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DECLARAÇÃO DE BELÉM. Conclusões e recomendações do Workshop Mogno Ilegal Nunca Mais. DOCUMENTO FINAL 17 de JUNHO 2002

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DECLARAÇÃO DE BELÉM

Conclusões e recomendações do Workshop ‘Mogno Ilegal Nunca Mais’ DOCUMENTO FINAL – 17 de JUNHO 2002

A exploração, o transporte e a comercialização do mogno brasileiro (Swietenia macrophylla, King) estão suspensos em todo o país desde outubro de 2001, em decorrência da Instrução Normativa 17, editada pelo IBAMA. Logo depois da medida, vistorias em 11 dos 12 PMFS de mogno que contemplam a espécie mogno no Pará, realizadas por comissão multi-institucional composta por técnicos do IBAMA-Pará, Ibama-Maranhão, SECTAM, Embrapa, FCAP e PNUD/DF, apontaram 4 projetos que poderiam ser considerados aptos, ou se tornarem aptos, desde que se adequem à legislação florestal brasileira. A esses se somam dois projetos não vistoriados no Mato Grosso. Face às irregularidades encontradas nos projetos de mogno e às enormes apreensões de madeira ilegal realizadas entre outubro e novembro (cerca de 26 mil metros cúbicos), durante a Operação Mogno, o Ibama editou a Instrução Normativa 22, de 05 de dezembro de 2001, mantendo as suspensões determinadas pela IN 17 e criando condicionantes para a retomada da exploração da espécie, entre elas a certificação.

Empresas exportadoras recorreram à Justiça, obtendo liminares para garantir o cumprimento de contratos de venda. O Ibama recorreu das decisões de juízes de primeira instância, ganhando em alguns casos e perdendo em outros. A questão foi parar nas instâncias superiores da Justiça e está longe de terminar.

Forçado por decisão judicial a autorizar exportações, o Ibama também foi obrigado a emitir Certificados Cites - já que esses documentos são exigência obrigatória na exportação de mogno desde 1998, quando o Brasil inscreveu a espécie no Anexo III da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Ameaçadas de Extinção (Cites). Como o certificado Cites é, por definição, um certificado de origem, criou-se uma anomalia jurídica: o Ibama, autoridade Cites no Brasil, se viu forçado a emitir certificados que “atestam” a origem (portanto a “legalidade”) do mogno – o mesmo mogno que a instituição considera ilegal ou suspeita de ser ilegal ao recorrer à Justiça contra as empresas exportadoras.

A esdrúxula situação jurídica no Brasil levou a União Européia a recomendar a retenção de todo o mogno brasileiro que desembarque na Europa. Há mogno retido na Alemanha, na Holanda e na Bélgica. O governo americano, a pedido do governo brasileiro, também determinou a retenção dos carregamentos em seus portos até obter maiores esclarecimentos sobre a origem – legal ou não – do mogno exportado para aquele país. O mercado – pelo menos para o mogno exportado como tal, e não disfarçado de outra espécie, está praticamente paralisado.

Essa paralisação do mercado e as declarações de boas intenções não significam que o mogno brasileiro estará protegido a partir de agora, e que será explorado e comercializado apenas por empresas “sérias”. Ao contrário, as enormes evidências de exploração e comércio ilegais de mogno demostraram que a atual legislação florestal, a estrutura inadequada de monitoramento, e os mecanismos de controle do mercado são insuficientes para garantir o respeito à Lei, a preservação comercial da espécie e o manejo ecologicamente correto do mogno.

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É bom lembrar que a moratória que proibiu novos projetos de exploração mogno (decreto-lei 3559), acaba no dia 14 de Agosto de 2002. Desde sua entrada em vigor, em 1996, até hoje, nenhum fato novo ocorreu que justificasse o seu fim:

O inventário dos estoques comerciais realmente existentes na floresta não foi feito;

a ilegalidade na exploração e no comércio de madeira sem origem continua;

a estrutura de análise de projetos, de monitoramento, fiscalização e controle da exploração se mantém inadequada;

ainda não há dados científicos conclusivos sobre regeneração comercialmente viável e ecologicamente correta das áreas exploradas, embora as pesquisas em curso sejam promissoras. Os resultados dessas pesquisas certamente irão nortear decisões futuras quanto ao fim da moratória e sua substituição por outros mecanismos.

