente que está com um LAMA mantém exacerbações, o passo seguinte
é associar um ICS
4. LABA/ICS pode ser opção de 1ª linha nos doentes com Sobreposição Asma-DPOC (ACOS)
Quiz Online
Relativamente aos doentes GOLD D:
1. Escolho terapêutica tripla (LABA/LAMA/ICS) porque é sempre a primeira linha 2. Utilizo LABA/ICS porque é superior a LABA/LAMA no controlo das exacerbações 3. Se um doente que está com um LAMA mantém exacerbações, o passo seguinte
é associar um ICS
4. LABA/ICS pode ser opção de 1ª linha nos doentes com Sobreposição Asma-DPOC (ACOS)
Gestão da DPOC estável
Terapêutica preferencial(terapêutica dentro da caixa com contorno a verde e com fundo a verde) *a considerar em doentes com um FEV1<50% do previsto e bronquite crónica ** em ex-fumadores
ICS= inhaled corticosteroids, corticosteroides Inalados; LABA= long-acting β2-agonist, agonistas β2 de longa duração de ação; LABD= long-acting bronchodilator, broncodilatador de longa duração de ação; LAMA= long-acting muscarinic antagonist, antagonista muscarínico de longa duração de ação; FEV= forced expiratory volume in the 1stsecond, volume máximo expirado no 1º segundo
1. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2017.
GOLD 2017 | Tratamento Farmacológico
1
LABA/LAMA, terapêutica de eleição!
• Superior a monoterapia
• Superior a LABA/ICS na prevenção de exacerbações
Doente que exacerbam sob LABA/LAMA?
• Switch para LABA/ICS? • Escalar para LABA/LAMA/ICS?
LABA/ICS em 1ª linha, quando?
• Síndroma sobreposição Asma/DPOC (ACOS) • Eosinofilia no sangue periférico
Exacerbação (ões) adicional (ais) Grupo D LAMA Considerar roflumilast* Considerar macrólido** LAMA + LABA LABA + ICS LAMA+LABA+ ICS Sintomas persistentes /Exacerbação (ões) adicional (ais) Exacerbação (ões) adicional (ais)
GOLD 2017 | Tratamento Farmacológico
1
Doentes que exacerbam sob LABA/LAMA/ICS?
• Roflumilast • FEV1<50%
• Bronquite crónica • 1 hospitalização • Macrólido
• Maior evidência com azitromicina • Considerar resistências
• Parar ICS?
• Redução efeitos adversos (Pneumonia) • Exacerbações e função pulmonar?
Exacerbação (ões) adicional (ais) Grupo D LAMA Considerar roflumilast* Considerar macrólido** LAMA + LABA LABA + ICS LAMA+LABA+ ICS Sintomas persistentes /Exacerbação (ões) adicional (ais) Exacerbação (ões) adicional (ais)
Terapêutica preferencial(terapêutica dentro da caixa com contorno a verde e com fundo a verde) *a considerar em doentes com um FEV1<50% do previsto e bronquite crónica ** em ex-fumadores
ICS= inhaled corticosteroids, corticosteroides Inalados; LABA= long-acting β2-agonist, agonistas β2 de longa duração de ação; LABD= long-acting bronchodilator, broncodilatador de longa duração de ação; LAMA= long-acting muscarinic antagonist, antagonista muscarínico de longa duração de ação; FEV= forced expiratory volume in the 1stsecond, volume máximo expirado no 1º segundo
1. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2017.
