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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DAS COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DAS COMISSÕES DE

CONCILIAÇÃO PRÉVIA

Por: Sônia Regina Nicolau

Orientador Prof. Jean Alves

Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DAS COMISSÕES DE

CONCILIAÇÃO PRÉVIA

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Direito e Processo do trabalho

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AGRADECIMENTOS

Agradeço, em primeiro lugar, a Deus. Ao meu filho, Sony, minha razão maior de viver. Ao meu marido Adílio, meu campeão do mundo e meu companheiro de todas as horas. A minha mãe Maria aparecida, que sempre me incentivou nos meus estudos. Aos meus amigos, que sempre me apoiaram nesse longo percurso em direção ao saber e em especial a minha amiga Angela de Araújo César, que sempre me apoiou e auxiliou quando foi preciso.

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DEDICATÓRIA

Ao meu filho, Sony, meu orgulho e meu maior tesouro nessa vida.

A meu marido, Adílio, meu campeão, meu amor e meu melhor amigo.

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RESUMO

A criação de Comissões Prévias de Conciliação é uma reinvindicação antiga da doutrina de forma a tentar a desafogar a Justiça do Trabalho do excessivo número de processo não bastando apenas criá-las, mas institucionalizá-las.

As Comissões de Conciliação Prévia foram instituídas pela Lei 9.958/2000, que se justificam pela possibilidade de solução rápida e consensual da divergência (autocomposição), sem o acirramento de ânimos que uma contenda judicial naturalmente provoca causando insatisfações recíprocas (heterocomposição).

Assim, a referia Lei acrescentou dispositivos à Consolidação das Leis Trabalhista (CLT) que constitui os artigod 625-A até 625-H, estabelecendo regras sobre as Comissões de Conciliação Prévia.

Vale acrescentar que a norma trouxe legalidade para as Empresas e Sindicatos constituírem Comissões de composição paritária, compostas por representantes dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais de trabalho. Trouxe também a obrigatoriedade da lide em se submeter à apreciação pela Comissão previamente ao intento judicial.

A análise da questão da Constitucionalidade a respeito da criação das Comissões de Conciliação Prévia, sendo objeto de divisão da doutrina que se manifesta em duas correntes, sendo a primeira baseando-se a respeito da inconstitucionalidade na violação ao princípio da inafastabilidade da jurisdição – art.5º XXXV da CRFB. E a segunda, já entende que a lei que institui comissões é constitucional, pois trata apenas de mais um requisito específico para o legítimo exercício do direito de ação.

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Ao proceder à interpretação legal, à vista dos elementos do caso concreto e frente aos antagonismos, deve o intérprete proceder à ponderação dos interesses, cujo balizamento deve ser o princípio da razoabilidade.

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METODOLOGIA

O estudo em andamento será desenvolvido através da pesquisa bibliográfica, tendo como propósito demonstrar numa ampla análise que as Comissões de Conciliação Prévia não estão atingindo o objetivo pretendido; pois na prática, vislumbra-se a violação de princípios há muito protegidos pelo nosso ordenamento jurídico, expressos em nossa Carta Magna, mais especificamente, o direito de acionar o judiciário por qualquer cidadão que se considere prejudicado, por achar que teve seu direito violado de alguma maneira.

Pretende apresentar a função das Comissões de Conciliação Prévia, bem como demonstrar o seu funcionamento na seara laboral, como exigência para o implemento de uma ação trabalhista, e, ainda, demonstrar as conseqüências desta exigência sobre o direito que tem todo e qualquer cidadão de acionar o judiciário por qualquer cidadão que se considere prejudicado por ter violado seus direitos. Pretende, ainda, analisar a possibilidade da não obrigatoriedade de se passar pelas Comissões de Conciliação Prévia, podendo ser essa passagem opcional. Esta pesquisa será realizada por meio de levantamento das obras de referência existentes sobre o tema, bem como através da leitura de artigos científicos disponibilizados em revistas, internet ou outros meios fidedignos.

A exploração do tema será desenvolvida tendo como fontes de pesquisa: livros de doutrina específicos sobre Comissões de Conciliação Prévia, princípio da dignidade da pessoa humana, direitos fundamentais, bem como pesquisa na jurisprudência pertinente existente nos tribunais trabalhistas. Também serão utilizados dados relevantes, coletados de artigos da internet, e a Constituição Federal de 1988.

Os dados serão coletados através de consulta aos livros de doutrina de acervo pessoal, da biblioteca da Universidade Estácio de Sá - Menezes Cortes e da biblioteca da Universidade Cândido Mendes. Os artigos serão consultados

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em sites jurídicos e governamentais da internet e a jurisprudências serão coletadas nos Tribunais Regionais do Trabalho, bem como no Tribunal Superior do Trabalho.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - Comissões de Conciliação Prévia 9

CAPÍTULO II - Esmiuçando a CCP 19

CAPÍTULO III – CCP – Aplicabilidade no Contexto Jurídico 24

CONCLUSÃO 33 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38 BIBLIOGRAFIA CITADA 40 ÍNDICE 42 FOLHA DE AVALIAÇÃO 43

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INTRODUÇÃO

Esta pesquisa tem como propósito demonstrar numa ampla análise que as Comissões de Conciliação Prévia não estão atingindo o objetivo, pois na prática, vislumbra-se a violação dos princípios há muito protegidos pelo nosso ordenamento jurídico, sendo ele, o direito de acionar o judiciário por qualquer cidadão que se achar prejudicado, que sentir seu direito violado. No entanto, as Comissões de Conciliação Previa têm sido uma imposição somente ao trabalhador, pois para acionar o judiciário trabalhista, lhe é imposto ser sua questão apreciada pela Organização sindical a qual pertence. O que não ocorre com o empregador, que não existe qualquer dispositivo que lhe obrigue a se submeter também a Comissão de Conciliação Previa regulada pela Lei 9.958/2000, que acrescentou dispositivos á CLT art. 625-A a H, dando poder de eficácia liberatória geral, pela qual se entende a quitação ampla do contrato de trabalho, menos quanto às parcelas ou direitos expressamente indicados numa ressalva para posterior rediscussão judicial. Dispõe a CLT no art. 625-E, parágrafo único, que “o termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas”. Observam-se muitas controvérsias a serem debatidas nesta pesquisa, para desdobramentos futuros na aplicabilidade do melhor do direito.

Costuma-se dizer que a lei é boa, pena que não possui efetividade, uma vez que, o número de comissões formadas, é muito inferior ao quanto esperado.

Contudo, com a criação das CCP´S, surge também uma dúvida de aplicação, uma vez que o artigo 625 – D dispõe que “qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida a CCP”, o verbo utilizado pelo legislador nos trás a noção de obrigatoriedade, entretanto ainda existem doutrinadores, inclusive tribunais que entendem ser a submissão de demanda uma faculdade.

