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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

ALINE CRISTINA DIAS SILVA

AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL E SANITÁRIA DA ESCOLA ESTADUAL SENADOR JOSÉ BERNARDO NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DO

SABUGI/RN

Natal/RN 2021

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ALINE CRISTINA DIAS SILVA

AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL E SANITÁRIA DA ESCOLA ESTADUAL SENADOR JOSÉ BERNARDO NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DO SABUGI/RN

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à coordenação do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos para obtenção do título de Engenheira Ambiental.

Orientador: Prof. Dr. Paulo Eduardo Vieira Cunha Coorientadora: Prof.ª MSc. Giovana Cristina Santos de Medeiros

Natal/RN 2021

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede

Silva, Aline Cristina Dias.

Avaliação da percepção ambiental e sanitária da Escola Estadual Senador José Bernardo no Município de São João do Sabugi/RN / Aline Cristina Dias Silva. - 2021.

59f.: il.

Monografia (Graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Tecnologia, Graduação em Engenharia Ambiental, Natal, 2021.

Orientador: Dr. Paulo Eduardo Vieira Cunha.

Coorientador: MSc. Giovana Cristina Santos de Medeiros.

1. Educação Ambiental - Monografia. 2. Projetos Ambientais - Monografia. 3. Ambiente Escolar - Monografia. I. Cunha, Paulo Eduardo Vieira. II. Medeiros, Giovana Cristina Santos de. III. Título.

RN/UF/BCZM CDU 628.3 Elaborado por RAIMUNDO MUNIZ DE OLIVEIRA - CRB-15/429

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ALINE CRISTINA DIAS SILVA

Avaliação da percepção ambiental e sanitária da Escola Estadual Senador José Bernardo no município de São João do Sabugi/RN

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à coordenação do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos para obtenção do título de Engenheira Ambiental.

Aprovado em 16 de abril de 2021:

Prof. Dr. Paulo Eduardo Vieira Cunha – Orientador

Prof.ª MSc. Giovana Cristina Santos de Medeiros – Coorientadora

Prof.ª MSc. Amanda Bezerra de Sousa – Membro Externo

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“Não tinha quase nada além de fé. Foi o suficiente.”

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Dedico este trabalho ao meu avô, Sandoval Dias, pois foi vendo o seu amor pela natureza, que despertou em mim a vontade de cuidar e preservar o meio ambiente.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por ser minha fortaleza diante das dificuldades ao longo desses anos de estudo, por sempre ser o meu refúgio e me mostrar que eu sou capaz de conquistar tudo aquilo que Ele preparou para mim.

Aos meus pais, Sandeilde e François, por sempre lutar para me proporcionar uma boa educação e por me incentivarem a conquistar os meus sonhos. Essa é mais uma vitória das muitas que iremos conquistar juntos.

Ao meu amor, Hiram, por todo companheirismo, amor, paciência, incentivo e por ser meu abrigo nos momentos de alegria e tristeza.

Ao meu/minha bebê que apesar do pouco tempo que está aqui comigo, me mostrou uma força que eu não sabia que tinha e uma vontade de lutar por um futuro melhor para nós.

Ao meu anjo da guarda, Hylana (in memoriam), que apesar de não estar comigo fisicamente, sinto sua presença a todo momento.

Aos melhores orientadores que eu poderia ter, Professor Paulo e Professora Giovana, por toda dedicação e ensinamentos durante a construção desse projeto, por sempre me acolher, me escutar, me aconselhar e por toda demonstração de confiança em mim.

A minha família e amigos, por cada palavra de apoio, por sempre me escutarem, por estarem ao meu lado me incentivando e por sempre entender as minhas ausências nos encontros durante o período de graduação.

Aos melhores presentes que a UFRN poderia ter me dado, Aline Rodrigues e Nadyne Amorim, por toda amizade, companheirismo e por tornarem essa jornada acadêmica mais leve.

Aos colegas que conheci durante o período de graduação, por toda troca de conhecimento durante esses anos de estudo.

Aos professores, por se dedicarem a compartilhar os seus conhecimentos para que possamos nos tornar bons profissionais, principalmente, a professora Renata Medeiros que além dos ensinamentos em sala de aula, continua me incentivando a conquistar os meus objetivos.

Por fim, aos alunos e professores da Escola Estadual Senador José Bernardo, por aceitarem fazer parte desse projeto.

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RESUMO

Aspectos relacionados à temática ambiental vem se tornando um assunto comum e prioritário na sociedade. A interação entre o homem e o meio ambiente resulta em impactos ambientais, sejam eles positivos ou negativos, sendo necessário uma conscientização da sociedade quanto ao uso dos recursos naturais. A educação ambiental é uma ferramenta importante para a sensibilização e capacitação da população em geral sobre os problemas ambientais existentes em nossa sociedade. A análise da percepção ambiental e sanitária é de suma importância para o diagnóstico da situação de uma comunidade em relação ao meio, avaliando a valorização dos recursos naturais e o entendimento sobre como um ambiente saudável interfere no bem estar de uma comunidade. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a percepção ambiental e sanitária dos alunos e professores da Escola Estadual Senador José Bernardo localizada no município de São João do Sabugi/RN, a fim de propor melhorias na comunidade escolar através de sugestões de práticas de ações de educação ambiental e sanitária para os membros da escola. A metodologia consistiu-se na aplicação de questionários com enfoque ambiental e sanitário aos alunos e professores para coleta de dados e posterior análise do nível de percepção dos membros da comunidade escolar. De acordo com os resultados obtidos nas análises dos questionários aplicados observou-se a necessidade de incentivo por parte da administração escolar e municipal referente a temática ambiental e sanitária na escola, falta de comprometimento de alunos e professores em dar continuidade aos projetos existentes na escola e pequena percepção sanitária dos alunos. Por fim, os resultados da pesquisa foram utilizados como embasamento para propostas de novas ações que visam contribuir para o desenvolvimento sustentável da escola, aprimoramento da percepção ambiental e sanitária dos seus membros e propor ações que embora simples, quando bem executadas, conduzem a uma maior conscientização ambiental.

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ABSTRACT

Aspects related to the environmental theme are becoming a common and priority issue in society. The interaction between man and the environment results in environmental impacts, whether positive or negative, requiring an awareness of society regarding the use of natural resources. Environmental education is an important tool for raising awareness and training the general population about the environmental problems that exist in our society. The analysis of environmental and sanitary perception is of paramount importance for the diagnosis of the situation of a community in relation to the environment, evaluating the valorization of natural resources and the understanding of how a healthy environment interferes with the well-being of a community. Thus, the objective of this research was to evaluate the environmental and health perception of students and teachers at the Senador José Bernardo State School located in the municipality of São João do Sabugi / RN, in order to propose improvements in the school community through suggestions for action practices. environmental and health education for school members. The methodology consisted of applying questionnaires with an environmental and health focus to students and teachers to collect data and further analyze the level of perception of members of the school community. According to the results obtained in the analysis of the applied questionnaires, there was a need for encouragement on the part of the school and municipal administration regarding the environmental and sanitary theme at the school, lack of commitment by students and teachers to continue the existing projects at the school and small health perception of students. Finally, the results of the research were used as a basis for proposals for new actions that aim to contribute to the sustainable development of the school, improve the environmental and health perception of its members and propose actions that, although simple, when well executed, lead to greater environmental awareness.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Escola Estadual Senador José Bernardo ... 14

Figura 2 – Cursos na área de educação ambiental e sanitária ... 18

Figura 3 – Desenvolvimento de projetos ambientais na escola ... 18

Figura 4 – Dificuldade para trabalhar educação ambiental e sanitária ... 19

Figura 5 – Incentivo da administração para desenvolver projetos ambientais ... 20

