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ILUSTRÍSSIMO SENHOR PREGOEIRO DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES DNIT / RS

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ILUSTRÍSSIMO SENHOR PREGOEIRO DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURADETRANSPORTES–DNIT/RS

Ref: Pregão Eletrônico n.º 0219/2015-10 - DNIT

Oi Móvel S.A., sociedade anônima, com sede no Setor Comercial Norte, quadra 03, Bloco A, Ed. Estação Telefônica – Térreo – Parte 2, Brasília, inscrita no CNPJ sob o nº 05.423.963/0001-11, doravante denominada “Oi”, por seus representantes legais, com fulcro no art. 18 do Decreto n.º 5.450/2005, apresentar Impugnação aos termos do Edital em referência, pelas razões a seguir expostas:

Razões de Impugnação

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT instaurou procedimento licitatório na modalidade pregão, na forma eletrônica, sob o n.º 0219/2015-10 – DNIT visando a contratação de pessoa jurídica para prestação de Serviço de Telefonia Móvel Pessoal (SMP), nas modalidades Local (VC1), Longa Distância Nacional (VC2 e VC3), pós-pago e fornecimento de linhas e Serviço de Internet Móvel (modens USB), utilizando a tecnologia 4G, com fornecimento de Modens USB em regime de comodato, para uso dos servidores lotados na Sede e nas Unidades Locais da Superintendência Regional do DNIT no Estado do Rio Grande do Sul, conforme descrito no edital e seus anexos.

Contudo, a Oi tem este seu intento frustrado perante as imperfeições do Edital, contra as quais se investe, justificando-se tal procedimento ante as dificuldades observadas para participar de forma competitiva do certame.

Saliente-se que o objetivo da Administração Pública ao iniciar um processo licitatório é exatamente obter proposta mais vantajosa para contratação de bem ou serviço que lhe seja necessário, observados os termos da legislação aplicável, inclusive quanto à promoção da máxima competitividade possível entre os interessados.

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Entretanto, com a manutenção das referidas exigências, a competitividade pretendida e a melhor contratação almejada, poderão restar comprometidos o que não se espera, motivo pelo qual a Oi impugna os termos do Edital e seus anexos, o que o faz por meio da presente manifestação.

ALTERAÇÕES A SEREM FEITAS NO EDITAL E NOS ANEXOS

1. DA VEDAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO DE LICITANTES EM REGIME DE CONSÓRCIO

Primeiramente, cumpre elucidar algumas questões referentes ao mercado de telecomunicações. É cediço que no âmbito da oferta de serviços de telecomunicações, verifica-se a escasverifica-sez de competitividade, predominando no mercado poucas empresas. Tal fenômeno caracteriza-se pela própria natureza do mercado em questão, ora a entrada de empresas que exploram tal serviço é restrita, haja vista a necessidade de grande aporte de capitais, instalação de infra-estruturais e dentre outros fatores que impedem a existência de um número razoável de empresas disponíveis para prestar o referido serviço.

Há ainda de se ressaltar que o desenvolvimento da economia amplamente globalizada implicou na formação de grupos econômicos em escala mundial, sendo o mercado de telecomunicações um dos grandes exemplos. A economia das grandes corporações reduziu ainda mais a oferta de serviços de telecomunicações, ocorrendo em escala global a aglomeração de companhias e formação de um mercado eminentemente oligopolista.

Traçadas as linhas gerais referentes ao mercado de telecomunicações, pode-se afirmar com convicção que as restrições de participação de empresas nas licitações devem ser, mais que em outros casos, muito bem justificadas e necessárias. Isto porque, em homenagem aos princípios da competitividade e isonomia, apenas pode se podem admitir as restrições objetivas e legítimas.

Nesse sentido, não pode prosperar a imposição editalícia de impedimento de participação de empresas em regime de consórcio. Tal determinação fulmina diretamente a competitividade do certame por não existir grande número de empresas qualificadas para prestação do serviço licitado e pela própria complexidade do objeto licitado. Ademais, verifica-se que o próprio artigo 33 da Lei n.º 8666/93 permite expressamente a participação de empresas em consórcio.