Quanto à sua constitucionalidade, a doutrina divide-se em duas correntes: sendo a primeira baseando-se a argüição de inconstitucionalidade

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na violação ao princípio da inafastabilidade da jurisdição – art. 5º, XXXV da CRFB, pelo qual a lei não pode excluir da apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça a direito. E a segunda, já entende que a lei que institui as comissões é constitucional, pois trata apenas de mais um requisito específico para o legítimo exercício do direito de ação como acontece em outros casos: alguns autores entendem tratar-se de pressuposto processual, para outros é condição específica do direito de ação. Há tendência de se considerar a constitucionalidade do artigo celetista em tela, pois há precedentes, na própria Constituição, prevendo requisitos para a admissibilidade da ação judicial, como ocorre com a necessidade de tentativa de conciliação, para fins de instauração da instância em dissídio coletivo – art. 114, § 2º da Carta. A lei, no caso das comissões, apenas criou uma nova condição para o legítimo exercício da ação, sem, contudo, obstaculizar o acesso ao Judiciário.

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CAPÍTULO I

COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

O CONCEITO

... Quanto maior o obstáculo, maior a perseverança.

As Comissões de Conciliação Prévia são Comissões paritárias, formadas no âmbito das empresas ou sindicatos, que visam solucionar conflitos individuais trabalhistas, sendo compostas por metade eleita por membros empregados e metade eleita por empregadores.

A base legal de sua existência encontra-se nos artigos. 625-A e letras seguintes da CLT, lei n.º 9958/2000 e lei n.º 9957/2000, sendo que surgiu como uma forma alternativa de solucionar os conflitos, com o fito de desafogar a máquina do judiciário, tendo em vista que a Justiça do Trabalho não conseguia solucionar todos os conflitos com a rapidez esperada. Sua finalidade precípua era diminuir a procura pela Justiça.

Assim, através das Comissões de Conciliação Prévia, empregados e empregadores poderão chegar a um acordo, rápido, com um menor custo e terminativo para ambas as partes, a respeito do conflito individual de trabalho surgido, sem a necessidade da intervenção ou da homologação do Poder Judiciário Trabalhista.

A definição dada pela CNI – Confederação Nacional da Indústria é a seguinte: A Comissão de Conciliação Prévia é um “organismo de conciliação extrajudicial, de composição paritária, no âmbito das empresas ou grupo de empresas e no âmbito dos sindicatos, não possuindo qualquer relação administrativa ou jurisdicional com o Ministério do Trabalho e Emprego ou com

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a Justiça do Trabalho e não estando subordinados a qualquer registro ou reconhecimento de órgão públicos.” 1

Nesse sentido, o professor-doutor JORGE LUIZ SOUTO MAIOR, afirma que:

“a conciliação não é, propriamente, uma técnica para solução de conflitos, assim, como não é o julgamento. As técnicas são: a mediação, a arbitragem e o processo. A conciliação é uma solução para o conflito, aceita pelas partes, que tanto pode ocorrer em uma das técnicas criadas para a solução de conflitos quanto fora delas” 2

Para WAGNER D. GIGLIO, a conciliação tem um conceito mais amplo do que o acordo, significando entendimento, recomposição de relações desarmônicas, desarme de espírito, compreensão, ajustamento de interesse, e acordo é apenas a conseqüência material. 3

Mesmo com a forma facultativa na sua criação, o que é indiscutível face à impossibilidade de instituição de referidas Comissões por empresas com apenas um único empregado, a Consolidação das Leis do Trabalho consignou a necessidade de a elas, quando instituídas, submeter-se as controvérsias antes de seu conhecimento pelo Judiciário. Trata-se, assim, de um pressuposto processual necessário, que, não sendo preenchido, acarreta a extinção do processo sem a análise do mérito pelo poder Judiciário. A questão sobre a constitucionalidade de tal pressuposto será exposta oportunamente.

1

Cartilha – Comissões de Conciliação Prévia, CNI, Brasília 2000, p.9

2

Os modos extrajudicias de solução dos Conflitos individuais do trabalho – Revista nacional do Direito do Trabalho, ed. Nacional de Direito, volume 52, agosto 2002, p. 18

3

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A conciliação é uma forma de auto-composição dos conflitos. No caso das Comissões de Conciliação Prévia, instituídas com a finalidade de dirimir controvérsias no âmbito trabalhista, a auto-composição é feita com a participação de terceiros que, todavia, não propõe (mediação), impõem (arbitragem e jurisdição), ou subjugam um dos indivíduos (auto-tutela), para alcançar a solução do conflito. A participação destes terceiros funciona apenas no sentido de aproximar as partes para que estas, por si mesmas, resolvam suas controvérsias. Por tal motivo se pode classificar o objeto das Comissões de Conciliação Prévia como auto-composição híbrida.

Em síntese, conclui-se que, a Comissão de Conciliação Prévia é um instituto privado e facultativo, onde se busca a conciliação de empregado e empregador sem a interferência do poder estatal, podendo ser constituída no âmbito sindical ou no âmbito das empresas. Sendo que, uma vez havendo a conciliação das partes, privilegiou-se a autonomia da vontade destas, impossibilitando, assim, que um terceiro profira uma decisão para o conflito.

1.1 – Evolução Histórica

Existe uma discussão bibliográfica no que diz respeito à aplicabilidade da CCP no contexto jurídico, há uma corrente de juristas que afirma que esta é inconstitucional, pois violaria o princípio da inafastabilidade da jurisdição como afirma o artigo 5º, XXXV da CRFB, onde qualquer lesão ou ameaça ao direito, deve ser apreciado pelo Poder Judiciário. E violando este princípio ou o direito de ação, infringe o princípio da separação dos poderes, significando, para os indivíduos, um entrave ao acesso ao judiciário. Já a corrente de juristas que defendem a constitucionalidade da CCP, afirma que esta é uma forma de configurar o interesse de agir como condição da ação individual trabalhista, não sendo o indivíduo impossibilitado de exercer o direito de ação no caso de am conciliação frustrada.

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No século XVIII surgiu a segunda geração de direitos fundamentais, que corresponde à declaração dos direitos naturais dos homens, às liberdades públicas, direitos fundamentais que se garantem contra o Estado, exigindo deste uma postura de não interferência. No decorrer do século seguinte e início do século XX, desenvolveu-se uma crítica, que argumentava que esses direitos seriam meramente ‘formais’, para a maioria do povo.

Esta segunda geração de direitos fundamentais, considerada como a dos direitos econômicos - sociais, foi editada de modo significativo, pela primeira vez, pela Constituição alemã de 11 de agosto de 1919, conhecida como a Constituição de Weimar.

Atualmente, já se tem referência a uma terceira geração de direitos fundamentais, que seria denominada como a dos direitos de ‘solidariedade’, que tem reflexos na Constituição atual. Mas consideração o tema ainda controvertido, pois se apresenta diversas correntes que contribuem para dificultar a aplicação da Carta Magna.

Toma-se como exemplo o artigo 6º onde “são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma da Constituição”. Mas não devemos confundir o direito do trabalho ao direito do trabalhador, sendo o primeiro o de encontrar uma atividade produtiva remunerada, quer dizer, ganhar a vida licitamente. Não se deve, ainda, confundi-lo com a liberdade de trabalho, que significa escolher a atividade produtiva a que se quer se dedicar, que é vista como a liberdade de empreender atividade econômica (artigo 5º, XIII CRFB).