Figura 6 – Percepção dos alunos sobre meio ambiente ... 21

Figura 7 – Percepção sobre os elementos que compõem do meio ambiente ... 21

Figura 8 – Percepção dos discentes quanto a achar que a água pode esgotar ... 23

Figura 9 – Hábitos de economizar água ... 24

Figura 10 – Hábito de economizar água na escola ... 24

Figura 11 – Opinião dos alunos sobre as questões ambientais ... 25

Figura 12 – Desenvolvimento de atividades ambientais na escola ... 26

Figura 13 – Participação dos alunos de projetos ambientais ... 27

Figura 14 – Responsáveis por cuidar do meio ambiente na cidade ... 28

Figura 15 – Problemas relacionados ao meio ambiente nos bairros da cidade ... 28

Figura 16 – Interesse dos alunos informações sobre questões ambientais ... 29

Figura 17 – Relação entre meio ambiente e saúde ... 30

Figura 18 – Local apropriado para lançamento de esgoto ... 33

Figura 19 – Separação do lixo no ambiente escolar ... 35

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Amostra escolhida para pesquisa ... 15

Tabela 2 – Percepção dos alunos sobre saneamento básico ... 31

Tabela 3 – Percepção dos alunos sobre abastecimento de água ... 32

Tabela 4 – Percepção dos alunos sobre esgotamento sanitário ... 33

Tabela 5 – Percepção dos alunos sobre lixo/resíduos... 34

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LISTA DE QUADROS

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ASG’S – Auxiliares de Serviços Gerais

CAERN – Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte COSERN – Companhia Energética do Rio Grande do Norte

EA – Educação Ambiental

EJA – Educação para Jovens e Adultos ETA – Estação de Tratamento de Água OMS – Organização Mundial de Saúde

PIEA – Programa Internacional de Educação Ambiental PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico RN – Rio Grande do Norte

RS – Resíduos Sólidos

RSCC – Resíduos Sólidos da Construção Civil TV – Televisão

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 4 2 OBJETIVOS ... 6 2.1 Objetivo geral ... 6 2.2 Objetivos específicos ... 6 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 7 3.1 Educação Ambiental ... 7 3.2 Percepção Ambiental ... 8

3.3 Saneamento Básico do Munícipio de São João do Sabugi/RN ... 10

4 METODOLOGIA ... 14

4.1 Área de estudo ... 14

4.2 Aplicação dos questionários e análise dos dados ... 15

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 17

5.1 Perfil dos entrevistados ... 17

5.2 Análise do questionário aplicado aos professores ... 17

5.3 Análise do questionário aplicado aos alunos ... 20

5.3.1 Percepção Ambiental... 20 5.3.2 Percepção Sanitária ... 29 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 39 REFERÊNCIAS ... 41 APÊNDICE A ... 43 APÊNDICE B ... 49

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1 INTRODUÇÃO

O consumo exacerbado dos recursos naturais, a produção de resíduos e a interferência antrópica no meio ambiente são alguns dos resultados do aumento populacional. A sociedade interfere no meio ambiente, pois necessita atender às suas necessidades básicas, e em virtude dessa interferência são provocados impactos ambientais, sejam eles benéficos ou maléficos, que são consequências dessa interação do homem com a natureza.

Nas últimas décadas as questões ambientais estão sendo bastante comentadas pela sociedade, ganhando assim mais força e relevância na conscientização das pessoas quando se trata da ampla relação entre homem, meio ambiente e saúde.

O meio ambiente e a saúde estão fortemente ligados, pois a pouca qualidade do ambiente contribui para o desenvolvimento de doenças. O acesso ao saneamento adequado é de suma importância para a saúde de uma população, pois muitos vetores causadores de doenças são transmitidos através do contato com os resíduos sólidos indevidamente dispostos, ou com a água e o ar contaminados.

Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde pode ser vista como um recurso, e ainda como uma consequência do desenvolvimento sustentável. Isso porque para atingir os objetivos do desenvolvimento sustentável não pode haver alta prevalência de doenças debilitantes e de pobreza, e a saúde da população precisa ser mantida em um sistema de saúde receptivo e em um ambiente saudável. O agravo à saúde pode ser consequência da degradação ambiental, do mau gerenciamento dos recursos naturais e padrões de consumo e dos estilos de vida inadequados, e o déficit de saúde dificulta o desenvolvimento econômico e a diminuição da pobreza. Os impactos futuros e atuais na saúde e no meio ambiente precisam ser levados em consideração nas políticas e práticas de desenvolvimento, sendo assim, é necessário o fortalecimento das parcerias e alianças, dentro e fora do setor de saúde, para enfrentar os desafios que possam surgir (OMS, 2005).

Deste modo, nos últimos anos a temática ambiental e sanitária tem ganhado bastante importância, dando espaço a atividades e projetos relacionados ao meio ambiente que são desenvolvidos por vários setores da sociedade, com o objetivo de conscientizar e orientar a população acerca do meio ambiente, sendo um desses setores, a comunidade escolar.

É de suma importância que a educação ambiental e sanitária seja trabalhada ainda nos anos iniciais da escola, pois pode fazer com que ela seja continuada para as crianças, que deste modo irão adquirir um novo olhar sobre o ambiente que nos cerca e uma postura ética sobre o meio ambiente, passando assim a preservá-lo.

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Sendo assim, a percepção ambiental e sanitária dos membros de uma comunidade escolar é fundamental para conhecer a realidade escolar e da população local acerca do meio ambiente e saneamento básico, visto que em algumas regiões a escola pode abranger professores, funcionários e alunos da área urbana e rural do município. Dessa forma, a escola é um ambiente importante para desenvolver uma percepção do meio em que se vive, bem como local no qual podem ser realizadas diversas atividades que possibilitem o aprendizado sobre o meio ambiente. O estudo da percepção ambiental e sanitária é uma forma de conscientização sobre o meio ambiente e seus problemas, tornando-se essencial para diagnosticar e compreender as necessidades de uma população e para ajudar no planejamento de ações que promovam consciência, sensibilização e postura ética perante o meio ambiente.

O presente trabalho é de grande relevância e importância, pois através do questionário especificamente desenvolvido para analisar e identificar o nível de percepção ambiental e sanitária dos entrevistados, os resultados trarão contribuição para a inclusão de práticas pedagógicas com mais enfoque nas questões ambientais e sanitárias, a fim de orientar uma mudança de comportamento e conscientização dos envolvidos referente ao meio ambiente e aos recursos naturais.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Caracterizar a percepção ambiental e sanitária da comunidade escolar da Escola Estadual Senador José Bernardo que atende a população rural e urbana do município de São João do Sabugi – RN, a fim de propor melhorias a comunidade escolar através de ações de Educação Ambiental e Sanitária com os membros da escola.

2.2 Objetivos específicos

• Avaliar o grau de compreensão da comunidade escolar sobre o conceito de meio ambiente e saneamento básico;

• Analisar a percepção acerca dos principais problemas ambientais e sanitários da escola e município;

• Comparar o grau de percepção ambiental e sanitário verificado entre os alunos e professores da comunidade escolar;

• Identificar a percepção sobre o papel da administração escolar frente às questões ambientais;

• Propor a inclusão de projetos relacionados ao meio ambiente e saneamento básico na comunidade escolar.

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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Educação Ambiental

Em 1977, na cidade de Tbilisi capital da Geórgia, aconteceu a Primeira Conferência sobre Educação Ambiental (EA), que foi considerada a mais importante para o desenvolvimento da primeira fase do Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA).