Um algoritmo proposto para tratamento da DPOC
Miravittles, M. et al. Eur Respir J 2017
Um algoritmo proposto para tratamento da DPOC
Miravittles, M. et al. Eur Respir J 2017
HOT TOPICS na gestão da DPOC estável
Group D LAMA Considerar roflumilast* Considerar macrólido**
LAMA + LABA LABA+ ICS LAMA + LABA + ICS
WISDOM & post-hoc
Terapêutica preferencial
Exacerbações
(Indacaterol/Glicopirrónio vs fluticasona/salmeterol)
Exacerbações (ICS drop-off vs Dupla Broncodilatação)
• LABA/LAMA vs LABA/ICS
LABA/LAMA vs LABA/ICS
1
3362 doentes DPOC GOLD B e D Tiotrópio 4 semanas 1680 IND/GLY 1400 Completaram Estudo 52s 1682 SAL/FLU 1360 Completaram Estudo 52s1. Wedzicha et al. N Engl J Med 2016
OBJETIVO PRIMÁRIO
IND/GLY pelo menos não inferior a SFC na redução da taxa de exacerbações
(ligeiras, moderadas e graves)
OBJETIVOS SECUNDÁRIOS
1. IND/GLY superior a SFC se atingido o objetivo primário
2. Taxa anual de exacerbações e tempo até à 1ª exacerbação
3. FEV1vale no dia 1 e às semanas 4, 12, 26, 38 e 52
4. Qualidade de vida (SGRQ-C) às semanas 4, 12, 26, 38 e 52
5. Uso de medicação de alívio à semana 52
50
LABA/LAMA vs LABA/ICS
O estudo FLAME
1
OBJETIVO PRIMÁRIO
IND/GLY pelo menos não inferior a SFC na redução da taxa de exacerbações
(ligeiras, moderadas e graves)
P=0.003 P<0.001 0.89 0.96 0.83 0.88 0.94 0.82 0.8 0.9 1.0 1.15
Rate ratio for all exacerbations
Per-protocol population Modified intention-to-treat Population Superiority margin Noninferiority margin
IND/GLY Better SFC Better
LABA/LAMA vs LABA/ICS
O estudo FLAME
1
1. Wedzicha et al. N Engl J Med 2016
4,03 3,59 A ll ex ac er b at io n s (a n n u al iz ed r at e) 3.0 4.0 2.0 RR (95% CI) 0.89 (0.83, 0.96), P=0.003 1.0 0 11% redução IND/GLY 110/50 μg q.d. (N=1518) SFC 50/500 μg b.i.d. (N=1544) 5.0 52
LABA/LAMA vs LABA/ICS
O estudo FLAME
1
1,19 0,98 RR (95% CI) 0.83 (0.75, 0.91), P<0.001 1.5 E xa c e rb a ç õ e s M o d e ra d a s e G ra ve s (ta xa anual ) 0.75 1.0 1.25 0.5 0.25 0 IND/GLY 110/50 μg q.d. (N=1651) SFC 50/500 μg b.i.d. (N=1656) 17% redução
Número total de eventos: IND/GLY = 1,265 (includes 209 severe events) SFC = 1,452 (includes 241 severe events)
53
LABA/LAMA vs LABA/ICS
O estudo FLAME
1
1. Wedzicha et al. N Engl J Med 2016
54
LABA/LAMA vs LABA/ICS
O estudo FLAME
1
16% redução risco 22% redução risco 19% redução risco55
LABA/LAMA vs LABA/ICS
O estudo FLAME
1
Conclusões:
• Não inferioridade IND/GLY vs SFC na taxa anual de todas as exacerbações • > Tempo 1ª exacerbação e para exacerbações moderadas e graves
• Redução de todas as exacerbações e das exacerbações moderadas e graves • Melhoria do FEV1 vale
• Melhoria na qualidade de vida • Redução da medicação de alívio
• Perfil de segurança sobreponível, com menor taxa de Pneumonia
1. Wedzicha et al. N Engl J Med 2016
1 . Crim et al. Eur Respir J 2009; 2. Yawn et al. Int J Chron Obstruct Pulmon Dis 2013; 3. Suissa et al. Thorax 2013
Descontinuação da Corticoterapia Inalada
2488 doentes DPOC Grave LABA/LAMA/ICS 6 semanas 1244 LABA/LAMA/ICS 1016 Completaram Estudo 1244 LABA/LAMA Suspensão faseada ICS em 12s 1011 Completaram Estudo
1 . Crim et al. Eur Respir J 2009; 2. Yawn et al. Int J Chron Obstruct Pulmon Dis 2013; 3. Suissa et al. Thorax 2013
Descontinuação da Corticoterapia Inalada
Objectivos
• Primário: tempo para a primeira exacerbação moderada/grave • Secundários: função pulmonar, qualidade de vida, dispneia
1. Magnussen et al. New Eng J Med 2014
ICS=Inhaled Corticosteroids, corticóides inalados; FEV1= forced expiratory volume in 1 second, volume expiratório
máximo no primeiro segundo
