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Bebel pede suspensão das aulas em Piracicaba e Rio das Pedras

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Academic year: 2021

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Edição: 20 Páginas ÔNIBUS — I

A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo entre-gou nesta quinta-feira (27) 48 ônibus escolares para 44 muni-cípios paulistas. Para fazer a aquisição, o Governo do Esta-do investiu R$ 11.901.600,00.

ÔNIBUS — II

Com esta entrega, já são 384 veículos entregues em 2021. Nesta gestão, o Governo do Estado in-vestiu R$ 211,6 milhões na compra de 868 ônibus, destes 810 já fo-ram entregues a 441 municípios.

ÔNIBUS — III

Este Capiau não entrou nesses veículos por falta de ocasião e também pelos cuida-dos com a pandemia. Tem evi-tado muita movimentação e sempre utilizando máscara, garantindo distanciamento e se cuidando para imunização.

ÔNIBUS — IV

Só que, já idoso e cansado, o Capiau lembra as autoridades que é preciso pensar, também, em climatizador de ar. Os depu-tados estaduais Alex de Madu-reira e Roberto Moraes, da base do Governo na Alesp, podem atentar-se para esse detalhe?

A 1 6 A 1 6 A 1 6 A 1 6 A 1 6

Bebel pede suspensão das aulas

em Piracicaba e Rio das Pedras

Agravamento da pandemia e falta de leitos fizeram com que a deputada estadual

e presidente da Apeoesp solicitasse a suspensão das aulas nos municípios

Divulgação

Diante de um novo agrava-mento da pandemia do coronaví-rus, com ampliação de casos e de óbitos, a presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do En-sino Oficial do Estado de São Pau-lo), deputada estadual Professora Bebel (PT), solicitou aos prefeitos de Piracicaba, Luciano Almeida, e de Rio das Pedras, Marcos Buzet-to, a suspensão das aulas presen-ciais em ambos os municípios. O pedido foi em ofício aos dois prefei-tos, no final da tarde de quinta (27), em que a deputada adverte que ve-ículos de comunicação informam que apenas na última terça (25) fo-ram registrados 36 óbitos na região de Piracicaba, com um total de 3.056 falecimentos desde o início da pandemia e com 136 mil casos de infecção pelo novo coronavírus. ALARMANTE — “Neste quadro, é extremamente alarman-te que se registre a ocupação de 98% dos leitos hospitalares no con-junto das cidades da região, sen-do iminente a falta de atendimen-to nos hospitais, com a Covid-19 atingindo pessoas das mais diver-sas idades. As denúncias de infec-ções nas escolas se sucedem. Os dois casos que se verificaram nes-ta semana na Escola Esnes-tadual

Pro-fessora Abigail de Azevedo Grillo, a infecção de um agente de orga-nização escolar na Escola Estadu-al Jethro Vaz de Toledo, Estadu-além de forte suspeita na Escola Estadual Carolina Mendes Thame, em Pi-racicaba, assim como a ocorrên-cia de casos em escola municipal em Rio das Pedras são exemplos de como a pandemia se encontra forte e generalizada na nossa re-gião”, diz a Professora Bebel.

IMEDIATAMENTE — De acordo com a presidenta da Apeo-esp, pela limitada capacidade de atendimento frente ao grande nú-mero de casos da Covid-19 que ocorrem em Rio da Pedras das Pedras, o município acaba por en-viar pessoas infectadas para tra-tamento em Piracicaba, sobrecar-regando o sistema de saúde. “É fundamental, assim, que as esco-las sejam imediatamente fechadas tanto no município de Piracicaba como Rio das Pedras, para que se possa reduzir a pressão sobre o sis-tema de saúde e possamos reduzir a pandemia tanto em Piracicaba como na região, pois a manuten-ção de escolas abertas não apenas favorece o contágio nas próprias unidades escolares, como também nos meios de transporte e na

Em Laranjal Paulista,

retorno às aulas nas

escolas municipais

adiado para julho

Após consulta aos pais e ao Conselho Municipal de Educação, ficou estabeleci-da uma nova estabeleci-data para o re-torno gradual às aulas na Rede Municipal de Ensino de Laranjal Paulista. As crian-ças devem voltar à sala de aula no dia 12 de julho. A de-cisão, amparada pelos téc-nicos do setor de Educação e também de Saúde, leva em consideração ainda o quadro epidemiológico e a taxa de ocupação hospitalar no município e também na região. A medida está docu-mentada pelo Decreto 4.035, editado no dia 18 de maio pelo prefeito Dr. Alci-des de Moura Campos Ju-nior. Mais notícias de Laran-jal Paulista na página A17.

transmissão do vírus para as fa-mílias, involuntariamente levado por estudantes de todas as ida-des”, diz a Professora Bebel, que

defende a “preservação da vida”. Bebel pediu aos prefeitos de Piracicaba, Luciano Almeida, e de Riodas Pedras, Marcos Buzetto, a suspensão das aulas presenciais

A Prefeitura de Piracicaba, por meio da SMS (Secretaria Mu-nicipal de Saúde), irá ampliar a faixa etária do grupo de pessoas com comorbidades para vacina-ção contra Covid-19. Desde as 16h de ontem (28), as pessoas com mais de 25 anos que se en-quadrem nos critérios de comor-bidades já estão agendando. A agenda para esse público será aberta no site VacinaPira (ht-tps://vacinapira.piracicaba.sp. gov.br/cadastro/blk_inicial/).

Os bairros Vila Sônia e Má-rio Dedini, região Norte, recebe-rão as plenárias do Orçamento Participativo na segunda (31) e terça (1º), respectivamente. A reunião de segunda-feira será re-alizada no Cras Vila Sônia, na rua Padre Otto Andreas Josef Wolf, 720, e na terça-feira, no Cras Mário Dedini, na avenida Luís Ralf Benatti, 1.400. As reu-niões, coordenadas pela Secreta-ria Municipal de Governo, estão abertas à participação da popu-lação e acontecem sempre às 19h e têm por objetivo manter conta-to com a comunidade, associa-ções, entidades civis organiza-das, no sentido de coletar de-mandas sobre investimentos, manutenção e serviços públicos. Devido à pandemia, são respei-tados todos os protocolos sani-tários de combate à Covid-19, como distanciamento social e o uso obrigatório de máscaras.

Piracicaba

começa vacinar

pessoas com

comorbidade de

25 anos ou mais

Orçamento

Participativo:

Vila Sônia e

Mário Dedini

com plenárias

Vacinas: Saúde recebe doação

de duas câmaras do Simespi

O secretário Filemon Silvano e Euclides Libardi, presidente do Simespi

Prefeitura/CCS

A Secretaria Municipal de Saúde recebeu duas câmaras conservadoras de vacinas por meio de doação feita pelo Simes-pi (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, de Material Elétrico, Eletrônico, Si-derúrgicas e Fundições de Pi-racicaba). A doação faz parte de

uma ação de apoio ao poder público municipal no combate à pandemia do novo coronaví-rus que, no mês passado, doou sete respiradores, sendo seis deles à Prefeitura. A oficializa-ção da doaoficializa-ção aconteceu nessa sexta (28), no Centro de Vigi-lância Epidemiológica. A7

Divulgação

O presidente do DEM em Pi-racicaba, ex-vereador Sergi-nho Setten, visitou — “com to-dos os cuidato-dos sanitários contra a Covid-19”, alerta — o ex-deputado Aldo Demarchi (DEM), em Rio Claro. Sergi-nho, como é chamado pelos amigos, não quer que fique no esquecimento a questão da RMP (Região Metropolitana de Piracicaba), cujo projeto, em 2014, foi apresentado por ele, Demarchi, com assinatu-ra também do deputado

Ro-SOBRE A RMP

berto Morais (então, no PPS). Foi o PLC (Projeto de Lei Complementar), dia 28 de fe-vereiro de 2014. “O verdadei-ro autor foi o agora ex-deputa-do Demarchi”, diz Serginho, que, segundo ele, “convidou o deputado Roberto Morais para que assinasse junto”. Assim, “temos que agradecer a ambos até porque nossa cidade, não só por ser a mai-or delas, mas pmai-or mereci-mento, deve mesmo ser reco-nhecida”. Gratidão a ambos.