Segundo Souza (2003), a conferência de Tbilisi contribuiu para:

Precisar a natureza da EA, definindo seus objetivos, características, recomendações e estratégias pertinentes ao plano nacional e internacional. Foi recomendado que a prática da EA devesse considerar todos os aspectos que compõem a questão ambiental, ou seja, aspectos políticos, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos, éticos, culturais e ecológicos dentro de uma visão inter e multidisciplinares.

Ainda segundo Souza (2003) a Educação Ambiental foi definida na Conferência de Tbilisi como:

Uma dimensão dada ao conteúdo e à prática da educação, orientada para a resolução de problemas concretos do meio ambiente, através de enfoques interdisciplinares e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade.

Gasques et al. (2016) caracterizam a educação ambiental como um pressuposto básico para qualquer ação que vise o desenvolvimento sustentável. Nessa perspectiva, é evidente o valor da educação à sociedade para que haja formação de princípios de responsabilidade e conscientização, o que garantirá que as futuras gerações conservem o meio ambiente. Assim, a EA deve ser um instrumento de gestão ambiental e uma política pública prioritária para o desenvolvimento sustentável, pois quando aplicada nas escolas é uma forma prática para ser efetivada causando sensibilização na comunidade escolar.

Deste modo, Martins e Barony (2017) mostram que a falta de projetos de educação ambiental também afeta diretamente as condições sanitárias, pois favorece para que a população fique desinformada e vulnerável a problemas de contaminação por esgotos, resíduos sólidos dispostos em locais inadequados e má qualidade de água potável.

Entre as dificuldades da aplicação da EA nas escolas, Biondo et al. (2010) destacam a pouca adesão dos professores aos projetos de educação ambiental, sendo a mesma relacionada a vários aspectos, dentre os quais a falta de referencial teórico não adquirido na formação universitária inicial e o pouco estímulo e incentivo à profissão dos professores da educação básica.

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Contudo, Balbino e Ribeiro (2015) afirmam que é preciso tratar com muita responsabilidade a educação ambiental na escola, visto que este local permite ter maior expansão para a EA, sendo o educador importante no processo da aplicação, pois é de responsabilidade dele mediar as relações entre familiares, sociedade e cultura. Logo, é necessária a aplicação de boas metodologias educativas que abordem a preservação do meio ambiente.

3.2 Percepção Ambiental

A percepção ambiental é uma atividade mental entre o indivíduo e o meio que se vive. De acordo com Fernandes et al. (2004) cada indivíduo tem uma percepção, reação e uma resposta diferentemente às ações sobre o ambiente em que se vive. As respostas ou manifestações decorrentes são resultado das percepções, dos processos cognitivos, julgamentos e expectativas de cada pessoa em relação ao meio. Sendo assim, percepção ambiental pode ser definida como sendo uma tomada de consciência do ambiente pelo homem, ou seja, o ato de perceber o ambiente que se está inserido, aprendendo a proteger e a cuidar do mesmo (FAGGIONATO, 2004).

Schmitz (2013) afirma que a percepção ambiental é um processo contínuo de aprendizagem, essa percepção deve ser inserida no ser humano ainda nos seus anos iniciais de vida, seja em casa, na escola ou em sociedade. Entre estes espaços, a escola se conFigura como o lugar mais indicado para dar início a educação ambiental, pois é visto como um espaço participativo e privilegiado, visto que envolve professores, alunos, pais, comunidade em geral e o poder público.

A pesquisa em percepção ambiental é de suma importância para o planejamento do ambiente, pois a relevância que cada indivíduo de culturas diferentes ou de grupos socioeconômicos que desempenham funções distintas, no plano social, em ambientes naturais e a diferença nas percepções dos valores dos mesmos, é uma das dificuldades para a proteção desses ambientes (UNESCO, 1973).

Alguns estudos sobre percepção ambiental já foram realizados anteriormente, como o de Bruchado (2015), que procurou avaliar a percepção ambiental dos professores e alunos da 8ª série do ensino fundamental da escola, a fim de levantar projetos de educação ambiental existentes, analisar os métodos de educação ambiental desenvolvidos na escola, avaliar a percepção ambiental dos envolvidos no projeto, bem como apresentar propostas para melhorar e aprimorar o desenvolvimento das atividades ligadas à educação ambiental.

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O autor usou questionários com perguntas abertas e fechadas para obter as percepções dos alunos sobre a relação da educação ambiental no ambiente escolar e analisar se houve mudança no comportamento dos alunos e professores após serem implantados os assuntos voltados à educação ambiental. A pesquisa mostrou que a percepção ambiental dos alunos foi pequena e que a maioria dos professores conhece a importância de ser trabalhado educação ambiental na escola e que é necessário apoio da administração municipal e estadual para que essa temática seja abordada durante as aulas, mas não há interesse em dar continuidade aos projetos. Com os resultados obtidos na pesquisa, o autor orientou um maior engajamento entre professores e alunos para dar continuidade aos trabalhos relacionados a EA e busca de parcerias para realização dos projetos ambientais.

Outro trabalho desenvolvido foi o de Marczwski (2006), em que este realizou uma pesquisa junto aos alunos de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental de duas escolas de educação básica de realidades socioeconômicas e ambientais diferentes e que adotam pedagogias de ensino diferentes, sendo uma escola municipal localizada na zona rural do município e uma escola particular na zona urbana. A pesquisa foi realizada através de questionários com dois enfoques, sendo eles: percepção do meio ambiente e seus recursos e percepção da relação ser humano/meio ambiente.

Os resultados do trabalho comprovaram que a percepção dos alunos referente aos temas de lixo e ações de proteção ao meio ambiente é mais restrita. Sendo as percepções acerca da caracterização do meio ambiente, recursos naturais, fauna, problemas ambientais e produção agrícola da região foram boas. É importante ressaltar que não há relação direta entre a evolução escolar e a percepção ambiental dos alunos, visto que os alunos das séries subsequentes não apresentaram uma percepção maior do que os alunos das séries menores. Outro ponto importante da pesquisa foi que os alunos da escola da zona rural não têm uma ampla percepção ambiental como os alunos da escola particular, ressaltando que o contexto social, econômico, cultural e ambiental em que os alunos estão inseridos influencia na sua percepção sobre o meio. Por fim, foi proposto um programa de educação para o desenvolvimento sustentável da região de Vila Oliva com ações que promovem o aumento da consciência ambiental dos alunos.

Como outro exemplo tem-se o trabalho de Martins e Barony (2017), que teve como objetivo avaliar a percepção ambiental da comunidade Casa Branca quanto aos aspectos sanitários. A pesquisa foi realizada na Comunidade Casa Branca que está inserida no município de Frei Inocêncio – Minas Gerais. O questionário continha perguntas sobre três dos quatro pilares do saneamento, sendo eles: tratamento de água, esgoto e coleta de resíduos sólidos. Os resultados obtidos na pesquisa demonstraram que a comunidade não possui uma boa percepção

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ambiental relacionada a área de saneamento básico, buscando apenas meios paliativos para sanar os problemas relacionados a natureza sanitárias e não sanitárias, sendo afetados pela falta de projetos relacionados a educação ambiental, tornando a população da comunidade mais passíveis de contaminação por esgotos. Como conclusão foi recomendado que os órgãos públicos intervissem na realização de projetos de educação ambiental com foco em boas práticas de higiene, pois a baixa renda e escolaridade dos moradores da comunidade podem influenciar nos hábitos de higiene e desta forma aumentar o risco de contaminação devido à falta de instrução.

3.3 Saneamento Básico do Munícipio de São João do Sabugi/RN

De acordo com a Lei 11.445/2007, Art 3º, inciso I, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, o saneamento básico é definido como:

I - saneamento básico: conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de:

a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;

b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente;

c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;

d) drenagem e manejo das águas pluviais, limpeza e fiscalização preventiva das respectivas redes urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.