Com a Revolução Francesa, com o predomínio do ideário liberal, veio à preocupação com a obtenção de trabalho para todos. A Constituição de 1791 não chegou a afirmar um direito ao trabalho, mas previu que seria criada uma ‘assistência pública’, tendo como finalidade de fornecer trabalho aos pobres inválidos, que não tinha condições de obtê-los com recursos próprios, assim como assistir às crianças abandonadas e aos idosos.

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Na Constituição brasileira de 1934 aparece o direito ao trabalho, na de 1937, reconhece o dever social do trabalho, e na de 1946, vincula este direito a uma obrigação social. A Constituição de 1967 não menciona o direito ao trabalho, e sim enfatiza a valorização deste como condição da dignidade humana, mas prevê o seguro – desemprego, suprindo uma oportunidade de trabalho (artigo 158, XVI).

Sendo a Constituição de 1934 a primeira a enunciar os direitos particulares do trabalhador, dando-lhe uma condição de dignidade constitucional, filiando-se, assim, à orientação conhecida como ‘racionalização do poder’, vinculando-se á concepção da democracia como técnica de seleção política, assim como, a um sistema econômico e social, filiando-se à linha da Constituição alemã de 11 de agosto de 1919.

A classe trabalhadora é a mais necessitada de proteção do Estado, devido a sua inferioridade econômica que ao mesmo tempo abre um campo para exploração política, repercutindo no plano social e no político, já que a pobreza dificulta o acesso à instrução e sendo assim, torna-se duvidoso que uma classe possa se utilizar bem dos mecanismos políticos como o voto. São os direitos do trabalhador uma condição indispensável para o seu desenvolvimento, para a expansão de sua personalidade e para que todos possam, realmente, acender aos benefícios da civilização e usufruir as vantagens de um regime democrático.

O direito moderno tende a recusar ao patrão o direito despedir livremente o empregado, em nome da função social do emprego, como diz o artigo 7º, I, onde relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos da lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos. Este direito à permanência no emprego, é chamado, usualmente, de estabilidade, que ao mesmo tempo em que defende a garantia contra a ameaça do desemprego, restringe o poder de comando do empregador, já que este fica sem a possibilidade de despedir os trabalhadores que não estão atendendo às necessidades de sua função e

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contratar trabalhadores mais aptos. Tendo a experiência, comprovado que empregados estáveis tendem a ser menos produtivos, já que o rendimento funcional não implicará na conservação do seu emprego.

Historicamente, as associações profissionais se ligam às corporações medievais. Durante a Revolução Francesa, em nome do liberalismo econômico, todas foram extintas através do Decreto de 12 de março de 1791 e pela lei Lê Chapellier de 13 de junho de 1791. Devido ao pensamento econômico-político da época, essas associações eram eminentemente condenáveis, porque por um lado pervertiam a vontade geral, interpondo entre o indivíduo e o Estado, agrupamentos centrados em torno de interesses particulares, e por outro, que perturbavam o livre jogo das leis econômicas dificultando a ação relativamente a salários da lei da oferta e da procura.

Durante a vigência da Constituição brasileira de 1891 foram observadas as tentativas iniciais de se constituir as primeiras associações profissionais, já que durante a Constituição de 1894 proibia no artigo 179 as corporações, mas foi na Constituição de 1934 que se tornou lícita à existência de associações profissionais.

Cabe ressaltar que, na sistemática constitucional e no direito positivo brasileiro, há uma distinção entre associação profissional e sindicato. Sendo a primeira regida, de um modo geral, pelas mesmas regras de organização das demais associações, e, apenas a criação do sindicato, quer dizer, a transformação da associação profissional em órgão de representação oficial de uma classe de trabalhadores é que depende dos requisitos previstos na lei.

1.2 – A Lei nº 9.958/2000 – A Comissão de Conciliação Prévia

No Congresso Nacional foram realizadas várias alterações e propostas sobre a matéria, sendo que o próprio TST evidenciou os benefícios de uma lei sobre as referidas Comissões. Sendo que, efetivamente, essas comissões

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apenas apreciarão questões individuais, sendo as relacionadas às categorias, devendo ser apreciadas nas negociações coletivas. Sendo assim, as comissões não podem criar direitos e sim verificar se a pretensão do emprego está amparada na lei ou numa norma coletiva, e se a atitude do empregador representa, ou não, um descumprimento.

Ives Gandra Filho afirma que a idéia original, era que as CCP’s fossem instituídas obrigatoriamente nas empresas com mais de 50 empregados, como forma de obter a adoção do modelo de composição autônoma dos conflitos individuais de trabalho4.

No direito italiano, o legislador favorece a solução não judicial do conflito. A tentativa de conciliação, e, no entanto, meramente facultativa e mesmo que imposta por acordo ou contrato coletivo de trabalho, sua falta não prejudica em nada o impedimento o ajuizamento da ação.

Logo pelo artigo 1º da Lei 9.958/2000, foi assim criado mais um título inserido na CLT, regulamentando de forma facultativa a criação das Comissões de Conciliação Prévia nas empresas e sindicatos. No artigo 2º da Lei, insere no artigo 876 da CLT, a possibilidade de execução dos termos firmados perante as Comissões, sendo que o artigo 3º dispõe sobre a competência do juiz competente para o processo de conhecimento relativo à matéria. E, finalmente, no artigo 4º estabelece-se o prazo de noventa dias para vigência da Lei 9.958, a partir da data de sua publicação.

Sendo tais comissões facultativas e somente tratando da tentativa de conciliação de empregados como seja o contrato em vigor, não seria interessante sua constituição em empresas e sindicatos patronais. Tendo como justificativa para tal afirmação, o seguinte: pois, qualquer que seja o número de empregados em sua composição, serão os efetivos e suplentes estáveis, com

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garantia idêntica aos dirigentes sindicais; o empregado pode ressalvar direitos não conciliados, pois sempre poderá ingressar em Juízo com relação às matérias ressalvadas; será um foco de discussão interna na empresa, pois o prazo de 10 dias é curto, havendo constantemente liberação dos trabalhadores integrantes da Comissão para solucionarem demandas internas; e, sendo facultativa a criação e não solucionado a comissão a demanda, poderá a empresa indicar um diretor para tentar a conciliação, com o representante dos empregados, sem que isso importe em garantias de estabilidade ou de liberação da força de trabalho dentro da empresa.

