• Nenhum resultado encontrado

Resistência a Abrasão de Aços Hadfield

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Resistência a Abrasão de Aços Hadfield"

Copied!
41
0
0

Texto

(1)

Resistência a Abrasão de Aços Hadfield

Autor: Prof. Doutorando Paulo Machado

(2)

2

Fonte: Moore, M.A. 1981

Introdução

Figura. Efeito da microestrutura e dureza na resistência a abrasão de aços em

condição de teste de abrasão sob alta tensão e abrasivo de alumina

Ori e n ta çã o cri sta lin a

??

(3)

Objetivos

• Estudar a resistência a abrasão do aço Hadfield

3

Abrasão de aços Hadfield – Multi-escala •Mecanismo de remoção de massa em britadores

 Abrasão em caso real de aplicação •Ensaio de abrasão - britador em escala de lab.  Efeito da variação de Mn •Ensaio de roda de borracha – multi evento

 Efeito da variação de C, perfil encruado em campo e meio

•Ensaio de micro esclerometria – único evento  Efeito da variação de C e do perfil encruado •Ensaio de nano esclerometria – único evento

 Efeito da variação de Mn, perfil encruado e orientação cristalina

(4)

Mecanismo de Remoção de Massa

• Em casos reais de aplicação, britadores, tem-se:

• Dano superficial;

• Dano sub-superficial.

4

Figura. Esquema de remoção de massa

F

n

F

ta n

6 mm

Superfície

Fonte: Tanaka, D.K., 2011

(5)

5

Figura. Microestrutura das fraturas de amostras tratadas em isoterma de 750 ºC.

a) Transversal - 1 minuto. b) Topografia – 1 minuto. c) Transversal - 20 minuto. d)

Topografia – 20 minuto.

Fonte: Santos et al., 2010

(6)

6

Figura. Detalhe da superfície desgastada de mandíbula (britador). a) risco de abrasão com formação de proa

(seta amarela). b) “enrugamento”, deformação do material (seta azul) na frente da proa. Estereoscópio

• Dano superficial

Mecanismo de Remoção de Massa

(7)

7

Figura. Trinca

transgranular

superficial. Aço

Hadfield classe C.

MEV. a) 1500X – SE.

b) 500X – BEC

• Dano superficial -> sub-superficial

Mecanismo de Remoção de Massa

(8)

8

Figura. Conjunto de

micrografia

da

trinca transgranular

ortogonal

a

superfície.

500X.

MEV-BEC.

Aço

Hadfield classe B-1

• Dano superficial -> sub-superficial

Mecanismo de Remoção de

Massa

(9)

9

Figura. Trinca

intergranular

superficial. Aço

Hadfield classe C.

MEV-SE. 500X

• Dano superficial -> sub-superficial

Fonte: Machado, P.C., 2015

(10)

10

Figura. Detalhe da superfície desgastada

de mandíbula (britador), risco de

abrasão com formação de proa

• Multi eventos abrasivos:

• Britador de mandíbula;

• Roda de borracha.

• Evento abrasivo unitário:

• Micro esclerometria;

• Nano esclerometria.

Ensaio de Abrasão

(11)

Fração f

ab

– dregree of wear

 Stroud e Wilma, 1962,

observaram que na abrasão de metais dúcteis apenas

uma fração do volume do risco é convertido em cavaco (debris) e o restante é

deformado plasticamente para as bordas;

 Logo, f

ab

é a fração de material removido em forma de debris:

11

Figura. a) Perfil transversal do groove (CCI). b) End of scratch (prow) – SE_MEV_800X. c) Proa -

perfilometria 3D

Fonte: LFS, 2014

A

pile-up¹

A

pile-up²

A

hole

a)

b)

c)

f

ab

Ratio

microcutting to

microploughing

(12)

12

Figura. Relação do ângulo de ataque - mecanismo

• O ângulo de ataque é

definido pelo ângulo entre a

face do abrasivo em contato

e a superfície desgastada.

• Os mecanismos microcutting

e

microploughing

são

dependentes de um valor

crítico do ângulo - α

c

;

• Os materiais apresentam

diferentes α

c

. Exemplo:

• Cobre - α

c,Cu

= 45⁰;

• Alumínio - α

c,Al

= 85⁰;

• O encruamento promove o

aumento do α

c

(Challen et al.

