• Nenhum resultado encontrado

Autoria: Roberto Carlos Klann, Ilse Maria Beuren, Nelson Hein

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Autoria: Roberto Carlos Klann, Ilse Maria Beuren, Nelson Hein"

Copied!
16
0
0

Texto

(1)

Correlações Canônicas entre os Indicadores de Desempenho calculados sobre as Demonstrações Contábeis elaboradas em BR GAAP e US GAAP e em IFRS e US GAAP

Autoria: Roberto Carlos Klann, Ilse Maria Beuren, Nelson Hein

Resumo

O artigo objetiva identificar as correlações canônicas entre os indicadores de desempenho calculados com base nas demonstrações contábeis preparadas de acordo com as normas contábeis brasileiras e americanas e as normas contábeis internacionais e americanas. Para tanto foi realizada pesquisa descritiva com abordagem quantitativa. Foram selecionadas as 17 empresas brasileiras listadas nos níveis de Governança da Bovespa e as 33 empresas inglesas listadas na London Stock Exchange (LSE), que negociam ADR’s na NYSE, totalizando uma amostra com 50 empresas. Os dados foram coletados nos relatórios contábeis enviados pelas empresas à Bovespa, à NYSE e à LSE, referentes ao ano de 2005. Com base nesses relatórios, foram calculados diversos indicadores econômicos e financeiros abordados na fundamentação teórica do artigo. Os resultados da pesquisa demonstram divergências entre empresas e entre os indicadores com relação às diferenças calculadas nos indicadores de desempenho, bem como correlações canônicas estatisticamente significativas em ambos os grupos pesquisados. Conclui-se que, de maneira geral, os indicadores de desempenho das empresas brasileiras e inglesas não foram afetados de modo significativo, apesar das divergências entre as normas contábeis brasileiras e americanas e entre as normas contábeis internacionais e as americanas.

1 Introdução

O desenvolvimento econômico, a abertura dos mercados e a evolução dos mercados de capitais pelo mundo provocaram mudanças na estrutura das organizações. De entidades simples, constituídas por um único proprietário, várias delas transformaram-se em entidades complexas, formadas por diversos acionistas.

Um modelo de firma diferente do que se encontra atualmente em grandes conglomerados empresariais era preconizado na Teoria Econômica Clássica. Nesse modelo, a firma era formada por um único proprietário, que também atuava como gestor da organização. Segundo Lopes e Martins (2005), neste ambiente não existiam conflitos de interesses na gestão da firma.

Esse paradigma foi rompido, ao considerar um modelo de firma composto por um principal (acionista) e por um agente (administrador), conforme prevê a Teoria da Agência. Nesse contexto, Hendriksen e Van Breda (1999, p. 139) afirmam que “os proprietários são ditos avaliadores de informação; seus agentes são tomadores de decisão”.

A contabilidade tem função importante nessa relação, pois “a informação é uma das maneiras de reduzir a incerteza, dando aos contadores papel importante na divisão de riscos entre administradores e proprietários” (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999, p. 139). A publicação de demonstrações contábeis auditadas é um exemplo de como a informação contábil funciona como redutora da assimetria informacional.

Portanto, a Contabilidade desempenha papel importante na redução da assimetria informacional, dentro do conceito de Teoria da Agência. Porém, ela própria enfrenta problemas de assimetria de informação em suas evidenciações, quando analisadas sob a perspectiva das normas contábeis de diferentes países.

A evidenciação e a harmonização das normas contábeis vêm sendo objeto de vários estudos nos últimos anos. Diversos organismos internacionais vêm emitindo normas contábeis, como o Financial Accounting Standard Board (FASB), a Federation des Experts

Comptables Europeens (FEE), The Confederation of Asian and Pacific Accountants (CAPA).

Porém, destaca-se na harmonização o International Accounting Standard Board (IASB), que vêm empreendendo esforços no sentido de alinhar as normas contábeis, objetivando eliminar

(2)

O que se pretende com este artigo é avançar a pesquisa nesta direção, realizando um estudo comparativo sobre evidenciação segundo as normas contábeis brasileiras, americanas e internacionais de contabilidade, apoiado em uma análise de indicadores de desempenho calculados sobre as demonstrações contábeis preparadas com base nessas diferentes normas. Busca-se identificar as diferenças nos indicadores de desempenho de empresas brasileiras calculados com base nas demonstrações contábeis enviadas à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e à New York Stock Exchange (NYSE), em relação aos indicadores de desempenho de empresas inglesas calculados com base nas demonstrações contábeis enviadas à London

Stock Exchange (LSE) e à NYSE.

Com base no exposto elaborou-se a seguinte pergunta de pesquisa: Há correlações

canônicas estatisticamente significativas entre os indicadores de desempenho calculados com base nas demonstrações contábeis preparadas de acordo com as normas contábeis brasileiras (BR GAAP) e americanas (US GAAP) e as normas contábeis internacionais (IFRS) e americanas (BR GAAP)? Por conseguinte, o artigo objetiva identificar as

correlações canônicas entre os indicadores de desempenho calculados com base nas demonstrações contábeis preparadas de acordo com as normas contábeis brasileiras e americanas e as normas contábeis internacionais e americanas.

O artigo está estruturado em sete tópicos, iniciando com a introdução do estudo. Na seqüência faz uma incursão teórica nos esforços para harmonização das normas contábeis internacionais, as principais divergências nas normas contábeis em âmbito internacional e indicadores de desempenho calculados com base nas demonstrações contábeis. Após, evidencia o método e os procedimentos da pesquisa. Em seguida, apresenta os resultados da pesquisa, destacando as correlações canônicas entre os indicadores de desempenho calculados com base nas demonstrações contábeis preparadas de acordo com as normas contábeis brasileiras e americanas e as normas contábeis internacionais e americanas. Por último apresenta as conclusões da pesquisa realizada.

2 Esforços para harmonização das normas contábeis internacionais

Com o intuito de assegurar a comparabilidade das informações prestadas por empresas de diferentes países, a padronização das normas contábeis em nível mundial poderia facilitar a análise por parte de investidores internacionais. No entanto, segundo Paulo (2002, p. 51), “existe pouca viabilidade da realização completa da padronização das normas contábeis”. A alternativa então seria utilizar o conceito de “harmonização”, no qual as diferenças entre as normas devem ser minimizadas.

Weffort (2005, p. 62) comenta que, “de forma bastante simplificada, padronização e harmonização diferem essencialmente por sua finalidade, a primeira busca uniformizar e a segunda aproximar”. A padronização tem o objetivo de tornar obrigatória a adoção de padrões contábeis iguais para todas as empresas de todos os países. A harmonização implica na disponibilização de métodos contábeis alternativos, dependendo das características próprias da empresa e do ambiente onde ela atue. A empresa, nesse caso, utilizaria, então, o modelo mais adequado para a sua situação, sem obstáculos da legislação nacional (WEFFORT, 2005). No XV Congresso Mundial de Contadores, realizado em Paris, no período de 26 a 29 de outubro de 1997, um dos temas de destaque foi a harmonização das normas contábeis internacionais. Karel Van Hulle, da Comissão Européia de Informações Contábeis (FIEC), fez uma exposição nesse congresso. Segundo ele, em 1995, a Comissão Européia pôs em prática uma estratégia contábil para integrar a harmonização européia na harmonização internacional. Recomendou o uso das International Accounting Standard (IAS), atuais International

Financial Reporting Standards (IFRS), para a consolidação de balanços, expressando clara

preferência pela iniciativa IOSCO-IASB, em vez da aplicação dos GAAP americanos pelas companhias européias (FRANCO, 1999).