Quanto aos trabalhadores ou seus sindicatos instituírem a comissão de conciliação prévia, José A. Couto Maciel acredita que na forma como foi elaborada, a lei não é benéfica para o trabalhador porque, se o trabalhador realiza a conciliação e o valor acordado não é pago, ele ficará com um título executivo para contra a empresa apenas no valor que acordou, perdendo os direitos que antes poderia discutir judicialmente, além desta situação, acrescenta o fato de como a tentativa de conciliação se dá durante a relação de emprego, dificultando a demonstração da insatisfação para com o trabalho pelo empregado, já que este não tem estabilidade empregatícia. E, finalmente, o auto afirma, que o empregado interessado estará sendo impedido de ingressar em Juízo enquanto não receber o Termo de Conciliação ou de frustração da tentativa, sendo que a Comissão, embora tenha prazo de dez dias, poderá, na prática, atrasar com a concessão do referido Termo. “Além do mais, estará o empregado discriminado de ter outros empregados de empresas que não tenham constituído Comissão e que podem ingressar em Juízo independente dessa fase administrativa”.5

Desta forma, a conclusão é contrária à formação das Comissões, considerando os termos da Lei e os prejuízos que dela decorrem para ambas as partes. O prejuízo maior é em relação à celeridade processual, já que não é visto como tentativa de conciliação, sem possibilidade de arbitragem, com

5

MACIEL, José Alberto Couto. Comentários à Lei nº 9.958/2000. Rio de Janeiro: Forense, 2002. p.p.181 e 182.

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direito a ressalvas e ausência do temor por motivos relevantes, poderá reduzir demandas trabalhistas. Ao contrário, sendo a lei complexa e facultativo-obrigatória, já que faculta a criação, mas obriga o empregado quando a Comissão é criada, somente acarretará um maior número de processo em Juízo.

1.3 – A Validade das Comissões de Conciliação Prévia

As Comissões de Conciliação Prévia tem como objetivo agilizar e simplificar as controvérsias advindas da relação entre empregado e empregador, tentando solucionar os conflitos oriundos da relação de emprego, evitando que os mesmos culminem em longos litígios na Justiça.

A intenção da norma é salutar, pois procura solução de composição mais ágil e próxima da realidade da relação entre empregado e empregador, evitando decisão judicial de caráter impositivo.

Cabe ressaltar, que as soluções extrajudiciais de conflito estão em voga em todo mundo, mas há de serem adaptadas em consonância coma realidades econômica e social de cada país.

Todavia, Dárcio Guimarães de Andrade, fica em dúvida com relação a aplicação dessa norma penal no Brasil: “Temo pela aplicação dessa norma legal no nosso Brasil de fome e desemprego, comprometido por uma distribuição de renda desigual e injusta (...)”.6

6

ANDRADE, Dárcio Guimarães. Comissões de Conciliação Prévia. Rio de Janeiro: Forense, 20002. p. 184.

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CAPÍTULO II

ESMIUÇANDO A CCP

2.1 – Conceituações

2.1.1 – Conciliação

O termo conciliação é derivado da palavra, conciliatione, de origem latina, que significa pôr-se de acordo, ajustar, harmonizar litigantes, aliar, unir.7

Sendo que esta pode ser judicial ou extrajudicial, sendo o mediador, quer dizer o conciliador, somente, extrajudicial. Esta afirmação se refere quanto à forma, onde a conciliação judicial é realizada em Juízo, perante o magistrado, e a extrajudicial, pode ser realizada na empresa, no sindicato, etc. Ocorre, ainda em relação à forma, a junção entre a conciliação judicial e a extrajudicial, onde existem mecanismos extrajudiciais e ao mesmo tempo, a possibilidade de se ajuizar a ação para a discussão da questão trabalhista.

Quanto o que diz respeito à vontade, a conciliação pode ser facultativa e obrigatória. Sendo a primeira, um sistema instituído pela Lei nº 9.957, referindo-se quando as partes ficam com o cargo da instituição da forma de conciliação, podendo criar ou não as Comissões de Conciliação. Já, no que diz respeito à conciliação obrigatória, a lei determina que se deve haver uma tentativa de conciliação antes de propor a ação trabalhista.

A CLT tem vários dispositivos que exigem a conciliação, como o artigo 764 que esclarece que os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça de Trabalho estarão sempre sujeitos à conciliação. Os

7

BORBA, Francisco da Silva. Dicionário Melhoramentos da Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 1988.

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juízes e tribunais empregarão seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos, conforme § 1º do referido artigo.

2.1.2 – Constituição da CCP

Quanto à sua constituição as comissões podem ser divididas em: de empresa, que serão inseridas apenas no âmbito da empresa; de grupo de empresas, composta por várias empresas do mesmo grupo econômico; sindical, que serão feitas apenas no sindicato, tanto de empregados quanto de empregadores; e intersindical, cuja criação é feita por mais de um sindicato.

As empresas e os sindicatos podem instituir comissões de conciliação, de composição paritária, com representantes dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de solucionar os conflitos individuais do trabalho, conforme o artigo 625-A da CLT. Mas não se deve confundir com a aplicação do artigo 11 da Constituição, onde para empresas de mais de 200 empregados, é assegurada a eleição de um representante, com a finalidade exclusiva de promover o entendimento direto com os empregadores. O fator positivo da nova norma é que o conflito pode ser resolvido na própria empresa e não irá para a Justiça do Trabalho.

2.1.3 – Composição da CCP

Determina o artigo 625-A da CLT que as comissões de composição paritária, ou seja, que terão representantes de empregados e empregadores. Sendo composta de, no mínimo, dois e, no máximo, dez membros, de acordo com o artigo 625-B do mesmo dispositivo. Metade dos membros será indicada pelo empregador e a outra eleita pelos empregados, por votação secreta, fiscalizada pelo sindicato. A impugnação das eleições dos empregados será feita perante a Justiça comum, conforme o entendido na Súmula 4 do STJ.

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2.1.4 – Natureza Jurídica da CCP

A natureza jurídica das comissões é de mediação. Seu objetivo é de conciliar dissídios individuais entre empregado e empregador e não dizer o direito aplicável ao litígio. As comissões têm natureza de órgão privado, de solução de conflitos extrajudiciais, e não público.

2.1.5 – Procedimento da CCP

A Comissão deverá comunicar, à Seção ou ao Setor de Relações do Trabalho das Delegacias Regionais do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, a instituição, o local de funcionamento, a composição e o início das atividades.

Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída. A demanda será formulada por escrito ou reduzida a termo por qualquer dos membros da Comissão, sendo entregue cópia datada e assinada pelo membro ou interessados. Não prosperando a conciliação, será fornecida ao empregado e ao empregador, declaração da tentativa conciliatória frustrada com a descrição de seu objeto, firmada pelos membros da Comissão, que deverá ser juntada à eventual reclamação trabalhista.

Em caso de motivo relevante que impossibilite a observância do procedimento previsto, será a circunstância declarada na petição inicial da ação intentada perante a Justiça do Trabalho. Caso exista, na mesma localidade e para a mesma categoria, Comissão de empresa e Comissão sindical, o interessado optará por uma delas para submeter a sua demanda, sendo competente aquela que primeiro conhecer do pedido.

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2.1.6 – Efeitos da CCP

Quando reconhecidos pelo ordenamento jurídico, os Métodos Extrajudiciais de Solução de Conflitos, ao materializarem os resultados de sua atuação conferem às partes verdadeiro Título Executivo Extrajudicial. Referidos títulos derivam, em última análise, da vontade da lei.