Segundo Saker (2007), o conceito de saneamento básico é muito mais abrangente e pode ser definido como:

O serviço público que abrange todas as tarefas mencionadas abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas e, ainda, questão cultural, ambiental, sanitária, estritamente ligadas à saúde pública, problema de desenvolvimento ligado à economia, além de corolário dos direitos humanos, essencial à sadia qualidade de vida.

Ainda de acordo com a Lei 11.445/2007, a gestão municipal detém a titularidade dos serviços de saneamento e, por sua vez, deverá formular sua respectiva política pública de saneamento básico, bem como elaborar o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) (BRASIL, 2007). O PMSB é um instrumento essencial para que os gestores públicos possam

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contratar ou conceder os serviços de saneamento básico, sendo o ponto de partida para o planejamento e definição de metas com vistas à promoção da saúde pública, proteção do meio ambiente e desenvolvimento econômico.

Uma das etapas do PMSB é o Diagnóstico Técnico-Participativo; nessa etapa é feito um diagnóstico socioeconômico, da infraestrutura e dos serviços de saneamento básico abrangendo seus quatro componentes, além da percepção social sobre esses componentes. O Diagnóstico Técnico-Participativo do Plano Municipal de Saneamento Básico de São João do Sabugi – RN traz informações pertinentes sobre a situação do conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem do município.

De acordo com o referido diagnóstico, o município possui, em sua área urbana, abastecimento de água fornecido pela Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte (CAERN). O manancial que abastece a área urbana é o Açude Santo Antônio, que pertence à Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas/Açu, sendo o sistema de abastecimento composto por captação flutuante, adutora de água bruta, Estação de Tratamento de Água, adutora de água tratada e reservação. A água distribuída para a população é tratada em uma Estação de Tratamento de Água (ETA) localizada no centro da cidade. Já o abastecimento de água da zona rural acontece de duas maneiras: parte por rede de distribuição e parte não. Os sistemas de abastecimento utilizados em todas as comunidades rurais do município são: carro pipa do governo, cisternas, barragens, açudes, rios e poços, sendo esses sistemas problemáticos e de um elevado grau de dificuldade com relação à continuidade do abastecimento, pois as variações de clima locais interferem na disponibilidade de água (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DO SABUGI, 2018).

Segundo o PMSB, o sistema de esgotamento sanitário da zona urbana de São João do Sabugi encontra-se em Implantação, sendo a Secretaria Municipal de Obras Públicas, Infraestrutura e Trânsito a responsável pela obra e a CAERN será responsável pela prestação de serviço e gerência do sistema ao término da obra. Atualmente, as fossas rudimentares são as mais utilizadas no município e as águas cinza geradas pelas residências não possuem nenhum tipo de tratamento e são lançadas diretamente a céu aberto. A prefeitura concede gratuitamente à população o serviço de esgotamento de fossa. Para destinação dos dejetos da zona urbana, foram identificadas três lagoas localizadas a cerca de 500m do lixão do município, sendo duas delas utilizadas para despejo dos dejetos oriundos das fossas e uma na qual são depositadas as carcaças de animais vindas do matadouro público. Na zona rural do município não há acesso à rede de esgoto, logo não há destinação correta das águas residuárias, sendo elas lançadas,

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também, a céu aberto das comunidades rurais, sem nenhum tratamento (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DO SABUGI, 2018).

O diagnóstico do PMSB também mostra que os serviços de limpeza pública e o manejo dos resíduos sólidos são feitos pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Urbanos (administração direta). Os resíduos produzidos no município de São João do Sabugi são: domiciliares, públicos, de serviços de saúde, da construção civil, industriais e agropastoris. Os resíduos sólidos urbanos do município têm sua coleta realizada durante o dia por um caminhão basculante pertencente ao agente privado, a unidade de processamento e destinação final é o lixão de São João do Sabugi. Os resíduos são dispostos em vala escavada no lixão e são cobertos com material de recobrimento. A maioria da população da zona urbana tem acesso à coleta direta, que é praticada em domicílio, os que não têm acesso a essa coleta, procuram outras maneiras para destinar os resíduos, sendo elas: queima dos resíduos, deposição em terreno baldio ou logradouros (vias) ou os resíduos são enterrados em seus próprios terrenos. Esses tipos de destinação incorretas podem causar o contato de pessoas e animais com os resíduos ou contaminação do solo e das águas subterrâneas que abastecem os aquíferos, e também superficiais, sendo esses mananciais utilizados para retirar a água para o abastecimento da população (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DO SABUGI, 2018).

Como aponta o PMSB, a coleta dos Resíduos Sólidos de Saúde (RSS) é feita através de empresa privada contratada pela prefeitura. Os Resíduos Sólidos da Construção Civil (RSCC) tem coleta realizada pela prefeitura, sem cobrança pelo serviço. Os resíduos gerados pela lavagem de filtros no processo de tratamento da água são depositados em terrenos ao redor da ETA. Já os resíduos agrossilvopastoris são devolvidos às farmácias veterinárias do município, sendo elas responsáveis para destinação correta. Os resíduos industriais são destinados a lagoa de tratamento da própria fábrica de laticínios. Os resíduos de serviço de transporte são destinados a céu aberto ou no lixão do município e não há registro de produção de resíduos oriundos de mineração (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DO SABUGI, 2018).

Ainda com base no PMSB, o município não conta com a existência de regulação para a prestação dos serviços de drenagem urbana e não detém de infraestrutura implantada de drenagem urbana. Em sua área urbana conta com elemento de macrodrenagem, possuindo um canal que passa do centro da cidade até o Rio Sabugi. O município ainda conta com alguns elementos de microdrenagem, sendo elas: bocas de lobos e galerias, sendo o lançamento da água de chuva captada realizado em cursos d’água intermitentes. O município possui níveis críticos no seu balanço quali-quantitativo, mostrando a importância de um gerenciamento de drenagem, pois São João do Sabugi não tem água suficiente para atender suas demandas e seus

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corpos d’água não têm capacidade para receber as cargas orgânicas domésticas lançadas nos corpos hídricos existentes (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DO SABUGI, 2018).

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4 METODOLOGIA

4.1 Área de estudo

A pesquisa em questão foi desenvolvida na Escola Estadual Senador José Bernardo (Figura 1), posicionada geograficamente em 6°43’04’’S e 37°12’14’’W, situada na Rua Honório Maciel, nº 408, município de São João do Sabugi/RN.

Figura 1 – Escola Estadual Senador José Bernardo

Fonte: Autora (2021)

A instituição foi fundada em 1924, atualmente atende alunos da área urbana e rural do município, está atuando em três turnos (matutino, vespertino e noturno) e conta com turmas do 5º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio e turmas de Educação para Jovens e Adultos (EJA). Possui 347 alunos matriculados, uma equipe pedagógica com 19 professores e 22 funcionários, entre diretores, secretários, cozinheiros e zeladores.

A escola é estruturada em oito salas de aula, quatro banheiros, uma quadra de esportes, uma cozinha, uma biblioteca, um laboratório de informática, uma sala para apoio pedagógico, uma sala de professores, uma sala de reunião, um laboratório de ciências, uma secretaria, a sala da direção, uma sala para setor financeiro, uma sala de arquivo, duas para almoxarifado, um

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refeitório e um pátio. A escola possui abastecimento de água fornecido pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN), energia pela Companhia Energética do Rio Grande do Norte (COSERN), lixeiras de separação de resíduos e a coleta e manejo dos resíduos sólidos são feitos pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Urbanos do município.

