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INTRAEMPREENDEDORISMO: Como desenvolver diferencial competitivo nas organizações modernas RESUMO

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INTRAEMPREENDEDORISMO: Como desenvolver diferencial competitivo nas organizações modernas

Wilder de Sá Santos Graduando em Administração pelo Centro Universitário do Rio São Francisco – UNIRIOS wildersantosm@hotmail.com Marilia Gabriela Cruz dos Santos Doutoranda em Direito pela Universidade Federal da Bahia-UFBA. Mestre em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental pela Universidade do Estado da Bahia. Especialista em Gestão de Pessoas pela Faculdade Sete de Setembro-FASETE. Especialista em Educação a Distância: Gestão e Tutoria pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci-UNIASSELVI. Bacharel em Administração com Habilitação em Marketing pela Faculdade Sete de Setembro-FASETE

RESUMO

A finalidade do presente artigo é descrever a maneira que as organizações procuram métodos de obter destaque e mostrarem o seu tamanho no mercado. Deste modo, destacamos o intraempreendedorismo como um diferencial dentro de uma organização fazendo com que seus colaboradores se sintam parte da empresa, tendo voz ativa dentro da mesma, compartilhando suas ideias e colocando-as em prática, em prol do seu crescimento profissional e, consequentemente, do crescimento da empresa. Esta pesquisa é bibliográfica, tendo embasamento nos autores Degen, Hashimoto e Leavitt, sendo os outros não menos importantes. Com isto, evidencia-se que o colaborador deve visar o seu crescimento juntamente com o da empresa para que exista o equilíbrio entre o desenvolvimento organizacional e o desenvolvimento pessoal.

Palavras-chave: Intraempreendedorismo, Empreendedorismo, desenvolvimento, inovação.

INTRAPRENEURSHIP: How to develop competitive differentiations in modern companies

ABSTRACTS

This paper aims to describe the way companies look for methods of obtaining focus and show their size in the market. Thus, it is highlighted that intrapreneurship represents a differentiation in organizations, making its collaborators feel as part of the company, with active voice in it, sharing their ideas and making them real in favor of their professional development and, consequently, the company’s growth. This paper is bibliographical, based on authors like Degen, Hashimoto, Leavitt, among others of the same importance. That being said, it is emphasized that the collaborator must pursue their development together with the company’s in order to enable a balance between organizational and personal development.

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1 INTRODUÇÃO

O cenário intraempreendedor vem tomando espaço dentro das organizações com um modo inovador de trabalho, pelo dinamismo trazido ao âmbito organizacional e a motivação dada aos colaboradores da organização.

O modo intraempreendedor é bastante instigante, pelo risco que a organização está disposta a enfrentar, a partir do momento que o projeto de um colaborador é aceito para ser aplicado, o profissional tem que ter um perfil que se encaixe nas características intraempreendedora e que venha para ajudar a empresa a crescer e consequentemente crescendo junto profissionalmente, trazendo bons resultados para a mesma.

O universo empreendedor é muito competitivo, por isso, é necessário buscar sempre estar à frente de seus concorrentes, muitas pessoas enxergam o empreendedorismo como uma forma de fuga do desemprego, por essa razão, vem se tornando um ramo com muita relevância, mas não é tão simples quanto parece, o mercado é traiçoeiro, tem que estar em constante acompanhamento do mesmo, observando sua evolução, para que assim possa ter vantagem em cima dos seus concorrentes.

Desse modo, deve-se buscar inovação, não só com novos produtos, mas com a forma de trabalhar, às vezes uma ideia pode mudar totalmente seu negócio, por isso é muito importante estar sempre ouvindo seu corpo de colaboradores e analisar as ideias propostas e investir nas mesmas. É aí que entra o modo intraempreendedor, já que os colaboradores irão se sentir mais valorizados e cada vez mais, parte da empresa ao verem suas ideias sendo executadas com uma equipe bem motivada se existe mais vontade de crescer em conjunto e exclui a monotonia do âmbito organizacional, trazendo um ambiente mais dinâmico. Antes de tudo o gestor deve ter uma mente bem aberta, sem restringir ideias. Empresa que não inova é consequentemente absorvida pelo mercado.

O intraempreendedorismo não é uma área ainda muito comum e há poucas pesquisas a respeito do tema, sem saber a inovação e motivação que aquilo traz para dentro da organização, fazendo com que seu funcionário e sua empresa cresça junto com ele.