Nesta esteira lembrar que não há nestes casos aplicação da jurisdição. Desta forma, conclui-se pela existência de mero reconhecimento legal do resultado obtido, o que, por conseqüência, garante sua executividade pela via Judicial.

Assim, aceita a conciliação, será lavrado um termo assinado pelo empregado, pelo empregador ou seu preposto e pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópias às partes. O termo de acordo na Comissão de Conciliação Prévia, como já mencionado é título executivo extrajudicial, cuja competência para apreciá-lo é da Justiça do Trabalho.

Importante ressaltar, ainda, que uma vez realizada a conciliação na Comissão de Conciliação Prévia, o título tem eficácia liberatória geral em relação aos direitos trabalhistas, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. Portanto, o trabalhador não mais poderá reclamar esses direitos, à exceção das parcelas em ressalva.

A jurisprudência do TST também reforça este entendimento através do Enunciado n.º 330:

“A quitação passada pelo empregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória em relação às parcelas expressamente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas.

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I – A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação e, consequentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que essas constem desse recibo.

II – Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência do contrato de trabalho, a quitação é válida em relação ao período expressamente consignado no recibo de quitação".

Assim, como no caso de homologação de acordo sob o manto judicial, deverá o autor estar ciente das conseqüências trazidas pela composição efetuada perante a Comissão de Conciliação Prévia. Uma vez que se o mesmo não ocorrer haverá manifesta nulidade do termo por ela lavrado e a possibilidade de conhecimento da ação pelo Judiciário quanto ao objeto do termo, cuja quitação foi considerada nula.

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CAPÍTULO III

CCP - APLICABILIDADE NO CONTEXTO JURÍDICO

O advento da Lei 9.958/2000, a princípio, teve a finalidade de desobstruir o judiciário trabalhista brasileiro, pois as demandas entre empregados e empregadores, vinham e continuam causando um grande número de demandas, que devido à precariedade da mão de obra e a morosidade em que o próprio ordenamento jurídico impõe, as lides levam longos períodos até se ter um desfecho final. Dependendo da forma como esse instrumento venha a ser instrumentado, finalmente, poderemos obter uma justiça ágil e ligeira, expurgando os recursos protelatórios, as desnecessárias e intermináveis formalidades documentais, a multiplicidade de instâncias e outros empecilhos de um conceito de processo arcaico e moroso.

Trata-se na verdade de um princípio processual já consagrado na práxis trabalhista, que agora ganha status constitucional. Além das inovações trazidas ao Judiciário Trabalhista pela Lei 9.958/2000, veio com o propósito de que o processo legal transcorra dentro de um prazo tolerável, pois com a atual condição estrangulada em que se encontra o Tribunal Trabalhista em todas as esferas, as demandas têm se arrastado interminavelmente.

3.1 – Constitucionalidade da CCP

A questão da constitucionalidade no que diz respeito às Comissões de Conciliação Prévia reside no fato de que a lei exige, quando houver sido instituída no local onde o trabalhador presta serviços, que a ela seja submetida a divergência eventualmente existente, antes de ser levada à apreciação do Judiciário, no caso, a Justiça Trabalhista.

Nessa esteira, quanto à constitucionalidade, a doutrina divide-se em duas correntes.

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A primeira baseia a argüição de inconstitucionalidade na violação ao princípio da inafastabilidade da jurisdição – Artigo 5º, XXXV da CRFB, pelo qual a lei não pode excluir da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

A segunda, já entende que a lei que institui as comissões é constitucional, pois trata apenas de mais um requisito específico para o legítimo exercício do direito de ação como acontece em outros casos. Há tendência de se considerar a constitucionalidade do artigo celetista em tela, pois há precedentes, na própria Constituição, prevendo requisitos para a admissibilidade da ação judicial, como ocorre com a necessidade de tentativa de conciliação, para fins de instauração da instância em dissídio coletivo – artigo 114, § 2º da Carta. A lei, no caso das comissões, apenas criou uma nova condição para o legítimo exercício da ação, sem, contudo, obstaculizar o acesso ao Judiciário.

Em se tratando de ordem imperativa os direitos trabalhistas, o artigo 841 do Código de Processo Civil tem aplicabilidade no caso concreto, pois é o entendimento dos tribunais que estes direitos não podem ser transacionados. Portanto, seria inócuo exigir-se o comparecimento às comissões para transacionar o que é “intransacionável”. Nesse mesmo entendimento, o artigo 625-D da CLT, choca-se com a norma anterior, pois tornou obrigatório o comparecimento a CCP apenas quando se tratar de controvérsias relativas a direitos disponíveis, e a quitação dada pela CCP que abrange tais direitos, se transacionados.

A lei garante estabilidade do empregado membro de comissão de conciliação prévia. Discute-se na doutrina se trata de verdadeira estabilidade ou apenas de garantia de emprego. Utiliza-se o critério de necessidade ou não de inquérito para a dispensa de necessidade absoluta; desnecessidade de inquérito seria hipótese de estabilidade relativa ou garantia de emprego. A doutrina se divide em duas correntes: para a corrente majoritária, não há necessidade de ajuizamento da ação de inquérito judicial para apurar a

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dispensa desse tipo de empregado estável, pois não há previsão na lei (aplica o artigo 625-B de forma literal), logo, tratar-se-ia tão somente de mera estabilidade relativa; já para a corrente minoritária, é necessário o ajuizamento da ação de inquérito para a apuração de falta grave, caracterizando, portanto, mais um caso de estabilidade absoluta.

3.2 – Hipóteses que podem ocorrer quando se submete a

controvérsia a CCP

Quando não há possibilidade de realização de acordo, o empregado receberá uma declaração de tentativa frustrada de conciliação fornecida pela comissão. Caso esta se recuse a fornecê-la, o empregado deverá informar, na petição inicial da reclamação trabalhista a ser proposta, que esteve perante a Comissão de Conciliação Prévia, mas lhe foi negada a certidão (artigo 625-D, §2º e 3º da CLT), e esse fato será declarado na peça inicial justificadamente, cabendo a outra parte provar o contrário.

Quando houver acordo em que seja resolvida toda a controvérsia, este valerá como título executivo extrajudicial com eficácia liberatória geral (artigo 625-E, parágrafo único da CLT). Em não havendo cumprimento dele, deverá o reclamante entrar com uma ação de execução cujo objeto será o termo de acordo não cumprido (artigo 877-A da CLT).

Quando houver acordo parcial será lavrado termo de acordo com ressalvas do acordo, não caberá discussão judicial posterior, apenas execução em caso de descumprimento. Já o que não foi acordado, poderá ser pleiteado na justiça (artigo 625-E, § único, in fine da CLT).

Se no prazo de 10 dias a partir da provocação da CCP, não for marcada a conciliação, será fornecida, no último dia do prazo, uma declaração de conciliação frustrada (artigo 625-e § único da CLT). Como essa declaração, os direitos poderão ser reclamados na Justiça do Trabalho.