4.2 Aplicação dos questionários e análise dos dados

Os procedimentos metodológicos utilizados tratam este trabalho como uma pesquisa exploratória, descritiva e quali-quantitativa, tendo como ferramenta a coleta de dados para identificação de problemas, a fim de propor soluções para estes. Os questionários foram direcionados aos professores, alunos do 9º ano do ensino fundamental, 1º a 3° ano do ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Estadual Senador José Bernardo, quantificados na Tabela 1. Após aplicação do questionário, obteve-se 114 (cento e quatorze) respostas representando 56,16% do total de respondentes da amostra escolhida. Sendo 99 (noventa e nove) respostas de alunos (53,80%), 15 (quinze) respostas de professores (78,95%) e nenhuma (0%) resposta da turma do EJA devido ao não comparecimento dos alunos nas aulas destinadas a realização da pesquisa, em função da não obrigatoriedade de participação dos discentes na prática de ensino remoto adotada pela escola devido à pandemia da COVID-19.

Tabela 1 – Amostra escolhida para pesquisa

População Nível Quantidade

Professores Diversos 19

9º ano Fundamental 23

1º ano Ensino Médio 76

2º ano Ensino Médio 57

3º ano Ensino Médio 28

EJA Educação de Jovens e

Adultos 48

TOTAL 251

Fonte: Autora (2021)

Para realização desta pesquisa foram utilizados dois questionários para levantamento de dados qualitativos, sendo um destinado a alunos e o outro a professores. O questionário dos alunos consistiu em quarenta e uma perguntas que mesclou questões fechadas de múltipla escolha e questões discursivas, contendo perguntas relacionadas à percepção ambiental e

(27)

sanitária, como explicitado na Tabela 2 e apêndice A. O questionário dos professores consistiu em seis perguntas que mesclou questões fechadas de múltipla escolha e questões discursivas descritas no apêndice B.

Quadro 1 – Estruturação do questionário

Percepção Ambiental Percepção Sanitária

Caracterização do meio ambiente Saúde

Recursos Naturais • Água • Ar • Solo • Fauna Saneamento Básico • Abastecimento de água • Esgotamento sanitário • Resíduos Sólidos • Drenagem urbana Fonte: Autora (2021)

A coleta de dados foi realizada no período de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021, pelo Google Forms, ferramenta online do Google, devido a pandemia da COVID-19. Após a aplicação do questionário, os dados foram inseridos no programa Excel, dispostos em Figuras e Tabelas para melhor visualização e interpretação dos resultados.

(28)

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 Perfil dos entrevistados

As questões iniciais dos questionários tiveram como objetivo avaliar o perfil dos entrevistados por meio de dados sociais. Do total dos respondentes do questionário, 57,0% eram do sexo feminino e 43,0% do sexo masculino. Quanto ao local de residência dos entrevistados foi constatado que 84,1% residem em zona urbana e 15,9% em zona rural do município. Identificou-se que a faixa etária predominante dos noventa e nove alunos que responderam ao questionário era de 14 a 21 anos (86,8%) e dos quinze professores de 29 a 52 anos (13,2%).

Dos resultados sobre os níveis de escolaridade dos alunos, tem-se 17,2% do 9º ano do ensino fundamental, 36,4% do 1º ano do ensino médio, 30,3% 2º ano do ensino médio e 16,2% 3º ano do ensino médio. Os níveis de escolaridade dos professores variam entre, 6,7% de graduação, 40,0% de especialização e 53,3% de mestrado. Os professores foram questionados acerca do tempo que atuam em sala de aula, totalizando 6,7% de 1 a 5 anos, 26,7% de 5 a 10 anos e 66,6% por mais de 10 anos.

5.2 Análise do questionário aplicado aos professores

Inicialmente foi questionado aos professores se eles haviam participado de algum treinamento ou de cursos relacionados a educação ambiental e sanitária. Na Figura 2, pode-se observar que 26,7% dos professores entrevistados participaram de algum treinamento na área de educação ambiental, entre eles, destacam-se os cursos de pós-graduação e especialização na área ambiental, curso de reciclagem e semana de meio ambiente promovida pela prefeitura da cidade.

(29)

Figura 2 – Cursos na área de educação ambiental e sanitária

Fonte: Autora (2021)

Também foi questionado se os educadores consideravam importante elaborar aulas e projeto que melhorem a percepção ambiental e sanitária dos alunos e por qual motivo eles consideram importante, todos os professores que participaram da pesquisa responderam positivamente afirmando que era importante elaborar aulas com enfoque ambiental e sanitário para conscientizar os alunos sobre o tema e para que os alunos tenham uma formação cidadã compromissados com o meio ambiente.

Quando perguntados se a escola desenvolve ou já desenvolveu projetos com enfoque ambiental, de acordo com a Figura 3, 73,3% responderam positivamente, sendo os projetos desenvolvidos sobre reciclagem, feira de ciências, conscientização para o uso racional de água, coleta seletiva e problemas ambientais do munícipio.

Figura 3 – Desenvolvimento de projetos ambientais na escola

Fonte: Autora (2021)

73,3% 26,7%

Você teve algum treinamento ou participou de cursos relacionados a educação ambiental e sanitária?

Não Sim

73,3% 26,7%

A escola desenvolve ou já desenvolveu projetos com enfoque ambiental?

Sim Não

(30)

Ao serem questionados se encontravam alguma dificuldade para trabalhar educação ambiental e sanitária com os alunos, a Figura 4 mostra que 40,0% afirmaram que sim, justificando que seria devido à falta de parcerias, falta de uma política ambiental na cidade, falta de conhecimento na área por parte dos professores e resistência ao assunto de alunos e população.

Figura 4 – Dificuldade para trabalhar educação ambiental e sanitária

Fonte: Autora (2021)

Em relação aos conteúdos encontrados no material didático utilizado na escola 100% dos professores entrevistados afirmaram encontrar assuntos relacionados a educação ambiental e sanitária, sendo eles: desenvolvimento sustentável, reciclagem, resíduos, energia limpa, uso consciente de água, coleta seletiva, desastres ambientais, tratamento de água e esgoto, coleta de água e esgoto e saneamento básico e doenças.

Por fim, foi questionado aos docentes quanto à prática de incentivo por parte da administração da escola para desenvolver projetos ambientais no ambiente escolar, como mostra a Figura 5, 66,7% afirmaram que recebiam apoio.

40%

60%

Você encontra alguma dificuldade para trabalhar educação ambiental e sanitária com seus alunos?

Sim Não

(31)

Figura 5 – Incentivo da administração para desenvolver projetos ambientais

Fonte: Autora (2021)

5.3 Análise do questionário aplicado aos alunos

5.3.1 Percepção Ambiental

A primeira parte do questionário dos alunos foi acerca da percepção ambiental. Inicialmente foi perguntado o que os alunos consideravam que era o meio ambiente, foram fornecidas cinco opções de resposta: (a) Meio ambiente é natureza; (b) São os animais e as plantas; (c) É o lugar onde os seres vivos (plantas, animais e seres humanos) habitam; (d) É o lugar onde o ser humano vive e; (e) São os seres vivos e os recursos (ar, água, solo e alimentos) que a natureza oferece.

Embora as respostas entre as turmas tenham sido variadas, percebeu-se que a maioria dos alunos responderam a alternativa E “São os seres vivos e os recursos (ar, água, solo e alimentos) que a natureza oferece”, sendo a alternativa escolhida em média por 57,0% dos alunos entrevistados (Figura 6).

66,7% 33,3%

Você recebe incentivo da administração da escola para desenvolver projetos ambientais na escola?