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organizações, por isso é muito importante a abordagem desse assunto, tendo em vista a escassez de estudos realizados na área. Acreditamos, ainda, que o intraempreendedorismo está se tornando relevante dentro das empresas, pelo seu modo dinâmico de trabalho, pela motivação que traz a seus colaboradores por conta dos investimentos nas ideias dos mesmos, projetos e produtos lucrativos com certo risco, mas trazendo também um toque de inovação.

Existem diferenças entre o empreendedor e o intraempreendedor. O empreendedor faz utilização de um capital próprio ou de terceiros, ele mesmo desenvolve a estrutura operacional, tendo o poder de decisões e executando as ações na organização; uma grande desvantagem desse modo, é que o dinheiro está relacionado ao fracasso, em um caso que o fracasso seja total a consequência será a falência. Ele é responsável pela empresa, tendo a possibilidade de montar sua própria equipe.

Já o intraempreendedor procura fazer uso do capital da empresa para executar suas ideias porque este modo de trabalho permite fazer esse tipo de ação, ele não se abala quando um projeto dele não dá certo, pois ele tem a oportunidade de reavaliar e executar novamente sua ideia, se ele precisar pode pedir auxílio a superiores ou também trabalhar em equipe.

De acordo com o a importância do tema para empresas, colaboradores e gestores a pergunta que esse trabalho deverá suprir é: Como desenvolver diferencial competitivo nas organizações modernas através do intraempreendedorismo?

O presente artigo tem como objetivo central, trazer a clareza de compreender como o intraempreendedorismo contribui no desenvolvimento das organizações modernas e como específicos: i) demonstrar vantagens e desvantagens do intraempreendedorismo; ii) descrever como é aplicado o intraempreendedorismo dentro das organizações; iii) Identificar as características do ambiente intraempreendedor.

A metodologia de pesquisa foi desenvolvida através da pesquisa exploratória gerindo objetivos e hipóteses que venham a sanar o problema proposto no presente artigo, foi utilizado como auxilio, a revisão bibliográfica, a qual foi realizada com apoio de livros e artigos, para fundamentar a discussão sobre o tema abordado; sobre a forma de execução das técnicas, vantagens, desvantagens, importância e influência do intraempreendedorismo dentro das empresas e a pesquisa qualitativa como forma de melhor investigar e colher informações sobre o

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tema proposto. Tem como maior base nesta pesquisa os livros: “O empreendedor: empreender como opção de carreira. “ de Degen, “Espírito empreendedor nas organizações: aumentando a competitividade através do intraempreendedorismo” de Hashimoto e “Applied organizational change in industry: structural, technological and humanistic approaches. Handbook of

Organization, cap. 27.” De Leavitt.

2 EMPREENDEDORISMO

Schumpeter (1949, apud DORNELAS, 2011, p.28) afirma que “O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos materiais.”

O empreendedor que sabe usar as ferramentas que estão a sua disposição para ter sucesso na sua performance, fazendo uso da sua criatividade para resolver os problemas, mesmo que para isso ele tenha poucos recursos disponibilizados. Ele irá fazer uma avaliação dos pontos fortes de uma empresa, para assim explorá-lo e com suas ideias tirar vantagem daquilo.

Segundo Say (1803, apud HASHIMOTO, 2006, p. 1) o empreendedor “transfere recursos econômicos de um setor de produtividade mais baixa para um setor de produtividade mais elevada e de maior rendimento”, a inovação de um empreendedor vai fazer com que ele comece a enxergar de forma mais ampla tudo que está disponível ao seu redor para a obtenção de recursos e desenvolvendo diferenciais de mercado aproveitando as boas oportunidades para que sua empresa venha se destacar.

Apesar de o perfil do empreendedor bem-sucedido ser quase uma caricatura, ele ilustra duas características importantes necessárias ao futuro empreendedor: primeiro, não se conformar com o mundo e tentar adaptar o mundo a si; segundo, ter grande necessidade de realizar e disposição de assumir os riscos e fazer sacrifícios pessoais necessários para ter sucesso. (DEGEN, 2009, p. 15)

Todo investimento vem acompanhado de um risco e o empreendedor, com sua visão tentará ao máximo reduzir esse risco, analisando todo o mercado, vendo qual tipo de empresas existentes no local, observando qual a necessidade daquele local, ou se as empresas já existentes tem algum tipo de falha, para que ele possa utilizar a fraqueza da concorrência a seu favor, trazendo uma forma mais correta de trabalho, com organização e inovação, chamando atenção dos clientes e consequentemente tentando fidelizá-los.