Ligeiro declínio da função pulmonar1
Descontinuação da Corticoterapia Inalada
1
1 . Crim et al. Eur Respir J 2009; 2. Yawn et al. Int J Chron Obstruct Pulmon Dis 2013; 3. Suissa et al. Thorax 2013
Descontinuação da Corticoterapia Inalada
Resultados
Descontinuação do ICS em doentes sob LABA/LAMA/ICS
• Sem aumento da taxa de exacerbações moderadas a graves • Perda de 42mL de FEV1às 52s
• Sem alteração na dispneia
• Eosinófilos periféricos como marcador de resposta ao ICS e história de exacerbações
• Análise post-hoc do WISDOM
• 12ª – 52ª semana (suspensão completa de ICS)
• Taxa de Exacerbações e Tempo para 1ª Exacerbação em vários cut
off de Eosinófilos
Descontinuação da Corticoterapia Inalada
• Aumento da taxa de exacerbações moderadas / graves
• Se suspensão de corticoides e eosinófilos >4% e 5%
• Resultados semelhantes com cut off de eosinófilos de 300 e 400cel/uL • Eosinófilos relacionaram-se com taxa de exacerbações após suspensão de
ICS em doentes com DPOC grave e muito grave e história de exacerbações • Níveis de eosinófilos >4% ou 300cel/uL podem identificar doentes em que
a suspensão do ICS pode ser prejudicial
Descontinuação da Corticoterapia Inalada
Descontinuação da Corticoterapia Inalada
• Eosinófilos e número de exacerbações prévias identificam risco de exacerbação futura
• Poderão estas duas variáveis conjuntamente identificar os doentes com beneficio particular do tratamento com ICS?
• Análise post-hoc do WISDOM
• Avaliar efeito do número de exacerbações prévias na taxa de exacerbações e função pulmonar por cut off de eosinófilos
Descontinuação da Corticoterapia Inalada
Descontinuação da Corticoterapia Inalada
• Conclusão
• Exacerbações frequentes (≥2) + Eosinófilos elevados
• permitiu identificar um subgrupo de doentes com risco aumentado de exacerbações quando descontinuados os ICS
Personalização Terapêutica
Tratamento Não Farmacológico
• Educação e auto-cuidado
• Vacinação
• Atividade Física
• Programas de Reabilitação Respiratória
• Suporte Nutricional
Muito Obrigado pela Vossa Atenção
Dr Ivo Reis
Medicina Geral e Familiar
UCSP Soure
Monitorização
Sintomas
Diagnóstico
Tratamento
Vigilância
Tratar? Step-by-step? ICS?Pneumologia
?
Vacinas? Consultas? SOS? Espirometria?Monitorização
Pré-diagnóstico?
E não-diagnóstico?
Monitorização: Pré-diagnóstico.
(escolha a verdadeira)
1. Há evidência robusta sobre o tratamento em
pacientes com sintomas sem obstrução na
espirometria.
2. A sintomatologia correlaciona-se melhor com a
obstrução na espirometria do que com os hábitos
tabágicos.
3. As exacerbações correlacionam-se melhor com a
obstrução na espirometria do que com os hábitos
tabágicos.
4. Pode ocorrer a necessidade de tratamento dos
sintomas antes de existir obstrução na espirometria.
Pré-diagnóstico? Não-diagnóstico?
Suspeita
DPOC
Espirometria
Obstrução
Normal
P1: antes da espirometria, o que fazer aossintomas?
P2: O que fazer aos fumadores sintomáticos sem
P1: antes da espirometria, o que
fazer aos sintomas?
Está nas nossas mãos descobrir como tratá-los de
forma a aliviar os sintomas e reduzir as
exacerbações.
Smoking, Not COPD, as the disease
Fabbri
P2: O que fazer aos fumadores
sintomáticos sem obstrução?
P2: O que fazer aos fumadores
sintomáticos sem obstrução?
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Controlo Fumadores, Não Sintomáticos
Fumadores, Sintomáticos
Fumadores, DPOC, Não Sintomáticos
Fumadores, DPOC, Sintomáticos
Taxa anual de exacerbações
Com obstrução Sem obstrução
N Engl J Med 2016 (adaptado)
P2: O que fazer aos fumadores
sintomáticos sem obstrução?
