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Direito Processual do Trabalho

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Direito Processual do Trabalho

DA SENTENÇA E DA COISA JULGADA

DO CONCEITO DE SENTENÇA

O processo do trabalho não define sentença. Essa definição deve ser buscada no processo civil, fonte subsidiária do Processo do Trabalho.

Art. 769 – Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. Os artigos 831 e 832 da CLT referem-se, genericamente, a decisão, quando trata da sentença. Art. 831 “a decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação” Art. 832, por sua vez, determina que “da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.”

Recorrendo ao Processo Civil comum, verificamos que o CPC define a sentença assim:

“Art. 162. § 1º Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei.”

Evolução do conceito sentença:

SENTENÇAS TERMINATIVAS SENTENÇAS DEFINITIVAS

REQUISITOS ESSENCIAIS DA SENTENÇA

RELATÓRIO

I – o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;

FUNDAMENTAÇÃO

II – os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;

DISPOSITIVO

III – o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes Ihe submeterem.

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RELATÓRIO

Trata-se de síntese onde constará o registro das principais ocorrências durante a tramitação do processo, tais como qualificação das partes; suma do pedido constante da petição inicial; resposta do réu, e os demais fatos relevantes que ocorreram no processo.

Exceção: Procedimento sumarissimo: Art. 852-I CLT. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.

FUNDAMENTAÇÃO

Esta é uma garantia constitucional, insculpida no art. 93, IX da Carta Magna, onde estabelece que toda decisão judicial deve ser motivada, sendo sua ausência penalizada pela nulidade, pois trata-se de vício gravíssimo, que pode ser conhecido de ofício ou através de ajuizamento de ação rescisória.

A exigência de motivação das decisões judiciais decorre da necessidade de as partes conhecerem os motivos que levaram o magistrado a formar o seu convencimento diante das provas produzidas na fase de instrução do processo.

Nesta etapa o magistrado resolve inicialmente as questões de fato postas que ainda não foram resolvidas em momento pretérito.

Ainda, na fundamentação o magistrado deve analisar a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de ato normativo, por requerimento das partes ou de ofício, por tratar-se de questão de direito, o que produzirá efeitos apenas entre as partes.

Por outro lado, é importante lembrar que o teor constante da fundamentação bem como os motivos da sentença não faz coisa julgada, nos termos do art. 469 do CPC. Desta forma, todo este conteúdo pode ser revisto em outros processos sem configurar litispendência.

DISPOSITIVO

Trata-se de elemento conclusivo e fundamental da sentença, em que o órgão jurisdicional estabelece um preceito em resposta ao pedido formulado pelo autor da demanda. Não existe sentença judicial sem dispositivo.

Diferentemente do relatório e da fundamentação o dispositivo é a parte da sentença em que incide diretamente a coisa julgada e os respectivos efeitos, que serão tratados posteriormente.

DA SENTENÇA E DA COISA JULGADA

Dos Requisitos e dos Efeitos da Sentença

Art. 458. São requisitos essenciais da sentença:

I – o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem

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Direito Processual do Trabalho – Da Sentença e da Coisa Julgada – Prof. Giuliano Tamagno

II – os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;

III – o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes Ihe submeterem.

Art. 459. O juiz proferirá a sentença, acolhendo ou rejeitando, no todo ou em parte, o pedido

formulado pelo autor. Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito, o juiz decidirá em forma concisa.

Parágrafo único. Quando o autor tiver formulado pedido certo, é vedado ao juiz proferir

sentença ilíquida.

Art. 460. É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem

como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que Ihe foi demandado.

Parágrafo único. A sentença deve ser certa, ainda quando decida relação jurídica condicional.

Ultra petita é a decisão que concede algo além do que foi pedido pelo autor, ou seja, o

juiz excede os limites constantes da petição inicial.

Extra petita, pois neste caso o magistrado concede pretensão divergente do pedido

não formulado.

Citra petita é aquela que deixa de analisar o pedido formulado pelo autor na petição

inicial, ou seja, há uma omissão quanto ao exame da questão.

Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz

concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.

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§ 1º A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se

impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.

§ 2º A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa (art. 287).

§ 3º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia

do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada.

§ 4º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao

réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito.

§ 5º Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente,

poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial.

§ 6º O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que

se tornou insuficiente ou excessiva.

Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica,

fixará o prazo para o cumprimento da obrigação.

§ 1º Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a

individualizará na petição inicial, se lhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz.

§ 2º Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do credor mandado

de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel.

§ 3º Aplica-se à ação prevista neste artigo o disposto nos §§ 1o a 6o do art. 461.

Art. 462. Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou extintivo

do direito influir no julgamento da lide, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a sentença.

Art. 463. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la:

I – para Ihe corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais, ou Ihe retificar

erros de cálculo;

II – por meio de embargos de declaração.

Art. 466. A sentença que condenar o réu no pagamento de uma prestação, consistente em dinheiro

ou em coisa, valerá como título constitutivo de hipoteca judiciária, cuja inscrição será ordenada pelo juiz na forma prescrita na Lei de Registros Públicos.