Sim Não

(32)

Figura 6 – Percepção dos alunos sobre meio ambiente

Fonte: Autora (2021)

Perguntado quais elementos os estudantes compreendiam que fazem parte do meio ambiente, sendo as alternativas: (a) Mata, rio e minha casa; (b) Solo, animais e ruas; (c) Ar, água, insetos; (d) Morros, campos, residências dos meus vizinhos e; (e) Todas as respostas anteriores estão corretas.

Figura 7 – Percepção sobre os elementos que compõem do meio ambiente

Fonte: Autora (2021) 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

9º ano 1º ano 2º ano 3º ano

O que é meio ambiente?

A B C D E 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

9º ano 1º ano 2º ano 3º ano

Qual dessas alternativas apresentam elementos que fazem parte do meio ambiente?

(33)

Verifica-se através da análise da Figura 7, que apesar da alternativa mais escolhida ser a “E” (55,0%), é possível notar uma variação na escolha dos alunos entre as alternativas, o que consta uma provável dúvida sobre os elementos que compõem o meio ambiente.

Buscou-se saber se os alunos acreditam ser importante preservar o meio ambiente. Segundo as respostas, todos os alunos entrevistados afirmam que é importante preservar o meio ambiente.

Perguntados sobre os motivos de ser importante preservar o meio ambiente, os alunos do 9º ano informaram que o meio ambiente é fonte de recursos para sobrevivência e para manter o equilíbrio do planeta; os alunos do 1º ano informaram que é importante preservar o meio ambiente para que se viva em um ambiente melhor, para a sobrevivência, para a saúde da população e para que o meio ambiente seja capaz de prover recursos que beneficiam a vida dos seres vivos; os alunos do 2º ano informaram que preservar o meio ambiente é fundamental para manter a saúde do planeta, que é um recurso básico para a sobrevivência e para proteger os recursos naturais e por fim os alunos do 3º ano informaram que é importante preservar o meio ambiente para manter a saúde do planeta e dos seres que o habitam, uma vez que o meio ambiente é o nosso habitat e fonte de energia e sobrevivência. Analisando de forma geral as respostas dos alunos referentes à pergunta, é possível encontrar alguns pontos comuns na justificativa da importância de preservar o meio ambiente, sendo eles: sobrevivência e saúde.

As questões a seguir abordam opiniões dos alunos relacionadas à água. Foi questionado aos alunos o que seria água na opinião deles. Os alunos do 9º ano responderam que água é uma fonte de hidratação para seres vivos, um líquido multifuncional e importante para a vida dos seres vivos e planeta; os alunos do 1º ano e 2º ano coincidiram suas respostas em afirmar que água é “vida” e importante para a sobrevivência dos seres e os alunos do 3º informaram que água é algo essencial para realização de diversas atividades, sendo uma fonte de hidratação e um recurso importante para sobrevivência. Ao analisar as respostas dos alunos de forma geral, todos os alunos acreditam que água é um recurso essencial para a sobrevivência.

Questionados se compreendem que água é um recurso que pode se esgotar. De acordo com a Figura 8 a maioria dos alunos acreditam que água é um recurso que pode ser esgotado, sendo a maior proporção nos alunos do 2º ano (83,3%) e menor proporção nos alunos do 9º ano (58,8%).

(34)

Figura 8 – Percepção dos discentes quanto a achar que a água pode esgotar

Fonte: Autora (2021)

Ao serem questionados o porquê de a água ser um recurso que pode se esgotar, os alunos do 9º ano acreditam que seja pela falta de chuva e pela pouca disponibilidade de água doce no planeta, os alunos do 1º ano, 2º ano e 3º ano coincidiram suas justificativas ao informar que os motivos sejam o desperdício, a poluição e devido a água doce ser um recurso limitado.

Questionou-se se os alunos achavam importante economizar água, todos os alunos (100%) de todas as turmas que a pesquisa foi aplicada, acreditam que é importante economizar água.

Quando perguntados se eles têm o hábito de economizar água, a grande maioria dos alunos responderam que sim como mostra a Figura 9. Ao serem questionados quais seriam os hábitos, os alunos de forma geral responderam que não passavam muito tempo com o chuveiro ligado no banho, fechavam as torneiras enquanto não estavam sendo utilizadas em suas atividades, lavavam calçadas e carros com baldes de água ao invés de mangueiras, promoviam o reuso de água para regar plantas e lavar calçadas, evitavam a poluição das águas jogando o lixo no lugar correto, optavam por produtos orgânicos para lavar louças e usar apenas o necessário de água para realizar atividades. Apesar da grande maioria ter a consciência que é importante economizar água e afirmarem que possuem hábitos para economizá-la, em média 34,0% dos alunos entrevistados não tem a percepção que a água é um recurso que pode esgotar.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

9º ano 1º ano 2º ano 3º ano

Você acha que a água é um recurso que pode esgotar?

(35)

Figura 9 – Hábitos de economizar água

Fonte: Autora (2021)

Perguntado se eles possuem o hábito de economizar água no ambiente escolar, observou-se na Figura 10, que o número de alunos que economizam água no âmbito escolar é relativamente menor do que o resultado da pergunta anterior. Sendo os alunos que responderam “Não” em sua maior proporção do 2º ano do ensino médio (40,0%) e menor proporção no 9º ano do ensino fundamental (17,6%), deste modo pode-se observar que provavelmente não há um repasse do custo da água ou uma cobrança sobre a economia desta, logo leva aos alunos acreditarem que a escola é um ambiente que não lhes pertence e a uma não preocupação com a economia de água em ambientes públicos.

Figura 10 – Hábito de economizar água na escola

Fonte: Autora (2021) 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

9º ano 1º ano 2º ano 3º ano

Você possui hábitos de economizar água?

Sim Não 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

9º ano 1º ano 2º ano 3º ano

Você possui hábitos de economizar água na sua escola?

(36)

Perguntou-se de maneira discursiva, para que serve o ar, o solo, a fauna e a flora na percepção dos alunos. Analisando as respostas desta questão, verificou-se que os alunos do 9º ano acreditam que os recursos questionados servem para a sobrevivência e existência dos seres vivos e para manter o meio ambiente e o planeta em equilíbrio; para os alunos do 1º ano os recursos são importantes para viver e para o bem estar dos seres vivos; os alunos do 2º ano acreditam que seja para sobrevivência e para melhorar a biodiversidade e os alunos do 3º informaram que são elementos importantes para a vida e que auxilia no equilibro da natureza .

Buscou-se saber a opinião dos alunos a respeito das questões ambientais que estão cada vez mais evidentes. Verificou-se através da Figura 11, que a maioria dos alunos consideram importante os assuntos relacionados ao meio ambiente, sendo: 76,5% do 9º ano, 88,9% do 1º ano, 83,3% do 2º ano e 87,5% do 3º ano, o que mostra que os alunos possuem uma boa percepção quanto a importância das questões ambientais em pauta.

Figura 11 – Opinião dos alunos sobre as questões ambientais

Fonte: Autora (2021)

Foi questionado se a escola desenvolve alguma atividade relacionada às questões ambientais e de acordo com a Figura 12, pode-se observar que as respostas variaram entre as turmas, sendo as turmas de 1º e 3º ano com a maioria das respostas sendo “Não” e 9º ano e 2º ano sendo “Sim”. Ao analisar as respostas pode-se entender que provavelmente as ações relacionadas ao meio ambiente não são contínuas de uma série para outra, deste modo é necessário que haja uma melhoria no planejamento escolar para que as ações iniciadas em determinadas séries possuam continuidade nas séries subsequentes.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

9º ano 1º ano 2º ano 3º ano

Qual a sua opinião sobre as questões ambientais que estão cada vez mais evidentes?