“29% dos indivíduos sintomáticos com função
preservada usaram broncodilatadores nos 3 meses
antecedentes ao estudo.”
“Neste momento usam uma quantidade grande de
medicação para a qual não há evidência disponível.”
P2: O que fazer aos fumadores
sintomáticos sem obstrução?
Estará na hora de ir para além do O em DPOC?
Mannino
ERS RESP J
Monitorização
Como começar o
tratamento
farmacológico?
Sobre o tratamento farmacológico
inicial (escolher falsa)
1. Existe maior segurança ao utilizar LAMA
comparativamente com associação LABA/LAMA.
2. Sintomatologia é menor com LABA/LAMA
comparativamente com LAMA.
3. Melhores resultados FEV1 com LABA/LAMA
comparativamente com LAMA.
4. Melhor qualidade de vida com LABA/LAMA
comparativamente com LAMA.
Como começar?
Como começar?
MIRAVITLLES 2017
Como começar?
MIRAVITLLES 2017 (adaptado)
Duas vias distintas
LAMA
LABA/LAMA
Pneumologia
Passo-a-passo: GOLD A
LABA/LAMA
Pneumologia
Restantes GOLD
Broncodilatadores: GOLD 2017
• LABAs e LAMAS melhoram função pulmonar,
dispneia, estado de saúde e diminuem
exacerbações (E. A).
• LAMAs reduzem mais exacerbações (E. A) e
hospitalizações (E. B) comparativamente aos
LABAs.
• Combinação LABA/LAMA aumenta FEV1 (E. A),
reduz sintomas (E. A) e exacerbações (E. B)
comparativamente à monoterapia.
Combinação LABA/LAMA aumenta
FEV1 (E. A)
Bateman 2013| IND/GLIC D’Urzo 2014| FOR/ACL
Decramer 2014 | VIL/UME Buhl 2015 | OLO/TIO
Combinação LABA/LAMA reduz
sintomas (E. A)
Mahler 2014 | IND/GLIC Bateman 2015 | FOR/ACL
Combinação LABA/LAMA reduz
exacerbações (E. B)
Wedzicha 2013
Passo-a-passo?
Monitorização
Técnica Inalatória
Técnica Inalatória
• A escolha do inalador deve ser individualizada,
depender de vários fatores.
– Habilidade do paciente e preferência.
• Essencial demonstrar e verificar em cada visita.
• Deve sempre ser verificada a técnica inalatória
antes de concluir pela falência terapêutica.
• Não há evidência de superioridade da terapêuticas
nebulizadas comparativamente aos inaladores “de
mão”.
Técnica Inalatória
• Variáveis relacionadas com má técnica inalatória
– Idade
– Múltiplos dispositivos
– Falta de ensino
• Melhoria substancial da técnica e diminuição do
erro.
– Demonstração do uso por parte do paciente.
GOLD 2017
Monitorização: Técnica Inalatória
25 % sem erros
53 % erros independente do inalador
43 % erros dependente do inalador
30 % pelo menos 1 erro crítico
Monitorização: Técnica Inalatória
Molimard 2017 3,3 4,6 6,9 0 1 2 3 4 5 6 7 8Exacerbações severas nos ultimos 3 meses
0 erros não-crítico crítico
n.s.
p<0,01
Monitorização: Técnica Inalatória
Falta de cartucho/capsula
Zero Doses
Abrir mais que um blister
Erros ativação
Monitorização: Técnica Inalatória
Não realizar expiração prévia
Não respirar pelo bocal
Não inalar completamente produto
Dessincronização mão-pulmão
Molimard 2017
Monitorização
ICS para quem?
ICS para quem?
1. 1 exacerbação grave ou 2 exacerbações
moderadas.
2. FEV1 < 50%.
3. Sintomático (mMRC >2 ou CAT >10).
4. Opção 1 e 2
5. Não coloco ICS, peço consulta de pneumologia.
ICS para quem?
História de atopia ou asma
< 40 anos
< 20 Unidades Maço Ano
FEV1 ⩾12% e ⩾400 mL
DLCO Normal
Eosinofilia
Dr. Gustavo Reis
Pneumologista
Hospital Distrital de Santarém
CASO CLÍNICO 1
Identificação
Sexo Masculino 65 anos, caucasiano, casado.