(3)

De acordo com Cummings e Brannen (2005), os International Financial Reporting

Standards (IFRS) estão rapidamente ganhando impulso mundial. Em janeiro de 2005,

aproximadamente 7.000 companhias listadas na União Européia converteram suas demonstrações para os IFRS. Nos Estados Unidos, o FASB está trabalhando com o IASB para a convergência dos Padrões Contábeis Americanos com os IFRS. Ainda segundo Cummings e Brannen (2005, p. 1), “as companhias americanas precisam aderir aos padrões contábeis internacionais se quiserem se manter competitivas no mercado externo – e no doméstico”.

Ricci (2003, p. 2) destaca que, “devido ao uso de diferentes padrões, pode-se incorrer no fato de se obter resultados distintos quando se analisa uma entidade, dados os diversos entendimentos de uma linguagem contábil para outra”. Em relação a isso, Bernardi, Costa e Ikeda (2002, p. 1) comentam que, “como resultado, seria possível obter informações contábeis diferenciadas para uma mesma organização, dependendo do padrão (ou normatização) contábil empregado (a) naquela região”.

Essas diferenças ocorrem, segundo Niyama (2005), porque a linguagem não é uniforme. A não uniformidade existe porque cada país tem seus próprios critérios para reconhecer e mensurar cada transação. Alguns estudos já foram desenvolvidos tentando classificar os sistemas contábeis nacionais em grupos.

De maneira geral, destacam-se dois grandes grupos: o modelo Anglo-Saxão e o modelo Continental. O primeiro é composto pela Grã-Bretanha (incluindo a Inglaterra, País de Gales, Irlanda e Escócia), Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Canadá, Malásia, Índia, África do Sul e Cingapura. As principais características desse modelo são: fortalecimento e atuação da profissão contábil, solidez do mercado de capitais, pouca interferência do governo nas práticas contábeis e demonstrações financeiras dirigidas principalmente aos investidores (NIYAMA, 2005).

Por sua vez, o modelo Continental é composto por França, Alemanha, Itália, Japão, Bélgica, Espanha, países comunistas (Europa Oriental), países da América do Sul, entre outros. As principais características desse grupo são: fragilidade e pouca atuação da profissão contábil, interferência do governo nos padrões contábeis, demonstrações financeiras voltadas principalmente aos credores e governo e bancos como principais fontes de recursos (NIYAMA, 2005).

No entanto, essas classificações podem ser discutíveis, uma vez que alguns países podem ter, ao mesmo tempo, características dos dois grupos. Esse seria o caso do Brasil, por exemplo. Há características do modelo continental, como forte influência governamental na edição das normas contábeis, pouca valorização da profissão contábil e ensino de qualidade duvidosa. Por outro lado, em termos de relatórios financeiros, com a vigência da Lei no 6.404/76 e os esforços da CVM para adaptação das normas internacionais e o crescimento do ensinamento da contabilidade baseado na escola americana, pode-se dizer que há no Brasil algumas características do modelo anglo-saxão também (NIYAMA, 2005).

3 Principais divergências nas normas contábeis em âmbito internacional

Os estudos sobre as diferenças das normas contábeis internacionais apontam quase todos na mesma direção, atribuindo-as às características e ao sistema legal de cada país. Castro Neto (1998, p. 14), ao comentar sobre as prováveis motivações para as diferentes práticas contábeis dos países membros da Comunidade Européia, enumera os seguintes motivos: formação histórica do país; influência cultural; nível de controle governamental; estrutura de propriedade e levantamento de capitais; e peculiaridade dos princípios contábeis.

No Quadro 1 demonstram-se as principais diferenças entre o preconizado pelo IASB, o FASB e as Normas Brasileiras de Contabilidade para o reconhecimento e mensuração de variações patrimoniais.

(4)

Divergências Reconhecimento e Mensuração

IASB – geralmente reconhecidos como despesa do período. Ativados somente em casos específicos.

FASB – todos os gastos com pesquisa e desenvolvimento devem ser levados a resultado de maneira imediata, sem exceções.

Gastos com pesquisa e desenvolvimento

BRASIL – devem ser capitalizados como ativo e amortizados durante o período esperado de futuros benefícios econômicos, não superior a dez anos.

IASB – é admitida para alguns ativos específicos. O IAS 16 aceita a reavaliação como tratamento alternativo, para evitar a divergência material entre o custo e o respectivo valor econômico de mercado.

FASB – proíbe qualquer tipo de reavaliação. Reavaliação de

Ativos

BRASIL – permite a reavaliação, inclusive a negativa. A proposta de modificação da lei societária prevê a reavaliação somente em casos de reorganizações societárias.

IASB – a essência deve prevalecer sobre a forma. O bem deve ser registrado pela arrendatária como ativo imobilizado em contrapartida a uma obrigação no passivo. FASB – segue a mesma linha do IASB, mas possui critérios definidos para caracterizar um leasing como financeiro. Nesse caso, o contrato deve ter pelo menos um desses requisitos: transferência de propriedade do bem para a arrendatária, valor de compra a preço de barganha, o prazo contratual deve ser superior a 75% da vida útil econômica do bem ou o valor presente dos pagamentos mínimos do leasing devem ser superiores a 90% do valor de mercado do bem arrendado na data de início da operação.

Contabilização do leasing financeiro

BRASIL – são contabilizados como aluguel em obediência à legislação fiscal, tanto na arrendatária como na arrendadora, embora o CFC adote os mesmos parâmetros do IASB. IASB – o Goodwill adquirido deve ser capitalizado como ativo e amortizado durante o prazo de vida útil, não superior a 20 anos. Caso se queira adotar um prazo superior a esse, deve ser realizado anualmente o teste de impairment. O Goodwill gerado internamente não pode ser capitalizado.

FASB – deve ser capitalizado no ativo e realizado anualmente o teste de impairment, levando-se a resultado a diferença entre o valor do goodwill apurado e o efetivamente capitalizado.

Contabilização do Goodwill

BRASIL – tratado como ágio, deve ser ativado e amortizado de acordo com a vida útil, não superior a dez anos. A legislação fiscal permite a inclusão do goodwill como um ativo, que deve ser amortizado em até cinco anos.

IASB – contabilização pelo regime de competência, com reconhecimento de um passivo atuarial e de um ativo financeiro avaliado por fair value (IAS 19).

FASB – similares às normas do IASB. Encargos com

planos de benefícios de aposentadoria para empregados

BRASIL – observa em essência o IAS 19, a partir de 2001, mas somente para as companhias abertas autorizadas pela CVM (Deliberação 371/00). As demais adotam o regime de caixa.

IASB – os derivativos devem ser registrados como itens do balanço patrimonial, como ativos e passivos pelo fair value (valor justo) e, usualmente, ajustes ao fair value devem ser reconhecidos como resultado, quando incorridos, exceto aqueles derivativos classificados como hedge (IAS 39).