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3.3– O Prazo Prescricional na Fase da CCP

Devido ao fato de não se ter órgãos extrajudiciais de conciliação e arbitramento eficientes, todo o conflito trabalhista entre empregado e empregador vai para o Estado, despejando na Justiça do Trabalho uma superabundânca de ações a cada ano. Assim observa-se diversas divergências, não havendo um entendimento uniforme quanto a aplicabilidade da Lei. O Estado moderno colocou em atuação uma imensa rede de atividades e serviços que só podem ser prestados com o auxilio de organizações, o que faz crescer necessariamente a burocracia e, por outro lado do problema consiste em lidar com esta burocracia para torná-la atuante e funcional. No entanto, no cerne desta imensa máquina, há a simplicidade de um conflito com pedidos repetidos e conhecidos que poderiam ser resolvidos com grande simplicidade e rapidez.

A divisão clássica do direito entre direitos e deveres cedeu lugar a relação entre administração e cidadãos. As organizações, principalmente o Estado, que é a maior delas intermediam tudo. Forma-se, assim, uma intransponível influência recíproca, contraditória e de difícil solução para as concessões do Estado, é necessário a intermediação da burocracia, que se transforma, ao mesmo tempo, num elemento inibidor da concessão que, por sua vez, não pode chegar ao destinatário sem o elemento da burocracia. Portanto, a burocracia é, ao mesmo tempo, um instrumento necessário e inadequado, serve e desserve, ajuda e emperra.

O sistema judiciário não dará vazão à conflitualidade crescente na atualidade, formando uma intensa burocracia, sem a qual não é possível a realização do Direito, mas são também a causa principal da ineficiência e do fracasso desta aplicação.

A reforma do judiciário é um exemplo desta contradição: uma tentativa de compatibilizar a construção burocrática com as exigências da vida. Faz

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parte de uma tendência contemporânea de flexibilizar as estruturas, retomar um Estado com menos instruções e mais realizações livres, em que o Direito retorne a sua concepção primeira de direitos e deveres que possam ser impostos e cumpridos sem a intermediação de construções formalizadas, rígidas e pouco permeáveis. Em suma, é uma tentativa do Estado moderno em superar-se a si mesmo, vencer a rigidez da burocracia em que se imobilizou o estado-providência do passado e criara abertura necessária para os caminhos da Globalização.

Um descompasso entre o Direito e a realidade é na certa um grande prejuízo social, principalmente para os mais necessitados que, tendo direitos recolhidos na lei, não podem usufruí-los na realidade ante à resistência fácil e formal daqueles que tem o dever da prestação.

Não cumprir a lei transformou-se num dos melhores negócios em nosso país. Protelar a dívida, contestar formalmente para empurrar o pagamento do débito trabalhista, servir-se da burocracia dos tribunais para não pagar indenizações, mesmo depois da evidência do ato ilícito cometido, é uma constância no Judiciário brasileiro, onde uma demanda conduzida por advogados hábeis pode nunca chegar ao fim.

A flexibilidade, desregulação e desformalização do Direito do Trabalho contemporâneo é um fato que a cada dia ganha mais consistência. Torna-se, incompreensível a manutenção do trabalho subordinado, segundo a lição de muitos. O Direito do Trabalho caminha para a mera contratualização, a exemplo dos demais interesses privados. Ficará ao arbítrio de empregado e empregador definir o conteúdo da prestação de trabalho e os direitos que estabelecem pela negociação.

Há muitas controvérsias no meio dos nossos intérpretes e estudiosos da doutrina que cuida das relações entre empregado e empregador.

A doutrina e a jurisprudência têm se debatido no exame de qual é a natureza jurídica da obrigatoriedade de submeter-se a demanda trabalhista à

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apreciação preliminar da comissão de conciliação previa. É instituída como condição ao exercício pleno do direito de ação assegurado no artigo 5º, inciso XXXIV da CF.

A discussão decorre do disposto no artigo 625-D, da CLT, redação introduzida pela Lei 9.958/00, que estabeleceu os critérios de criação das comissões, como forma de eliminar o grande volume de ações.

Por isso, que Vólia Bonfim Cassar, conclui:

"quando o artigo 625-D da CLT, se referiu à submissão prévia de todas as demandas às comissões, tornou obrigatório o procedimento, apenas para as demandas em que a matéria discutida não se refira a direitos patrimoniais indisponíveis. Assim, sendo, a eficácia liberatória geral referida no artigo 635-E, § único da CLT quita apenas os demais direitos privados, além daquele transacionado, não atingindo os direitos irrenunciáveis".8

Necessário para compreensão da questão que a referida lei 9958/2000 em comento não obriga a criação de comissão prévia. Mas, se criada, impõe ao trabalhador a submissão prévia de sua demanda. Quando instalada, é necessário que os pedidos sejam submetidos previamente a essa comissão, que tentará conciliar as partes. Em havendo conciliação, a comissão fornecerá certidão necessária para o ajuizamento ação perante a justiça do trabalho. É conveniente que o trabalhador não perca tempo no célere ajuizamento de sua reclamação trabalhista, haja vista a demora no atendimento da prestação jurisdicional por parte do Estado. Em face disso, muitos trabalhadores ajuizam a reclamação trabalhista, reivindicando seus créditos trabalhistas não pagos e apresentam o mesmo pedido à comissão prévia, ao mesmo tempo. Tão logo obtenham a certidão negativa de

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CASSSAR, Vólia Bonfim. Resumo de Direito do Trabalho. Rio de Janeiro: Decisório Trabalhista 04/02 nº 237. 2000. p. 2.

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conciliação, juntam-na aos autos antes mesmo do oferecimento da defesa. Diante de tal procedimento, alguns juizes extinguem sumariamente o processo. entendendo que a obrigatoriedade de submissão prévia da demanda à comissão, revela-se pressuposto processual de constituição e desenvolvimento válido e regular do processo. Na sua inobservância, cabe ao juiz determinar a extinção do processo sem apreciação do mérito.

Do exame acurado do artigo 625-D não se consegue extrair qualquer obrigatoriedade da certidão negativa ser protocolizada junto com a peça inicial.

Assim, fica proibida sua juntada a posteriori ainda que antes do oferecimento da defesa. O parágrafo 2º do artigo 625-D, diz, sim, que tal termo deverá ser juntado à eventual reclamação trabalhista. Mas não fala que seja com a petição inicial. Reclamação trabalhista é a materialização do direito de ação que se transforma em relação jurídica processual a partir da citação da reclamada que possa a mesma oferecer resposta a pretensão autoral.

Analisando esta questão, Valentim Carrion tem a seguinte conclusão: “não tratar-se de pressuposto processual, mas de condição da ação trabalhista, já que, inobservado esse requisito, faltaria interesse de agir"9

O TRT-PR, examinando esta questão, já decidiu, em entendimento atual e recente:

"O juiz pode determinar o saneamento da inicial pelo descumprimento da exigência legal da submissão da demanda à CCP, desde que o faça antes da primeira tentativa conciliatória entre as partes. A extinção do processo sem julgamento do mérito somente teria cabimento quando inobservada essa determinação judicial. É que a obtenção de acordo judicial encerraria

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CARRION, Valentim. Comentários à Consolidação das Leis Trabalhistas do Trabalho. São Paulo: Saraiva, 2001. p.459 e 460.