Corroborando tal entendimento, verifica-se a primorosa lição de Marçal Justen Filho sobre a permissão de consórcio na licitação. Se num primeiro momento a associação de empresas em

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consórcio pode gerar a diminuição da competitividade, em outras circunstâncias, como a do presente caso, pode ser um elemento que a garanta, senão vejamos:

“Mas o consórcio também pode prestar-se a resultados positivos e compatíveis com a ordem jurídica. Há hipóteses em que as circunstâncias do mercado e (ou) complexidade do objeto tornam problemática a competição. Isso se passa quando grande quantidade de empresas, isoladamente, não dispuserem de condições para participar da licitação. Nesse caso, o instituto do consórcio é via adequada para propiciar ampliação do universo de licitantes. É usual que a Administração Pública apenas autorize a participação de empresas em consórcio quando as dimensões e complexidade do objeto ou as circunstâncias concretas exijam a associação entre os particulares. São as hipóteses em que apenas poucas empresas estariam aptas a preencher as condições especiais exigidas para a licitação.”1

(grifo nosso)

Com espantosa precisão, o entendimento de Marçal Justen Filho subsume-se perfeitamente ao caso em questão. O mercado é naturalmente restrito e o objeto da licitação complexo a ponto de reduzir a participação de empresas, sendo a competitividade reduzida por essas características. Nesse sentido, a imposição de mais uma restrição apenas põe em risco o princípio da competitividade.

Nesse sentido, cumpre trazer os seguintes entendimentos do TCU acerca da matéria:

“No entender da Unidade Técnica, não obstante constituir faculdade da Administração permitir ou não a participação de empresas em consórcio nas aludidas convocações, no presente caso, a vedação teria ocorrido sem a adequada motivação, o que teria inviabilizado a participação de mais licitantes, em prejuízo do princípio da ampla competição.” (Acórdão 59/2006 - Plenário)

“Não prospera também o argumento de que a possibilidade de formação de consórcio no Edital afastaria eventual restrição à competitividade da licitação. A constituição de consórcio visa, em última instância, a junção de 2 (duas) ou mais empresas para realização de determinado empreendimento, objetivando, sob a ótica da Administração Pública, proporcionar a participação de um maior número de empresas na

1

JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 14. Ed. São Paulo: Editora Dialética, 2010, p. 495.

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competição, quando constatado que grande parte delas não teria condições de participar isoladamente do certame. (...)” (Acórdão n.º 1.591/2005, Plenário, rel. Ministro Guilherme Palmeira) (grifo nosso)

Dessa forma, vê-se que mesmo sendo discricionariedade da Administração a permissão ou não de consórcio de empresas, sua restrição deve ser devidamente fundamentada e deve colimar sempre com as condições do mercado e do objeto licitado, de forma que seja garantida a competitividade.

Nota-se, tanto do entendimento doutrinário quanto jurisprudencial, que a permissão de consórcios nas licitações tem aspecto bifronte, podendo gerar ou restringir a competitividade. Não obstante, conforme se demonstrou acima, a formação de consórcios é medida válida e necessária, que irá beneficiar a Administração com o aumento da participação de empresas na licitação, aumentando a competição entre elas e reduzindo, inevitavelmente, o preço final da contratação.

Da mesma forma, não deve haver restrições quanto ao consórcio de empresas que sejam coligadas, controladoras e controladas. Isso porque, decorrente das particularidades do mercado e da economia globalizada, é comum a existência no âmbito das telecomunicações conglomerados econômicos que necessitam dessa ferramenta jurídica para participarem das licitações. Frise-se que muitas das vezes a prestação do serviço por empresa isolada não é o suficiente, necessitando da atuação em conjunto para a consecução do objeto da licitação.

Ante o exposto, de forma a possibilitar a participação de um maior número de empresas no certame, garantindo a sua competitividade e a busca pela proposta mais vantajosa à Administração Pública, requer que seja excluído o item 3.2.10 do Edital, para que seja permitida a participação em consórcio de empresas do mesmo grupo, nos termos do art. 33 da Lei n.º 8.666/93.

2. REALIZAÇÃO DO PAGAMENTO MEDIANTE FATURA COM CÓDIGO DE BARRAS

Os itens 18.1 do edital e 12.1 do Termo de Referência, e ainda a cláusula décima primeira da minuta do contrato prevêem que os pagamentos serão efetuados através de ordem de bancária diretamente na conta corrente da contratada.

Ocorre que tal sistema de pagamento encontra-se em dissonância com o procedimento de pagamento adotado relativamente aos serviços de telecomunicações, uma vez que esses são pagos mediante apresentação de fatura (nota fiscal com código de barras), ou mediante

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SIAFI nos casos de órgãos vinculados à Administração Pública Federal, como é o caso da ANATEL.

