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LICENCIADO EM CIÊNCIAS DE ENGENHARIA - ENGENHARIA INFORMÁTICA E DE COMPUTADORES (TAGUSPARK)

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CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU

LICENCIADO EM

CIÊNCIAS DE ENGENHARIA - ENGENHARIA

INFORMÁTICA E DE COMPUTADORES (TAGUSPARK)

Instituto Superior Técnico Março de 2006

(2)

Índice

1 INTRODUÇÃO... 3

2 OBJECTIVOS VISADOS PELO CICLO DE ESTUDOS ... 4

2.1 Formação em Engenharia Informática e de Computadores ... 4

2.2 Condições de Entrada ... 4

2.3 Objectivos do presente ciclo de estudos ... 5

2.4 Resultados das avaliações externas... 6

2.5 Designação ... 7

3 FUNDAMENTAÇÃO DO NÚMERO DE CRÉDITOS ... 8

3.1 Número total de créditos do 1º ciclo de estudos em engenharia informática e de computadores... 8

3.2 Número de créditos de cada unidade curricular... 8

4 ORGANIZAÇÃO DO CICLO DE ESTUDOS ... 11

4.1 Ciências da Engenharia ... 12

4.2 Ciências da Engenharia Informática ... 13

4.3 Competências transversais... 14

4.4 Frequência de disciplinas extra-curriculares... 14

4.5 Alterações face à licenciatura existente ... 15

4.6 Estrutura Curricular do 1º Ciclo ... 15

(3)

1 INTRODUÇÃO

O Departamento de Engenharia Informática (DEI) tem procurado, desde a sua criação, responder às solicitações que a Sociedade coloca a uma Escola como o IST e adequar a sua estratégia às principais linhas de força do desenvolvimento do IST. Neste contexto, foi elaborada em 2002 uma estratégia que definia o enquadramento das licenciaturas da área da Engenharia Informática, e propunha uma estrutura curricular facilmente adaptável aos requisitos impostos pela declaração de Bolonha. A definição pelo IST dos modelos curriculares a optar no âmbito da declaração de Bolonha veio a confirmar opções tomadas em 2002.

De acordo com a resolução da Comissão Coordenadora do Conselho Científico do IST de adoptar um modelo em dois ciclos para a Engenharia Informática e de Computadores, o presente documento, elaborado nos termos do artigo 53º do Decreto-Lei de Graus Académicos e Diplomas do Ensino Superior, serve de suporte ao processo de registo da adequação do primeiro ciclo de estudos junto da Direcção-Geral do Ensino Superior. A constante evolução tecnológica que a área da Engenharia Informática experimenta, praticamente desde a sua criação, representa um desafio único à definição de currículos estáveis e com forte formação de base. A proposta do presente documento representa uma evolução na continuidade, continuando a conciliar uma forte formação científica com uma adequada educação tecnológica, obtida essencialmente no segundo ciclo.

A formação em Engenharia Informática e de Computadores no IST é ministrada em duas localizações distintas, Alameda e Tagus Park, sendo o primeiro grau idêntico em ambas as localizações mas havendo diferenças nas especializações ao nível do segundo ciclo. O presente documento suporta a adequação do primeiro ciclo da Engenharia Informática e de Computadores do IST no campus do Tagus Park.

(4)

2 OBJECTIVOS VISADOS PELO CICLO DE ESTUDOS

2.1 Formação em Engenharia Informática e de Computadores

A área da engenharia informática, embora ainda jovem, em comparação com outras engenharias, tem, como é sabido, sido objecto de um rápido desenvolvimento pela concentração de recursos económicos em todas as actividades relacionadas com as tecnologias de informação e telecomunicações. A evolução curricular tem de acompanhar a evolução tecnológica que nalguns casos estende o domínio de actuação a novas realidades, obrigando a introduzir paradigmas novos no ensino. Apenas como exemplos recentes pode citar-se a evolução provocada pelos Sistemas Distribuídos, pelas novas Interfaces Pessoa-Máquina ou mais recentemente pela Computação Móvel. Esta evolução traduz-se pela actualização constante de currículos pelas Associações Profissionais mais prestigiadas do sector como a ACM e verifica-se em todas as grandes escolas internacionais. O objectivo da formação em engenharia informática e de computadores é garantir que os profissionais formados nesta área tenham condições para se adaptar às permanentes mutações tecnológicas que os esperam na sua actividade profissional.

