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Nome: Nº: Turma: Português. 3º ano Gabarito da LT Wilton Maio/10. Diogo Mainardi - Veja. Mister maker

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Academic year: 2021

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Diogo Mainardi - Veja Mister maker

Mister Maker tem um programa no Discovery Kids. Ele ensina a pintar coelhos e paisagens marinhas usando materiais insólitos como balas de goma, embalagens de ovos e tampinhas de garrafa. Vik Muniz é o Mister Maker do MoMA. Ele reproduz a Mona Lisa com pasta de amendoim e a Última Ceia com calda de chocolate. Em vez de ganhar um programa no Discovery Kids, ele tem suas obras compradas pelo Museu de Arte Moderna de Nova York.

Aleijadinho? Portinari? Hélio Oiticica? Lygia Clark? Ninguém é páreo para Vik Muniz. Ele é o artista brasileiro mais festejado de todos os tempos. Ele está para a arte brasileira assim como Leonardo da Vinci está para a arte italiana. O que já diz tudo sobre a arte brasileira. Vik Muniz valorizou as técnicas mais desprezadas da história da arte: a cópia e o trompe-l’oeil. Primeiro, ele copia, fotografando. Em seguida, reconstrói a imagem colando sobre ela elementos de uso cotidiano, como molho de tomate, geleia de amora e soldadinhos de plástico, em forma de mosaico. O resultado se assemelha às telas de Arcimboldo, o pintor maneirista que compunha figuras humanas a partir de legumes, frutas e livros. Além de ser o Mister Maker do MoMa, Vik Muniz é o Arcimboldo cearense. O Arcimboldo pau de arara.

Nos últimos anos, os artistas brasileiros se espalharam por museus e galerias dos Estados Unidos e da Europa. Vik Muniz é o mais popular de todos. Mas há outros na cola dele. Em particular: Cildo Meireles, Beatriz Milhazes e Ernesto Neto. Inicialmente, eles eram patrocinados pelo Banco Santos, do fraudador Edemar Cid Ferreira. Assim como as mulheres dos deputados, os artistas brasileiros iam a Veneza, Berlim ou Nova York com todas as despesas pagas pelos contribuintes. Agora isso mudou. Eles ganharam o mercado mundial. Em 1891, Paul Gauguin abandonou Paris e foi retratar os selvagens no Taiti. Um século depois, os artistas brasileiros percorreram o caminho inverso: eles representam os selvagens do Taiti indo retratar Paul Gauguin em Paris. Vik Muniz é aquela taitiana com o seio de fora. Ele é aquela taitiana de cócoras. Ele é aquela taitiana segurando uma fatia de melancia.

A meta de Vik Muniz é “romper a hierarquia da arte”. É o que ele faz quando pendura uma cópia de Rafael ao lado de uma cópia de Bosch. O mesmo discurso populista e popularesco é estendido ao público de suas obras. Segundo ele, tanto faz se o espectador é um curador de arte ou um bilheteiro. Vik Muniz sempre diz que é um produto do Brasil. E é mesmo. Nós rompemos

3º ano

Gabarito da LT Maio/10

Nome:

Nº:

Turma:

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a hierarquia das ideias, dos valores, dos gostos, dos costumes, das leis. Os outros fizeram a Mona Lisa. Nós a lambuzamos com pasta de amendoim. (Revista Veja. São Paulo: Abril. 13 de maio de 2009)

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a) Explique o seguinte fragmento do texto de Mainardi, enfatizando o aspecto destacado: “Ele está para a arte brasileira assim como Leonardo da Vinci está para a arte italiana. O que já diz tudo sobre a arte brasileira.”

A resposta que valerá nota máxima (2 pontos) deve conter os seguinte elementos:

O renascentista Leonardo da Vinci é considerado por especialistas e pela opinião pública um dos mais importantes artistas de todos os tempos e símbolo maior da arte italiana. De maneira irônica, Mainardi acusa Vik Muniz, o artista brasileiro mais importante da atualidade, de ser o “Mister Maker do MoMA” por reproduzir com “pasta de amendoim” e “calda de chocolate” obras de arte consagradas do artista italiano mais célebre. Dessa forma, a arte brasileira, representada pelo seu melhor artista, seria muito ruim, pois é produzida a partir das “técnicas mais desprezadas da história da arte” e se utiliza da cópia. Para Mainardi, da Vinci criou genialidades como Mona Lisa e a Última Ceia, e a arte brasileira, entretanto, criou cópias ruins delas.