Parágrafo único. A sentença condenatória produz a hipoteca judiciária: I – embora a condenação seja genérica;

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Direito Processual do Trabalho – Da Sentença e da Coisa Julgada – Prof. Giuliano Tamagno

III – ainda quando o credor possa promover a execução provisória da sentença.

Art. 466-A. Condenado o devedor a emitir declaração de vontade, a sentença, uma vez transitada

em julgado, produzirá todos os efeitos da declaração não emitida.

Art. 466-B. Se aquele que se comprometeu a concluir um contrato não cumprir a obrigação, a outra

parte, sendo isso possível e não excluído pelo título, poderá obter uma sentença que produza o mesmo efeito do contrato a ser firmado.

Art. 466-C. Tratando-se de contrato que tenha por objeto a transferência da propriedade de coisa

determinada, ou de outro direito, a ação não será acolhida se a parte que a intentou não cumprir a sua prestação, nem a oferecer, nos casos e formas legais, salvo se ainda não exigível.

COISA JULGADA

Trata-se de garantia constitucional expressa no art. 5º XXXVI da Constituição da República, onde o poder constituinte originário assegurou aos jurisdicionados a segurança jurídica necessária à imutabilidade das decisões emanadas do Poder Judiciário, em que já não caiba interposição de recurso.

A coisa julgada é a imutabilidade da parte dispositiva da sentença. Contudo, somente a chamada coisa julgada material é amparada pelo manto da imutabilidade, haja vista que quanto à coisa julgada formal ainda há possibilidade de rediscussão da matéria.

COISA JULGADA FORMAL E COISA JULGADA MATERIAL

A coisa julgada deve ser considerada sob dois aspectos, o formal e o material (ou substancial). A coisa julgada formal surge em razão do simples exaurimento da possibilidade de impugnação da sentença, ou seja, não sendo mais possível modificar a sentença, ela transita em julgado formalmente, segundo a doutrina tradicional, é a própria imutabilidade da sentença. Contudo, a matéria poderá voltar a ser discutida em outro processo.

Quando se fala em coisa julgada material, está se referindo além da imutabilidade da sentença, da imutabilidade dos seus efeitos, projetando-se para fora do processo, tratando-se de um aspecto extrínseco só existindo nas sentenças de mérito. Pode-se dizer, assim, que a coisa julgada formal é comum a todas as sentenças, enquanto a coisa julgada material, como dito, verifica-se apenas nas sentenças de mérito.

A coisa julgada formal seria, assim, um pressuposto lógico da coisa julgada material, haja vista que seria impossível a formação desta sem a daquela.

DA COISA JULGADA

Art. 467. Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença,

não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.

Art. 468. A sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos limites da lide e

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Art. 469. Não fazem coisa julgada:

I – os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da

sentença;

Il – a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença;

III – a apreciação da questão prejudicial, decidida incidentemente no processo.

Art. 470. Faz, todavia, coisa julgada a resolução da questão prejudicial, se a parte o requerer (arts.

5o e 325), o juiz for competente em razão da matéria e constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide.

Art. 471. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas, relativas à mesma lide, salvo: I – se, tratando-se de relação jurídica continuativa, sobreveio modificação no estado de fato ou

de direito; caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença;

II – nos demais casos prescritos em lei.

Art. 472. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não beneficiando, nem

prejudicando terceiros. Nas causas relativas ao estado de pessoa, se houverem sido citados no processo, em litisconsórcio necessário, todos os interessados, a sentença produz coisa julgada em relação a terceiros.

Art. 473. É defeso à parte discutir, no curso do processo, as questões já decididas, a cujo respeito se

operou a preclusão.

Art. 474. Passada em julgado a sentença de mérito, reputar-se-ão deduzidas e repelidas todas as

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Direito Processual do Trabalho

RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 243/2014

Regulamenta o Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho-PJe-JT de 1º e 2º graus no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região, e dá outras providências.

CERTIFICO que o egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região na Décima Sessão, Ordi-nária, hoje realizada, sob a presidência do Exce-lentíssimo Senhor Desembargador Edson Bueno de Souza, Presidente, com a presença dos Ex-celentíssimos Senhores Desembargadores Ma-ria Beatriz Theodoro Gomes, Vice-Presidente, Roberto Benatar, Osmair Couto, Tarcísio Régis Valente, Eliney Bezerra Veloso, Juíza Convocada Mara Aparecida de Oliveira Oribe e da Excelen-tíssima Senhora Procuradora do Trabalho Aman-da Fernandes Ferreira Broecker, Considerando o art. 5º, LXXVIII, da Constituição da República de 1988, que assegura a todos no âmbito judicial e administrativo, a razoável duração do proces-so e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação;

Considerando os benefícios advindos da substi-tuição da tramitação de autos em meio impres-so pelo meio eletrônico, como instrumento de celeridade e qualidade da prestação jurisdicio-nal;