Pintor de automóveis durante 40 anos
Ex-fumador desde há 3 anos, com CT de 55 UMA
Medicação Habitual
Omeprazol, sinvastatina, valsartan/hctz
Antecedentes Pessoais
HTA, Dislipidémia, Apneia Obstrutiva do Sono sob CPAP
Caso Clínico
História da Doença Atual
Cansaço e dispneia persistentes com agravamento progressivo ao longo de 2 anos.
– Dispneia ao subir 1 lance de escadas
– Necessidade de abrandar ao andar em terreno plano
Tosse produtiva persistente de predomino matinal desde há 3-4 anos
Seguido em Cardiologia, com referência a HTA controlada e sintomatologia desajustada face aos exames mais recentemente realizados:
●FC 63 bpm
●ECG: ritmo sinusal; alterações específicas da repolarização ventricular
●Ecocardiograma: sem alterações da contractilidade segmentar, com razoável função sistólica global (53%)
ECG = eletrocardiograma; FC = frequência cardíaca
Caso Clínico
Recorre à consulta do seu Médico de Família
:
●Agravamento das queixas habituais na última semana, com aumento da tosse, expetoração mucopurulenta e dispneia para esforços de intensidade média/baixa
●Negava febre ou pieira
Caso Clínico
Observação
Peso – 72 Kg
Altura – 175 cm
Tensão arterial – 135 /83 mmHg
Pulso – 67/min, rítmico
Frequência respiratória – 21 ciclos/min
Apirético, sem cianose
Auscultação Pulmonar:
– murmúrio vesicular globalmente diminuído
– ligeiro prolongamento do tempo expiratório
– alguns roncos dispersos mobilizáveis com a tosse
Auscultação Cardíaca: tons rítmicos, sem extra-sons
Sem edemas dos membros inferiores
Caso Clínico
Caso Clínico
Relativamente a este caso:
1. O doente tem uma DPOC grave.
2. O doente poderá ter uma DPOC que exacerbou 3. O doente tem uma bronquite crónica
Caso Clínico
Relativamente a este caso:
1. O doente tem uma DPOC grave.
2. O doente poderá ter uma DPOC que exacerbou 3. O doente tem uma bronquite crónica
4. Respostas 2 e 3
Nessa consulta com o seu MGF o doente foi medicado com:
–Amoxicilina/Ácido Clavulânico 875/125mg
–Terapêutica inalatória LABA/ICS (2x/dia) e LAMA(1x/dia)
Após duas semanas:
–Melhoria da dispneia (regresso ao padrão habitual) –Redução da tosse, volume e purulência da expectoração
Foi agendada reavaliação em 3 meses com:
–Radiografia de tórax
–Estudo funcional respiratório
Caso Clínico
Caso Clínico
FEV1= forced expiratory volume in 1 second, volume expiratório máximo no primeiro segundo; FVC= forced vital capacity, capacidade vital forçada; BD = broncodilatador
Caso Clínico
Relativamente à espirometria podemos afirmar que:
1. Se trata de uma obstrução moderada
2. Apresenta uma resposta significativa ao broncodilatador administrado 3. É compatível com o diagnóstico de DPOC
FEV1= forced expiratory volume in 1 second, volume expiratório máximo no primeiro segundo; FVC= forced vital capacity, capacidade vital forçada; BD = broncodilatador
Caso Clínico
Relativamente à espirometria podemos afirmar que:
1. Se trata de uma obstrução moderada
2. Apresenta uma resposta significativa ao broncodilatador administrado 3. É compatível com o diagnóstico de DPOC
4. Representa uma alteração restritiva
68 anos
Ex-fumador com CT 55 UMA
Exposição profissional
Tosse produtiva matinal
Dispneia - mMRC 2
FEV
1/VC max: 39%
FEV
1: 35%
1 agudização recente
UMA= unidades maço ano; mMRC= modified Medical Research Council, versão modificada do questionário do Medical Research Council; FEV1= forced expiratory volume in 1 second, volume expiratório máximo no primeiro segundo; FVC= forced
vital capacity, capacidade vital forçada; DPOC = Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
FEV1= forced expiratory volume in 1 second, volume expiratório máximo no primeiro segundo; FVC= forced vital capacity, capacidade vital forçada; BD = broncodilatador
Caso Clínico
Como classificaria este doente relativamente de acordo com o GOLD
atual?