Face à definição de um modelo de ensino da Engenharia Informática em dois ciclos, defininem-se como objectivos fundamentais que enquadram a presente proposta de adequação:

1. Criar um primeiro ciclo em Engenharia Informática, que proporcione uma sólida formação de base, mas que também permita mobilidade dos alunos, tanto para outras escolas, nacionais e europeias, como, eventualmente para o mercado de trabalho, que continua a mostrar-se interessado nesta formação, necessariamente limitada em termos autonomia técnica e de abrangência dos conhecimentos de índole tecnológica.

2. Criar um segundo ciclo em Engenharia Informática que, alicerçado na forte formação de base dada pelo primeiro ciclo, tenha perfis atractivos para os alunos e para o mercado e que possa servir como base para os alunos que pretendam ingressar num Programa de Doutoramento. Os profissionais formados por este ciclo de estudos deverão ter capacidade de intervenção ao nível da definição conceptual de sistemas complexos, capacidade de vir a liderar equipas de projecto, análise e desenvolvimento de sistemas e exibir conhecimentos tecnológicos actualizados, no momento da sua formação. 3. Criar uma base sólida para a intervenção do Departamento de Engenharia

Informática e do IST na formação ao longo da vida, que representará uma componente cada vez mais importante do mercado da educação avançada.

2.2 Condições de Entrada

O IST, no seguimento da entrada em vigor da reforma do ensino secundário, decidiu estabelecer quais as provas de ingresso que serão exigidas aos diferentes cursos do IST. Assim, para a engenharia informática, o curso de acesso do Ensino Secundário deverá ser Ciências e Tecnologias, devendo as provas de ingresso ser:

(5)

(i) Matemática A (3) e Física e Química (2), ou (ii) Matemática A (3) e Biologia e Geologia (2)

No entanto, para além das provas de ingresso, os alunos poderão ter frequentado disciplinas de formação complementar, as quais podem incluir, além de outras, Biologia e Geologia (2) na situação (1) e Física e Química (2) na situação 2.

2.3 Objectivos do presente ciclo de estudos

De acordo com o Decreto-Lei de Graus Académicos e Diplomas do Ensino Superior os objectivos de cada ciclo de formação devem ser definidos tendo em consideração as competências a adquirir, adoptando os resultados do trabalho colectivo realizado a nível europeu e concretizado nos descritores de Dubin.

Neste contexto, para o 1º ciclo de Engenharia Informática e de Computadores, considerou-se que o grau de licenciado deve ser atribuído aos alunos que demonstrem ter adquirido as competências nucleares que definem um Engenheiro Informático, sendo identificados para o efeito os seguintes objectivos globais:

1. Exibir

• uma formação sólida em ciências básicas e em ciências de engenharia informática;

• competências para aplicar os conhecimentos e a capacidade de compreensão adquiridos de forma a resolver problemas usando uma abordagem profissional; • competências para recolher, seleccionar e interpretar a informação relevante para

fundamentar as soluções que preconizam e os juízos que emitem, incluindo na análise os aspectos sociais, científicos e éticos relevantes.

2. Conhecer e compreender

• que a engenharia informática é uma área do conhecimento extremamente vasta, interdisciplinar e dinâmica;

• os princípios, modelos e paradigmas fundamentais da engenharia informática, sustentando-se nos conhecimentos de nível secundário, desenvolvidos e aprofundados e apoiando-se na utilização de materiais de ensino de nível avançado

• as responsabilidades éticas e profissionais associadas ao exercício da profissão de engenheiro, num contexto global e social.

