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O IMPRESSIONISMO. As raízes da Arte Moderna estão no Impressionismo. Em 1874 um grupo de jovens

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Academic year: 2021

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O IMPRESSIONISMO

OS PRINCIPAIS ASPECTOS DO IMPRESSIONISMO

As raízes da Arte Moderna estão no Impressionismo. Em 1874 um grupo de jovens insatisfeitos com a pintura Acadêmica se reunia para procurar descobrir novos caminhos dentro da arte. Como a fotografia estava muito na moda, eles fizeram a primeira exposição no atelier do fotógrafo chamado "Nadar". Todos foram ver a exposição e ficaram impressionados. Os críticos diziam que não era uma pintura e sim a "impressão" de um quadro. Ex.: Monet "O sol ao nascer". Manet, Monet, Renoir, Degas, Sisley, Pissarro, Toulouse Lautrec, são a grande corrente desse novo estilo artístico. Essa corrente foi combatida pelo público francês durante 30 anos. Os franceses não souberam dar valor a essa arte na época, hoje chamada de Impressionismo, apesar de serem considerados os mais cultos da Europa. O Impressionismo é a corrente artística mais rica, completa e inovadora da História da Arte.

HISTÓRIA DO IMPRESSIONISMO

O Café Guerbois era o local onde os impressionistas se encontravam para bater papo, discutir suas idéias, definir suas metas. Edward Manet, que era o mais tradicionalista, dentre os pintores impressionistas, foi eleito o chefe desse movimento que estava se iniciando. Ele foi o mais atacado pela crítica e pelo público. Fez duas telas: "Olimpiá" (sobre as prostitutas) e cujo tema chocava o público e "O almoço na relva" (onde os homens se encontravam com as mulheres) causando um escândalo na época.

O aprimoramento técnico em todos os setores do desenvolvimento industrial imperava o desejo do novo, de substituir tudo por coisas novas e industrializadas. Imperava a máquina fotográfica. Vão inventar a máquina fotográfica portátil. Passaram a fotografar tudo ao ar livre. Diante disso o artista teve que repensar seu momento para mudar sua arte. O homem percebe que sua existência é uma luta, uma competição. Ele passa a ter consciência do caráter transitório, mutável das coisas. Os Impressionistas captam esse aspecto transitório da vida e do mundo. Nas suas pinturas vão empregar o caráter inacabado. Os valores mudam completamente. A

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fotografia vai ser importante nesse momento. Eles começam a pintar mais o que SENTEM do que o que eles VÊEM. Vão lutar 30 anos para serem aceitos, pois provocaram uma verdadeira revolução na Arte. Tentam entrar nos salões e são impedidos. Resolvem fazer um salão só para eles que vai ser denominado de "O salão dos recusados".

PRINCIPAIS CONCEITOS DO IMPRESSIONISMO

1. O pintor sai do atelier e vai pintar ao ar livre (acaba o “posar”). 2. Pinceladas bem amplas porque o tempo é escasso.

3. Liberdade para captar, sem qualquer regra, as impressões do momento. 4. Desaparecem os contornos das figuras.

5. Vão fazer poucos detalhes. 6. A forma é dada pela cor. 7. Mistura ótica das cores. 8. Muita luz e sombra.

9. O efêmero, o fugaz, o reflexo como a luz e a fumaça e as nuvens são usadas constantemente.

10. É retirado o preto da palheta. 11. Uso da temática japonesa. 12. Muita luz e amarelo.

O Impressionismo, com todos esses conceitos, foi a solução que abriu definitivamente novos horizontes para a Arte Moderna. O Impressionismo é definido como tentativa inédita de pegar a realidade da luz. Eles nunca tiveram a pretensão de descobrir a luz, os barrocos é que a descobriram. O maior pintor Impressionista é Claude Monet. Para os impressionistas a natureza não é um material de reflexão, é fonte imediata de sensações. O impressionismo é inovador não só da prática ao ar livre, mas também no seu método de trabalho.

Eles renunciaram a visão das formas que nós temos e a substituíram por um método em que o imaginário tem sempre um papel a desempenhar, é o "Triunfo do Espírito de Análise". É uma obra em aberto. O imaginário é super importante. O

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impressionismo não é uma reprodução servil da realidade, ele apenas a sugere. A originalidade impressionista de captar o instante é chamada de "A Impressão Primeira". A paisagem torna-se aquele "pega no ar". O motivo é captado quase que anarquicamente pelo primeiro olhar, aquele olhar que capta tudo. Ele vão fazer a composição com o objetivo de registrar o momento, que é transitório. O tempo é o que importa e o que pela primeira vez foi representado, pelos impressionistas, na história da arte.