Comunicação/Acipi

Diretor geral da FAC-SP, Wilson Victorio Rodrigues, foi recebido pelo presidente da Acipi, Luiz Carlos Furtuoso; comitiva veio conhecer as futuras instalações da entidade piracicabana. A10

VISITA

Divulgação

Bacia comemora os 100 anos de Nelson de Souza Rodrigues. A4

(2)

Data da fundação: 01 de agosto de 1.974

(diário matutino - circulação de terça-feira a domingo)

Fundador e diretor: Evaldo Vicente COMERCIALIZAÇÃO -Gerente: Sidnei Borges

SB – Jornais Regionais – EIRELI - 27.859.199/0001-64 Rua Madre Cecilia, 1770 - Piracicaba/SP - CEP 13.400-490

- Tel (19) 2105-8555

IMPRESSÃO: Jornais TRP Ltda, rua Luiz Gama, 144 – CEP 13.424-570

Jardim Caxambu - Piracicaba-SP, tel 3411-3309

Casar ou pagar imposto: você decide!

Armando A. dos Santos

C

ontinuemos a exposição da gesta lusitana no Arquipélago da Madeira, descoberto pelos portugueses em 1419/1420. Como vi-mos no artigo anteri-or, a ilha da Madeira,

a maior e mais aproveitável do arquipélago, era pequena, muito montanhosa e, ademais, coberta por uma floresta espessa que se tornou indispensável desbastar. Desbastada a floresta, era preciso aproveitar a pouca terra disponível, para alimentar os dois donatários - João Gonçal-ves Zarco e Tristão Vaz - suas famílias e os numerosos colo-nos que eles levaram, a suas custas, para povoar a nova ter-ra. Aí apareceu um problema terrível. Na Madeira, chovia muito, chovia até torrencial-mente. Mas a água caía e não era retida pelo solo, escorren-do rapidamente para o mar e arrastando consigo a camada superior da terra, num processo de erosão que poderia ser fatal.

O que fizeram os portugue-ses para vencer esse problema? Planejaram cuidadosamente, e executaram laboriosamente um sistema de irrigação artificial que até hoje desperta admiração nos engenheiros que o exami-nam: o sistema das "levadas".

As levadas são regatos arti-ficiais feitos para distribuir a água por toda a superfície agri-cultável da ilha. No alto das mon-tanhas, a 600, 800 e até 1000 metros de altitude, foram feitos grandes reservatórios apropria-dos para reter a água das chu-vas. E essa água era, depois, dis-tribuída por riozinhos artificiais, condutos abertos que desciam as montanhas com uma inclinação muito suave, de modo a descer vagarosamente. As levadas têm, geralmente, menos de um metro de largura, e 50 ou 60 cm de pro-fundidade. São talhadas no

flan-Para homens

Para homens

Para homens

Para homens

Para homens

como Afonso de

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como Afonso de

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Albuquerque, nada

Albuquerque, nada

Albuquerque, nada

Albuquerque, nada

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é impossível.

é impossível.

é impossível.

é impossível.

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Nem mesmo

Nem mesmo

Nem mesmo

Nem mesmo

Nem mesmo

secar o rio Nilo

secar o rio Nilo

secar o rio Nilo

secar o rio Nilo

secar o rio Nilo

co das montanhas, mui-tas vezes em pedra viva e beirando precipícios de centenas de metros. Elas vão dando voltas às montanhas, sempre com inclinação muito suave, e por vezes se es-tendem por mais de 50 km. Frequentemente a topografia exigia que as levadas atravessassem túneis (alguns com mais de um quilômetro de extensão) para po-derem prosseguir seu rumo. Eram os chamados "furados".

Imagine-se a extrema difi-culdade que isso representou, para os recursos rudimentares da época! A maior parte das le-vadas, com efeito, foi realizada ainda nos séculos XV e XVI, pela iniciativa privada dos donatári-os e outrdonatári-os sesmeirdonatári-os, que depois vendiam a água aos que dela fa-ziam uso. Só no início do século XIX o Estado português princi-piou a fazer levadas, que até en-tão eram obra de particulares. As levadas madeirenses foram tão bem planejadas e tão bem execu-tadas que ainda hoje, mais de 500 anos decorridos, estão funcio-nando e servindo perfeitamente. Ter assim domado as águas na Madeira foi uma obra her-cúlea, uma obra ciclópica, que bem mereceria ser mais conhe-cida e louvada a nível mundial. Não foi só essa a obra dos madeirenses no campo da enge-nharia. Outra tarefa, talvez não menor, foi domar as montanhas. De fato, as montanhas da Madei-ra eMadei-ram tão íngremes que não se prestavam à agricultura. Mas, à custa de esforços inenarráveis, os madeirenses foram esculpindo suas montanhas de forma a cons-tituir patamares, ou socalcos, per-feitamente planos, sustentados por sólidos contrafortes de pedra. O resultado dessa obra titânica foi que a Madeira pôde aproveitar suas terras (que pela composição química eram muito férteis, de ori-gem vulcânica), e começar a pro-duzir alimentos de climas diver-sos, conforme a diferente altitude

dos terrenos: desde coqueiros, ananases e bananas, de clima tropical, até uvas e trigo, que re-querem climas mais temperados. Também esses contrafortes e es-ses socalcos ainda servem hoje em dia, tendo resistido a mais de 500 anos de chuvas torrenciais. Mais uma vez, permitam os leitores que eu pergunte: por que, em nível mundial, não é mais conhecida e louvada essa obra-prima do engenho huma-no, da persistência humana?

No início do século XVI, o grande Afonso de Albuquerque concebeu e chegou a dar os pri-meiros passos para realizar um imenso projeto que poderia ter dado um golpe de morte ao Islã: abrir um canal que comunicasse o Mediterrâneo com o Mar Verme-lho, de modo a facilitar, à Cristan-dade, o acesso ao Oriente sem pre-cisar dar a imensa volta pela Áfri-ca. Ou seja, construir o que depois foi o Canal de Suez, em pleno sé-culo XVI! Albuquerque chegou também a realizar estudos para um projeto ainda mais audacioso: ele planejou desviar o curso do Nilo, de modo a secar o Egito e, assim, quebrar o ponto central da forte tenaz muçulmana. Pois bem, es-ses projetos, que pareceriam im-possíveis, não eram impossíveis. Em primeiro lugar, porque para homens como Albuquerque nada é impossível. Em segundo lugar, porque existiam os madeirenses. E Albuquerque, em carta ao Rei D. Manuel, propôs que essas obras ciclópicas fossem confiadas aos madeirenses, porque estes já ti-nham dado provas, na sua peque-na ilha, do que eram capazes.

Prossigamos. A Madeira co-meçou a plantar açúcar e a enri-quecer-se prodigiosamente, ainda em meados do século XV. Mas, por

mais que atraísse forasteiros (e foram numerosos os portugue-ses do continente e, mesmo, es-trangeiros que para lá acorre-ram nessa fase), a população ainda era muito reduzida.

Por volta de 1460, os habi-tantes da Madeira eram somente 2310. O Duque D. Fernando -sucessor do Infante D. Henrique na administração da Ordem de Cristo, que exercia jurisdição temporal e espiritual sobre a Madeira - instituiu então um imposto que deveria ser pago, em trigo, somente pelos homens sol-teiros, para incentivá-los a se ca-sarem. O resultado dessa medi-da foi eficacíssimo: mais casa-mentos, mais filhos! 50 anos de-pois, a Madeira já tinha 15 mil habitantes. O crescimento, em cinco décadas, foi da ordem de 650% - um dos maiores verifica-dos na História. E, a partir daí, a população foi crescendo cada vez mais, pois os madeirenses habi-tualmente casam cedo e são mui-to prolíficos. Para dar um exem-plo familiar, registro aqui que meu bisavô Antonio Francisco de Andrade, madeirense que casou em 1879 com sua prima Joanna Julia de França, teve três filhos homens que morre-ram meninos e três filhas, as quais casaram e deixaram des-cendência. A mais velha - mi-nha avó - teve 19 filhos, e as duas mais novas, respectivamen-te 12 e 9 filhos. O casal Antonio Francisco e Joanna Júlia teve, pois, nada menos que 40 netos! Três gerações depois, o sangue desses França Andrade corre nas veias de muitas centenas de pes-soas, em Portugal e no Brasil.