FASB – normas idênticas ao IASB (SFAS 133). Instrumentos

financeiros BRASIL – somente as instituições financeiras subordinadas ao controle e fiscalização do Banco Central adotam regras contábeis internacionais. As companhias abertas estão sujeitas apenas à evidenciação em notas explicativas dos valores de mercado – para opções, futuros, a termo e swaps. As demais sociedades anônimas, subordinadas à Lei no

6.404/76, não estão obrigadas a qualquer tipo de divulgação desses instrumentos.

IFRS – não definem um formato específico, mas requerem segregação entre ativos e passivos correntes e não-correntes. A apresentação por ordem de liquidez somente é preferível quando apresentar informação mais confiável.

US GAAP – podem apresentar um balanço classificado ou não. Os itens apresentados separadamente seguem geralmente uma ordem decrescente de liquidez.

Balanço Patrimonial

BRASIL – os ativos e passivos são divididos nos grupos circulante e não-circulante, e apresentados em ordem decrescente de liquidez dentro desses grupos.

Quadro 1 - Principais diferenças entre as IFRS, US GAAP e Normas Brasileiras de Contabilidade

(5)

As divergências apresentadas no Quadro 1 podem impactar os valores constantes das demonstrações contábeis. Uma mesma empresa pode apresentar diferentes composições de ativos e passivos e resultados divergentes, ao se analisar suas demonstrações contábeis enviadas para diferentes países ou mercados. Essas diferenças acabam por alterar o valor dos indicadores de desempenho, calculados a partir dessas demonstrações.

Com isso pode existir uma assimetria de informação. Dependendo da localização dos usuários, eles poderão ter impressões diferentes da mesma empresa. De acordo com Weffort (2005), as causas das diferentes práticas contábeis podem ser classificadas em: características e necessidades dos usuários e dos preparadores da informação, modo de organização da sociedade, aspectos culturais e outros fatores externos.

Depreende-se que uma empresa pode apresentar indicadores de liquidez, endividamento ou rentabilidade muito diferentes, dependendo da demonstração que se está analisando. No entanto, o cálculo dos indicadores de desempenho faz parte do processo de análise das demonstrações contábeis, que busca extrair desses relatórios informações sobre a situação econômica e financeira das organizações.

4 Indicadores de desempenho calculados com base nas demonstrações contábeis

O processo de análise das demonstrações contábeis ou demonstrações financeiras como denominadas na Lei no 6.404/76, também conhecido como análise de balanços, consiste na avaliação da condição econômica e financeira das entidades, a partir da análise das demonstrações contábeis. Para Weston e Brigham (2000), “a análise das demonstrações financeiras envolve a comparação do desempenho da empresa com outras do mesmo setor. Isso ajuda a identificar deficiências e a tomar medidas que melhorem o desempenho”.

Quanto os objetivos dessa análise, Assaf Neto (2002) infere que “a análise de balanços visa relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, a posição econômico-financeira atual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras”. Matarazzo (2003, p. 15) afirma que “a análise de balanços objetiva extrair informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões”.

Deve-se considerar, no entanto, que a análise das demonstrações contábeis possui limitações. Para Iudícibus (1998), a análise de balanços é uma arte. Apesar de todas as técnicas desenvolvidas, não existe critério ou uma metodologia formal de análise que sirva para todas as situações. Em relação aos usuários da análise de balanços, Assaf Neto (2002) cita os seguintes interessados:

a) fornecedores – requerem informações sobre a liquidez da empresa;

b) intermediários financeiros – basicamente os bancos comerciais e de investimento, que buscam conhecer a posição de curto e longo prazo da empresa;

c) acionistas – procuram identificar o retorno de seus investimentos;

d) concorrentes – para que a empresa possa comparar sua situação em relação ao seu setor de atividade;

e) governo – interesse em concorrência pública, na posição financeira dos diferentes ramos de atividade, no controle mais próximo de empresas públicas, etc.;

f) próprios administradores – serve como instrumento de acompanhamento e avaliação das decisões financeiras tomadas pela empresa.

Cada usuário tem interesse em pontos específicos da análise. Portanto, a análise feita por um fornecedor terá um enfoque diferente daquela feita pelos acionistas, por exemplo. Os fornecedores estão mais interessados na capacidade de pagamento da empresa, enquanto que os acionistas procuram analisar primeiramente a rentabilidade do investimento. Isto não quer dizer que os fornecedores não analisam a rentabilidade, pois ela pode influenciar a liquidez da

(6)

empresa, nem que os acionistas não verificam a liquidez. A análise é de caráter geral, mas cada usuário dará um enfoque particular para a sua área de maior interesse dentro da análise.

Dentro desses enfoques, Assaf Neto (2002) relaciona três grandes áreas para análise dos indicadores de desempenho: análise da liquidez, análise de endividamento e análise de rentabilidade e lucratividade.

4.4.1 Indicadores de liquidez

Existem diversos indicadores que podem ser utilizados para medir a liquidez de uma empresa. De acordo com Assaf Neto (2002, p. 171), “os indicadores de liquidez evidenciam a situação financeira de uma empresa frente a seus diversos compromissos financeiros”.

Dentre os diversos indicadores de liquidez, destaca-se a liquidez corrente e a liquidez geral. Esses dois indicadores dão uma visão geral sobre a situação financeira da empresa, a curto prazo (liquidez corrente) e a longo prazo (liquidez geral).

a) Liquidez corrente (LC)

Indica quanto existe de Ativo Circulante para cada $ 1 de dívida a curto prazo. Quanto maior o índice, maior será a capacidade da empresa em financiar suas necessidades de capital de giro (ASSAF NETO, 2002).

Pode ser expresso pela seguinte equação: LC = AC / PC, onde os acrônimos AC e PC denotam Ativo Circulante e Passivo Circulante.

b) Liquidez geral (LG)

Este indicador revela a liquidez de curto e longo prazo. Demonstra quanto existe de direitos e haveres realizáveis a curto e longo prazo para cada $ 1 de dívida. É também utilizada como uma medida de segurança financeira a longo prazo, revelando a capacidade da empresa de saldar todos os seus compromissos (ASSAF NETO, 2002).

Pode ser expresso pela seguinte equação: LG = (AC + ARLP) / (PC + PELP), onde AC é o Ativo Circulante, ARLP é o Ativo Realizável a Longo Prazo, PC é o Passivo Circulante e ainda PELP é o Passivo Exigível a Longo Prazo.

4.4.2 Indicadores de endividamento

Na análise do endividamento, segundo Assaf Neto (2002, p. 52), avalia-se “[...] basicamente a proporção de recursos próprios e de terceiros mantidos pela empresa, sua dependência financeira por dívidas de curto prazo, a natureza de suas exigibilidades e seu risco financeiro”.

Diversos indicadores podem ser utilizados para análise das fontes permanentes de capital utilizados por uma empresa. Assaf Neto (2002) relaciona como principais indicadores o endividamento, a dependência financeira e a imobilização dos capitais permanentes.

a) Endividamento (END)

É obtido pela divisão entre o Passivo Total e o Patrimônio Líquido. Mostra quanto a empresa tomou de empréstimo para cada $ 1 de capital próprio aplicado (ASSAF NETO, 2002).