A única novidade desde a edição do decreto-lei 1963, de 25 de Julho de 1996, que instituiu a moratória (posteriormente renovada pelos decretos-lei 2687, de 27 de Julho de 1998, e 3559, de 14 de Agosto de 2000) foi a institucionalização da certificação independente através do Conselho de Manejo Florestal (FSC). Este selo tem recebido a adesão de produtores e consumidores e conta com o aval de entidades da sociedade civil preocupadas com a preservação e com o uso sustentável dos recursos florestais. No entanto, dos PMFS de mogno existentes, apenas um tem compromisso com a certificação FSC (o projeto Xicrim).

Tendo como marco os fatos relatados acima, pesquisadores, autoridades ambientais, Organizações não-governamentais, empresários e especialistas reuniram-se em Belém, no dia 06 de Maio de 2002, no workshop “Mogno Ilegal Nunca Mais”, promovido pelo Greenpeace. O objetivo do encontro foi debater a situação do mogno, a ecologia da espécie e as soluções necessárias para que a exploração possa ser retomada de forma ecologicamente responsável, socialmente adequada e economicamente viável. O presente documento sintetiza as recomendações resultantes do workshop. A lista dos participantes está no anexo 1.

1. PROPOSTAS PARA O PERÍODO DE TRANSIÇÃO

Os participantes do workshop consideram que a transição do atual modelo baseado no desrespeito à Lei e na exploração predatória para um sistema regulado pelo governo, transparente e auto-sustentável vai exigir mudanças de caráter permanente e a cooperação de todos os setores envolvidos – governo, empresários, madeireiros, comerciantes, consumidores, técnicos, pesquisadores, legisladores, entidades ambientalistas, comunidades afetadas, Poder Judiciário e representantes da sociedade civil organizada.

1.1. Os participantes do Workshop se comprometem com a criação de um GRUPO TÉCNICO

DO MOGNO, que tem como objetivos:

• Propor e revisar diretrizes para a exploração do mogno;

• Revisar os Planos de Manejo existentes e prestar apoio técnico a produtores.

Nota: o Grupo Técnico do Mogno terá como embrião o núcleo reunido neste workshop de Belém.

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1. 2. Para assessorar o IBAMA, empresários e entidades envolvidas, os participantes do Workshop recomendam a constituição de um NÚCLEO JÚRÍDICO, cuja composição e mandato serão posteriormente discutidos.

1. 3. Os participantes do Workshop, conscientes da realidade financeira de governos, empresas e entidades envolvidas, sugerem a criação de um FUNDO DE CONVERSÃO PARA O MANEJO

ECOLOGICAMENTE SUSTENTADO DO MOGNO.

Tal fundo seria constituído por recursos provenientes da comercialização do estoque atual de mogno serrado e laminado ilegais, que estão embargados no Brasil. Esses produtos, confiscados pelo governo, seriam objeto de um Termo de Ajuste de Conduta entre revendedores e Ibama, com a interveniência de entidades membros do GRUPO TÉCNICO DO MOGNO, outras instituições governamentais e entidades de classe, e a Justiça.1

2. CONDICIONANTES PARA A RETOMADA DA EXPLORAÇÃO:

• Apenas os PMF já existentes e em condições de adequar à legislação devem ser considerados pelo IBAMA caso a atividade exploratória venha ser retomada em 2002. • Os planos a serem considerados pelo IBAMA, mencionados acima, precisam passar por

uma profunda revisão – de projeto e nas áreas de exploração. 2

• Para que essa revisão seja feita de forma adequada, o IBAMA e os detentores dos PMF deverão tornar acessíveis e transparentes os planos de manejo e os dados para verificação do volume de produção estimada para a safra de mogno do corrente ano. • As entidades e pesquisadores participantes do workshop se dispõem a revisar projetos,

prestar apoio técnico e auxiliar empresários que se comprometam com o fim da exploração ilegal e predatória do mogno.

2.1. As empresas exploradoras precisam:

• Conhecer projetos de manejo madeireiro certificado pelo FSC;

• Discutir, de forma transparente, os problemas que enfrentam para cumprir as metas de seus atuais planos de manejo;

• Buscar apoio para a solução desses problemas junto ao Grupo Técnico do Mogno;

• Colaborar com auditoria independente em seus PMF, para identificação de problemas e encaminhamento de soluções adequadas;

1 O NÚCLEO JURÍDICO vai analisar a adoção de mecanismo similar para a madeira em tora confiscada pelas autoridades ambientais e

propor alternativas ao governo.