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o processo, enquanto a sua não realização evidenciaria o desinteresse para a conciliação também naquela instância administrativa. Nesta última hipótese, o processo deve seguir o seu trâmite normal. Os princípios da razoabilidade e da economia dos atos processuais dão suporte a esse entendimento, mesmo porque a norma instituidora dessas comissões não impôs qualquer cominação para o caso de descumprimento do disposto no caput do artigo 625-D da CLT".10

O TRT-SP, também, examinando, o assunto, reiteradamente tem decidido que:

"a tentativa de conciliação em Comissão de Conciliação Prévia não se traduz em condição da ação. A lei 9.958/00 que deu redação ao artigo 625-D da CLT em nenhum momento fixa penalidade ao empregado que não se apresenta à Comissão de Conciliação Prévia dirigindo-se diretamente ao Poder Judiciário. Não bastando isso, o direito de ação encontra-se garantido pelo artigo 5º, XXXV da Constituição Federal, sendo inadmissível através de lei ordinária a afronta ao referido mandamento constitucional". "Comissão de Conciliação Prévia. Artigo 625-D, da CLT. Não há cominação para o não comparecimento à comissão de conciliação prévia, razão pela qual, constituindo uma faculdade (e não uma obrigação), não impede o ajuizamento da ação na Justiça do Trabalho".11

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TRT-PR-RO-8616/2001-PR-AC 01838/2002-Relator Juiz Tobias de Macedo Filho - DJPr.15-02-2002.

11

TRT/SP 20010312280. 1-Rel. Maria Aparecida Duenhas. RS-Ac.06ªT.20010735946. DOE. 27/11/2000.

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Não lhe tendo sido pagos os créditos trabalhistas, com base no disposto no artigo 5º, incisos, XXXIV (a) e XXXV da Constituição e observado o prazo prescricional regulado pelo artigo 7º, inciso XXIX (a) da Lex Legum, correto o entendimento de que para o trabalhador propor sua reclamação trabalhista deva apenas atender ao regramento processual geral, o regramento da presença apenas das condições genéricas da ação (legitimidade de partes, interesse de agir e da possibilidade jurídica do pedido).

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CONCLUSÃO

Pelo estudo apresentado foram abordados vários entendimentos doutrinários, estudos, observações e críticas sobre a malfadada Comissão de Conciliação Prévia. Podemos entender que ainda não se conseguiu um remédio jurídico capaz de transformar o atual Judiciário Trabalhista Brasileiro, a Corte que atenda plenamente a ansiedade da Sociedade, ainda restando muito o que fazer para ver esta transformação plena.

Esta máxima é perversa e só pode ser usada em países onde as instituições judiciárias não funcionam. Nem mau acordo, nem boa demanda, mas um conflito composto com justiça e equilíbrio. É isto que o cidadão espera de qualquer Estado que cumpra efetivamente a Justiça que promete em sua Constituição ou em suas Leis.

É preciso deixar claro que, não é o propósito deste trabalho, colocar o empregador brasileiro como um contumaz violador da lei nem um aproveitador da situação social inferiorizada do empregado. Em termos absolutos, a conflitualidade trabalhista no Brasil é a maior do mundo, como se demonstrou. Porém, se pensarmos na PEA – População Economicamente Ativa – que é de 73 milhões de pessoas, destas apenas 2 milhões vêm anualmente à Justiça do Trabalho, o que é uma insignificante proporção de cerca de 3%. A maioria restante (dela retirados os empregados e os autônomos), trabalham num mercado parcial ou totalmente informatizado e não procuram a Justiça do Trabalho. Portanto, olhando por este ângulo, o conflito existe apenas em função de uma absoluta minoria de empregados que, tendo trabalhado em um emprego fixo, foram dispensados. No entanto, para esta minoria, criou-se todo este aparato gigantesco, caro e burocratizado que mais complica do que soluciona os conflitos que lhe são submetidos.

É relevante manifestar que com fulcro em tudo que foi explanado, chega-se ao consenso de que as Comissões de Conciliação Prévia criadas por

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força da Lei 9.958/2000 têm em sua essência, poder somente de analisar eventuais lesões decorrentes de descumprimento de lei, acordo ou convenção coletiva, não podendo criar direitos, mas apenas verificar se a pretensão do empregado está amparada na lei ou norma coletiva, e, se a atitude do empregador representa, ou não, descumprimento a tais preceitos.

Embora a aparente inconstitucionalidade do dispositivo, pois somente obriga uma das partes a se submeter a sua apreciação, no caso, o trabalhador, pois quase 100% das lides são decorrentes de lesão ao empregado, com isto, fica desobrigado o empregador a se submetê-la, esse não é o nosso entendimento.

O princípio da separação dos poderes determina que a função jurisdicional é de responsabilidade exclusiva do Poder Judiciário, porém a mesma somente poderá ser exercida com a provocação do jurisdicionado através do direito de ação. Mas este direito não é absoluto, assim, para que a tutela jurisdicional seja prestada, é necessário que estejam presentes os requisitos previstos na lei processual que são os pressupostos processuais e as condições da ação.

Dessa forma, se pode falar em direito de ação em dois planos: no plano constitucional e no plano processual, ou seja, quando o jurisdicionado apresenta sua pretensão ao órgão do judiciário, está exercendo seu direito de ação no plano constitucional; porém, a tutela jurisdicional, somente será prestada quando a pretensão do autor possuir, além da possibilidade jurídica do pedido e a legitimidade de parte, o interesse processual, que significa que o autor não poderá ver sua pretensão satisfeita senão com a intervenção do Poder Judiciário.

Nesse sentido, no que diz respeito às Comissões de conciliação prévia, quanto a exigência, constante nos parágrafos 2º e 3º do art. 625-D da Lei 9.958/00, de apresentação do conflito individual de trabalho perante aquelas, antes da possibilidade de propor qualquer reclamação trabalhista, não está eivado de inconstitucionalidade como posiciona-se alguns juristas, pois não se

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está tirando do trabalhador a possibilidade de pleitear em juízo, ou seja, de exercer seu direito constitucional de ação, somente impõe-se que o mesmo, antes de mover a máquina judiciária, utilize-se de meios alternativos de solução de conflitos, sem que haja a intervenção do judiciário, demonstrando, desta forma, caso não haja nenhuma conciliação, o interesse processual, necessário para que o Estado apresente sua tutela jurisdicional, através da sentença de mérito.

Ademais, vale ressaltar que, as técnicas processuais, hoje, devem servir mais às funções sociais e, que as cortes não são a única forma de solução de conflitos a ser considerada, devendo se buscar os meios alternativos como forma de ir mais além do que uma simples solução, e aproximar-se cada vez mais da Justiça.