Pode ser expresso pela seguinte equação: END = PT / PL, onde PT é o Passivo Total e o PL designa o Patrimônio Líquido.

b) Dependência financeira (DEF)

Esse indicador mostra a dependência da empresa em relação às exigibilidades. Revela qual a participação do capital de terceiros no montante investido nos ativos. Se o índice for de 0,60, significa que 60% dos ativos estão financiados por capital de terceiros (dívidas). Quanto

(7)

maior o indicador, maior será a dependência da empresa pela utilização do capital de terceiros (ASSAF NETO, 2002).

Esse índice pode ser expresso pela equação a seguir: DEF = PT / AT, em que PT é o Passivo Total e AT significa o Ativo Total.

c) Imobilização dos capitais permanentes (ICP)

É encontrado dividindo-se o Ativo Permanente pelo Patrimônio Líquido mais o Passivo Exigível a Longo Prazo. Esse indicador identifica o nível de imobilização dos recursos de longo prazo da empresa, ou seja, qual o percentual dos recursos de longo prazo que estão financiando os Ativos Permanentes.

Se o índice for de 0,65, por exemplo, significa que 65% do capital de longo prazo está alocado no ativo permanente, sobrando os demais 35% para financiamento do capital de giro (ASSAF NETO, 2002).

Esse indicador é expresso pela seguinte equação: ICP = AP / (PL + PELP), em que AP é o Ativo Permanente, PL significa Patrimônio Líquido e a sigla PELP denota o Passivo Exigível a Longo Prazo.

4.4.3 Indicadores de rentabilidade ou de avaliação do desempenho econômico

Esses indicadores, conforme Assaf Neto (2002, p. 52), representam “uma avaliação econômica do desempenho da empresa, dimensionando o retorno sobre os investimentos realizados e a lucratividade apresentada pelas vendas”.

Diversos indicadores podem ser utilizados para avaliar a rentabilidade ou o desempenho econômico de uma empresa. Pela facilidade de cálculo, destaca-se a Rentabilidade do Patrimônio Líquido (RSPL) e o Retorno sobre o Ativo (ROA).

a) Rentabilidade do patrimônio líquido (RSPL)

A taxa de retorno sobre o Patrimônio Líquido representa quanto os sócios ou acionistas obtiveram de retorno sobre o capital aplicado por eles no negócio. De acordo com Assaf Neto (2002, p. 214), “representa a taxa de rentabilidade auferida pelo capital próprio da empresa, sendo dimensionado pela relação entre o lucro líquido e o patrimônio líquido, excluído o lucro líquido do próprio exercício”.

Sendo assim, o cálculo do RSPL pode ser obtido, segundo Assaf Neto (2002, p. 214), por meio da seguinte fórmula: RSPL = LL / (PL – LL), onde LL é o Lucro Líquido do exercício e PL é o Patrimônio Líquido.

b) Retorno sobre o ativo (ROA)

Esse índice demonstra a capacidade da empresa em gerar lucro. De acordo com Matarazzo (2003, p. 179), “é uma medida do potencial de geração de lucro da parte da empresa. Não é exatamente uma medida de rentabilidade [...], mas uma medida da capacidade da empresa em gerar lucro líquido e assim poder capitalizar-se”.

Para Assaf Neto (2002), o ROA promove importantes informações adicionais sobre a evolução da situação econômica da empresa. O seu valor pode ser obtido por meio da seguinte equação: ROA = LO / (AT – LL), onde LO denota o Lucro Operacional, LL o Lucro Líquido do Exercício e AT significa Ativo Total.

Diversos outros indicadores poderiam ser utilizados nessa pesquisa, mas os relacionados nesse tópico foram escolhidos em razão dos dados requisitados para seus cálculos estarem disponíveis nas demonstrações contábeis publicadas pelas empresas pesquisadas. Além disso, por serem influenciados pelas formas de contabilização das operações anteriormente comentadas.

(8)

5 Método e procedimentos da pesquisa

A pesquisa realizada caracteriza-se como pesquisa descritiva. Gil (2002) comenta que a pesquisa descritiva tem como objetivo descrever as características de determinada população ou fenômeno, ou estabelecer relações entre variáveis. Nesse sentido, esta pesquisa busca analisar os indicadores de desempenho de empresas brasileiras e de empresas inglesas, a fim de verificar a existência de correlações canônicas entre os indicadores.

Em relação à abordagem do problema a pesquisa caracteriza-se como quantitativa. De acordo com Boudon (1989, p. 24), “as pesquisas quantitativas podem ser definidas como as que permitem recolher, num conjunto de elementos, informações comparáveis entre um elemento e outro”. Essa comparabilidade das informações é que permite a análise quantitativa dos dados. Portanto, para a sua aplicação, é imprescindível a existência de um conjunto de elementos mais ou menos comparáveis.

A população da pesquisa compreende as 81 empresas brasileiras listadas nos Níveis 1 e 2 e no Novo Mercado de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) (www.bovespa.org.br), em janeiro de 2007; e as 1.306 empresas inglesas (não necessariamente possuem capital inglês, foram assim consideradas as listadas na LSE) listadas na Bolsa de Valores de Londres (London Stock Exchange - LSE) (www.londonstockexchange.com) em janeiro de 2007.

Inicialmente pretendia-se comparar empresas brasileiras listadas na Bovespa e em alguma bolsa de valores da Europa. Porém, nenhuma empresa listada na Bovespa foi encontrada nas listagens de bolsas de valores européias. Pretendia-se averiguar as diferenças nos indicadores dessas empresas na conversão de suas demonstrações de BR GAAP para US GAAP e IFRS. Como apenas foram identificadas empresas que negociam suas ações em bolsas de valores européias, as quais não precisam converter as demonstrações em IFRS, essa abordagem ficou comprometida e o estudo valeu-se dessa segunda alternativa.

No Brasil foram selecionadas as empresas listadas nos níveis de Governança Corporativa da Bovespa, por considerar-se que essas empresas possuem um maior comprometimento com a transparência e responsabilidade das informações prestadas ao público e, portanto, transmitem maior confiabilidade. No caso das empresas inglesas, optou-se por utilizar as empresas listadas na Bolsa de Valores de Londres, por ser esta a bolsa de valores com o maior número de empresas listadas que precisam publicar as demonstrações contábeis elaboradas com base nas IFRS.

A amostra selecionada para a pesquisa é do tipo intencional, na qual, conforme Richardson (1999), os elementos da amostra relacionam-se intencionalmente de acordo com as características prescritas no plano e nas hipóteses da pesquisa. O critério utilizado foi as empresas realizarem negociação de American Depositary Receipts (ADR’s) na NYSE. Com base nesse critério foram selecionadas as 17 empresas brasileiras listadas nos níveis de Governança da Bovespa e com ADR’s na NYSE, e as 33 empresas inglesas listadas na Bolsa de Valores de Londres e com ADR’s na NYSE, totalizando uma mostra com 50 empresas.

Os dados foram coletados por meio dos relatórios contábeis enviados à Bovespa, à LSE e à NYSE, pelas empresas componentes da amostra, referentes ao ano de 2005. Com base nesses relatórios, foram calculados diversos indicadores econômicos e financeiros abordados na fundamentação teórica do trabalho.