Considerando as diretrizes contidas na Lei nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a informatização do processo judicial, es-pecialmente o disposto no art. 18, que autoriza os órgãos do Poder Judiciário a regulamentá-la; Considerando as disposições contidas na Reso-lução nº 185 do Conselho Nacional de Justiça, de 18 de dezembro de 2013, que instituiu o Sis-tema Processo Judicial Eletrônico na Justiça do Trabalho – Pje – JT como sistema de

processa-mento de informações e prática de atos proces-suais, estabelecendo parâmetros para sua im-plementação e funcionamento;

Considerando as disposições contidas na Reso-lução nº 136 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, de 25 de abril de 2014, que instituiu o Sistema Processo Judicial Eletrônico na Justiça do Trabalho – Pje – JT como sistema de proces-samento de informações e prática de atos pro-cessuais, estabelecendo parâmetros para sua implementação e funcionamento;

Considerando a portaria TRT SGP GP nº 767/2012, de 21 de setembro de 2012, que im-plantou o Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (PJe-JT) nas 9 (nove) Varas do Traba-lho de Cuiabá e regulamentou os procedimen-tos necessários à ampliação do PJe-JT no âmbito do 2° Grau do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região, e deu outras providências;

Considerando os termos do Acordo da Coope-ração Técnica nº 51/2010, de 29 de março de 2010, firmado pelo Conselho Nacional de Jus-tiça, pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho; Considerando a Resolução Administrativa TST nº 1.418, de 30 de agosto de 2010 e a Portaria TRT SGP GP n. 586/2010;

Considerando o quanto consignado na Resolu-ção Administrativa n. 130, do nosso Regional, datada de 18 de julho de 2013, que referendou a Portaria TRT SGP GP nº 432/2013, a qual regu-lamentou o Processo Judicial Eletrônico da Jus-tiça do Trabalho – PJe-JT de 1º e 2º graus – no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região, e deu outras providências; e

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Considerando a necessidade contínua de regu-lamentação do Sistema Processo Judicial Eletrô-nico – Pje – JT – neste Regional, de modo que se estabeleçam critérios padronizados nos casos omissos na Resolução nº 136/2014 do CSJT; RESOLVEU, por unanimidade, regulamentar o sistema de processo judicial eletrônico da Justi-ça do Trabalho – Pje – JT, no âmbito do 1º e 2º graus do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região – TRT 23ª Região, nos seguintes termos:

CAPÍTULO I

DO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO

DA JUSTIÇA DO TRABALHO – PJE –JT

NO ÂMBITO DO TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 23ª REGIÃO

Seção I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º O sistema processo judicial eletrônico da

Justiça do Trabalho – Pje – JT, no âmbito do 1º e 2º graus do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região – TRT 23ª Região, observará as dis-posições contidas na Lei nº 11.419/2006, nas resoluções CNJ n. 185/2013 e CSJT nº 136/2014, bem como o que dispõe a presente resolução.

Art. 2º No âmbito do TRT da 23ª Região, a

autu-ação de processos judiciais e sua tramitautu-ação, a prática de atos processuais e sua representação por meio eletrônico, deverão ser realizados por intermédio do PJe-JT.

Art. 3º Excluem-se da regra do artigo anterior as

hipóteses de embargos de terceiro, ações cau-telares, agravos de instrumento e demais inci-dentes, quando vinculados a processos que tra-mitam em meio físico.

Art. 4º Os processos recebidos em meio físico

de outros órgãos do poder judiciário deverão ser distribuídos e cadastrados no PJe-JT do TRT 23ª Região pela unidade competente, a quem competirá a digitalização das peças processuais e documentos apresentados.

§ 1º É facultada a manutenção do processo

em meio físico, vinculado ao sistema lega-do, quando a Vara do Trabalho que recebeu os autos remetidos de outro órgão ou uni-dade judiciária suscitar o conflito de compe-tência, convertendo-se para meio eletrôni-co somente após o proferimento da decisão sobre o incidente se lhe for desfavorável.

§ 2º Após a inserção do processo no

siste-ma PJe-JT, caso o advogado ainda não es-teja credenciado no sistema, o magistrado concederá prazo razoável para o registro e habilitação nos autos, sob pena de extinção do processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, III, do CPC, devendo a respectiva intimação ser praticada segundo as regras ordinárias.

CAPÍTULO II

DO ACESSO AO SISTEMA

Art. 5º O acesso e credenciamento ao PJe-JT do

TRT 23ª Região dar-se-á pelo sítio eletrônico do TRT 23ª Região na rede mundial de computa-dores, mediante assinatura digital, baseada em certificado digital padrão ICP-Brasil, tipo A-3 ou A-4, emitido por autoridade certificadora cre-denciada, e respectivo dispositivo criptográfico portável, observadas as especificações de con-figuração do Sistema e demais informações dis-poníveis na página eletrônica deste Regional.

Parágrafo único. Uma vez concluído o

cre-denciamento do advogado, membro do Mi-nistério Público, procurador ou auxiliar da justiça no PJe-JT, o sistema permitirá acesso ao PJe-JT através de usuário (login) e senha exclusivamente para visualização de autos, ressalvados os atos sob sigilos ou processos que tramitem em segredo de justiça.