———

Armando Alexandre dos Santos, licenciado em História e em Filo-sofia, doutor na área de Filosofia e Letras, membro da Academia Portuguesa da Histó-ria e dos Institutos Históricos e Geográfi-cos do Brasil, de São Paulo e de Piracicaba

Um outro olhar

Sergio Paulo M. Nascimento

M

as Judas Iscariotes, o cípulo que em breve ria Jesus, disse: “Este perfume valia trezentas moedas de prata. Deveria ter sido vendido, e o dinheiro, dado aos pobres”. Não que ele se importasse com os po-bres; na verdade, era ladrão e, como responsável pelo dinheiro dos discípulos, muitas vezes rou-bava uma parte para si. Jesus res-pondeu: “Deixe-a em paz. Ela fez isto como preparação para meu se-pultamento. Vocês sempre terão os pobres em seu meio, mas nem sempre terão a mim”. Evangelho de João 12:4-8. “Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham, vocês que são abençoa-dos por meu Pai. Recebam como herança o reino que ele lhes pre-parou desde a criação do mundo. Pois tive fome e vocês me deram de comer. Tive sede e me deram de beber. Era estrangeiro e me convi-daram para a sua casa. Estava nu e me vestiram. Estava doente e cuidaram de mim. Estava na pri-são e me visitaram’. “Então os jus-tos responderão: ‘Senhor, quan-do foi que o vimos faminto e lhe demos de comer? Ou sedento e lhe demos de beber? Ou como estran-geiro e o convidamos para a nossa casa? Ou nu e o vestimos? Quan-do foi que o vimos Quan-doente ou na prisão e o visitamos?’. “E o Rei dirá: ‘Eu lhes digo a verdade: quando fizeram isso ao menor destes meus irmãos, foi a mim que o fizeram’. Mateus 25:34-40. Nestes dois textos bíblicos dos evangelhos de Joao e Mateus, pa-rece existir um paradoxo na fala do Cristo. No primeiro texto, o de Joao, Jesus reprende a “boa” in-tenção de Judas, quando afirmou que seria muito melhor a mulher ter usado os recursos que poderi-am advir da venda do perfume, aos pobres e necessitados, do que ter derramado sobre o Cristo, cla-ro que sua “boa, má intenção”, era outra a de se beneficiar de manei-ra escusa da venda dele. Jesus afir-ma que os pobres sempre estariam presentes, porém ele não. Parece com isso que Jesus insinua que nada deve ser feito pelos pobres.

No outro texto, o de Mateus, um texto escatológico, Jesus

afir-Precisamos mais

Precisamos mais

Precisamos mais

Precisamos mais

Precisamos mais

do que nunca

do que nunca

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sermos solidários

sermos solidários

sermos solidários

sermos solidários

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uns com

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outros, menos

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beligerantes e

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mais amantes

mais amantes

mais amantes

mais amantes

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uns dos outros

uns dos outros

uns dos outros

uns dos outros

uns dos outros

ma, contudo, que ao darmos de comer ao que tem fome, água ao que tem sede, roupas aos nus, hos-pitalidade aos estrangeiros, aos de fora de nossa parentela, cuidar amorosamente dos enfermos e ser solidário com os que estão presos, afirma que a Ele fazemos. Portan-to, são textos complementares, não é porque teremos sempre o pobre conosco que nada devemos por eles e com eles, pelo contrário, ele nos motiva a fazer como se estivés-semos fazendo para o próprio Cristo. Em outras palavras, ele diz: se você ainda não entendeu que deve amar e cuidar dos po-bres e mais necessitados, faça por mim, como se fosse para mim mesmo e na verdade o é afinal, todos fomos criados a “Imago Dei”. Tristemente percebo que, mesmo em meio à pandemia em que vivemos, o aumento dos de-sabrigados, dos sem-teto, da mendicância, do empobrecimen-to do nosso povo, e pouco se tem feito para mitigar esta situação. Entendo que este não é papel ex-clusivo do poder publico, é em grande parte dele também, po-rém todos nós temos que ter este outro olhar que o Cristo exorta a termos, se não fizermos pelos pobres, façamos para eles, como se fosse ao próprio Cristo. Precisamos mais do que nun-ca sermos solidários uns com ou-tros, menos beligerantes e mais amantes uns dos outros. Precisa-mos nos unir, poder publico, en-tidades sociais, da sociedade ci-vil, empresários, para realizarmos este cuidado de forma coordena-da para que ninguém fique de fora. Que o Cristo nos abençoe.

———

Rev. Sergio Paulo Martins Nascimento, pastor pres-biteriano, presidente da APFP (Associação Presbi-teriana de Filantropia

O anúncio feito

O anúncio feito

O anúncio feito

O anúncio feito

O anúncio feito

pelo governo

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municipal de

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que faltam

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profissionais

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para a linha de

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frente no combate

frente no combate

frente no combate

frente no combate

frente no combate

à Covid-19

à Covid-19

à Covid-19

à Covid-19

à Covid-19

é assustador

é assustador

é assustador

é assustador

é assustador

Pedro Kawai

A

iminência de uma terceira onda da Co-vid-19 e, a recente des-coberta da variante in-diana do vírus, agra-vam a situação, já caó-tica, do enfrentamento da doença no Brasil.

Não bastassem os

baixos índices de vacinação regis-trados em maio que, segundo o que já se divulgou, caíram 17% em relação ao mês de abril, por falta de insumos, vivemos o drama do não comparecimento de aproxi-madamente 30% dos piracicaba-nos para receberem a segunda dose da vacina e garantir a efeti-vidade da imunização. Como ex-plicar esse fenômeno? O que di-zer aos milhares de cidadãos que aguardam ansiosamente pela sua vez? Vamos desperdiçar es-sas doses? O que a prefeitura deveria fazer, já que conhece quem são essas pessoas, onde elas moram e possui mais dados registrados pelo “vacinapira”?

Para agravar ainda mais a situação em nossa cidade, não é incomum ler notícias de estabele-cimentos desrespeitando as medi-das sanitárias; jovens irrespon-sáveis frequentando festas clan-destinas; pessoas transitando pelas ruas da cidade sem másca-ras, e outras demonstrações de falta de respeito ao próximo e às leis criadas para punir os que atentam contra a vida alheia.

Não é necessário comentar sobre o negacionismo ou a defe-sa de falsos tratamentos, pois penso que, embora ainda haja quem acredite nisso, o assunto já foi amplamente debatido pela so-ciedade. Porém, quando alguém se recusa a usar máscara publi-camente, e não retorna para re-ceber a segunda dose da vacina, não está apenas se expondo ao risco, mas colocando outras pes-soas sob a ameaça fatal desse vírus. É sempre bom lembrar que, apesar de todas as pesquisas já realizadas, de todo acúmulo cien-tífico sobre a Covid-19, ainda não se sabe exatamente como o novo Coronavírus se comporta entre as

pessoas, razão pela qual uns nem se dão conta que tiveram a doença e outros chegaram próxi-mos da fronteira entre a vida e a morte.

Com a aproxima-ção do inverno e o afrouxamento da qua-rentena, uma terceira onda provavelmente nos atingirá, vitimando ainda mais pessoas. Recentemen-te, descobriu-se uma nova varian-te, mais resistente e altamente transmissível, já denominada pela Sociedade Brasileira de Virologia como P4. Ela teria surgido em Mococa, com alta circulação em Porto Ferreira, e casos já detec-tados em várias cidades, entre as quais, a vizinha Rio Claro.