1. GOLD B 2. GOLD C 3. GOLD D 4. Tenho dúvidas
FEV1= forced expiratory volume in 1 second, volume expiratório máximo no primeiro segundo; FVC= forced vital capacity, capacidade vital forçada; BD = broncodilatador
Caso Clínico
Como classificaria este doente relativamente de acordo com o GOLD
atual?
1. GOLD B 2. GOLD C 3. GOLD D 4. Tenho dúvidas
CAT, COPD Assessment Test; COPD, Chronic Obstructive Pulmonary Disease; FEV1, forced expiratory volume in 1 second; GOLD, Global Initiative for Chronic Obstructive
Lung Disease; mMRC; modified Medical Research Council
≥2 ou 1 com internamento 0 ou 1 (sem admissão hospitalar)
(A)
(B)
(D)
(C)
mMRC 0-1 CAT < 10 mMRC ≥ 2 CAT ≥ 10Sintomas
Hi st ó ric o E xa ce rb aç õ es 4 3 FEV1 <50% 2 1 G ra u d e lim it a çã o d o fl u xo a ér eo1. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2016. 2. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2017.
GOLD 2016 GOLD 2017
Caso Clínico
1,2
Após 6 meses do episódio inicial:
Mantinha dispneia com limitação de atividades fora de casa - mMRC 3
Sem novas exacerbações
Sem agravamento da tosse / expetoração
mMRC= modified Medical Research Council, versão modificada do questionário do Medical Research Council
FEV1= forced expiratory volume in 1 second, volume expiratório máximo no primeiro segundo; FVC= forced vital capacity, capacidade vital forçada; BD = broncodilatador
Caso Clínico
Relativamente à terapêutica em curso (ICS/LABA e LAMA)?
1. Está correta e devo mantê-la
2. De acordo com o GOLD a primeira opção seria LAMA + ICS 3. O ICS não deve ser suspenso
4. De acordo com o GOLD, LABA/LAMA seria uma opção
FEV1= forced expiratory volume in 1 second, volume expiratório máximo no primeiro segundo; FVC= forced vital capacity, capacidade vital forçada; BD = broncodilatador
Caso Clínico
Relativamente à terapêutica em curso (ICS/LABA e LAMA)?
1. Está correta e devo mantê-la
2. De acordo com o GOLD a primeira opção seria LAMA + ICS 3. O ICS não deve ser suspenso
Após 6 meses do episódio inicial:
Mantinha dispneia com limitação de atividades fora de casa - mMRC 3
Sem novas exacerbações
Sem agravamento da tosse / expetoração
Foi referenciado a Consulta de Pneumologia e nessa altura, pela ausência de controlo da sintomatologia e repercussão na sua vida diária foi decidida a realização de um ajuste terapêutico:
– Suspendeu LABA/ICS e LAMA
– Iniciou LABA/LAMA
mMRC= modified Medical Research Council, versão modificada do questionário do Medical Research Council
Caso Clínico
Na consulta subsequente, cerca de 3 meses mais tarde:
Sem novas agudizações de doença
Franca melhoria da dispneia na deambulação em terreno plano ou inclinado “não sei o que me fez, mas andava 3 passos e agora consigo andar de bicicleta”
Dr. Gustavo Reis
Pneumologista
Hospital Distrital de Santarém
CASO CLÍNICO 2
Caso Clínico
• Sexo masculino, 68 anos, caucasiano, contabilista • Antecedentes pessoais
– Tabagismo ativo (CT 80UMA) – Hipertensão arterial, Dislipidémia – Pneumonia do LID em 2015
– Neoplasia da laringe (Cx e Rt 2008) em remissão • Medicação habitual
– LABA/ICS 2id + SABA SOS – Ramipril 5, Sinvastatina 20
Caso Clínico
• História da doença atual– Diagnóstico prévio de DPOC desde há 15 anos – Dispneia de esforço (mMRC 3)
– 2 exacerbações nos últimos 12 meses
– Refere agravamento das queixas de dispneia no esforço, com alguma tosse pouco produtiva e pieira nos últimos meses
– Hemograma realizado no seu Médico de Família
• Hemoglobina 13.6g/dL • Leucócitos 8900 • Linfócitos 36% • Neutrófilos 62% • Eosinófilos 2%
Caso Clínico