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empreendedor tem que estar ciente de que não se pode misturar a vida pessoal com a vida profissional, são coisas totalmente distintas que se não souber separa-las pode levar sua empresa à ruína “um empreendedor é alguém que exerce o controle sobre uma produção que não seja apenas para o seu consumo pessoal” (MCCLELLAND apud FILION, 1999, p. 4).

Degen (1989, p. 10), “ser empreendedor significa ter, acima de tudo, a necessidade de realizar coisas novas, pôr em prática idéias próprias (...). As pessoas que têm necessidade de realizar se destacam porque, independente de suas atividades, fazem com que as coisas aconteçam”.

Para empreender é necessário que se haja atitude, o empreendedor deve ter coragem para aplicar suas ideias e conhecimentos, procurando sempre um diferencial e sua realização, seja sua organização de comércio ou serviço, em busca da realização e do êxito profissional.

McClelland (1961) mostra o empreendedor como uma pessoa que está sempre em busca da realização e uma grande motivação para construir, antes de tudo um empreendedor não pode ter uma mente limitada, tem que estar sempre aberto a novas ideias e organiza-las para por em prática todo o seu conhecimento, não adianta ter ideias, boas ideias e não executá-las, o próprio tem ciência do risco, porém não pode ter medo de arriscar, tem que haver planejamento e tem que fazer acontecer.

Através de todo conteúdo supracitado, daremos segmento a outra parte que está inserido no empreendedorismo, como uma forma inovadora de se trabalhar, saindo dos parâmetros normais e trazendo um ambiente mais dinâmico, o intraempreendedorismo.

3 INTRAEMPREENDEDORISMO

O intraempreendedorismo é uma parte do empreendedorismo onde os colaboradores têm voz ativa e a liberdade de agir dentro da empresa, ajudando de forma direta ou indireta na criação de ideias e execução das mesmas. Desse modo, Dantas (2008, p.17) discorre que:

O intraempreendedorismo ganha força nesse cenário, uma vez que, essencialmente, a empresa valoriza o espírito empreendedor, estimulando as pessoas a concretizarem suas ideias, através do patrocínio e liberdade de ação para agir. Trata-se de um método eficiente, porque libera o gênio criativo dos empregados, que são justamente as pessoas que melhor conhecem a organização.

Dessa forma o colaborador tem investimento nas próprias ideias e consequentemente se sente valorizado, é uma forma inovadora e bem ousada de se trabalhar, esse modo de trabalho vem

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ganhando espaço, podemos utilizar como grande exemplo de intraempreendedorismo o Google, que investe bastante nos seus colaboradores, inclusive o Google faz com que utilizem 20% do seu tempo para elaboração de projetos pessoais. Um dos projetos intraempreendedor aplicados pela empresa é o próprio Gmail.

(...) o foco na inovação e criação de negócios e a renovação estratégica. A primeira dimensão inclui o compromisso da empresa em constituir novos produtos ou processos, criando novos mercados ou expandindo os já existentes, enquanto renovação estratégica é a revitalização das operações mudando do escopo do negócio ou a sua abordagem competitiva (ZAHRA, 1996, apud HASHIIMOTO,2013, p.19):

Como forma de inovação para a empresa, traz diversos benefícios para a mesma como a rotatividade de novas ideias, aumento de faturamento, novos projetos, entre outros. Para Antoncic (2001), se tem o intraempreendedorismo como uma forma de busca de novas soluções e de forma criativa, de modo que confronte e desafie modos ultrapassados da empresa em conjunto com melhorias de antigos e novos produtos.

“Talvez essa seja a razão pela qual capitalistas de risco dizem que baseiam 80% da decisão de investir na qualidade das pessoas envolvidas e apenas 20% no que essas pessoas pretendem fazer.” (PINCHOT, 1999, p. 14).

A empresa que deseja adotar uma postura intraempreendedora, deve estar disposta a encarar o risco, pois o investimento no seu corpo de colaboradores é muito alto, por isso é ideal que se tenham pessoas de muita qualidade e capacidade, pessoal que realmente valham seu investimento e que queiram ver o crescimento da empresa que trabalham e que todas as ideias sejam escutadas e discutidas de forma bem detalhada para diminuir a porcentagem de risco o máximo possível.