3. Aplicar o conhecimento e a compreensão:

• ao projecto e desenvolvimento de programas de complexidade variável, em diversas linguagens, paradigmas de programação e ambientes de desenvolvimento;

• ao desenvolvimento de aplicações relacionadas com as diversas áreas científicas da engenharia informática;

(6)

• ao desenvolvimento de aplicações distribuídas, de média complexidade,

4. Formular juízos e propôr soluções para:

• problemas concretos no domínio dos sistemas de informação, tanto na componente de projecto, como na componente de operação e manutenção;

• aplicações de software em ambientes distribuídos, nas suas diversas componentes, que incluem a arquitectura, a implementaçao, a usabilidade, a qualidade, a manutenção e a documentação

5. Ser capaz de comunicar

• por escrito, ou oralmente, as especificações de um programa, aplicação ou sistema, tanto a públicos constituídos por especialistas, como por não especialistas.

6. Ter a capacidade de aprender

• teorias, algoritmos, modelos e paradigmas que não constam do programa das unidades curriculares frequentadas que permitam realizar uma aprendizagem ao longo da vida, com elevado grau de autonomia.

Os alunos no final do 1º ciclo poderão entrar no mercado de trabalho, embora não lhes esteja associada nenhuma área de especialização, nem o reconhecimento pela Ordem dos Engenheiros.

Contudo, é de supor que muitas empresas venham a considerar que a preparação dos alunos no fim do primeiro ciclo corresponde a um perfil profissional com interesse. Com efeito, dados os fortes conhecimentos de base e a forte componente prática do ensino do IST, os licenciados em Engenharia Informática, quando convenientemente enquadrados em equipas de projecto, consultadoria ou suporte, preenchem muitos dos requisitos exigidos aos profissionais actualmente a chegar ao mercado de trabalho.

2.4 Resultados das avaliações externas

A presente licenciatura em Engenharia Informática e de Computadores do IST encontra-se reconhecida pela ordem dos engenheiros, e tem sido alvo de avaliações por comissões independentes.

A presente proposta de adequação tomou em atenção as recomendações das comissões de avaliação externas e da ordem dos engenheiros, em geral, e, especificamente, nos

seguintes aspectos:

1. Foi implementada a sugestão de reduzir a carga associada aos processo de avaliação dos alunos, através de um controlo mais efectivo da carga efectiva de trabalho associada a cada unidade curricular, associado à definição clara das horas de trabalho autónomo, definidas através do sistema de créditos ECTS. 2. Foi estimulada a formação humanista dos alunos, e solidificada a formação na

área da gestão, através da manutenção de uma disciplina obrigatória de gestão no 1º ciclo, da manutenção do portfolio pessoal nos primeiros e segundos ciclos. 3. Através da adopção de um modelo de ensino em dois ciclos, com objectivos

claramente definidos, será facilitada a internacionalização da licenciatura, e incentivado o intercâmbio com outras universidades nacionais e internacionais.

(7)

4. Foi estimulada a ligação ao mercado de trabalho empresarial, através da introdução de áreas aplicacionais, com forte intervenção dos parceiros sociais, e da definição de mecanismos que permitirão a execução de teses de mestrado em ambientes empresariais.

2.5 Designação

O primeiro ciclo da licenciatura em Eng. Informática e de Computadores permitirá aos alunos obterem o grau de “Licenciado em Ciências da Engenharia Informática e de Computadores” (LEIC) ao fim de 3 anos.

Assim, propõe-se a seguinte designação para o diploma correspondente ao 1º ciclo: • Licenciatura em Ciências de Engenharia – Engenharia Informática e de

Computadores (LEIC)

Esta proposta baseia-se em dois pressupostos:

1. O IST irá definir, global e uniformemente, que a designação de todos os seus primeiros ciclos será a de Licenciatura em Ciências da Engenharia

2. Outras escolas de engenharia irão optar por designações semelhantes.

É opinião do Departamento de Engenharia Informática que uma designação de Licenciatura em Ciências da Engenharia Informática e de Computadores retirará competividade a este grau, caso outras universidades decidam avançar com uma designação de Licenciatura em Engenharia Informática.