Por fim, tem-se o entendimento de que ainda não se pode definir como solução de desobstrução do Judiciário Trabalhista a aplicabilidade da Lei 9.958/2000, cabendo ainda, aos estudiosos, uma análise profunda para que se extraia da mesma, um remédio jurídico que atenda toda a classe, seja ela, empregador ou trabalhador, somente assim, em consonância com o que prescreve nossa Lei maior, estaremos diante de um verdadeiro avanço da melhor qualidade de justiça para quem buscar para solucionar seus litígios.

Por fim, é de extrema relevância aludir que desde a aprovação da Lei 9.958/2000, que criou a possibilidade de criação das Comissões de Conciliação Prévia, que passou a viger no País a partir de abril/2000 – que no movimento social organizado, compromissado não com os meros interesses egoísticos do lucro perseguido pelo “Deus Mercado”, mas, sim, como o cumprimento do comando constitucional do tudo pelo social (art. 5º, XXIII, art. 170, III ambos da CRFB), que diversas entidades, dentre elas a ABRAT – Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas, vêm denunciando as irregularidades praticadas por muitas comissões de negociação prévia, montadas com o objetivo de obtenção de lucros altíssimos em favor de seus integrantes e em prejuízo dos créditos alimentares dos trabalhadores.

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Em complemento final ao estudo, é fundamental que o Ministério Publico Federal Trabalhista, órgão responsável pela fiscalização das violações a legislação reguladora das relações de trabalho, esteja permanentemente voltado para coibir tais práticas como esta apontada acima, pela ABRAT. Todos sabemos que somente com a cooperação de toda a sociedade chegaremos a dias brilhantes, onde as relações entre empregados e empregadores, transcorreram em plena harmonia.

Se observarmos que o futuro poderá pelos esforços de todos se integrar ao trabalho prazeroso, com determinação e vontade de atingir seus objetivos, isso não quer dizer que é bastante pedir para os lenhadores que derrubem as árvores e carpinteiros para conceber novas montagens. Que os construtores edificam grandes moradias, se não houver o maior dos patrimônios para usufruir, nada valerá para que se veja prosperar as realizações buscadas.

O fim deste tempo, o "grande estrondo", a culminação do processo entrópico, o fracasso das sucessivas emendas flexibilizadoras, modernistas, desreguladoras, adaptadoras, emergenciais minimalistas. Tudo isto uma coisa indica: deve recomeçar-se reconstruindo-se a disciplina, ao estilo de Sigfrido, na tragédia dos Nibelungos exemplos que coadunam com a realidade, assim, para que o regime guardião / tutelar do Direito do Trabalho sobreviva, deverá, necessariamente, readquirir uma identidade diferente, mais profunda e mais genuína que a atual, vinculada com o destino de uma sociedade que quer e deve realizar-se também, através do homem que trabalha por meio de sua atividade para seus semelhantes.

Por fim, se faz necessário observar que estamos num país bem diferente das demais sociedades externas, o que se desenvolve lá, nem sempre é aplicável aqui. Assim, concluimos que deverá deverá haver um envolvimento de diversos valores a serem considerados, para que haja realmente um reforma drástica, a ponto de acima de qualquer expectativa, ver garantido todas os benefícios conquistados pelo trabalhador no decorrer das mudanças da nossa Historia. Só assim, estaremos caminhando para um futuro

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glorioso e próspero, onde o homem energia que movimenta a ferramenta possa edificar uma sociedade livre.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ANDRADE, Dárcio Guimarães. Comissões de Conciliação Prévia. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002.

BORBA, Francisco da Silva. Dicionário Melhoramentos da Língua Portuguesa. São Paulo, Melhoramentos, 1988.

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CASSAR, Vólia Bonfim. Resumo de Direito do Trabalho. Rio de Janeiro: Decisório Trabalhista 04/02 nº 237, 2000.

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DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003. 2ª ed.

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GANDRA, Ives Filho. A Justiça do Trabalho do ano 2000. São Paulo: Revista LTR 64-02/166, 2000.

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LOBATO, Mario Antonio de Paiva. A lei das Comissões de Conciliação Previa na Justiça do Trabalho Vista Pelos Juristas. Rio de Janeiro: Forense, 2002. 1ª ed.

MACIEL, José Alberto Couto. Comentários à Lei nº 9.958/2000. Rio de Janeiro: Forense, 2002.

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SILVA, José Afonso. In Cursos de Direito Constitucional Positivo. Rio de Janeiro: Malheiros, 1997. 13ª ed.

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BIBLIOGRAFIA CITADA

1 - Cartilha – Comissões de Conciliação Prévia, CNI, Brasília 2000, p.9

2 - Os modos extrajudicias de solução dos Conflitos individuais do trabalho – Revista nacional do Direito do Trabalho, ed. Nacional de Direito, volume 52, agosto 2002, p. 18

3 - Direito Processual do Trabalho, 7. ed. São Paulo: LTr, p. 227

4 - GANDRA FILHO, Ives. A Justiça do Trabalho. Rio de Janeiro: Revista LTR 64-02/166, 2000. p.75.

5 - MACIEL, José Alberto Couto. Comentários à Lei nº 9.958/2000. Rio de Janeiro: Forense, 2002. p.p.181 e 182.

6 - ANDRADE, Dárcio Guimarães. Comissões de Conciliação Prévia. Rio de Janeiro: Forense, 20002. p. 184.

7 - BORBA, Francisco da Silva. Dicionário Melhoramentos da Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 1988.

8 - CASSSAR, Vólia Bonfim. Resumo de Direito do Trabalho. Rio de Janeiro: Decisório Trabalhista 04/02 nº 237. 2000. p. 2.

9 - CARRION, Valentim. Comentários à Consolidação das Leis Trabalhistas do Trabalho. São Paulo: Saraiva, 2001. p.459 e 460.

10 - TRT-PR-RO-8616/2001-PR-AC 01838/2002-Relator Juiz Tobias de Macedo Filho - DJPr.15-02-2002.

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11 - TRT/SP 20010312280. 1-Rel. Maria Aparecida Duenhas. RS-Ac.06ªT.20010735946. DOE. 27/11/2000.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I

COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA 9

1.1 – Evolução Histórica 11

1.2 – A Lei 9.958/2000 – A Comissão de Conciliação Prévia 15 1.3 – A Validade das Comissões de Conciliação Prévia 17 CAPÍTULO II ESMIUÇANDO A CCP 19 2.1 – Conceituações 19 2.1.1 – Conciliação 19 2.1.2 – Constituição da CCP 20 2.1.3 – Composição da CCP 20 2.1.4 – Natureza Jurídica da CCP 21 2.1.5 – Procedimento da CCP 21 2.1.6 – Efeitos da CCP 22 CAPÍTULO III

CCP – APLICABILIDADE NO CONTEXTO JURÍDICO 24

3.1 – Constitucionalidade da CCP 24

3.2 – Submissão da Demanda à CCP - Hipóteses 26

3.2 – O Prazo Prescricional 27 CONCLUSÃO 33 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38 BIBLIOGRAFIA CITADA 40 ÍNDICE 42 FOLHA DE AVALIAÇÃO 43

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

Título da Monografia: ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DAS COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

Autor: SÔNIA REGINA NICOLAU

Data da entrega:

Referências

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