As organizações procuram trazer um novo modo de trabalho como forma de inovação para dentro do âmbito organizacional, na busca de um diferencial que venha agregar aos seus valores. De acordo com Wunderer (2001, apud HASHIMOTO, 2013, p. 19)

O intraempreendedor é um colaborador da empresa que inova, identifica e cria oportunidades de negócios, monta e coordena novas combinações ou arranjos de recursos para agregar valor. Age para atender necessidades latentes e buscar fazer de forma mais eficaz o que já existe. O objetivo do empreendedorismo organizacional é manter e aumentar o valor corporativo no longo prazo, otimizando os benefícios dos principais stakeholders.

Um funcionário que vai pra empresa, que não busca o novo, que não procura aprimorar suas habilidades, desenvolver melhorias para empresa, disseminar ideias, não tem validade no mundo

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intraempreendedor, ele tem que ter um perfil inovador, pro ativo, que tenha uma visão ampla daquilo que ele trabalha, de forma eficaz, fazendo as coisas de forma dinâmica para que venha então otimizar sua empresa. Pinchot (1985) afirma que o intraempreendedor é centrado no processo de criatividade e inovação, onde procura transformar suas ideias em um investimento lucrativo, mesmo estando presente no âmbito organizacional.

[...] já deve possuir algumas características inerentes à sua personalidade, como determinação, perseverança, criatividade e ousadia, pois colocará seu cargo e seu emprego em jogo, enfrentará linhas hierárquicas rígidas, terá que lidar com falta de apoio e incentivo, sofrerá rejeições constantes às suas ideias e propostas, precisará superar entraves burocráticos e agirá muito na clandestinidade. Estes empreendedores são raros, porém valiosos para qualquer tipo de organização. (HASHIMOTO, 2006, p. 79)

Como supracitado, no perfil intraempreendedor é notável suas características juntamente com sua personalidade, tem que se mostrar atitude em suas ações se mostrar determinado, para que suas ideias ganhem confiança e credibilidade, para assim serem bem vistas por seus gestores, caso contrário, não haverá interesse em seus projetos, causando uma desmotivação no colaborador. O valor de pessoas que possuem esse perfil é de valor inestimável para a organização.

4 DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

Como cita Leavitt, “o melhor critério para avaliar a qualidade de uma organização é a capacidade da organização de mudar a si mesma” (LEAVITT, p. 1.162). Na contemporaneidade, mediante ao mercado que passa por efêmeras transformações, as empresas que não tiverem a capacidade de se adaptar, estão certamente, trilhando um caminho para o insucesso. Pois, é o que provavelmente vai levá-las a ver os seus clientes migrando para outras empresas que podem oferecer melhores serviços com preços bem mais atrativos.

Seus valores são a ordem, a disciplina, os sistemas e a aceitação da autoridade [...], as bases em que se fundamenta são a legalista as pessoas foram contratadas para fazer o trabalho, e a ética - as pessoas, assumindo as responsabilidades, farão tudo por cumpri-las (Leavitt p. 1.147).

Está bem a empresa que tem o engajamento dos seus colaboradores. Os mesmos são coautores de todas as cenas de sucesso, ou fracasso que a organização venha a ser protagonista. Trabalhar de maneira ética e legal seguindo os valores e as bases do Desenvolvimento Organizacional, é, sem dúvidas, um dos maiores diferenciais de sucesso, pois quando se tem um funcionário que visa a evolução da empresa, ele vai trabalhar em prol dessa visão, fazendo com que a empresa logre êxito, porém funcionários que não têm compromisso com a missão, visão e valores da empresa, tendem a trazer consequências deveras desastrosas.

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O problema de eficácia da organização é atacado pelo seu lado mais difícil e complexo: a personalidade humana (Strauss, George, p. 23). Obter harmonia entre os membros no âmbito organizacional nunca foi tarefa fácil. Saber conduzir e garantir o bom funcionamento de uma organização, formada por componentes com personalidades diversas, exige maestria e determinação dos envolvidos no processo. Caso não exista a avocada harmonia, poderemos perceber processos simples se transformarem em processos morosos e inconclusos, em prol, por exemplo, de uma desavença entre o pessoal de setores.

graves consequências no mercado de empregos, a contínua elevação do custo de vida, a explosão demográfica e o baixo nível de qualificação da mão-de-obra[...] , (que) influem e definem a realidade do empregado [...] , condicionam as pessoas a serem conformistas, acomodadas, preocupadas basicamente em garantir a satisfação das suas necessidades fisiológicas e de segurança[...] Esses mesmos empregados não podem estar propensos a mudar, tão pouco preparados para mudanças (MELO NETO; p. 60-1).