Nossa fragilidade é enorme. O anúncio feito pelo governo mu-nicipal de que faltam profissionais para a linha de frente no combate à Covid-19 é assustador. No últi-mo dia 25/05, onze pessoas últi- mor-reram em Piracicaba e o índice de ocupação de leitos de UTI conti-nua na casa dos 90%. Em outras palavras, mais pessoas estão se contaminando, mais positivados estão morrendo e não se tem lei-tos suficientes com respiradores. Se uma terceira onda chegar, de fato, seremos obrigados a ado-tar medidas ainda mais severas em relação às restrições. Basta saber se as autoridades compe-tentes terão a coragem de enfren-tar a questão com a grandeza de seus cargos eletivos, afinal, o gri-to das ruas assusta, mesmo quem acabou de ocupar uma cadeira.

———

Pedro Kawai, verea-dor pelo PSDB

Terceira onda ou

terceiro turno?

E

m mais uma madrugada já dialogava e refletia com nossos amigos espirituais da Colônia Manto da Luz e dia-logávamos sobre os exemplos do nosso Mestre Jesus Cristo e a nossa missão de amor pelo pla-neta Terra em meio às belezas da natureza. A cada momento temos a oportunidade e o gran-de compromisso gran-de ajudar nos-sos irmãos em Deus, sem ques-tionar, apenas respeitando a cada um que circula em nosso caminho. Nada acontece ao acaso. Tudo tem uma razão de existir pelo voo sublime da fé.

A comunicação edificante se faz pelo pensar-sentir-agir, com características renovadoras e valores sublimados, voltando-se para o bem de todos. Em tudo o que toca o Amor e o esclareci-mento, envolve uma série de fa-tores. Esses fatores ajudam o desempenho de nossos compro-missos e corresponde à progra-mação da Espiritualidade Mai-or, atendendo ao bem e aos Va-lores eternos. A conscientização profunda são padrões de teor construtivo, tendo em vista o Amor e a Sabedoria. O esclareci-mento geral é de conteúdo mo-ral e intelectual das comunica-ções pela disseminação da fé sin-cera e raciocinada. Todos os con-ceitos que elevam o sentimento podem iluminar o coração. Em tempo, engrandecer o raciocínio nas relações entre as criaturas humanas. Tudo revela o consen-so dos Teconsen-souros para preservar a sua grandeza ante as perspec-tivas da própria Existência. Cada um sabe tudo a seu respeito e

tudo está dentro do Inconscien-te. E quando o Véu de seus olhos se romper, consciente-mente lembrará o que veio fa-zer no planeta Terra e qual é a sua Personalidade Congênita e a oportunidade que perdeu em conhecer a sua proposta de Reforma Íntima. Ainda há tem-po. Aproveite sua estada e não permita mais ser analfabeto de si mesmo. E pela Ordem, Deus em sua bondade, lhe concede-rá muitas outras oportunida-des. Regredir para progredir.

Amados e queridos leitores. Vamos refletir e colocar em prá-tica os ensinamentos do Mestre Jesus Cristo. Os talentos Divinos são atribuídos para a Obra de redenção humana. Nosso corpo é o Templo, o refúgio com valo-res é o portador do compromis-so fiel do Cristo Jesus. A valori-zação dos bens Divinos é o ins-trumento vitorioso entre as di-mensões. Na Casa de nosso Pai há muitas moradas. Os compa-nheiros de jornada quando fi-éis são compensados com Amor e Justiça, seja onde for, assegura-nos os nossos instru-tores espirituais. Quando ser-vimos além do dever é que en-contramos o caminho de Luz. Apaixone-se pela sua Obra. Nada é em vão, tudo vem para nos ensinar. Não apresse a Vida, ame cada etapa, que é única. Com humildade, obediência e submissão ao mais Alto. Cada um deve lutar pela própria evo-lução. E com a amada, querida e estimada Alma gêmea, nossa eterna gratidão. Bom dia e boas energias. Eu acredito em você.

Quando servimos além do dever é

que encontramos o caminho de Luz

Alexandre Padilha

B

olsonaro, com seu constante negacionismo, deixou o Brasil de braços abertos para receber mutações de novas variantes da Covid-19. A chegada da cepa indiana em nosso país é mais um

ato de irresponsabilidade com o não controle da pandemia.

No início de maio, solicitei pe-dido de informações ao Ministério de Relações Exteriores, Ministério da Saúde e a Anvisa sobre quais medidas estavam sendo tomadas para não permitir a chegada e dis-seminação da cepa indiana em ter-ritório nacional. Questionei as ações de monitoramento dos portos e ae-roportos, a política de vigilância ge-nômica e de testagem, a coordena-ção nacional para o enfrentamento da nova variante indiana e quais as medidas tomadas para a vigilância de viajantes que entraram no terri-tório nacional durante o período de potencial incubação da doença.

Esta variante já foi identifica-da em estados brasileiros e o inter-valo da comprovação do diagnós-tico e a circulação do vírus, muitas vezes, varia de 10 a 15 dias. Isso aliado ao estudo divulgado nesta semana pelo Imperial College de Londres que apontou que o Brasil teve aumento na taxa de trans-missão da Covid-19, passando de 0,91 para 1,02. Índices acima de 1 significam que a doença avan-ça sem controle e de que a cada 100 pessoas com Covid-19 podem transmitir a doença para 102. O levantamento da taxa de trans-missão é um estudo usado para acompanhar a situação epide-miológica de uma pandemia.

Ou seja, muito possivelmen-te possivelmen-teremos alta no número de ca-sos nos próximos dias. Mais uma vez, a irresponsabilidade e incom-petência de Bolsonaro podem aju-dar o Brasil a ter um novo pico de crescimento de casos e mortes antes da chegada do inverno.

Quanto mais avança a CPI da pandemia – que chamo de CPI do Genocídio – no Senado Federal,

mais o povo brasileiro tem certeza de que tí-nhamos perfeitas con-dições de evitar mortes e vacinar milhões de pessoas em poucos me-ses, como fizemos na campanha de vacinação da pandemia de H1N1 e vacinamos mais de 80 milhões de brasileiros em três meses. Nosso Programa Nacional de Imuniza-ção é referência mundial e temos instituições públicas de excelência para a produção de vacinas, para transferência de tecnologias.

Em depoimento na CPI da pandemia, o presidente do Insti-tuto Butantan, Dimas Covas, afir-mou que o Brasil poderia ter sido o primeiro do mundo a iniciar a vacinação e que o Instituto ofere-ceu, em outubro de 2020, 100 mi-lhões de doses da vacina coro-navac ao governo, com previsão de entrega de 60 milhões até de-zembro, e Bolsonaro negou a oferta. O governo Bolsonaro em nada tem a ver com a história do Brasil: um país que era respeita-do pela aplicação bem-sucedida de políticas públicas em saúde.

O presidente da República co-locou os brasileiros no corredor da morte, já são mais de 450 mil vidas perdidas para Covid-19. É importan-te que todos importan-tenham consciência de que o Brasil tinha e tem plenas condições para enfrentar e comba-ter a pandemia da Covid-19 evitan-do tantas mortes. Mas, não é o que quer Bolsonaro, que atua fortemen-te na omissão e deixa sua marca ge-nocida na história do nosso país.

———

A l e x a n d r e P a d i l h a , m é d i c o , p r o f e s s o r universitário e depu-tado federal (PT-SP)

Nova variante indiana:

aumento de casos antes

da chegada do inverno

O presidente

O presidente

O presidente

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da República,

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Jair Messias

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Bolsonaro,

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colocou os

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brasileiros no

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corredor da morte

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(3)

Paulo Mendes da Rocha

e o Engenho Central

Barjas Negri

F

aleceu recente mente o arquite-to Paulo Mendes da Rocha que, junto com Oscar Niemeyer, se destacou nos cená-rios nacional e interna-cional recebendo im-portantes prêmios em reconhecimento pelo

seu trabalho. São, ambos, motivo de orgulho da arquitetura brasi-leira e de todos os brasileiros.