O Departamento de Engenharia Informática recomendará que a designação a adoptar seja a de “Licenciado em Engenharia Informática e de Computadores”, caso algum dos pressupostos enunciados acima não se venha a verificar.

Neste documento, utilizar-se-á de uma forma geral, a designação de Licenciado em Engenharia Informática e de Computadores, independentemente da designação que vier a ser adoptada.

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3 FUNDAMENTAÇÃO DO NÚMERO DE CRÉDITOS

3.1 Número total de créditos do 1º ciclo de estudos em

engenharia informática e de computadores

De acordo com o disposto no artigo 9º do Decreto-Lei de Graus Académicos e Diplomas do Ensino Superior, o ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado em Engenharia Informática e de Computadores tem 180 créditos ECTS e uma duração normal de 6 semestres curriculares de trabalho.

3.2 Número de créditos de cada unidade curricular

A legislação que regula a organização dos curricula resultantes da implementação do processo de Bolonha determina que esta organização tenha como base o número de horas de trabalho do estudante (HT) medidas através de créditos (ECTS).

Com base nestes parâmetros e adoptando para o curso de engenharia informática e de computadores do IST um trabalho correspondente a 1680 horas por ano curricular, poder-se-á considerar que 1 ECTS corresponde a 28 horas de trabalho efectivo.

Para além da relação entre o número de horas e o número de créditos, foram igualmente estabelecidas opções em termos das cargas horárias. Assim, considerou-se como base de trabalho que as cargas horárias possam variar, ao longo dos anos curriculares, de forma a adaptar os modelos de ensino à maturidade dos alunos. Se nos primeiros anos se poderá justificar um maior número de horas de contacto em detrimento das horas destinadas ao trabalho autónomo, nos anos mais avançados justifica-se um menor número de horas de contacto e um maior espaço para o desenvolvimento autónomo. Assim, considerou-se uma distribuição do tipo que a seguir se indica:

Ciclo de formação Ano Nº máximo de horas de contacto

1 22.5 2 22.5 1

3 20.0

Uma terceira vertente que foi considerada na organização do plano curricular é a que diz respeito ao regime de funcionamento que se admitiu ser semestral, à semelhança da generalidade dos cursos de engenharia informática das universidades Europeias, com as quais o IST promove intercâmbio de alunos.

No regime semestral considera-se que cada semestre terá uma duração de 14 semanas lectivas e será seguido de um período de avaliação com uma duração de 5 semanas. Este regime corresponde ao que se encontra actualmente em vigor no IST, ao qual corresponde em termos gerais:

(9)

1º semestre – Período lectivo: 2ª quinzena de Setembro a terceira semana de Dezembro; avaliações: Janeiro e 1ª semana de Fevereiro.

2º semestre – Período lectivo: 2ª quinzena de Fevereiro a 1ª semana de Junho, com interrupção de uma semana na Páscoa; avaliações: entre a 2ª semana de Junho e a 3ª semana de Julho.

Neste regime cada semestre corresponderá a 30 ECTS. Analogamente ao que sucede actualmente no IST, prevê-se a possibilidade de existência de 4 a 6 unidades curriculares a funcionar simultaneamente em cada semestre, correspondendo a uma média de 7,5 a 5 ECTS por unidade curricular, no caso de distribuição uniforme de créditos.

Contudo, a organização adoptada contemplou soluções em que coexistam unidades curriculares com diferentes exigências em termos de volume de trabalho. Assim, como forma de facilitar a partilha de unidades curriculares por diferentes planos de estudo, e de acordo com as recomendações constantes do ECTS USERS’ GUIDE1, considerou-se a hipótese de modelação das unidades curriculares nas seguintes tipologias:

UC5 – 7,5 ECTS – 210 HT UC4 – 6,0 ECTS – 168 HT UC3 – 4,5 ECTS – 126 HT UC2 – 3,0 ECTS – 84 HT UC1 – 1,5 ECTS – 42 HT

Paralelamente com a adopção de uma métrica ECTS para cada unidade curricular previu-se a forma como estas unidades curriculares previu-se poderão associar para dar origem às organizações curriculares de cada semestre.