Seção I

DO CREDENCIAMENTO DE

ADVOGADOS

Art. 6º Cabe ao advogado proceder ao

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obser-Direito Processual do Trabalho – Resolução Administrativa nº 243/2014 – Prof. Giuliano Tamagno

vando-se a obrigatoriedade de cadastro na base de dados do 1º e do 2º graus de jurisdição.

§ 1º O credenciamento é automático,

dis-pensado o comparecimento do advogado à unidade judiciária, salvo na hipótese de inconsistência entre os dados informados pelo usuário e o banco de dados da Receita Federal e da Ordem dos Advogados do Bra-sil.

§ 2º Ocorrendo inconsistência de dados no

PJe-JT, o sistema emitirá aviso de erro ao usuário, que, caso não obtenha êxito em corrigi-lo, deverá entrar em contato com o Núcleo de Suporte aos Usuários do PJe-JT.

§ 3º Além do credenciamento no sistema

PJe-JT o advogado deverá proceder a habi-litação em cada processo que pretenda atu-ar, exclusivamente através da funcionalida-de "Solicitar Habilitação", sob pena funcionalida-de não conhecimento dos atos por ele praticados.

§ 4º O “peticionamento avulso” será

utiliza-do apenas na hipótese em que o advogautiliza-do pretenda se habilitar em autos cuja parte representada já possua advogado habilita-do; neste caso, a alteração da habilitação não é automática e depende da análise do Juízo.

Seção II

CREDENCIAMENTO DE

PROMOTORES, PROCURADORES

E AUXILIARES DA JUSTIÇA

Art. 7º O Ministério Público do Trabalho, as

Procuradorias Federais e a Procuradoria Geral do Estado de Mato Grosso, serão intimadas via sistema, desde que observado o regular creden-ciamento, conforme disposto nos artigos 2º e 5º da Lei 11.419/2006.

Art. 8º Os auxiliares da justiça serão

credencia-dos pelas próprias unidades judiciárias, median-te demedian-terminação judicial, cujo acesso será restri-to aos processos sob os quais deverão atuar.

Seção III

DOS PERFIS DE USUÁRIO NO

SISTEMA PJE-JT

Art. 9º Caberá ao magistrado gestor da unidade

judiciária, definir os perfis dos servidores usuá-rios nela lotados, vedada a designação, para o estagiário, de perfil diverso daquele existente no sistema.

Parágrafo único. Poderá o magistrado

de-legar a atribuição do Caput deste artigo ao Diretor de Secretaria ou Chefe de Gabinete da respectiva unidade judiciária, com a indi-cação de um substituto na ausência destes.

Seção IV

DA INDISPONIBILIDADE DO SISTEMA

Art. 10. Os relatórios de indisponibilidade do

sistema PJe-JT, nos termos do artigo 15 e 16 da Resolução 136/2014 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho poderão ser emitidos a par-tir do endereço www.trt23.jus.br/pje/indisponi-bilidade no sítio do TRT 23ª Região.

Seção V

DAS CERTIDÕES DE PROCESSOS

Art. 11. As certidões de distribuição de ações

serão emitidas no portal eletrônico do TRT da 23ª através do endereço www.trt23.jus.br, na guia "Serviços", opção "Certidão de Ações Tra-balhistas".

CAPÍTULO III

DO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA

Seção I

DO PETICIONAMENTO E DA JUNTADA

DE DOCUMENTOS

Art. 12. Na propositura da ação é obrigatória a

identificação da classe processual, o preenchi-mento dos dados estruturados exigidos pelo sistema PJe-JT, bem como o registro dos

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respec-tivos assuntos com observância das Tabelas Pro-cessuais Unificadas do Poder Judiciário, confor-me Resolução CNJ n. 46, de 18.12.2007.

§ 1ºA petição inicial conterá, além dos

re-quisitos referidos no art. 840, § 1º, da CLT, a indicação do CPF ou CNPJ da parte autora, conforme determinação contida no art. 15, caput, da Lei nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006.

§ 2º As petições iniciais ou incidentais

deve-rão ser identificadas pelo tipo de documen-to, conforme relação cadastrada no sistema e disponibilizada na caixa de combinação "tipo de documento", com a correta descri-ção do conteúdo respectivo no campo de texto livre "Descrição".

§ 3º É de inteira responsabilidade do

usu-ário verificar-se-á juntada com a respectiva assinatura digital, das petições e dos demais documentos anexados aos autos foram de-vidamente recepcionados no sistema PJe-JT, o que pode ser atestado pela aposição de uma imagem iconográfica de um “cadeado fechado” ao lado de cada petição ou docu-mento, concluindo-se com a protocolização, sob pena de serem dados por inexistentes.

§ 4º Não sendo observadas as regras do

caput deste artigo, o magistrado concede-rá prazo razoável para que a parte tome as providências necessárias à regular tramita-ção do feito no meio eletrônico, sob pena de extinção do processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, III, do CPC, quando se tratarem de petições iniciais, ou de serem consideradas inexistentes na hi-pótese de petições incidentais.

Art. 13. O sistema fornecerá, por ocasião da

dis-tribuição da ação, o número atribuído ao pro-cesso, o órgão julgador para o qual foi distribuí-da e, se for o caso, o local, a distribuí-data e o horário de realização da audiência, da qual estará o autor imediatamente intimado.

