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Yoga. historiografia e religiosidade. Imagem retirada da internet

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Academic year: 2021

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Yoga

historiografia

e

religiosidade

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Yoga

Vedas

Upanishads Puranas Épicos: Mahabarata (Bhagavad Guítá); Ramayana Dharshanas: Samkhya; Yoga sutras; outros Animismo Xamanismo Alquimia Sufismo Cristianismo ascético/místico Budismo

Theravada Vajrayana Budismo

Daoismo Tai-chi Jainismo Chi-kung Tantras Agamas Samhitas Advaita Vedanta Nacionalismo Hindu Neo Vedanta

ayurveda Hatha yoga

moderno

Ocultismo(s)

Yoga(s): fruto de contexto histórico múltiplo e complexo

Movimento hippie, alternativo; “New age” Romantismo Danças indianas Artes marciais indianas Shatktísmo Shivaísmo Vaishnaísmo Budismo Zen Hatha yoga “Nath” Teosofismo (e similares)

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3

Contexto cultural oriental, múltiplo, interligado, complexo, contraditório

Como pegar num aspecto

cultural presente em variadas,

vastas e complexas tradições…

Nova religião no ocidente contemporâneo: “X Yoga” “XGuru Yoga”

…e criar

uma nova

“cultura”?

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4

Pode uma história ajudar a criar uma identidade religiosa, e a revelá-la?

(5)

5

Escola de “Swásthya Yôga”, ou “Método DeRose”

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“A proposta deste livro é […] o resgate da imagem de um Yôga Ancestral que, fora da nossa linhagem, já não se encontra em parte alguma.”

“[…]quase nada há escrito sobre o Yôga Antigo, que é muito mais fascinante. O Yôga Pré-Clássico é uma peça viva de arqueologia cultural, considerada extinta na própria Índia, seu país de origem há mais de 5.000 anos.

O que é raro é mais valioso, mas, independentemente desse valor como raridade, o Yôga Pré-Clássico é extremamente completo e diferente de tudo o que você possa estereotipar com o cliché “Yôga”. Além disso tudo,

ao estudar essa modalidade, temos ainda a satisfação incontida de estar dedicando-nos ao Yôga original, logo, o mais autêntico de todos.

(7)

7

Mas…

Negação do carácter religioso

Yoga:

filosofia; filosofia de auto-conhecimento; filosofia de vida;

filosofia prática; filosofia naturalista; cultura; espiritualidade;

arte; ciência; terapia; desporto; método; …

… tudo menos: religião!

“Em termos de classificação, Yôga é uma

filosofia. Filosofia de vida. Filosofia prática.”

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8

Porquê a negação do carácter religioso?

R: Questão de marketing, de posicionamento no mercado das consciências

ocidentais

1- A maioria da população já se diz seguidora de uma religião.

Evita-se o confronto e concorrência directa

2 – Conotação negativa das palavras

-  Religião: inquisição; repressão; atraso; passado; fundamentalismo; corrupção;

-  Seita: diferente; herege; demoníaco; heresia; perseguição, sectarismo, fanatismo, proselitismo; alienação; manipulação;

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O que caracteriza o ser religioso?

•  Religião como modo de vida, como caminho Pensar, agir e sentir

Indícios, cumulativos e interligados, de religiosidade:

•  Institucionalização – grupo organizado, com meios e fins

•  Locais de culto: escolas onde se pratica, estuda, trabalha e convive

•  Regulamentação: institucional; etiqueta; ética, moral, doutrinal, epistemológica, •  Guru – inspiração, veneração, devoção, fidelidade, obediência a um líder-guia •  Sangha – comunidade religiosa, reforço da identidade grupal

•  Hierarquia religiosa, “clero” : instructores, devotos e/ou gestores

•  Pensamento mágico- através da prática obtém-se um êxtase místico iluminador •  Rituais: a pratica do yoga e o trabalho pelo guru e sua causa

•  Existência de uma doutrina “filosófica” estabelecida e de dogmas de fé •  Ideal utópico, visionário, uma causa

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Que tipo de história ajuda a conformar a religiosidade?