Uma hipótese de pesquisa foi formulada e testada por meio de análise estatística. As hipóteses nula (H0) e alternativa (H1) foram assim enunciadas:

H0: Não há correlação canônica estatisticamente significativa entre as diferenças nos

indicadores de desempenho de empresas brasileiras calculados com base nas demonstrações contábeis enviadas à Bovespa e à NYSE, e as diferenças nos

(9)

indicadores de desempenho de empresas inglesas, calculados com base nas demonstrações contábeis enviadas à LSE e à NYSE.

H1: Há correlação canônica estatisticamente significativa entre as diferenças nos

indicadores de desempenho de empresas brasileiras calculados com base nas demonstrações contábeis enviadas à Bovespa e à NYSE, e as diferenças nos indicadores de desempenho de empresas inglesas, calculados com base nas demonstrações contábeis enviadas à LSE e à NYSE.

Não havendo evidências para se rejeitar H0, concluir-se-á que as diferenças entre as

normas contábeis brasileiras e americanas não são semelhantes às diferenças entre as normas contábeis internacionais e americanas. Pode-se inferir daí que as normas contábeis brasileiras estão mais adequadas ou menos adequadas às normas americanas do que as normas contábeis internancionais. Caso não se rejeite H0, pode-se inferir que as diferenças entre as normas

contábeis brasileiras e americanas são semelhantes às diferenças entre as normas contábeis internacionais e americanas. Pode-se inferir então que as normas contábeis brasileiras teriam o mesmo nível de adequação em relação às normas americanas do que as normas internacionais. Com base nas demonstrações contábeis (DC) das empresas brasileiras, do ano de 2005, remetidas à Bovespa e à NYSE, foram calculados os indicadores de desempenho. Na seqüência, levantaram-se as diferenças percentuais, entre os indicadores das DC enviadas à Bovespa e à NYSE. Procedimento idêntico foi adotado para as empresas inglesas, com base nas DC remetidas à LSE e à NYSE. Além disso, foi analisada a existência de correlações canônicas entre os indicadores de desempenho calculados para ambos os grupos (Bovespa e NYSE, LSE e NYSE).

A análise de correlações canônicas foi proposta por Hotelling e tem como objetivo principal “o estudo das relações lineares existentes entre dois conjuntos de variáveis” (MINGOTI, 2005, p. 143). Basicamente, a técnica resume a informação de cada conjunto de variáveis-resposta em combinações lineares, sendo que a escolha dos coeficientes dessas combinações é feita tendo como critério a maximização da correlação entre os conjuntos de variáveis-resposta. Essas combinações lineares construídas são denominadas de variáveis canônicas, enquanto que a correlação entre elas é chamada de correlação canônica. Essa correlação mede o grau de associação existente entre dois conjuntos de variáveis (no caso os indicadores segundo BR GAAP e US GAAP, IFRS e US GAAP). Matematicamente pode-se dizer que a regressão é uma generalização da regressão linear múltipla, ou que esta é um caso particular da primeira.

Sejam as matrizes X17×7 e Y17×7, a tabela das 17 empresas brasileiras e seus 7 respectivos índices contábeis, listadas na Bovespa e NYSE. E as matrizes W33×7 e Z33×7 a tabela das 33 empresas inglesas e seus 7 índices contábeis, listadas na LSE e na NYSE. O que se pretende é estabelecer as relações:

7 7 3 3 2 2 1 1 7 7 3 3 2 2 1 1x a x a x ... a x b y b y b y ... b y a + + + = + + + + e 7 7 3 3 2 2 1 1 7 7 3 3 2 2 1 1w c w c w ... c w d z d z d z ... d z c + + + + = + + + +

Formalmente, define-se o primeiro par de variáveis canônicas como sendo o par

m m 2 2 1 1 1 a x a x ...a x

U = + + e V1 =b1y1+b2y2 +...+bnyn(no caso deste artigo m=n=7), em que a=[a1, a2, ...,am] e b=[b1, b2, ...,bn], são vetores de constantes, respectivamente escolhidos

(10)

tenham variância iguais a 1, isto é: var(U1)=Var(V1)=1. O mesmo também acontece para U2 e

V2, U3 e V3, ...Vk e Uk, k=1,2,...,min(m,n).

Para obter os vetores ak e bk está demonstrado na literatura (SEBER, 1984; TIMM,

2002; ANDERSON, 2003) que se deve solucionar o seguinte sistema linear:

(

)

(

)

⎪⎩ ⎪ ⎨ ⎧ = Σ λ − Σ Σ Σ = Σ λ − Σ Σ Σ − − 0 b 0 a k YY k xy 1 xx YX k XX k YX 1 YY XY

Onde ∑XX é a matriz de variância de X, ∑YY a matriz de variância de Y, ∑XY e ∑YX

são as matrizes de covariância e λk é o k-ésimo maior autovalor da matriz ΣXX−1ΣXYΣYY−1 ΣYX.

Neste estudo faz-se apenas a análise de U1 e V1 para cada caso, pois estas podem ser

interpretadas como sendo índices de desempenho global. As demais latências não serão abordadas.

Quanto à inferência estatística, há um teste para verificar se as matrizes X, Y, W e Z são, ou não, correlacionadas entre si. Contudo, esse teste somente se aplica quando os vetores são normais multivariados. Quando a normalidade multivariada é válida, também é possível construir testes estatísticos para avaliar a significância das variáveis canônicas. Como o

software utilizado no artigo é o pacote Statgraphics, em sua versão 5.1, estes testes já se

apresentam por default.

A correlação e determinação foram efetuadas mediante o uso das fórmulas que seguem: ) corrigida ( SQTotal ) elo (mod SQ r ) corrigida ( SQTotal ) elo (mod SQ

r= 2 = , onde SQ(modelo) denota a

soma dos quadrados referentes ao modelo de regressão ajustado aos dados e SQTotal é a soma dos quadrados em sua totalidade.

Em se tratando das limitações da pesquisa realizada, observa-se que decorrem da estratégia definida para a pesquisa. Uma delas deve-se ao fato de nenhuma empresa listada na Bovespa ter sido encontrada nas listagens de bolsas de valores européias, para averiguar as diferenças nos indicadores dessas empresas na conversão de suas demonstrações de BR GAAP para US GAAP e IFRS, exigindo a alternativa adotada. Outra decorre dos indicadores de desempenho escolhidos, sendo que os resultados podem não ser os mesmos se forem considerados indicadores diversos dos selecionados. No entanto, trata-se de um estudo que pode ser ampliado em pesquisas posteriores, com outras estratégias de pesquisa.

6 Descrição e análise dos dados

A descrição e análise dos dados evidenciam as diferenças percentuais nos indicadores de desempenho das empresas brasileiras, calculados com base nos relatórios enviados à Bovespa e à NYSE. Também abordam as diferenças percentuais nos indicadores de desempenho das empresas inglesas, com base nos relatórios enviados à LSE e à NYSE. Além disso, analisa-se a existência de correlações canônicas entre os indicadores de desempenho calculados para ambos os grupos (Bovespa e NYSE, LSE e NYSE).