2 Planos de manejo com volumes de madeira comercial super-dimensionados têm sido prática comum, comprometendo a credibilidade

de todo o setor que explora o mogno. Some-se a isso o fato de que as vistorias realizadas pelo IBAMA não permitem, em geral, a comparação adequada entre os dados apresentados nos planos operacionais anuais (censo) e a realidade na floresta tanto na fase anterior à exploração quanto após o corte. A vistoria que antecedeu a Instrução Normativa 22 não incluiu a checagem real das árvores extraídas da área supostamente manejada.

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• Implantar cadeia de custódia, ainda este ano, de forma a possibilitar a verificação da origem da madeira tanto por compradores quanto por autoridades ambientais e pelo Grupo Técnico do Mogno;

• Assumir compromissos com certificação independente pelo FSC que sejam legalmente aferíveis, ou seja, através de Termos de Ajuste de Conduta registrados em instâncias legais.

2.2. As empresas compradoras e revendedoras de mogno precisam:

• Tornar transparente a cadeia de custódia do mogno que comercializam, de forma a auxiliar autoridades ambientais a verificar a origem dos produtos exportados ou vendidos no mercado interno;

• Comprometer-se a não comercializar madeira de origem incerta ou ilegal e a eliminar de sua lista de fornecedores aqueles que não respeitem essa determinação;

• Apoiar produtores em seu esforço pela mudança nos parâmetros de manejo e industrialização.

3. DEMANDAS PARA O GOVERNO BRASILEIRO:

1. Apoiar as propostas para o período de transição mencionadas no item 1; 2. Fortalecer a estrutura técnica, de monitoramento e de fiscalização do Ibama; 3. Renovar a moratória existente para novos projetos de mogno até que:

• Seja realizado o inventário dos estoques de mogno de acordo com metodologias cientificamente aceitáveis e com participação de grupos independentes reconhecidamente envolvidos na questão. O inventário do mogno deve ser

iniciado no mais tardar em 2003;

• Mecanismos confiáveis de controle sejam estabelecidos, incluindo auditorias independentes por profissionais externos ao IBAMA;

• Nova legislação específica para planos de manejo de mogno seja adotada considerando pesquisas publicadas recentemente, e as propostas do GRUPO DE ECOLOGIA E MANEJO mencionadas abaixo.

4. Apoiar a listagem do mogno no anexo II da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e Flora Ameaçadas de Extinção (Cites).3

3

A listagem, pelo Brasil, do mogno no anexo III da Cites em 1998 demonstrou-se ineficaz para garantir a origem legal do mogno comercializado, a transparência do mercado, a sustentabilidade dos projetos exploratórios e da própria espécie. Uma das razões é que o anexo III é unilateral e não implica compromissos firmes de outros países produtores, o que dificulta o controle efetivo por parte do mercado e dos países produtores e consumidores, além da própria CITES. Já o Anexo II não impede o comércio da espécie, mas envolve dois componentes importantes:

a) todos os países produtores e consumidores são obrigados com a listagem;

b) autoridades científicas dos países produtores são envolvidas no processo e atestam que a produção e o comércio não afetam a sobrevivência da espécie.

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5. Modificar a legislação florestal para a exploração de espécies raras (com baixa densidade de ocorrência) como o mogno de forma a garantir seu manejo ecologicamente sustentável e economicamente viável, bem como socialmente justo.

4. SOBRE ECOLOGIA E MANEJO DO MOGNO:

O mogno deve ser considerado em seu status atual na paisagem, como espécie de baixa densidade; que tem a mesma distribuição do Arco do Desmatamento; tem altíssimo valor econômico e corre o risco de extinção comercial.

Os participantes do workshop fazem as seguintes recomendações:

Planos de Manejo: Os planos de manejo com a ocorrência da espécie devem considerar as

diferentes situações de ocorrência do mogno, em situações de densidade entre muito raras e não tão raras (densidades baixas e não tão baixas);

Manutenção da capacidade reprodutiva e a estrutura genética: Nas áreas de uma

propriedade, na escala da paisagem, além das remanescentes deve ser reservado um percentual da área intacta como testemunha ou reserva genética para garantir perpetuação da espécie (produção de sementes);