Art. 14. É ônus da parte interessada praticar o

ato processual no juízo competente.

Parágrafo único. O juízo que receber a

pe-tição, cuja apreciação não seja de sua com-petência, atribuirá a invisibilidade imediata da peça no sistema PJe-JT, dando ciência à parte, ou se assim preferir o magistrado que esse proceda o encaminhamento à instân-cia competente, dando ciêninstân-cia a parte ou seu representante.

Seção II

DA PREVENÇÃO

Art. 15. O advogado deverá indicar em sua

peti-ção inicial, ou no primeiro momento em que se manifestar nos autos, a ocorrência de preven-ção.

Seção III

DO SEGREDO DE JUSTIÇA

E DO SIGILO

Art. 16. Na propositura da ação, o autor poderá

requerer segredo de justiça para os autos pro-cessuais ou sigilo para um ou mais documentos ou arquivos do processo, através de indicação em campo próprio.

§ 1º Em toda e qualquer petição poderá ser

requerido, fundamentadamente, sigilo para esta ou para documento ou arquivo a ela vinculado.

§ 2º Requerido o segredo de justiça ou sigilo

de documento ou arquivo, este permane-cerá sigiloso até que o magistrado da causa decida em sentido contrário, de ofício ou a requerimento da parte contrária.

§ 3º Nos casos em que o rito processual

au-torize a apresentação de resposta em audi-ência, faculta-se a sua juntada antecipada aos autos eletrônicos, juntamente com os documentos, hipótese em que permanece-rão ocultos para a parte contrária, a critério do advogado peticionante, até a audiência.

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Direito Processual do Trabalho – Resolução Administrativa nº 243/2014 – Prof. Giuliano Tamagno

CAPÍTULO IV

DOS ATOS PROCESSUAIS

Seção I

DA AUDIÊNCIA

Art. 17. As respostas dos demandados nos

pro-cessos que tramitam em meio eletrônico de todas as unidades deste Regional, deverão ser apresentadas oralmente ou mediante petição e documentos assinados digitalmente, com o de-vido protocolo no PJe-JT, até o horário de aber-tura da referida audiência, vedada a assinaaber-tura eletrônica em audiência.

§ 1º Caso a antecedência exigida no caput

não seja observada, a defesa poderá ser apresentada oralmente em audiência, no tempo previsto na legislação vigente.

§ 2º Sendo apresentada a defesa de forma

oral, deverá o magistrado facultar à parte requerida, a apresentação dos documentos trazidos e apresentados em mesa de audi-ência, devidamente digitalizados e organi-zados, dentro de prazo razoável.

§ 3º Havendo a necessidade de juntada de

documentos em audiência, o magistrado condutor do feito poderá determinar a di-gitalização pela Secretaria da Vara ou de-terminar à parte interessada prazo para a respectiva juntada, sob pena de não conhe-cimento.

DAS DECISÕES LÍQUIDAS NOS

PROCESSOS ELETRÔNICOS

Art. 18. No sistema PJe-JT, a publicação da

sen-tença líquida ocorrerá no prazo máximo de 30 dias, o que deverá ser considerado regular pela Corregedoria Regional.

§ 1º Encerrada a instrução, o juiz da causa

deverá, no prazo de 10 (dez) dias, proceder à elaboração da minuta de sentença que, entregue ao Diretor de Secretaria, deverá ser encaminhada à Coordenadoria de Con-tadoria exclusivamente pelo e-mail funcio-nal, na mesma data, para liquidação.

§ 2º O controle do prazo do Magistrado será

aferido pelos registros de envio da sentença à Coordenadoria de Contadoria, sendo res-ponsabilidade do Diretor de cada Vara zelar pela remessa ou transmissão da sentença na data de sua entrega pelo magistrado, sob pena de responsabilidade.

§ 3º A Coordenadoria de Contadoria

visu-alizará os autos do processo eletrônico por meio do sistema PJe-JT, elaborando a conta de liquidação.

§ 4º Elaborados os cálculos, estes serão

inseridos aos respectivos autos pela Coor-denadoria de Contadoria, que em seguida enviará um e-mail para unidade judiciária destinatária informando da disponibilida-de da planilha disponibilida-de cálculos nos autos, sendo responsável o Diretor da Vara para conhe-cer de tal fato e comunicar ao magistrado, que ao final publicará a sentença conjunta-mente da planilha de cálculos.

Art. 19. Havendo recurso para o Tribunal,

res-guardado o prazo regimental ao Relator, este, por sua assessoria, deverá encaminhar os autos à Coordenadoria de Contadoria para adequação dos cálculos, sempre que elaborar razões de de-cidir no sentido de reformar a sentença líquida, ou nas hipóteses que entender necessário, ob-servado igual procedimento estabelecido no ar-tigo anterior.

Parágrafo único. Adequados os cálculos,

os autos serão devolvidos ao Desembarga-dor que elaborou a minuta do voto, por sua assessoria para, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, proceder à conferência e re-messa do processo à pauta.