A organização dos planos curriculares de cada um dos ciclos de estudos em engenharia informática e de computadores foi efectuada tendo como base duas métricas independentes: carga horária presencial e número de créditos ECTS. A distribuição de carga horária presencial e de créditos ECTS respeitou os limites adoptados para cada uma destas grandezas para cada semestre lectivo. Embora se devam evitar adoptar regras monolíticas de correspondência directa entre cargas horárias e créditos ECTS, na fase actual de preparação dos currículos, não existindo ainda valores medidos para o número de horas de trabalho dispendido pelos alunos, será aconselhável definir algumas correspondências entre créditos ECTS e número de horas presenciais em unidades curriculares da mesma natureza.

Nestas condições, procurou-se, para alguns tipos de aulas e de unidades curriculares, tipificar a seguinte relação possível entre carga horária e créditos2.

1

ECTS USERS’ GUIDE, Directorate-General for Education and Culture, EU, Brussels, 2005 http://europa.eu.int/comm/education/programmes/socrates/ects/guide_en.pdf.

2

Esta tipificação encontra fundamento nos cursos que são actualmente leccionados no IST. (Caracterização dos Planos Curriculares 2004/2005, GEP-IST, Agosto 2005).

(10)

Aula teórica

Neste tipo de aula considera-se que são abordados temas numa perspectiva eminentemente teórica e de natureza formativa. As matérias tratadas necessitarão de aprofundamento, desenvolvimento e prática a ser realizado pelo aluno de forma autónoma. Para este tipo de aula poderá considerar-se que por cada hora de contacto será necessário o aluno investir duas horas de trabalho extra aula.

Horas de contacto semanais Horas de contacto Horas de trabalho extra aula Horas de trabalho ECTS 1 14 28 42 1,5

Aulas práticas e/ou de laboratório, e de apoio ao projecto

Aulas onde através de resolução de problemas e/ou de programação de protótipos se comprovam ou testam conceitos já desenvolvidos. Neste tipo de aulas é executada uma componente de trabalho presencial. Em horas de trabalho extra o aluno deverá preparar os trabalhos a executar e eventualmente completar os relatórios, caso não o faça no decorrer das sessões presenciais. Para este tipo de aula estima-se que por cada hora de contacto será necessário o aluno investir uma hora de trabalho extra aula.

Em disciplinas mais avançadas, tipicamente a partir do 3º ano do primeiro ciclo e em ambos os anos do segundo ciclo, estas aulas funcionam em grande parte como aulas de apoio ao projecto. Nestes casos, a componente de trabalho que o aluno deverá executar por si é muito mais significativa, justificando uma equivalência a um número muito superior de ECTS por cada hora de contacto.

Horas de contacto semanais Horas de contacto Horas de trabalho extra aula Horas de trabalho ECTS 1 (prática/laboratório) 14 14 28 1,0 1 (apoio ao projecto) 14 42 56 2,0

A distribuição de créditos ECTS pelas diferentes unidades curriculares foi efectuada tendo em conta que não se prevêem desvios significativos no que respeita às exigências do volume de trabalho solicitado aos alunos em relação à actual formação em engenharia informática e de computadores.

Os inquéritos aos alunos que o Conselho Pedagógico do IST tem efectuado todos os semestres mostram que, em termos médios, o número total de horas dispendido para cada unidade curricular está de acordo com o número total de créditos ECTS definido pelo Processo de Bolonha.