Extração de maneira sustentável: O ciclo de corte deve ser baseado em estimativas precisas

locais, e deve variar com a taxa de crescimento verificado no local. O diâmetro mínimo de corte deve ser acima de 55 cm. Critérios de seleção de matrizes devem considerar a variação de baixa a alta densidade, de acordo com a variação das populações da espécie na área de ocorrência. Quando a densidade da população apresentar-se muito baixa, serão escolhidos conjuntos de matrizes onde a polinização ocorre, considerando-se o tamanho adequado das matrizes para garantir a produção de sementes;

Regeneração: Como a regeneração natural do mogno normalmente é baixa na Amazônia

Brasileira, deve-se aumentar o número de plântulas, com a implantação de material genético proveniente de um número adequado de matrizes do próprio local. Para manejar a regeneração natural e plantada, deve-se fazer monitoramento periódico e adotar tratamentos silviculturais que promovam o estabelecimento e o crescimento dessa regeneração;

Área de Preservação Permanente: em ocorrendo o mogno à beira de rios lagos e igarapés, a

Legislação vigente deve ser respeitada. No caso das grotas mais íngremes, estas devem ser incluídas como APPs;

Censo: Para se conhecer o potencial de utilização da espécie não só para o primeiro corte, como

também para servir de base para os ciclos futuros, deve-se fazer o censo para o mogno a partir de > 20 cm dap e a amostragem dos indivíduos da regeneração deve ser de 0 a 20cm.

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ANEXO 1 – LISTA DE PARTICIPANTES

Reunião inter-institucional “Mogno Ilegal Nunca Mais” LISTAGEM DOS PARTICIPANTES QUE DEBATERAM ESTE DOCUMENTO

Anadilza Maria Valente Baima - Engenheira Florestal, mestre em Ciências Florestais pela Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (FCAP) em outubro de 2001. Trabalhou com silvicultura e manejo de mogno em florestas exploradas na região de Marabá e Rio Maria (PA) e como pesquisadora com o grupo de manejo florestal da EMBRAPA - Amazônia Oriental de 1996 a 2000. Consultora na "Operação Amazônia Fique Legal” em 2001 através do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD), atualmente participa do projeto da Conservation International (CI) intitulado “Análise da Situação da População e Oportunidades de Conservação de Swietenia macrophylla King, Meliaceae, (Mogno Brasileiro) na América Latina”.

Cláudia Azevedo-Ramos - Doutora em Ecologia pela Universidade de Campinas (UNICAMP). Pesquisadora do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade Federal do Pará e pesquisadora associada do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). Área de atuação: impacto da exploração madeireira sobre a fauna e bioindicadores de alterações ambientais.

Jimmy Grogan - Pós-Doctor associado a Yale School of Forestry & Environmental Studies. Pesquisador visitante do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON), onde desenvolve pesquisas sobre a regeneração natural de mogno no sudeste do Pará desde 1995. Atualmente, é consultor de um projeto de pesquisa que visa testar diferentes modelos de manejo para mogno e espécies de alto valor comercial no Acre. O projeto é desenvolvido pelo Imazon em cooperação com o governo do Acre/FUNTAC, Ministério do Meio Ambiente (MMA), Fundação Floresta Tropical e WWF (Fundo Mundial para a Natureza). José do Carmo Alves Lopes - Pesquisador da Embrapa - Amazônia Oriental, com mestrado em Ciências Florestais. Líder do projeto “A Ecologia e Silvicultura do Mogno (Swietenia macrophylla King)” e coordenador do subprojeto “Ecologia da regeneração natural, estrutura e potencialidade do mogno”, em parceria com os pesquisadores Tim Whitmore - Cambridge University; Nick Brown e Steve Jennings - Oxford University. Atualmente faz parte do projeto DENDROGENE, no qual investiga a dinâmica de plântulas de diferentes grupos ecológicos, visando dar um maior suporte ecológico para o manejo florestal em áreas de florestas primárias da Amazônia.

Kemel Amim Bittencourt Kalif - Engenheiro Agrônomo com mestrado em zoologia, assistente de pesquisa do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e atual representante desse instituto na Comissão de Licenciamento Ambiental na Amazônia, do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Tem artigos publicados sobre impactos da exploração madeireira sobre a fauna e participação em reuniões públicas sobre processos de certificação florestal.

Marilyn D. Loveless - Professora de Biologia do College of Wooster, Ohio, EUA, com especialização em ecologia e genética de árvores tropicais. Trabalhou com mogno na Bolívia, Porto Rico e Brasil, investigando a estrutura genética e florescimento da espécie, em colaboração com Ted Gullison e Jimmy Grogan. Passou o último ano como cientista visitante na CPATU/EMBRAPA em Belém (PA), trabalhando no projeto DENDROGENE.