A vontade de crescimento para na falta de motivação para crescimento pessoal e profissional, condiciona alguns membros das organizações a serem simplesmente figurantes e não atores principais no processo que conduz a empresa ao sucesso. O comodismo é sinal de estar preso simplesmente a manutenção de uma vida, por vezes, mecânica. O intraempreendedorismo é fator chave para o crescimento da organização visto que a necessidade de pertencer a um grupo e querer fazer parte do processo de evolução do mesmo deve ser condição sine-qua-non para cada integrante do conglomerado.

Ante o exposto, ficou explícito que diante da efemeridade dos acontecimentos que mudam o destino das organizações, podendo assim, ser vistos como divisores de águas entre o sucesso ou fracasso das mesmas, é crucial que como um só, colaborador e organização que visam crescer, façam isso em equilíbrio, buscando uma real evolução, observando e seguindo atentamente os valores e bases que precedem e representam o Desenvolvimento Organizacional.

5 O INTRAEMPREENDEDORISMO NAS ORGANIZAÇÕES MODERNAS

Em meio a um cenário onde as organizações têm buscado atingir bons resultados com um número reduzido de colaboradores, no qual as empresas procuram inovar no seu método de trabalho, buscando dinamismo no âmbito organizacional, é condição sine qua non que o empresário busque sempre estar de mente aberta e voltar os olhos ao fator pessoal, ouvindo os componentes da organização de modo que através desse brain storm possam ser selecionadas as melhores ideias e incorporadas no dia a dia da empresa.

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Minimizar os riscos e potencializar o que deu certo é imprescindível no que tange ao intraemprendedorismo, tendo em vista que melhor do que ninguém, os colaboradores tem o conhecimento da vivência organizacional e do funcionamento da empresa. Desta feita, tirar proveito de todos os apectos que o intraempreendedorismo oferece, explorando a criatividade nos processos internos das atividades empresariais, buscando valer-se sempre do espírito de liderança e inovação, o intraempreendedor poderá ocupar uma posição de destaque no que tange ao sucesso profissional. Sucesso esse, que vai depender do empenho individual e coletivo no caminho para o êxito.

Vale salientar que para que o intraempreendedorismo alcance efetividade, é de extrema importância que a empresa ofereça um ambiente favorável que disponha de toda a tecnologia e comodidade necessária para o desenvolvimento e utilização com máximo potencial de todos os aspectos intraempreendedores. É sempre um desafio sem tamanho criar novos processos ou aperfeiçoar os já existentes, por isso, todos os colaboradores devem ter real consciência da importância da participação de cada um deles no constante processo de evolução da organização intraempreendedora, sentindo-se como peças fundamentais e, de certa maneira, donos dos méritos de cada meta alcançada, fazendo com que exista o sentimento de que o sucesso da organização esteja diretamente atrelado ao sucesso pessoal e profissional de cada um.

6 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO INTRAEMPREENDEDORISMO

Vantagens

As obras de um intraempreendedor na organização proporcionam inúmeras consequências positivas. Com o seu desempenho a organização amplia as chances de inovação e operosidade, trazendo um diferencial competitivo mediante seus concorrentes.

O intraempreendedor traz para si o encargo de aprimorar e implementar produtos/serviços, e desta forma, a organização terá constantemente ideias novas para colocar em prática e implementando um dinamismo no âmbito organizacional.

A inovação é o melhor caminho para novas fórmulas, e através dela, abrem-se novos mercados e possibilita-se o incremento das margens de ganho da empresa.

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A empresa que tem em seu quadro de pessoal esse tipo de colaborador colherá benefícios, mas para isso, deve incentivar as suas técnicas, pois a partir das mesmas é que a transformação ocorrerá, incrementando a eficácia de suas receitas e benesses.

Desvantagens

Caso haja despreparo por parte da organização, pode haver uma certa dificuldade com esse tipo de colaborador, isto é, o perfil do intraempreendedor tem que ser compatível com perfil da organização.