Com efeito, esse sistema de faturamento e cobrança, o qual permite o reconhecimento rápido e eficiente do pagamento, é baseado em código de barras.

Qualquer outra forma de pagamento, como o depósito em conta corrente, causará transtornos ao sistema de contas a receber da empresa de telecomunicações contratada.

Ademais, a Oi utiliza o sistema de faturamento, por meio de Nota Fiscal/Fatura, emitida com código de barras para pagamento, em apenas uma via, modelo 22, em razão das várias vantagens que essa forma de pagamento proporciona.

Dentre as vantagens para o cliente estão a garantia de baixa automática das faturas no sistema das empresas Oi, em 5 (cinco) dias úteis após o pagamento. Da mesma forma, tal sistema proporciona vantagens à empresa prestadora dos serviços garantindo a satisfação do cliente.

Ante o exposto, para a melhor adequação do Edital à realidade do setor de telecomunicações, requer a alteração dos itens 18.1 do edital e 12.1 do Termo de Referência, e ainda a cláusula décima primeira da minuta do contrato, a fim de permitir que o pagamento seja realizado mediante autenticação de código de barras.

3. SOLICITAÇÃO DE INCLUSÃO DE PREVISÃO DE PENALIDADE POR ATRASO DE PAGAMENTO Da análise do instrumento convocatório notou-se a ausência de garantias à Contratada em caso de atraso no pagamento da parcela avençada.

Não obstante, cumpre trazer à baila o art. 54 da Lei n.º 8.666/1993, que estabelece a aplicação supletiva dos princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado no âmbito dos contratos administrativos. Adiante, verifica-se que o art. 66 da Lei de Licitações determina que “o contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas desta Lei, respondendo cada uma pelas consequências de sua inexecução total ou parcial”.

Nesse sentido, verifica-se que o eventual descumprimento da obrigação de pagamento da Contratante deverá gerar as devidas consequências. No caso em quadra, caracteriza-se a mora por parte da Contratante. Em assim sendo, deverá ressarcir a Contratada no que tange aos ônus de mora, a saber: juros moratórios, multa moratória e correção monetária.

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Verifica-se que a necessidade premente de ressarcimento baseia-se no fato de que não pode a Contratada suportar o atraso do pagamento das parcelas sob pena de desequilíbrio da relação contratual. Ademais, a mora da Administração culminada com a não incidência dos encargos devidos gera incondicionalmente o locupletamento sem causa desta.

Por fim, verifica-se que os percentuais referentes à multa e juros moratórios devem se dar, respectivamente, à razão de 2% (dois por cento) sobre o valor da fatura e 1% (um por cento) ao mês. A correção monetária deve se operar com base no IGP-DI, índice definido pela FGV. A razão pela fixação de tais parâmetros se dá na prática usual do mercado em geral, incluindo o de telecomunicações. Verifica-se que, impostos valores aquém do exposto, pode-se gerar para a Administração situação de flagrante desequilíbrio, influenciando, em última análise, no equilíbrio econômico-financeiro da Contratada.

Pelo exposto, faz-se necessária a inclusão de item no Edital referente ao ressarcimento referente ao atraso no pagamento da parcela contratada por parte do Contratante, de modo a incidir multa de 2% sobre o valor da fatura no mês de atraso, juros de mora na ordem de 1% ao mês e a correção monetária pelo IGP-DI.

4. PRAZO DO INICIO DOS TRABALHOS

O item 10.1.3 do Edital e seus anexos prevê - Prazo para início dos trabalhos de até 15 (quinze) dias a contar da data do recebimento da Ordem de Execução de Serviço;

No item 10.1.3 do Edital Nº 219/2015- DNIT, referente ao prazo e Condições de Entrega, é apresentado o prazo de 15 (Quinze) dias úteis para o inicio dos trabalhos onde a operadora deverá esta com todo o serviço entregue a contratante.

Todavia, tal prazo é INSUFICIENTE para que a operadora entregue todo o serviço. A exiguidade do prazo pode ser verificada pelo simples fato de que a entrega dos acessos móveis - ainda que em disponibilidade imediata - depende de um prazo razoável para cumprimento dos rituais internos da operadora, tais como: expedição da ordem de entrega, verificação do estoque (no caso dos serviços), dentre outros. Neste contexto, o prazo é bastante curto para a efetivação da entrega dos produtos.