Nota 1,5:

O aluno compara da Vinci a Muniz, mas não explica que o primeiro é inegavelmente um gênio, enquanto o segundo copia obras a partir das “técnicas mais desprezadas da história da arte”.

Nota 1,0:

O aluno aborda em detalhes o que caracteriza a obra de Muniz (segundo Mainardi, cópia produzida a partir das “técnicas mais desprezadas da história da arte”), mas não o compara à grandiosidade de da Vinci.

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b) A que célebre artigo sobre arte podemos associar o texto de Diogo Mainardi? O que sustenta essa relação?

Nota 2,0

Podemos associar o texto de Mainardi ao artigo “Paranoia ou mistificação”. Essa relação se sustenta pelo fato de Monteiro Lobato ter criticado, por meio da obra da brasileira Anita Malfatti, as vanguardas europeias e Mainardi criticar, a partir da obra de Vik Muniz, toda a arte brasileira.

Nota 1,5

Não mencionou o nome do artigo de Lobato, mas explicou a relação.

Nota 1,0

Mencionou o nome e explicou precariamente a relação.

Nota 0,5

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c) Os procedimentos artísticos utilizados por Vik Muniz se assemelham àqueles adotados por um grupo da vanguarda do início do século XX. A que grupo se refere a afirmativa? Por quê?

Nota 2,0

A afirmativa se refere aos dadaístas (ou grupo dadaísta ou Dadaísmo). Tal qual os simpatizantes desse grupo, Vik Muniz se utiliza de materiais “improváveis” do cotidiano para criar suas obras. (Ou desloca materiais do cotidiano para o contexto da arte – “ready-made”). Dessa forma, numa postura semelhante àquela adotada pelos dadaístas, questiona o conceito de obra-prima e de arte.(Este último parágrafo é dispensável).

Nota 1,5

Não mencionou o nome da vanguarda, mas explicou a afirmação. Nota 1,0

Mencionou o nome da vanguarda e explicou precariamente a afirmação. Nota 0,5

(10)

O poema abaixo, de Adélia Prado, é a base para as próximas duas questões:

Ensinamento

Minha mãe achava estudo a coisa mais fina do mundo. Não é.

A coisa mais fina do mundo é o sentimento. Aquele dia de noite, o pai fazendo serão, ela falou comigo:

“Coitado, até essa hora no serviço pesado.”

Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente. Não me falou em amor.

Essa palavra de luxo.

PRADO, Adélia. Bagagem. 4ª ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1986, p. 124. a) Que palavra do poema melhor sintetiza seu título? Justifique sua

escolha.

Nota 2,0

A palavra “sentimento”, que rima com o título, ensinamento, (menção desnecessária) ocupa o centro semântico do poema. O “ensinamento” pode ser assim resumido: não é o “estudo” e não são as palavras “de luxo” que ele propicia – palavras como “amor” – que constituem a “coisa mais fina do mundo”, ou seja, o bem mais desejável da vida. O bem maior é o “sentimento”, revelado em atitudes simples como a relatada no

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Nota 1,5

Mencionou a palavra, mas justificou de maneira precária.

Nota 1,0

Mencionou uma outra palavra e houve uma tentativa de justificativa. (Como “amor”, por exemplo e justificou de forma consistente)

b) O poema revela traços psicológicos que permitem a caracterização da mãe do eu lírico. Que verso é mais apropriado para que se comprove essa afirmação? Justifique sua escolha, valendo-se, também, de outras partes do texto.

O verso que corresponde à fala da mãe – “Coitado, até essa hora no serviço pesado” - é o mais apto a defini-la: uma mulher amorosa e compassiva, dotada de fineza de sentimentos, como se comprova no fato de, sendo pessoa simples, prezar o que há de “mais fino”, e, sendo pessoa de pouca instrução, prezar o “estudo”. Portanto, o texto nos sugere uma pessoa de sentimentos finos, amorosa e compassiva.

Alguns alunos podem citar os versos “Minha mãe achava estudo/ a coisa mais fina do mundo” ou “Não me falou em amor”. Observem, por favor, se conseguem justificar isso de maneira coerente.

Critérios de correção Descontar:

0,10 – incorreção ortográfica. 0,20 – resposta sem introdução. 0,10 – palavras ilegíveis.

0,10 – transcrições sem aspas.

0,20 – respostas em que apareçam conjunções inapropriadas. 0,20 – nomes próprios escritos com letra minúscula.

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