Os dois visitaram Piracicaba e, em especial, o Engenho Central. Oscar Niemeyer na gestão do pre-feito João Herrmann Neto e Paulo Mendes da Rocha, na nossa. Fica-ram maravilhados com a arquite-tura e o patrimônio histórico da cidade, sugerindo que o setor pú-blico, em parceria com o privado, lá fizesse bons investimentos ao longo de muitos anos, dada sua grandeza e complexidade. Ocorre que a regularização dos débitos, cerca de R$ 30 mi-lhões em precatórios devido à de-sapropriação daquele bem, ocor-reu em nossa gestão como prefei-to, o que permitiu a obtenção da escritura definitiva para o mu-nicípio, feito que abriu a possi-bilidade de novos investimen-tos, o que efetivamente ocorreu. No caso específico de Paulo Mendes da Rocha, ele aqui este-ve para dar uma palestra sobre as possibilidades de restauração e modernização do Engenho Cen-tral e também das alternativas de investimentos e participação do setor privado. Entre as vári-as sugestões, citou a construção de um hotel, restaurantes, mu-seu, teatro e outros serviços cul-turais para dar mais vida e sus-tentabilidade ao espaço. Naque-la ocasião, alguns participantes não concordaram com suas idei-as, chegando, de forma desele-gante, a hostilizar o palestrante, que veio à Piracicaba, a convite, para apresentar suas propostas para uso daquele patrimônio.

Ele achou natural essas rea-ções contrárias, mas destacou para mim que esse era o caminho a ser seguido. Bastava ver as boas experiências europeias. Ele me abraçou e disse: “prefeito, vou lhe dar uma sugestão: para que a re-cuperação e modernização do

En-genho comece e possa incentivar outros inves-timentos, faça primeiro o piso, colocando toda infraestrutura subter-rânea, inclusive fiação e rede de telefonia. Isso vai valorizá-lo, permi-tindo a presença de muita gente para visitas e passeios principalmen-te idosos, mulheres ges-tantes e cadeirantes. A partir daí, outros investimentos virão”.

Foi exatamente o que fize-mos depois de muito debate e planejamento com a equipe de secretários e os servidores mu-nicipais. Começamos com a im-plantação de 20 mil m2 de piso intertravado, permitindo a rea-lização de eventos com grande presença de público como a Fes-ta das Nações, shows, encontros, eventos religiosos e festivais como o do Circo, entre outros.

Depois disso, começaram os novos investimentos como no Ar-mazém “Henfil” do Salão de Hu-mor, o Teatro Erotídes de Cam-pos, a 1ª etapa do Museu da Cana, a passarela estaiada que, junto com a passarela pênsil, aproximou o Engenho da área central da ci-dade pela margem esquerda do rio Piracicaba e tantos outros. Se hoje são discutidos novos e importan-tes planos para uso do Engenho Central, devemos muito às contri-buições de Paulo Mendes da Ro-cha, que, na ocasião, esteve acom-panhado do empresário Rubens Silveira Mello – conhecido como Binho, atual presidente do Con-selho da Raízen, grande incenti-vador de investimentos naquele espaço, principalmente no Museu da Cana, projeto que foi iniciado muitos anos atrás e um tema que trataremos em outro artigo.

———

Barjas Negri, ex-pre-feito de Piracicaba

Rubens Silveira

Rubens Silveira

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Mello é grande

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incentivador de

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Engenho Central,

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Museu da Cana

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M

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ANIFEST

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ANIFESTAÇÃO

AÇÃO

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Ato Fora Bolsonaro acontece

hoje na Praça José Bonifácio

Entidades alertam sobre o respeito aos protocolos de segurança por conta da pandemia

da Covid-19; União Estadual Estudantes (UEE) lidera movimento em todo Estado

Arnaldo Jardim

N

ão tardará o dia em que a "res-ponsabilidade socioambiental" dei-xará de ser uma op-ção para as organiza-ções — será uma ques-tão de sobrevivência.

As bases para essa mudança de

pen-samento começaram a ser soli-dificadas ainda na década de 1970, quando a ideia de "desen-volvimento sustentável" foi pro-posta na Primeira Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre o Meio Ambiente e Desenvolvi-mento, na Suécia, em 1972.

O ponto de inflexão, porém, veio em 1987, ano em que a ONU, ao conceituar sustenta-bilidade, defendeu que a satis-fação das necessidades das ge-rações presentes não deve com-prometer a capacidade das ge-rações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades.

Esse conceito estaria perfeito não fosse a ausência de uma di-mensão importantíssima: a soci-al, pois o desenvolvimento susten-tável não pode prescindir da me-lhoria das condições de vida das populações. Hoje, dizemos que, para além do respeito às vulne-rabilidades ambientais, a susten-tabilidade é uma questão moral, de responsabilidade com o pró-ximo e com as gerações futuras.

A migração para uma econo-mia de bases mais sustentáveis torna-se, portanto, um imperati-vo, um objetivo a ser perseguido por todos, haja vista que as

ativi-"Só há 2 dias do

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ano em que não

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podemos fazer

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nada para mudar

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o mundo: o ontem

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e o amanhã"

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(Mahatma Gandhi)

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dades humanas somen-te poderão ser mantidas indefinidamente, para sempre, se preservamos os recursos naturais. Caso contrário, a escas-sez de água, a extinção das espécies, a poluição atmosférica e o conse-quente aquecimento glo-bal colocarão em risco a nossa sobrevivência. É certo que parte da culpa pela resistência em incorporar a sus-tentabilidade na vida de todos, sejam instituições, sejam pessoas, pode ser creditada às teorias eco-nômicas modernas, em especial à neoclássica, que predominou até a década de 1960 e que não consi-derava o meio ambiente como variável básica em suas análises -em um mundo ideal onde have-ria fontes inesgotáveis de insu-mos para alimentar a economia.

Sem desmerecer esse com-ponente histórico, que é impor-tante, não podemos deixar de atribuir responsabilidade tam-bém ao nosso próprio conserva-dorismo histórico. Uma espécie de conservadorismo sistêmico que se satisfaz com mudanças superficiais para garantir que o essencial seja mantido -talvez o maior obstáculo à implementa-ção de propostas transformado-ras como a da sustentabilidade. Para avançarmos definiti-vamente, e para quebrarmos paradigmas, precisaremos transgredir essa chamada "or-dem natural", estimulando mudanças profundas na socie-dade. E uma janela de oportu-nidade se abriu agora com a

re-Sustentabilidade na Reforma Tributária

forma tributária, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 45.

Gosto de dizer que uma le-gislação não pode ser um simples retrato da realidade, pois seria conservadora se assim fosse. Leis devem ser indutoras de compor-tamentos, devem estimular mu-danças e a política tributária tem um elevado potencial para incen-tivar mudanças na forma de pro-duzir e na forma de consumir.

Estudos de consagrados economistas indicam que a tran-sição para uma nova economia tem que passar, necessariamen-te, pela adoção de medidas que incorporem o custo ambiental dos bens e serviços. Eles apontam ser preciso onerar os modos de pro-dução nocivos ao meio ambien-te em relação àqueles que con-tribuem para sua preservação. Desde o início das discussões sobre a Reforma Tributária, a Frente Parlamentar da Economia Verde, da qual sou presidente, vem insistindo para que sejam adota-dos princípios voltaadota-dos à proteção do meio ambiente, incentivando condutas sintonizadas com práti-cas ambientalmente adequadas.

Para nossa satisfação, o rela-tor da PEC 45, deputado Aguinal-do Ribeiro (PP), acolheu nossas sugestões e incorporou 2

disposi-tivos com esse objetivo em sua pro-posta: condicionamento da con-cessão de incentivos regionais a critérios de preservação am-biental e criação de um impos-to seletivo que onera produimpos-tos prejudiciais ao meio ambiente. Segundo o relator, "a agen-da do clima e agen-da sustentabiliagen-da- sustentabilida-de sustentabilida-deve ser cuidadosamente con-siderada na elaboração de polí-ticas públicas, inclusive a tribu-tária. A biodiversidade brasilei-ra é um gbrasilei-rande ativo do país que precisa ser usufruído com gran-de senso gran-de responsabilidagran-de".