1983);

Ângulo de Ataque - α

Figura. Diagrama de micromecanismo de desgaste em função da dureza (aço temperado e revenido)

(13)

13

Ângulo de Ataque - α

(14)

14

Fonte: Machado - LFS, 2015

Figura. Perfil do endentador cônico com ponta esférica de raio de 5 μm

• O endentador cônico com ponta esférica apresenta variação no ângulo de

ataque de acordo com a carga e o material em estudo.

Figura. Perfil da ponta do endentador – variação de

ângulo de ataque em função da penetração

Ângulo de Ataque - α

a

Fonte: Hokkirigawa et al. , 1988

Onde:

h = profundidade de penetração; a = raio projetado – superfície.

(15)

O variação de Mn altera o comportamento plástico do material, pois eleva

a SFE (stacking fault energy).

• Martensitic transformation: <18 mJ/m²;

• Twinning: 18-35 mJ/m²;

• Slipping: >35 mJ/m².

15

Fonte: Karaman et al., 2000

Figura. Monocristal de aço Hadfield plano (0 ̅11) carregado na direção [ ̅111] em temperatura ambiente. a) Ativação de um sistema de maclação. b) Ativação de dois sistemas de maclação, alivio de tensão a 25% de deformação

Fonte: Brake et al., 2007 e Lu et al., 2010

(16)

A maclação diminui a mobilidade de discordâncias dentro do grão

cristalino tendo efeito mecânico similar a diminuição de tamanho grão.

16

Fonte: De Cooman et al., 2011

Figura. Ilustração do efeito Hall-Petch dinâmico. O mecanismo de

maclação forma-se devido a baixa SFE

(17)

Resistência do Material – Aço Hadfield

17

Figura. Sistema de maclação no aço Hadfield [111]. a) Macla de recristalização.

b) Maclas de deformação

Fonte: LFS, 2014

(18)

Desgaste Abrasivo

18

Onde:

Ahole = área transversal do sulco – mm²;

H = dureza em MPa; Fn = força normal – N;

kab : adimensional.

Onde:

Ahole = área transversal do sulco – mm²;

fab = fração de material removido;

Onde:

Hdef = dureza do material deformado;

(19)

Propriedades Físicas

• Propriedades do material que influem no desgaste abrasivo

19

Figura. Esquema de sistemas de deformação

plástica em estruturas cristalinas

(20)

Anisotropia Cristalina

• O deslizamento depende dos possíveis

sistemas existentes, portanto da estrutura

cristalina;

• Policristal

Apresentam

diferente

distribuição de deformação;

• Para um risco pode apresentar variação

de largura e profundidade em cada cristal;

• Dyer (1961) e Bluckey (1968) apresentaram

a dependência do coef. de atrito a

orientação cristalográfica.

20

Figura. Trilha de desgaste no

Fe – 38Ni – 6Al. Ponta de

diamante com carga 0,25 N

Fonte: Zum Gahr, 1987

 A orientação cristalina dos policristais

ordenada (textura) pode ser induzida na

(21)

ASTM A128

• As classes B-1 e C foram utilizadas na pesquisa

21

Tabela. Classes (grades) de aço Hadfield

(22)

Curva TTT

22

Fonte: Kuyucak, S. 2001

Figura. Curvas TTT de re-precipitação de carbonetos

durante resfriamento após solubilização

J

J

J

Fonte: LFS, 2014

Figura. Aço Hadfield classe B-1 e C. Deformado. MO. Reagente picral. 500X

(23)

Metodologia Experimental

Esclerometria linear- Script:

23

Figura. Esquema do ensaio de

esclerometria em escala micro e nano

(24)

Metodologia Experimental

• Micro esclerometria linear- Script:

Endentador Vickers;

Ângulo de ataque (ϕ): ~ 20⁰;

Carga: 8 N;

Velocidade de deslocamento:

1 mm/s;

Deslocamento: 7 mm.