(37)

Figura 12 – Desenvolvimento de atividades ambientais na escola

Fonte: Autora (2021)

Indagou-se aos alunos quais atividades relacionadas ao meio ambiente eram realizadas pela escola e os alunos do 9º ano afirmaram que eram campanhas de conscientização e preservação do meio ambiente, plantio de mudas, descarte correto de lixo e visitas técnicas; os alunos do 1º ano, 2º ano e 3º ano do ensino médio informaram que as atividades realizadas pela escola eram plantio, palestras, coleta seletiva, conscientização quanto ao uso de água, campanhas contra o desmatamento e aulas de campos. Em suma as atividades descritas pelos alunos coincidiram com as respostas informadas pelos professores ao serem perguntados se a escola desenvolve ou já desenvolveu projetos com enfoque ambiental.

Ao serem questionados se participam de algum projeto relacionado a área ambiental seja no âmbito escolar ou não, como mostra a Figura 13, a maioria dos alunos informaram que não participam de projetos na área ambiental. Quando os alunos foram questionados se haviam projetos relacionados ao meio ambiente na escola, a maioria respondeu que haviam, porém ao analisar as respostas dessa questão é notório que há projetos na escola, mas que não há interesse por parte dos alunos em participar, sendo necessário que haja uma proposta por parte da escola para aumentar o incentivo e engajamento dos alunos nesses projetos. Esse resultado também pode ser consequência do que foi informado no questionário dos professores, que relataram dificuldade para trabalhar educação ambiental e sanitária com os alunos devido à falta de política ambiental na cidade, falta de conhecimento na área por parte dos professores e resistência ao assunto de alunos e população. Os alunos que responderam que participavam de

0% 20% 40% 60% 80% 100%

9º ano 1º ano 2º ano 3º ano

Sua escola desenvolve alguma atividade relacionada as questões ambientais?

(38)

algum projeto relacionado ao meio ambiente, em sua maioria responderam que participavam de grupo de escoteiros e dos projetos disponíveis na escola.

Figura 13 – Participação dos alunos de projetos ambientais

Fonte: Autora (2021)

Os alunos foram questionados de maneira discursiva quais os assuntos relacionados ao meio ambiente veem na escola. Os discentes de maneira geral informaram que os assuntos vistos são relacionados à poluição dos recursos naturais, desmatamento, economia de água, preservação do meio ambiente, mudanças climáticas, descarte correto de lixo, reciclagem, coleta seletiva, aquecimento global, plantações de mudas, desenvolvimento sustentável e educação ambiental. Comparando com a resposta dos professores ao serem perguntados se nos livros didáticos utilizados pela escola havia conteúdos relacionados à educação ambiental e sanitária, as respostas em síntese foram parecidas.

Questionou-se em qual local os alunos aprenderam o que mais sabem sobre meio ambiente, de modo geral os discentes informaram que aprenderam na escola, em casa com os pais, na internet, TV, grupo de escoteiros, amigos e livros.

Quando perguntado quem os alunos acreditam que é o responsável em sua cidade por cuidar do meio ambiente a maioria dos alunos responderam “Todos nós” (Figura 14), mostrando que a maioria dos alunos tem a consciência que todos nós somos responsáveis por cuidar do meio em que vivemos.

0% 20% 40% 60% 80% 100%

9º ano 1º ano 2º ano 3º ano

Você participa de algum projeto relacionado ao meio ambiente?

(39)

Figura 14 – Responsáveis por cuidar do meio ambiente na cidade

Fonte: Autora (2021)

Perguntou-se também se os alunos gostariam de mudar algo relacionado ao meio ambiente em seu bairro, de acordo com a Figura 15, uma parte dos alunos responderam que “Sim”, aos que responderam sim foi questionado por qual motivo, ao qual destacaram que as mudanças seriam referente aos moradores de seus bairros jogarem lixos nas ruas e/ou terrenos baldios, retiradas de plantas/arborização das ruas, encanações quebradas que ocasionam vazamentos de água, quantidade de esgotos a céu aberto e poluição das ruas que residem.

Figura 15 – Problemas relacionados ao meio ambiente nos bairros da cidade

Fonte: Autora (2021) 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

9º ano 1º ano 2º ano 3º ano

Quem você acha que é responsável por cuidar do meio ambiente na sua cidade?

Todos nós Prefeitura Comunidade Escola

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

9º ano 1º ano 2º ano 3º ano

Tem algo que você gostaria de mudar em seu bairro em relação ao meio ambiente?

(40)

A última questão do bloco de percepção ambiental visou esclarecer se os estudantes gostariam de receber mais informações referente às questões ambientais e preservação do meio ambiente.

Figura 16 – Interesse dos alunos informações sobre questões ambientais

Fonte: Autora (2021)

De acordo com o percentual das respostas presentes na Figura 16, a única série em que não há tanto interesse em receber mais informações sobre meio ambiente é o 9º ano com 52,9% de alunos interessados. Percebe-se que quanto mais jovens são os discentes, menor é o interesse sobre as questões ambientais, sendo necessário que seja incluído no planejamento escolar propostas mais atrativas sobre meio ambiente para os discentes mais jovens. De modo geral os alunos têm interesse em ficarem atualizados sobre as questões ambientais, onde tal interesse proporciona a administração escolar incluir no seu planejamento mais ações de cunho ambiental.

5.3.2 Percepção Sanitária

As questões a seguir correspondem a segunda parte do questionário e abordam os aspectos referentes à percepção sanitária. Inicialmente foi questionado se os alunos acham que o bom estado do meio ambiente tem relação com a saúde da população (Figura 17).

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

9º ano 1º ano 2º ano 3º ano

Você gostaria de receber mais informações sobre as questões ambientais e a preservação do meio ambiente?

(41)

Figura 17 – Relação entre meio ambiente e saúde

Fonte: Autora (2021)

Através da Figura 17, observa-se que em média 88,4% dos alunos acreditam que o bom estado do meio ambiente tem relação com a saúde. Aos alunos que responderam “Sim” foram questionados quais os motivos que faziam eles considerarem que o bom estado do meio ambiente tem relação com a saúde, os alunos do 9º ano informaram que um ambiente sujo fazia surgir doenças, o ar não ficava puro para respirar devido a poluição e que o meio ambiente limpo era bom para a sobrevivência; os alunos do 1º ano afirmaram que um bom ambiente não desencadeia doenças; os alunos do 2º ano informaram que o bom estado do ambiente é importante para prevenção de doenças, para que se respire melhor e para o bem estar da sociedade e os alunos do 3º ano afirmam que um ambiente desequilibrado deixa a sociedade vulnerável a doenças.

De modo geral, foi analisado que os alunos têm a percepção que a má qualidade do meio ambiente é um fator importante para desencadear doenças. É importante ressaltar que os discentes mais velhos (2º e 3º ano do ensino médio) foram os que mais responderam “Não” na pergunta, sendo verificado que a percepção ambiental destes alunos é mais predominante do que a percepção sanitária.

Sobre saneamento básico, pode-se analisar através da Tabela 3, que a quantidade de alunos do 2º ano e 3º do ensino médio que sabem o que é saneamento básico é maior do que nas outras séries, mas apesar da alta porcentagem de alunos que afirmam não saber o que é saneamento básico, eles demonstram uma noção que a falta do saneamento pode desencadear doenças. Aos que responderam “Sim” foi questionado o que seria saneamento básico, os alunos do 9º ano informaram que seria abastecimento de água, manejo de resíduos, tratamento de esgoto,

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

9º ano 1º ano 2º ano 3º ano

Você acha que o bom estado do meio ambiente tem relação com a saúde da população?