A avaliação da carga de trabalho dos alunos em cada unidade curricular, que envolve a previsão do esforço dispendido em cada componente de avaliação (efectuada pelos docentes no início do semestre), e o reporte do esforço realmente dispendido (efectuado semalmente pelos alunos), é uma experiência piloto que está em curso e que passará a constar dos procedimentos de monitorização de qualidade do ensino da informática no IST.

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4 ORGANIZAÇÃO DO CICLO DE ESTUDOS

A formação de 1º ciclo em Engenharia Informática está centrada num Tronco Comum de 3 anos, assente em três pilares fundamentais:

• Ciências de Engenharia, que constituem a base de ciências exactas necessárias à formação dum engenheiro, onde são desenvolvidos e aprofundados os conhecimentos de nível secundário nos domínios da matemática e da física.

• Ciências da Engenharia Informática, onde se adquirem as competências fundamentais associadas aos conhecimentos de base de Engenharia Informática.

• Competências Transversais, onde se desenvolvem as aptidões não científico/tecnológicas, através da realização de actividades de natureza não académica.

A obtenção do Grau de Licenciado requer um total de 180 créditos assim distribuídos:

Distribuição dos Créditos ECTS

Ciências da Engenharia 55.5

Ciências da Engenharia Informática 117.0 Competências Transversais (Soft Skills) 7.5

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4.1 Ciências da Engenharia

As unidades curriculares que pertencem ao grupo de Ciências da Engenharia dão aos alunos uma sólida formação de base em Matemática e Física, tendo em atenção as especificidades dos cursos da área da Engenharia Informática.

A formação de base em Matemática passa a ser constituída por quatro unidades curriculares da área de Análise Linear e Álgebra e uma de Probabilidades e Estatística, complementadas pelas unidades curriculares de Matemática Discreta e Teoria da Computação. A formação em Física tem um carácter principalmente formativo, contribuindo para criar a capacidade de análise e formulação de problemas. No entanto, para um curso da área da Engenharia Informática, a formação básica em Física é de reduzida aplicação profissional imediata por comparação com outros cursos de engenharia. Por esta razão, a formação em Física consiste em duas unidades curriculares que cobrem as áreas fundamentais da física, deixando de lado as áreas mais aplicacionais.

CIÊNCIAS DA ENGENHARIA

Área Científica

Nº de créditos

Unidades Curriculares

Matemática 43.5 ÁLGEBRA LINEAR

CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL II ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS MATEMÁTICA DISCRETA TEORIA DA COMPUTAÇÃO PROBABILIDADES E ESTATÍSTICA

Física 12 MECÂNICA E ONDAS

ELECTROMAGNETISMO E ÓPTICA

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4.2 Ciências da Engenharia Informática

As unidades curriculares de formação em ciências da Engenharia Informática constituem um conjunto de matérias que deverá ser comum a todos os engenheiros informáticos. Esta formação de base cobre assim as áreas do conhecimento que qualquer engenheiro informático deve dominar para ter a capacidade de analisar, equacionar e resolver problemas da área da informática.

Esta consiste numa formação sólida nas plataformas infraestruturais dos sistemas informáticos (5 unidades curriculares) combinada por um número compreensivelmente significativo de unidades curriculares da área científica de Metodologia e Tecnologia da Programação (6 unidades curriculares), em linha com as actuais recomendações do ACM. Por outro lado, a ligação a áreas aplicacionais (Computação Gráfica e Multimédia, Inteligência Artificial, Sistemas de Informação, Sistemas e Sinais) vem dar os complementos necessários à formação de engenheiro informático.