Porém, entendemos que há espaço para ampliarmos a prote-ção ambiental, acelerando, ain-da mais, a migração do nosso modelo econômico para uma eco-nomia de baixo carbono, para uma economia verde. Por isso vamos insistir na incorporação de instrumentos que reconheçam as externalidades ambientais positivas dos processos produti-vos, a exemplo do que consegui-mos com o RenovaBio (Política Nacional de Biocombustíveis).

Mahatma Gandhi disse que "só há 2 dias do ano em que não podemos fazer nada para mu-dar o mundo: o ontem e o ama-nhã". Se subestimarmos a neces-sidade de preservar os recursos naturais hoje, caminharemos para um mundo sem futuro.

É hora de agir por uma re-forma tributária mais verde.

———

Arnaldo Jardim, de-putado federal (CID), presidente da Frente Parlamentar da Eco-nomia Verde

Mitos (IV) – Distorções

Pessoas valorizadas pela ima-ginação popular, tradição, fama, etc., também são mitificadas. A palavra mito também pode signi-ficar falsa ideia sobre algum as-sunto que foi distorcido. Diversos mitos (ideias falsas) rondam as profissões que lidam com a psique humana: que o psicólogo em pou-cos minutos sabe de seus proble-mas e mais, tem as soluções para eles, que quem vai ao psicólogo está ruim (fraco) da cabeça (e às vezes até de doido é taxado), etc. São mitos, no sentido da dis-torção provocada pelo imaginá-rio, por uma crendice popular. Também ocorrem mitos com pro-blemas de saúde (distúrbio ali-mentar, dependência química, etc.). Nessa direção dá para se perder de tantos que existem.

al lhe coloca frequentemente di-ante de uma escolha: ceder ou não ceder. Isso é sexo, não amor. Evidentemente que ambos po-dem caminhar juntos, é o que a maioria de nós procura um rela-cionamento onde o sexo seja con-sequência do amor. Mas da for-ma como vive suas experiências, o sexo está no lugar de causa.

Homens românticos gostam de se sentir conquistando, sedu-zindo a mulher, há todo um jogo que entra em cena nesse momen-to, mas que para você se mostra com menor importância. Deve-mos considerar que nossa socie-dade está sofrendo mudanças que geram mudanças de com-portamento. Há 40 anos o cam-po da conquista era exclusiva-mente masculino, assim como ao sexo era reservado um lugar es-pecial. Atualmente o que impor-ta é o pacto entre ambos. A narrativa de

acontecimen-tos imaginários de épocas heroi-cas em determinado contexto sócio histórico é frequentemente feita através dos mitos. Carre-gados de simbolismo eles garan-tem sua transmissão de geração a geração dentro do grupo que os assume como verdadeiros.

Os símbolos e imagens dos mitos têm a força de transmi-tir uma informação que não seria possível apreendê-la con-ceitualmente. Por nascer de uma experiência real, o mito sempre reflete uma verdade, uma realidade representativa de uma época. Com o passar dos anos alguns mitos desaparecem, mas a realidade que os origina não, forçando o surgimento de novos mitos que a represente.

Após terminar um na-moro de sete anos, uma amiga me sugeriu um site de relacionamento, mas notei que quando digo que sou do interior de Minas (e não de BH) eles se desinteressam. Sou muito carente, filha única, e meu pai pouco sabe de mim. Só o beijo não me satisfaz e acho que aos ho-mens também não, então dificilmente não rola sexo já no primeiro encontro. Queria alguém especial, mas não queria passar uma imagem de mulher vul-gar, que só quer sexo.

Lilian, 28 O amor é sempre singular de cada um, por isso não definível. No entanto suas colocações di-zem mais respeito ao desejo na medida em que seu apetite

sexu-I

NTERATIVO

COMENTÁRIOS

Leitor: Opine, critique, sugira temas nesse espaço. Use até 200 toques. Sigilo absoluto. BLOG: http://pedrogobett.blogspot.com/

FACEBOOK: fb.com/psicopontocom E-MAIL: pedrogobett@yahoo.com.br CORRESPONDÊNCIA: Praça José Bonifácio, 799

13.400-340 - Piracicaba/SP - (19) 99497-9430

“Nenhum psicanalista avança além do que os seus próprios complexos e resistências internas lhe

permitem”. (Sigmund Freud)

CITAÇÃO!

Neste sábado (29), acontece-rá o ato Fora Bolsonaro, na Praça José Bonifácio, a partir das 9 ho-ras. O objetivo é mobilizar a socie-dade civil contra os cortes que o Governo Federal anunciou para o orçamento da educação em 2021. A meta é levar uma média de 100 pessoas, entre adolescentes e adul-tos revoltados com a política de descaso do Governo Federal, para a praça, respeitando os protocolos de segurança sanitária, como dis-tanciamento, uso obrigatório de máscara e álcool em gel. Em Pira-cicaba, a construção do Ato se deu pela União Estadual dos Estudan-tes do Estado de São Paulo (UEE). De acordo com a organiza-ção do evento, não é possível mensurar a estimativa de públi-co, pois, ao mesmo tempo que se tem muitas pessoas indignadas, várias dessas preferem se posici-onar nas redes devido ao risco do contágio, em especial daque-les que vivem com pessoas do

grupo de risco. Então, imagina-se que imagina-será um ato tranquilo com uma média de 100 pessoas para manter o distanciamento social. “Serão quase 30 bilhões de reais retirado do orçamento e com isso as universidades fede-rais estão anunciando que terá que fechar a universidade por falta de recurso para sua manu-tenção”, informou uma das ide-alizados do evento na cidade, Bruna Caroline Ferreira, 1ª Di-retora de Comunicação da UEE. Bruna informou também que terá o Fora Bolsonaro, pois é um descaso do Governo Federal que, em plena pandemia, recusou 11 vezes a compra da vacina, além de negar a pandemia por muito tem-po. Hoje nós estamos com uma média de 14% de desemprego e o Governo Federal quer que o Auxí-lio Emergencial seja apenas de 200 reais. O que um pai ou uma mãe de família faz com 200 reais?

A idealização do evento veio

de uma agenda da União Nacio-nal dos Estudantes (UNE) e União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), que esta-vam organizando mais um Tsu-nami da Educação, mas como as frentes Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo estavam organizan-do atos nacionais, uniram forças e decidiram unificar as pautas para fazer um único ato Nacional.

“Não podemos nos calar. Nós vemos que Bolsonaro e seus ministros não se moveram para congelar os despejos e as ações policiais durante a pandemia, em conjunto a tudo isso vemos que muitas famílias estão pas-sando por horríveis agressões nas periferias de todo o Brasil, já vimos várias chacinas nos noticiários e infelizmente o Bra-sil não terá condições de avan-çar enquanto Bolsonaro estiver na Presidência”, finaliza Bruna. Apoiam esse ato os sindicatos Apeoesp e Sindicato dos

Trabalha-dores Municipais de Piracicaba e Região; os movimentos União dos Estudantes Secundaristas de Pi-racicaba (UESP), União Paulistas dos Estudantes Secundaristas (UPS), Frente Brasil Popular, Povo Sem Medo, Resistir Sempre, União da Juventude Socialista (UJS), União da Juventude Comunista (UJC), Movimento Luto Pela Edu-cação, Lula Livre, Associação de Pós Graduandos (APG), Frente da Defesa da Democracia Luiz Hira-ta, PT Juventude e A Cidade é Sua (PV) CONEPIR, Conselho Munici-pal de Participação e Desenvolvi-mento e os partidos políticos PCdoB, PDT, PCO, PCB, PT e PSOL. Ainda no sábado (29) ha-verá atos em todas as capitais do Brasil, os horários são variados, mas na capital de São Paulo será as 16h e faz parte dessa mesma campanha. "Fora Bolsonaro, contra os cortes na educação, por auxílio, vacina e contra o genocídio da População Negra".