(42)

drenagem de águas pluviais, limpeza urbana e saúde da população; os alunos do 1º ano responderam que saneamento básico é uma infraestrutura básica para promover a qualidade de vida, tratamento de água, limpeza urbana e tratamento de esgotos; os alunos do 2º ano informaram que saneamento básico é tratamento de água e esgoto, reaproveitamento de esgoto, limpeza de rua e distribuição de água potável e os alunos do 3º ano informaram que seria tratamento de água e esgoto, drenagem e limpeza de ruas. Foi analisado que os alunos não sabem ao certo a definição formal de saneamento básico, mas sabem do que ele é composto.

Observou-se também que ao serem questionados se consideravam que a falta de saneamento básico de uma cidade pode desencadear doenças, apesar de haver alunos que não percebem a relação entre saneamento básico, a grande maioria dos discentes afirmaram que sim.

Tabela 2 – Percepção dos alunos sobre saneamento básico

9º ano 1º ano 2º ano 3º ano

Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não

Você sabe o que é

saneamento básico? 52,9% 47,1% 69,4% 30,6% 80% 20% 87,5% 12,5%

Você acha que a falta de saneamento básico em

uma cidade pode desencadear doenças?

94,1% 5,9% 88,9% 11,1% 100% - 100% -

Fonte: Autora (2021)

Observou-se que a quantidade de alunos que informaram saber o que é abastecimento de água é crescente conforme as séries (Tabela 4), sendo a turma do 9º ano com a menor porcentagem de respostas “Sim”. Indagado aos entrevistados que afirmaram saber o que era abastecimento de água, os alunos do 9º responderam que seria o controle e abastecimento de água tratada nas casas; os alunos do 1º ano informaram que seria o reabastecimento de água, controle de entrada de água, água potável, água encanada e abastecimento através de carro pipa; os alunos do 2º ano acreditam ser água potável para a população para não haver a falta da mesma e um local para reservar água e os alunos do 3º ano acreditam ser reservatório de água e controle e distribuição de água. De modo geral, há um ponto em comum nas respostas das turmas, todos os alunos informaram que abastecimento de água é uma forma de controle de água.

Ao serem questionados sobre a importância do abastecimento de água, a maioria dos alunos acreditam que é importante. Ao serem pedidos para justificar a importância do

(43)

abastecimento de água os alunos do 9º ano informaram ser importante para realizar diversas atividades, ajudar quando o município está na seca e melhorar o acesso da população à água; os alunos do 2º ano informaram que é importante para que haja água potável para a população e para ser feita a reserva de água para não faltar água e do 3º ano informaram que é importante para o controle da qualidade da água potável e que ajuda a população escassa do recurso.

Sobre as fontes de abastecimento de água, observou-se que em média 58,6% dos estudantes conhecem alguma fonte de abastecimento de água, sendo as fontes citadas pelos alunos: CAERN, carro pipa, cisternas, águas superficiais e subterrâneas, água encanada, poços, rios, açudes e caixas d’água. Foi analisado que os alunos acreditam que a CAERN seja uma fonte de abastecimento de água, porém a mesma é uma prestadora de serviços de água e esgoto ao município.

Tabela 3 – Percepção dos alunos sobre abastecimento de água

9º ano 1º ano 2º ano 3º ano

Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não

Você sabe o que é abastecimento

de água?

58,8% 41,2% 66,7% 33,3% 76,7% 23,3% 81,3% 18,7%

Você acha que o abastecimento de água é importante? 100% - 97,2% 2,8% 100% - 100% - Você conhece alguma fonte de abastecimento de água? 41,2% 58,8% 61,1% 38,9% 63,3% 36,7% 62,5% 37,5% Fonte: Autora (2021)

Observou-se através da Tabela 5, que embora a maioria informe que o esgotamento sanitário é importante e que é necessário que haja um local apropriado para o lançamento de esgoto da cidade que residem, muitos ainda não sabem a definição de esgotamento sanitário. Em média 58,6% dos entrevistados afirmaram saber o que é esgotamento sanitário e ao serem questionados o que seria, os alunos do 9º ano informaram que evita a poluição de rios e mares, doenças e que a cidade fique poluída; os alunos do 1º ano e 2º ano informaram que é tratamento de esgoto, esgotamento de fossas e tubulação para transporte de esgoto e os alunos do 3º ano informaram que é tratamento de esgoto e sistema que transporta o esgoto.

(44)

Tabela 4 – Percepção dos alunos sobre esgotamento sanitário

9º ano 1º ano 2º ano 3º ano

Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não

Você sabe o que é

esgotamento sanitário? 35,3% 64,7% 36,1% 63,9% 50% 50% 43,8% 56,2%

Você acha o esgotamento sanitário

importante?

94,1% 5,9% 86,1% 13,9% 96,7% 3,3% 100% -

Você acha que é necessário ter um local

apropriado para o esgoto gerado na sua

cidade?

100% - 100% - 100% - 100% -

Fonte: Autora (2021)

Perguntou-se qual era o local apropriado para o lançamento do esgoto, foram fornecidas cinco alternativas, sendo elas: Estação de Tratamento de Esgoto, Rio/Açude/Riacho, Solo, Céu aberto e Outros. Embora a maioria das respostas foram concentradas na alternativa “Estação de Tratamento de Esgotos”, algumas turmas escolheram outras alternativas: 5,6% dos alunos do 1º ano responderam “Rio/Açude/Riacho; os alunos do 2º ano responderam também “Rio/Açude/Riacho” (6,7%) e Solo (10%) e 6,2% dos alunos do 3º ano escolheram “Céu aberto” (Figura 18).

Figura 18 – Local apropriado para lançamento de esgoto

Fonte: Autora (2021) 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

9º ano 1º ano 2º ano 3º ano

Qual o local que você considera apropriado para o lançamento do esgoto?

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As questões a seguir analisadas através da Tabela 6 tem o intuito de avaliar a percepção dos alunos sobre lixo/resíduos. Perguntados se sabiam o que era lixo, de modo geral em média 96,0% dos discentes afirmam que sabem o que é lixo. Ao serem pedidos para explicar, os alunos do 9º ano informaram que lixo eram objetos que não podem mais ser utilizados; os alunos do 1º ano informaram que era algo sem utilidade e restos de comida; os alunos do 2º ano informaram que era algo sem utilidade e valor e objetos que descartamos e os alunos do 3º ano informaram que lixo é material sem valor e utilidade e resíduos produzidos por humanos.

Tabela 5 – Percepção dos alunos sobre lixo/resíduos

9º ano 1º ano 2º ano 3º ano

Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não

Você sabe o que

é lixo? 94,1% 5,9% 94,4% 5,6% 96,7% 3,3% 100% -

Você sabe o que é lixo reciclável, não reciclável e

orgânico?

76,5% 23,5% 86,1% 13,9% 86,7% 13,3% 93,8% 6,2%

Você acha que é necessário ter um local apropriado para o descarte do lixo? 100% - 100% - 96,7% 3,3% 100% -

Você sabe o que são resíduos

sólidos? 29,4% 70,6% 25% 75% 46,7% 53,3% 62,5% 37,5%

Você acha que existe diferença

entre lixo e resíduos sólidos?

29,4% 70,6% 55,6% 44,4% 30% 70% 31,3% 68,7%

Fonte: Autora (2021)

Indagados sobre saber o que é lixo reciclável, não reciclável e orgânico em média 86,0% dos respondentes afirmaram saber e ao serem instados a citar um exemplo de cada os alunos de maneira geral citaram restos de alimentos como orgânicos; papel, plástico, ferros, garrafas pets e latas como recicláveis e papel higiênico, fotografias, produtos químicos, fraldas de bebês, agulhas utilizadas em serviços de saúde e pilhas como não recicláveis. Foi perguntado como é

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