CIÊNCIAS DA ENGENHARIA INFORMÁTICA

Área Científica

Nº de créditos Unidades Curriculares

Arquitectura e Sistemas Operativos 25,5 SISTEMAS DIGITAIS ARQUITECTURA DE COMPUTADORES SISTEMAS OPERATIVOS SISTEMAS DISTRIBUÍDOS Computação Gráfica e Multimédia 13.5 COMPUTAÇÃO GRÁFICA INTERFACES PESSOA-MÁQUINA

Inteligência Artificial 13.5 LÓGICA PARA PROGRAMAÇÃO

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Metodologia e Tecnologia da Programação

39 INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO

ALGORITMOS E ESTRUTURAS DE DADOS PROGRAMAÇÃO COM OBJECTOS

ANÁLISE E SÍNTESE DE ALGORITMOS COMPILADORES ENGENHARIA DE SOFTWARE Decisão e Controlo/Controlo, Automação e Robótica 6.0 SISTEMAS E SINAIS *

Redes 6.0 REDES DE COMPUTADORES

Sistemas de Informação 13.5 BASES DE DADOS MODELAÇÃO

* Partilhada entre DEEC e DEM Total de Créditos = 117

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4.3 Competências transversais

A aquisição de competências transversais é suportada por um conjunto de unidades curriculares de natureza específica, sendo também fortemente encorajada a utilização de métodos de aprendizagem inovadores nas unidades curriculares tradicionais, que favoreçam o desenvolvimento de capacidades não científico/tecnológicas.

De acordo com o estipulado pela Comissão Coordenadora do Conselho Científico do IST, as competências de natureza tranversal devem totalizar no mínimo 15 créditos ECTSs na totalidade dos dois ciclos de formação, com um número mínimo de 6 ciclos em cada um. Assim, propõe-se que no primeiro ciclo os alunos adquiram 7,5 créditos ECTSs em competências transversais que serão obtidos através da frequência da unidade curricular de Gestão e de duas unidades curriculares de Portfolio Pessoal. A componente de Gestão e Economia é importante, dada a necessidade crescente de interligar a componente técnica com a componente de gestão na área da informática

O Portfolio Pessoal, fortemente recomendado pelo mundo profissional, pretende estimular o estudante a aprender, de forma diversificada, um conjunto de conhecimentos e a adquirir várias competências sociais, culturais, comportamentais, científicas e tecnológicas, profissionais, etc., as quais serão listadas, documentadas, avaliadas e reconhecidas pela Escola, e oficialmente inseridas no seu Portfolio Pessoal.

Para além de actividades não programadas pela Escola, prevê-se a possibilidade dos alunos frequentarem módulos de comunicação oral e escrita e/ou módulos de Inglês Técnico, caso o IST tenha capacidade para os disponibilizar, e o aluno necessidade e interesse na sua frequência.

.

COMPETÊNCIAS TRANSVERSAIS

Área Científica

Nº de créditos Unidades Curriculares

Gestão e Economia 4.5 GESTÃO

Outras competências 3.0 PORTFOLIO I

PORTFOLIO II

Total de Créditos = 7.5

4.4 Frequência de disciplinas extra-curriculares

Para além das disciplinas constantes no currículo obrigatório, alunos inscritos na licenciatura poderão frequentar disciplinas extra-curriculares em áreas de especialidade da engenharia informática, até um máximo de 45 ECTS. A inscrição em unidades extra-curriculares, explicitamente identificadas como disciplinas opcionais nas fichas curriculares elaboradas anualmente, estará sujeita às regras para inscrições em vigor no IST. O valor dos créditos ECTS correspondentes à frequência destas unidades extra-curriculares não será contabilizado para efeito de cumprimento de nenhuma das componentes obrigatórias do 1º ciclo.

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4.5 Alterações face à licenciatura existente

O tronco comum mantém em grande parte a estrutura da actual LEIC com as alterações introduzidas pelo documento aprovado pelo IST.

Também em concordância com o estudo efectuado das Licenciaturas congéneres e do currículo recomendado pelo ACM foram reforçadas:

• A área de Modelação de Sistemas Informáticos, • A área de Programação em Lógica.

Assim, a actual proposta de adequação considera a introdução de duas novas unidades curriculares, uma de Lógica para Programação e outra de Modelação, passando para o 2º Ciclo parte da matéria de Representação de Conhecimento e desaparecendo a actual disciplina de Representação de Conhecimento no 1º Ciclo.