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Fumep publica edital para o cargo de diretor executivo

O Conselho de Curadores da FUMEP- Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba publi-cou edital, formalizando a aber-tura de inscrição para o proces-so de eleição do novo diretor executivo da Instituição. As inscrições devem ser feitas pes-soalmente na Secretaria, à ave-nida Monsenhor Martinho Sal-got, 560, até o próximo dia 04 de junho, das 8h às 18h, medi-ante apresentação de requerimen-to dirigido ao Conselho acom-panhado do curriculum vitae.

O cargo, vago desde o úl-timo dia 15 de março, terá um mandato de três anos.

O presidente do Conselho, Mauro Rontani, que respon-de interinamente pela direção executiva, lembra que a esco-lha do diretor executivo será realizada pelo Conselho de Curadores a partir das 18h30 do próximo dia 07 de junho, no Anfiteatro 02 do Bloco 01, durante reunião convocada especialmente para este fim.

Segundo ele, os candidatos

inscritos serão individualmen-te convidados a participar da reunião para entrega e rápida explanação do seu plano de tra-balho. “Só então será aberto processo de votação secreta para posse do escolhido já no dia seguinte, 08 de junho, às 8h, na Sala do Conselho, que fica no Prédio Administrativo da FUMEP”, informou Rontani.

Ao dimensionar a importân-cia dessa eleição, ele lembrou que a Diretoria Executiva é o órgão executivo da administração da FUMEP, mantenedora das uni-dades de ensino EEP- Escola de Engenharia, Pós-EEP, Colégio COTIP e CEPP- Centro de Edu-cação Profissional de Piracicaba. Cabe ao diretor executivo ad-ministrar a Instituição, execu-tando e fazendo executar as re-soluções do Conselho de Cura-dores para a arrecadação de re-ceitas, efetuação de despesa, fis-calização e aplicação de verbas.

Também compete à Direção Executiva organizar serviços e recursos humanos; apresentar

ao Conselho os balanços e as pro-postas orçamentárias; cumprir e fazer cumprir as disposições es-tatutárias e regimentais, bem como as normas estabelecidas.

“O diretor executivo é figu-ra essencial ao bom desempenho da Fundação, principalmente

neste momento de pandemia em que a presença de bons líderes é determinante para o sucesso das ações voltadas à segurança da comunidade acadêmica e à re-formulação das estratégias de ensino em meio ao novo ce-nário”, considerou Rontani.

O diretor eleito será responsável pela administração da FUMEP, que mantém quatro unidades educacionais

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ECONHECIMENTO

ECONHECIMENTO

ECONHECIMENTO

ECONHECIMENTO

ECONHECIMENTO

Bacia do rio Piracicaba comemora os

100 anos de Nelson de Souza Rodrigues

José Pedro Soares Martins Com 100% de atendimento de água e esgoto, e 100% de es-goto tratado por água consumi-da, Piracicaba aparece em sexto lugar no ranking nacional de sa-neamento de 2021, do Instituto Trata Brasil. No conjunto da ba-cia do rio Piracicaba, composta por 50 municípios paulistas e cinco mineiros, mais de 60% do esgoto coletado são tratados, com mais de 90% da população atendida por rede de esgotos.

Mas a situação privilegia-da de Piracicaba e bacia hidro-gráfica em saneamento é reali-dade recente. No início da dé-cada de 1980, menos de 5% dos esgotos urbanos eram tratados. A mudança no panorama re-sulta de movimento da sociedade civil que teve um nome central, o do engenheiro agrônomo Nelson de Souza Rodrigues, que no pró-ximo dia 30 de maio vai come-morar os seus 100 anos de vida na casa da família, localizada próxima rio que tanto defendeu. DAS MARGENS DO TA-MANDUATEÍ AOS ESTÚDI-OS DA VERA CRUZ - Nelson de Souza Rodrigues nasceu em São Paulo na residência de seus avós maternos, às 0:10’ do dia 30 de maio de 1921, na Rua Deoclecia-na, no bairro do Bom Retiro, mar-gem direita do rio Tamanduateí.

“O rio Tamanduateí sem-pre esteve sem-presente em seus re-latos”, conta uma das filhas, Jocelyne Martins Rodrigues.

Uma atividade pouco conhe-cida do público foi determinante para aguçar o olhar profundo para a realidade social, cultural e ambi-ental. Ele é um exímio fotógrafo e, por seu talento, aos 29 anos de idade foi contratado para traba-lhar em um dos projetos culturais mais importantes do Brasil no sé-culo 20, a Companhia Cinemato-gráfica Vera Cruz. A empresa foi fruto da parceria entre o produtor e diretor italiano Franco Zampari

(1898-1966) e o industrial ítalo-brasileiro Francisco “Ciccillo” Ma-tarazzo Sobrinho (1898-1977). A Vera Cruz que chegou a ter estú-dios de 100 mil metros quadra-dos em São Bernardo do Campo.

No dia 15 de julho de 1950, véspera da final da Copa do Mundo da FIFA no Maracanã, onde o Brasil perderia por 2 a 1 para o Uruguai, Nelson era ad-mitido na Vera Cruz, como mos-tra a sua carteira profissional.

Kathryn Bishop Sanchez, pro-fessora da Universidade de Wis-consin, Madison, nos Estados Unidos, e uma das principais refe-rências acadêmicas sobre o cine-ma brasileiro no plano internacio-nal, comenta que Nelson de Souza Rodrigues chegou à Vera Cruz a convite do cineasta Alberto Caval-canti. “A equipe à qual Nelson se associou era fundamentalmente cosmopolita, com técnicos e artis-tas da Inglaterra, Dinamarca, Alemanha, França e Europa Central, todos convidados por Cavalcanti que naquela época era o único diretor brasileiro com uma significativa projeção inter-nacional”, nota Kathryn Sanchez. Sobre Nelson, Sanchez assina-la que, “fotógrafo talentoso”, ca-bia a ele “chefiar o laboratório fo-tográfico e com a sua lente docu-mentar cenas dos filmes produzi-dos para conseguir matéria pri-mordialmente para o registo das filmagens e que poderia servir para publicidade no momento de os filmes estrearem, isto é, posters nos corredores dos cinemas, ilus-trações para artigos de revista ou de jornal, e ampliações fotográfi-cas de até 7 por 10 metros para atrair futuros espectadores”.

Nelson atuou nesta função durante a filmagem das três pri-meiros obras de ficção da Vera Cruz, o melodrama Caiçara (1950, de Adolfo Celi, que vinha do Tea-tro Brasileiro de Comédia, ou TBC), o muito premiado Terra é Sempre Terra (1951, de Tom Pay-ne, baseado na peça Paiol Velho de

Abílio Pereira de Almeida) e, por último, Ângela (também de 1951, de Abílio Pereira de Almeida em co-direção com Tom Payne).

Nos retratos e fotografias que perduraram até aos nossos dias, completa Kathryn Sanchez, “ve-mos em todos eles o cuidado ar-tístico característico de Nelson, uma preocupação constante com jogos de luz e sombra, uma delica-deza em retratar expressões faci-ais, e um foco particular no olhar dos protagonistas. Essas fotos cap-turam muito mais que aquele ins-tante: remetem para outros aspe-tos momenaspe-tos antes e depois do quadro de registo, com olhares que seguem para além do campo visu-al da lente fotográfica”.

A PAIXÃO PELA PISCI-CULTURA, DE SÃO PAULO A PIRASSUNUNGA - Depois de atuar na Vera Cruz e em cargos na Secretaria de Estado da Agri-cultura, na capital paulista, Nel-son de Souza Rodrigues se muda em 1958 para Pirassununga, no interior do Estado. Ele já era agrô-nomo formado, em 1948, pela Es-cola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), de Pira-cicaba. Inicialmente chefia a Es-cola de Tratoristas, do então De-partamento de Engenharia Me-cânica da Secretaria da Agricultura. D e p o i s c h e f i a o P o s t o Avançado de Piscicultura do Instituto de Pesca e nesta função desenvolve pesquisas com peixes do rio Mogi-Guaçu. Nelson não deixa de lado outra paixão antiga, a de co-lecionador de pássaros. Che-ga a ter cerca de 400 deles, de dezenas de espécies.