Diante do exposto, o aumento deste prazo de entrega não acarretará qualquer ônus à Administração Pública, sugerindo-se o prazo de 30 (trinta) dias úteis, suficiente para suprir a necessidade administrativa e adequada à possibilidade de cumprimento por parte da futura contratada.

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Vale ressaltar que o não cumprimento do prazo de entrega dos serviços induz a aplicação das penalidades contratuais, situação esta que determinaria a opção da operadora por sequer participar da licitação, com restrição da competitividade em função deste fato.

Tal restrição à competitividade é absolutamente ilegal, com ferimento direto ao artigo 3.º, §1.º, inciso I da lei 8666/93:

“Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a

selecionar a proposta mais vantajosa para a

Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

§ 1o É vedado aos agentes públicos:

I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato; (grifos de nossa autoria).”

Diante do exposto, solicitamos a alteração deste item para o prazo máximo de 30 dias úteis para a entrega de todo o serviço a contratante.

5. TIPO DE TECNOLOGIA

Entendemos que os municípios que nenhuma das operadoras fornecem a tecnologia 4G e que nesse caso será possível fornecer a tecnologia 3G para os municípios descriminados e edital. Caso a exigência permeça haverá limitação das empresas que participarão do certame.

Assim solicitamos que a exigência de tecnologia 4G seja retirada e seja permitido o uso de tecnologia 3G.

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6. HABILITAÇÃO TÉCNICA

O item 16.3 do edital e seus anexos preveem - O licitante deve disponibilizar todas as informações necessárias à comprovação da legitimidade dos atestados solicitados, apresentando, dentre outros documentos, cópia do contrato que deu suporte à contratação, endereço atual da contratante e local em que foram prestados os serviços.

Porém, o art. 30 da Lei n.º 8.666/93 assim determina:

“Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:

§ 1o A comprovação de aptidão referida no inciso II do "caput" deste artigo, no caso das licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registrados nas entidades profissionais competentes, limitadas as exigências a:

I - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em seu quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de características semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos;

(...) § 5o É vedada a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão com limitações de tempo ou de época ou ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não previstas nesta Lei, que inibam a participação na licitação.” (grifo nosso)

Dessa forma, a Lei de Licitação admite a exigência de comprovação de experiência anterior, mas proíbe que o Edital condicione a experiência anterior relativamente a dados quantitativos, geográficos, ou de natureza similar.

Nesse sentido, o inciso XXI do artigo 37 da Constituição Federal, ao dispor sobre as exigências de qualificação, estabelece que:

“Art. 37 (...)

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure

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igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (...)” (grifamos)

Os atos da Administração Pública, para serem válidos, devem respeitar o princípio da razoabilidade, também chamado pela doutrina de Princípio da vedação de excessos. Ou seja, as exigências perpetradas pela Administração não poderão conter excessos e deverão ser razoáveis em relação ao seu objeto.

A própria Constituição da República determina que somente devem ser toleradas “exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.”

Com efeito, a doutrina nacional defende que a atuação da Administração na fase de habilitação dos licitantes sem rigorismos inúteis e excessivos, que só fazem afastar licitantes, sem qualquer vantagem para a Administração e comprometendo a verdadeira competição.

Para o ilustre Adílson Abreu Dallari[1]:

“A doutrina e a jurisprudência indicam que, no tocante à fase de habilitação, como o objetivo dessa fase é verificar se aquelas pessoas que pretendem contratar têm ou não condições para contratar (essa é a essência, isto é, o fundamental), interessa para a Administração receber o maior número de proponentes, porque, quanto maior a concorrência, maior será a possibilidade de encontrar condições vantajosas.

Portanto, existem claras manifestações doutrinárias e já existe jurisprudência no sentido de que, na fase de habilitação, não deve haver rigidez excessiva; deve-se procurar a finalidade da fase de habilitação, deve-se verificar se o proponente tem concretamente idoneidade. ... Deve haver uma certa elasticidade em função do objetivo, da razão de ser da fase de habilitação; interessa, consulta ao interesse público, que haja o maior número possível de participantes.”

Como visto, a doutrina é expressa ao exigir cautela na fase de habilitação, a fim de não incidir em exigências exacerbadas, desarrazoadas, e afastar a verdadeira competição. Ad argumentadum tantum, a prevalecer tal exigência, estar-se-á impedindo a participação de diversos potenciais licitantes.