24

Figura. a) Tribômetro UMT-2 Bruker. b) Câmara de ensaio UMT-2. c) Nano endentador

Hysitron. d) Endentador cônico

Fonte: UMT Hardware Installation Applications Manual e LFS, 2015

7 mm

• Nano esclerometria linear - Script:

Endentador geometria Rockell;

Ângulo de ataque (ϕ): 20 - 60⁰;

Carga: 20, 50, 100, 150, 200 e

250 mN;

Velocidade de deslocamento:

3,3 um/s;

Deslocamento: 100 um.

(25)

o

Aços Hadfield em análise;

Resultados – Composição Química

25

Classe C

C

Mn

Si

P

S

Cr

Ni

Mo

Fe

1,52

13,26

0,84

0,05

0,003

1,48

0,10

0,12

82,3

Classe B-1

C

Mn

Si

P

S

Cr

Ni

Mo

Fe

1,02

12,48

0,54

0,04

0,001

0,47

0,07

0,02

85,1

Figura. Aço

Hadfield classe

B-1. Deformado.

MO. Reagente

picral. 500X

Figura. Aço

Hadfield classe

C. Deformado.

MO. Reagente

picral. 500X

(26)

• Dureza Bulk

• VL1: 243 HV

30kgf

• VL2: 202 HV

30kgf

Resultados – Dureza Vickers

26

Figura. Perfil de microdureza ao longo do Scratch

(27)

Resultados – Micro esclerometria

27

Figura. Esquema de imagens MEV do risco. Hadfield classe C.

MEV-SE. 500X e 50X

(28)

Resultados – Micro esclerometria

28

Figura. Esquema de imagens MEV do risco. Hadfield classe B-1.

MEV-SE. 500X e 50X

(29)

Resultados – Micro esclerometria

29

• Classe C e B-1 deformados

Figura. MEV do risco. a) classe C e classe B-1. 500x

(30)

Resultados – µ e perfilometria

30

• Classe C

Figura. Esquema dos resultados (classe C) de F

z

, F

x

e µ em função

do tempo (s) correlacionado com a perfilometria do groove.

(31)

Resultados – MO e perfilometria

31

• Classe C

Figura. Esquema de micrografias e perfilometria (vista lateral)

do groove. Classe C. MO. 200x

Menor K

ab

Médio K

ab

Maior K

ab

Legenda:

Figura. Perfi transversal do groove nas posições 2,5; 4,5 e 5,5 mm

K

ab

= 9,3. 10

-4

K

(32)

32

• Classe B-1

Figura. Perfil transversal do groove nas posições 0,5; 1,5 e 5,5 mm

K

ab

= 2,1. 10

-2

K

ab

= 1,1. 10

-3

K

ab

= 1,1. 10

-2

Resultados – MO e perfilometria

Figura. Esquema de micrografias e perfilometria (vista lateral)

do groove. Classe B-1. MO. 200x

Menor K

ab

Médio K

ab

Maior K

ab

Legenda:

(33)

Resultados – K

ab

vs. f

ab

• Os valores de k

ab

e f

ab

variam de acordo com a

textura cristalográfica;

33

Figura. Resultados de coef. de desgaste em

função do f

ab

(34)

Resultados – K

ab

vs. f

ab

• Os valores de k

ab

e f

ab

variam de acordo com a

textura cristalográfica;

34

Figura. Resultados de coef. de desgaste em

função do f

ab

(35)

Resultados

Nano esclerometria

35

Figura. Esquema de micrografias do risco (MEV-SE - 900X) com o gráfico de coeficiente de atrito em função do grau de penetração para

os materiais 12Mn e 20Mn. a) 100 mN – 12Mn. b)150 mN – 12 Mn. c) 200 mN – 12Mn. d) 100 mN – 20Mn. e)150 mN – 20 Mn. f) 200 mN –

(36)

Resultados

Nano esclerometria

36

Figura. Correlação do coeficiente de atrito e grau de penetração para esclerometria com endentador de pino de aço e disco de aço temperado contra disco de aço inoxidável (P: plouging mode, W: wedge forming mode and C: cutting mode)

(37)

Resultados – Nano esclerometria

37

Figura. Esquema

coeficiente de atrito –

micrografias ME.-SE.