• Peso: 68 Kg • Altura: 165 cm • Tensão arterial: 128/82mmHg• Pulso: 78/min, rítmico
• Frequência respiratória: 18 ciclos/min
• SpO294%
• Apirético, acianótico
• Auscultação Pulmonar: murmúrio vesicular globalmente diminuído, com ligeiro prolongamento do tempo expiratório e sibilos bilaterais
• Auscultação Cardíaca: sem alterações
Caso Clínico
Caso Clínico
Como classificaria este doente relativamente de acordo com o GOLD atual? 1. GOLD B
2. GOLD C 3. GOLD D
Caso Clínico
Como classificaria este doente relativamente de acordo com o GOLD atual? 1. GOLD B
2. GOLD C 3. GOLD D
4. Preciso de uma espirometria para classificar corretamente
CAT, COPD Assessment Test; COPD, Chronic Obstructive Pulmonary Disease; FEV1, forced expiratory volume in 1 second; GOLD, Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease; mMRC; modified Medical Research Council
≥2 ou 1 com internamento 0 ou 1 (sem admissão hospitalar)
(A)
(B)
(D)
(C)
mMRC 0-1 CAT < 10 mMRC ≥ 2 CAT ≥ 10Sintomas
Hi st ó ric o E xa ce rb aç õ e sGOLD 2016 vs 2017 | Classificação DPOC
1-2
4 3 FEV1 <50% 2 1 G ra u d e limi ta çã o d o fl u xo a é re o
1. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2016. 2. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2017.
CAT, COPD Assessment Test; COPD, Chronic Obstructive Pulmonary Disease; FEV1, forced expiratory volume in 1 second; GOLD, Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease; mMRC; modified Medical Research Council
≥2 ou 1 com internamento 0 ou 1 (sem admissão hospitalar)
(A)
(B)
(D)
(C)
mMRC 0-1 CAT < 10 mMRC ≥ 2 CAT ≥ 10Sintomas
Hi st ó ric o E xa ce rb aç õ esGOLD 2016 vs 2017 | Classificação DPOC
1-2
1. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2016. 2. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2017.
GOLD 2017 • HDA: – (mMRC 3) – 2 exacerbações nos últimos 12 meses
Caso Clínico
Caso Clínico
Como classifica a espirometria?
1. Obstrução grave com resposta ao broncodilatador administrado 2. Obstrução moderada com resposta ao broncodilatador administrado 3. Restrição moderada
4. Obstrução grave sem resposta ao broncodilatador administrado
Caso Clínico
Como classifica a espirometria?
1. Obstrução grave com resposta ao broncodilatador administrado 2. Obstrução moderada com resposta ao broncodilatador administrado 3. Restrição moderada
Caso Clínico
Como vamos tratar este doente?
1. Aumentar a dose de LABA/ICS 2. Iniciar aminofilina oral 2 x dia
3. Switch para LABA/LAMA
4. Adicionar LAMA ao LABA/ICS
Caso Clínico
Como vamos tratar este doente?
1. Aumentar a dose de LABA/ICS 2. Iniciar aminofilina oral 2 x dia
3. Switch para LABA/LAMA
Caso Clínico
O que mais podemos fazer pelo nosso doente?
1. Consulta intensiva de cessação tabágica 2. Vacinação anti-influenza e antipneumocócica 3. Reabilitação respiratória
4. Todas as anteriores
Caso Clínico
O que mais podemos fazer pelo nosso doente?
1. Consulta intensiva de cessação tabágica 2. Vacinação anti-influenza e antipneumocócica 3. Reabilitação respiratória
Caso Clínico
Na última consulta a 31/5:
• Doente estável sob LABA/LAMA há 6 meses • mMRC 2
– Consegue caminhar em terreno plano, abrandando ou parando de vez em quando; faz pequenos trabalhos
– Sem exacerbações adicionais • Fez imunização com Prevenar 13
• Reduziu consumo tabágico para 7-10c/dia -> consulta de cessação tabágica
• Irá repetir Estudo Funcional respiratório para a próxima consulta
Casos Clínicos
Dr. Ivo Reis
Caso Clínico
Homem de 44 anos
Cansaço, nota agora que reiniciou as provas de BTT e tosse
durante a maior parte dos dias.