6.1 Diferenças percentuais nos indicadores de desempenho das empresas brasileiras

Com base nas demonstrações contábeis (DC) das empresas brasileiras, do ano de 2005, remetidas à Bovespa e à NYSE, foram calculados os indicadores de desempenho. Na seqüência, levantaram-se as diferenças percentuais, entre os indicadores das DC enviadas à Bovespa e as remetidas à NYSE. Essas diferenças são apresentadas na Tabela 1.

Tabela 1 - Diferenças percentuais nos indicadores de desempenho calculados com base nas demonstrações contábeis remetidas à Bovespa e à NYSE

DIFERENÇA % NOS INDICADORES – 2005 (BOVESPA PARA NYSE)

(11)

Aracruz Celulose e Papel S/A 0,38 0,17 0,02 (0,14) (0,12) (0,09) 0,85 Banco Bradesco S/A 0,06 0,01 0,44 (0,00) (0,49) (0,55) (0,13) Banco Itaú Holding Financeira s/A 0,32 0,03 (0,53) 0,01 (0,47) (0,38) 0,20 Brasil Telecom Participações S/A 0,49 0,14 (0,13) 0,01 0,20 1,01 (1,21) Braskem S/A (0,30) (0,09) 0,13 (0,06) (0,01) (0,40) (0,49) Cia. Brasileira de Distribuição 0,02 0,01 (0,02) 0,05 (0,07) (0,64) (0,08) Cia. Energética de Minas Gerais – CEMIG 0,35 0,13 (0,05) 0,02 (0,06) 0,56 0,59 Cia. De Saneamento Básico do Estado de São

Paulo – SABESP (0,37) (0,18) (0,07) 0,81 0,01 (0,11) (0,13) Cia. Vale do Rio Doce 0,38 0,17 0,03 (0,03) (0,25) 0,05 0,13 CPFL Energia S/A 0,29 0,10 (0,04) 0,02 0,00 (0,15) 0,26 Gerdau S/A 0,06 0,02 (0,01) (0,00) (0,02) 0,05 0,15 Gol Linhas Aéreas Inteligentes S/A 0,08 0,05 0,20 (0,09) (0,01) (0,14) (0,06) Perdigão S/A (0,01) (0,00) 0,03 (0,01) (0,02) (0,01) (0,01) Sadia S/A (0,04) (0,01) 0,08 (0,03) 0,05 0,11 0,13 Ultrapar Participações S/A (0,05) (0,03) 0,05 (0,00) 0,08 (0,08) (0,02) Unibanco Holdings S/A 0,05 0,00 0,04 0,01 (0,41) (0,58) 0,19 Votorantim Celulose e Papel S/A 0,13 0,06 (0,01) (0,06) (0,08) (0,11) (0,15) Fonte: dados da pesquisa.

A Tabela 1 demonstra que as variações percentuais nos indicadores de desempenho são heterogêneas, há variações positivas e negativas. Além disso, algumas empresas possuem diferenças significativas em determinados indicadores e irrelevantes em outros indicadores.

Por exemplo, a empresa Aracruz Celulose S/A possui uma variação positiva no Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) de 85%. Em outras palavras, esse índice calculado de acordo com as demonstrações contábeis remetidas à NYSE, é 85% superior ao índice calculado com base nos relatórios enviados à Bovespa.

Por outro lado, a Brasil Telecom Participações S/A apresentou uma variação negativa nesse mesmo índice, de 121%. Já empresas como Perdigão e Ultrapar tiveram variações mínimas, de aproximadamente 1% e 2% respectivamente.

6.2 Diferenças percentuais nos indicadores de desempenho das empresas inglesas

Com base nas demonstrações contábeis (DC) das empresas inglesas, do ano de 2005, remetidas à LSE e à NYSE, foram calculados os indicadores. Na seqüência, levantaram-se as diferenças percentuais, entre os indicadores de desempenho das DC enviadas à LSE e as remetidas à NYSE. Essas diferenças são apresentadas na Tabela 2.

Tabela 2 - Diferenças percentuais nos indicadores de desempenho calculados com base nas demonstrações contábeis remetidas à LSE e à NYSE

DIFERENÇA % NOS INDICADORES -

2005 (LSE PARA NYSE) END DF ICP LG LC ROA RSPL

Abbey National 0,61 0,01 0,51 -0,01 -0,01 0,00 1,90 Amvescap 0,52 0,25 -0,02 0,00 0,00 0,26 0,48 Astrazeneca 1,20 0,66 -0,29 0,06 0,00 1,40 2,80 Barclays 0,12 0,00 0,03 0,00 0,00 -0,10 0,38 BP 0,09 0,03 0,00 -0,02 0,00 0,05 0,31 British Airways -0,23 -0,05 0,03 0,05 -0,09 0,06 -0,48 British Sky Broadcasting Group -26,00 0,38 -0,06 -0,04 -0,07 0,12 -1,39 BT Group -1,13 -0,16 -0,04 0,15 0,03 -0,02 -2,30 Cadbury Schweppes 0,67 0,18 -0,01 -0,09 0,01 0,10 1,37 Corus Group 0,26 0,11 -0,02 -0,08 0,00 0,03 0,39 Diageo 1,46 0,42 -0,04 0,07 0,00 0,57 2,26 Gallaher Group 2,24 0,08 0,02 -0,06 -0,02 0,04 -1,60

(12)

Glaxosmithkline 2,73 0,76 -0,26 0,22 0,00 1,45 15,22

HSBC Holdings 0,01 0,00 -0,02 0,00 0,00 0,00 0,11

Imperial Chemicals Industries -5,51 0,52 -0,12 -0,02 -0,03 0,57 -5,30 Imperial Tobacco Group 11,53 0,26 0,08 0,08 -0,07 0,32 -3,23 Intercontinental Hotels Group 0,37 0,15 -0,05 0,33 -0,02 0,67 1,58 International Power 0,05 0,02 -0,02 0,02 0,11 0,04 0,55 Lloyds TSB Group 0,08 0,00 -0,01 0,00 0,00 0,00 1,36 National Grid 1,01 0,03 0,10 -0,34 -0,35 0,59 -1,89 Pearson 0,05 0,03 -0,02 0,02 -0,01 0,08 0,82 Prudential 0,35 0,01 0,51 0,01 0,00 0,02 -0,15 Reed Elsevier 0,97 0,21 0,02 -0,04 0,00 0,18 1,76

Royal Bank of Scotland Group 0,13 0,01 0,07 0,00 0,00 0,00 0,47 Scottish Power 0,17 0,05 0,03 -0,07 -0,10 0,09 -0,23 Signet Group 0,65 0,37 -0,35 -0,13 -0,13 0,21 0,58 Smith & Nephew 0,15 0,07 0,01 -0,06 -0,02 0,04 0,24 Spirent Communications -0,52 -0,16 -0,44 0,55 0,60 -1,91 -1,92 Tomkins 1,89 0,52 -0,21 -0,13 0,17 0,73 2,42 Unilever 0,77 0,17 0,01 -0,01 -0,01 0,21 2,65 United Utilities -0,05 -0,02 0,02 0,15 -0,11 0,16 0,47 Vodafone Group -0,52 -0,39 0,02 1,23 -0,09 0,38 -0,38 Wolseley 0,14 0,05 -0,04 0,00 -0,05 0,05 0,22

Fonte: dados da pesquisa.