Relembrando:

Os impressionistas vão pintar a impressão primeira, o efêmero, o fugaz, aquilo que não volta mais. Monet pintou 30 anos as Ninféias. Como a industrialização tomava conta, tudo que era feito à mão era desvalorizado. Com a produção rápida, surge o inacabado do rápido, a competição e o descartável. É o começo da idade moderna do Homem. É quase século XX, quando surge a competição, o descartável, a coisa efêmera. O pensamento era "Se eu não fizer agora vem outro e faz". O mundo industrial estava surgindo, como hoje está se abrindo o mundo da alta tecnologia (com fax, xerox, multimídia, etc.) e que esta sendo utilizada na arte também.

As obras impressionistas são consideradas em aberto pelo fato de se ficar na dúvida sobre o que foi pintado. O impressionista jamais fará uma reprodução servil da natureza, vai sempre sugerir. A luminosidade tem um papel decisivo dentro do impressionismo. Os impressionistas falavam que a pintura deles era o triunfo do espírito de análise na forma. No conteúdo eles só pintavam a beleza. Na forma eles eram quase que cientistas. Eles vão querer saber sobre a luminosidade, o momento, como se faz a mistura ótica das cores. Eles vão ser inovadores na forma e no conteúdo eles vão fazer somente motivos alegres, da "belle epoque", nunca a tristeza, angústia, o feio. Todas as pessoas que retratavam eram bonitas. É por isso que existe muito "Recollection". O conteúdo era fraco. Eles puxam pela estética e pela beleza. Apesar de na época impressionista estar havendo uma guerra entre a França e a Prússia, eles não vão pintar sobre isso. Procuraram passar ileso pela coisa, apesar de alguns pintores terem participado dessa guerra. Eles queriam fazer a pintura pela pintura sem estarem ligados a nenhum plano social. É o grande prazer de pintar.

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PRINCIPAIS PINTORES IMPRESSIONISTAS

Oscar-Claude MONET (Paris, França, 14 de novembro de 1840 — Giverny, 5 de dezembro de 1926) foi um pintor francês, o mais célebre entre os pintores impressionistas.

As papolas

Pierre-Auguste RENOIR (Limoges, 25 de fevereiro de 1841 — Cannes, 3 de dezembro de 1919) foi um dos mais célebres pintores franceses e um dos mais importantes nomes da impressionista.

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Edgar Hilaire Germain de Gas ou Edgar DEGAS (Paris, 19 de Julho de 1834 — Paris, 27 de Setembro de 1917) foi um gravurista, pintor e escultor francês. Conhecido pelas suas pinturas, majoritariamente de carisma impressionista, é igualmente lembrado como escultor.

Retrato da família Bellelli (1860)

Jacob Camille PISSARRO (Charlotte Amalie, na ilha de São Tomás nas Índias Ocidentais Dinamarquesas, hoje Ilhas Virgens Americanas, 10 de Julho de 1830 — Paris, 13 de Novembro de 1903) foi um pintor francês, confundador do impressionismo, e o único que participou nas oito exposições do grupo (1874-1886). O apóstolo do Impressionismo.

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O PÓS-IMPRESSIONISMO

Definição

Longe de indicar um grupo coeso e articulado, o termo se dirige ao trabalho de pintores que, entre 1880 e 1890, exploram as possibilidades abertas pelo impressionismo, em direções muito variadas. A noção é cunhada pelo crítico britânico Roger Eliot Fry (1866-1934) quando da exposição Manet e os pós-impressionistas, realizada nas Grafton Galleries, em Londres, 1910, que incluía pinturas de Paul Cézanne (1839-1906), Vincent van Gogh (1853-1890) e Paul Gauguin (1848-1903), considerados as figuras centrais da nova atitude crítica em relação ao programa impressionista.

O movimento impressionista nunca fora homogêneo; tampouco foram homogêneas as reações a ele. Se isso é verdade, as três exposições pós-impressionistas organizadas por Fry (1910, 1912 e 1913) sugerem convergências estilísticas entre Cézanne, Van Gogh e Gauguin ou, pelo menos, uma tentativa comum dos pintores de alargar o programa impressionista, o que já havia sido tentado por Georges Seurat (1859-1891) e pelos chamados neo-impressionistas. O naturalismo e a preocupação com os efeitos momentâneos de luz, caros aos impressionistas, estão na base de boa parte das restrições feitas ao movimento. Em Seurat e Paul Signac (1863-1935) o rompimento com as linhas mestras do impressionismo verifica-se pelo acento colocado na pesquisa científica da cor, que dá origem ao chamado pontilhismo. Aí, os trabalhos se orientam a partir de um método preciso: trata-se de dividir os tons em seus componentes fundamentais. As inúmeras manchas de cores puras que cobrem a tela são recompostas pelo olhar do observador e, com isso, recupera-se a unidade do tom, longe do uso não sistemático de cores. Um Domingo de verão na Grande Jatte de Seurat, exposta na última mostra impressionista de 1886, anuncia o neo-impressionismo, explicitando divergências no interior do movimento que reuniu Claude Monet (1840-1926), Pierre Auguste Renoir (1841-1919), Edgar Degas (1834- 1917) e tantos outros.