Nesses tempos, outro talento desenvolvido. Era o de taxidermis-ta. Foram muitos pássaros e pei-xes que ele submeteu à técnica. Mantém até hoje um exemplar de peixe raríssimo, o cascudo-espi-nho (Pterygoplichthys gigas).

Um dia, a libertação. As leis mudaram, a visão sobre os animais também. O agrônomo

teve que libertar as suas aves. Muitas delas foram encami-nhadas a instituições científicas, assim como a quase totalidade dos indivíduos empalhados.

EM PIRACICABA, A LI-DERANÇA NA LUTA PELO RIO - Em 1975, já nomeado pes-quisador científico, tornou-se chefe do Setor de Ecologia do Meio Hídrico, através de convê-nio entre o Instituto de Pesca da Secretaria de Agricultura e o Cen-tro de Energia Nuclear na Agri-cultura (CENA), ligado à Uni-versidade de São Paulo (USP).

Foi neste posto, em Piraci-caba, no contato quase diário com o rio, que o pesquisador aprofundou seus estudos, alar-gou seus conhecimentos e ali-mentou a sua indignação.

O primeiro estudo, a pedido do diretor do CENA, Dr.Admar Cervelini, era indicador preocu-pante. Por dois anos, ele colheu amostrar quinzenais, para verifi-car a possível presença de nitrato no rio e afluentes. As amostras estavam relacionadas a quatro ti-pos de cobertura vegetal, por mata, lavoura, pastagem e cana. A conclusão foi a de que a polui-ção por nitrato ocorria de modo expressivo, com exceção das amostras feitas junto a matas nativas. O trabalho teve reper-cussão internacional, com divul-gação no Coordinated Research Program Meeting – IAEA, em maio de 1978, em Viena, Áustria. Ao trabalhar no CENA, Nelson sentiu, como toda a ci-dade, os efeitos do aumento da poluição, agravada pela entra-da em operação do Sistema Cantareira e pelos despejos sem tratamento dos resíduos da vidade sucroalcooleira. Hoje a ati-vidade é que mais trata esgotos próprios no setor industrial.

Na época, as frequentes mortandades de peixes foram o estopim para a mobilização popular em defesa do rio que dá vida, identidade, à cidade.

Nelson e algumas fotos de filmes que produziu para a Vera Cruz

José Pedro Soares Martins A lendária Ruth de Souza, que atuou em “Ângela” e “Terra é sempre terra”

A HISTÓRICA CAMPA-NHA PIRACICABA ANO 2000 - Em 1980, Nelson se tor-na presidente da Divisão de Meio Ambiente da Associação de En-genheiros e Arquitetos de Piraci-caba (AEAP). No dia 4 de outu-bro de 1985, a AEAP lança a Cam-panha Ano 2000 – Redenção Ecológica da Bacia do Piracicaba, que recebe apoio do Conselho Co-ordenador das Entidades Civis. Era um conjunto de 32 propos-tas, reunidas na Carta de Rein-vindicações, concluída em 1986 e apresentada pelo próprio Rodri-gues ao governador Orestes Qu-ércia, no Palácio dos Bandeiran-tes, no dia 30 de julho de 1987.

No dia 11 de novembro de 1987, o governador assina o De-creto 25.576, criando o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH), com a missão de estudar medidas para a bacia do Piracica-ba, com base na Carta de Reivin-dicações. Em sua primeira reu-nião, a 7 de dezembro de 1987, o CERH declarou como crítica a ba-cia do rio Piracicaba, tendo deter-minado ao Comitê Coordenador do Plano Estadual de Gestão dos Recursos Hídricos (CCRHI) a ela-boração, em 120 dias, de um Pro-grama Prioritário para a Bacia do Rio Piracicaba. A “prioridade” nunca saiu do papel, mas a Cam-panha Ano 2000 foi vitoriosa, pois a partir dela evoluíram ações.

Um dos avanços foi a cria-ção, a 13 de outubro de 1989, do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos rios Piracicaba e Capi-vari, por ação dos prefeitos Nico-la Cortez, de Bragança Paulista, e José Machado, de Piracicaba.

“Naquela época, muitos protestavam contra as agres-sões ao rio e o Dr.Nelson Rodri-gues tem o mérito de ter prota-gonizado e dado visibilidade a uma proposta concreta, estrutu-rante, para a bacia do rio Piraci-caba”, comenta José Machado.

Para Machado estava eviden-te para Rodrigues “a importância

de uma autoridade que coordenas-se ações em uma perspectiva regi-onal”. E foi o que aconteceu, com a criação do Consórcio Intermu-nicipal. “Não foi um organismo provavelmente como imaginado por Nelson Rodrigues, que se in-clinava para uma autoridade liga-da ao governo estadual, mas aca-bou sendo um Consórcio dos mu-nicípios da bacia, de caráter mais independente”, destaca Machado. O Consórcio logo se tornaria referência nacional e internacio-nal de mobilização e o seu primei-ro presidente, José Machado, de-pois seria nomeado presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), criada na esteira da Lei Estadual (de 1991) e Lei Federal de Recursos Hídricos (de 1997).

Como consequências das leis estadual e federal, foram institu-ídos os Comitês de Bacia Hidro-gráfica e o das bacias dos rios Pi-racicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) foi o primeiro a ser instalado.

Para o primeiro presidente do Comitê PCJ, o então prefeito de Piracicaba, Antonio Carlos de Mendes Thame, Nelson de Souza Rodrigues foi decisivo. Rodrigues “foi pioneiro em proteger nosso rio Piracicaba, criando mecanismos específicos de política pública”, diz Thame. O Consórcio foi criado com 13 municípios. Hoje são 40 muni-cípios associados e 24 empresas.

Aos 100 anos, Nelson de Sou-za Rodrigues tem 4 filhos, com a esposa Yonne, já falecida, 8 netos e 7 bisnetos. A vocação artística e a postura ética com a natureza são legados para os descendentes.

Um de seus netos, o biólogo Luccas Guilherme Rodrigues Lon-go, foi o coautor, com o avô, do livro “Piracicaba, seu rio, seus pei-xes”, lançado em 2014. As novas gerações dão continuidade à tra-jetória de amor às águas, sempre com um olhar agudo, artístico.

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José Pedro Soares Mar-tins, jornalista, escritor

“Quem não tomou a vacina prepare-se, porque irá encon-trar ambiente organizado, dis-ciplina, horário cumprido, ra-pidez, excelente atendimento. Parabéns para o ministro e secretário de Saúde do Esta-do. E, em especial, para-béns ao secretário da

Saú-VACINA, SIM

Divulgação

de de Piracicaba, Filemon Silvano, e um parabéns para o prefeito Luciano Almeida. Finalizando, parabéns para a imprensa local que, com critério, faz a divulgação des-te período de vacinação con-tra o Covid-19” (mensagem da escritora Aracy Ferrari).

Divulgação Divulgação

O vereador José Antonio Pe-reira, o Zezinho Pereira (DEM), acompanhado pela sua filha Monize Daniela Sai-pp Pereira, almoçou no Res-taurante Pintado na Brasa (rua Bom Jesus, 1663, Bairro Alto) esta semana, num en-contro com o jornalista Eval-do Vicente, diretor de A Tribu-na, e, na foto, com o

proprie-ZEZINHO PEREIRA

tário Reginaldo Costa (à es-querda). “Muita conversa so-bre política local, muitas his-tórias, além de projetos e o desejo de encontrar melho-res caminhos para a popula-ção”, resumiu o próprio vere-ador Zezinho, líder do Gover-no Municipal na Câmara, e também servidor público mu-nicipal há vários anos.

Fernando Vieira, delegado-representante da Sociedade Civil nas discussões do

Or-SOCIEDADE CIVIL

çamento Participativo Re-gião Sul, ao lado do prefeito Luciano Almeida (DEM).

Referências

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