[1]

(10)

Por essa razão, requer-se a adequação dos itens em comento aos limites estabelecidos em lei, retirando-se a exigência de apresentação cópia do contrato que deu suporte à contratação, endereço atual da contratante e local em que foram prestados os serviços.

7. ITENS CERTAME

Subtende se que é factível que as contratadas participem apenas dos itens que achar necessário. Não sendo uma obrigação da participação de todos os itens.

8. DO PERFIL MENSAL DE TRÁFEGO DE LIGAÇÕES:

Em relação Edital Pregão Eletrônico Nº 0219/2015-10 - DNIT, não foi identificado na planilha de estimativa de consumo, o quantitativo que informa com clareza toda composição do tráfego VC1 (Móvel-Móvel Mesma Operadora, Móvel-Fixo, Móvel-Móvel outras operadoras), VC2 Móvel Mesma Operadora, Móvel-Fixo, Móvel-Móvel outras operadoras) e VC3 (Móvel-Móvel Mesma Operadora, (Móvel-Móvel-Fixo, (Móvel-Móvel-(Móvel-Móvel outras operadoras) em relação ao serviço a ser licitado de forma detalha e com os seus respectivos custos unitários.

Essa cotação é essencial para o serviço a ser prestado, notadamente porque, conforme regulamentação da ANATEL, os critérios de composição de custo de um e outro tipo de ligação, ainda que sob o gênero VC1, VC2 e VC3 são diferentes. Tal omissão de informação fere o disposto no art 8º, II do Decreto 3.555/00, in verbis:

Art. 8º A fase preparatória do pregão observará as seguintes regras:

(...)

II - o termo de referência é o documento que deverá conter elementos capazes de propiciar a avaliação do custo pela Administração, diante de orçamento detalhado, considerando os preços praticados no mercado, a definição dos métodos, a estratégia de suprimento e o prazo de execução do contrato; (grifo nosso)

Vale lembrar que a contratação dos serviços de VC1, VC2 e VC3 sem a estimativa de consumo e estimativa de preços detalhada dos mesmos não permite a previsão nem tão pouco a precificação exata da proposta comercial, podendo ultrapassar o valor da dotação orçamentária estipulada para o órgão licitante.

(11)

Diante desse entendimento, ocorre a necessidade de conter no respectivo edital uma planilha mais detalhada no tocante a estimativa de consumo mensal combinado com tarifações para ações de VC1, VC2, VC3 conforme demonstrado na tabela abaixo, como exemplo:

DESCRIÇÃO DO SERVIÇO UNIDADE QUANTIDADE ANUAL VALOR UNITÁRIO R$ VALOR TOTAL ANUAL R$

Móvel para Fixo – VC1 Minutos 5.084 0,31333 1.592,97

Móvel para Fixo – VC1 (Roaming) Minutos 16 0,43 6,88

Móvel para Móvel – VC1 mesma operadora Minutos 16.116 0,3 4.834,80

Móvel para Móvel – VC1 outras operaadoras

Móvel para Móvel – VC1 (Roaming) Minutos 264 0,32333 85,36

Assinatura Linha Móvel Celular Assinaturas 12 assinaturas x 12

meses = 144 9,6667 1.392,00

Envio de mensagens (SMS) - Torpedos Mensagens 3.012 0,25 753

Envio de mensagens (MMS) Mensagens 144 0,63 90,72

Acesso à caixa postal (caixa de mensagem) Minutos 1.480 0,38333 567,33

Assinatura de acesso à Internet Assinaturas 12 assinaturas x 12

meses = 144 80,91 11.651,04

20.974,10

Móvel para Fixo – VC2 Minutos 544 0,92667 504,11

Móvel para Móvel – VC2 mesma operadora Minutos 1.644 1,20667 1.983,77

Móvel para Móvel – VC2 outras operaadoras

Móvel para Fixo – VC3 Minutos 1.936 1,08 2.090,88

Móvel para Móvel – VC3 mesma operadora

Móvel para Móvel – VC3 outras operaadoras Minutos 3.144 1,42 4.464,48

Adicional de chamadas originadas em roaming Chamadas 128 0,36005 46,09

Adicional de chamadas recebidas em roaming Chamadas 56 0,61005 34,16

9.123,49

Internet Banda Larga Wireless 4G Assinaturas

12 assinaturas x 12

meses = 144 80,91 11.651,04

11.651,04

41.748,63 TOTAL GLOBAL ANUAL – GRUPO 01 (ITEM 01 + ITEM 02 + ITEM 03)