Cézanne, ausente da exposição de 1886, está à frente de uma outra via crítica que tem sua ênfase colocada no estudo da estrutura pictórica. É verdade que Cézanne nunca se inclinou às representações realistas e às impressões fugazes exploradas pelos impressionistas. Sua opção recaiu sempre sobre a análise estrutural da natureza, por meio de uma pintura que apela preferencialmente à mente e à consciência, e não à visão. O conhecimento da realidade em Cézanne não é contemplação, mas pesquisa metódica, em que as sensações visuais são filtradas pela consciência. Já em 1873, em A casa do enforcado em Auvers, exibida na primeira

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mostra impressionista, o caráter original de sua pintura começa a se revelar: a composição densa, os volumes recortados, a luz que produz um efeito material na tela, sem brilhos nem transparências.

Gauguin descobre a novidade das obras de Cézanne e delas tira proveito particular. Explora, como ele, um estilo anti-naturalista, mas o faz pelo uso de áreas de cores puras e planas, já nas obras que realiza em Pont-Aven (por exemplo, A visão após o sermão- Jacó e o anjo, 1888). A ida do pintor para o Taiti em 1891, abre suas pesquisas à cultura plástica dos primitivos, o que se revela no uso de cores vibrantes e na simplificação do desenho (Ta ma tete; mulheres taitianas sentadas num banco, 1892 e Te tamari no atua; Natividade, 1896).

A convivência e colaboração estabelecida entre Gauguin e Van Gogh - sobretudo a partir de 1888, quando o pintor holandês se instala em Arles - não impede a localização de flagrantes diferenças existentes entre os seus trabalhos. As linhas e cores de Gauguin parecem suaves diante do vigor expressivo dos coloridos de Van Gogh. As pinceladas em redemoinho e a explosão de cores em telas como Trigal com ciprestes (1889) e Estrada comciprestes e estrelas (1890) - isso para não falar nos célebres Girassóis e Noite estrelada, dessa mesma época - auxiliam a localizar o timbre expressionista da produção de Van Gogh. As três principais figuras associadas ao pós-impressionismo estão na base de distintos movimentos artísticos posteriores. A obra de Cézanne encontra-se na raiz do cubismo de Picasso e Braque. Gauguin, por sua vez, influencia os nabis e o movimento simbolista. Finalmente, Van Gogh marca as orientações expressionistas futuras.

Nos Estados Unidos, as várias correntes do pós-impressionismo são imediatamente incorporadas por artistas como Maurice Brazil Prendergast (1859-1924) e Stuart Davis (1894-1964). Entre nós, parece difícil falar em influências diretas, seja do impressionismo - em alguma medida, localizável em telas de Castagneto (1851-1900) e Eliseu Visconti (1866-1944) - ou do pós-impressionismo, embora a menção dos críticos aos pós-impressionistas apareça de forma localizada, por exemplo, no acento construtivo da pincelada de Milton Dacosta (1915-1988) (associada por alguns a Cézanne), ou nas cores de Anita Malfatti (1889-1964), aproximadas em certas leituras dos tons de Van Gogh e Gauguin. Como todo rótulo, pós-impressionismo auxilia a organizar e classificar as novas tendências da pintura francesa oriundas da renovação estilística empreendida pelo movimento impressionista. Tem a desvantagem, por outro lado, de sugerir convergências e princípios partilhados.

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PRINCIPAIS PINTORES PÓS-IMPRESSIONISTAS

Vincent Willem VAN GOGH (Zundert, 30 de Março de 1853 — Auvers-sur-Oise, 29 de Julho de 1890) foi um pintor holandês, considerado o maior de todos os tempos desde Rembrandt, apesar de durante a sua vida ter sido marginalizado pela sociedade.

Quarto em Arles (1889)

Eugène-Henri-Paul GAUGUIN (Paris, 7 de Junho de 1848 - Ilhas Marquesas, 8 de Maio de 1903) foi um pintor francês do pós-impressionismo.

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Paul CÉZANNE (Aix-en-Provence, 19 de janeiro de 1839 — Aix-en-Provence, 22 de outubro de 1906) considerado o “Pai da Pintura Moderna”.

Casa e Árvore (1874)

Henri Marie Raymond de TOULOUSE-LAUTREC Monfa (Albi, 24 de Novembro de 1864 — Saint-André-du-Bois, 9 de Setembro de 1901) foi um pintor pós-impressionista e litógrafo francês.

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Georges-Pierre SEURAT (Paris, 2 de dezembro de 1859 - Gravelines, 29 de março de 1891) foi um pintor francês e pioneiro do movimento pontilista.

Referências

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