As diferenças percentuais dos indicadores de desempenho calculados com base nos

Intenational Financial Reporting Standard (IFRS) em relação aos calculados com base nas normas contábeis americanas (US GAAP) mostram-se significativas ou não, dependendo do indicador e da empresa analisada.

Por exemplo, no indicador RSPL observam-se diferenças positivas de 1.522% na empresa Glaxosmithkline e de 280% na Astrazeneca. Por outro lado, constatam-se também diferenças negativas de 530% na Imperial Chemical e de 323% na Imperial Tobacco.

Essa heterogeneidade de diferenças pode ser visualizada também em outros indicadores. Dependendo da empresa e do indicador que se analisa, pode haver distorções significativas ou não.

6.3 Análise de correlações canônicas entre os indicadores de desempenho calculados

Para uma análise global do impacto das divergências nas normas contábeis internacionais nos indicadores de desempenho das empresas, realizou-se na seqüência a análise de correlações canônicas. Como variáveis foram utilizados os indicadores calculados sobre as demonstrações contábeis preparadas conforme as normas dos países das Bolsas de Valores Mobiliários conforme Quadro 2.

Indicador Bovespa Nyse LES

Liquidez Corrente (LC) LC_SP LC_NYSE LC_LES

Liquidez Geral (LG) LG_SP LG_NYSE LG_LES

Endividamento (END) END_SP END_NYSE END_LES

Dependência Financeira (DEF) DEF_SP DEF_NYSE DEF_LES

Imobilização dos Capitais Permanentes (ICP) ICP_SP ICP_NYSE ICP_LES Rentabilidade do Patrimônio Líquido (RSPL) RSPL_SP RSPL_NYSE RSPL_LES

Retorno Sobre o Ativo (ROA) ROA_SP ROA_NYSE ROA_LES

Quadro 2 – Variáveis usadas para análise das correlações canônicas

(13)

Por meio do pacote estatístico Statgraphics (versão 5.1) os coeficientes da primeira variável canônica U1 e V1, para cada caso em análise, ficou determinado conforme se

demonstra na Tabela 3.

Tabela 3 - Coeficientes da primeira variável canônica U1 e V1 para cada caso em análise

Indicador Vetor a1 Vetor b1 Vetor c1 Vetor d1

LC -0,142026 0,000136 0,357904 0,347224 LG 0,255925 0,352222 0,125954 0,105145 END -0,529735 0,0433868 0,212702 0,237947 DEF 0,107004 0,241373 -0,577028 0,545090 ICP -1,318900 -0,856630 0,683714 0,626723 RSPL 0,191667 -0,067966 -0,205875 -0,382328 ROA -0,261411 -0,015583 -0,136117 0,123756 Fonte: dados da pesquisa.

As primeiras variáveis canônicas ficaram assim descritas entre os valores da Bovespa e da NYSE:

U1(SP) = -0,1420265LC_SP + 0,255925LG_SP + …-0,261411ROA_SP

e

V1(NYSE) = 0,000136LC_NYSE + 0,352222LG_NYSE +... - 0,0155833ROA_NYSE

O coeficiente de correlação canônico entre estes dois grupos de dados é de 99,88%. Portanto, os indicadores de desempenho calculados sobre as demonstrações contábeis elaboradas em BR GAAP estão fortemente relacionados aos indicadores de desempenho calculados sobre as demonstrações contábeis elaboradas em US GAAP.

Utilizando procedimento idêntico, tomando-se os dados entre a NYSE e a LES, chegou-se no que segue:

U1 = 0,0357904LC_NYSE + 0,125954LG_NYSE + ... - 0,136117ROA_NYSE

e

V1 = 0,347224LC_LES + 0,105145LG_LES + ... + 0,123756ROA_LES

Neste caso o coeficiente de correlação canônico (também alto) chegou a 99,22%, o que mostra a forte relação que existe entre os indicadores calculados sobre as demonstrações contábeis preparadas em IFRS e US GAAP.

7 Conclusões

O artigo objetivou identificar as correlações canônicas entre os indicadores de desempenho calculados com base nas demonstrações contábeis preparadas de acordo com as normas contábeis brasileiras e americanas e as normas contábeis internacionais e americanas. Para tanto foi realizada pesquisa descritiva com abordagem quantitativa. Foram selecionadas as 17 empresas brasileiras listadas nos níveis de Governança da Bovespa e as 33 empresas inglesas listadas na LSE, que negociam ADR’s na NYSE, totalizando uma amostra com 50 empresas. Os dados foram coletados nos relatórios contábeis enviados pelas empresas à Bovespa, à NYSE e à LSE, referentes ao ano de 2005.

Com base nas demonstrações contábeis (DC) do ano de 2005 das empresas brasileiras enviadas à Bovespa e à NYSE e das empresas inglesas remetidas à LSE e à NYSE foram inicialmente calculados os indicadores de desempenho (liquidez, endividamento e rentabilidade ou avaliação do desempenho econômico) desses dois grupos de empresas (BR GAAP e US GAAP, IFRS e US GAAP). Na seqüência, levantaram-se as diferenças

(14)

percentuais, entre os indicadores de desempenho das respectivas DC elaboradas com base nas normas brasileiras e americanas e nas normas internacionais de contabilidade e americanas.

No que concerne às diferenças percentuais nos indicadores de desempenho das empresas brasileiras, calculadas com base nas DC enviadas à Bovespa e as remetidas à NYSE, constataram-se variações percentuais heterogêneas, pois há variações positivas e negativas em todos os indicadores. Além disso, algumas empresas possuem diferenças significativas em determinados indicadores e irrelevantes em outros indicadores. Por exemplo, a empresa Aracruz Celulose S/A possui uma variação positiva no Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) de 85%. Por outro lado, a Brasil Telecom Participações S/A apresentou uma variação negativa nesse mesmo índice de 121%. Já empresas como Perdigão e Ultrapar tiveram variações negativas mínimas, de aproximadamente 1% e 2% respectivamente.

Em relação às diferenças percentuais nos indicadores de desempenho das empresas inglesas, calculadas com base nas demonstrações contábeis (DC) enviadas à LSE e à NYSE, as variações percentuais mostram-se significativas ou não, dependendo do indicador e da empresa analisada. Por exemplo, no indicador RSPL observam-se diferenças positivas de 1.522% na empresa Glaxosmithkline e de 280% na Astrazeneca. Por outro lado, constatam-se também diferenças negativas de 530% na Imperial Chemical e de 323% na Imperial Tobacco. Essa heterogeneidade de variações pode ser visualizada também em outros indicadores.

Com vistas na análise global do impacto das divergências das normas contábeis nos indicadores de desempenho das empresas, a análise de correlações canônicas entre os indicadores de desempenho mostrou coeficiente de correlação canônico de 99,88% e 99,22%, respectivamente, nos dois grupos relacionados (BR GAAP e US GAAP, IFRS e US GAAP). Portanto, indica forte relação entre os indicadores de desempenho calculados sobre as demonstrações contábeis elaboradas em BR GAAP e os indicadores de desempenho calculados sobre as demonstrações contábeis elaboradas em US GAAP. Também mostra a forte relação que existe entre os indicadores calculados sobre as demonstrações contábeis preparadas em IFRS e US GAAP.