PLANILHA DE PREÇOS

ITEM 01 – Serviço de Telefonia Móvel Pessoal (SMP), na modalidade Local (VC1), pós-pago e fornecimento de linhas

Preço Global estimativo Item 01

Preço Global estimativo Item 01 ITEM 02 – Serviço de Telefonia Móvel Pessoal (SMP), nas modalidades Longa Distância Nacional (VC2 e VC3)

Preço Global estimativo Item 02

ITEM 03 – Serviço de Internet Móvel, utilizando a tecnologia 4G, com fornecimento de modens USB, em regime de comodato

Preço Global estimativo Item 03

Tal exigência está em conformidade com a Portaria Normativa nº 01/2002 do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG que estabelece procedimentos visando disciplinar a contratação da prestação de Serviço Telefônico Fixo Comutado-STFC, do Serviço Móvel Celular - SMC, do Serviço Móvel Pessoal - SMP, do Serviço Móvel Especial-SME e de Chamada Franqueada do Serviço Telefônico Fixo STFC 0800.

A solicitação não é meramente procrastinatória, mas sim para resguardar o objetivo único e precípuo da licitação que é a da proposta mais vantajosa para a Administração Pública e menos onerosa.

Com base no espírito da supremacia do interesse público e da busca da melhor e mais vantajosa proposta para a contratação com a Administração que a referida lei prevê em seu artigo 3º, inciso I, § 1º que:

(12)

“§ 1º É vedado aos agentes públicos:

I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinja ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos Licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato; (grifo nosso)

Pelo exposto, solicitamos que seja incluída no Edital a estimativa de consumo e custos referente as ligações VC1, VC2 e VC3.

9. DA PLANILHA DE FORMAÇÃO DE PREÇOS –TERMO DE REFERÊNCIA –PERFIL DE TRAFEGO

O edital ora em análise pretende o acesso à Internet por meio de Internet Banda Larga Wireless 4G, ou seja, que terão funcionalidade plena baseada na transmissão não apenas de sinal de voz, mas, também, de dados.

Foi identificado que, as planilhas do edital não apresentam a cotação de “Pacote de dados de franquia individual ilimitada e limitada”.

Neste ponto, importante esclarecer que a empresa impugnante, preocupada em evoluir as suas tecnologias e melhor atender aos seus clientes, possui pacotes de internet para que atendem a todos os perfis de uso existentes.

Nos pacotes da Oi Móvel S/A, existe a possibilidade de contratação de planos de franquia limitada ou ilimitada.

Assim sendo, no plano ilimitado, após o consumo da franquia, haverá redução de velocidade. Caso o cliente não queira ter a sua velocidade reduzida e pretenda continuar trafegando pela internet com a franquia contratada, deverá adquirir o plano limitado, em que ele terá a opção de contratar o serviço na modalidade de cobrança avulsa, pelo qual pagará pelos Megabytes (MB) excedentes utilizados até o final do ciclo vigente.

Nesta senda, a utilização do plano ilimitado levará a uma diminuição da velocidade após o consumo da franquia, enquanto que no plano limitado haverá a cobrança da utilização excedente à franquia contratada de acordo com os megabytes consumidos além desse limite.

Todos os pacotes OI atualmente têm franquias de 100MB, 250MB, 500MB, 1GB, 2GB, devendo o cliente, independente do plano ilimitado ou limitado, indicar o pacote de franquia que atende ao seu interesse.

(13)

Neste contexto, requer que seja indicado qual o pacote atende a necessidade administrativa. Além disso, necessário seja especificado o plano de dados que a administração almeja contratar (se limitado ou ilimitado), adequando os interesses da administração à realidade do serviço existente no mercado.

Diante do exposto, é necessário que o DNIT informe o valor da franquia contratada e disponibilize na planilha De formação de preços para precificação do serviço. E que seja permitida a tecnologia 3G, devido que não são todas as localidade tadas em edital tem a cobertura 4G.

Pedido

Para garantir o atendimento aos princípios norteadores dos procedimentos licitatórios, a Oi, com o devido respeito, requer que V. Sª. julgue motivadamente e no prazo de 24 horas a presente Impugnação, acolhendo-a e promovendo as alterações necessárias nos termos do Edital e seus anexos, sua conseqüente republicação e suspensão da data de realização do certame.

Referências

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