Outra desvantagem desse modo é o impasse que pode ser gerado entre os departamentos, suscitando conflitos por conta das discordâncias entre colaboradores, causando um possível atraso na aceitação da ideia, podendo também, esses mesmos conflitos ocorrerem em diferentes níveis de hierarquia, caso o colaborador não consiga a aprovação na criação e aplicação do projeto.

Todo investimento, vem acompanhado de um risco e cada ideia apresentada pelos colaboradores, acarreta a necessidade de investimento para a organização. Desta feita, a mesma deverá ser ciente do avocado risco, podendo obter um resultado positivo que fará a absorção dos ônus.

7 APLICAÇÃO DO INTRAEMPREENDEDORISMO NAS ORGANIZAÇÕES

Existem alguns passos a serem seguidos para uma aplicação mais proveitosa do intraempreendedorismo nas organizações.

Procurar produzir pesquisa com o seu corpo colaborador, buscando a opinião dos mesmo sobre as formas de avaliação da empresa, dando condições estruturais, autonomia, acatando as sugestões e aplicando-as para que através disso, os colaboradores sintam-se mais confortáveis.

É de responsabilidade do gestor buscar pessoas que possuam um perfil intraempreendedor e trazê-las para a organização. Esses colaboradores irão trazer vantagens e benefícios para o crescimento e evolução da mesma. É também crucial que os gestores busquem nunca desestimular ou desmerecer nenhum dos integrantes da equipe para extrair sempre o melhor dos

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‘brainstorms’.

É importante que existam canais diretos de comunicação, digitais e físicos dentro da organização para que os colaboradores possam compartilhar suas ideias, incentivando que os mesmos façam uso de tal ferramenta, sendo assim o gestor pode colher os feedbacks e fazer uma melhoria nosprojetos que já estão sendo executados.

A liderança desse modo deve ser totalmente descentralizada, ouvindo todas as ideias postas por seus colaboradores e aproveitando as que sejam benéficas para organização. Um bom relacionamento entre todos os departamentos é de fundamental importância para o melhor funcionamento da organização, além de ser deveras mais motivador, pois cada colaborador irá incentivar o próximo. Um dos mais importantes fatores deve ser a união do grupo e uma hierarquia mais horizontal no sentido de que todos tenham autonomia e que a organização possa sempre obter os melhores resultados da aplicação do intraempreendedorismo.

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como sobreposto neste artigo, o cenário intraempreendedor traz inovação para o mercado e agrega valor as organizações, por ser um perfil não muito comum de se encontrar, a visão dos gestores na busca por esses colaboradores e o risco que estão dispostos a correr investindo em suas ideias fazem com que tragam dinamismo para dentro da sua empresa.

O intraempreendedorismo mesmo não sendo muito explorado por parte do mercado, possui uma relevância ao trazer para a organização, pois muitas vezes se é aplicado inconscientemente por muitos gestores, a partir do momento que se aprofunda mais, aplicando da maneira correta, acaba trazendo um bem-estar para seus funcionários, os motivando e consequentemente maximizando a produção e o diferencial da organização trazendo crescimento para mesma.

Com a grande demanda do mercado, as organizações buscam se sobressair entre seus concorrentes, atrás do novo, de algo que venha agregar valor real a sua empresa. O diferencial não está somente no seu preço ou produto, está presente também no seu corpo de colaboradores, na vontade dos mesmos trabalharem e crescerem exponencialmente com a organização.

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motivados, sendo eles e a organização, um só. Neste cenário, o intraempreendedorismo ainda não é tão presente no mercado atual, mas aos poucos vem ganhando espaço e já está presente em grandes empresas como uma forma de diferencial, fugindo da centralização e métodos arcaicos de gestão e buscando um âmbito organizacional mais produtivo, agradável e humano.

A política intraempreendedora é além de uma forma de reduzir riscos, uma ferramenta que garante mais segurança e estabilidade da organização no mercado. A partir do momento em que um colaborador tem os seus projetos aceitos, o gestor garante além de tudo, uma identidade do corpo de colaboradores dentro da organização, fazendo com que através daquela ação, os anseios da coletividade sejam atendidos, o que faz do intraempreendedorismo algo que vai além de resultados meramente materiais para algo palpável, motivador e altamente produtivo.

REFERÊNCIAS

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