Antecedentes
• Sem alergias
• Ex-Fumador (há 3 anos), 28 UMA
• Sem história pessoal ou familiar de atopia
• Medicação habitual: ARA+BCC
Caso Clínico
Entrevista
• Dispneia/cansaço, mMRC 1
• Tosse, esporádica, pela manhã, produtiva
• Exacerbações: 0
Exame Objetivo
• ACP: sem alterações
Espirometria
•
FEV1 / FVC < 0.7 | FEV1 = 75%
mMRC = modified Medical Research Council; ACP= auscultação cardíaca e pulmonar
(A)
(B)
(D)
(C)
mMRC 0-1 CAT < 10 mMRC ≥ 2 CAT ≥ 10Sintomas
≥2 ou 1 com internamento 0 ou 1 (sem admissão hospitalar) H is tó ri c o E x a c e rb a ç õ e sGOLD 2017 | Classificação DPOC
1-2
1. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2016. 2. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2017.
GOLD 2017 | Tratamento
COPD
The short, the long and the “ultra” long-acting bronchodilator
“pharmacological stenting”
Tempo (h) 0 6 12FEV
11 x / dia
2 x / dia
4 x / dia
24 FEV1 ValeCasos Clínicos
Caso Clínico
Homem de 62 anos
Perda de massa muscular (20kg em 5 anos)
Antecedentes
• Sem alergias
• Fumador, há 40 anos, 20 cigarros por dia
• Consumo ocasional bebidas alcoólicas
• Sem história pessoal ou familiar de atopia
• Medicação habitual: 0
Caso Clínico
Entrevista
• Dispneia/cansaço, mMRC 2/3
• Tosse, esporádica, pela manhã, produtiva
• Exacerbações: 1 (com antibiótico)
Exame Objetivo
• Aspeto emagrecido
• ACP: sem alterações
mMRC = modified Medical Research Council; ACP= auscultação cardíaca e pulmonar
Caso Clínico
• Ecocardiograma Normal
• TSH Normal
• Hemograma Normal
• Espirometria
–FEV
1
/FVC = 0,54
–FEV
1
= 35%
–FEV
1
= 36%
(pós-broncodilatação)(A)
(B)
(D)
(C)
mMRC 0-1 CAT < 10 mMRC ≥ 2 CAT ≥ 10Sintomas
≥2 ou 1 com internamento 0 ou 1 (sem admissão hospitalar) H is tó ri c o E x a c e rb a ç õ e sGOLD 2017 | Classificação DPOC
1-2
1. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2016. 2. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2017.
Monitorização: quando referenciar?
curso da doença rapidamente progressivo (declínio rápido
do FEV1, dispneia progressiva, limitação funcional grave);
exacerbações graves e recorrentes apesar de
tratamento otimizado;
DPOC grave ou muito grave (FEV1<50%);
Norma nº 028/2011 de 30/09/2011 atualizada a 10/09/2013
Caso Clínico
Mulher de 52 anos que vem à consulta por dispneia crónica.
Antecedentes
• Sem alergias
• Fumadora, 20 cigarros por dia, há pelo menos 14 anos
• Sem consumo bebidas alcoólicas
• Sem história pessoal ou familiar de atopia
Medicação Habitual
• ARA+BCC
• IRSS e BZP em SOS
• ICS/LABA
Caso Clínico
Entrevista
• Dispneia, mMRC 2
• Tosse, não purulenta,
• Sibilância, ocasional, sem desencadeantes
• Exacerbações: 1 (antibiótico + corticoterapia oral)
Exame
• ACP: alguns sibilos.
Espirometria
• - FEV
1/FVC = 51.7
• - FEV
1= 61.9%
(A)
(B)
(D)
(C)
mMRC 0-1 CAT < 10 mMRC ≥ 2 CAT ≥ 10Sintomas
≥2 ou 1 com internamento 0 ou 1 (sem admissão hospitalar) H is tó ri c o E x a c e rb a ç õ e sGOLD 2017 | Classificação DPOC
1-2
1. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2016. 2. Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Lung Disease, GOLD 2017.