Art. 20. Na hipótese de se imprimir efeito

mo-dificativo à decisão embargada, os autos serão encaminhados à Coordenadoria de Contadoria, a fim de que proceda à devida adequação dos cálculos.

Art. 21. A Coordenadoria de Contadoria

subme-te-se ao prazo de 15 (quinze) dias corridos para liquidação de sentenças ou acórdãos líquidos e

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05 (cinco) dias corridos para adequação dos cál-culos em sede de embargos de declaração.

Parágrafo único. Nas hipóteses

excepcio-nais em que a liquidação do julgamento se der após o trânsito em julgado, na fase de liquidação, os prazos estipulados para a Co-ordenadoria de Contadoria serão contados em dobro.

Art. 21-A. A Coordenadoria de Contadoria tem

o prazo de 05 cinco) dias corridos para elaborar manifestação quanto à impugnação aos cálculos apresentada pelas partes ou quando solicitada de ofício pelo juízo.

Seção III

DAS CARTAS PRECATÓRIAS

E DE ORDEM

Art. 22. No âmbito deste Regional, as cartas

precatórias e de ordem deverão ser autuadas como novo processo, dentro do sistema PJe-JT, com a seleção da jurisdição respectiva, o cor-reto preenchimento dos dados estruturados, a descrição das chaves de acesso e todos os ane-xos necessários à analise da respectiva carta.

§ 1º Em caso de não observância dos

requi-sitos descritos no caput deste artigo, o Juízo deprecado poderá solicitar, em prazo razo-ável, a retificação necessária, sob pena de devolução da carta, sem cumprimento.

§ 2º Em caso de unidade jurisdicional

de-precada que pertença a outro Tribunal, as cartas precatórias deverão ser preparadas através do sistema PJe-JT e encaminhadas, preferencialmente, via malote digital.

Art. 23. Havendo na localidade mais de uma

Vara do Trabalho com a mesma competência territorial, as cartas precatórias e de ordem re-cebidas serão cadastradas pelo setor de distri-buição respectivo.

Art. 24. A devolução das cartas precatórias

ele-trônicas será feita mediante certidão a ser en-caminhada ao Juízo deprecante, acompanhada apenas das peças necessárias à compreensão dos atos praticados, devendo o Juízo

depreca-do, após o registro de cumprimento, proceder ao devido posicionamento da carta precatória dentro do fluxo processual, em “cartas devolvi-das”.

Seção IV

DA GUARDA DE DOCUMENTOS

Art. 25. As Secretarias das Varas do Trabalho, os

Gabinetes de Desembargadores e a Secretaria do Tribunal Pleno deverão manter arquivo para guarda e conservação dos documentos digitali-zados e juntados, inclusive os autos de penhora e avaliação e outros documentos apresentados pelos Oficiais de Justiça.

Parágrafo único. A comprovação da entrega

de expedientes por Oficiais de Justiça será feita mediante certidão contendo os dados do cumprimento da diligência.

Seção V

DO PLANTÃO

Art. 26. Os feitos e petições destinados ao

plan-tão judiciário serão recebidos no sistema PJe-JT, observadas as classes processuais já habilitadas, cabendo aos advogados e às partes dar ciência imediata aos plantonistas, mediante ligação te-lefônica para os números disponibilizados no portal eletrônico do Tribunal Regional do Tra-balho da 23ª Região através do sítio www.trt23. jus.br.

CAPÍTULO V

DOS ATOS PROCESSUAIS NOS

TRIBUNAIS

Seção I

DAS INTIMAÇÕES, CITAÇÕES E

CUMPRIMENTO DE ATOS JUDICIAIS

NOS TRIBUNAIS

Art. 27. As intimações, citações e cumprimento

de atos judiciais no PJe-JT de 2° grau serão de responsabilidade da Secretaria do Tribunal Ple-no.

(15)

Direito Processual do Trabalho – Resolução Administrativa nº 243/2014 – Prof. Giuliano Tamagno

§ 1º Após a assinatura do ato do

Desembar-gador, o gabinete ou a assessoria jurídica remeterá os autos digitais à tarefa corres-pondente no fluxo do sistema PJe-JT, trans-ferindo para a Secretaria do Tribunal Pleno a responsabilidade de cumprir as determi-nações judiciais no que se refere a certifica-ções, intimações e citações.

§ 2º A Secretaria do Tribunal Pleno deverá

proceder à consulta prévia do conteúdo dos autos digitais, cumprindo, se for o caso, de-terminações que não sejam relativas à inti-mação ou citação das partes.

§ 3º Nos casos de citação por mandado, a

Secretaria do Tribunal Pleno fará a respec-tiva distribuição para a Seção de Manda-dos, devendo o oficial de justiça anexar no processo eletrônico a certidão contendo os dados do cumprimento da diligência, optando-se pela digitalização e juntada da contrafé subscrita pelos destinatários ou pela guarda desta em meio físico até o trân-sito em julgado do Acórdão ou decurso do prazo para ação rescisória, quando cabível.

§ 4º Nos casos de citação por correio, após

o retorno do aviso de recebimento (AR), a STP deverá digitalizar o documento e enca-minhar ao gabinete via e-mail para inserção dos dados no sistema.