Depreende-se do exposto que a influência nos indicadores de desempenho em razão das divergências entre as normas contábeis internacionais e americanas foi maior do que a observada entre as normas contábeis brasileiras e americanas. Tal inferência decorre do fato do coeficiente de correlação canônica ter sido maior entre os indicadores de desempenho calculados sobre as demonstrações contábeis elaboradas com base nas normas contábeis brasileiras e americanas do que nas normas contábeis internacionais e americanas.

Sobre a hipótese de pesquisa formulada, com base na análise estatística, rejeita-se a hipótese nula (H0) e se aceita a hipótese alternativa (H1). A hipótese alternativa H1

pressupunha que há correlação canônica estatisticamente significativa entre as diferenças nos indicadores de desempenho de empresas brasileiras calculados com base nas demonstrações contábeis enviadas à Bovespa e à NYSE, e as diferenças nos indicadores de desempenho de empresas inglesas, calculados com base nas demonstrações contábeis enviadas à LSE e à NYSE.

Conclui-se que, de maneira geral, os indicadores de desempenho das empresas brasileiras e inglesas não foram afetados de modo significativo, apesar das divergências entre as normas contábeis brasileiras e americanas e as normas contábeis internacionais e as americanas. Comparando-se as correlações canônicas das empresas brasileiras e das empresas inglesas, constata-se que a relação dos indicadores calculados sobre as demonstrações contábeis convertidas de BR GAAP para US GAAP é maior do que de IFRS para US GAAP. Portanto, com base na amostra pesquisada e nos indicadores de desempenho considerados, denota-se maiores divergências entre as normas internacionais e americanas do que as observadas entre as normas contábeis brasileiras e americanas.

(15)

Em vista das limitações dessa pesquisa, recomenda-se para futuros estudos que sejam investigadas empresas listadas em outras bolsas de valores da Europa, para averiguar as diferenças nos indicadores de desempenho dessas empresas na conversão de suas demonstrações de BR GAAP para US GAAP e IFRS, já que as empresas européias são obrigadas a publicar suas demonstrações contábeis em IFRS desde 2005. Recomenda-se também que sejam investigadas outras diferenças na identificação e mensuração de eventos em decorrência da diversidade nas normas contábeis de países e, por conseguinte, considerados outros indicadores de desempenho afetados.

Referências

ANDERSON, T.W. An introduction to multivariate analysis. New York: John Wiley, 2002.

ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

BERNARDI, André Gaeta; COSTA, Fábio Moraes da; IKEDA, Ricardo Hirata. Principais diferenças entre UK GAAP e US GAAP: um estudo de caso da AstraZeneca. In: CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 2., 2002, São Paulo.

Anais... São Paulo: FEA/USP, 2002. CD-ROM.

BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO (BOVESPA). Disponível em <http://www.bovespa.com.br/principal.asp>. Acesso em: 03 jan. 2007.

BOUDON, Raymond. Os métodos em sociologia. São Paulo: Ática, 1989.

CASTRO NETO, José Luis de. Contribuição ao estudo da prática harmonizada da

contabilidade da União Européia. 1998. 232 f. Tese (Doutorado em Controladoria e Contabilidade) - Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da Universidade de São Paulo. São Paulo: FEA/USP, 1998.

CUMMINGS, John; BRANNEN, Laurie. Waking up to global gaap. Business Finance. Jun./ 2005.

FRANCO, Hilário. A contabilidade na era da globalização: compilados, traduzidos e comentados por Hilário Franco. São Paulo: Atlas, 1999.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. HENDRIKSEN Eldon S.; VAN BREDA, Michael F. Teoria da contabilidade. 5 ed. Tradução de Antonio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Atlas, 1999.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

(16)

MINGOTI, S.A. Análise de dados através de métodos de estatística multivariada: uma abordagem aplicada. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.

NIYAMA, Jorge K. Contabilidade internacional. São Paulo: Atlas, 2005.

LONDON STOCK EXCHANGE (LSE). List companies. Disponível em: <http://londonstockexchange.com/en-gb/pricesnew/statistics/listcompanies>. Acesso em: 05 jan. 2007.

LOPES, Alexsandro B.; MARTINS, Eliseu. Teoria da contabilidade: uma nova abordagem. São Paulo: Atlas, 2005.

PAULO, Edilson. Comparação da estrutura conceitual da contabilidade financeira: experiência brasileira, norte-americana e internacional. 2002. 176 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) - Programa Multiinstitucional e Inter-regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da Universidade de Brasília, da Universidade Federal da Paraíba, da Universidade Federal de Pernambuco e da Universidade Federal do Rio Grande de Norte. Brasília/DF: UnB/UFPA/UFPE/UFRN, 2002.

PRICEWATERHOUSECOOPERS (PWC). Semelhanças e diferenças IFRS x USGAAP x

práticas contábeis adotadas no Brasil. Disponível em: <http://www.pwc.com.br>. Acesso em: 21 nov. 2006.

RICCI, Michele A. D. As implicações práticas do uso de diferentes padrões contábeis e o impactos quanto à gestão do crédito para exportação. In: CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 3., 2003, São Paulo. Anais... São Paulo: FEA/USP, 2003. CD-ROM.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

SEBER, G.A.F. Multivariate observations. New York: John Wiley and Sons, 1984. SPIEGEL, Murray R. Estatística. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1993.

TIMM, N. H. Applied multivariate analysis. New York: Springer Verlag, 2002.

WEFFORT, Elionor F. J. O Brasil e a harmonização contábil internacional: influências dos sistemas jurídico e educacional, da cultura e do mercado. São Paulo: Atlas, 2005.

WESTON, J. Fred; BRIGHAM, Eugene F. Fundamentos de administração financeira. 10. ed. São Paulo: Makron Books, 2000.

Referências

Documentos relacionados

– Taxa de utilização do espectro radioeléctrico devida pelo titular de certificado de amador nacional (CAN). – A Portaria n.º 1473-B/2008, de 17 de Dezembro, aprovou um

nas instalações da The Rotary Foundation. Pediu-me, e de um modo que, na altura, me pareceu crispado, que “tratasse e tentasse” e saiu logo dali. Concluí que, ou ele não

Si no hay Servicio de Atención al Cliente de Philips en su país, diríjase a su distribuidor local Philips o póngase en contacto con el Service Department de Philips

A manumissão não garantia o “ser livre” e a escravidão mantinha suas amarras além do cativeiro, revelando, principalmente no que tange às alforrias condicionais, facetas

Na sua programação teremos a oportunidade de assistir a leituras de textos dramáticos por 3 grupos de teatro de amadores da Maia, Pé no Charco, Academia de Teatro e Oficina

«13 - Assim, a CNC, ao privilegiar uma perspec- tiva conceptual de substância económica para o relato financeiro, considera que a adopção dos princípios contabilísticos

Para mais informações sobre os mais recentes produtos da Axor Starck, é favor consultar a descrição do produto (p. 31) ou visitar nosso

Este aparelho não se destina a utilização por pessoas (inclusive crianças) com capacidades físicas, sensoriais ou mentais reduzidas, ou por pessoas com falta de experiência