“A HISTÓRIA É SÓ ESTÓRIA:

NÃO ACREDITE NELA!

Os historiadores sabem-no bem: não é à toa que história e estória

(History & story) têm a mesma origem semântica. Em inglês é

etimologicamente muito significativo que a palavra History seja

composta de his+story (sua estória, sua versão). No fundo, é tudo

mitologia.”

DeRose, Yoga, mitos e verdades, página 313

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Visões diferentes da história:

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12

História construtivista

,

Multidisciplinar, reproblematizante

História essencialista

,

Mitológica, romântica e legitimadora

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“QUAL É O YÔGA MAIS AUTÊNTICO

Não há dúvida de que o Yôga mais autêntico é o original.

Todos concordam com essa premissa. O primeiro a surgir

é o mais legítimo. As outras variedades modificaram a

proposta e a estrutura inicial, conseqüentemente,

passaram a oferecer versões menos genuínas.”

DeRose, Origens do yôga antigo, página 46

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“UMA VIAGEM NO TEMPO E NO ESPAÇO O estudo do Yôga e da sua história é cativante por tratar-se de uma aventura no tempo e no espaço. Primeiramente, transportamo-nos ao Oriente, à Índia, região para nós misteriosa, […] Além dessa viagem ao Oriente, precisamos

realizar uma expedição no tempo, recuando mil, dois mil, três, quatro, cinco mil anos! Como seria o povo que viveu naquela época? Quais seriam seus valores e estrutura comportamental ? […]”

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15 Eu no aqui e agora: inferno Transcendencia celeste Futuro “interior” Passado pré-histórico

Origem/salvação transcendentes. Heterotópia

Mito do eterno retorno

“algures num passado distante”

“O Yôga Antigo data de 5.000 anos, um período denominado proto-histórico, pois nem mesmo histórico ele chegava a ser, já que não foram encontrados textos escritos que registrassem a história. A questão é que não conseguimos sequer imaginar como era aquela civilização. Uma coisa parece certa: não eram religiosos. “

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16

Mito do eterno retorno

História: corrompe; deturpa, fragmenta, desune, torna impuro, caótico, infernal

Mito

Rito

O mito refere-se ao que é original, essencial, sagrado, puro, uno.

Um ideal de perfeição, que é, ao mesmo tempo, verdade, paz,

felicidade e liberdade, justiça, ordem, harmonia, salvação… o paraíso!

Rito é o sacrificio, seja isso a prática

técnica do yoga, um acto devocional, uma oferenda (puja); ou algo mais genérico, como o trabalho pela causa, cujo custo de realização, em nome do reviver do ideal de perfeição “original”, sacraliza o adepto

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Pode uma história ajudar a criar uma identidade religiosa, e a revelá-la?

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“[…]a verdadeira proposta do Yôga original é relativamente fácil de se demonstrar pelo estudo da Cronologia Histórica do Yôga.”

A função da história mitológica no contexto religioso:

O mito é cosmogónico, ontológico, escatológico,

“Um belo dia, descortinei uma modalidade que ficara perdida durante séculos, o Yôga Pré-Clássico. […]O resultado foi impactante e pode mudar a História do Yôga.”

DeRose, Origens do yôga antigo, página 30

Origem História Indivíduo

(Re)fazer a história torna-se o próprio fim e coloca o indivíduo como princípio, meio e fim da sua propria saga.

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O mito é o nada que é tudo

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Outras possibilidades de pensar a questão historiográfica do yoga

1- Historicidade construtivista:

as identidades são múltiplas, complexas e reconstroem-se constantemente 2 – Hipótese historiográfica progressista:

o conhecimento do yoga como ferramenta técnico-pratica vai aumentando

3 – O yoga fora do tempo-espaço:

yoga sou eu a responder a “quem sou”, a (re)conhecer-me a mim mesmo, ao “si mesmo”, Purusha/ Atman-Brahman, o real.

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“Aquele que vê vive no seu esplendor”

Yoga-sutra I,3

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz, Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,

Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria, E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos, se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,

Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Referências

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