Seção II

DOS AGRAVOS DE INSTRUMENTO

Art. 28. O agravo de instrumento interposto de

despacho que negar seguimento a recurso para o Tribunal Regional do Trabalho ou para o Tri-bunal Superior do Trabalho deve ser processado nos autos do recurso denegado, bastando ape-nas a descrição do identificador único dos docu-mentos já inseridos no processo e necessários à análise do recurso, sob pena de exclusão, pela unidade judiciária competente, daqueles junta-dos em duplicidade.

CAPÍTULO VI

DO CADASTRAMENTO DA

LIQUIDAÇÃO E EXECUÇÃO – CLE

Art. 29. As migrações dos processos do meio

fí-sico para o meio eletrônico dar-se-ão através da funcionalidade "CLE" do sistema PJe-JT.

Parágrafo único. As migrações dos

proces-sos do meio físico para o meio eletrônico somente serão iniciadas após publicação de ato pela Corregedoria do TRT da 23º Região autorizando a sua execução.

Art. 30. Deverão ser migrados apenas os

pro-cessos com execução iniciada e os que se en-contram no arquivo provisório.

Art. 31. Não serão migrados:

I – os processos do arquivo definitivo, II – processos em execução provisória, III – os processos vinculados à atuação da

CAESC – Coordenadoria de Apoio à Execu-ção e SoluExecu-ção de Conflitos.

Art. 32. Fica facultado às Varas do Trabalho

a definição quanto à ordem de migração dos processos, de acordo com sua análise e conveniência.

Art. 33. Em caso de processos unificados

(pilotos) em meio físico pela Vara do Traba-lho, faculta-se a esta a migração apenas do processo eleito como piloto ou de todos os processos agrupados.

Parágrafo único. Caso não sejam migrados

os processos físicos vinculados ao piloto, a unidade deverá cadastrar, junto ao pro-cesso eleito como piloto, todas as partes e advogados dos processos vinculados como terceiros interessados, possibilitando o ple-no acesso destes aos autos eletrônicos.

Art. 34. A Vara do Trabalho deverá lançar o

mo-vimento "50081-Convertida a tramitação do processo do meio físico para o eletrônico" no sistema legado (SDAP1), quando da migração do processo físico para o meio eletrônico.

(16)

Art. 35. Extinta a execução, a Vara do Trabalho

deverá proceder à baixa regular do processo no sistema PJe-JT, bem como a baixa do cor-respondente processo físico no sistema legado (SDAP1), trasladando cópia da decisão de extin-ção da execuextin-ção para o processo físico a fim de possibilitar sua remessa ao arquivo definitivo.

Art. 36. São documentos de digitalização

obri-gatória:

I – título executivo judicial ou extrajudicial,

ainda que contenham apenas obrigações de fazer ou não fazer;

II – cálculos homologados, se houver; e III – instrumentos procuratórios.

Parágrafo único. A critério do magistrado,

outras peças serão digitalizadas quando ne-cessárias para a liquidação e execução do feito.

Art. 37. Os autos físicos dos processos

conver-tidos para tramitação eletrônica deverão ser mantidos na Secretaria da respectiva Vara do Trabalho até o seu arquivamento definitivo.

Art. 38. Fica facultado à Vara do Trabalho

insti-tuir ato ordinatório para a conversão dos pro-cessos físicos para o meio eletrônico, atendidas as deliberações contidas nesta regulamentação.

Art. 39. A Vara do Trabalho deverá adotar o

mo-delo do Termo Inicial do CLE, conforme Anexo I desta Resolução.

Art. 40. Após a migração para o meio eletrônico,

fica vedado o peticionamento físico ou via e-doc nos processos migrados, passando a serem sub-metidos às normas referentes ao PJe-JT.

Art. 41. A Vara do Trabalho consultará a lista de

advogados disponível no ambiente de rede para conferência do cadastro junto ao PJe-JT. Caso o advogado correspondente não esteja cadastra-do junto ao sistema PJe-JT, o Magistracadastra-do conce-derá prazo razoável para registro e habilitação nos autos.

Parágrafo único. Em caso de inércia

injus-tificada do advogado da parte, a execução

seguirá o trâmite regular e todas as intima-ções lhe serão dirigidas exclusivamente por edital publicado no Diário Eletrônico da Jus-tiça do Trabalho (DEJT), mantida a vedação do artigo anterior.

Art. 42. Fica dispensada a inscrição dos bens

constritos no banco de penhoras até ulterior de-liberação.

CAPÍTULO VII

DO ATENDIMENTO AOS USUÁRIOS

Art. 43. As solicitações de atendimento, visando

o gerenciamento e controle, deverão ser reali-zadas pelos usuários internos do sistema PJe-JT, no âmbito do TRT 23ª Região, na seguinte or-dem de preferência:

I – ferramenta automatizada de controle de

chamados mantida pelo Regional;

II – envio de e-mail para o endereço

supor-tepje@trt23.jus.br;

III – contato telefônico através do número

(65) 3648-4040 para atendimento do PJe ou pelo número (65) 3648-4170 para atendi-mento à microinformática.