Marcelo Marquesini - Engenheiro florestal formado pela Universidade Federal de Lavras (MG), mestre em ciências florestais pela Universidade de São Paulo (USP), trabalha há 10 anos com manejo e silvicultura de florestas tropicais. Campaigner do Greenpeace há 3 anos, realiza análises e elabora relatórios técnicos sobre manejo florestal e madeira ilegal na Amazônia. É também membro do Conselho Diretor da Iniciativa Brasileira do FSC – Forest Stewardship Council.

Milton Kanashiro - Doutor em genética florestal pela Universidade da Carolina do Norte, EUA, é pesquisador da Embrapa - Amazônia Oriental. Com mais de 20 anos de experiência na Amazônia, é atualmente coordenador do projeto “DENDROGENE – Conservação genética em florestas manejadas”, que tem por objetivo avaliar os impactos do manejo florestal na variabilidade genética das espécies exploradas.

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Nilma Maria Sarmento Macedo - Engenheira florestal, servidora pública do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) desde 1984. Trabalhou com unidades de conservação (FLONA Tapajós/PA e FLONA de Chapecó/SC). Em Belém (PA), trabalhou no Núcleo de Unidades de Conservação, onde é coordenadora da Divisão Técnica (DITEC) desde janeiro de 2001. Vem acompanhando os problemas relacionados aos Planos de Manejo e cadeia de comercialização do mogno.

Paulo Adário – Coordenador internacional da Campanha Amazônia, do Greenpeace, instituição na qual trabalha desde 1992. Autor de artigos e relatórios sobre certificação e exploração predatória de produtos florestais, com estudos de campo e palestras em diversos países sobre madeira ilegal e exploração predatória. Atua na questão do mogno desde 1995.

Paulo Barreto - Mestre em Ciências Florestais pela Yale School of Forestry & Environmental Studies, EUA. Pesquisador e diretor executivo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON), tem publicado nos últimos 12 anos vários artigos sobre: a economia e impactos da exploração de madeira na Amazônia, política e manejo florestal.

Paulo Contente de Barros - Professor-Doutor do Departamento de Ciências Florestais da Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (FCAP), onde foi diretor entre 1996 e 2000. Possui vários trabalhos científicos publicados, dentre os quais o “Diagnóstico da área de ocorrência e estimativa dos estoques de mogno na Amazônia brasileira”.

Paulo Kageyama - Engenheiro agrônomo pela Escola Superior de Agronomia da USP (ESALQ-USP). Mestre e Doutor em genética de plantas pela USP. Pós-doutorado em Genética de Populações em Raleigh-N.C., EUA. Faz parte do Grupo de Especialistas da FAO-Roma para conservação genética florestal. Estuda desde 1980 a genética de populações naturais (diversidade genética, endogamia, sistema reprodutivo e fluxo gênico) de espécies arbóreas tropicais nativas da Mata Atlântica e da Amazônia, visando sua conservação genética e uso sustentável. Na pesquisa aplicada desde 1988, trabalha com restauração de áreas degradadas.

Rogério Gribel - Engenheiro Florestal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), mestre em ecologia vegetal pela Universidade de Brasília (UnB) e PhD em Ciências pela Universidade de St Andrews, no Reino Unido. Trabalha há 15 anos como pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), em Manaus. É atualmente chefe da Coordenação de Pesquisas em Botânica dessa instituição. Os projetos que coordena e suas linhas de pesquisa são sobre ecologia, reprodução e genética de espécies florestais nativas.

Steve Jennings - Doutor pela Universidade de Oxford, Inglaterra, pesquisou o comportamento de plântulas de espécies arbóreas depois da perturbação do dossel na floresta Amazônica. Produziu a pesquisa “A Ecologia e Silvicultura do Mogno, no estado do Pará, Brasil”. Desde agosto de 2001, trabalha no 'ProForest', empresa especializada em pesquisa sobre políticas florestais. Atualmente, desenvolve ferramentas para a identificação e manejo de Florestas de Alto Valor para Conservação.

Tasso Rezende de Azevedo - Engenheiro florestal, auditor líder para certificação florestal, ex-secretário-executivo e atual coordenador do Núcleo Amazônico do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (IMAFLORA). Membro de vários grupos de trabalho do Conselho de Manejo Florestal (FSC), autor de vários artigos sobre certificação.

Referências

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