Esta adequação contempla ainda diversas recomendações que resultaram do processo de avaliação das licenciaturas, levado a cabo a nível nacional. Em particular, foram tomadas em linha de conta explicitamente a recomendação de reforçar a formação humanista dos alunos e de desenvolvimento pessoal dos alunos, mantendo formação essencial na área da gestão.

4.6 Estrutura Curricular do 1º Ciclo

Tendo em conta o que foi exposto, a proposta para estrutura curricular para o 1º ciclo é apresentada na Figura 1 e na Tabela 1.

1º Ano/ 1º Semestre CDI I 6 ECTS ALG 6 ECTS TC 6 ECTS FP 6 ECTS SD 6 ECTS 1º Ano / 2º Semestre CDI II 7,5 ECTS MecOndas 6 ECTS MD 4,5 ECTS IAED 6 ECTS AC 6 ECTS 2º Ano / 1º Semestre ACED 7,5 ECTS ElectroOptica 6 ECTS Gest 4,5 ECTS SO 6ECTS PO 6 ECTS 2º Ano/ 2º Semestre PE 6ECTS Sistemas Sinais 6 ECTS Log. Program. 6 ECTS Compiladores 6 ECTS CG 6 ECTS 3º Ano/ 1º Semestre Redes 6 ECTS IA 7,5 ECTS BD 7,5 ECTS IPM 7,5 ECTS Portfolio 1,5 ECTS 3º Ano/ 2º Semestre Sist. Distrib. 7,5 ECTS Eng, Software 7,5 ECTS ASA 7,5 ECTS Modelação 6 ECTS Portfolio 1,5 ECTS

Figura 1 – Estrutura Curricular para o 1º ciclo (LEIC) Soft-skills Ciências da Engenharia

(DM, DF) Ciências da Eng. Informática (DEI) Ciências da Eng. Informática

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1º ANO

ECTS ECTS

Cálculo Diferencial e Integral I 6 Cálculo Diferencial e Integral II 7.5

Álgebra Linear 6 Matemática Discreta 4.5

Teoria da Computação 6 Mecânica e Ondas 6

Fundamentos de Programação 6

Introdução aos Algoritmos e Estruturas de

Dados 6

Sistemas Digitais 6 Arquitectura de Computadores 6

Total 30 Total 30

2º ANO

ECTS ECTS

Análise Complexa e Equações Diferenciais 7.5 Probabilidades e Estatística 6

Gestão 4.5 Sistemas e Sinais 6

Electromagnetismo e Óptica 6 Lógica para Programação 6

Sistemas Operativos 6 Compiladores 6

Programação com Objectos 6 Computação Gráfica 6

Total 30 Total 30

3º ANO

ECTS ECTS

Redes de Computadores 6 Sistemas Distribuídos 7.5

Inteligência Artificial 7.5 Análise e Síntese de Algoritmos 7.5

Bases de Dados 7.5 Engenharia de Software 7.5

Interfaces Pessoa-Máquina 7.5 Modelação 6

Portfolio I 1.5 Portfolio II 1.5

Total 30 Total 30

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REFERÊNCIAS

[ABET 2003] Criteria for Accrediting Computing Programs, ABET, November 2003.

http://www.science.purdue.edu/faculty_staff/committees/undergrad_task_force/articles/A BET%20CAC%20Criteria%20200405.pdf

[ICT 2001] Curriculum Development Guidelines, Career Space, 2001. http://www.career-space.com

[CC 2005] Computing Curricula 2005 – The Overview Report, including The Guide to the Undergaduate Degrees in Computing, A cooperative Project of ACM, AIS, IEEE-CS, April 2005.

http://www.acm.org/education/curricula.html#CC2005

[LB2005] Libro Blanco, Título de grado en inginiería informatíca, Agencia Nacional de Evaluatión de Calidad y Acreditación, 2005

[DEI 2002] DEI 2010: Proposta de Reestruturação das Licenciaturas no domínio da Informática, Departamento de Engenharia Informática, 2002.

Referências

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