Parágrafo único. Para os usuários externos

são disponibilizados um formulário no sítio do TRT da 23ª Região, o e-mail suportepje@ trt23.jus.br e o telefone (65) 3648-4040.

Art. 44. A ordem de preferência de que trata o

artigo anterior não se aplica aos casos de aten-dimento de urgência no PJe-JT.

Parágrafo único. São considerados casos de

atendimento de urgência no PJe-JT:

I – o atendimento aos Desembargadores e

aos Magistrados;

II – o atendimento a problemas no sistema

PJe-JT que ocorram durante a realização de audiências ou de sessões de julgamento e que prejudiquem o seu prosseguimento.

(17)

Direito Processual do Trabalho – Resolução Administrativa nº 243/2014 – Prof. Giuliano Tamagno

Art. 45. O núcleo de suporte aos usuários do

PJe-JT e a equipe de suporte à microinformática funcionarão das 07h:30 às 14h:30 de segunda a sexta-feira, exceto feriados.

Parágrafo único. Nos finais de semana e

nos feriados serão indicados respectiva-mente pelo núcleo de suporte aos usuários e pela equipe de suporte à infraestrutura, dois técnicos para atuarem como apoio aos usuários internos que atuarão no plantão judicial, em regime de sobreaviso. A comu-nicação com os nomes e contatos dos dois técnicos ficará a cargo do núcleo de suporte aos usuários do PJe-JT.

Art. 46. Ressalvados os casos urgentes, os

aten-dimentos serão realizados em até 48 horas con-tadas a partir do seu recebimento.

Parágrafo único. O prazo de que trata o

ca-put deste artigo, não se aplica aos atendi-mentos que demandarem versões de corre-ção do sistema PJe-JT.

Nesse caso será aberto um chamado na fer-ramenta disponibilizada pelo CNJ em até 24 horas, contadas a partir do seu recebimen-to, sendo que a cópia do comprovante de abertura de chamado será encaminhada aos interessados.

Art. 47. As eventuais certidões de diagnóstico

e auditoria para fins de comprovação nos autos deverão ser solicitadas no prazo preclusivo de 30 dias da ocorrência do fato às unidades judi-ciárias quando se tratar de processo tramitan-do no 1º grau e à Secretaria tramitan-do Tribunal Pleno, quando se tratar de processo tramitando em 2º grau de jurisdição, cabendo ao Magistrado e ao Desembargador, respectivamente, a análise de sua necessidade.

Parágrafo único. As certidões solicitadas ao

núcleo de suporte aos usuários do PJe-JT estão cingidas ao diagnóstico de eventuais problemas técnicos ocorridos no sistema PJe-JT.

CAPÍTULO VIII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

E TRANSITÓRIAS

Art. 48. O Juiz da causa, resolverá todas as

ques-tões relativas à utilização e ao funcionamento do sistema PJe – JT em cada caso concreto, in-clusive as hipóteses não previstas neste regra-mento, assistido previamente, quando couber, pelo núcleo de suporte aos usuários do PJe-JT.

Art. 49. Até que seja implementada a

integra-ção do PJe-JT ao sistema dos Correios, os avisos de recebimento (AR) serão digitalizados e os respectivos arquivos juntados aos autos eletrô-nicos, a critério do Juiz ou a requerimento da parte.

Art. 50. Até que seja implementada a integração

total do Tribunal Superior do Trabalho no PJe-JT, os autos digitais deverão ser transformados em arquivo no formato "pdf" para serem remetidos ao TST.

Parágrafo único. A remessa dos autos

digi-tais ao TST compete à Secretaria do Tribunal Pleno.

Art. 51. Caso seja juntada petição de

homolo-gação de acordo ou haja necessidade de se re-alizarem quaisquer diligências no 1º grau, em processos que estejam tramitando em grau de recurso no 2º grau, o Gabinete deverá providen-ciar a baixa do processo para o 1º grau através da Secretaria do Tribunal Pleno.

Parágrafo único. Finda a prática dos atos no

1º grau e, enquanto permanecer a ausência de integração do sistema PJe-JT com o 2º grau, a Secretaria da Vara do Trabalho deve-rá comunicar a Secretaria do Tribunal Pleno – STP, através do e- mail stp2@trt23.jus.br, sobre o reenvio do respectivo processo ao 2º grau, indicando número do processo e o motivo da remessa, possibilitando a movi-mentação correspondente.

Art. 52. A contagem dos prazos regimentais e

legais para aposição do visto do Relator nos pro-cessos que tramitam em grau de recurso terá

(18)

como termo inicial o primeiro dia útil da sema-na subsequente à distribuição para o Relator.

Art. 53. Os casos omissos e que não estejam

abrangidos pelas normas próprias do Conselho Superior da Justiça do Trabalho ou pelo Con-selho Nacional de Justiça serão resolvidos pela Presidência.

Art. 54. Esta Resolução Administrativa entra em

vigor na data de sua publicação, ficando revoga-das torevoga-das as disposições contrárias, em especial as Resoluções Administrativas 130/2013, 20

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