900x. a) Gráfico de

coeficiente de atrito ao

longo do risco (12Mn e

20Mn, W=100 mN).

b) Micrografia aço 12Mn.

c) Micrografia aço 20Mn

(38)

Resultados – Nano esclerometria

38

(39)

Referências Bibliográficas

ASTM A128, 2012, Standard Specification for Steel Castings, Austenitic Manganese;

Buckley, D. H.; The Influence of the Atomic Nature of Crystalline Materials on Friction. ASLE Trans., 11 (1968) 89-100; Challen, J. M., Oxley, P. L. B., & Doyle, E. D. (1983). The effect of strain hardening on the atomic nature of crystalline

materials on friction, 88, 1–12;

Dyer, L.; Rolling Friction on Single Crystals of Copper in the Plastic Range, Acta Metall.,9 (1961) 928-936;

Hokkirigawa, K., Kato, K., & Li, Z. Z. (1988). The effect of hardness on the transition of the abrasive wear mechanism of steels. Wear, 123(2), 241–251;

Kuyucak, S. and Zavadil, R. and Newcombe, P., 2001, Heat Treatment of Hadfield’s Austenitic Manganese Steels Part I – VIII – AFS Special Report;

Rabinowicz, E.; Friction and Wear of Materials. J.Wiley, New York, 1965;

Rabinowicz, E.; Wear Coefficients-metals, in Wear Control Hanbook, Peterson, M. B. and Winer, W. O., eds., ASME, New York, 1980, pp. 475-506;

Santos, N. L., Todorov, D., Cavalcanti, A. H., & Fuoco, R. (2010). Effect of Carbide Re-precipitation on the Toughness of Hadfield Austenitic Manganese Steel. American Foundry Society, 1–16;

Stroud, M. F. and Wilman, H.; The Proportion of the Groove Volume Removed as Wear in Abrasion of Metals. Brit.J.Appl.Phys., 13 (1962) 173-178;

Tsujimoto, N. – Casting Practice of Abrasion Resistant Austenitic Manganese Steel – AFS International Cast Metals Journal, June, 1979, p. 62-77;

Zum Gahr, K. (1987). Microstructure and wear of materials.

(40)

40

Apoio:

(41)

Agradecimentos Abrasivos

41

• Obrigado pela atenção!!

e-mail: pcmachado@usp.br

Foto: Fábio Nascimento; Jimmy Penados; Juan Pereira; Tiago Cousseau; Paulo Machado; Amilton Sinatora; Fernando Ono; Luiz A. Franco; Marcos Ara; Gustavo Tressia; Eduardo Albertin.

Referências

Documentos relacionados

Com isso, não se reveste de ilegalidade o indeferimento do pedido de habilitação apresentado em 3.4.2003, antes, portanto, da publicação da decisão que considerou inabilitadas

As medidas de viscosidade para os sistemas contendo quitosana em meio ácido, na presença de SDS e NaCl 2 % após centrifugação, indicaram que a quitosana em pH ácido apresenta maior

1 ROBSON DE OLIVEIRA FREITAS NITA ALIMENTOS/RETRANCA 1 ROBSON LUIZ DE SOUZA MOREIA IMOBILIARIA CLASSE A 1 RODRIGO CARVALHO DOS. SANTOS VALE PARABRISAS/AMIGOS DA

Os significados são trazidos de uma língua para outra, mas não de maneira literal (palavra por palavra). Então a questão da contextualização da palavra é funda- mental. No

v) por conseguinte, desenvolveu-se uma aproximação semi-paramétrica decompondo o problema de estimação em três partes: (1) a transformação das vazões anuais em cada lo-

Silva e Márquez Romero, no prelo), seleccionei apenas os contextos com datas provenientes de amostras recolhidas no interior de fossos (dado que frequentemente não há garantia

Esta realidade exige uma abordagem baseada mais numa engenharia de segu- rança do que na regulamentação prescritiva existente para estes CUA [7], pelo que as medidas de segurança

Se você vai para o mundo da fantasia e não está consciente de que está lá, você está se alienando da realidade (fugindo da realidade), você não está no aqui e